SóProvas



Questões de Intertextualidade


ID
119047
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              O cosmopolita desenraizado

      Quando Edward Said morreu, em setembro de 2003, após batalhar por uma década contra a leucemia, era provavelmente o intelectual mais conhecido do mundo. Orientalismo, seu controvertido relato da apropriação do Oriente pela literatura e pelo pensamento europeu moderno, gerou uma subdisciplina acadêmica por conta própria: um quarto de século após sua publicação, a obra continua a provocar irritação, veneração e imitação. Mesmo que seu autor não tivesse feito mais nada, restringindo-se a lecionar na Universidade Columbia, em Nova York - onde trabalhou de 1963 até sua morte ?, ele ainda teria sido um dos acadêmicos mais influentes do final do século XX.


      Mas ele não viveu confinado. Desde 1967, cada vez com mais paixão e ímpeto, Edward Said tornou-se também um comentarista eloquente e onipresente da crise do Oriente Médio e defensor da causa dos palestinos. O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said - sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. Mas isso transformou o professor de literatura comparada da Universidade de Columbia num intelectual notório, adorado ou execrado com igual intensidade por milhões de leitores.

      Foi um destino irônico para um homem que não se encaixava em quase nenhum dos modelos que admiradores e inimigos lhe atribuíam. Edward Said passou a vida inteira tangenciando as várias causas com as quais foi associado. O "porta-voz" involuntário da maioria dos árabes muçulmanos da Palestina era cristão anglicano, nascido em 1935, filho de um batista de Nazaré. O crítico intransigente da condescendência imperial foi educado em algumas das últimas escolas coloniais que treinavam a elite nativa nos impérios europeus; por muitos anos falou com mais facilidade inglês e francês do que árabe, sendo um exemplo destacado da educação ocidental com a qual jamais se identificaria totalmente.

      Edward Said foi o herói idolatrado por uma geração de relativistas culturais em universidades de Berkeley a Mumbai, para quem o "orientalismo" estava por trás de tudo, desde a construção de carreiras no obscurantismo "pós-colonial" até denúncias de "cultura ocidental" no currículo acadêmico. Mas o próprio Said não tinha tempo para essas bobagens. A noção de que tudo não passava de efeito linguístico lhe parecia superficial e "fácil". Os direitos humanos, como observou em mais de uma ocasião, "não são entidades culturais ou gramaticais e, quando violados, tornam-se tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar".

            (Adaptado de Tony Judt. "O cosmopolita desenraizado". Piauí, n. 41, fevereiro/2010, p. 40-43)

A afirmação de Edward Said, citada por Tony Judt no final do último parágrafo do texto, busca enfatizar a

Alternativas
Comentários
  • Os direitos humanos,quando violados, tornam-se tão-- reais --quanto qualquer coisa que possamos encontrar".
  • ALGUÉM PODERIA, POR FAVOR, EXPLICAR QUAL O ERRO NA LETRA "B", OBRIGADO.

    QUEM RESPONDER, POR FAVOR, AVISA-ME!
  • TALVEZ O ERRO DA ALTERNATIVA ESTEJA EM DIZER QUE É TRAÇADA UMA EQUIVALÊNCIA ENTRE A VIOLAÇÃO DO DIREITO (O ATO DE VIOLAR) E A REALIDADE, QUANDO, NA VERDADE, A EQUIVALÊNCIA É ENTRE OS DIREITOS VIOLADOS E A REALIDADE.
  • Não entendi ainda o problema da alternativa B. Não percebi ainda a diferença entre violação dos direitos humanos e direitos humanos violados?


  • Eu analisei da forma de interpretar o texto , ou seja, qual conclusão ela busca com a frase. Então a correta seria a letra "a".

  • O meu entendimento foi o seguinte:

    Conforme o autor, os direitos humanos não são entidades culturais ou gramaticais, e quando violados, tornam-se reais como qualquer coisa por nós encontrada.

    Alternativa B: fala de equivalência entre violações (violação dos direitos humanos e violação de outros aspectos da realidade). 

  • Gabarito A, então vejamos: quando ele diz: "Os direitos humanos não são entidades culturais ou gramaticais... (Entendo que ele esta concluindo  que D.H não é apenas uma lei escrita ) , e quando violados, tornam-se tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar" ( entendo que seria o efeito real que a violação do D.H causa na vida) . Logo, não seria uma relação de equivalência entre a violação do direito humano e outros aspectos da realidade. (como esta na alternativa B). Para mim seria uma relação de causa e efeito. onde a causa ( violação dos D.H) , efeito (  tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar) ou seja a própria realidade nua e crua. Portanto iria na letra A , Pois foi uma questão de interpretação , observem quando diz : "busca enfatizar..."

  • Eu também errei na letra B. O erro da B é que ela é mais particular, ela não reflete o réu sentido da expressão. Veja:

    A) concretude do sofrimento e da dor daqueles que têm seus direitos violados. --> Esse é o sentido da expressão. Ao afirmar que não são entidades gramaticais ou culturais, o autor busca dizer que as violações são reais, que elas realmente acontecem, dando concretude ao compara-las com qualquer outra coisa que seja real.

    B) equivalência entre a violação dos direitos humanos e outros aspectos da realidade. --> O autor não está querendo apenas igualar a violação de direitos humanos a outros aspectos da realidade. Ele busca, antes disso, mostrar a concretude dessas violações ao dizer que elas não se resumem a entidades culturais ou gramaticais.

    Acho que isso, se tiver errado comenta ai!


ID
937195
Banca
FCC
Órgão
ANS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 9 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

É impossível não nos maravilharmos com as inúmeras formas vivas. Basta darmos uma passeada num parque e olharmos para as árvores, flores, insetos, pássaros, cachorros e seus donos, e nos damos conta da incrível criatividade da vida em suas várias adaptações na água, terra e ar. À primeira vista, parece mesmo difícil que as asas de uma abelha, os olhos de um gato, as nadadeiras de um peixe tenham surgido por acaso, resultado de acidentes no nível molecular. Mas foi isso o que ocorreu, ao longo dos 3,5 bilhões de anos (no mínimo), desde que a vida surgiu na Terra. Darwin propôs sua teoria da evolução para dar conta do que percebeu ser, ao longo de observações cuidadosamente catalogadas em viagens pelo globo, a característica fundamental da vida: sua capacidade de se adaptar a ambientes diversos. Sua idéia de que as espécies variam no tempo devido a pequenas mudanças que são transmitidas de geração em gera- ção permanece essencialmente intacta. A seleção natural, como já diz o nome, seleciona, dentre as várias mudanças, as que beneficiam a espécie. Com isso, os benefícios são passados aos poucos para novas gerações, até que façam parte de toda a população. A grande inovação veio em torno dos anos 1950, com a biologia molecular. Ficou claro que as variações (ou mutações) ocorrem no nível molecular, nos genes. Com o mapeamento do genoma humano durante a última década, mais surpresas ocorreram. Esperava-se que espécies mais sofisticadas, como os humanos, teriam muito mais genes do que as mais simples, como os vermes. Bem, humanos têm praticamente tantos genes quanto ratos. Se o número de genes não mede a complexidade de uma espécie, o que, então, a determina? A resposta encontra-se num novo ramo da biologia molecular, que estuda como os genes se comportam durante o desenvolvimento de um embrião, como as alterações na atividade de cada um deles geram um ser complexo, seja ele uma mosca, um morcego ou uma baleia. Genes são essencialmente moléculas extremamente longas, como corredores cheios de portas. Os biólogos descobriram que certas moléculas funcionam como chaves que ligam ou desligam as partes dos genes responsáveis pela produção de enzimas específicas. À medida que o embrião evolui, diferentes portas são abertas e fechadas, cada uma responsável por parte de seu corpo. É como se o animal tivesse um mapa de seu desenvolvimento, que determina quais portas devem ser abertas ou fechadas seqüencialmente. O incrível é que todos os seres vivos têm genes similares. A variação da vida vem da ativação de partes diferentes dos genes e não de genes diferentes. A evolução da vida é conseqüência de muta- ções que ocorrem nas “portas” moleculares e não nos genes. Somos todos essencialmente o mesmo animal, variações sobre o mesmo tema. (Adaptado de Marcelo Gleiser. Folha de S. Paulo, Mais!, 7 de maio de 2006, p. 9)

A seleção natural (...) seleciona, dentre as várias mudanças, as que beneficiam a espécie. (2o parágrafo)
A paráfrase mais adequada para a frase acima está em:

Alternativas
Comentários
  • E) Dentre as diversas modificações que ocorrem com as espécies são escolhidas, por seleção natural, as que lhes são favoráveis.


ID
1065442
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música popular brasileira. A partir da década de 70 do século passado, em lugar do produto musical de exportação de nível internacional prometido pelos baianos com a retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios de comunicação e na industriado lazer uma nova era musical.
TINHORÃO. J. R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo, São Paulo: Art, 1986 (adaptado).

A nova era musical mencionada no texto evidencia um gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou à realidade brasileira. Esse gênero está representado peta obra cujo trecho da letra é:

Alternativas
Comentários
  • gabarito:

    d) Baby Baby / Não adianta chamar / Quando alguém está perdido / Procurando se encontrar. (Ovelha negra, Rita Lee)

  • para de copiar gabarito desgraça. Eu lá sei de tropicalista kkkkk 

  • Ana carolina, ajudam sim, pra quem não é assinante, venho aqui nos comentários ver se acertei as questões ou não. Obrigada :D

  • Questão fácil. Era só saber quem foram os principais "membros" do movimento tropicalista. Tom Zé, Caetano, Gilber Gil, Rita Lee, Gal Costa. Sempre que cair uma questão de Tropicalismo lembrem-se desses nomes, porque tem umas 3 questões aqui que tu consegue responder só sabendo isso. 

    Edit: E fiquem ligados(se tu tiver vendo esse comentário em 2018, é claro), porque esse tema tem grandes chances de aparecer esse ano já que completa 50 anos e todo mundo sabe que o ENEM adora data fechada assim.

  • Acertei, mas sem saber exatamente quais eram os artistas!

    Segui o seguinte princípio, análise da época - anos 70 - repressão militar,

    que muitas pessoas tinham desaparecimentos inexplicáveis e sem uma justificativa plausível.

    Dessa forma o que contextualiza melhor a época é a música de Rita Lee e Ovelha negra.

    Gab.: letra D.

  • rapaz não marquei a certa por causa das parte estrangeira: baby, baby.

  • a) samba

    b) samba

    c) samba

    d) gabarito

    e) bossa nova


ID
1157578
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


O segmento do texto da crônica que NÃO atesta a intertextualidade como uma das marcas da textualidade é:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi, alguém pode me esclarecer, por gentileza?


  • Acredito, então, que há três alternativas que fazem citações explícitas (letras a, d, e) e uma em que há uma paráfrase (letra c) - "Penso, logo existo" (René Descartes).

    Logo, eliminando-as, chegamos a alternativa b.

  • Jurandy,acho que a letra "c" não é paráfrase, pois olha a definição de paráfrase de acordo com o livro do Professor Fernando Pestana, 2013 :

    "paráfrase é uma reescritura em que ratifica, positivamente, a ideologia do texto original,ou seja, é dizer o mesmo com outras palavras"

    na letra C ele distorce a ideologia do texto original: 

    letra c:"O brasileiro adia, logo existe”,

     texto original: "penso, logo exito" ; como há um tom irônico, eu identifiquei mais como paródia. 

    Definições conforme livro do Fernando Pestana:

    Paródia: " É a intertextualidade em que se subverte ou se distorce a ideologia do texto original, normalmente com objetivo irônico"

    Abraços.


  • Mais pra frente achei essa questão, de outra banca Q350707

    Em “O brasileiro adia; logo existe.”, nota-se uma relação de intertextualidade promovida pelo seguinte mecanismo:

    a) Paráfrase

    b) Citação direta

    c) Paródia

    d) Metalinguagem

    e) Exemplificação

    E o gabarito é C mesmo, paródia

    Abraços,

  • Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre aintertextualidade.


    Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.

    Paráfrase

    Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):

    Texto Original

    Minha terra tem palmeiras
    Onde canta o sabiá,
    As aves que aqui gorjeiam
    Não gorjeiam como lá.

    (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

    Paráfrase

    Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
    Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
    Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
    Eu tão esquecido de minha terra...
    Ai terra que tem palmeiras
    Onde canta o sabiá!

    (Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).

    Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas idéias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal.

    fonte: infoescola

  • Gabarito B

     

     a) “Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta...”; >>>  c) “O brasileiro adia, logo existe”;

     d) “Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá”; >>>  e) “Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”.

     

     

    Sobrou a letra B, que não faz relação nenhuma com as outras alternativas.

     b) “Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra”;

     

     

  • Letra B.

     

    Comentário:

     

    Na alternativa (A), há intertextualidade, por haver referência a Oscar Wilde e Mark Twain e o que eles diziam: “nunca se

    fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã”.

     

    Na alternativa (B) não há intertextualidade, pois não se identificou o livro francês sobre o Brasil. Tendo em vista a referência

    de forma indefinida, generalizada, não houve intertextualidade.

     

    Na alternativa (C), há intertextualidade, haja vista uma menção aos dizeres do filósofo e matemático francês Descartes:

    “Penso, logo existo”. A essa modificação damos o nome de paródia.

     

    Nas alternativas (D) e (E), há intertextualidade, por haver referência a dois poemas típicos do Romantismo: na Canção

    do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá; já Álvares de Azevedo

    tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”.

     

     

     

     

     

    Gabarito: B

     

     

    Prof. Décio Terror

  • Art. 99*


ID
1181578
Banca
FUNRIO
Órgão
IF-PI
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A edição do caderno Prosa de amanhã marca uma espécie de abertura oficial da cobertura da 11ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty no GLOBO. Totalmente dedicado à Flip, o Prosa apresentará, além de reportagens e entrevistas, a programação oficial da festa, que inclui diversos eventos promovidos pelo jornal. Serão duas exposições sobre Graciliano Ramos, o autor homenageado do ano, duas mesas de debates e um show em homenagem a Vinicius de Moraes.         Como sempre, a equipe ganhará reforço para mostrar diariamente ao leitor o que acontecerá na cidade histórica. Este ano, a Flip, que também costuma dar repercussão em seus debates ao que acontece fora do mundo literário, estará particularmente atenta às recentes manifestações que tomaram o Brasil de norte a sul. A curadoria da festa anunciou esta semana a inclusão de três mesas extras para discutir os protestos e seus desdobramentos. Fonte: O Globo, 28/06/2013, p. 2.

Observe as reescrituras propostas a seguir e assinale a única que conserva o valor sintático-semântico que vincula as duas primeiras orações.

Alternativas
Comentários
  • Letra D:
     para = a fim de :  corresponde a finalidade


    Como sempre, a equipe ganhará reforço para mostrar diariamente ao leitor o que acontecerá na cidade histórica

    Como sempre, a equipe ganhará reforço  a fim de mostrar diariamente ao leitor o que acontecerá na cidade histórica




ID
1252756
Banca
IDECAN
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Trabalhe no que você gosta... e seja mais feliz e bem-sucedido

      Você gosta do que faz? De verdade? Seus olhos brilham quando você chega em casa e vai contar para a família como foi seu dia, os projetos que realizou, as metas que atingiu? Se este não é o seu caso, saiba que você não é o único. São poucas as pessoas que encontram realmente paixão naquilo que fazem, mas são justamente elas exemplos de profissionais bem-sucedidos, tanto no campo pessoal quanto no profissional. [...]
      A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo e qualidade de vida, ganhos expressivos também financeiramente. É o que afirma Mark Albion, autor do livro “Making a Life, Making a Living”, ainda sem tradução para o português. Albion concedeu recentemente uma entrevista à Revista Você S.A., em que comentou a pesquisa que realizou sobre o assunto. Ele investigou a vida de 1.500 profissionais que obtiveram seu diploma de MBA (Master in Business Administration) nas melhores escolas americanas há 20 anos. Quando fizeram sua primeira opção de emprego após o curso, 83% (1.245 pessoas) afirmaram que ganhariam dinheiro primeiro, para depois fazer o que realmente desejavam. Escolheram o emprego por causa do salário. O restante, 17%, disse que faria aquilo que realmente lhe interessava, independente da questão financeira. Vinte anos depois, os resultados são surpreendentes: entre os 1.500 pesquisados, Albion encontrou 101 multimilionários. Apenas um deles pertence ao primeiro grupo. Os outros 100 faziam parte do segundo, de 255 profissionais que seguiram sua paixão. A experiência mostra que as chances de ficar milionário fazendo o que se gosta são 50 vezes maiores de quem trabalha apenas para ganhar dinheiro.
      O fato é que esse conceito de trabalhar fazendo o que gosta é relativamente novo. Até meados da década de 80, o trabalho era visto como uma forma de ganhar dinheiro - e só. “As pessoas escolhiam que carreira seguir pensando nas possibilidades de ganhar mais, sem saber que na verdade o dinheiro é só uma consequência de um trabalho bem feito, principalmente quando é feito com prazer”, analisa a psicóloga Rosângela Casseano. Somente nos últimos anos as pessoas começaram a ter uma preocupação maior com as suas carreiras e verdadeiros interesses profissionais, o que levou a uma procura por testes vocacionais e terapeutas que trabalhem com orientação profissional. “Hoje já existe uma infinidade de serviços para orientar os recém-formados e quem quiser informações sobre carreiras e profissões: são sites, universidades, pesquisas e estudos, terapeutas. Você tem menos chances de errar e fazer aquilo que não gosta”, diz Rosângela.

                        (Camila Micheletti. Disponível em: http://carreiras.empregos.com.br. Acesso em: 05/2014. Adaptado.)


De acordo com Mark Albion, autor do livro “Making a Life, Making a Living”,

Alternativas
Comentários
  • Marca-se a C por eliminação, pois todas as outras não fazem sentido. Está implícito que não é uma certeza por se tratar de percentuais, ou seja, de probabilidade.

  • Resposta C, tendo em vista a incerteza expressada pela palavra pode no 2o parágrafo.

  • fiquei em dúvida da letra A por essa afirmação " O fato é que esse conceito de trabalhar fazendo o que gosta é relativamente novo. ".


  • Esse:"...pode trazer,..."  traz uma ideia de possibilidade, e já que o enunciado pede de acordo com o autor, então encontramos uma citação pertinente à letra c).

  • Não é a letra A porque não foi Mark Albion que falou que conceito de trabalhar fazendo o que gosta é relativamente novo, quem falou isso foi a autora do texto.

  • ahhh obrigada Brenda.

  •    A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo e qualidade de vida, ganhos expressivos também financeiramente.

