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Prova Aeronáutica - 2013 - CIAAR - Primeiro Tenente


ID
1556404
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Tendo em vista a construção de sentido no texto, a alternativa cujo conteúdo melhor sintetiza a mensagem proposta pelo texto é

Alternativas

ID
1556407
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Tendo em vista o seu foco fundamental, é adequado afirmar que o texto visa

Alternativas

ID
1556410
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



No primeiro parágrafo da crônica, o narrador se encontra fazendo a sua refeição e tem uma lembrança que desencadeia outras, apresentadas nos parágrafos seguintes. Acerca dos eventos que constituem essas lembranças só é correto afirmar, considerando os aspectos semântico-textuais, que

Alternativas

ID
1556413
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Analise sintaticamente a oração a seguir: “[...] eu era rapaz naquele tempo!” (8º§). Assinale a alternativa que apresenta a função, na oração anterior, desempenhada pela palavra destacada.

Alternativas
Comentários
  • Respposta: D.

    Na sintaxe do português, Predicativo é o termo essencial da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estado ou uma circunstância em que ocorre qualquer uma dessas ao sujeito


ID
1556416
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



O trecho “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.” (1º§), possui uma pequena controvérsia, que não prejudica o texto, ao contrário, contribui para o entendimento de algo. Que controvérsia é essa?

Alternativas

ID
1556419
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Releia o último parágrafo do texto: “Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; ‘não é ninguém, é o padeiro!’”. Analise o papel do trecho destacado e assinale a alternativa que responde à pergunta: qual é a função desse excerto no parágrafo?

Alternativas

ID
1556422
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Embora não seja uma palavra muito utilizada no Português falado no Brasil, é possível, tendo em vista o contexto, aferir o sentido da palavra “abluções”. Considerando que a escolha de uma palavra para compor um texto não é algo aleatório, principalmente se tratando de um texto para ser publicado em um veículo da imprensa (caso da crônica anterior), assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uma explicação plausível para a escolha desse termo no texto.

Alternativas

ID
1556425
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



A crônica, enquanto texto que flutua “entre o literário e o jornalístico”, faz uso tanto de uma linguagem mais objetiva e direta (própria do jornalismo), quanto de uma linguagem mais figurativa e poética (comum a textos literários). Tendo em vista tal aspecto, indique a alternativa cujo conteúdo faz uso de linguagem conotativa.

Alternativas

ID
1556428
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Julgue os itens abaixo.


I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?" (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.

II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§), a forma “como" atua na função de advérbio de modo.

III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno." (7º§), “como" é uma conjunção coordenativa.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?" (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.

    II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§), a forma “como" atua na função de conjunção (conforme os padeiros)

    III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno." (7º§), “como" é uma conjunção subordinativa.


ID
1556431
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Releia o trecho: “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” (7º§)

Qual é a relação entre a oração introduzida pela expressão sublinhada e a oração imediatamente anterior?

Alternativas
Comentários
  • muito bom.


ID
1556434
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Jovem chateado liga para a polícia após bronca da mãe e é preso.


      Um jovem de 19 anos, morador de Vero Beach, na Flórida (EUA), acabou preso depois de ligar duas vezes para _____ polícia ao ficar chateado por tomar uma bronca da própria mãe.
       Vicent Valvo ligou para o serviço de emergência alegando que não tinha gostado da forma como a mãe havia se dirigido a ele, de acordo com um relatório da polícia do condado de Indian River. Por volta das 4h30m, um policial foi _____ casa de Vicent para responder ao chamado e prender o jovem.
      O rapaz acabou preso por abuso do serviço de emergência, e solto após pagar fiança de R$ 1 mil. Não _____ informações sobre o tipo de coisas que a mulher teria falado ao filho.

                                                      (Disponível em: http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2013/0....
                                                                                                                                                              Adaptado.)
 

Assinale a alternativa que completa, de forma adequada, as lacunas do texto.

Alternativas
Comentários
  • Letra C


    1- Não pode crase após preposição "para". Apenas se admite crase (facultativa) após preposição "até".


    2- Verbo "ir" pede preposição "a". A palavra casa é feminina e está especificada (de Vicent). Crase obrigatória.


    Já deu para matar a questão.


    ** casa, terra e distância têm peculiaridades no uso da crase.



ID
1556437
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir.


I. O verbo da frase “Vendem-se apartamentos na beira da praia" está na voz passiva.

II. Na frase “Era-se feliz naquele tempo" o verbo encontra-se na voz reflexiva, ou média.

III. Em “Nos abraçamos por um longo tempo" o verbo está na voz ativa.


Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • B

    I, apenas.

  • Era-se feliz naquele tempo ---> "se" como pronome indefinido 3°Psingular

    Nos abraçamos por um longo tempo --> Voz em reflexivo recíproco (abraçamos entre nós)

  • I passiva sintética

    II passiva sintética

    III voz reflexiva

    Letra B

  • Na verdade, na segunda alternativa, o SE (junto de verbo de ligação) não é partícula apassivadora, mas sim índice de indeterminação do sujeito. Logo, há voz ativa com sujeito indeterminado.

  • Na verdade, Lucas Ferreira, na segunda alternativa, o SE (junto de verbo de ligação) não é partícula apassivadora, mas sim índice de indeterminação do sujeito. Logo, há voz ativa com sujeito indeterminado.

  • I passiva

    II índice de indeterminação do sujeito

    IIl reflexiva

    Gab B


ID
1556440
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta problemas de concordância.

Alternativas
Comentários
  • B

    Cerca de cem pessoas morreu no acidente aéreo na África.

  • quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo.

    Cerca de cem pessoas morreu no acidente aéreo na África.

  • bizu: expressão aproximada+numeral+substantivo= verbo concordará com o substantivo.


ID
1556443
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indique a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à separação de suas sílabas.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B

    A- XI - O - MA

    PAS -SA - RE - LA

    GE - RI - A -TRA

    DER-RA - DEI-RO


ID
1556446
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise a frase: “Não sei como ela chegou até aqui”. Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta para o trecho destacado.

