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Prova COMPERVE - 2012 - UFRN - Vestibular - Segundo Dia


ID
4062286
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assassinato a 4 rodas

Matheus Pichonelli

Nas sociedades indígenas, a passagem para a vida adulta é um grande evento. Muitas vezes os rituais são marcados por testes que envolvem dor e paciência, como acontece nas tribos sateré-mawé, que vivem entre o Amazonas e o Pará. Ali, antes de se tornarem homens, os indiozinhos são obrigados a colocar a mão numa luva tomada por formigas tucandeiras. Se resistir 15 minutos, será homem.
Nas aldeias de concreto e asfalto, o batismo para a maioridade coincide com o momento em que deixamos de ser bípedes e nos tornamos quadrúpedes, numa espécie de salto na linha evolutiva. O ritual acontece entre os 17 e 18 anos, quando os anciãos nos levam para os arrebaldes da cidade e emprestam as chaves dos seus carros. A instrução é mínima: engata aqui, coloca o pé ali (quando já alcançamos os pedais), olha sempre para o retrovisor. Numa conversão mágica entre líquidos arrancados do seio da terra (ou da camada de pré -sal) e a atmosfera de gás carbônico, passamos finalmente a andar com as próprias rodas.
A sensação de liberdade é concluída meses depois, quando pagamos para que alguém nos ensine educação no trânsito. Para alguns, é como tirar porte de arma, embora alguns prefiram retirar o documento no mercado clandestino – porque uma das características do bom quadrúpede é a pressa. Seja como for, a ideia de liberdade tem lá sua relação com as luvas das tucandeiras. A diferença é que as picadas levam mais de 15 minutos: ―Se passar na faculdade, compro um desses pra você‖. Ou: ―Empresto o meu desde que você passe de ano‖. Ou: ―Compro, empresto, financio pra você, desde que você desfile na rua do vizinho.
Quando nos tornamos quadrúpedes, ganhamos acesso a eventos e lugares que nos pareciam distantes até os 18 anos, como motéis, clubes e baladas. Já não precisamos combinar horários de saída ou chegada. Nem esperar a reabertura do metrô às quatro e meia da manhã. A liberdade de ir e vir é conquistada, dessa forma, por um novo contrato social, selado a partir da benevolência (e patrocínio) dos pais. Aos 18 anos, aprendemos a ser livres antes mesmo de saber lavar as próprias meias.
Quadrúpedes de carteirinha, passamos finalmente a atuar no papel que esperam de nós. Num tempo de diálogos truncados, em que a polifonia de vozes na multidão anula os traços da personalidade que grita, lotamos de adesivos e rodas rebaixadas os automóveis que falarão por nós. Já não protestamos; buzinamos. Não corremos; aceleramos. Não agredimos; damos cavalos de pau. Cada um a seu jeito, para se fazer notar na multidão que se espreme em espaços cada vez mais reduzidos nas mesmas ruas, as mesmas zebras que protegem os bípedes e suas limitadas ideias sobre liberdade.
Para ser quadrúpede, vale a pena deixar de comer, beber, viajar (ironia) para finan ciar o carro zero. Há, do lado de fora, uma indústria automobilística que entope, com benefícios governamentais, nossas ruas e povoam nossos fetiches: até 2014, haverá um carro para cada 4 habitantes no Brasil, embora, no mesmo País, apenas uma a cada duas pessoas tenha acesso a esgoto. As ruas não se multiplicam com a mesma velocidade das esteiras rolantes, mas a ideia de transporte coletivo é quase um retorno à idade média: por que colocar 60 bípedes num mesmo ônibus se eles podem se multiplicar, no conforto do ar condicionado, em 60 quadrúpedes solitários?
Na passagem pela maioridade, o ensinamento nada tem a ver com espaço, e sim com conquista. As patas são quatro, mas o bem é individual – à imagem e semelhança de seus donos. Tanto que, em alguns casos, já não se sabe quem é quem: ao deixar as quatro rodas, há quem siga andando de quatro, como o caso do dono do Camaro que atropelou duas mulheres e bateu em pelo menos dois carros na volta da balada, num saldo de quatro feridos e um morto.
Veloz e furioso, só parou no último acidente, quando voou direto para a delegacia e foi socorrido pelo papai, que bancou os 245 mil reais de fiança. Quadrúpede que é quadrúpede não fica mais de três dias na prisão.