    Estas palavras indicam possibilidade,e não certeza.

  • Realmente a C está correta,uma vez que exprime ideia de possibilidade.

  • A letra B está incorreta porque felicidade, entusiasmo e qualidade de vida são CONSEQUÊNCIAS da união entre prazer e trabalho, e não CAUSA, como afirma a questão!

  • Alexandre Soares... Ai meu coração, rsrs...

    a) a busca da união entre prazer e trabalho é fato recente. - Mark Albion não disse isso. É uma informação introduzida pelo autor do texto.

     b) felicidade, entusiasmo e qualidade de vida são causas da união entre prazer e trabalho. - Não são causas, são consequências.

     c) o fato de associar prazer ao trabalho diário indica uma consequência possível, não uma certeza. - Perfeito! (A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo e qualidade de vida, ganhos expressivos também financeiramente.)

     d) o trabalho diário proporciona felicidade e entusiasmo de acordo com a qualidade de vida do indivíduo. - Não necessariamente.

     e) os ganhos financeiros são responsáveis por proporcionar entusiasmo e qualidade de vida ao indivíduo. - É o prazer de fazer o que gosta, não os ganhos financeiros.

  • GABARITO C

     

    A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo e qualidade de vida, ganhos expressivos também financeiramente. É o que afirma Mark Albion, autor do livro “Making a Life, Making a Living

     

    Pode trazer(possibilidade)           é diferente de         irá trazer/vai trazer/ trará (é fato, certeza) .

     

  • Gabarito: C

     A possibilidade de fazer o que se gosta e unir prazer ao trabalho diário pode trazer, além de muita felicidade, entusiasmo e qualidade de vida, ganhos expressivos também financeiramente.

    a) Psicóloga disse

    b) Consequências

    c e d) Trabalho + fazer o que se gosta


ID
1354138
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Ditado popular é uma frase sentenciosa, concisa, de verdade comprovada, baseada na secular experiência do povo, exposta de forma poética, contendo uma norma de conduta ou qualquer outro ensinamento.

WEITZEL, A. H. Folclore literário e lingüístico. Juiz de Fora: Esdeva, 1984 (fragmento).

TEXTO II

Rindo brincalhona, dando-lhe tapinhas nas costas, prima Constança disse isto, dorme no assunto, ouça o travesseiro, não tem melhor conselheiro.
Enquanto prima Biela dormia no assunto, toda a casa se alvoroçava.
[Prima Constança] ia rezar, pedir a Deus para iluminar prima Biela. Mas ia também tomar suas providências. Casamento e mortalha, no céu se talha. Deus escreve direito por linhas tortas. O que for soará. Dizia os ditados todos, procurando interpretar os desígnios de Deus, transformar os seus desejos nos desígnios de Deus. Se achava um instrumento de Deus.

DOURADO, A. Uma vida em segredo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990 (fragmento).

O uso que prima Constança faz dos ditados populares, no Texto II, constitui uma maneira de utilizar o tipo de saber definido no Texto I, porque

Alternativas
Comentários
  • O uso que prima Constança faz dos ditados populares, no texto II, serve para justificar suas ações. Eles contêm uma norma de conduta ou qualquer ensinamento, como o conselho “dorme no assunto, ouça o travesseiro, não tem melhor conselheiro

  • ". Dizia os ditados todos, procurando interpretar os desígnios de Deus, transformar os seus desejos nos desígnios de Deus." letra c

  • Transformar os seus desejos nos desígnios de Deus. Ou seja, ela faz uso dos ditos populares para justificar suas ações. Letra C)

  • Hmm... questão cheia de distrações para te desvirtuar da Santidade de resolver a prova.. Malícia do começo ao fim !

    A cita-os pela força do hábito.

    Há sim um exercício de consciência ao citá-los, não é hábito, não é automático: "Dizia os ditados todos procurando interpretar os desígnios de Deus" (procurar é intencional e consciente). "Se achava um instrumento de Deus" (percepção de si mesma, intencional e consciente). "Transformar os seus desejos nos desígnios de Deus" etc. etc.

    B aceita-os como verdade absoluta.

    O comando pede a utilização de acordo com a definição do texto I. A definição diz: Verdade Comprovada; Já a opção B diz Verdade Absoluta. Não cabe aqui a explicação dos conceitos, basta saber que Verdade Comprovada difere de Verdade Absoluta

    C-GABARITO

    D- toma-os para solucionar um problema

    Solucionar: É difícil porque está implícito, mas se ler com calma veremos que ela quer muito mais contornar o problema ao invés de solucioná-lo . "O que for soará" (utiliza o ditado para justificar a inércia). "Casamento... no céu se talha" (é no céu, não aqui, busque a Deus)

    E- Considera-os como uma orientação divina.

    O próprio texto fala que ela queria "transformar os seus desejos nos desígnio de Deus". Não considera uma orientação.

    FÉ EM DEUS QUE NO FINAL DÁ CERTO!

    LIGA NÃO, ENEM PEGA PESADO NA INTERPRETAÇÃO MESMO !


ID
1444882
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
UFAC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                Molécula da moralidade

      “O nível de confiança dentro de uma sociedade determina se ela está próspera ou se mantém-se na miséria”, afirma o norte-americano Paul Zak, precursor no estudo da Neuroeconomia - ramo da ciência que estabelece relações diretas entre cérebro, comportamento e economia. Apoiado na descoberta do hormônio oxitocina como a “molécula da moralidade”, Zak diz que tantos aspectos pessoais como a generosidade e a compaixão, até a tomada de decisões econômicas, são influenciadas pela química cerebral.
      [...]
      O professor de Economia, Psicologia e Administração na Universidade de Claremont e de Neurologia na Universidade de Loma Linda, ambas nos Estados Unidos, Paul Zak hoje coordena o primeiro curso de doutorado em Neuroeconomia. Criticado por ser demasiadamente entusiasta de sua própria teoria, o dr. Love, como é popularmente conhecido, costuma ser comparado por alguns de seus pares aos religiosos, por falar da oxitocina como a “Terra Prometida” - enquanto outros cientistas afirmam que as questões sociais são mais relevantes do que as biológicas para se pensar a Economia.
      Diante do cenário atual de protestos sociais, a dúvida dos estudiosos é pertinente: seria uma única molécula capaz de mudar um quadro de violência, ou mesmo explicar nossa moralidade? Paul Zak afirma que não. “O que encontramos, em nossos dez anos de experimentação, é uma molécula evolutivamente antiga, responsável por um grande número de comportamentos pró-sociais que nós, geralmente, chamamos de moral ou virtude, porque nos fazem colocar as necessidades de outra pessoa antes das nossas próprias.

                                                            VASQUES, Lucas. Revista Filosofia: Ciência & Vida. n° 89, dez 2013.

Assinale a única alternativa em que se pode notar, no excerto, relação de intertextualidade.

Alternativas
Comentários
  • A intertextualidade ocorre quando um texto está inserido em outro texto, podendo acontecer de maneira implícita (sem citação expressa da fonte) ou explícita (quando há citação da fonte do intertexto). Muitos compositores e escritores brasileiros utilizaram-se desse recurso, elaborando um texto novo a partir de um texto já existente, os chamados textos fontes, considerados fundamentais em uma determinada cultura por fazerem parte da memória coletiva de uma sociedade.

    fonte:http://portugues.uol.com.br/redacao/intertextualidade.html

  • Para que você entenda melhor o conceito de intertextualidade, basta analisar a estrutura da palavra: inter é um sufixo de origem latina e faz referência à noção de relação. Por isso, é correto afirmar que a intertextualidade refere-se às relações entre os textos, assim como é correto afirmar que todo texto, em maior ou menor grau, é um intertexto, e isso acontece em virtude das relações dialógicas firmadas. 

     

    fonte:http://brasilescola.uol.com.br/redacao/intertextualidade-.htm

  • D

     


ID
1461739
Banca
IBFC
Órgão
SEE-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre o ensino da Intertextualidade e metalinguagem, tópico previsto na Proposta Curricular do Conteúdo Básico Comum (CBC) e que faz parte das orientações do Centro de Referência Virtual do Professor da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.

I. Intertextualidade e um conceito muito utilizado na vida contemporânea e designa o fenômeno da relação dialogica entre textos.
II. De modo geral, a literatura a respeito do assunto tern permitido dizer que todo texto e intertexto, já que é sempre um espaço de produção de sentidos e de identidade com um outro.
III. A metalinguagem, por sua vez, utiliza a linguagem para falar dela mesma, o que se constitui em excelente oportunidade de compreender os fatos e os conceitos de língua em diferentes possibilidades de organização.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • pq a afirmativa II está correta? não entendi ): dizer que todo texto tem intertextualidade não seria exagero?


ID
1500514
Banca
FGV
Órgão
TJ-BA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Millôr Fernandes, falando sobre o hábito de fumar, disse:

“Enorme percentual de fumantes disposto a continuar fumando, apesar de ameaças de câncer, enfisemas e outras quizílias. O fumo é realmente um vício idiota. Mas os fumantes que persistem em fumar têm um vício ainda mais idiota - a liberdade. Provando que nem só de pão, e de saúde, vive o ser humano. Além do fumo ele aspira também gastar a vida como bem entende. Arruinando determinadamente seu corpo - um ato de loucura - o fumante ultrapassa a pura e simples animalidade da sobrevivência sem graça. Em tempo; eu não fumo”.

                                                                                                                              (Definitivo, L&PM editores, Porto Alegre, 1994)

Uma das marcas de textualidade é a chamada “intertextualidade”, ou seja, a presença de outros textos; a passagem abaixo em que se alude a outro texto é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C


    O narrador faz referência a passagem bíblica, que seria o outro texto:

    Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

    Mateus 4:4
  • Excelênte !!!

  • Ou seja, a questão é mais sobre conhecimentos gerais que de português, pois basta conhecer para a questão ficar ridiculamente fácil.

  • E quem não é cristão, FGV? Vou ter que estudar português pela Bíblia, agora?

  • tá de sacanagem. Biblia tava no edital desse concurso?  q vergonha

  • (Letra C )    Pois é a única alternativa que não fala nada  sobre o FUMO.

  • KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK nao to acreditando nisso

  • O estado é laico FGV, dá um tempo hahahahaha.

  • os ateus piram rs

  • Eu acabei encontrando uma intertextualidade na opção A , pois encontrei neste trecho “...........apesar de ameaças de câncer, enfisemas e outras quizílias.” uma referência a pesquisas que dizem que o tabaco causa câncer. 

    Realmente não atentei para essa passagem bíblica.
  • Acertei por eliminação! Mas surreal essa questão! Daqui a pouco vão começar a por trechos do alcorão kkkkkkkkkkkkk

  • Marquei a C lembrando da Biblía, onde Jesus diz: 'Não só de pão, vive o homem ...'

  • Lembrem da justificativa que o STF dá para a presença de crucifixos e outros objetos religiosos em repartições públicas: costume; cultura; simbolismo.

    Ou seja, considera-se que a presença dos objetos não significa que está se tomando "um partido". E considera-se que certas frases são conhecidas pelo costume, criação, ser popular. 

    O Brasil é um país majoritariamente cristão. Concordo que a maioria não conhece a Bíblia. Mas é de se esperar que algumas frases são conhecidas pelo uso comum. Isso se chama cultura. 

    É tenso. Mas já vi questões de intertextualidade exigir saber coisas muito piores, como uma frase dita pelo próprio Millor Fernandes.

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    Muito cuidado na resolução desta questão. Não podemos confundir citação direta (cópia literal de outro texto), o que

    não deixa de ser uma intertextualidade, com uma alusão (referência implícita a outro texto), que também é uma forma

    de intertextualidade.

    Sabemos que a intertextualidade é a presença de outros textos. Assim, todo o trecho entre aspas é a fala de Millôr Fernandes.
    Porém, veja o pedido da questão: “a passagem abaixo em que se alude a outro texto é”, isto é, fazer alusão a algo não é

    explicitá-lo, não é copiá-lo literalmente no outro texto; é sugeri-lo, referenciá-lo.

     

    As alternativas (A), (B), (D) e (E) apresentam apenas a citação direta da fala de Millôr Fernandes. Isso é intertextualidade,

    mas não por meio de alusão, conforme o pedido da questão.

     

    A alternativa (C) é a correta, pois não se citou literalmente o outro texto, houve uma sugestão, uma alusão. Por meio do

    trecho “nem só de pão, e de saúde, vive o ser humano”, o texto faz uma alusão ao trecho bíblico que afirma que “Nem

    só de pão viverá o homem”.

     

     

     

     

    Gabarito: C

     

     

    Prof. Décio Terror

  • O conhecimento de mundo é fundamental para identificar a intertextualidade em um texto. Ninguém é obrigado a ser cristão, e nem mesmo a ter lido a Bíblia toda. Mas é preciso conhecer ou já ter pelo menos ouvido falar um mínimo de uma religião totalmente presente na cultura ocidental e em especial no Brasil, onde o catolicismo já foi a religião oficial, há muito tempo. Tantos e tantos feriados católicos...já faz parte inevitável de nossa cultura. E, além do mais, até para se dizer não cristão, é necessário conhecer bem o que se está negando.

  • O estado é laico, não ateu. Se for assim, todas as festas religiosas como Natal, páscoa...e mais todos os feriados, a maioria católicos, não deveriam existir porque o estado é laico. O estado é laico, mas não é contrário à religião, apenas dá a liberdade das pessoas escolherem e também não impõe mais uma religião oficial, mas não é contra a religião , nem contra todo o contexto e herança culturais que a religião construiu. As festas e os feriados fazem parte da nossa cultura e conhecer essa cultura faz parte de um conhecimento extra indispensável para a interpretação de textos. A banca não quer saber dos seus interesses e escolhas pessoais, se você não tem esse conhecimento, sai perdendo em relação a quem tem.

  • misericórdia! foram longe!

     

  • Só acertei porque me lembrei do Inri Cristo...kkkkkkkkkk

    Nem só de paummmmm vive o homem!


ID
1508827
Banca
FGV
Órgão
SSP-AM
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e

pelas batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel.

Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o

guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso

por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o “Você

sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor

público, prendendo o guarda”. (DaMatta, Roberto. Carnavais,

malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990) 


Texto 2

“Num posto de atendimento público, alguém espera na fila.

Antes do horário regulamentar para o término do expediente,

verifica-se que o guichê está sendo fechado e o atendimento do

público, suspenso. Correndo para o responsável, essa pessoa

ouve uma resposta insatisfatória, e fica sabendo que o

expediente terminaria mais cedo por ordem do chefe. Manda

chamar o chefe e, identificando-se como presidente do órgão em

pauta, despede todo o grupo”. (DaMatta, Roberto. Carnavais,

malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990

Texto 3

Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta, posto que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo-se o de não ser igual perante as leis (nessa suposta “superioridade” racial ou socioeconômica também vem incluída a impunidade, que sempre levou um forte setor das elites à construção de uma organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em parceria público-privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)

Nesse segmento (texto 3) há uma referência aos textos anteriores desta prova, que constitui uma das marcas de caracterização dos textos em geral; essa marca é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Por intertextualidade1 entende-se a criação de um texto a partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, cotkahdoação, versão, plágio, tradução, pastiche e paródia.


    polissemia, ou polissemia lexical (do grego poli: "muitos"; sema:"significados"), é o fato de uma determinada palavra ou expressão adquirir um novo sentido além de seu sentido original, guardando uma relação de sentido entre elas.1 .

    ExemplosDeixei-os de boca aberta.A boca da garrafa está quebrada.gabarito C
  • Ambiguidade ou anfibologia


    Na gramática, ambiguidade ou anfibologia é todo duplo sentido causado pela má construção da frase. A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção.

    Embora funcione como recurso estilístico, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso compromete o significado da frase.


    Exemplos:

    Maria comeu um doce e sua irmã também. (Maria comeu um doce, e sua irmã também).

    Mataram o porco do meu tio. (Mataram o porco que era do meu tio).

    O guarda deteve o suspeito em sua casa. (Na casa de quem: do guarda ou do suspeito?).


    http://www.significados.com.br/ambiguidada/

  • Gab: C

    Intertextualidade: Texto dentro de outro texto, no caso, a intertextualidade está presente no momento em que o Autor diz "DaMatta explica em várias de suas obras."

  • Diálogo entre textos ocorre, já que ambos falam acerca de corrupção, negligência, abuso de poder e este resume bem o que acontece nos dois antecessores.

  • Essa é uma questão bem simples de responder.Nem é preciso ler os textos anteriores pois no enunciado da questão ela diz : " ...Nesse segmento (texto 3) há uma referência aos textos anteriores..." . Logo a resposta é clara : INTERTEXTUALIDADE

    GAB: C 

  • "...há uma referência aos textos anteriores desta prova..."

    Nem li o texto. Já procurei pela intertextualidade nas alternativas.  
  • ESSA FGV GOSTA DESSA TAL INTERTEXTUALIDADE

     

    FICA DEOLHO

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    A referência ao texto anterior da prova é confirmado na expressão “Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país

    atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias de suas obras).”

     

    Assim, havendo menção a outro texto, ocorre a intertextualidade.

