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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 - Prefeitura de Itabira - MG - Engenheiro de Segurança do Trabalho


ID
4062985
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Analise as afirmativas a seguir.


I. Um dos motivos apontados como causa dos estupros é o excesso de confiança.

II. Para a maioria dos entrevistados, a mulher é atacada por mostrar excessivamente o corpo.

III. Os estupros mencionados nas pesquisas se referem apenas aos cometidos contra as mulheres.


De acordo com o texto, estão incorretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • -Se há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar.

    Obviamente há um excesso de confiança.

    LOGO: afirmativa I. correta.

    II. e III, incorretas.

  • I. Um dos motivos apontados como causa dos estupros é o excesso de confiança. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai. V

    II. Para a maioria dos entrevistados, a mulher é atacada por mostrar excessivamente o corpo. Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo” F

    III. Os estupros mencionados nas pesquisas se referem apenas aos cometidos contra as mulheres. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes. F


ID
4062988
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

São características citadas pelo autor sobre a maioria dos estupros, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • No texto, não é citado como característica o estrupo e a agressão.

    ERRO da alternativa: extrapolação.

    Gabarito D


ID
4062991
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Analise as afirmativas a seguir.


I. O convívio liberal entre homens e mulheres não condiz com os fatos apresentados nas pesquisas.

II. Crianças e mulheres, maiores vítimas dos casos de estupro, são abusadas, em sua maioria, por familiares.

III. Ter a liberdade de andar com pequenos biquínis ou seminuas no Carnaval faz com que as mulheres tenham uma falsa ideia de segurança no convívio com os homens.


Estão de acordo com a opinião do autor as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • O erro da alternativa II está na restrição, pois não é só os familiares. O texto quis destacar que não são psicopatas, mas homens comuns e deu vários exemplos como: vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

    A I e a III estão corretas. - Gabarito B


ID
4062994
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

São fatores que beneficiam o comportamento do estuprador, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • N entendi.

  • Alternativa D.

    A divulgação dos vídeos de estupro deixa o estuprador vulnerável, pois será mais fácil identificá-lo para poder puni-lo.

  • Alternativa D, pois a pergunta deseja saber os fatores que BENEFICIAM (incentivam/ajudam) o comportamento do estuprador. A divulgação dos vídeos de estupro determina UM TIPO DE COMPORTAMENTO, e não um benefício do mesmo. Não entendeu ainda? Voltamos à frase que descreve a alternativa.

    "O estupro coletivo é a EXPRESSÃO mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de DEMONSTRAR o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet."


ID
4062997
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.


“Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado.”


São sinônimos da palavra destacada, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Em questões nas quais se solicita sinonímia (relação de sentido entre dois vocábulos), não há escapatória: para responder com segurança, é necessário leitura, seja de livros, seja de itens semelhantes. Recomenda-se anotar as palavras mais recorrentes e ao redor delas inserir os sinônimos. Tomemos como exemplo um substantivo comum: caixão. Para este, há pelo menos uns três sinônimos: féretro, esquife e ataúde. Pode-se escrever caixão, a palavra mais usual e, em derredor dela, registrar os sinônimos. Isso serve para verbos, adjetivos e afins.

    Sanha é sinônimo de ira, fúria, desatino, raiva, cólera. Das opções de resposta em tela, a que mais se distancia é "sangria". Este vocábulo relaciona-se ao ato de sangrar, de sangramento.

    Letra A

  • Complementando o nosso colega, @Sr. Shelking

    Quando não se sabe o significado de uma palavra, recomendo que veja pelo contexto, pois creio que por mais leitura que se tenha, é bem difícil a internalização de todas as palavras da língua portuguesa (isso não justifica a não leitura e o não aumento de vocabulário).

    Sanha analisando o contexto percebemos que é a raiva que os presos têm dos estupradores. O comando da questão também ajuda a matar, pois ela diz que as palavras abaixo têm equivalência com exceção de uma, que é a sangria.


ID
4063000
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Assinale a alternativa em que a ideia expressa entre colchetes não está presente no respectivo trecho.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C.