Alternativas
Comentários
  • Não sei ISSO


ID
1556449
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Um texto argumentativo é aquele em que o autor se posiciona em relação a um determinado tema, defendendo tal posição com argumentos (de diferentes naturezas, como estatísticas, fatos, analogias) e concluindo-o com uma reflexão, uma solução, dentre outros. Tendo em vista a organização das ideias, assinale a alternativa que apresenta uma subdivisão adequada para as informações contidas no texto.

Alternativas
Comentários
  • Por que a alternativa C encontra-se incorreta?

  • Correção da banca:

    A formalização da tese (“o esquerdo-direitismo está errado”) demarca o final da introdução, portanto, esta é composta pelo conteúdo dos quatro primeiros parágrafos, em que é oferecida uma explanação básica sobre o tema (o que é e com quais posturas/figuras estão associadas). A partir do 5º parágrafo inicia-se a argumentação, apresentando, no caso, os fatos que fazem a visão do autor ser sustentada. Essa apresentação vai até o final do 8º parágrafo, visto que ali se encontram os últimos fatos apresentados pelo autor, que sustentam o seu ponto de vista. O 9º parágrafo já apresenta uma síntese dos argumentos que relaciona-os ao tema central, enquanto o 10º parágrafo relaciona o tema à realidade sócio-política na qual está inserido o público leitor do texto, o Brasil. Dessa forma, esses dois últimos parágrafos circunscrevem a conclusão.  


ID
1556452
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Considerando as informações levadas ao texto e a forma como são articuladas, é possível aferir que o principal objetivo do texto é

Alternativas

ID
1556455
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Acerca do conteúdo dos dois primeiros parágrafos, é correto afirmar que

Alternativas

ID
1556458
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


É possível aferir, em diversos momentos do texto, a perspectiva sobre o tema sendo discutido com a qual o autor se alinha, no entanto isso não é estabelecido logo de princípio. Em qual parágrafo o autor apresenta de forma explícita e direta a sua perspectiva sobre o tema?

Alternativas

ID
1556461
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Releia a primeira oração do penúltimo parágrafo do texto: “O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo [...]”. Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada para a oração, que mantém, em plenitude, o seu sentido.

Alternativas

ID
1556464
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Releia o trecho a seguir, extraído do terceiro parágrafo do texto: “Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo.” A palavra destacada é utilizada com o intuito de

Alternativas
Comentários
  • ECA:

    Disposições Gerais

    Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.

    Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.

    Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.

    Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101.


ID
1556467
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Assinale a alternativa cujo conteúdo não apresenta um argumento utilizado pelo autor do texto para sustentar o seu ponto de vista.

Alternativas

ID
1556470
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Em “As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la.” (8º§). O termo destacado é utilizado como um pronome anafórico, retomando um termo/expressão já mencionado dentro do trecho recortado. Que termo ou expressão é essa?

Alternativas

ID
1556473
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Sobre o uso da palavra “mágica” no trecho “Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos.” (10º§), é correto afirmar que o autor do texto lança mão dela para

Alternativas

ID
1556476
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Os trechos abaixo tiveram sua pontuação (ou parte dela) alterada. Em qual deles essa alteração de pontuação acarretou problema quanto ao sentido proposto?

Alternativas
Comentários
  • Repare bem: o comando da questão pede qual alternativa acarretou problema quanto ao SENTIDO proposto. De fato, B) e C) deveriam ter o adjunto adverbial deslocado separado por vírgula, mas isso quanto à sintaxe. Estamos tratando de SEMÂNTICA.

    No trecho original da Alternativa D), temos uma oração subordinada adjetiva explicativa. "[...]a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone[...]". Apenas explicou o que foi essa tal Bíblia.

    No trecho adaptado, sem a pontuação, tem-se uma oração subordinada adjetiva restritiva, que vai restringir o sentido do termo anterior.

    Gabarito: Alternativa D).

    Ad Astra.

  • Oração adverbia adjetival expliCatiVa ---> com vírgula

    Oração adverbial adjetiva reStritiVa --> sem vírgula

    Retirando a vírgula na alternativa D você muda de um tipo para outro.


ID
1556479
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Analise os trechos abaixo e assinale a alternativa que apresenta a função correta para a forma “se”.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → “Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade.” (2º§) – pronome reflexivo

    → transformaram a si mesmo (é um pronome reflexivo, o sujeito pratica e sofre a ação).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ♣


ID
1556482
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Releia o excerto a seguir, extraído do segundo parágrafo do texto: “[...] alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.” O trecho destacado apresenta uma ambiguidade semântica (causada pelo(s) sentido(s) de uma ou mais palavras), embora a possibilidade de dupla leitura só emirja se o trecho for isolado. Considerando esse aspecto, assinale a alternativa cujo conteúdo da primeira parte não apresenta tal duplicidade de leitura, nem compromete o sentido do enunciado como um todo.

Alternativas

ID
1556485
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Ao finalizar o texto, o autor utiliza o seguinte trecho: “em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.” Uma paráfrase pertinente para o trecho destacado, tendo em vista toda a discussão empreendida no texto, é

Alternativas

ID
1556488
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Ao final do sexto parágrafo, o autor enquadra Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia como aqueles países que tomaram medidas políticas exemplares. No entanto, a partir daí, o mesmo autor se utiliza de expressões substantivas no singular para se referir aos diferentes âmbitos desses países, como “o estado” (7º§ e 8º§), “a burocracia” (7º§), “o governo” (8º§), “a população” (8º§). Considerando as informações disponíveis no texto, assinale a alternativa que apresenta uma justificativa pertinente para esse modo de referenciação.

Alternativas

ID
1556491
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II para responder a questão.

                                                    A maldição do esquerdo-direitismo 

       O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas – aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade – alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist declara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify). 
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.

                                (Denis Russo Burgierman.Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-                                                                                   novo/2013/04/15/a-maldicao-do-esquerdodireitismo/                        utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super) 


Releia o trecho apresentado a seguir: “O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa [...]." (1º§) Julgue os itens abaixo, tendo em vista o uso da palavra semirreligiosa no excerto apresentado.