Disponível em: <www.cartacapital.com.br/sociedade/assassinato-a-4-rodas/> . Acesso em: 7 jul. 2012.

É correto afirmar que o Texto 1

Alternativas

ID
4062289
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assassinato a 4 rodas

Matheus Pichonelli

Nas sociedades indígenas, a passagem para a vida adulta é um grande evento. Muitas vezes os rituais são marcados por testes que envolvem dor e paciência, como acontece nas tribos sateré-mawé, que vivem entre o Amazonas e o Pará. Ali, antes de se tornarem homens, os indiozinhos são obrigados a colocar a mão numa luva tomada por formigas tucandeiras. Se resistir 15 minutos, será homem.
Nas aldeias de concreto e asfalto, o batismo para a maioridade coincide com o momento em que deixamos de ser bípedes e nos tornamos quadrúpedes, numa espécie de salto na linha evolutiva. O ritual acontece entre os 17 e 18 anos, quando os anciãos nos levam para os arrebaldes da cidade e emprestam as chaves dos seus carros. A instrução é mínima: engata aqui, coloca o pé ali (quando já alcançamos os pedais), olha sempre para o retrovisor. Numa conversão mágica entre líquidos arrancados do seio da terra (ou da camada de pré -sal) e a atmosfera de gás carbônico, passamos finalmente a andar com as próprias rodas.
A sensação de liberdade é concluída meses depois, quando pagamos para que alguém nos ensine educação no trânsito. Para alguns, é como tirar porte de arma, embora alguns prefiram retirar o documento no mercado clandestino – porque uma das características do bom quadrúpede é a pressa. Seja como for, a ideia de liberdade tem lá sua relação com as luvas das tucandeiras. A diferença é que as picadas levam mais de 15 minutos: ―Se passar na faculdade, compro um desses pra você‖. Ou: ―Empresto o meu desde que você passe de ano‖. Ou: ―Compro, empresto, financio pra você, desde que você desfile na rua do vizinho.
Quando nos tornamos quadrúpedes, ganhamos acesso a eventos e lugares que nos pareciam distantes até os 18 anos, como motéis, clubes e baladas. Já não precisamos combinar horários de saída ou chegada. Nem esperar a reabertura do metrô às quatro e meia da manhã. A liberdade de ir e vir é conquistada, dessa forma, por um novo contrato social, selado a partir da benevolência (e patrocínio) dos pais. Aos 18 anos, aprendemos a ser livres antes mesmo de saber lavar as próprias meias.
Quadrúpedes de carteirinha, passamos finalmente a atuar no papel que esperam de nós. Num tempo de diálogos truncados, em que a polifonia de vozes na multidão anula os traços da personalidade que grita, lotamos de adesivos e rodas rebaixadas os automóveis que falarão por nós. Já não protestamos; buzinamos. Não corremos; aceleramos. Não agredimos; damos cavalos de pau. Cada um a seu jeito, para se fazer notar na multidão que se espreme em espaços cada vez mais reduzidos nas mesmas ruas, as mesmas zebras que protegem os bípedes e suas limitadas ideias sobre liberdade.
Para ser quadrúpede, vale a pena deixar de comer, beber, viajar (ironia) para finan ciar o carro zero. Há, do lado de fora, uma indústria automobilística que entope, com benefícios governamentais, nossas ruas e povoam nossos fetiches: até 2014, haverá um carro para cada 4 habitantes no Brasil, embora, no mesmo País, apenas uma a cada duas pessoas tenha acesso a esgoto. As ruas não se multiplicam com a mesma velocidade das esteiras rolantes, mas a ideia de transporte coletivo é quase um retorno à idade média: por que colocar 60 bípedes num mesmo ônibus se eles podem se multiplicar, no conforto do ar condicionado, em 60 quadrúpedes solitários?
Na passagem pela maioridade, o ensinamento nada tem a ver com espaço, e sim com conquista. As patas são quatro, mas o bem é individual – à imagem e semelhança de seus donos. Tanto que, em alguns casos, já não se sabe quem é quem: ao deixar as quatro rodas, há quem siga andando de quatro, como o caso do dono do Camaro que atropelou duas mulheres e bateu em pelo menos dois carros na volta da balada, num saldo de quatro feridos e um morto.
Veloz e furioso, só parou no último acidente, quando voou direto para a delegacia e foi socorrido pelo papai, que bancou os 245 mil reais de fiança. Quadrúpede que é quadrúpede não fica mais de três dias na prisão.