    "... o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência", significa que ele não tem os mesmos privilégios que os estupradores presos têm de ficar separados dos demais para não serem espancados e etc... NÃO significa ASSASSINATO.


ID
4063003
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

A principal característica de gêneros textuais como este é:

Alternativas
Comentários
  • No trecho: "Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde." O autor expõe sim sua opinião acerca do tema.

  • Fundep adora os textos do Dr. Drauzio Varella


ID
4063006
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.


Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico [...]”


Assinale a alternativa em que a substituição da palavra destacada nesse trecho altera seu sentido original.

Alternativas
Comentários
  • Explicarei o valor semântico das conjunções apresentadas na questões.

    Contanto = oração subordinada adverbial condicional;

    Embora, ainda que, posto que, e conquanto = orações subordinadas adverbiais concessivas.

    Obs.: Essa banca gosta de brincar com a diferença dessas conjunções "contanto" e "conquanto". Portanto, fiquem em estado de alerta.

  • Alternativa A.

    Porquanto= porque

    Conquanto= embora

    Contanto que= se


ID
4063009
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

São recursos argumentativos utilizados no texto I, EXCETO:

Alternativas

ID
4063012
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.

Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.

Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.

Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.

Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.

Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.

Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.

Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.

Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.

A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.

A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito.Arealidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.

Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.

Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.

O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.

VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em:<https://goo.gl/QmDE86> . Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.


“Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada.”


A palavra destacada é um:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO -C

    Vocativo é um chamado..

    Se você, leitora, imagina que (...)

    Lembre-se de usa mãe te chamando quando vc fazia uma danação:

    Menino, venha cá!

    OBS:  Esse termo não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. 

    OBS2: O vocativo deve estar acompanhado de vírgulas em que posição estiver.

    Maria, faça meu café!

    Faça, Maria, meu café!

    Faça meu café, Maria!

  • GABARITO: C

    Vocativo: termo que evoca, chama algo ou alguém na oração, sempre isolado por vírgula. É considerado Termo Acessório da Oração.

    Atenção: não pode ser sujeito da oração.

  • Vocativo não pode ser incluído entre os termos da oração, pois não se relaciona sintaticamente com nenhum outro termo. O vocativo não faz parte nem do sujeito nem do predicado. Ele é um nome e está relacionado ao processo de interlocução.

  • Nenhuma opção está certa, porque vocativo é termo isolado, não é nem acessório.


ID
5099974
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II
A cultura do estupro

Não podemos perder tempo disputando a realidade. Um ato sexual que acontece sem o consentimento de uma das partes envolvidas é um estupro. Sempre

“Uma rosa, por qualquer outro nome, teria o aroma igualmente doce”. Este trecho de Romeu e Julieta, a peça famosa de William Shakespeare, é frequentemente referenciado em artigos e debates sobre o peso e a volatilidade da linguagem.
Na cena em que esta fala se dá, Julieta – uma Capuleto – argumenta que não importa que Romeu seja um Montéquio, pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome. A beleza da citação é o que ela implica: os nomes que damos às coisas não necessariamente afetam o que as coisas realmente são.
“Estupro, por qualquer outro nome, seria uma ação igualmente violenta.” Seria. Mas, ao contrário das rosas – que reconhecemos como rosas, por isso chamamos de rosas –, relutamos em reconhecer quando um estupro é estupro para poder então chamá-lo de estupro.
Estupro é a prática não consensual do sexo, imposta por violência ou ameaça de qualquer natureza. Qualquer forma de prática sexual sem consentimento de uma das partes configura estupro.
Se aceitarmos que esta é a definição de estupro, quantas já sofremos um, e quantos já cometeram um? Garanto que muita gente. [...]

BURIGO, Joana. A cultura do estupro. Carta Capital. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2017 [Fragmento adaptado].

Sobre o texto II, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Essa questão é muito ampla e ao meu ver pode possuir mais de uma resposta.