     

     

    Gabarito: C

     

    Prof. Décio Terror

  • Meu ensino f e médio, posso dizer que foi um desatre, eu só bagunçava na sala kkkk mas me impressiono como sempre acerto metade das questões de portugues de concurso mesmo sem estudar, algumas eu uso a lógica, outras elimino e chuto e sempre que respondo 10 questões eu sempre acerto 5 por ex. No ultimo concurso nível médio acertei 14 de 20 sem nem ter olhado um videozinho de gramatica para concurso. Acho que vou focar dai dá para gabaritar quem sabe sahushuahus


ID
1587562
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Unesco: mundo precisará mudar consumo para garantir
                                                                abastecimento de água
                                                                                                                                                                    20/03/15

        Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostra que há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do consumo, “mas não sem uma mudança dramática no uso, gerenciamento e compartilhamento". Segundo o documento, a crise global de água é de governança, muito mais do que de disponibilidade do recurso, e um padrão de consumo mundial sustentável ainda está distante.
        De acordo com a organização, nas últimas décadas o consumo de água cresceu duas vezes mais do que a população e a estimativa é que a demanda cresça ainda 55% até 2050. Mantendo os atuais padrões de consumo, em 2030 o mundo enfrentará um déficit no abastecimento de água de 40%. Os dados estão no Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos 2015 – Água para um Mundo Sustentável.
     O relatório atribui a vários fatores a possível falta de água, entre eles, a intensa urbanização, as práticas agrícolas inadequadas e a poluição, que prejudica a oferta de água limpa no mundo. A organização estima que 20% dos aquíferos estejam explorados acima de sua capacidade. Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à metade da população mundial e é de onde provêm 43% da água usada na irrigação.
     Os desafios futuros serão muitos. O crescimento da população está estimado em 80 milhões de pessoas por ano, com estimativa de chegar a 9,1 bilhões em 2050, sendo 6,3 bilhões em áreas urbanas. A agricultura deverá produzir 60% a mais no mundo e 100% a mais nos países em desenvolvimento até 2050. A demanda por água na indústria manufatureira deverá quadruplicar no período de 2000 a 2050.
      Segundo a oficial de Ciências Naturais da Unesco na Itália, Angela Ortigara, integrante do Programa Mundial de Avaliação da Água (cuja sigla em inglês é WWAP) e que participou da elaboração do relatório, a intenção do documento é alertar os governos para que incentivem o consumo sustentável e evitem uma grave crise de abastecimento no futuro. “Uma das questões que os países já estão se esforçando para melhorar é a governança da água. É importante melhorar a transparência nas decisões e também tomar medidas de maneira integrada com os diferentes setores que utilizam a água. A população deve sentir que faz parte da solução."
      Cada país enfrenta uma situação específica. De maneira geral, a Unesco recomenda mudanças na administração pública, no investimento em infraestrutura e em educação. “Grande parte dos problemas que os países enfrentam, além de passar por governança e infraestrutura, passa por padrões de consumo, que só a longo prazo conseguiremos mudar, e a educação é a ferramenta para isso", diz o coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary Mergulhão.
     No Brasil, a preocupação com a falta de água ganhou destaque com a crise hídrica no Sudeste. Antes disso, o país já enfrentava problemas de abastecimento, por exemplo no Nordeste. Ary Mergulhão diz que o Brasil tem reserva de água importante, mas deve investir em um diagnóstico para saber como está em termos de política de consumo, atenção à população e planejamento. “É um trabalho contínuo. Não quer dizer que o país que tem mais ou menos recursos pode relaxar. Todos têm que se preocupar com a situação.
    O relatório será mundialmente lançado hoje (20) em Nova Délhi, na Índia, antes do Dia Mundial da Água (22). O documento foi escrito pelo WWAP e produzido em colaboração com as 31 agências do sistema das Nações Unidas e 37 parceiros internacionais da ONU-Água. A intenção é que a questão hídrica seja um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vêm sendo discutidos desde 2013, seguindo orientação da Conferência Rio+20 e que deverão nortear as atividades de cooperação internacional nos próximos 15 anos.

                                                                   Texto adaptado - Fonte: http://afolhasaocarlos.com.br/noticias/
                                                                                                                    ver_noticia/5215/controler:noticias 

Assinale a alternativa que trata da temática do texto.

Alternativas
Comentários
  • Questão cansativa devido a leitura extensa. Mas em compensação muito simples!

  • Temática é a ideia predominante de um texto acadêmico, de informação jornalística, técnico, literário etc. É a ideia central, bem definida, simples ou complexa, desenvolvida de forma clara, para o bom entendimento do leitor.
    Fonte: http://www.significados.com.br/tematica/

    No caso, os termos educação, nordeste, aquecimento global e cantareira, apesar de relacionados com a "falta de água" não se apresentam como ideias principais.

    Gab. B

  • A resposta está no título do texto.Letra B.

  • que isso kkkk


ID
1611190
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um projeto liderado por um senador brasileiro quer colocar em prática uma nova reforma ortográfica nos países falantes da língua portuguesa. Dentre as mudanças propostas, estão a extinção da letra “h” no início de palavras e a troca de “ch” por “x”.

A respeito disso um linguista – Carlos A. Faraco – publicou um artigo no qual manifesta seu ponto de vista sobre o fato. As frases abaixo são excertos do artigo do linguista. Avalie a relação proposta entre ambas, depois marque a alternativa CORRETA.

A) É vandalismo ortográfico o que propõem os “simplificadores” da ortografia que contam com a simpatia de senadores da Comissão de Educação do Senado.

                                                                                PORQUE

B) (...) tal reforma, que afeta um volume grande de palavras, teria custos astronômicos (pense-se só na adaptação de um dicionário como o Houaiss) e efeitos educacionais e culturais desagregadores.

I. A frase A indica que o linguista é contrário à proposta, mas B não serve de argumento para a defesa dessa tese.

II. A frase A revela que o linguista é contrário à proposta, e a frase B serve de argumento para justificar o ponto de vista que ele defende.

III. A frase A denota que o linguista é contrário à reforma, por isso ela funciona como argumento para defesa do ponto de vista apresentado em B.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
1611199
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde começa o pensamento?
É possível “esvaziar a mente”?

R: Antes de tudo, precisamos entender que o pensamento é uma percepção do nosso consciente. Ele tem início no córtex cerebral. Fisicamente, o pensamento não é algo tangível, assim como as emoções. Mas o pensamento possui uma base física, que é a rede neural. (...) Essa transmissão de informações consiste na atividade mental, que pode ser considerada uma manifestação física dos nossos pensamentos. Tudo acontece em um curto espaço de tempo. Estima-se que demorem 300 milissegundos antes de o pensamento se tornar consciente. “Não é possível esvaziar a mente, mas práticas como meditação podem auxiliar a concentração e o gerenciamento das nossas ideias”, diz o médico Fernando Gomes Pinto, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Isso porque, quando alguém medita, a atividade de algumas regiões do cérebro se torna mais acelerada, como: hipocampo (memória), córtex cingulado anterior (concentração), córtex pré-frontal (coordenação motora) e amídalas cerebelosas (emoções).

Fonte: Galileu, nº 276, p. 18, julho/2014.

No texto, os parênteses contendo reticências estão indicando que um segmento foi suprimido. Analise as frases das alternativas para verificar qual delas contém o segmento que se encaixa no texto e assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Comunicação ~ transmissão de informações!

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: C

     

    A letra C é a única que faz o correto encadeamento de idéias com so períodos anterior e posterior, e por isso é o gabarito. Ela inicia explicando o que é a rede neural, ou a base física do pensamento, citada no final do período anterior e termina falando da comunicação dos neurônios, que será explicada na frase seguinte.

     

    Vejamos os erros nas outras alternativas:

    a) Essa alternativa estaria novamente explicando o que é o pensamento, que já tinha sido explicado nas frase anteriores, ao invés de explicar o que é a base física do pensamento (rede neural)

    b) Já essa alternativa faz ligação correta com o periodo anterior, explicando o que é a rede neural, mas não deixa um conectivo para o que vem a seguir. A frase "Essa transmissão de informações..." ficaria sem sentido nenhum pois nenhuma transmissão/comunicação teria sido citada anteriormente. Ela estaria correta se a frase seguinte explicasse o que são células cerebrais

    d) Similar a alternativa b pois fica sem sentido com o que é explica a seguir, essa alternativa ficaria correta se o período seguinte explicasse a atividade dos neurônios que dá inicio ao pensamento.

    e) Talvez seja a alternativa mais sem sentido. Essa alternativa retoma uma idéia anterior que dizia "...o pensamento não é algo tangível, assim como as emoções.", entretanto, depois disso, já havia sido explicado que o pensamento, apesar de não ser tangível, tem uma base física, então não faria sentido voltar a falar da intangibilidade das emoções logo depois disso.

    Bons Estudos!!


ID
1627684
Banca
FUNCEPE
Órgão
Câmara Municipal de Acaraú - CE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   A música SOBRADINHO, composição de Sá e Guarabira,

                               será base para a resolução da   questão.


                                                                                                    Sobradinho (SáeGuarabira)


O homem chega, já desfaz a natureza

Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar

O São Francisco lá pra cima da Bahia

Diz que dia menos dia vai subir bem devagar

E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que

dizia que  sertão ia alagar.


O sertão vai virar mar, dá no coração


O medo que algum dia o mar também vire sertão


Adeus Remanso, Casa Nova, Sento-Sé

Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir

Debaixo d'água lá se vai a vida inteira

Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir

Vai ter barragem nos alto do Sobradinho

E o povo vai-se embora com medo de se afogar.


De acordo com a letra acima, é falso dizer que:


Alternativas
Comentários
  • Letra e) acho que ficou claro nessa parte: "O homem chega, já desfaz a natureza Tira gente, põe represa"

  • Acertei a questão, no entanto há erro também em:

    a) "de acordo com o texto*". As barragens mencionadas no texto* não são destinadas à produção de energia, e sim à transposição daquele rio.


  • Hummmm.... Estranha questão... Gostaria de explicação de um professor, viu... No meu entender há impacto social sim, afinal as pessoas da região a ser inundada devem deixar aquele local e ir para outro. E se nesse n´outro lugar não há emprego, terra fértil para plantar, etc.??? A inundação gera impacto ambiental e o impacto ambiental pode gerar impacto social. (Ou meu entendimento de impacto social está falho???)


  • Sabrina, a questão quer a resposta errada, portanto,  ela afirma que gera impactos sociais! E seu raciocínio está correto, apenas você se atrapalhou no enunciado da questão!


  • A METONÍMIA consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:


    1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)

    2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.)

    3 - Símbolo pelo objeto simbolizado:
    Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.)

    4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.)

    5 - Efeito pela causa:
    Sócrates bebeu a  morte. (= Sócrates tomou veneno.)

    6 - Causa pelo efeito:
    Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.)

    7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)

    8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.)

    9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.)

    10 -  Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)

    11 -  Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.)

    12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)

    13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.)

    14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu
    lado.)


    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil3.php

  • Considerei incorreta a alternativa que diz que as cidades foram inundadas. Em meu entendimento o texto se refere sempre ao futuro, como "o sertão vai virar mar", "o gaiola vai vai subir", ou termos no presente, como "vem o rio te engolir". Em nenhum momento pude depreender que as cidades tinham sido inundadas.

  • b - "Houve inundação nas cidades mencionadas na música". Em nenhum momento falou que as cidades estavam inundadas. Não entendi


  • Letra E por algum motivo.

    Só para lembrar, metonímia é a substituição de um termo por outro, quando entre os dois existe uma relação de proximidade.

    Ex.: Ao invés de dizer: "Eu gosto de ler as obras de Shakespeare." Pode-se dizer "Eu gosto de ler Shakespeare."

  • Questão horrorosa! 


  • a) Grandes obras destinadas à produção de energia causam fortes impactos ambientais. Opção errada, já que a afirmação é verdadeira e o enunciado pede a falsa.

    .

    b) Houve inundação nas cidades mencionadas na música. Opção errada, já que as barragens foram efetivamente construídas e, com isso, terras foram alagadas.

    c) A vida e as profecias do beato Antônio Conselheiro são contadas em Os Sertões; há, portanto nesse ponto, intertextualidade com Sobradinho. Opção errada, já que, na citada obra, foram realizadas profecias do tipo por Antônio Conselheiro, havendo intertextualidade da letra com a referida obra.

    d) Em “Debaixo d’água lá se vai a vida inteira”,, tem-se uma metonímia. Opção errada, já que ocorre metonímia ao se substituir a vida inteira por aquilo que os habitantes construíram ao longo da vida e acabou por ser alagado pela represa. As pessoas ainda têm a vida inteira, perderam objetos apenas.

    e) Construção de represas, como mostra o texto, não gera impactos sociais. Opção correta, já que o texto deixa claras as mudanças sociais ocorridas com a construção da represa. A opção afirma que não gera impactos sociais, quando, na verdade, os impactos das obras são evidentes.


  • 1. Sabrina, sua interpretação está correta. É que, muito provavelmente, houve uma confusão causada pelo comando da questão, que pede para assinalar a alternativa falsa.

    2. Assim como se utiliza de letras de música para aprender idiomas estrangeiros, tal ferramenta didática também é uma ótima opção para aprender sobre as variantes da Língua Portuguesa. Para o concurseiro, a reescrita de uma letra de música - focando as partes em que são empregadas o nível informal de linguagem, "traduzindo-as" para o padrão culto - é mais uma maneira eficiente de se exercitar.

ID
1645648
Banca
NUCEPE
Órgão
SEDUC-PI
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III


                                     NADA VALE A PENA - A ESCRITA E O IMPOSSÍVEL 


Apenas

       Utilizada pelas principais culturas antigas para desenhar e escrever, a pena se transmuta no universo do discurso. Parte destacada de um organismo vivo, ela se torna um instrumento que não interessa a não ser pelas marcas que imprime sobre uma superfície, que aguarda esse ato.

        A pena também se transmuta em dor, pois pode assumir o significado de castigo e sofrimento. Forma de pagamento imposto devido à violação de uma lei, ela se torna uma saída através do martírio de um para se haver com o Outro. Dá pena, mas também vale a pena, pois ganha valor no pagamento de uma dívida.

         Por derivação, encontramos outra acepção corrente do significante "pena", na língua portuguesa. Trata-se de um sentido figurado, que remete a um modo pessoal, singular de realizar ou executar algo, por exemplo: o estilo de escrita de um dado autor, sua unicidade. Trata-se de algo que se repete, sempre o mesmo.

         É surpreendente descobrir que estilo é também antônimo de confusão ou seja, da ação de juntar, reunir, misturar (Houaiss, 2001). Nesse caso, na separação, estamos diante de outra saída para a dívida, embora não sem dor, como testemunham escritores fingi(dores) das dores que de fato sentem.

         Da pena, chegamos à escrita, cuja etimologia remete ao latim scribère, que significa marcar com estilo, cujo diminutivo é estilete (id. ibid.). Trata-se de um ferro pontudo utilizado para  escrever nas tábuas enceradas e nos blocos de argila nos primórdios da escrita, ou seja, um antecessor da pena.

         O retorno do estilo, na pena e na escrita, é algo a ser notado. Marca pessoal de alguém ou marca escrita sobre uma superfície, o estilo é tanto aquilo que escreve, quanto está sempre no escrito. Nesse sentido, algo se repete no escrito e, ao mesmo tempo, separa, singulariza, desconfunde.

         Há penas...


(CARREIRA, Alessandra Fernandes. Nada Vale a Pena - a Escrita e o Impossível. In. Leda Verdiani Tfouni (org.) Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010, p. 17-18). 

Observe o excerto para responder à questão, a seguir.


"Nesse caso, na separação, estamos diante de outra saída para a dívida, embora não sem dor, como testemunham escritores fingi(dores) das dores que de fato sentem."


A sequência em destaque configura um recurso linguístico reconhecido como

Alternativas
Comentários
  • Letra B ? Era a única que não marcaria. Vishhyyy

  • Gabarito letra B: 

    O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.

    Fernando Pessoa

  • Não concordo com o gabarito!


ID
1700386
Banca
PM-SC
Órgão
PM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Há quem ache que o jovem de hoje leia menos que o de antigamente, e há quem ache que ele leia mais. E há ainda quem considere a comparação pouco válida. Esse é o caso do professor da Udesc, Lourival José Martins Filho, coordenador do curso de Pedagogia por 10 anos e especialista em alfabetização. Martins Filho esteve na Expo Estudar, feira de educação realizada em Florianópolis, e conversou com a plateia formada principalmente por professores e adolescentes nesta quinta-feira.

— Cada jovem representa um determinado momento histórico. Não acredito em uma educação de comparação, somente em uma educação do agora. E é este o jovem que temos hoje: conectado, ansioso, que muda de opinião toda hora e que lê muito, embora digam o contrário. Segundo o professor, não necessariamente o estudante da atualidade tem interesse pelo conteúdo escolar – o que não significa, de forma alguma, falta de gosto pela leitura.

Disponível em: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/educacao/noticia/2015/09/o-jovem-dehoje-le-muito-embora-digam-o-contrario-avalia-especialista-em-alfabetizacao-e-professor-da-udesc- 4845629.html Acesso em: 15 out. 2015.

Lourival José Martins Filho, coordenador do curso de Pedagogia, professor da Udesc, esteve na Expo Estudar, feira de educação realizada em Florianópolis, e conversou com a plateia afirmando a seguinte assertiva:

Alternativas
Comentários
  •  "E é este o jovem que temos hoje: conectado, ansioso, que muda de opinião toda hora e que lê muito, embora digam o contrário."

    Nessa frase Lourival afirma que o jovem atual lê muito.

  • concordo! 


ID
1703353
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - PR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o seguinte texto, adaptado da revista IstoÉ, que servirá de base para a próxima questão:

                                              A vida depois do aborto  

                                                                                                                         Solange Azevedo

    A paulistana Camila Moreira Olímpio, 27 anos, deu pulos de alegria quando engravidou. Antes de completar três meses de gestação, sua casa já estava abarrotada de roupinhas de bebê. O enxoval era todo rosa porque ela nunca teve dúvidas de que a criança que carregava no ventre era uma menina. Até o nome estava escolhido: Stacy. Com o berço e o guarda-roupa instalados no quarto, Camila e o marido foram construindo sonhos. “Daí veio a desilusão. Fui fazer o ultrassom e o médico disse que o meu bebê não tinha calota craniana nem massa encefálica”, lamenta Camila. “Desci da maca e saí correndo do posto de saúde. Parei na beira da avenida. Ali, vi o meu castelo desabar.” Ela descobriu que a criança que tanto amava era mesmo uma menina. Mas constatou, também, que Stacy não sobreviveria porque sofria de uma grave má-formação fetal chamada anencefalia. Uma anomalia congênita irreversível e incompatível com a vida.

“E agora, o que eu faço?”, perguntou aos médicos. Eles explicaram que a gestação de um bebê anencefálico traria mais riscos que uma gravidez comum. Camila ficou dez dias enfurnada em casa. Não abria a janela, não tomava banho, não penteava o cabelo, não comia, não levantava da cama. “Entrei em depressão. Estar grávida e saber que não teria minha filha comigo estava me matando”, lembra. “Se eu não antecipasse o parto, perderia a chance de ter outro filho porque eu morreria junto.” Camila decidiu se valer de uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que permitia que grávidas de anencéfalos fizessem aborto. Conseguiu realizar o procedimento no 5º mês de gestação. Ela foi uma das cerca de 60 beneficiadas entre 1º de julho e 20 de outubro de 2004, período em que a decisão provisória vigorou. Começava ali uma batalha jurídica entre grupos de defesa dos direitos humanos e entidades de cunho religioso – a qual se estende até hoje. “Obrigar uma mulher a passar meses, entre o diagnóstico e o parto, dormindo e acordando sabendo que não terá aquele filho, é impor a ela um imenso sofrimento inútil. Isso viola o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana”, afirma o advogado Luís Roberto Barroso, da CNTS. “É uma situação equiparável à tortura. Interromper ou não a gestação deve ser uma opção da mulher e de seu médico. O Estado, o Judiciário ou quem quer que seja não têm o direito de interferir nessa decisão.” Barroso fundamenta a ação em mais dois pilares. Primeiro, alega que a interrupção da gestação de um anencéfalo, tecnicamente, não pode ser considerada aborto porque o feto não é uma vida em potencial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o que define a morte é a falta de atividade cerebral e, como o anencéfalo não tem cérebro, ele seria um natimorto. Um dos argumentos dos grupos contrários é que, caso a gestação chegue aos nove meses, os órgãos do bebê podem ser doados. Mas nem a OMS nem o Conselho Federal de Medicina recomendam a doação porque esses órgãos também podem apresentar má-formação.