Disponível em: <www.cartacapital.com.br/sociedade/assassinato-a-4-rodas/> . Acesso em: 7 jul. 2012.

Para construir o ponto de vista sobre o tema, o autor do Texto 1

Alternativas

ID
4062292
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assassinato a 4 rodas

Matheus Pichonelli

Nas sociedades indígenas, a passagem para a vida adulta é um grande evento. Muitas vezes os rituais são marcados por testes que envolvem dor e paciência, como acontece nas tribos sateré-mawé, que vivem entre o Amazonas e o Pará. Ali, antes de se tornarem homens, os indiozinhos são obrigados a colocar a mão numa luva tomada por formigas tucandeiras. Se resistir 15 minutos, será homem.
Nas aldeias de concreto e asfalto, o batismo para a maioridade coincide com o momento em que deixamos de ser bípedes e nos tornamos quadrúpedes, numa espécie de salto na linha evolutiva. O ritual acontece entre os 17 e 18 anos, quando os anciãos nos levam para os arrebaldes da cidade e emprestam as chaves dos seus carros. A instrução é mínima: engata aqui, coloca o pé ali (quando já alcançamos os pedais), olha sempre para o retrovisor. Numa conversão mágica entre líquidos arrancados do seio da terra (ou da camada de pré -sal) e a atmosfera de gás carbônico, passamos finalmente a andar com as próprias rodas.
A sensação de liberdade é concluída meses depois, quando pagamos para que alguém nos ensine educação no trânsito. Para alguns, é como tirar porte de arma, embora alguns prefiram retirar o documento no mercado clandestino – porque uma das características do bom quadrúpede é a pressa. Seja como for, a ideia de liberdade tem lá sua relação com as luvas das tucandeiras. A diferença é que as picadas levam mais de 15 minutos: ―Se passar na faculdade, compro um desses pra você‖. Ou: ―Empresto o meu desde que você passe de ano‖. Ou: ―Compro, empresto, financio pra você, desde que você desfile na rua do vizinho.
Quando nos tornamos quadrúpedes, ganhamos acesso a eventos e lugares que nos pareciam distantes até os 18 anos, como motéis, clubes e baladas. Já não precisamos combinar horários de saída ou chegada. Nem esperar a reabertura do metrô às quatro e meia da manhã. A liberdade de ir e vir é conquistada, dessa forma, por um novo contrato social, selado a partir da benevolência (e patrocínio) dos pais. Aos 18 anos, aprendemos a ser livres antes mesmo de saber lavar as próprias meias.
Quadrúpedes de carteirinha, passamos finalmente a atuar no papel que esperam de nós. Num tempo de diálogos truncados, em que a polifonia de vozes na multidão anula os traços da personalidade que grita, lotamos de adesivos e rodas rebaixadas os automóveis que falarão por nós. Já não protestamos; buzinamos. Não corremos; aceleramos. Não agredimos; damos cavalos de pau. Cada um a seu jeito, para se fazer notar na multidão que se espreme em espaços cada vez mais reduzidos nas mesmas ruas, as mesmas zebras que protegem os bípedes e suas limitadas ideias sobre liberdade.
Para ser quadrúpede, vale a pena deixar de comer, beber, viajar (ironia) para finan ciar o carro zero. Há, do lado de fora, uma indústria automobilística que entope, com benefícios governamentais, nossas ruas e povoam nossos fetiches: até 2014, haverá um carro para cada 4 habitantes no Brasil, embora, no mesmo País, apenas uma a cada duas pessoas tenha acesso a esgoto. As ruas não se multiplicam com a mesma velocidade das esteiras rolantes, mas a ideia de transporte coletivo é quase um retorno à idade média: por que colocar 60 bípedes num mesmo ônibus se eles podem se multiplicar, no conforto do ar condicionado, em 60 quadrúpedes solitários?
Na passagem pela maioridade, o ensinamento nada tem a ver com espaço, e sim com conquista. As patas são quatro, mas o bem é individual – à imagem e semelhança de seus donos. Tanto que, em alguns casos, já não se sabe quem é quem: ao deixar as quatro rodas, há quem siga andando de quatro, como o caso do dono do Camaro que atropelou duas mulheres e bateu em pelo menos dois carros na volta da balada, num saldo de quatro feridos e um morto.
Veloz e furioso, só parou no último acidente, quando voou direto para a delegacia e foi socorrido pelo papai, que bancou os 245 mil reais de fiança. Quadrúpede que é quadrúpede não fica mais de três dias na prisão.