ID
5099977
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II
A cultura do estupro

Não podemos perder tempo disputando a realidade. Um ato sexual que acontece sem o consentimento de uma das partes envolvidas é um estupro. Sempre

“Uma rosa, por qualquer outro nome, teria o aroma igualmente doce”. Este trecho de Romeu e Julieta, a peça famosa de William Shakespeare, é frequentemente referenciado em artigos e debates sobre o peso e a volatilidade da linguagem.
Na cena em que esta fala se dá, Julieta – uma Capuleto – argumenta que não importa que Romeu seja um Montéquio, pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome. A beleza da citação é o que ela implica: os nomes que damos às coisas não necessariamente afetam o que as coisas realmente são.
“Estupro, por qualquer outro nome, seria uma ação igualmente violenta.” Seria. Mas, ao contrário das rosas – que reconhecemos como rosas, por isso chamamos de rosas –, relutamos em reconhecer quando um estupro é estupro para poder então chamá-lo de estupro.
Estupro é a prática não consensual do sexo, imposta por violência ou ameaça de qualquer natureza. Qualquer forma de prática sexual sem consentimento de uma das partes configura estupro.
Se aceitarmos que esta é a definição de estupro, quantas já sofremos um, e quantos já cometeram um? Garanto que muita gente. [...]

BURIGO, Joana. A cultura do estupro. Carta Capital. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2017 [Fragmento adaptado].

O recurso utilizado pela autora em seu texto, ao trazer uma passagem da obra shakespeariana para embasar sua argumentação, é conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • Intertextualidade é colocar um texto ou passagens de um texto dentro de outro texto. Ex.: o autor Alfa em seu livro Memorias Gama, poderá usar passagens que fazem parte do livro Delta do autor Celta.


ID
5099980
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II
A cultura do estupro

Não podemos perder tempo disputando a realidade. Um ato sexual que acontece sem o consentimento de uma das partes envolvidas é um estupro. Sempre

“Uma rosa, por qualquer outro nome, teria o aroma igualmente doce”. Este trecho de Romeu e Julieta, a peça famosa de William Shakespeare, é frequentemente referenciado em artigos e debates sobre o peso e a volatilidade da linguagem.
Na cena em que esta fala se dá, Julieta – uma Capuleto – argumenta que não importa que Romeu seja um Montéquio, pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome. A beleza da citação é o que ela implica: os nomes que damos às coisas não necessariamente afetam o que as coisas realmente são.
“Estupro, por qualquer outro nome, seria uma ação igualmente violenta.” Seria. Mas, ao contrário das rosas – que reconhecemos como rosas, por isso chamamos de rosas –, relutamos em reconhecer quando um estupro é estupro para poder então chamá-lo de estupro.
Estupro é a prática não consensual do sexo, imposta por violência ou ameaça de qualquer natureza. Qualquer forma de prática sexual sem consentimento de uma das partes configura estupro.
Se aceitarmos que esta é a definição de estupro, quantas já sofremos um, e quantos já cometeram um? Garanto que muita gente. [...]

BURIGO, Joana. A cultura do estupro. Carta Capital. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2017 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.

“Se aceitarmos que esta é a definição de estupro, quantas já sofremos um, e quantos já cometeram um?”

A oração destacada indica, em relação ao restante da frase, uma:

Alternativas
Comentários
    • Estrutura: a conjunção "se", nessa frase, introduz uma oração subordinada condicional que está deslocada em relação a oração principal.
    • Quando ao sentido: ela dá a ideia de condição, isto é, uma probabilidade. Caso pense x, acontecerá y.