I. Associada ao substantivo “crença" serve para caracterizar o sujeito da oração.

II. Atua como parâmetro para uma comparação explícita entre política e religião.

III. Serve também ao fim de construir uma avaliação do sujeito da oração.

Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • C- I e III, apenas.

  • Gabarito da banca:

    A afirmativa II está incorreta, pois uma comparação explícita dá-se necessariamente através do uso de um articulador, como a conjunção “como”. Diferentemente, a afirmativa I procede, pois sintaticamente “crença semirreligiosa” é predicativo do sujeito e o que um predicativo faz é enquadrar o sujeito em uma categoria, caracterizando-o como outros membros dessa mesma categoria. Da mesma forma procede III, pois, ao enquadrar um sistema político como (semi) religião, atribui-se ao primeiro algumas características do segundo, que, embora normais para uma religião, não são bem vistas na política, como fanatismo, adoração, crença com base em dogmas. Afinal, no ocidente, a política deve se pautar por aspectos mais materiais, como as necessidades básicas de um povo (alimento, moradia, saneamento, lazer etc.). Dessa forma, uma avaliação negativa está implícita nessa caracterização e deve ser notada pelo leitor, afinal ela já o encaminhará à tese que o autor buscará defender no decorrer do texto.


ID
1708882
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

O elemento estrutural que recebe as cargas de dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de forma a transmiti-las centradas às fundações denomina-se

Alternativas
Comentários
  • Ø VIGA ALAVANCA OU DE EQUILÍBRIO

    ·        Elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes;

    Ø 5.6 PESO PRÓPRIO DAS FUNDAÇÕES

    ·        Deve ser considerado o peso próprio de blocos de coroamento ou sapatas, ou no mínimo 5 % da carga vertical permanente.

    Ø 5.7 ALÍVIO DE CARGAS DEVIDO A VIGAS ALAVANCA

    ·        Quando ocorre uma redução de carga devido à utilização de viga alavanca, a fundação deve ser dimensionada considerando-se apenas 50 % desta redução. Quando a soma dos alívios totais puder resultar em tração na fundação do pilar aliviado, sua fundação deve ser dimensionada para suportar a tração total e pelo menos 50 % da carga de compressão deste pilar (sem o alívio).

  • Pessoal, essa questão é puramente conceitual. Vamos ver abaixo algumas definições constantes na NBR 6122/2019 acerca de elementos de fundações:

    Sapata – elemento de fundação rasa, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim;

    Sapata associada – sapata comum a dois pilares; a denominação se aplica também a sapata comum a mais do que dois pilares, quando não alinhados e desde que representem menos de 70 % das cargas da estrutura;

    Sapata corrida – sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de três ou mais pilares ao longo de um mesmo alinhamento, desde que representem menos de 70% das cargas da estrutura;

    Bloco – elemento de fundação rasa de concreto ou outros materiais tais como alvenaria ou pedras, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo material, sem necessidade de armadura;

    Tubulão – elemento de fundação profunda em que, pelo menos na etapa final da escavação do terreno, faz-se necessário o trabalho manual em profundidade para executar o alargamento de base ou pelo menos para a limpeza do fundo da escavação, uma vez que neste tipo de fundação as cargas são resistidas preponderantemente pela ponta;

    Estaca Mega (de reação ou prensada) – estaca de concreto ou metálica introduzida no terreno por meio de macaco hidráulico reagindo contra uma estrutura já existente ou criada especificamente para esta finalidade;

    Estaca Franki – moldada in loco executada pela cravação, por meio de sucessivos golpes de um pilão, de um tubo de ponta fechada por uma bucha seca constituída de pedra e areia, previamente firmada na extremidade inferior do tubo por atrito. Esta estaca possui base alargada e é integralmente armada;

    Estaca Raiz – estaca armada e preenchida com argamassa de cimento e areia, moldada in loco executada através de perfuração rotativa ou rotopercussiva, revestida integralmente, no trecho do solo, por um conjunto de tubos metálicos recuperáveis;

    Estaca Strauss – executada por perfuração do solo com uma piteira ou sonda e revestimento total com camisa metálica, realizando-se gradativamente o lançamento e apiloamento do concreto, com retirada simultânea do revestimento;

    Estaca metálica – estaca cravada, constituída de elemento estrutural produzindo industrialmente, podendo ser de perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de chapa dobrada ou calandrada, tubos com ou sem costura e trilhos;

    Estaca hélice contínua monitorada – estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introdução no terreno, por rotação, de um trado helicoidal contínuo no terreno e injeção de concreto pela própria haste central do trado, simultaneamente à sua retirada, sendo a armadura introduzida após a concretagem da estaca;

    Estaca pré-moldada ou pré-fabricada de concreto – estaca constituída de segmentos de pré-moldado ou pré-fabricado de concreto e introduzida no terreno por golpes de martelo de gravidade, de explosão, hidráulico ou por martelo vibratório. Para fins exclusivamente geotécnicos não há distinção entre estacas pré-moldadas e pré-fabricadas, e para os efeitos desta Norma elas são denominadas pré-moldadas;

    Radier – elemento de fundação rasa dotado de rigidez para receber e distribuir mais do que 70 % das cargas da estrutura;

    Viga alavanca ou de equilíbrio – elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes.