Disponível em: <www.cartacapital.com.br/sociedade/assassinato-a-4-rodas/> . Acesso em: 7 jul. 2012.

Os quadrúpedes são caracterizados por

Alternativas

ID
4062301
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando os contextos de produção, os propósitos comunicativos dominantes no Texto 1 e no Texto 3 são, respectivamente,

Alternativas

ID
4062307
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O TRAPICHE


SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as crianças dormem. Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar oceano, as noites diante dele eram de um verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite. Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se estende agora o areal do cais do porto. Por baixo da ponte não há mais rumor de ondas. A areia invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos metros. Aos poucos, lentamente, a areia foi conquistando a frente do trapiche. Não mais atracaram na sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não mais trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico. A areia se estendeu muito alva em frente ao trapiche. E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.


AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 25

Leia o trecho a seguir.


˜Não mais atracaram na sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não mais trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico.˜


Sobre esses períodos, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4062310
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O TRAPICHE


SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as crianças dormem. Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar oceano, as noites diante dele eram de um verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite. Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se estende agora o areal do cais do porto. Por baixo da ponte não há mais rumor de ondas. A areia invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos metros. Aos poucos, lentamente, a areia foi conquistando a frente do trapiche. Não mais atracaram na sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não mais trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico. A areia se estendeu muito alva em frente ao trapiche. E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.


AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 25

Em relação aos tempos verbais presentes no fragmento, o narrador emprega

Alternativas

ID
4062313
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O TRAPICHE


SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as crianças dormem. Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar oceano, as noites diante dele eram de um verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite. Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se estende agora o areal do cais do porto. Por baixo da ponte não há mais rumor de ondas. A areia invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos metros. Aos poucos, lentamente, a areia foi conquistando a frente do trapiche. Não mais atracaram na sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não mais trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico. A areia se estendeu muito alva em frente ao trapiche. E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.


AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 25

Para fazer uma leitura proficiente do fragmento, é necessário que o leitor, entre outros procedimentos, recupere as relações sintático-semânticas ali estabelecidas. Assim, os sujeitos dos quatro últimos períodos do fragmento, considerando-se a ordem de ocorrência, são:

Alternativas

ID
4062316
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O trecho abaixo apresenta dois pontos de vista distintos acerca das causas e das soluções para a situação de vida dos capitães da areia.