    #Bonsestudos


ID
5099983
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II
A cultura do estupro

Não podemos perder tempo disputando a realidade. Um ato sexual que acontece sem o consentimento de uma das partes envolvidas é um estupro. Sempre

“Uma rosa, por qualquer outro nome, teria o aroma igualmente doce”. Este trecho de Romeu e Julieta, a peça famosa de William Shakespeare, é frequentemente referenciado em artigos e debates sobre o peso e a volatilidade da linguagem.
Na cena em que esta fala se dá, Julieta – uma Capuleto – argumenta que não importa que Romeu seja um Montéquio, pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome. A beleza da citação é o que ela implica: os nomes que damos às coisas não necessariamente afetam o que as coisas realmente são.
“Estupro, por qualquer outro nome, seria uma ação igualmente violenta.” Seria. Mas, ao contrário das rosas – que reconhecemos como rosas, por isso chamamos de rosas –, relutamos em reconhecer quando um estupro é estupro para poder então chamá-lo de estupro.
Estupro é a prática não consensual do sexo, imposta por violência ou ameaça de qualquer natureza. Qualquer forma de prática sexual sem consentimento de uma das partes configura estupro.
Se aceitarmos que esta é a definição de estupro, quantas já sofremos um, e quantos já cometeram um? Garanto que muita gente. [...]

BURIGO, Joana. A cultura do estupro. Carta Capital. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2017 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.

“Na cena em que esta fala se dá, Julieta – uma Capuleto – argumenta que não importa que Romeu seja um Montéquio, pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome.”

A palavra destacada confere ao trecho um valor:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito errado.

    com sentido de MAS = Adversativo

    E (mas) não por seu nome.

    A alternativa correta, portanto, seria a letra D.

  • Gabarito: A

  • Explicativo?


ID
5099986
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II
A cultura do estupro

Não podemos perder tempo disputando a realidade. Um ato sexual que acontece sem o consentimento de uma das partes envolvidas é um estupro. Sempre

“Uma rosa, por qualquer outro nome, teria o aroma igualmente doce”. Este trecho de Romeu e Julieta, a peça famosa de William Shakespeare, é frequentemente referenciado em artigos e debates sobre o peso e a volatilidade da linguagem.
Na cena em que esta fala se dá, Julieta – uma Capuleto – argumenta que não importa que Romeu seja um Montéquio, pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome. A beleza da citação é o que ela implica: os nomes que damos às coisas não necessariamente afetam o que as coisas realmente são.
“Estupro, por qualquer outro nome, seria uma ação igualmente violenta.” Seria. Mas, ao contrário das rosas – que reconhecemos como rosas, por isso chamamos de rosas –, relutamos em reconhecer quando um estupro é estupro para poder então chamá-lo de estupro.
Estupro é a prática não consensual do sexo, imposta por violência ou ameaça de qualquer natureza. Qualquer forma de prática sexual sem consentimento de uma das partes configura estupro.
Se aceitarmos que esta é a definição de estupro, quantas já sofremos um, e quantos já cometeram um? Garanto que muita gente. [...]

BURIGO, Joana. A cultura do estupro. Carta Capital. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2017 [Fragmento adaptado].

Releia o trecho a seguir.

“Na cena em que esta fala se dá, Julieta – uma Capuleto – argumenta que não importa que Romeu seja um Montéquio, pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome.”

A conjunção “e”, destacada, confere ao trecho um valor:

Alternativas
Comentários
  •  e não por seu nome.

    Porém não por seu nome.

    Gab- D

  • O e não poderia ser aditivo? ;s

  • E com sentido de MAS = Adversativo

    E (Mas) não por seu nome.

  • Assertiva d

    pois o amor que sente é pelo rapaz, e não por seu nome.”adversativo.

  • Lembrando que o "e" também pode demonstrar uma relação de adversidade. Então, é interessante se apegar ao contexto, não só à ideia fixa de cada conjunção.


ID
5099989
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em 2017, celebrou-se 30 anos da morte de um dos cidadãos mais ilustres de Itabira, o escritor Carlos Drummond de Andrade. A data motivou uma série de homenagens na cidade e no Brasil em geral.

Assinale a alternativa que apresenta duas das obras do autor itabirano

Alternativas

ID
5099992
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A malha ferroviária é uma importante estrutura de transporte de carga e de passageiros.

Assinale a alternativa que apresenta a ferrovia que liga a capital mineira ao sistema portuário da capital capixaba, tendo o município de Itabira como um dos pontos do trajeto.