A outra tese de Barroso é a de que a lei brasileira permite o aborto em duas ocasiões: se a gravidez é resultado de estupro ou se há riscos para a mãe. “Interromper a gestação de um feto anencefálico é menos do que nas duas situações já previstas pelo Código Penal, pois tanto no caso de estupro quanto no de riscos para a mãe, o feto tem potencialidade de vida”, relata o advogado. “O nosso Código Penal não contempla a hipótese do feto inviável porque foi elaborado em 1940, quando o diagnóstico da anencefalia não era possível.” Paulo Fernando da Costa, vice-presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, entidade que atua no combate ao aborto, contesta. “Não podemos condenar uma pessoa à morte. O aborto dos anencéfalos abre uma janela para a legalização completa do aborto”, afirma. Costa conta que a Associação fez um filme sobre Marcela de Jesus – uma menina do interior paulista, que morreu em agosto de 2008, com 1 ano e 8 meses. A história de Marcela se tornou uma das principais bandeiras de grupos religiosos na cruzada antiaborto. Porém, as explicações do vídeo podem ser contestadas pela medicina especializada em anencefalia, o que aumenta a discussão. “Marcela não era anencéfala. Tinha merocrania”, garante o geneticista Thomaz Gollop, professor da Universidade de São Paulo e coordenador do Grupo de Estudos sobre o Aborto. O médico explica que o que distingue esse quadro da anencefalia é a presença de um cérebro muito rudimentar – um pouco mais de massa encefálica, coberta por uma membrana. Isso faz com que o indivíduo sobreviva um pouco mais. Mas não faz com que tenha cérebro nem que interaja. “Quando a anencefalia é diagnosticada, não estamos discutindo a vida, mas a morte certa”, diz Gollop. 

Camila Moreira afirma que, mesmo com a liminar de Marco Aurélio, batalhou para conseguir um hospital que aceitasse fazer o aborto. “Entrei em trabalho de parto no dia 18 de outubro. No dia 20, a liminar caiu”, lembra. “Foi um desespero. Algumas mulheres que estavam internadas foram mandadas de volta para casa. Se eu saísse de lá, grávida, não resistiria. Ia enlouquecer.” O casamento de Camila terminou um ano depois. Ela desistiu de tentar ser mãe depois de descobrir que é alérgica aos comprimidos de ácido fólico, uma vitamina do complexo B essencial para prevenir a má-formação fetal. “Tenho muito medo de passar por tudo de novo, por aquela desilusão”, diz. 

    “Minha filha nasceu viva. Morreu dez segundos depois. Eu não quis ver, preferi guardar a imagem que eu tinha dela na minha cabeça”. Camila leva uma vida pacata. Divide uma casa simples em Cotia, na Grande São Paulo, com duas amigas e os três filhos delas. Passa a maior parte do tempo trabalhando como demonstradora de café num supermercado.

O medo de que alguma coisa dê errada é comum às gestantes. Quando a mulher tem um passado traumático essa sensação é multiplicada. Foi assim com a paulista Érica Souza do Nascimento, 22 anos. Ela fez a antecipação do parto dias antes de Camila, na 17ª semana de gestação, no mesmo hospital. “Foi complicado emocionalmente. Imagina ter consciência de que seu filho vai nascer e morrer, e você não vai poder fazer nada”, diz Érica. “Não tive dúvidas de que interromper a gestação era a melhor opção. Não queria sentir o meu neném mexer e, depois, ter de enterrá-lo.” Durante um bom tempo, Érica não conseguia ver crianças. Doía. Machucava. “Isso só passou quando engravidei de novo”, conta Érica, aos prantos. “No ultrassom, eu e minha mãe estávamos apreensivas. A gente queria perguntar se a cabecinha do neném estava bem, mas não tivemos coragem. A gente esperou o laudo sair para ver o que estava escrito. Foi uma das melhores sensações que tive na vida.” Yasmin, uma menina de 5 anos toda serelepe, é a alegria dos pais. “Foi ela que me ajudou a esquecer”, garante Érica. “Minha filha é tudo na minha vida.”

Fonte: Revista IstoÉ, n. 2177, 29 de julho de 2011. 

Analise os fragmentos dando atenção aos verbos selecionados para a introdução de discursos diretos no texto. Depois, assinale a alternativa que contém uma afirmação INCORRETA:

“Daí veio a desilusão. Fui fazer o ultrassom e o médico disse que o meu bebê não tinha calota craniana nem massa encefálica”, lamenta Camila.

“Entrei em depressão. Estar grávida e saber que não teria minha filha comigo estava me matando”, lembra (Camila).

“Tenho muito medo de passar por tudo de novo, por aquela desilusão”, diz (Camila Moreira).

“Isso só passou quando engravidei de novo”, conta Érica, aos prantos.

“Não podemos condenar uma pessoa à morte. O aborto dos anencéfalos abre uma janela para a legalização completa do aborto”, afirma (Paulo Fernando da Costa, vice-presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família).

“Obrigar uma mulher a passar meses, entre o diagnóstico e o parto, dormindo e acordando sabendo que não terá aquele filho, é impor a ela um imenso sofrimento inútil. Isso viola o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana”, afirma o advogado Luís Roberto Barroso, da CNTS.

“Marcela não era anencéfala. Tinha merocrania”, garante o geneticista Thomaz Gollop, professor da Universidade de São Paulo e coordenador do Grupo de Estudos sobre o Aborto.

Alternativas

ID
1707964
Banca
EXATUS
Órgão
BANPARÁ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O homem que conheceu o amor  

1º Do alto de seus oitenta anos, me disse: “Na verdade, fui muito amado.". E __________ isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostra .......... beira-mar.

2º Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humanidade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que olhando o quadro terminado assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar.

3º Aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei .......... faca no peito cobrando algo. Ele é que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau-de-arara": estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E, no entanto, basta ler-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor.

4º Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros, ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isac, Isac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado.".

5º Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o filho que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “Amei muito, na verdade, fui muito amado.". Se não pensasse isto, não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou oitenta anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformaria em libélula.

6º Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há muitas frases inquietantes por aí.

7º Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção.

8º Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter-nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar: ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo .......... Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim.

9º Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é do outro, mas passa das páginas e telas para a gente.

10° Reconhece-se a cinquenta metros um desamado, o carente. Mas reconhece-se a cem metros o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. Sinos batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores está colorindo o chão em que pisou.

11° O que ama é um disseminador.

12° O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário .......... comunidade, que deveria ser declarado bem de utilidade pública.

                                                                                                    Affonso Romano de Sant'Anna.

No primeiro parágrafo as aspas são empregadas para: 

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    Aspas: tem como uma de suas funções fazer citação, menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte.

    Deus é fiel!

  • De acordo com a regra de pontuação :

    Usam-se Aspas para:

    ·  Neologismos;

    ·  Estrangeirismos;

    ·  Citação;

    ·  Gíria;

    ·  Tons irônicos;

    ·  Nomes de títulos, livros etc.


  • A citação foi a do próprio idoso com qual o autor teve a conversa. 

  • Gabarito C: Está claro que o trecho trata de uma CITAÇÃO. 

    Ponto garantido!


ID
1732411
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Suzano - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Tenho dormido muito mal. Meu prédio é tombado, metido a joia arquitetônica da cidade e não pode ter aquele layout externo grotesco dos ares-condicionados pendurados pra fora (na real, acho bom). Até tentei fazer uma gambiarra e deixar o split na área de serviço, com sua boca quente de dragão do bem voltada para uma janela escancarada. Contudo, a patuscada só faria sentido se o serviço pudesse ser executado nas paredes do meu quarto e do escritório. Resposta negativa: “é tudo viga, dona". Daí tentei na parede central da sala e... não pode, todos os canos do lavabo passam por ali. Em suma: tenho dormido muito mal. E, dada a loucura de dormir em sofrimento, sonhado coisas espetaculares.
Noite passada sonhei que eu tinha uns 16 anos (e era uma espécie de Lolitinha safada e alcoólatra, e não a adolescente nerd e careta que fui) e, por alguma razão divina, mamãe, preocupada com meus ataques sonâmbulos e constantes ao bar da casa (detalhe: nem eu bebo, nem a casa dos meus pais tinha um bar), contratou dois psicanalistas para me ajudar.
Eles vinham à noite e eram lindos, jovens e surfistas. Me atendiam sem camisa, com uma bermuda de motivos havaianos e a gente enchia a lata de vodca Absolut de pera bem gelada e ficava falando sobre Freud e mergulho no Caribe. Eu deitava entre os dois e eles me ensinavam “como me libertar das amarras familiares e da prova de física ótica" enquanto faziam carinho só com a ponta dos dedos na minha barriga. Obrigada, aquecimento global. Foi mal, urso polar, mas a coisa tá mesmo pegando fogo.

(Tati Bernardes, Sonhos de uma noite insuportável. Folha de S.Paulo, 23.01.2015).

Observe o emprego dos dois pontos e das aspas nos trechos em destaque – Resposta negativa: “é tudo viga, dona". Daí tentei na parede central da sala e... não pode, todos os canos do lavabo passam por ali. Em suma: tenho dormido muito mal.

De acordo com a norma-padrão, deve-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • No primeiro trecho os dois pontos sinalizam uma citação direta de discurso

     (uma fala) Resposta negativa: “é tudo viga, dona". Daí tentei na parede central da sala e... (outra fala) não pode, todos os canos do lavabo passam por ali. (1º parágrafo)

     

    No segundo trecho os dois pontos introduzem uma conclusão de um pensamento

     Em suma: tenho dormido muito mal.​ (continuação da primeira frase)

     

    Sinônimo de em suma

    Resumo ou conclusão de um pensamento:

    1 afinal, enfim, finalmente, em conclusão, por último, em síntese, em resumo, resumidamente.

    https://www.sinonimos.com.br/em-suma/

     

    Gabarito ( B )

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

  • Discurso direto ==> Resposta negativa: “é tudo viga, dona"

    "no primeiro trecho os dois pontos sinalizam uma citação direta de discurso, sendo esta marcada pelas aspas."

    Gabarito: A

  • Assertiva A

     “ “..uma citação


ID
1742797
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               A literatura em perigo


A análise das obras feita na escola não deveria mais ter
por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este
ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando,
então, os textos são apresentados como uma aplicação da
língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter
acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse
sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano,
o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é
estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é
necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido
pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler:
“O estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relação
consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.”
Mais exatamente, o estudo da obra remete a círculos concêntricos
cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo
autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas
seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente
dado pela própria existência humana. Todas as grandes
obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão
dessa dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma
obra e revelar o pensamento do artista? Todos os “métodos”
são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem
fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana,
aquele que a lê e a compreende se tornará não um
especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser
humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões
e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra
dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?
E, de imediato: que melhor preparação pode haver para
todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos
assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu
ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro
estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente
social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter
como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust
não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que
mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais
a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais
preparatórios para concurso que hoje determinam o seu
destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar
no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos
e das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento
e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas,
tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da
vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o
qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores
de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre
o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras
no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos

tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja,
ainda participa. “É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa
do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da
literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe
transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras
que ajudam a viver melhor.


            (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed.Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

Observe as seguintes opiniões referentes ao ensino de literatura.


I. O estudo de obras literárias na escola tem como objetivo fundamental ensinar os fundamentos da Linguística.
II. A análise das obras feita na escola deve levar o estudante a ter acesso ao sentido dessas obras.
III. O objetivo do ensino da literatura na escola não é formar teóricos da literatura.
IV. De nada adianta a leitura das obras literárias sem a prévia fundamentação das teorias literárias.


Das quatro opiniões, as que se enquadram na argumentação manifestada por Todorov em seu texto estão contidas apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    Todorov defende a tese de que a análise das obras

    literárias deveria ter como objetivo levar o estudante

    ao sentido desses textos. Não se deve, portanto,

    privilegiar, no ensino da literatura, “conceitos recémintroduzidos por este ou aquele linguista, este ou

    aquele teórico da literatura”.


ID
1753714
Banca
PUC - GO
Órgão
PUC-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 7

                                   Memórias de um pesquisador

      Não era bem vida, era uma modorra – mas de qualquer modo suportável e até agradável. Terminou bruscamente, porém, eu estando com vinte e oito anos e um pequeno bujão de gás explodindo mesmo à minha frente, no laboratório de eletrônica em que trabalhava, como auxiliar. Me levaram às pressas para o hospital, os médicos duvidando que eu escapasse. Escapei, mas não sem danos. Perdi todos os dedos da mão esquerda e três (sobraram o polegar e o mínimo) da direita. Além disso fiquei com o rosto seriamente queimado. Eu já não era bonito antes, mas o resultado final – mesmo depois das operações plásticas – não era agradável de se olhar. Deus, não era nada agradável.

      No entanto, nos primeiros meses após o acidente eu não via motivos para estar triste. Aposentei-me com um bom salário. Minha velha tia, com quem eu morava, desvelava-se em cuidados. Preparava os pastéis de que eu mais gostava, cortava-os em pedacinhos que introduzia em minha boca – derramando sentidas lágrimas cuja razão, francamente, eu não percebia. Deves chorar por meu pai – eu dizia – que está morto, por minha mãe que está morta, por meu irmão mais velho que está morto; mas choras por mim. Por quê? Escapei com vida de uma explosão que teria liquidado qualquer um; não preciso mais trabalhar; cuidas de mim com desvelo; de que devo me queixar?

      Cedo descobri. Ao visitar certa modista.

      Esta senhora, uma viúva recatada mas ardente, me recebia todos os sábados, dia em que os filhos estavam fora. Quando me senti suficientemente forte telefonei explicando minha prolongada ausência e marcamos um encontro.

      Ao me ver ficou, como era de se esperar, consternada. Vais te acostumar, eu disse, e propus irmos para a cama. Me amava, e concordou. Logo me deparei com uma dificuldade: o coto (assim eu chamava o que tinha me sobrado da mão esquerda) e a pinça (os dois dedos restantes da direita) não me forneciam o necessário apoio. O coto, particularmente, tinha uma certa tendência a resvalar pelo corpo coberto de suor da pobre mulher. Seus olhos se arregalavam; quanto mais apavorada ficava, mais suava e mais o coto escorregava.

      Sou engenhoso. Trabalhando com técnicos e cientistas aprendi muita coisa, de modo que logo resolvi o problema: com uma tesoura, fiz duas incisões no colchão. Ali ancorei coto e pinça. Pude assim amá-la, e bem. 

      – Não aguentava mais – confessei, depois. – Seis meses no seco!

      Não me respondeu. Chorava. – Vais me perdoar, Armando – disse – eu gosto de ti, eu te amo, mas não suporto te ver assim. Peço-te, amor, que não me procures mais.

      – E quem vai me atender daqui por diante? – perguntei, ultrajado.

      Mas ela já estava chorando de novo. Levantei-me e saí. Não foi nessa ocasião, contudo, que fiquei deprimido. Foi mais tarde; exatamente uma semana depois.

      [...]

(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. Seleção de Regina Zilbermann. São Paulo: Global, 2003. p. 176-177.)

No Texto 7, o enunciador descreve (assinale a alternativa correta):

Alternativas
Comentários
  • Colegiada Psicologia  2016.1


ID
1759222
Banca
BIO-RIO
Órgão
IF-RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SALTANDO AS MURALHAS DA EUROPA

        De um lado está a Europa da abundância econômica e da estabilidade política. De outro, além do Mediterrâneo, uma extensa faixa assolada pela pobreza e por violentos conflitos. O precário equilíbrio rompeu-se de uma vez com o agravamento da guerra civil na Síria. Da Síria, mas também do Iraque e do Afeganistão, puseram-se em marcha os refugiados. Atrás deles, ou junto com eles, marcham os migrantes econômicos da África e da Ásia. No maior fluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial, os desesperados e os deserdados saltam as muralhas da União Europeia.
        Muralhas? Em tempos normais, os portais da União Europeia estão abertos para os refugiados, mas fechados para os imigrantes. Não vivemos tempos normais. Os países da Europa Centro-Oriental, Hungria à frente, fazem eco à xenofobia da extrema-direita, levantando as pontes diante dos refugiados. Vergonhosamente, a Grã-Bretanha segue tal exemplo, ainda que com menos impudor.
      A Alemanha, seguida hesitantemente pela França, insiste num outro rumo, baseado na lógica demográfica e nos princípios humanitários. Angela Merkel explica a seus parceiros que a Europa precisa agir junta para passar num teste ainda mais difícil que o da crise do euro. “O futuro da União Europeia será moldado pelo que fizermos agora, alerta a primeira-ministra alemã.
(Mundo, outubro 2015)

Em tempos normais, os portais da União Europeia estão abertos para os refugiados, mas fechados para os imigrantes”. Entre “refugiados” e “imigrantes” há uma diferença:

Alternativas
Comentários
  • Quanto aos refugiados, o texto faz referencia a fuga da guerra civil, que não deixa de ser em partes uma guerra de religiões e política, e aos imigrantes, falam da fuga por motivos econômicos, enaltecendo a pobreza.

    Enfim, não entendi o gabarito.

  • Também concordo com você Carolina,  pelo que entendoi do texto os imigrantes estão fugindo por motivos econômicos.

  • Eu não li texto, vou analisar somente o fragmento e utilizar do conhecimento que temos adquirido através da mídia.

    “Em tempos normais, os portais da União Europeia estão abertos para os refugiados, mas fechados para os imigrantes”. Entre “refugiados” e “imigrantes” há uma diferença:

    Existe uma diferença de tratamento por parte da união européia entre os dois casos, o portão só está aberto para os refugiados por uma decisão política e causal. A diferença no tratamento não tem relação com religião, economia ou social.

  • Imagina você se preparar para uma prova e a primeira questão com que você se depara é essa.Aff!