O padre José Pedro dizia que a culpa era da vida e tudo fazia para remediar a vida deles, pois sabia que era a única maneira de fazer com que eles tivessem uma existência limpa. Porém uma tarde em que estava o padre e estava o João de Adão, o doqueiro diss e que a culpa era da sociedade mal organizada, era dos ricos... Que enquanto tudo não mudasse, os meninos não poderiam ser homens de bem. E disse que o padre José Pedro nunca poderia fazer nada por eles porque os ricos não deixariam. O padre José Pedro naquele dia tinha ficado muito triste, e quando Pirulito o foi consolar, explicando que ele não ligasse ao que João de Adão dizia, o padre respondeu balançando a cabeça magra.
– Tem vezes que eu chego a pensar que ele tem razão, que isso tudo está errado. Mas Deus é bom e saberá dar o remédio...

AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 107-108.

Considerando as duas visões presentes no fragmento, Pedro Bala, no final da trama, adota um ponto de vista que

Alternativas

ID
4062322
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os fragmentos extraídos, respectivamente, de Capitães da areia e de O santo e a porca.


Texto 1


Tá com outra, não é? Mas meu Senhor do Bonfim há de fazer com que os dois fique entrevado. Senhor do Bonfim é meu santo.

AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 43.


Texto 2


Ah, isso é o que eu não digo. Queria saber, hein? Está bem, saia. Afinal de contas, já o revistei todo. Fora daqui! E que Santo Antônio lhe cegue os olhos e lhe dê par alisia nos dois braços e nas duas pernas duma vez.

SUASSUNA, Ariano. O santo e a porca. 22. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p. 106.


Os fragmentos trazem cenas que apresentam

Alternativas

ID
4062325
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia abaixo o trecho de O santo e a porca, de Ariano Suassuna.

EURICÃO — Ai, gritaram ˜Pega o ladrão!˜. Quem foi? Onde está? Pega, pega! Santo Antônio, Santo Antônio, que diabo de proteção é essa? Ouvi gritar ―Pega o ladrão!‖. Ai, a porca, ai meu sangue, ai minha vida, ai minha porquinha do coração! Levaram, roubaram! Ai, não, está lá, graças a Deus! Que terá havido, minha Nossa Senhora? Terão desconfiado porque tirei a porca do lugar? Deve ter sido isso, desconfiaram e começaram a rondar para furtá-la! É melhor deixá-la aqui mesmo, à vista de todos, assim ninguém lhe dará importância! Ou não? Que é que eu faço, Santo Antônio? Deixo a porca lá, ou trago-a para aqui, sob sua proteção?

SUASSUNA, Ariano. O santo e a porca. 22. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p. 97.

Nessa passagem, a recorrência da interrogação é um recurso literário revelador da

Alternativas

ID
4062328
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O fragmento transcrito abaixo faz parte do conto ˜Circuito fechado (3)˜, de Ricardo Ramos.

Muito prazer. Por favor, quer ver o meu saldo? Acho que sim. Que bom telefonar, foi ótimo, agora mesmo estava pensando em você. Puro, com gelo. Passe mais tarde, ainda não fiz, não está pronto. Amanhã eu ligo, e digo alguma coisa. Guarde o troco. Penso que sim. Este mês, não, fica para o outro. Desculpe, não me lembrei. Veja logo a conta, sim? É uma pena, mas hoje não posso, tenho um jantar. Vinte litros, da comum. Acho que não. Nas próximas férias, vou até lá, de carro. Gosto mais assim, com azul. Bem, obrigado, e você? [...] É um chato, um perigo público. Foi há muito tempo. Tudo bem, tudo legal? Gostei de ver. Acho que não, penso que não, creio que não. Acredito que sim. Claro, fechei a porta e botei o carro pra dentro. Vamos dormir? É, leia que é bom. Ainda agosto e esse calor. Me acorde cedo amanhã, viu?
LADEIRA, Julieta de Godoy (Org.). Contos brasileiros contemporâneos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2005. p.126-127.