Alternativas

ID
5099995
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Em dezembro de 2016, com o intuito de promover a recuperação da vegetação no município, a Prefeitura de Itabira anunciou a intenção de distribuir mudas de espécies de plantas nativas dos biomas presentes na cidade.

Assinale a alternativa que apresenta os biomas predominantes no município segundo o IBGE.

Alternativas

ID
5099998
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O município de Itabira está localizado na Bacia do Rio Doce.

Entre os afluentes da grande bacia presentes no município, estão:

Alternativas

ID
5100001
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em setembro de 2017, a realização de novos testes no continente asiático fez ressurgir o receio da comunidade internacional de uma guerra nuclear.

Assinale a alternativa que apresenta o país autor dos testes.

Alternativas

ID
5100004
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O sistema de proteção individual contra queda (SPIQ) pode ser de restrição de movimentação, de retenção de queda, de posicionamento no trabalho ou de acesso por cordas.

O SPIQ é constituído dos seguintes elementos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • 35.5.5 O SPIQ é constituído dos seguintes elementos: (NR)

    a) sistema de ancoragem; (NR)

    b) elemento de ligação; (NR)

    c) equipamento de proteção individual. (NR)

  • A questão quer saber qual das alternativas abaixo não corresponde a um elemento do SPIQ, de acordo com a NR-35 que versa sobre trabalho em altura.

    Para respondermos, é importante saber o significado de SPIQ: Sistema de Proteção Individual contra Quedas.

    35.5.5 - O SPIQ é constituído dos seguintes elementos:

    1. sistema de ancoragem;
    2. elemento de ligação;
    3. equipamento de proteção individual.

    Fazendo a análise das alternativas, temos que:

    A- INCORRETA. Certificação não é um dos elementos que constitui o SPIQ. Como a questão cobrou a única alternativa incorreta, este é o nosso gabarito.

    B- CORRETA. Elemento de ligação é um elemento do referido sistema.

    C- CORRETA. Equipamento de proteção individual é um elemento do referido sistema.

    D- CORRETA. Sistema de ancoragem é um elemento do referido sistema.

    GABARITO: LETRA A


ID
5100010
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O Artigo 5º da Instrução Normativa Nº 88, de 30 de novembro de 2010 (D.O.U. de 1º/11/10 – Seção 1 – Págs.101 e 102), estabelece diretrizes para as análises de acidentes de trabalho efetuadas por auditor fiscal do trabalho (AFT) e modelo de relatório, em que as providências para as análises de acidente de trabalho deverão ser tomadas, a partir do conhecimento do evento, com a urgência requerida por cada caso. Essas análises serão realizadas in loco, devendo o AFT:

I. Investigar a existência de irregularidades e infrações relativas às Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho (NRs) aprovadas pela Portaria MTb Nº 3.214, de 8 de junho de 1978, especialmente as de Nº 1, 4, 5, 7 e 9, e a provável deficiência na capacitação dos trabalhadores ou outros aspectos de gestão de segurança e saúde do trabalho que influenciaram a ocorrência do evento.
II. Investigar a influência de possíveis infrações decorrentes do descumprimento da legislação disciplinadora da jornada de trabalho e dos períodos de descanso na ocorrência do evento.
III. Entrevistar os trabalhadores e outras pessoas direta ou indiretamente envolvidas para a apuração dos fatos.
IV. Relatar as medidas de prevenção que poderiam ter evitado o evento indesejado, bem como as medidas de proteção, que poderiam ter reduzido as suas consequências.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Todos Corretos

    Art. 5º As providências para as análises de acidente de trabalho deverão ser tomadas, a partir do conhecimento do evento, com a urgência requerida por cada caso, e as análises serão realizadas in loco, devendo o AFT:

    I - investigar a existência de irregularidades e infrações relativas às Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho - NRs aprovadas pela Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, especialmente as de n.º 1, 4, 5, 7 e 9, e a provável deficiência na capacitação dos trabalhadores ou outros aspectos de gestão de segurança e saúde do trabalho que influenciaram a ocorrência do evento;