  • Considero a "movimentação de populações" um fenômeno, sobretudo, social; pode derivar de aspectos econômicos, religiosos, políticos ou do conjunto deles, como é o caso dos imigrantes (causas econômicas e políticas) e dos refugiados (causas religiosas e políticas). Mas, a partir do momento que afeta profundamente as sociedades envolvidas (tanto as que recebem como aquelas que exportam os grupos), alterando as suas identidades e características de forma permanente, não a considero um fenômeno estritamente político (que é o gabarito da questão), visto que a política está mais voltada à administração e suas relações de organização e poder, e o fenômeno social refere-se mais ao comportamento de uma sociedade. O fenômeno social, quando apresenta efeitos negativos, é chamado de "problema social"; justamente o caso dos refugiados e das imigrações/migrações massivas (ver o verbete "fenômeno social" na Wikipedia).

    Acho que esta questão daria um recurso. 
  • putz.. errei feio :(

  • Aacho que a questão é analisar pelo ponto de vista dos chefes de estado e não pelo dos refugiados e imigrantes. Acho que assim o gabarito faz mais sentido.

  • Errei com a hipótese da causalidade relativo a refugiados e social a questão social..

  • Os imigrantes são aqueles que deixam seus países de origem atrás de melhores condições de vida. Normalmente, procuram por melhores empregos ou então imigram para estudar em países com educação de renome. Já os refugiados são todos que solicitam refúgio, entretanto, saem de seus países porque correm risco de vida. “São pessoas que fogem de perseguições ou de conflitos armados, cuja situação muitas vezes é tão perigosa e intolerável que atravessam fronteiras à procura de segurança nos países vizinhos. A recusa de asilo tem, potencialmente, consequências fatais”, reforça Edwards em seu texto na ACNUR.  

  • Carolina Moura, concordo com sua explicação.  O problema desses textos é que estão muito enviesados pelos pensamentos, até então, hegemônicos da esquerda. Assim como as provas do Enem, as provas de concurso estão começando a seguir apenas uma linha de raciocínio e não por coincidência é o pensamento da esquerda. Voltando ao assunto do texto, eles querem a qualquer custo dissociar os motivos imigratórios da religião muçulmana.

  • Não acertei essa, mas vendo a resposta entendo que a diferença econômica e religiosa é na visão dos refugiados, a diferença entre eles (claramente). Mas a questão quer saber o porquê dos portões estarem fechados para imigrantes e abertos para os refugiados. Politicamente, vai fechar os portões não só para os que querem entrar, mas também para o líder político do país. E causal deve ser pelas diferenças causas que estão levando todos a quererem entrar.

  • Eu pensei exatamente como a Carolina Moura, o que me levou a marcar Econômica e Social. Mas se você analisar apenas o fragmento do enunciado com seus "conhecimentos de mundo" você chega a resposta correta: letra C. O danado é que a questão apenas deu o fragmento e não falou algo do tipo "A partir do fragmento" ou "De acordo com o texto". Aí desse jeito fica difícil saber o que a questão pede.

  • GABARITO: C


    Emigrante e imigrante são antônimos, têm significados opostos. Por exemplo, os italianos, quando saíram da Itália para viver no Brasil, emigraram de seu país e se tornaram imigrantes aqui. O termo "migrante" se refere a quem se desloca de uma região para outra ou de um país para outro.

  • Blz Fábbio Rísperi, mas e a resposta da questão : 

  • Pensamento torto da banca. Sobre os imigrantes, desviar o ponto de vista de uma razão econômica considerando seu acontecimento como uma  "casualidade" se aproxima do pensamento britânico que traduz os que comumente chamamos pobres como "desafortunados". Ser "desafortunado" é pros britânicos uma casualidade e não uma condição permanente, uma sorte sobre a qual o indivíduo não tem culpa. Essa casualidade levaria à imigração. Me deixa enfastiada é o floreio, as voltas pra justificar um pensamento, na minha opinião, torto. 

  • Você pode muito bem fazer a seguinte construção:
    Aceitar Refugiados = Política social
    Aceitar Imigrantes = Causa econômica.

    E assim teremos duas respostas corretas. Questão dúbia e subjetiva demais, deveria ser anulada.


ID
1760758
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 – Mandamentos do consumismo I

   A publicidade cerca-nos de todos os lados - na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-nos a ser mais consumidores que cidadãos. Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing. Uma empresa de alimentos geneticamente modificados pode comprometer a saúde de milhões de pessoas. Não tem a menor importância, se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua marca bem aceita entre os consumidores. Isso vale também para o refrigerante que descalcifica os ossos, corrói os dentes, engorda e cria dependência. Ao bebê-lo, um bando de jovens exultantes sugere que, no líquido borbulhante, encontra-se o elixir da suprema felicidade.

   A sociedade de consumo é religiosa às avessas. Quase não há clipe publicitário que deixe de valorizar um dos sete pecados capitais: soberba, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria. Capital significa cabeça. Ensina meu confrade Tomás de Aquino (1225-1274) que são capitais os pecados que nos fazem perder a cabeça e dos quais derivam inúmeros males.

   A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo. A inveja faz as crianças disputarem qual de suas famílias tem o melhor veículo. A ira caracteriza o nipônico quebrando o televisor por não ter adquirido algo de melhor qualidade. A preguiça está a um passo dessas sandálias que convidam a um passeio de lancha ou abrem as portas da fama com direito a uma confortável casa com piscina. A avareza reina em todas as poupanças e no estímulo aos prêmios de carnês. A gula, nos produtos alimentícios e nas lanchonetes que oferecem muito colesterol em sanduíches piramidais. A luxúria, na associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas: a cerveja espumante identificada com mulheres que exibem seus corpos em reduzidos biquínis. (Frei Betto, 08/05/2011)

A publicidade de um desodorante, dizia: “Use Avanço, que elas avançam”; nesse caso, considerando o texto 1, é correto afirmar que esse anúncio apela para:

Alternativas
Comentários
  • Um tanto machista essa questão rsrs

    Pelo que entendi é que a questão faz referência de forma geral ao desejo de os homens terem tanto quantas mulheres desejar.

    A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo.

    Letra E


  • Fiquei em dúvida quanto a luxúria... 

  • Achei que fosse luxúria

  • Acho  que essa cabe recurso.

  • Significado de Soberba

    s.f. Altivez; qualidade de quem é arrogante, presunçoso, prepotente e intolerante.
    Comportamento que denota orgulho; dito que expressa arrogância e presunção.
    Elevação; sobreposição de algo que se encontra em lugar inferior; elevação. 
    (Etm. do latim: superbia)

    Significado de Luxúria

    s.f. Atração pelos prazeres carnais; comportamento desmedido em relação aos prazeres sexuais; lascívia.
    Estado do que é luxuriante; viçoso, abundante.
    Religião. Segundo os católicos, um dos sete pecados capitais. 
    Brasil. Informal. Designação de cio e esperma. 
    No âmbito vegetativo, magnificência; viço. 
    (Etm. do latim: luxuria.ae)


    Sou muito mais pela luxúria que pela Soberba nessa questão 


  • soberba

    so·ber·ba

    sf

    1 Altura de coisa que está superior a outra; elevação, estado sobranceiro.

    2 (Pejorativo) Manifestação arrogante de orgulho, às vezes ilegítimo; presunção; sobrançaria.


    ------


    luxúria

    lu·xú·ri·a

    sf

    (...)

    2 Propensão para a sensualidade exagerada; tendência excessiva ao desejo sexual; concupiscência, lascívia, lubricidade, verriondez, volúpia

    ----

    Eu também fiquei bastante em dúvida, inclusive coloquei a "b" e errei. Contudo, ao pensar um pouco sobre essa questão, acho mesmo que “Use Avanço, que elas avançam” tem um apelo maior para a ideia de superioridade daquele que usar o produto do que para a sensualidade. 

    Usando Avanço o homem ficará acima dos outros, será o melhor. 


  • Associo-me aos que decidiram por LUXÚRIA. Pensei que, de fato, por já ser anúncio publicitário (slogan), é óbvio que é propaganda marketeira, porém, por trás de uma propaganda há uma ideia que o publicitário - sem dúvida auxiliado por especialistas e psicólogos -  quer impregnar na mente das pessoas. Neste caso do desodorante, é evidente que a mensagem era de "associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas" e foi pra isso que o tal produto quis apelar, como o próprio texto explicita. Se eu tivesse feito esta prova entraria com recurso.

  • Marquei Luxúria, e marcaria em outras mil provas. Quero um produto pra me sentir superior aos outros...soberba...compraria talvez....  Um cordão de ouro... Pra me exibir sei lá.  Hmmm... Quero um produto pra ter muitas mulheres... Axe, que atrai o sexo oposto pelo cheiro. Não é isso? Pelo amor de Deus né,  viajou a Fgv nessa aí. 

  • Até agora, esse foi o gabarito mais forçado que vi da FGV. Letras A e B estão corretas, mas a B está mais correta porque a propaganda exalta MAIS o lado erótico da coisa, sugerido no próprio texto 1.

  • marquei luxuria, fgv e seus entendimentos do nada


  • Questão das mais polêmicas! Não vou entrar no mérito de concordar ou não - por pura incompetência-, porém não acredito em recurso para esse tipo de pergunta, pois a banca usa de todo o seu poder de interpretação para se resguardar de qualquer divergência. A soberania da banca contra nossa vã filosofia...

  • FGV e suas "interpretações".

    “Use Avanço, que elas avançam” 
    Use o desodorante REXONA, fique cheirosão, que as moças irão avançar em você, vão querer você (apelo sexual)! Se isso não for Luxúria... Não sei mais o que é! Soberba (arrogância, presunção), caberia mais em um exemplo assim: "Eu uso REXONA, e você, LEITE DE ROSAS!" 

    ASS: Jess Loy
  • Essa questão certamente será anulada caso alguém tenha argumentado o recurso da forma certa. No decorrer do texto, quando o autor foi relatando sobre cada pecado capital ele fundamentava. A fundamentação prende o assunto (estruturação do texto). Logo, ao definir como soberba o exemplo dado, a banca entra em conflito com a fundamentação do texto e contraria o que o autor definiu. 

  • Caramba, acertei com a soberba porque fiquei na dúvida em relação a mercadorias/fantasias eróticas. De cara pensei na luxúria também, mas voltei ao texto para conferir e não vi a propaganda do desodorante com a conotação de mercadorias/fantasias eróticas


    Pensei assim: Se eu usar esse desodorante, vou ficar com o ego inflado por várias pessoas me quererem/avançarem, que é o que o texto diz "exaltar o ego". 


    Não sei se alguém entendeu esse raciocínio que tive, mas fiquem à vontade para discordar.
  • Pessoal, quem teve dúvida nessa questão, vale a pena assistir ao vídeo que a (Professora Grasiela Cabral)  divulgou na página dela no facebook. É uma excelente professora de português e o vídeo é esclarecedor. Bons estudos!

  • Quando eu fiz essa prova eu havia marcado luxúria, mas de fato é soberba. O fato de usar algo o faz se sentir superior.

  • Não existe enrolation de raciocínio de professor de português que me faça acreditar que "luxúria" está errada. Ok, há soberba. Mas é óbvio, nítido que há também luxúria. A FGV pode falar o que quiser, o melhor professor de português do universo pode falar o que quiser, mas todos sabemos que caberia tranquilamente luxúria na resposta.


    Enfim, FGV sendo FGV.

  • "Elas avançam" tem apelo totalmente sexual. Banca da FGV é ingênua...

  • Nunca vou concordar com esse gabarito, pra mim é luxúria.

  • Trata-se  de um enunciado com 2 repostas possíveis entre as alternativas: Cabe recurso!

  • Na boa é luxúria, muito mais a ver, o examinador precisa voltar para a igreja antes de tentar colocar isso em uma questão...

  • 72% de erros. Este é o tipo da questão que nivela por baixo, pois certamente muitos "craques" em português marcaram "luxúria".

  • Eu também marquei a letra B, inclusive errei na prova. Fiquei muito tempo meditando a questão pois não conseguia ver soberba como resposta correta para essa questão. Mas depois lembrei das aulas de interpretação de texto que tive com o prof. Marcelo Rosenthal(não sei se vcs o conhecem), mas ele explicou que ao interpretarmos uma questão vamos esbarrar em 2 situações: uma é se reportar ao texto e a outra é inferência. Se a questão se reporta ao texto, a resposta tem que estar necessariamente lá, mesmo que não concordemos com ela. Aqui não cabe nossa opinião. Quando a questão não se reporta ao texto, estamos diante da inferência, ou seja, o que o autor quis dizer ao escrever aquilo.. o que infere-se do texto? A questão em tela nos levou, inclusive a mim, a fazermos uma inferência, o que não era o correto, pois ela pede que consideremos o texto 1. Ao interpretá-la, ela nos leva à luxúria pois nos dá essa ideia quando ele diz que usa o perfume para que as mulheres avancem nele. Mas o texto diz: "A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo". Ou seja, segundo o texto, a soberba está relacionada a um produto capaz de exaltar o ego e fazer com que ele abra as portas do desejo. Já a luxúria está descrita no texto como algo que apela para o erotismo, exibição: "A luxúria, na associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas: a cerveja espumante identificada com mulheres que exibem seus corpos em reduzidos biquínis". A questão dá esse exemplo:"Use avanço, que elas avançam", ou seja, de acordo com o texto,conforme sugere a questão, use esse produto e você será o melhor, conseguirá realizar seu desejo, de ter as mulheres atrás de você. Desta forma, a questão se encaixa no exemplo de soberba descrito no texto e por não ser caso de inferência textual, não nos cabe resolver essa questão com base no que achamos. Essa é o tipo de questão que derruba muitos candidatos em provas de português se não tivermos atenção e esse discernimento ao resolvermos questões de interpretação de texto.Bons estudos. Vamos que vamos!
  • São Tomás de Aquino considerou a soberba um pecado específico, embora possa ser encontrado em todos os outros pecados. A soberba é a forma básica do pecado. Ela teria sido a responsável pela desobediência de Adão, que provou o fruto proibido com a ambição de se tornar Deus. A soberba leva o homem a desprezar os superiores e a desobedecer as leis. Ela nada mais é que o desejo distorcido de grandeza.


    A pessoa que manifesta a soberba atribui apenas a si próprio os bens que possui. Tem ligação direta com a ambição desmedida, a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a arrogância, a altivez, a vaidade, e o orgulho excessivo, com conceito elevado ou exagerado de si próprio. Quantas pessoas de nosso convívio conhecemos com algumas, ou todas, essas características?


    Em algumas citações dos sete pecados, utiliza-se o termo cobiça, que é ambição desmedida, o desejo veemente de possuir bens materiais. Em outras citações podemos encontrar o termo soberba que é o orgulho excessivo, arrogância, elevação ou altura de uma coisa em relação à outra, e que leva à soberania, que é o poder ou autoridade suprema. E ainda podemos encontrar o termo orgulho, conceito exagerado de si próprio, com amor próprio demasiado. Ou seja, esse pecado tem relação direta com a ambição desmedida pelo poder e o orgulho exagerado.


    fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/soberba.htm

  • A meu ver o problema iniciou com o Frei Betto (autor do texto) que tentou explicar os sete pecados capitais com um sentido quase igual para todos. Depois, na cadeia de erros, entrou o autor da questão que teve a infelicidade de trazer para a prova da FGV um texto simplista, meio desprovido de cientificismo. Obviamente que o texto foi trazido porque o autor da questão corrobora com a mensagem e com a forma que esta foi transmitida. Por fim, nós meros mortais, porém defensores, adeptos e construtores do conhecimento fomos levados a errar também... Responder provas de concurso é tentar descobrir o que os "imortais" pensam!

  • Só há uma explicação plausível para o gabarito, quem elaborou a questão foi uma mulher, que não entende como pensam os homens.

  • O comentário da colega Adriana Faria explicou muitíssimo bem a questão e sua resposta correta.
  • Há  uma diferença  entre interpretação  e compreensão textual. A FGV usa e abusa desses detalhes.

  • Se dissessem que teria comprado um Camaro, eu diria que era soberba, mas uma p* de um desodorante que as mulheres avançam??? Luxúria!!!!
  • Preto no branco:

     1 A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo.

    2 A luxúria, na associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas: a cerveja espumante identificada com mulheres que exibem seus corpos em reduzidos biquínis.

    Agora me responde: é pedido pra olharmos pro texto, e o que você vê está bem aí em cima. O que você marcaria? Brincadeira de mau gosto, se todo mundo marcou luxúria, por que justamente a ideia do examinador é a que tá certa? Luxúria, fala de sensualidade, imoralidade... e olha pro texto, o que mais se parece. Use avanço e elas avançam. O cara vai se sentir soberbo ou o cara que pode pegar todo mundo? Rúm.

  • Olhando para o enunciado e para as opções, enxergamos luxúria como resposta, mas, quando eu afirmo na roda de amigos que, por exemplo, todos os homens avançam em mim ou estão aos meus pés, é mais uma questão de soberba que luxúria. Errei a questão mas ela ficará em minha memória para sempre.


  • Colegas, a FGV sempre exige muito da capacidade de interpretação e faz parte do jogo induzir ao erro.


    Se substituímos o “Use Avanço, que elas avançam” por “Use Avanço, que elas ficarão aos seus pés ou elas serão suas escravas”, avalio que fica mais fácil compreendemos que trata-se, primeiramente,de uma postura mais de Soberba do que de Luxúria.

    Para ser luxúria a expressão teria que usar termos mais eróticos ou explicitamente induzir o consumidor a comprar para satisfazer seus prazeres.
  • Põe conexão com Jesus, nisso... kkk

  • Vejam este trecho do texto:

    "A luxúria, na associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas: a cerveja espumante identificada com mulheres que exibem seus corpos em reduzidos biquínis." (grifo nosso)

    Agora compare com a propaganda: “Use Avanço, que elas avançam

    É nítido que a propaganda associa uma mercadoria "Avanço" com "fantasias eróticas", como assim é definida a luxúria no texto.


    Li os comentários abaixo, mas, sinceramente, mesmo "forçando", ainda sim, não há lógica em o gabarito ser diverso da letra "b". 

    Essa FGV tá complicada hein!!

  • Vamos parar de ser SOBERBOS e tentar explicar o que não tem explicação?! O anuncio claramente apela para um contexto erótico primeiro. Mesmo que, detalhando milimetricamente se chegue a uma uma ideia de soberba nas entrelinhas, primeiramente a Luxúria é o carro chefe da propaganda. Concordo Leo Vaz, tá osso hein.