    Resposta: D


ID
1708897
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Na época em que Tibério era Imperador Romano, entre 23 e 37 d.C., um certo artesão inventou um tipo maleável de vidro, que poderia ser flexionado, martelado como metal e atirado ao chão sem quebrar. O inventor, levado à presença do Imperador, demonstrou as qualidades notáveis do novo vidro. Tibério, por motivos desconhecidos, ordenou a morte do inventor no próprio local. Assim, uma das grandes descobertas da humanidade foi perdida por quase 2 mil anos. O vidro de segurança, desenvolvido no século XX, possui quase todas as qualidades do vidro da época de Tibério, pois classifica-se em

Alternativas
Comentários
  • Complementando:

    Vidro de segurança temperado

    • que foi submetido a um tratamento térmico, através do qual foram introduzidas tensões adequadas e que, ao partir-se, desintegra-se em pequenos pedaços menos cortantes que o vidro recozido;

     Vidro de segurança laminado

    • composto de várias chapas de vidro, unidas por películas aderentes;
    • FABRICAÇÃO: Junção, por meio de película de polivinil butiral (PVB) ou resina, de 2 ou mais lâminas de vidro
    • CASO DE QUEBRA: Os estilhaços ficam aderidos à película
    • USO: Divisórias, portas, janelas, claraboias, vitrines, sacadas, guarda corpos, fachadas e coberturas

     Vidro de segurança aramado

    • formado por uma única chapa de vidro, que contém no seu interior fios metálicos incorporados à massa na fabricação. Ao quebrar, os fios mantém preso os estilhaços;
    • USO: Área de escada de segurança (boa resistência ao fogo)

    Fonte: Meus Resumos.


ID
1708906
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

De acordo com a NBR 8.160/1999, analise as características que os ramais de descarga e de esgoto devem apresentar.

I. Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante.

II. A declividade mínima recomendada é de 3% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75.

III. As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas em peças com ângulo central igual ou inferior a 45°.

IV. 1% é a declividade mínima recomendada para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.

V. As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças com ângulo central igual ou superior a 90°.

Estão corretas apenas as afirmativas  

Alternativas
Comentários
  • 4.2.3.2 Recomendam-se as seguintes declividades mínimas

    : a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;

    b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.

  • alô Qconcursos, o GABARITO ESTÁ ERRADO. De acordo com a norma mencionada (nbr 8160) Item 4.2.3.3 - As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°.  4.2.3.3 - As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças com ângulo central igual ou inferior a 90°. (INFERIOR) Logo, o item 4 está errado. o GABARITO DEVERIA SER A LETRA A.
  • ü NBR 8160 – SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO:

    Ø DISTÂNCIA ENTRE 2 CI =< 25 m;

    Ø DISTÂNCIA ENTRE LIGAÇÃO DO COLETOR PREDIAL E PÚBLICO E A CI: =< 15 m;

    Ø COMP. MÁX DOS TRECHOS ENTRE CI E OUTROS COMPONENTES =< 10 m;

    Ø TODO DESCONECTOR: h = 0,05 m ou 5 cm;

    Ø CAIXA SINFONADA: h = 20 cm, Dint = 30 cm (100 DN – 6 UHC / 125 – 10 UHC / 150 – 15 UHC);

    Ø RAMAL DE DESCARGA: 2 – 40 / 3 – 50 / 5 – 75 / 6 – 100;

    Ø RAMAL DE ESGOTO: 3 – 40 / 6 – 50 / 20 – 75 / 160 – 100;

    Ø DECLI MÍN DN =< 75: 2%;

    Ø DECLI MÍN DN >= 100: 1%;

    Ø DECLI MÁX QLQR CASO = 5%;

    Ø MUDANÇAS DE DIREÇÃO HORIZONTAL:  ÂNGULO CENTRAL =< 45°;

    Ø MUDANÇAS DE DIREÇÃO VERTICAL: ÂNGULO CENTRAL =< 90°;

  • NBR 8160:

    4.2.3.1 Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante. AFIRMAÇÃO I OK

    4.2.3.2 Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:

    a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75; AFIRMAÇÃO II FALSA

    b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100. AFIRMAÇÃO IV OK

    4.2.3.3 As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central igual ou

    inferior a 45°. AFIRMAÇÃO III OK

    4.2.3.4 As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças com ângulo

    central igual ou inferior a 90°. AFIRMAÇÃO V FALSA

    São verdadeiras: I, III e IV. Letra D.

  • gabarito da banca:

    De acordo com a NBR 8.160/1999, item 4.2.3 e subitens, infere-se que:

    • todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante;

    • recomenda-se as seguintes declividades mínimas: - 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75 - 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100;

    • as mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°.

    • as mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças com ângulo central igual ou inferior a 90°.


ID
1708912
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Na elaboração dos projetos das instalações de água quente, as peculiaridades de cada instalação, as condições climáticas e as características de utilização do sistema são parâmetros a serem considerados no estabelecimento do consumo de água quente. Em relação às condições específicas do projeto de instalações de água quente, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Misturadores obrigatórios para os casos em que a água para consumo humano atingir 40 graus Celsius.

  • 5.3 Temperatura da água A instalação de misturadores é obrigatória se houver possibilidade de a água fornecida ao ponto de utilização para uso humano ultrapassar 40o C. Na instalação de misturadores, deve ser evitada a possibilidade de inversão de água quente no sistema frio, ou vice-versa, em situações normais de utilização.

    NBR 7198/1993

  • ü NBR 7198 – ÁGUA QUENTE:

    Ø T. MÁX = 70 °C;

    Ø ENGATE: Tub. Flexível ou que permite ser curvada;

    Ø REGISTRO DE CONTROLE DE VAZÃO: tipo pressão;

    Ø REGISTRO DE FECHAMENTO: tipo gaveta ou esfera;

    Ø TIPOS DE AQUECEDORES: Instantâneo ou Acumulação;

    Ø É VEDADO VÁLVULA DE RETENÇÃO NO RAMAL DE ALIMENTAÇÃO DE ÁGUA FRIA DO AQUECEDOR: se este ramal não for provido de respiro;

    Ø RESPIRO COLETIVO: é vedado;

    Ø VÁLVULA REDUTORIA DE PRESSÃO: sempre 2, proibido o by-pass;

    Ø É OBRIGATÓRIA A INSTALAÇÃO DE MISTURADO: T> 40 ° C;

    Ø VERIFICAÇÃO DA ESTANQUEIDADE: T = 80°C E PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA 1,5 X P. ESTÁTICA DE SERVIÇO;

    Ø DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE PROJETO: Considerar o funcionamento NÃO-SIMULTÂNEO de todos os pontos a jusante;


ID
1708918
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Segundo a NBR 12.655/2006, são responsabilidades do profissional responsável técnico pela execução da obra, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D - responsabilidade do responsável pelo projeto


ID
1708927
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A drenagem superficial de uma rodovia tem como objetivo interceptar e captar as águas provenientes de suas áreas adjacentes e aquelas que se precipitam sobre o corpo estradal, conduzindo-as a um deságue seguro. São dispositivos de drenagem superficial, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    São dispositivos de drenagem profunda ou subterrânea.