    II - investigar a influência de possíveis infrações decorrentes do descumprimento da legislação disciplinadora da jornada de trabalho e dos períodos de descanso na ocorrência do evento;

    III - entrevistar os trabalhadores e outras pessoas direta ou indiretamente envolvidas para a apuração dos fatos;

    IV - relatar as medidas de prevenção que poderiam ter evitado o evento indesejado, bem como as medidas de proteção, que poderiam ter reduzido as suas consequências;


ID
5100013
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

As dimensões dos postos de trabalho das máquinas e equipamentos devem, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • EXCETO:

    d) Adequar as características ergométricas do operador e as condições energéticas.

  • Gabarito D

    Já que as máquinas não devem adequar as características ergonométricas, mas sim SE adequarem a essas medidas antropométricas.


ID
5100016
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Analise a afirmativa a seguir.

A Portaria Nº 1.719, de 5 de novembro de 2014, na Seção III, referente à Imposição do Embargo ou da Interdição, Art. 5°, afirma que, quando o auditor fiscal do trabalho (AFT) constatar, em verificação física no local de trabalho, grave e iminente risco que justifique embargo ou interdição, deverá lavrar com a urgência que o caso requer Relatório Técnico em _____ vias.

Assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado.

Alternativas
Comentários
  • Seção III - Imposição do Embargo ou da Interdição

    Art. 5º Quando o Auditor Fiscal do Trabalho - AFT constatar, em verificação física no local de trabalho, grave e iminente risco que justifique embargo ou interdição, deverá lavrar com a urgência que o caso requer Relatório Técnico em duas vias, que contenha:

    I - identificação do empregador com nome, inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou Cadastro de Pessoa Física - CPF, código na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e endereço do estabelecimento em que será aplicada a medida;

    II - endereço do empregador, caso a medida seja aplicada em obra, local de prestação de serviço ou frente de trabalho realizada fora do estabelecimento;

    III - identificação precisa do objeto da interdição ou emb argo;

    IV - descrição dos fatores de risco e indicação dos riscos a eles relacionados;

    V - indicação clara e objetiva das medidas de proteção da segurança e saúde no trabalho que deverão ser adotadas pelo empregador;

    VI - assinatura e identificação do AFT, contendo nome, cargo e número da Carteira de Identidade Fiscal - CIF; e

    VII - indicação da relação de documentos que devem ser apresentados pelo empregador quando houver a necessidade de comprovação das medidas de proteção por meio de relatório, projeto, cálculo, laudo ou outro documento.


ID
5100019
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O serviço de proteção radiológica deve possuir, de acordo com o especificado no PPR, equipamentos para:

I. monitoração coletiva dos trabalhadores;
II. monitoração da área;
III. proteção individual;
IV. medições ambientais específicas para práticas de trabalho.

Para esse serviço, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • I, monitoração individual dos IOE


ID
5100022
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Analise a afirmativa a seguir.

Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas seguintes situações, antes da sua utilização e periodicamente, com periodicidade mínima de ________ meses.

Assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado.

Alternativas
Comentários
  • 3.3 Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas seguintes situações:

    a) antes da sua utilização;

    b) periodicamente, com periodicidade mínima de seis meses.

  • A questão cobra conhecimento sobre a NR-35 que versa sobre trabalho em altura. A referida norma considera trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. 

    Em relação às cordas e equipamentos, a NR dispõe o seguinte:

    3.3 Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas seguintes situações:

    a) antes da sua utilização;

    b) periodicamente, com periodicidade mínima de seis meses

    Logo, o gabarito da questão é a letra c.

    GABARITO: LETRA C


ID
5100025
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Na NR-17, visa-se o estabelecimento de parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. No item 17.6.3., descrevese que nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, dos ombros, do dorso e dos membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:

I. Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores.
II. Devem ser incluídas pausas para descanso.
III. Quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.
IV. O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 10.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • Único item errado -> IV. O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 10.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real. Não deve ser superior a 8000.