  • Se fôssemos analisar a frase isoladamente caberia luxúria, mas pede  relacionando com o texto. No ultimo parágrafo o autor explica que a soberba é a exaltação do ego e exemplifica vários casos envolvendo pecados que são soberbos
  • bancas com textos desse genero, ideologio, sao uma traicao aa logica. qdo texto dessa natureza surgir ( marilena chaui, turma da puc-sp, etc...) cuidado: tem pegadinha tipo chumbo grosso no ar...

  • Comentário do professor foi ótimo!! "tem que estar em conexão com Jesus..."

  • Acertar uma questão dessa é necessário ter sorte.


    Logicamente poderia se marcar a opção B.

    Ilogicamente poderia se marcar qualquer opção diferente da B.


    É lógico que a resposta B estaria correta e ninguém a contestaria se fosse o gabarito.


    Como o gabarito não é a B, poderia ser marcado qualquer opção. Valeria a sua sorte. Nunca se sabe qual a associação que a FGV faz para chegar no gabarito.


    As vezes é lógica. As vezes ilógica.

  • Requer atenção: No texto 3° parágrafo - A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, ................. Isso já responde a questão - LETRA E


  • gostei do comentário do professor!!!! forçando muito a barra eu entendi que é soberba. Pelo menos não me fez sentir tão burro dizendo que a resposta "tá na cara" kkkkkk

  • Tenho que aprender tudo novamente, no caso é claro e evidente que é Luxúria, ELAS AVANÇAM!! Se isso não for desejo pelo corpo, não sei o que será. Soberba tem haver com orgulho, superioridade. 
    Luxúria (do latim, luxuria) ou lascívia (do latim, lascivia) é uma emoção de intenso desejo pelo corpo.

    Soberba é uma manifestação de orgulho, de pretensão, de superioridade sobre as outras pessoas. 
  • Forçando muito a barra.. pra tentar '''justificar''' a FGV. INACEITÁVEL. Só é lembrar da propagando... LUXÚRIA PURA!!! 

    https://www.youtube.com/watch?v=-DFXhXvjK6g

  • Na boa, esses professores forçam a barra. Pegam o gabarito e tentam explicar uma coisa que não tem lógica e sem argumentos.

  • Banca como sempre iludindo para se reparar no siginificado das palavras em si, em quanto o comando na questão já diz : nesse caso, considerando o texto 1 ! Então esqueça seus conhecimentos sobre as palavras e corra no texto.....kkkkkkkkk....certíssimo GAB E.

  • Subjetividade é uma coisa. Maconha é outra!!

    Onde podemos encontrar uma bibliografia que defina os critérios FGV?

  • Questão boa.

    A questão pede a relação da propaganda com um dos pecados capitais, segundo o Frei Betto (CONSIDERANDO O TEXTO 1) e não o que você entende por luxúria ou soberba. Voltando ao texto, a definição de Soberba é: "faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo." Com o uso do desodorante você abre as portas do desejo. As mulheres avançam até você.

    Agora a Luxúria, SEGUNDO FREI BETTO, está relacionada na associação entre a mercadoria e as coisas eróticas. Uma coisa substituindo a outra.

    Letra (e)

  • Há claramente a exaltação do ego ("eu sou o cara") - Soberba.

    No caso da Luxúria, a mercadoria e a fantasia se misturam a pessoa de forma sexual ou sensual.

  • Questão mais bizarra da FGV!!!

  • Pelo contexto dado no último parágrafo do texto, e pela própria explicação do professor, cabe entendimento tanto da soberba quanto da luxúria. Acertei no chute, pois fiquei em dúvida essas duas, mas acho que o apelo é mais sexual - elas avançam - do que de ego... Questão viajou, e o professor também!....

  • Estou chocada, é só lembrar da propaganda! Ele passava o desodorante e apareciam várias mulheres seduzindo! O ego dele ficava inflado, mas A CONSEQUÊNCIA pra usar o desodorante "era pra elas avaçarem" ""COM AVANÇO, ELAS AVANÇAM".... era esse o conteúdo principal da propaganda, essa questão ultrapassou nosso limite lógico!

  • Pensei que era maluco. Aliás, as questões da FGV não tem qq lógica. Essa prova mesmo tem vários exemplos.

  • Apelar para a luxúria = tentar ganhar o consumidor pela excitação sexual (provocar a libido)

    Apelar para a soberba = tentar ganhar o consumidor pelo desejo de ser "o bonzão" (provocar o ego)

    Como vcs não conseguem enxergar isso!?

    Brincadeira...também marquei "b" kkk

  • Considerando o gabarito desta questão, é correto afirmar que ele apela para:

    a) avareza;

    b) luxúria;

    c) inveja;

    d) ira;

    e) soberba.

  • Concordo plenamente com o comentário da Camila Medeiros:

    "Não existe enrolation de raciocínio de professor de português que me faça acreditar que "luxúria" está errada. Ok, há soberba. Mas é óbvio, nítido que há também luxúria. A FGV pode falar o que quiser, o melhor professor de português do universo pode falar o que quiser, mas todos sabemos que caberia tranquilamente luxúria na resposta.

     

    Enfim, FGV sendo FGV."

  • Eu jã concordo com o ' Parabéns ! Acertou":

    "bancas com textos desse genero, ideologio, sao uma traicao aa logica. qdo texto dessa natureza surgir ( marilena chaui, turma da puc-sp, etc...) cuidado: tem pegadinha tipo chumbo grosso no ar..."

     

    FGV e  Esquerda são anti-vulcanas ... Sâo ilógicas.

  • O comentario do professor n convenceu, apesar de ser um otimo prof. Questão toosca ao quadrado.

  • Na minha opinião, a banca utilizou desta questão para eliminar candidatos. Se 67% tivessem marcado soberda, a FGV daria a alternativa B como correta.

  • Resposta ridícula e sem fundamento.

  • Depois de ver os comentários e a explicaçao do Profe do QC (que também ache um absurdo) fui buscar o significado das palavras:

     

    "Soberba é uma manifestação de orgulho,de pretensão, de superioridade sobre as outras pessoas. É a arrogância, a altivez, a autoconfiança exagerada." ... Ou seja a pessoa que usa o desodorante se sente mais confiante. 

     

    "Luxúria" Atração pelos prazeres carnais; comportamento desmedido em relação aos prazeres.

     

    Logo, a altertiva correta é realmente SOBERBA.

  • Ótima explicação de Adriel Carvalho ( em 12 de Abril de 2016, às 20h14)

    A questão é de COMPREENSÃO DE TEXTO não de Interpretação do texto. Pois o enunciado diz " considerando o texto 1 ..."

    Eis a explicação:

    " A questão pede a relação da propaganda com um dos pecados capitais, segundo o Frei Betto (CONSIDERANDO O TEXTO 1) e não o que você entende por luxúria ou soberba. Voltando ao texto, a definição de Soberba é: "faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo." Com o uso do desodorante você abre as portas do desejo. As mulheres avançam até você.

    Agora a Luxúria, SEGUNDO FREI BETTO, está relacionada na associação entre a mercadoria e as coisas eróticas. Uma coisa substituindo a outra.

    Letra (e)"

    Muito bom! É isso mesmo! Temos que estudar mais Compreensão de texto e Interpretação de texto.

    A banca sabe exatamente que haverá este conflito.

  • Toda a explicação sobre soberba é muito lógica, entretanto nada disso está escrito na publicidade do produto. O que está escrito é que ao usar o produto, algo acontecerá. Esse algo é o avanço delas, que obviamente está ligado à erotização. Erotização = luxúria =  Atração pelos prazeres carnais; comportamento desmedido em relação aos prazeres (segundo Lena Concursos).

     

    Ninguém usa desodorante para ficar orgulhoso, arrogante, assoberbado. Usa para aumentar suas chances de conquista, para agradar sua parceira, portanto o apelo é para a luxúria e a banca FGV está errada.

  • q píada

  • Luxúria. A banca errou, sim. 

  • Parabéns Adriana explicou melhor que o professor.

  • Então quer dizer que se o cara, que tá solteiro e carente, vai à balada procurar uma mulher, usa seu melhor perfume e desodorante, está apenas com a intenção de ficar SOBERBO??????????????????????????????? O cara tem que advinhar que se o PADRE ver esse comercial vai pensar desta forma. PUTZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Eu concordo que seja soberba, pois o cara tem que se achar muito pra acreditar que as mulheres avançarão se apenas usar um desodorante hahaha e não vejo uma apelação sexual nenhuma alí, não há citações sexuais. Se vc acha que "que elas avançam" tem a ver com sexo, então vc está interpretando errado.

  • Mano, essa banca já me botou pra interpretar horoscópo, agora tá colocando pra intepretar pecado capital. Lixo, tem que acabar!

  • A galera da época desse anúncio, assim como eu, sabe muito bem que a intenção do anúncio era despertar a luxúria. Não cabe soberba.

  • Exatamente como diz a Gisile, a intenção da propaganda é a LUXURIA, sou da época dessa propaganda. Que absurdo colocarem o gaba como E.

  • "A luxúria, na associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas: a cerveja espumante identificada com mulheres que exibem seus corpos em reduzidos biquínis." = "Use Avanço, que elas avançam"

    SOBERBA

    substantivo feminino

    Expressão ou sentimento de orgulho, de altivez; arrogância, presunção

    (fonte: https://www.dicio.com.br/soberba/)

    O que esperar de uma banca que, no enunciado da questão de língua portuguesa, separa o sujeito do seu verbo por vírgula...

  • Discordo do gabarito! é muito mais tendencioso pensar em luxúria do que soberba pelo slogan do desodorante.

  • Comentário de Adriana Villas-Bôas!

    Altamente claro e explicativo!

    gabarito E.

  • quem levou para o lado da sacanagem , assim como eu , se deu mal..kkkkkkk

  • "  A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo."

  • FOCO!

    A intenção é o que? Apelar? Nao.

    Apelar é a função do anúncio.

    A intenção é passar o que? A mulher a luxúria ou a que antecede àquela?

    Simples senhores, vise somente a mensagem que é composta de elementos que os senhores esqueceram. a chave é exatamente

    O contexto(um dos elementos da mensagem) que ao ler apenas o trecho faz refletir sobre uma empresa que demostra clara intenção de aguçar(convencer ou dispertar)o lado soberbo do recepitor , sendo bem luxurioso? NUNCA. Sendo, agindo de forma imperiosa e soberba(o) ""se querendo"" conotativamente falando..

    As mulheres seriam a consequência possível meninos...(as) ou vcs acham mesmo que um anúncio é feito com a intenção de trazer mulher pra vcs!...kkk é feito pra mexer com algo dentro de vc antes. Isso se tem algo ae dentro né.....

    nao com algo fora nao garantido..

    Lembre-se do que antecede e nao do que sucede..

  • FOCO!

    A intenção é o que? Apelar? Nao.

    Apelar é a função do anúncio.

    A intenção é passar o que? A mulher a luxúria ou a que antecede àquela?

    Simples senhores, vise somente a mensagem que é composta de elementos que os senhores esqueceram. a chave é exatamente

    O contexto(um dos elementos da mensagem) que ao ler apenas o trecho faz refletir sobre uma empresa que demostra clara intenção de aguçar(convencer ou dispertar)o lado soberbo do recepitor , sendo bem luxurioso? NUNCA. Sendo, agindo de forma imperiosa e soberba(o) ""se querendo"" conotativamente falando..

    As mulheres seriam a consequência possível meninos...(as) ou vcs acham mesmo que um anúncio é feito com a intenção de trazer mulher pra vcs!...kkk é feito pra mexer com algo dentro de vc antes. Isso se tem algo ae dentro né.....

    nao com algo fora nao garantido..

    Lembre-se do que antecede e nao do que sucede..

  • FOCO!

    A intenção é o que? Apelar? Nao.

    Apelar é a função do anúncio.

    A intenção é passar o que? A mulher a luxúria ou a que antecede àquela?

    Simples senhores, vise somente a mensagem que é composta de elementos que os senhores esqueceram. a chave é exatamente

    O contexto(um dos elementos da mensagem) que ao ler apenas o trecho faz refletir sobre uma empresa que demostra clara intenção de aguçar(convencer ou dispertar)o lado soberbo do recepitor , sendo bem luxurioso? NUNCA. Sendo, agindo de forma imperiosa e soberba(o) ""se querendo"" conotativamente falando..

    As mulheres seriam a consequência possível meninos...(as) ou vcs acham mesmo que um anúncio é feito com a intenção de trazer mulher pra vcs!...kkk é feito pra mexer com algo dentro de vc antes. Isso se tem algo ae dentro né.....

    nao com algo fora nao garantido..

    Lembre-se do que antecede e nao do que sucede..

  • É só pensar que a frase não foca na sexualidade, em si. Não há um apelo ao corpo, a líbido (por si). Agora, idealizem a cena: um sem o desodorante avanço (até onde sei, a marca é de desodorante masculino) passa por um corredor e ninguém o nota (se ele não esta usando, ninguém avança). Agora, ele usa o desodorante e passa pelo mesmo corredor e todas as avançam. É o ego dele, ao ver tantas mulheres o olhando, o cobiçando, o desejando... Em momento algum apelou, diretamente, para a sexualidade ou o desejo dele.

  • Foi a maior forçada de barra dessa banca que vi até aqui.

    Sigo tentando desvendar esse código alternativo da FGV... mas to começando a me acostumar =)

  • Um dos maiores escárnios da gloriosa FGV.

    Em MOMENTO NENHUM a questão fala do TEXTO, mas sim, DE UMA PEÇA PUBLICITÁRIA, e a mesma é um apelo total à luxúria, basta procurar no youtube. Noto que eles fazem essas palhaçadas com a finalidade de irritar e desestimular os estudantes, até porque os desmandos passam ilesos a qualquer escrutínio.

    Não vão conseguir me fazer desistir, lamento informar.

  • essa questao leva a duvidar da idoneidade da banca

  • essa banca é soberba

  • A FGV, tem que fazer uma reformulação na divisão de ensino na disciplina de língua portuguesa.


ID
1760761
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 – Mandamentos do consumismo I

   A publicidade cerca-nos de todos os lados - na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-nos a ser mais consumidores que cidadãos. Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing. Uma empresa de alimentos geneticamente modificados pode comprometer a saúde de milhões de pessoas. Não tem a menor importância, se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua marca bem aceita entre os consumidores. Isso vale também para o refrigerante que descalcifica os ossos, corrói os dentes, engorda e cria dependência. Ao bebê-lo, um bando de jovens exultantes sugere que, no líquido borbulhante, encontra-se o elixir da suprema felicidade.

   A sociedade de consumo é religiosa às avessas. Quase não há clipe publicitário que deixe de valorizar um dos sete pecados capitais: soberba, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria. Capital significa cabeça. Ensina meu confrade Tomás de Aquino (1225-1274) que são capitais os pecados que nos fazem perder a cabeça e dos quais derivam inúmeros males.

   A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de abrir todas as portas do desejo. A inveja faz as crianças disputarem qual de suas famílias tem o melhor veículo. A ira caracteriza o nipônico quebrando o televisor por não ter adquirido algo de melhor qualidade. A preguiça está a um passo dessas sandálias que convidam a um passeio de lancha ou abrem as portas da fama com direito a uma confortável casa com piscina. A avareza reina em todas as poupanças e no estímulo aos prêmios de carnês. A gula, nos produtos alimentícios e nas lanchonetes que oferecem muito colesterol em sanduíches piramidais. A luxúria, na associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas: a cerveja espumante identificada com mulheres que exibem seus corpos em reduzidos biquínis. (Frei Betto, 08/05/2011)

O segmento publicitário abaixo que apela para uma qualidade e não para um dos pecados capitais, citados no texto 1, é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito correto: E

    Comer de forma saudável é o oposto do pecado capital da gula, ainda que a comida ofertada pelo fast-food, sabidamente, não seja saudável.


    Como a questão pede a opção que apela para uma qualidade, não pode ser a "A" (soberba), "B" (luxúria), "C" (luxúria), "D" (soberba).

  • Vende salada no Mcdonalds


  • Exatamente, Aloysio, a simples conexão do Mc Donalds a uma alimentação saudável me afastou da resposta correta. Marquei "A" sem pensar muito...

  • A letra A não fala das qualidades do produto e sim da região de origem da montadora.  


    A letra E causa confusão por relacionar comida saudável ao Mcdonalds, mas é a única que cita uma característica, mesmo que contestável, do seu produto. 
     
  • A fgv é uma banca má. kkkkk


  • ''A'' SOBERBA, ''B'' SOBERBA, ''C'' LUXÚRIA, ''D'' INVEJA, ''E'' exalta a qualidade, pois indica que ao consumir um do seus produtos (de boa qualidade), a pessoa irá manter-se saudável.  

  • Eu acertei porque a letra E é a única que fala de uma qualidade, mas fico com medo de ser pegadinha da FGV, imagina na hora da prova que tensão.

  • Na boa FGV, volta pra missa!

  • Dancei kk

  • Se no lugar de McDonalds estivesse escrito "Salada" iria ficar muito fácil e fugir do perfil da FGV

  • Pessoal a interpretação é segundo o texto, então a pergunta é: na letra "E" não há apelo a algum dos pecados capitais?

    Se eu trocar a frase do pecado capital "preguiça" e "ira" (e também de outros) ficará assim:

    A preguiça está a um passo dessas comidas do McDonalds que convidam a uma vida saudável ou..."
    A ira caracteriza o nipônico vomitando a comida por não ter adquirido algo de melhor qualidade, como os hambúgueres do McDonalds"

    Bom, de qualquer forma, imagino que após a aplicação da prova o autor dessas questões tenha aumentado consideravelmente seu salário com os cachês propagândicos!


  • Não vejo nível de concurso uma pergunta boba dessa.

  • Pelo amor...a banca quer um guru e não um concurseiro afiado em português....

  • Eu não enxerguei soberba na letra A, já que ser francês é qualidade, não necessariamente motivo de orgulho (rs...) . Entendi a letra E como uma ironia da banca (cara, eu sou muito fora do padrão mesmo, né? nem sabia que existia salada no mcD)

  • NA BOA....EU JÁ ME CONSIDERO EM UM NÍVEL AVANÇADO EM PORTUGUÊS MAS AS QUESTÕES DA FGV DE INTERPRETAÇÃO EU NUNCA MARQUEI NENHUMA COM CONFIANÇA. NUNCA NINGUÉM CONSEGUE ME FAZER ACREDITAR QUE EXISTEM APENAS UMA RESPOSTA CERTA. TEM A CERTA E A CERTA QUE A BANCA QUER

  • essa banca é tão sacana que ela prefere fazer esse joguinho sujo de interpretação a testar o conhecimento gramatical do candidato

  • Fiquei na dúvida entre a letra  D e a E, pois são as únicas que falam de qualidades. Mas a correta realmente é a letra E, pois esta frase consta no texto como pede o enunciado.