  • Exemplos de elementos de drenagem profunda: drenos profundos, drenos espinhas de peixe, colchão drenante, drenos sub-horizontais, valetões laterais.

    Exemplos de dispositivos de drenagem superficial: valetas de proteção de corte e de aterro, sarjetas de corte, de aterro e de canteiro central, descidas, saídas, caixas coletoras, bueiro de greide, disssipador de energia...


ID
1708945
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A medida de energia total que pode ser absorvida pelo material é a

Alternativas
Comentários
  • Está associada à capacidade do material de absorver energia na região plástica (do diagrama tensão-deformação); quanto maior a tenacidade de um material, maior a energia armazenada até a sua ruptura – costuma-se dizer desse material: mais tenaz, mais forte (de maior coesão).

  • Ø    PROPRIEDADES DOS MATERIAIS:

    ·        DUCTILIDADE: é a capacidade do aço se DEFORMAR.

    ·        FRAGILIDADE: é o oposto de ductilidade, ou seja, é a perda da capacidade de deformar.

    ·        DUREZA: é a resistência ao risco de abrasão.

    ·        ELASTICIDADE: é a capacidade do aço voltar ao estado de origem após sofre uma deformação.

    ·        PLASTICIDADE: é o oposta da elasticidade, o material deforma e nao volta ao estado original (deformação permanente).

    ·        TENACIDADE: Capacidade que o material possui de ABSORVER ENERGIA TOTAL (ELÁSTICA E PLÁSTICA) .

    ·        RESILIÊNCIA: Capacidade de um material absorver energia mecânica em REGIME ELÁSTICO (ou resistir à energia mecânica absorvida) por unidade de volume e readquirir a forma original quando retirada a carga que provocou a deformação.

  • BORA P CIMA


ID
1708948
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Sobre as propriedades do concreto fresco, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A) A exudação é uma forma particular de segregação...

    B) O teor de água/mistura seca é um dos fatores que influencia na consistência, expresso em percentagem do peso da água em relação ao peso dos materiais secos (cimento e agregados). Outros fatores que também influenciam na consistência do concreto fresco são: granulometria e forma dos agregados, aditivos, tempo e temperatura.

    C) Os métodos de medição da consistência são: abatimento, penetração, escorregamento, compactação e remoldagem. Carregamento não, pelo amor de Deus!!

    D) Correto!!

    O CIAAR/EAOEAR é fissurado no livro de materiais de construção do Falcão Bauer!!

    Bons estudos!


ID
1708951
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Sobre a origem e a formação dos solos, analise as afirmativas.  

I. Os solos sedimentares são aqueles que permanecem no local da rocha de origem. Para que eles ocorram é necessário que a velocidade de decomposição da rocha seja maior do que a velocidade de remoção do solo por agentes externos.

II. Os solos coluvionares são formados pela ação da gravidade. Estes solos são, dentre os solos transportados, os mais heterogêneos granulometricamente, pois a gravidade transporta, indiscriminadamente, desde grandes blocos de rocha até as partículas mais finas de argila.

III. Os solos lateríticos são um tipo de solo de evolução pedogênica. O processo de laterização é típico de regiões onde há a nítida separação entre períodos chuvosos e secos.

IV. Os solos aluvionares são resultantes do transporte pela água e sua textura depende da velocidade da água no momento da deposição. Estão corretas apenas as afirmativas  


Alternativas
Comentários
  • Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados de seu local de origem por algum agente de transporte e lá depositados. 

    Leia mais em: http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-solos-sedimentares.html
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  • A única afirmativa incorreta é a I, pois os solos que permanecem no local da rocha de origem são os residuais, e não

    os sedimentares.

  • Já vimos na questão 5 que os solos podem ser classificados, quanto a sua origem, em dois grandes grupos: solos residuais e solos transportados. Vamos analisar cada uma das assertivas e julgá-las:

    I. Os solos sedimentares são aqueles que permanecem no local da rocha de origem. Para que eles ocorram é necessário que a velocidade de decomposição da rocha seja maior do que a velocidade de remoção do solo por agentes externos. INCORRETO

    Na verdade, os solos residuais são aqueles de decomposição das rochas que se encontram no próprio local em que se formaram. Para que eles ocorram, é necessário que a velocidade de decomposição da rocha seja maior do que a velocidade de remoção por agentes externos.

    II. Os solos coluvionares são formados pela ação da gravidade. Estes solos são, dentre os solos transportados, os mais heterogêneos granulometricamente, pois a gravidade transporta, indiscriminadamente, desde grandes blocos de rocha até as partículas mais finas de argila. CORRETO

    Os solos coluvionares são os solos formados por ação da gravidade. 

    III. Os solos lateríticos são um tipo de solo de evolução pedogênica. O processo de laterização é típico de regiões onde há a nítida separação entre períodos chuvosos e secos. CORRETO

    A Pedologia é o estudo das transformações da superfície dos depósitos geológicos, que originam horizontes distintos, ocorrendo tanto em solos residuais quanto em solos transportados. De particular interesse para o Brasil é a identificação dos solos lateríticos, típicos da evolução de solos em clima quente, com regime de chuvas moderadas à intensa. Os solos lateríticos têm sua fração de argila constituída predominantemente de minerais caulínicos e apresentam elevada concentração de ferro e alumínio na forma de óxidos e hidróxidos, resultando em uma coloração avermelhada 

    IV. Os solos aluvionares são resultantes do transporte pela água e sua textura depende da velocidade da água no momento da deposição. CORRETO

    Os solos aluvionares são solos resultantes do carregamento pela água e sua constituição depende da velocidade das águas no momento da deposição.