ID
5100028
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Aanálise ergonômica do trabalho (AET) deve ser realizada para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e subsidiar a implementação das medidas e adequações necessárias. Conforme previsto na NR-17, essa análise deve incluir as seguintes etapas:

I. Avaliação sobre as condições ambientais, características dos postos de trabalho, condições gerais de máquinas e equipamentos utilizados, riscos envolvidos e tempo de realização da tarefa.
II. Avaliação da distância percorrida, aclives, declives e condições das vias, entre outros achados.
III. Avaliação da sobrecarga estática e / ou dinâmica de segmentos corporais.
IV. Avaliação da organização do trabalho, envolvendo a análise do trabalho prescrito e do real.
V. Avaliação e validação da eficácia das recomendações implementadas nos postos de trabalho e atividades.

Está(ão) correta(s) a(s) etapa(s):

Alternativas

ID
5100031
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Analise a afirmativa a seguir.

Na Norma Regulamentadora da Limpeza Urbana, Portaria SIT Nº 609, de 30 de março de 2017, que trata da NR – Limpeza Urbana, descreve-se que os pontos de descarga da combustão dos veículos de coleta de resíduos devem estar situados em altura ________________________, voltados para cima, devendo possuir catalisador e silencioso, sendo objeto de manutenção periódica.

Assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado.

Alternativas
Comentários
  • A questão exigiu conhecimento literal acerca das disposições da Norma Regulamentadora de limpeza urbana.

    Em termos gerais, essa norma versa sobre o seguinte:

    "1.1 - Esta Norma Regulamentadora dispõe sobre os requisitos mínimos para a gestão da segurança, saúde e conforto nas atividades de limpeza urbana, sem prejuízo da observância das demais Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho". 

    Em relação à coleta de resíduos, que é a parte solicitada pela questão, destaca-se o seguinte:

    "8.3 - Os pontos de descarga da combustão dos veículos de coleta de resíduos devem estar situados em altura superior a 2,0 (dois) metros, voltados para cima, devendo possuir catalisador e silencioso, sendo objeto de manutenção periódica".

    Ou seja, a lacuna será preenchida corretamente pelo trecho "superior a dois metros".

    GABARITO: LETRA B


ID
5100034
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Analise a afirmativa a seguir.

Para a ergonomia, as ferramentas manuais não devem exceder _____ kg. Podem surgir dores no pescoço e nos ombros quando se trabalha muito tempo com os braços levantados e sem apoio. Esses problemas ocorrem principalmente com o uso de ferramentas manuais.

Assinale a alternativa completa corretamente o enunciado.

Alternativas
Comentários
  • Para a ergonomia, as ferramentas manuais não devem exceder 02 kg. Podem surgir dores no pescoço e nos ombros quando se trabalha muito tempo com os braços levantados e sem apoio. Esses problemas ocorrem principalmente com o uso de ferramentas manuais.

  • 17.7.4 Devem ser dotados de dispositivo de sustentação os equipamentos e ferramentas manuais cujos pesos e utilização na execução das tarefas forem passíveis de comprometer a segurança ou a saúde dos trabalhadores ou adotada outra medida de prevenção, a partir da avaliação ergonômica preliminar ou da AET.  


ID
5100037
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A equação de NIOSH foi criada em 1981 e revisada em 1991 por cientistas que se basearam em critérios biomecânicos, fisiológicos e psicofísicos.

Essa equação foi desenvolvida para calcular:

Alternativas
Comentários
  • A questão quer saber sobre o que versa a equação NIOSH.

    Faremos um breve histórico da equação NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health), de acordo com Ribeiro et al (2009):

    • 1981: foi criada para avaliar a manipulação de cargas no trabalho. Esse diagnóstico seria feito por uma ferramenta que analisa os riscos dos danos osteomusculares em decorrência das cargas físicas a que o empregado é submetido. A equação visa indicar o valor de peso ideal para cada posto de ocupação.

    • 1991: houve a inserção de novos elementos na equação foi verificada, como por exemplo, a variável temporal, a frequência e a manipulação assimétrica das cargas, fator qualidade de pega.