Esse conto pode ser visto como uma representação literária do automatismo da vida cotidiana moderna. Os procedimentos dos quais o autor se vale para representar esse automatismo são:

Alternativas

ID
4062331
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O fragmento abaixo foi extraído do conto ˜Nunca é tarde, sempre é tarde˜, de Silvio Fiorani:


Conseguiu aprontar-se mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. [...] Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo é pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que não havia tempo nem para o café. [...] Louca de pressa, ia sair, avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente. Algum dedo nervoso apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia-se levantado. Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse a tempo, tinha sempre que correr, correr. [...]

LADEIRA, Julieta de Godoy (Org.). Contos brasileiros contemporâneos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2005. p. 139-140.


Esse conto apresenta, como temática central,

Alternativas

ID
4062334
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em diversas passagens das Crônicas de origem, Luís da Câmara Cascudo serve-se de procedimentos de linguagem que tornam seus textos esteticamente notáveis. Entre esses procedimentos, a metáfora é um dos mais frequentes, como se constata na passagem:

Alternativas
Comentários
  • WTFFFFFF

  • Resposta letra C, lampião é aquele coiso q ilumina, não é animal e nem gente pra sangrar


ID
4062343
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a seguir os trechos de ―Consideração do poema‖, integrante do livro A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade.


Uma pedra no meio do caminho

ou apenas um rastro, não importa.

Estes poetas são meus. De todo o orgulho,

de toda a precisão se incorporaram

ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinicius

sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo.

Que Neruda me dê sua gravata

chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, Maiakovski.

São todos meus irmãos, não são jornais

nem deslizar de lancha entre camélias:

é toda a minha vida que joguei.

[...]

Saber que há tudo. E mover-se em meio

a milhões e milhões de formas raras,

secretas, duras. Eis aí meu canto.


ANDRADE, Carlos Drummond de. Nova reunião: 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: Bestbolso, 2009. p. 139-140.


Nesses trechos, além da função poética, ocorre predominantemente a função

Alternativas

ID
4062346
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Enfrentando grandes dificuldades desde o século III, o Império Romano do Ocidente fragmentou - se após as invasões dos povos bárbaros e, nesse território, formaram -se novas sociedades. Os historiadores consideram esse período como uma nova fase na história da chamada Europa Ocidental: a Alta Idade Média, marcada principalmente

Alternativas

ID
4062349
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O historiador Jacques Le Goff, analisando o Ocidente europeu na Idade Média, comenta:


O conflito entre o tempo da Igreja e o tempo dos mercadores afirma-se pois em plena Idade Média, como um dos acontecimentos maiores da história mental destes séculos, d urante os quais se elabora a ideologia do mundo moderno, sob a pressão da alteração das estruturas e das práticas econômicas.


LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa: Estampa, 1979. p. 45.


Esse conflito referido pelo autor diz respeito

Alternativas

ID
4062352
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Segundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial


[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu relacionamento com outros povos do mundo.


LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.


A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo

Alternativas

ID
4062358
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os diversos grupos envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os princípios teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:

Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei. E hoje, q uando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: ―Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, mis eráveis?‖ Que mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.

BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. Disponível em: <www.marxists.org/portugues /babeuf/1796/mes/
manifesto.html>. Acesso em: 17 set. 2012. [Adaptado]

Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a ˜Conspiração dos Iguais˜, que foi sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.

No contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que

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ID
4062361
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O fragmento textual seguinte se refere a uma característica de sociedades africanas em épocas anteriores à expansão marítima e comercial europeia.

A forma como uma sociedade organiza a distribuição dos bens que produz ou adquire revela muito do caráter desta sociedade, de seus valores, usos e costumes. No caso das sociedades de linhagens da África negra, todo o sistema social estava baseado nas esferas da reciprocidade e da distribuição, como forma de garantir a coesão social do grupo. Os velhos guardam a experiência e o conhecimento dos costumes. Assim, não era uma sociedade dirigida pelos mais produtivos e dinâmicos (como na lógica capitalista) e, sim, pelos que guardavam a tradição e o saber mágico.