    Resposta: D


ID
1708954
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A cura do concreto tem importância preponderante nas características de resistências. A cura do concreto submerso em água permite a progressiva formação de gel na parte do cimento, tornando-o mais e mais resistente e impermeável. Assinale a alternativa que relaciona corretamente o fator água/cimento com o tempo de cura.

Alternativas
Comentários
  • Fator A/C = 0,40 ===> tempo de cura 3 dias

    Fator A/C = 0,45 ====> tempo de cura de 7 dias

    Fator A/C = 0,50 ====> tempo de cura de 14 dias.


ID
1708957
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A NBR 6.118/2007, no que tange ao estado limite de vibrações excessivas, dispõe que “a análise das vibrações pode ser feita em regime linear no caso das estruturas usuais", entre outras afirmações. Assinale a afirmativa que não se refere à norma quanto ao Estado de Vibrações.

Alternativas
Comentários
  • 23.3 Estado-limite de vibrações excessivas

    ... Quando a ação crítica é originada por uma máquina, a frequência crítica passa a ser a da operação

    da máquina. Nesse caso, pode não ser suficiente afastar as duas frequências, própria e crítica. Principalmente

    quando a máquina é ligada, durante o seu processo de aceleração, é usualmente necessário

    aumentar a massa ou o amortecimento da estrutura para absorver parte da energia envolvida...


ID
1708963
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Para a execução de uma sondagem à percussão (SPT – Standard Penetration Test), com a finalidade de projetos de fundações de uma área de projeção em planta de uma edificação de 1.600 m², são necessários quantos furos de sondagem?

Alternativas
Comentários
  • NBR 8036

    4.1.1.2 - Entre 1200 m2 e 2400m2 deve-se fazer uma sondagem para cada 400m2 que excederem de 1200m2.

    Logo 1200/200 = 6 sondagens + 400m2 excedentes = 7 sondagens

    Resposta: Letra D

  • 200 m²---------2 furos

    400 m²--------3 furos

    600 m²-------3 furos

    800 m²-------4 furos

    1000 m²-----5 furos

    1200 m²-----6 furos

    1600 m²------7 furos

    2000 m²------8 furos

    2400 m²-----9 furos

  • Fecharemos esta aula com uma questão clássica: calcular a quantidade mínima de furos de uma sondagem a percussão de determinado terreno. 

    Pessoal, a NBR 8036 é a norma que trata sobre a programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. Através dela, resolveremos o problema proposto. 

    Veja o que a referida norma versa sobre a quantidade mínima de sondagens:

    “4.1 Procedimento mínimo

     (...)

     4.1.1 Número e locação das sondagens

    4.1.1.2 As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200 m2 de área da projeção em planta do edifício, até 1200 m2 de área. Entre 1200 m2 e 2400 m2 deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m2 que excederem de 1200 m2. Acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção. Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser: 

    a) dois para área de proteção em planta do edifício até 200 m²;

    b) três para a área entre 200 m² e 400 m².”

    Após este embasamento teórico, vamos calcular a quantidade mínima de sondagens para uma edificação de 1600 m². De acordo com a norma:

    1 furo a cada 200 m²

    1 furo  →  até 200 m²

    2 furos →  até 400 m²

    3 furos →  até 600 m²

    4 furos →  até 800 m²

    5 furos →  até 1000 m²

    6 furos →  até 1200 m²

    1 furo a cada 400 m²   7 furos  →  até 1600 m²


ID
1987975
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A vida útil de uma estrutura está intimamente ligada à durabilidade do material quando submetido às agressividades sujeitas no ambiente onde essa estrutura está edificada. Associe as colunas, relacionando, de acordo com a NBR 6.118/2007, a classe de agressividade e o cobrimento nominal das peças (vigas, pilares e lajes), para um ∆c de 10 mm. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a relação correta. (Algumas letras poderão não ser usadas.)

Classe de agressividade

(1) Classe I

(2) Classe II

(3) Classe III

(4) Classe IV


Cobrimento nominal das peças

(A) 45 mm para lajes.

(B) 30 mm para pilares e vigas.

(C) 20 mm para lajes.

(D) 25 mm para lajes.

(E) 50 mm para pilares e vigas.

(F) 40 mm para pilares e vigas.

Alternativas
Comentários
  • Tabela 7.2 (NBR 6118)

    Tipo de estrutura Componente ou elemento Classe de agressividade ambiental

    I II III IV

    COBRIMENTO NOMINAL

    Concreto armado Laje 20 25 35 45

    Concreto armado Pilar 25 30 40 50


ID
1987981
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Para fins de projeto e execução, as investigações geotécnicas do terreno de fundação abrangem as investigações locais compreendendo, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Ø   INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA PRELIMINAR

    ·        Para qualquer edificação deve ser feita uma campanha de investigação geotécnica preliminar, constituída no MÍNIMO por SONDAGENS A PERCUSSÃO (COM SPT), visando a determinação da ESTRATIGRAFIA E CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS, A POSIÇÃO DO NÍVEL D’ÁGUA E A MEDIDA DO ÍNDICE DE RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO NSPT, de acordo com a ABNT NBR 6484. Na classificação dos solos deve ser empregada a ABNT NBR 6502.

    Ø   INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS COMPLEMENTARES DE CAMPO

    ·        Os ensaios de campo visam determinar parâmetros de resistência, deformabilidade e permeabilidade dos solos, sendo que alguns deles também fornecem a estratigrafia local. Alguns parâmetros são obtidos diretamente e outros por correlações. A seguir encontra-se uma relação dos ensaios mais usuais na prática brasileira e outros disponíveis.

    Ø   SONDAGENS MISTAS E ROTATIVAS:

    ·        Indica: tipo de rocha, grau de alteração, fraturamento, coerência, xistosidade, porcentagem de recuperação e o índice de qualidade da rocha (RQD).

