A Arrabidaea bilabiata (SPRAGUE) Sandwith, também conhecida por outros nomes populares como; chibata, gibata, gibata-branca, gibata-roxa, jurará bucha, jurará branco dentre outros, é uma planta arbustiva de hábito lianescente, robustas com folhas lisas, face superior verde lustrosa e inferior verde clara, trifolioladas ou bifoliadas com um folíolo terminal transformado em gavinhas simples. É uma planta invasora resistente, adaptada a várias condições ambientais. Cresce em solos argilosos ou arenosos tolerando o encharcamento periódico do terreno, locais inundados e raramente, em solos de terra firme em florestas secundárias. Há registros desta planta em vários estados da região norte, Amazonas, Pará, Roraima e Acre. Em bovinos causa toxidez com sintomatologia em aproximadamente, 6 a 24 horas após a ingestão da planta. Os animais intoxicados ficam em decúbito lateral, passam a fazer movimentos de pedalagem e em certos casos fecham as pálpebras fortemente berrando constantemente, e morrem. O princípio tóxico da planta são glicosídeos do tipo esteróides cardioativos.
1 – Palicourea marcgravii
É a planta tóxica mais importante do Brasil devido a sua extensa distribuição territorial, alta toxidez, comum ingestão e feito acumulativo. É um arbusto pertencente à família rubiácea conhecido pelos nomes populares erva-de-rato, cafezinho, roxinha, entre outros. Como todos os nomes populares, esses termos devem ser usados com cautela, pois a maioria deles é também aplicada para outras plantas, nem sempre tóxicas.
Essa planta é encontrada em todo país, exceto na região Sul e no Estado de Mato
Grosso do Sul. Seu hábitat são regiões de boa pluviosidade, jamais ocorrendo em várzeas.
Desenvolve-se bem em meia sombra, na beira de matas, por exemplo. Em pastagens com pouca infestação por daninhas, onde a “erva-de-rato” fica diretamente exposta ao sol sua ocorrência é mais rara. O princípio tóxico é o ácido monofluoracético, que após ingestão é convertido em fluorocitrato, que por sua vez, interrompe o ciclo de Krebs. A dose letal para bovinos é de 0,6 g de folhas frescas por kg de peso corporal. Os frutos são mais tóxicos que as folhas, e não há perda de toxidez por dessecagem. Em bovinos e ovinos, a evolução da intoxicação é superagudo, da ordem de 1 a 10 minutos, até no máximo 85 minutos para bovinos. Em eqüinos, a evolução é mais longa, de algumas horas. Os sintomas da intoxicação para bovinos são tremores musculares, queda do animal seguida de movimentos de pedalagem e convulsão final tônica.
Em virtude da evolução superaguda da intoxicação, não se indica nenhum tratamento. Recomenda-se movimentar os animais o mínimo necessário durante alguns dias. Um método de controle indicado é o arranquio com enxadão e posterior controle químico com herbicida granulado na cova.