SILVA, Francisco C. T. da. Conquista e colonização da América portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.). História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 48. [Adaptado]

Ao estabelecer uma comparação entre a organização social expressa no fragmento e as sociedades africanas exploradas pelos europeus à época das Grandes Navegações, é correto afirmar:

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ID
4062373
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na obra A formação das almas, o historiador José Murilo de Carvalho mostra que, após a queda da monarquia, as diversas facções republicanas no Brasil evidenciaram suas diferenças nas disputas em torno da escolha da nova bandeira nacional.

Dois símbolos propostos nessa ocasião evidenciam aspectos dessa disputa entre as diferentes facções republicanas e estão reproduzidos a seguir.

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ID
4062376
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No quadro da colonização, os portugueses consideravam -se legalmente proprietários das terras americanas definidas pelo Tratado de Tordesilhas. Partindo de Pernambuco, eles procuraram expandir a área conquistada. Na capitania do Rio Grande, construíram a fortaleza dos Reis Magos e, depois, fundaram Natal em 1599.

Sobre esse período histórico da Capitania do Rio Grande, é correto afirmar:

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ID
4062391
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia os fragmentos textuais a seguir:


Entre os dias 12 e 24 de outubro de 2011, foram registrados nove abalos com mais de dois pontos na escala Richter, em João Câmara-RN. O maior deles ocorreu na terça-feira (24) e atingiu magnitude 2,8 na escala Richter, a qual vai até nove. A sequência foi suficiente para deixar população e autoridades em alerta.


Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/10/30/>. Acesso em: 10 jul. 2012. [Adaptado].


O governo do Chile pediu calma à população na madrugada desta terça-feira, 17 de abril de 2012, após um terremoto de magnitude 6,7 na escala Richter atingir o país. O tremor, ocorrido na região da cidade costeira de Valparaiso, foi seguido por um abalo secundário.


Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/04/>. Acesso em: 10 jul. 2012. [Adaptado]


Em relação à ocorrência de terremotos e considerando os dois casos referidos nos fragmentos textuais, é correto afirmar:

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ID
4062394
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A produção de banana no Vale do Açu é uma atividade relevante para a economia do Rio Grande do Norte, sendo uma referência para entender aspectos relacionados à estruturação das relações entre o local e o global.


No âmbito da economia capitalista e globalizada, uma das características da produção de banana no Vale do Açu é

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ID
4062400
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Os fragmentos textuais a seguir apresentam informações sobre fenômenos climáticos contrastantes, que ocorrem num mesmo período, em diferentes regiões do Brasil.


Um total de 800 municípios do Nordeste se encontra em situação de emergência devido à seca, depois de o Governo declarar, nesta sexta-feira, que 25 novas cidades do estado da Paraíba estão nessa circunstância.


Disponível em: <http://noticias.r7.com/internacional/noticias/seca-no-nordeste-deixa-800-municipios-emsituacao-de-emergencia-20120601.html>. Acesso em: 4 jun. 2012.


No Amazonas, mais de 80 mil famílias sofrem com a cheia dos rios, 50 municípios permanecem em situação de emergência, incluindo a capital, e outros 3 continuam em estado de calamidade. Em Manaus, o Rio Negro continua subindo, mas apenas um centímetro por dia. Ontem, a cota foi de 29,97 metros.


Disponível em:.<http://www.dgabc.com.br/News/5960490/cheia-no-amazonas-afeta-mais-de-80-mil-familias.aspx>. Acesso em: 04 jun. 2012.


Entre outros fatores, a ocorrência dos fenômenos climáticos está associada

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ID
4062403
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, por sete votos a um, títulos de propriedades de fazendeiros cujas terras estavam situadas dentro dos 54 mil hectares da reserva indígena Caramuru Catarina-Paraguaçu, localizada no município de Pau Brasil, estado da Bahia. Essa reserva foi demarcada entre 1926 e 1938, mas nunca tinha sido homologada.

A decisão do STF traz à tona um aspecto presente no espaço agrário brasileiro que está relacionado

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ID
4062406
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Os países localizados na região denominada África do Norte apresentam características que os diferenciam dos países situados na África Subsaariana.


Entre as características dos países da África do Norte, destaca-se a

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