    Ø   SONDAGEM A PERCUSSÃO COM MEDIDA DE TORQUE SPT-T:

    ·        A medida do torque serve para caracterizar o atrito lateral entre o solo e o amostrador.

    Ø   ENSAIO DE CONE (CPT): Estratigrafia e classificação do solo (argilas moles e areias sedimentares) – (Ponteira com cone e luva de atrito);

    Ø   ENSAIO DE PIEZOCONE (CPTU): Poropressão;

    Ø   ENSAIO DE PALHETA (VANE TEST): Resistência ao cisalhamento, não drenada, de solos moles;

    Ø   ENSAIO DE PLACA: Deformabilidade e resistência do solo (fundações rasas);

    Ø   ENSAIO PRESSIOMÉTRICO: Resistência e tensão-deformação do material (Sonda cilíndrica);

    Ø   ENSAIO DILATOMÉTRICO (MARCHETTI): Estatigrafia, classificação do solo (Lamina com diafragma);

    Ø   ENSAIOS SÍSMICOS: velocidade de propagação da onda cisalhante;

    Ø   ENSAIOS DE PERMEABILIDADE: coeficiente de permeabilidade in situ do solo.

    Ø   ENSAIO DE PERDA D’ÁGUA EM ROCHA: Informações sobre a capacidade de condução de água do maciço rochoso e dá indicações sobre o fraturamento da rocha.

    NÃO HÁ ITEM ERRADO!

    FONTE: NBR: 6122/2019


ID
1988005
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A NBR 5.410/2007 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão – estabelece as condições que as instalações elétricas de baixa tensão devem satisfazer, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Esta Norma apenas não se aplica às instalações elétricas

Alternativas
Comentários
  • A NBR5410 não se aplica a: 1) iluminação pública; 2) rede pública de distribuição de energia elétrica; 3) instalações de segurança contra queda direta de raios e 4) instalações de cercas eletrificadas.


ID
1988011
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

As áreas de vivência em um canteiro de obra, compreende os seguintes compartimentos, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Sala de reunião é considerada uma área de apoio.

  • Área de vivência (NR 18):

    -Instalação sanitária;

    -Vestiário;

    -Local para refeição;

    -Alojamento*, quando houver trabalhador alojado.

    *18.5.4 É obrigatória, quando o caso exigir, a instalação de alojamento, no canteiro de obras ou fora

    dele, contemplando as seguintes instalações:

    a) cozinha, quando houver preparo de refeições;

    b) local para refeição;

    c) instalação sanitária;

    d) lavanderia, dotada de meios adequados para higienização e passagem das roupas;

    e) área de lazer.

  • Questão possui duas respostas. Ambulatório não consta como área de vivência na NR-18...


ID
1988014
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) Na execução dos serviços de locação de obra, na face interna dos pontaletes cravados ao solo, são pregadas tábuas devidamente niveladas, formando a chamada tabeira.

( ) É necessário cravar piquetes nos pontos definidos pelo prumo de centro e, após locar as formas, quando for o caso, os gastalhos. É permitido o uso dos esquadros na locação dos piquetes.

( ) As linhas de marcação dos eixos de locação são estendidas entre pregos cravados em lados opostos do gabarito. É necessário esticar um arame pelos dois eixos do elemento estrutural a ser locado. O cruzamento dos arames de cada eixo definirá a posição do elemento estrutural no terreno.

( ) O gabarito deverá ser desmontado antes da concretagem dos elementos de fundação.

( ) Na escavação efetuada nas proximidades de prédios ou vias públicas, serão empregados métodos de trabalho que evitem ocorrências de perturbação, tais como descompressão do terreno pela água.

Alternativas
Comentários
  • A segunda e a quarta afirmativas são falsas, pois:

    não é permitido, na locação de piquetes, o uso de esquadros;

    o gabarito deverá ser desmontado após a concretagem da fundação.


ID
1988020
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Segundo a definição da NBR 8.160/1999 – Sistemas prediais de esgoto sanitário, projeto e execução, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • 3.5 caixa coletora: Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação mecânica.

    3.7 caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.

    3.6 caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.

    3.8 caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário.

    NBR 8160:1999

  • B) a definição é de caixa de passagem

    C) Caixa sifonada

    D) Caixa de gordura

  • Amigos, vamos verificar as definições dadas pela NBR 8160 para alguns componentes dos sistemas prediais de esgoto sanitário:

     Barrilete de ventilação: Tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada a receber dois ou mais tubos ventiladores.

     Caixa coletora: Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação mecânica.

     Caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.

     Caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.

     Caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário.

     Coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.

     Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto.

     Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos gases.

     Instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.

     Instalação secundária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso os gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.

     Ramal de descarga: Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.

     Ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector.

     Ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.

    Resposta: A


ID
1988023
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Qual o preço de venda de uma residência que apresentou R$ 200.000,00 de custos diretos, se o lucro esperado é de 12%, os custos de impostos sobre o valor final é de 8% e os custos indiretos perfazem 20% dos custos diretos?

Alternativas
Comentários
  • Calculando o preço de venda apresentado, tem-se:

    Preço de Venda (PV) = Custo Total / (1 – (i% + L%))

    Custo total: Custo direto + Custo indireto = 200.000 � 20% �� 200.000 240.000,00

    i% (impostos): 8% = 0,08

    L% (lucro presumido): 12% = 0,12

    PV = 240000/(1-(0,12+0,08))

    PV = 240000/0,8

    PV = 300000

  • Em primeiro lugar, precisamos compreender um pouco sobre preço (valor) de venda. Vamos lá:

    O Preço (ou Valor) de Venda (PV) é o valor total ofertado pelo contrato, englobando assim todos os custos, despesas e o lucro. O cálculo é feito da seguinte forma:

    PV=[ (Custo total (direto+indireto))/(1-i%)]

    Onde,

    PV é o Preço de Venda (R$);

    i% somatória de todas as incidências (lucro + impostos) sobre o preço de venda;

    Amigos, vamos calcular o valor de venda da residência. O enunciado da questão nos dá as seguintes informações:

    Custo direto →   R$ 200.000,00;

    Custo indireto → 20% . R$ 200.000,00 = R$ 40.000,00;

    Lucro →  12%;

    Impostos →  8%.