  • Tem botão de descurtir, pra quem reclama da banca? hahah

  • ideologia pura. percebam: as quatro primeiras marcas sao europeias. soh a ultima eh americana, apesar de todas tratarem de orgulho, inveja, luxuria, etc...palhacada. mas jandira fegalli vai de american airlines para nyc... sei...

  • Se eu tiver que relacionar McDonalds com comida saudável, estou "frito", vou errar tudo quanto que é questão.

  • A pegadinha está no termo "francês" na alternativa A. Por mais que a marca Peugeot seja francesa, não é essa a idéia passada. Quando se diz que algo "é mais francês", é como se dissesse que é um nível a mais, que é melhor que alguma outra coisa... Acredito que tenha sido essa a jogada da FGV, caracterizando uma situação de soberba.

    Nas demais alternativas estão expressas de maneira mais clara e direta.

    B) Soberba

    C) Luxúria

    D) inveja

    Restando apenas a letra E como resposta.

  • Não fui na letra E, por interpretar como IRONIA(efeito de sentido). Depois de observar, por questão de credibilidade e marketing em propaganda - a opção realmente é a unica que apela por qualidade no anúncio de propaganda!

  • TNC. Banca FDP. E eu que achei um dia que teria dificuldades na parte gramatical, mal sabia eu que faltava conhecer a FGV. Não é possível ir tão mal assim e estudar tanto.

  • Alternativa E.

     

    Nas questões da FGV devemos esquecer nosso conhecimento de mundo, e se ater às informações apresentadas no texto.

    Por conhecimento de mundo, sabemos que os alimentos do McDonalds não são saudáveis, mas  a propaganda na alternativa E apela para uma qualidade que contrapõe ao pecado da gula.

  • Acredito que muita gente acertou "sem querer"!!!

    Até onde eu sei, Gula não tem nada a ver com comida ser saudável ou não, ou com a qualidade da comida em si.

    Gula é pecado de comer MUITO. (É o desejo insasiável por comida, bebida etc)

    Você pode se entupir de salada...estará comendo saudável, mas mesmo assim estará cometendo gula.

    A resposta é a letra E, porque o anúncio não exalta comer em excesso, fala em mantar-se saudável.Comer não é pecado, comer MUITO sim!

  • gabarito E

     

    FGV gosta de usar paralelismo (semelhança entre palavras e expressões). A banca coloca 4 alternativas que aceitam paralelismo e 1 sobrando, que geralmente é o gabarito. Depois de muito errar, tô começando a pegar o jeito da banca.

     

    a) “Compre Peugeot! É mais francês!” >>  d) “Faça como seu vizinho esperto: tenha (implícito "compre") um Duster!”

    b) “Use Armani e olhe os outros de cima para baixo!” >> c) “Seja sexy! Use cuecas Dim!”

     

     

    Sobrou a Letra E, que não faz relação alguma com as outras alternativas e está muito bem explicado pelos colegas.

     e) “Mantenha-se saudável: coma no McDonalds!”

  • sacanagem relacionar mc donald com comida saudável! pegadinha do malandro!

  • Definição perfeita de Paradoxo.

  • Porque é que na letra "A" o termo "mais francês" não daria ideia de qualidade(supondo que a marca tivesse qualidade CONSOLIDADA)? Tipo, os perfumes franceses sabemos que são os melhores. aFGV(Afundação Getúlio de Vagas)

  • MENTIRA NÃO É PECADO CAPITAL HAHAHAHAH "Mantenha-se saudável: coma no MD" 

  • Essa é mais uma prova que a FGV não entende de nada e ainda se acham "entendedores" dos 7 pecados kkkkkkkkkk

  • UE! a alternativa 'correta', remete à gula (um dos sete pecados capitais), logo, ao meu ver - questão sem gabarito. 

  • Puts .Tinham que pegar Frei Beto.

  • “Mantenha-se saudável: coma no McDonalds!” -  Não se refere a comer em demasia (gula) mas ao fato de o McDonalds ter uma qualidade, manter a pessoa saudável. (sqn)

  • A questão é fácil, independente do mc tem comida saudável ou não, o que se pediu não foi paradoxo, e sim algo que não tenha a ver com pecado capital, comer saudável não é pecado capital, se a comida do mac presta ou não, aí já é assunto pra outrora.

  • Eu entendo que qualidade pode ser algo negativo. A comida do macdonalds é de má qualidade. Mas a alternativa A também usa da qualidade, mas com sentido positivo, afinal o que é Frances é requintado, é bom. Então creio que há duas alternativas viáveis.

     

  • Não falo nada. Só observo e marco. Desisto de brigar com essa banca. 

  • Essa FGV não á para acreditar. A assertiva A é a única que não remete aos pecados capitas descritos no texto, vêja-se:

    ...soberba, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria...

    Onde a frase "compre um Pegeout" está relacionado com os pecados capitais acima?

    Já as demais assertivas todas estão relacionadas com os pecados capitais descritos.

    Não consigo entender essa banca!!!!

  • Gab. : E apesar de eu discordar, porque meu modo de ver, é o pecado da gula....... menos errada deveria ser a letra A, mas fazer o que........não sou nerdi tipo fgv, então errei mais uma !!!!!

  • Concordo com o gaba, Essa foi pesada, saudável comendo MC ??? rsrs

  • Eu entendo que a alternativa (A) diga respeito à soberba, pois parece querer dizer que ser francês é "mais chique" do que ser brasileiro, por exemplo.

  • I wanna cry... não acerto uma

  • A alternativa "A" está errada, pois remete a soberba: orgulho de ser Francês.

  • A pegadinha da E (gabarito) é a gente confundir que comer mal ou bem é o mesmo que comer muito (pecado capital gula), o q não é, sendo portanto o gabarito!

    Tô quase lá rsrsrs

  • genteeeeeeee... questões de Interpretação dessa banca me frustram demais!

    #chorandooooooooooo

  • A - “Compre Peugeot! É mais francês!” - Soberba

    B - “Use Armani e olhe os outros de cima para baixo!” - Soberba

    C - “Seja sexy! Use cuecas Dim!” - Luxúria

    D - “Faça como seu vizinho esperto: tenha um Duster!” - Inveja

    E - “Mantenha-se saudável: coma no McDonalds!” - Não é o pecado da gula.

    Gula é o desejo insaciável, além do necessário.

    Todo mundo precisa comer. Se vc vai comer bem ou mal, é outra história. Mas o simples fato de comer um lanche ou uma refeição saudável não é gula.


ID
1760779
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 – Mandamentos do consumismo II
Adorar o mercado sobre todas as coisas. Tudo se vende ou se troca: objetos, cargos públicos, influências, ideias, etc. Em economias arcaicas, ainda presentes em regiões da América Latina, a partilha dos bens materiais e simbólicos assegurava a sobrevivência humana. Agora, ao valor do uso se sobrepõe o valor de troca. É preferível deixar apodrecer alimentos cujos preços exigidos pelos produtores deixam de oferecer a mesma margem de lucro. Segundo o mercado, tombam os seres humanos, mas seguram-se os preços.

Um segmento do texto 2 aponta traços de intertextualidade com o discurso:

Alternativas
Comentários
  • não entendi o lance de INTERTEXTUALIDADE. se alguém puder explicar.


    marquei RELIGIOSO por causa da frase "adorar o mercado sobre todas as coisas". pois é uma expressão religiosa.

  • A marca de intertextualidade é expressa no trecho: "Adorar o mercado sobre todas as coisas", uma referência à Bíblia Sagrada, mas especificamente ao 1º madamento de Moisés: "Amar a Deus sobre todas as coisas."

  • A intertextualidade ocorre quando um texto está inserido em outro texto, podendo acontecer de maneira implícita (sem citação expressa da fonte) ou explícita (quando há citação da fonte do intertexto)

    Intertextualidade: o sufixo inter, de origem latina, refere-se a uma noção de relação, dependência. Dessa forma, podemos dizer que a intertextualidade acontece quando os textos conversam entre si, estabelecendo assim uma relação dialógica, representada em citações, paródias ou paráfrases. Sua importância é inquestionável para a leitura e a produção de sentidos, pois realça o estudo da coerência através do conhecimento declarativo ou através do conhecimento construído a partir de nossas vivências.

    “AMAR AO MERCADO SOBRE TODAS AS COISAS” – Texto com referências implícitas de cunho RELIGIOSO, portanto Gabarito: C

    http://portugues.uol.com.br/redacao/intertextualidade.html

  • Deus é mais.. O texto aborda questões econômicas, politicas.. aí vem o gab C com religião.. banca dos %$#

  • Juliana, mas a questão não pede somente o texto II ?

  • O próprio titulo do texto já mostra traços de religiosidade: ``Mandamentos do consumo´´ aludindo aos mandamentos cristões!

  • Por vezes, em questões da banca FGV, esqueço que o título também entra no mérito. 
  • Titulo: "Mandamentos do consumismo II"

    Frase: "Adorar o mercado sobre todas as coisas".

  • "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento."
    Marcos 12:30


    Texto 2 – Mandamentos do consumismo II

    Adorar o mercado sobre todas as coisas


  • Mercado, bens materiais, economias, margem de lucro... Tudo isso é ECONÔMICO! O examinador vai abraçar o seu irmão, Lúcifer, porque não tem nada de religioso.

  • A pegadinha estava justamente aí, intertextualidade. Relação entre dois textos.No caso , o autor usou um texto bíblico e o substituiu para um consumismo. tbm errei e fui ver o que era intertextualidade..... espero não errar mais.

  • Alternativa C.

    Quando trata-se de textos diversos, devemos olhar com atenção para o título, pois nele encontramos muitas respostas propostas pela banca. Quando a questão fala de charge por exemplo, devemos analisar o todo: a linguagem verbal e não verbal, inclusive o título.

    A colega Lú Amorim disse o seguinte: "Deus é mais.. O texto aborda questões econômicas, politicas.. aí vem o gab C com religião.. banca dos %$#". De fato, a intertextualidade aponta para vários traços, mas notem também a parte em que o autor mais enfatizou:

    1º - O título: Mandamentos do consumismo (Bíblia Sagrada).

    2º - O primeiro período do texto: Adorar o mercado sobre todas as coisas (Bíblia Sagrada).

  • o foda é tu errar... e depois voltar ao enunciado da questao e perceber que se tu tivesse lido direitinho e tivesse entendido mais calmamente teria acertadoo

     

     

    kkk

     

    galera, o bizu dessa questao ta aqui:

     

    Texto 2 – Mandamentos do consumismo II

    Adorar o mercado sobre todas as coisas. --> adorai a Deus sobre todas as coisas

     

     

     

    intertextualidade

     

     

    ja fiz um bocado de questao da FGV esses ultimos dias e tenho percebido que ela gosta de usar essa tal de INTERTEXTUALIDADE nos seus textos

     

    com essa questao, ja foram 3 vezes

     

    nao desisto

  • quem nunca leu a biblia errou a questao.

    errei a questao.

  • Intertextualidade- " entende-se pela criação de um texto a parti de outro pré-existente"

    Logo, 

    Amar a Deus sobre todas as coisas. - É o primeiro mandamento!

    Adorar o mercado sobre todas as coisas.- É o mandamento do consumista II !

     

  • LETRA C: RELIGIOSO.

    Intertextualidade: Inferência a outro texto, dizer, conceitos, plágios, epígrafes. Aqui na questão explora um dos dez mandamentos nas tábuas da Lei na História de Moisés.

    Adorar o mercado sobre todas as coisas = APONTAMENTO À "Amar a Deus sobre todas as coisas." conforme a Bíblia Sagrada.

    Conhecimento de mundo e muita leitura nos ajuda muito meus amigos.

    Foco, força e fé! =)

  • O texto já começa falando: "Adorar ao mercado sobre todas as coisas". Está clara a referência religiosa "amar a Deus sobre todas as coisas". E esse texto II também se chama: Mandamentos do consumismo II, fazendo referência aos dez mandamentos bíblicos e também à síntese desses mandamentos, em apenas dois: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Tanto o texto I como o II (mandamentos do consumismo I e II) foram escritos por um Frei, que fez questão de comparar o consumismo e o estilo de vida capitalista com uma religião, no primeiro texto ele até disse que seria uma religião "às avessas", pois promove os sete pecados capitais, ao invés de combatê-los. A intertextualidade exige conhecimento prévio a respeito de vários assuntos, e este conhecimento faz muita falta quando não está presente na hora de interpretar um texto e reconhecer traços de intertextualidade no mesmo.

  • Intertextualidade é parecido com o que acontece na internet: a gente pesquisa uma página e nela encontra um link sobre algo relacionado, aí a gente clica no link e aparece outra janela, que também tem um link, que dá pra outra e assim em diante...também quando vemos um vídeo no youtube aparecem vários vídeos relacionados, até os anúncios que aparecem na página estão relacionados com nossas buscas e nossos interesses. Tudo faz um link com outra coisa. O texto II faz um link com o I e ambos, com a religião.

  • Bastou ler " MANDAMENTOS" já procurei religioso e marquei

  • Olha o título

  • Sou ateu e acertei só por causa do título!!!

  • Leonel Silva - Ateu Toddynho, quem quer saber se vc é ateu ou não?
  • Eu errei essa, mas revendo a questão..."Adorar o mercado sobre todas as coisas(...)"

  • Mais uma questão em que a resposta está no título..

  • Só pelo título, mata a questão.

    Título: "Mandamentos do consumismo II"

    Logo, letra C (discurso religioso).

    P.S. Mais uma vez a FGV destacando o título.

  • acertei, mas sinceramente? poderia ser qualquer alternativa, deveria ter algo mais especificante no enunciado, fgv te odeio

  • Não posso reclamar. Tava na cara!!

    Errei pq não sabia o real significado de intertextualidade.

    Intertextualidade:  Nome dado à relação que é feita quando em um texto é citado outro texto que já existe.

  • A questão so fica fácil depois q já sabe o gabarito!

    "tombam os seres humanos, mas seguram-se os preços" - supus q houvesse uma intertextualidade com algum texto politico aqui!

  • Na minha humilde opinião a resposta está no titulo : Mandamentos do consumismo II

    Exemplos religiosos :

    Mandamentos de Deus

    Mandamentos da igreja

    Os dez mandamentos da bíblia


ID
1765747
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 – Cercados de objetos por todos os lados

      Nunca possuímos tantas coisas como hoje, mesmo que as utilizemos cada vez menos. As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas de objetos. Temos uma tela de plasma em cada aposento, substituindo televisores de raios catódicos que há apenas cinco anos eram de última geração. Temos armários cheios de lençóis; acabamos de descobrir um interesse obsessivo pelo “número de fios”. Temos guarda-roupas com pilhas de sapatos. Temos prateleiras de CDs e salas cheias de jogos eletrônicos e computadores. Temos jardins equipados com carrinhos de mão, tesouras, podões e cortadores de grama. Temos máquinas de remo em que nunca nos exercitamos, mesa de jantar em que não comemos e fornos triplos em que não cozinhamos. São os nossos brinquedos: consolos às pressões incessantes por conseguir o dinheiro para comprá-los, e que, em nossa busca deles nos infantilizam. [...]

      Exatamente como quando as marcas de moda põem seus nomes em roupas infantis, uma cozinha nova de aço inoxidável nos concede o álibi do altruísmo quando a compramos. Sentimo-nos seguros acreditando não se tratar de caprichos, mas de investimento na família. E nossos filhos possuem brinquedos de verdade: caixas e caixas de brinquedos que eles deixam de lado em questão de dias. E, com infâncias cada vez mais curtas, a natureza desses brinquedos também mudou. O Mc Donald’s se tornou o maior distribuidor mundial de brinquedos, quase todos usados, para fazer merchandising de marcas ligadas a filmes. [...]

      Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo e ao mesmo tempo enojado e com vergonha de mim mesmo diante do volume do que nós todos consumimos e da atração superficial, mas forte, que a fábrica do querer exerce sobre nós.

                            (Sudjic, Deyan. A linguagem das coisas, Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010.) 

O título dado ao texto 1 – Cercados de objetos por todos os lados – mostra:

Alternativas
Comentários
  • O gaba oficial foi a letra "A", o que não faz o menor sentido, o título não reproduz uma definição clássica dos livros didáticos. 

    Minha resposta no dia da prova foi letra D.

  • Alguém sabe que definição clássica dos livros didáticos é essa?

  • Também estou na dúvida do que seria essa definição clássica dos livros didáticos. Na verdade, nunca vi isso em prova

  • Uma expressão que é relativamente conhecida é quando relacionamos uma ilha como "cercada de água por todos os lados", normalmente utilizada em livros didáticos. Essa citação acaba sendo aplicada em outros contextos. Ex: "cercado de presente por todos os lados", "cercado de amigos por todos os lados", etc...   

    Eu acredito que apenas pelo título não se pode concluir que o homem seja vítima de consumismo exagerado. Tal informação só poderia ser depreendida após a leitura do texto.   
     Não gosto desse tipo de questão, mas é preciso pensar como a banca pensa.
     
     
  • A FGV gosta de trabalhar com intertextualidade. É preciso ficar atento.

  • Não consigo de forma alguma concordar com este gabarito! Alguém aí tem uma explicação convincente?

  • Errei a questão porque minha mente não conseguiu ir tão longe. O título faz referência à definição de ilha: "porção de terra cercada de água por todos os lados", contida em livros didáticos (normalmente de geografia!).

    O ser humano é a porção de terra cercada de bens (água) por todos os lados.

    Haja paciência pra esse tipo de questão da FGV.

  • ok, uma boa explicação da Rafaella Viegas. Agora gostaria de saber da FGV se o autor se referiu a isso? 

  • Pra mim questão sem nexo,apesar da boa explicação da Raphaella.

  • Bizarra essa comparação com a Ilha cercada por água. 

  • FGV a banca mais "banqueira" que existe, oh my God!

  • Eu, hein...

  • E eu achava os examinadores do Cespe xaropes hahahahaha, já tô com saudades ¬
  • A banca quis dificultar e acabou criando uma questão sem nenhum tipo de nexo. ohhhh!!!!! vida ralada de concursando. 

  • Éguaaa! Não concordo com esse gabarito, que questão maluca!!!!

  • tô passada.......

  • Que bruxaria eh essa ????

  • O problema é que a questão se refere apenas ao título, e não ao texto completo.

  • rapaz...essa tava estragada!


  • INTERTEXTUALIDADE

    INSERÇÃO de um texto num outro, acontecendo implicita ou explicitamente e é comum nas citações

    Nos compara a uma ilha cuja definição é bastante comum e conhecida.