    De acordo com os autores acima referidos, a equação defende que os riscos de distúrbios osteomusculares aumentam com a distância entre o limite de peso que é adotado e com o peso que de fato é levantado. No levantamento de cargas, o "peso" de até 23 kg é considerado ideal (limite máximo) para que não ocorra tais distúrbios.

    O Manual de Aplicação da NR-17 traz uma nota técnica em relação à equação e explica a importância de sua utilização: "o cálculo do peso máximo recomendado na manipulação manual de cargas, podendo-se, assim, redesenhar o posto de trabalho e evitar o risco de sofrer de lombalgia devido à manipulação de cargas".

    A equação NIOSH é representada da seguinte maneira:

    LPR = Cc x FDH x FAV x FDVP x FA x FFL x FQP

    Na qual, cada elemento pode ser definido assim: LPR = limite de peso recomendado; Cc = Constante da carga; FAV = Fator altura vertical; FDVP = Fator distância vertical percorrida; FA = Fator de assimetria; FDH = Fator distância horizontal; FFL = Fator de frequência de levantamento; FQP = Fator de qualidade da pega.

    A autora Mara Camisassa (2015) cita o seguinte sobre o cálculo do limite de peso recomendado: "o cálculo do LPR parte do princípio de que o peso máximo a ser levantado, em condições ideais, por 90% dos homens e 75% das mulheres, sem causar lesões, é 23 kg".

    O que o valor obtido no resultado da equação representará ?

    • < ou =1: sem riscos.
    • Acima de 1 até 3: riscos para alguns trabalhadores.
    • >3: risco para a maioria dos operadores.

    Logo, a única alternativa que traz relação com a equação e que cita peso máximo em atividades de levantamento é o item "c". Os demais itens não guardam relação com a equação.

    Bibliografias:

    CAMISASSA, M. Q. Segurança e saúde no trabalho: NRs 1 a 36 comentadas e descomplicadas. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método: 2015.

    RIBEIRO, I A V; TERESO, M J. A; ABRAHÃO, R. F. Análise Ergonomia do Trabalho em Unidades de Beneficiamento de Tomates de Mesa: Movimentação Manual De Cargas. Ciência Rural. Santa Maria, 2009. Vol. 39. 

    GABARITO DA MONITORA: LETRA C


ID
5100040
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Afunção integradora da atividade de trabalho é o elemento central que organiza e estrutura os componentes da situação de trabalho.É uma resposta aos constrangimentos determinados exteriormente ao trabalhador e, ao mesmo tempo, é capaz de transformá-los. Estabelece, portanto, por sua própria realização, uma interdependência e uma interação estreita entre esses componentes, unificando a situação. As dimensões técnicas, econômicas e sociais do trabalho só existem efetivamente em função da atividade que as põe em ação e as organiza.

São determinantes da atividade de trabalho, EXCETO:

Alternativas

ID
5100043
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Analise a afirmativa a seguir.

Para atividades na postura sentada, as pernas devem ser acomodadas dentro de um espaço sob a superfície de trabalho. Esse espaço é importante para permitir uma postura adequada, sem inclinar o corpo para frente. A largura desse espaço deve ser _____ cm, no mínimo. A profundidade deve ser pelo menos ____ cm na parte superior e _____ cm na parte inferior, junto aos pés.

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o enunciado.

Alternativas

ID
5100046
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itabira - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Em ambientes confinados, o vigia deve desempenhar as seguintes funções, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • 33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:

    a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;

    b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho;

    c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;

    d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e

    e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.

    33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.

    33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:

    a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;

    b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados;

    c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário;

    d) operar os movimentadores de pessoas; e

    e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia.

    33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; 

  • Funções do Vigia:

    • Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;
    • Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados;
    • Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário;
    • Operar os movimentos de pessoas; e
    • Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia.

    Funções do Supervisor de Entrada:

    • Emitir a PET antes do início das atividades;
    • Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na PET;
    • Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para os acionar estejam operantes;
    • Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e
    • Encerrar a PET após o término dos serviços.