    Vamos calcular o custo total, que é a soma dos custos diretos e indiretos, conforme mostrado na equação mostrada acima:

    Custo total=custo direto+custo indireto=R$ 200.000,00+R$ 40.000,00= R$ 240.000,00 

    Tendo o custo total, calcularemos as incidências totais sobre o preço de venda:

    i%= 8% (impostos)+12% (lucro)=03%

    Finalmente, chegaremos ao Preço de Venda da residência:

    V=[ (Custo total (direto+indireto))/(1-i%)]= [(R$ 240.000,00)/(1-0,20)]= R$ 300.000,00 

    Não aplique os percentuais de lucro e impostos diretamente sobre o custo, pois eles incidem sobre o preço de venda;

    Aplicar o lucro e os impostos separadamente dá errado. Eles têm que ser somados para compor a incidência total.

    Resposta: C


ID
1988029
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a partir da fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de retorno. Tomam-se como base dados pluviométricos locais. O período de retorno deve ser fixado conforme as características da área a ser drenada, obedecendo ao estabelecido por norma. Associe as colunas, relacionando o período de retorno T (em anos) e as características da área a ser drenada, de acordo com a NBR 10.844/1989. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

Período de retorno T

(1) 25 anos

(2) 1 ano

(3) 5 anos


Características da área a ser drenada

( ) áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados.

( ) coberturas e/ou terraços.

( ) coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser tolerado.

Alternativas
Comentários
  • 5.1.2 O período de retorno deve ser fixado segundo as

    características da área a ser drenada, obedecendo ao estabelecido

    a seguir:

    T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos

    possam ser tolerados;

    T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;

    T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamento

    ou extravasamento não possa ser tolerado.

  • ü ÁGUAS PLUVIAIS – NBR 10844:

    ·        70 mm e 0,5%;

    ·        A = (a+h/2)*b e T. prec. = 5 min;

    ·        AP independente de ESGOTO, AQ E AF;

    ·        1 ANO – TOLERÀVEL; 5 ANOS – COBERTURAS; 25 ANOS – NÃO TOLERÁVEL;

    ·        CI A CADA 20 m e lamina máx 2/3 DN;


ID
1988038
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Metalurgia

A metalurgia do ferro se tornou o nome especial de siderurgia, do grego síderos (ferro) e ergo (trabalho), daí a designação de produtos siderúrgicos para aqueles feitos com ferro e suas ligas. Acerca dos produtos siderúrgicos, analise as afirmativas abaixo.

I. A extração do minério é, geralmente, feita a céu aberto, visto que ocorre em grandes massas.

II. Forjamento é a ação de martelos ou prensas sobre o metal quente, e por estampado a quente ou a frio, sendo o último procedimento que se caracteriza pela alta exatidão e rendimento.

III. A classificação tradicional dos produtos siderúrgicos do ferro e suas ligas tem sido feita pelo teor de carbono, como o ferro fundido, que tem esse teor situado entre 1,7% e 2,5%.

IV. A nitretação do aço é um tratamento termoquímico que eleva a dureza e a resistência ao desgaste e à corrosão.

V. O aço comum é mais dúctil que o ferro fundido, além de mais maleável, duro e flexível.

Estão incorretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Desde quando o aço é mais duro que o ferro fundido?

    V. O aço comum é mais dúctil que o ferro fundido, além de mais maleável, duro e flexível.

    Esse duro esta duramente errado!!!

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    III. A classificação tradicional dos produtos siderúrgicos do ferro e suas ligas tem sido feita pelo teor de carbono, como o ferro fundido, que tem esse teor situado entre 2,11% e 6,7%.

    LETRA A

  • • o aço comum é menos dúctil que o ferro fundido, além de ser mais maleável, mais duro e mais flexível.

    Fontes: • BAUER, L. A. Falcão. Materiais de construção. Vols. 1 e 2. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994 e 2004. • RIPPER, Ernesto. Manual Prático de Materiais de Construção. São Paulo: Editora Pini.


ID
1988041
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A NBR 12.655/2006 considera dois tipos de controle de resistência: o controle estatístico do concreto por amostragem parcial e o controle do concreto por amostragem total. Para cada um destes tipos é prevista uma forma de cálculo do valor estimado da resistência característica (Fckest) dos lotes de concreto. Os lotes de concreto são aceitos quando o valor estimado da resistência característica satisfaz apenas a relação

Alternativas

ID
1988050
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

De acordo com a NBR 6.122/1994 – Projeto e Execução de Fundações, assinale a alternativa que apresenta a definição correta para viga de fundação.

Alternativas
Comentários
  • A NBR 6122/2010 deixou de prevê a viga de fundação, a sapata corrida agora é nome dado tanto para aquela que está sujeita a carga distribuída linearmente como para aquela sujeita a vários pilares no mesmo alinhamento.

    A)Sapata corrida

    B) Radier

    C)Sapata Associada

    D) Sapata Corrida


ID
1988059
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Acerca das definições apresentadas pela NBR 5.626/1998, associe as colunas, relacionando o título e a definição do aparelho. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

Título

(1) Camisa

(2) Barrilete

(3) Cobertura

(4) Alimentador predial

(5) Coluna de distribuição


Definição

( ) tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento é indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou à fonte de abastecimento particular.

( ) qualquer tipo de recobrimento feito através de material rígido sobre um duto, um sulco ou um ponto de acesso, de resistência suficiente para suportar os esforços superficiais verificados na sua posição.

( ) tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.

( ) disposição construtiva na parede ou piso de um edifício, destinada a proteger e/ou permitir livre movimentação à tubulação que passa no seu interior.

( ) tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de uso doméstico.

Alternativas