    Para perceber a sutileza da intertextualidade exige-se um bom conhecimento da língua portuguesa.

    Tb. errei. Questãozinha sofisticada, para leitores frequentes de livros. Separa os homens dos meninos.



  • eu mais me aborreço tentando resolver essas questões que qualquer outra coisa! como eu posso saber a resposta baseada apelas naquele título???? plmds!

  • Rapahella...segundo seu racícinio eu teria que buscar a resposta lá bem no fundo da minha alma. kkkk. aliás...acho que vc tá no caminho certo. pq só assim para tentar entender o que a FGV pensa.

  • ÉGUAAAAA indignada com essa questão. 

  • Alguém poderia me dizer porque não pode ser configurado como Hipérbole?

  • B ou D??? Pus B e ainda assim me lasquei.... O homem não é vítima. É autor de suas ações primeiramente e depois apercebe-se como vítima de suas próprias atitudes pautadas no consumismo desenfreado e irracional (sim, qtas vezes compramos algo e horas depois nos arrependemos??? e vamos acumulando cada vez mais coisas que não precisamos...)

  • estou pasma com esse gabarito, ta parecendo que não sei interpretar merda nenhuma, 

  • Quem faz uso da "erva" pode se dar bem com este tipo de questão. Sem mais.

  • que maconheiro elaborou essa questao ?

  • Que isso gente? Saquei qual é a expressão graças a um comentário anterior... mas quem diabos vai se lembrar da porra da porção de terra cercada de água por todos os lados nessa questão ainda mais tendo essa alternativa D??? Dá licença... 

  • Inacreditável. Dá frio na barriga saber que tenho que enfrentá-la. Loucura total.

  • Que questãozinha... ixi!!

  • eu acertei, hahaha!

  • É lógico que a D, não estava completamente certa, pois realmente o homem não é vítima do consumismo, porém, por falta de opção marquei ela e errei. Essa letra A, pra mim, continua sem fazer o menor sentido!

  • Estou iniciando meus estudos, não sou muito bom em português, dai dou de cara logo com uma questão dessa...rsrs. Complicado

  • Questão lixo!! Se for esse o gabarito definitivo, a FGV lança o novo modo de questão: identifique a resposta certa e marque qualquer outra, esta não está certa. Oi? o.O

  • Caramba, essa alusão à ilhas que são cercadas por águas e livros didáticos de geografia foi maior viagem, mas é um bom argumento. Interessante ponto abordado pela Raphaella.
    Fui SECO na letra D mas enfim... rs

    E tem gente que fala mal da CESPE... 
  • Depois que errei essa questão marcando a letra D, mesmo intrigada com a afirmação do homem sendo vítima do consumo fui procurar uma conexão entre a resposta e o texto, vasculhando tuuudo.

    A questão da intertextualidade faz referência a um parágrafo do texto: 

    "...substituindo televisores de raios catódicos que há apenas cinco anos eram de última geração." Fazendo uma conexão do texto com outro pré-existente.

    GABARITO: LETRA A


  • gente eu estou perpeplexo,atônito com os tipos de questão de português dessa banca. é a primeira vez que estudo o portugês da fgv e estou profumante desanimado, pois o meu forte nos concursos sempre foi o português, porém, analisando essa questões eu passo é longe de uma aprovação....nunca mais fazo concurso sendo a fgv...tem ser ninja! kkkkk.... 

  • oh my goodness....


  • Uma questão como essa exige, além de estudo, muita vida de oração e vida com Deus.
    A percepção da intertextualidade (gabarito - alternativa A) está ligada às referências pessoais de cada um. Até aceito o gabarito, mas considero muito difícil.

  • Tal definição está presente tanto em livros didáticos quanto em dicionários, não sendo justificativa plausível pra ser o gabarito. Vaga é pouco pra descrever essa alternativa A

  • Com todo respeito, prof. Arenildo, mas não é tão óbvia a resposta, não rsrs Tudo bem que daria para acertar a questão por eliminação mas...

    Apenas ficou óbvio depois de assistir o comentário do prof. Mesmo assim, pedir para o cerebro associar um texto sobre consumismo exacerbado com a definição clássica de ilhas é forçar um pouco né?

    De qualquer modo, vamos resolver mais questões!

  • caramba, que pergunta safada

  • FGV sendo ela mesma ¬¬

  • Essa Banca é do mal...que que isso cumpadi Uoxinton...

  • fgv fazendo efegevices

  • KKKKK essa Banca é uma brincante!!!!


  • Para mim e para toda a sociedade brasileira de mente sã, aa alternativa q se sproxima da correta eh a letra d. Mas como a fgv desafia nossa sanidade mental, considerou correta a letra a. Acho q os fgvences usam drogas pesadas qd criam questoes. Pq so maconha nao da conta nao. Afff chega ser desleal! A pessoa estuda, estuda depois vem uma questao endiabrada e amalucada como essa pra derrubar o ser humano. Deus eh mais. Ta amarrado em nome de Maria.

  • Brincadeira, parece que não tem como responder nenhuma dessas questões da FGV usando a racionalidade. De agora em diante, vou no mais absurdo possível

  • Quer acertar as questões da FGV?

    Faça pacto com muitas entidades!


  • fiz algumas questões da fgv e maiorias das questões todas confusas , sem argumentos precisos do pq daquela resposta está certa , portanto questão da fgv , nem vou perder tempo de fazer mais ...  são mal elaboradas.

  • Nem usando drogas!


  • Adoro o Arenildo, de coração, respeito muito o conhecimento dele, mas dizer que era obvio é pesado hein. Uma questão com quase 60 comentários dos alunos, a maioria dizendo que "é efegevice", "só sob efeito de alucinógenos", "zoeira da fgv" etc, passa longe do óbvio. 

  • Nem o autor do texto pensou isso!

  • Nunca vi tanta viagem em uma única questão. Absurdamente mal formulada.

  • Com a intertextualidade há influência de um texto sobre o outro que o utiliza como modelo ou ponto de partida. O título "Cercados de objetos por todos os lados" remete à definição de "ilha" encontrada nos livros didáticos: uma porção de terra cercada de água por todos os lados.

  • Professor Arenildo, obrigada pela sua valorosa contribuição.

  • Se é óbvio para o professor ele tem que tentar fazer ser óbvio também para nós alunos... Fora que existem alunos aqui como eu que escolheram outras alternativas que o professor sequer teve a delicadeza de também comentar... Duvido que em suas aulas presenciais ele explique apenas as alternativas certas sem comentar as demais, pois se assim fizer os alunos irão reclamar... Me parece que o professor não tem tanta vontade de fazer vídeos para nós do QC. 

  • o pior é ver o comentário do prof. dizendo que é óbvio a letra "a"!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ele deve conhecer quem fez essa questão. Se não fossem os comentários nem saberia a relação com ilha :x

  • Me senti uma idiota quando o professor falou que a questão é óbvia! Ainda tem que aguentar isso..

  • Achei meio "forçação de barra" essa questão. Quando li o texto, nem me lembrei de ilha. Será que o autor pensou nisso quando escreveu ou foi só o examinador que teve essa "sacada genial"?

  • Por que o título “Cercados de objetos por todos os lados” não apresenta hipérbole? Por que n é item B?

  • Que questão retardada. O examinador só pode ter cheirado um pó! Que sacanagem. Está ficando mais fácil ir a Marte a passar em concurso público. Lastimável.... Desculpem o desabafo.

  • Questão horrível ! Explicação pior ainda !


  • Eu marquei a B. Não consegui enxergar a D, no qual a maioria das pessoas que errou, marcou, e muito menos a letra A. Por que não pode ser hipérbole? Alguém sabe explicar? A explicação do professor não foi nada boa. Apenas entendi o pq da A com o comentário da Rafaella.

  • A questão até estácorreta, mas é uma covardia colocá-la. Sabe por quê?

    Compreendamos:

    Quando a gente aprende sobre intertextualidade, associamos como "algo que serve de modelo ou ponto de partida"

    Com a intertextualidade há influência de um texto sobre o outro que o utiliza como modelo ou ponto de partida. O título "Cercados de objetos por todos os lados" remete à definição de "ilha" encontrada nos livros didáticos: uma porção de terra cercada de água por todos os lados.

    Um trecho de uma definição:


    "Por intertextualidade[1] entende-se a criação de um texto a partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, conotação, versão, plágio, tradução, pastiche e paródia".
    Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Intertextualidade


    Portanto, se eu digo: "Os dez mandamentos da língua portuguesa".

    Grande parte sabe de onde pré-existiu o termo "mandamento", que tem um sentido religioso.

    Agora dizer:

     a)

    a presença da intertextualidade, já que reproduz uma definição clássica dos livros didáticos; 

    É obrigar concursando e ter um conhecimento de mundo quase que ilimitado naquele momento, pois introduz uma ideia de que precisa saber o por menor dos por menores do que é pormenor do por menor.

    Diante disso,

    Po, vamos fazer prova para reprovar os concursando, dentro de seu limite...

    agora impossibilitar o ingresso é injustiça, colocando uma questão dessa é um exagero ilimitado!

  • Aqui vai uma opinião, se eu acertasse tudo em português porque é óbvio, mole mole, não haveria necessidade de estar aqui no QC. Mais humildade aí por favor, aprendizado é construção e não macarrão instantâneo................

    E tem hipérbole sim, ou "cercado de objetos por todos os lados" não é um exagero na afirmação do título?


  • O professor diz que a resposta é óbvia, mas apresentou uma justificativa porca, não tão óbvia. Péssimo!

  • QUESTÃO FORA DO SENSO COMUM!

    O PROFESSOR EXPLICOU MAS NÃO CONVENCE E É FÁCIL DE MARCAR O GABARITO CERTO APÓS O RESULTADO.SE ELE TIVESSE FEITO A PROVA,POSSIVELMENTE,TERIA IDO PARA O SENSO COMUM DA LETRA D.

  • Essa questão ta de brincadeira... Se fosse a letra A teria na mesma questão outro texto semelhante e pior é a explicação do professor com " Essa resposta obvia"... Para mim a correta é a letra B, pois quando resolvi essa questão bati o olho nele, pois se tratar de uma hipérbole é um exagero, mas exagero mesmo é uma questão como essa. 

  • Infelizmente a explicação do professor não me convenceu, pois momento nenhum o título se refere a livros ou coisa parecida! A letra D é a opção que melhor se encaixa com o título e que claramente conseguimos identificar sua presença no texto.

  • maconha.... maconha... maconha!!!

  • Questão imbecil! 

  • O pior é a explicação do professor dizendo que "obviamente" a resposta é a letra a, e ainda dá uma explicação rasa tentando justificar a resposta da banca afirmando que é a definição de ilha em livros didáticos. Questão que foge totalmente da língua portuguesa e exige outros conhecimentos.

  • Questão obscura ou sutilmente sagaz? 

  • Se fosse assim:
    "As pessoas são uma porção de desejos cercadas por objetos por todos os lados".
    Aí tudo bem, faria mais sentido a associação intertextual.
    Mas do jeito que está, quase impossível. Obviedade só olhando o gabarito.
    Além do mais, o que impede do item D está correto? Afinal, é exatamente o que se pode concluir ao se ler o texto.
    Em relação à hipérbole, eu acho que não pode ser, porque o cercado de objetos por todos os lados é até literal. De fato, em nossa casa, em cima, em baixo, à direita, à esquerda, há objetos. Não há um EXAGERO propriamente dito.

  • Não achei nada "óbvia" a resposta como disse o Prof. Arenildo. Não tem nada no texto que justifique essa resposta. O Prof. nem se deu ao trabalho de comentar as outras opções e explicar porque estavam erradas e ainda desestimulou quem errou ou entrou com recurso contra essa questão absurda. Pode ser fácil pra ele que trabalha com concursos há anos e sabe o que as bancas pensam, mas pra quem estudou e tentou entender e responder a questão, ela foi absurda, questão feita pra ninguém gabaritar a prova. 

    PS: Estou vendo que várias pessoas não gostaram da explicação do Prof. recomendo fazerem o mesmo que eu fiz: abaixo do vídeo tem dois botões, 'gostei'e 'não gostei', cliquem em 'não gostei' e digam ao QC porque não gostaram do vídeo.

  • Engraçado a FGV tentando se passar por fodona fazendo essas questões ridículas, uma piada.

  • A explicação não faz sentido, duvido que ele acertaria se não soubesse previamente a resposta.

  • Acredito que a questão para um concurseiro e não um especialista em Portugues" deva ser resolvida por eliminação, devido ao fato de o concurseiro na hora da prova, com todo o nervosisimo, não relacionar que o titulo tem textualidade com ILHA... nossa não vai nem entender a questão... E muito menos aceitar a correção... A pergunta é: O que que o titulo mostra e não o que o texto mostra....

    B) Não pode ser pois o TITULO (que a chave da pergunta) não aponta exagero... mas o texto sim... (mas o texto não esta na pergunta) então para ser um bom concurseiro deve-se avaliar a pergunta antes de confundir o titulo com o texto... pois o texto sim remete ao exagero do consumo e inutilidade do mesmo... mas a pergunta é sobre o titulo... ERRADA.

    c) O titulo não tem verbo mas não é sensacionalista...ERRADA.

    d) O titulo não critica apenas relata e não fala sobre o homem (qual é o sujeito da frase? Alguém ou alguma coisa está cercada de objetos por todos os lados) ERRADA. (Nessa o concurseiro mistura tudo).

    e) Totalmente sem nexo. ERRADA.

    Na visão do prof. ele entende que a pergunta é facil pois ela aborda o titulo e não o texto (muitos misturam isso e analisam a pergunta englobando o texto... E a banca quer pegar são esses - A banca busca eliminar o desatento)... E o titulo deve ser analisado:  Alguém ou alguma coisa está cercada de objetos por todos os lados... Alguém pode ser o homem ou Alguma coisa pode ser uma Ilha (por exemplo).

    Quem sabe por ai da certo...

  • O processo intertextual pode ser entre ideias, autor, obra , personagem. Logo existem varios tipos. Às vezes o cara precisa conhecer um texto e perceber q está ligado a ele. Esse tipo de questão é froids. Eu acertei por eliminação e só acertei pq não li o texto. Se não teria pegado o baú junto com a galera na D.
  • Ridícula essa questão.  

     

  • Provavelmente a questão mais sem noção que eu já vi aqui. Questões como essa não valorizam quem estuda, mas sim quem chuta.

  • Muito péssimo.

  • O professor já tem uma certa "preguiça" de explicar as questões erradas, agora, dizer que essa barbaridade de questão é óbvia, já é demais pra minha cabeça. hahaha

    Não gostei da justificativa dele e não me ajudou em nada, as vezes tiro dúvidas melhores nos comentários do que deste professor.

  • A minha interpretaçao quando li, foi fazendo referencia a ilha, no conteudo geografico. Que diz que é uma porçao de terra, cercado por agua de todos os lados. Entao marquei intertextualidade, mas nao sei se é esse o raciocinio. 

  • Eu achei que era só eu, mas pelso comentários tem mais gente que não gosta das explicações do Arenildo... Ele finge que explica, mas não explica muita coisa, só rele a questão...

  • Gabarito A

     

    4 alternativas com termos ou expressões similares.

     b) um exemplo de hipérbole, figura marcada pelo exagero; >>>  d) uma frase de conteúdo crítico, pois coloca o homem como vítima de um consumismo exagerado;

     c) uma estrutura sem verbo, reproduzindo as manchetes sensacionalistas dos jornais;  >>>  e) o interesse do autor em adotar um discurso religioso, transcrevendo trecho da Bíblia.

     

    1 alternativa que não possui relação com as outras alternativas. Gabarito.

     a) a presença da intertextualidade, já que reproduz uma definição clássica dos livros didáticos; 

  • Como disseram a baixo, questão assim não avalia quem estuda e sim quem chuta ! NÃO TEM COMO NÃO SER A ALTERNATIVA B !

  • Pensei que era letra "B"   -''

  • Tem que ser maluco da cracolândia pra acertar uma dessas. Se eu tivesse bebido um corote eu acertaria.

  • nossa....pra fazer a prova tem q fumar "um"... pra viajar e imaginar as coisas, muito subjetivo! Até porque ele fala que está cercado e por todos os lados, semanticamente isso é exagero!

  • Kkkkk! Os dois últimos comentários abaixo foram os melhores! Valeu pela dica!

  • Sabe aquela alternativa que você diz: Pode ser QUALQUER UMA MENOS ELA, então... 


    E dizem que o vilão é o Cespe.

  • "O autor traça um paralelo com a definição de “ilha” – extensão de terra firme cercada de água em toda a sua periferia. Sendo assim, trata-se de uma intertextualidade – criação de um texto a partir de outro pré-existente -, dado que o autor utiliza a definição (já existente) de ilha para criar o título de seu texto." 

    http://www.marcelorosenthal.com/417698906?pagenum=25 

  • Uma questão de português da FGV com 100 cometários, pensei: Meus Deus, o que me espera!??!

  • A banca quer saber é do título e não do texto.

    Abraços!

  • Mesmo com a explicação do Professor Arenildo Santos, continuo revoltado! Não me convenceu! kkk 

  • Eu concordo com a defeinição de ilha como os colegas comentaram, mas considerar a alternativa D como errada é uma sacanagem sem tamanho. Na minha opinião a questão deveria ser anulada.

  • Que definição clássica dos livros didáticos???

  • Explicação do Professor Décio Terror do Estratégia. (Min 44)

    https://www.youtube.com/watch?v=6lFopVUhNJA

     

    Mas não me convence isso. Agora a gente tem que saber as definições que alguém deu de algum outro termo pra adivinhar que isso ia se relacionar com o titulo. 

  • Cercada dessas questões malucas por todos os lados. Quando eu fico na dúvida entre duas assertivas no português da FGV eu posso marcar a que eu acho menos correta pois este vai ser o gabarito.

  • Apenas passando para expressar minha frustração junto aos colegas. Falar que o gabarito é esse por conta de fazer uma comparação a uma ilha é demais. Questão sem noção demais! Justificar o gabarito já sabendo a resposta é muito fácil. O difícil é fazer a prova na hora e fazer essa conexão. FGV sendo FGV 

  • Quando vejo uma questão com mais de 100 comentários nem perco meu tempo resolvendo, porque pela indignação do povo não deve ser de fácil interpretação...

    Então não se fruste, vá aos comentários, escolha os melhores, e siga em frente... 

  • Sinceramente, a FGV devia ter o mínimo de coerência em suas provas. A gente nunca sabe o que ela vai cobrar. A cada prova vem um estilo de questão diferente. Fica difícil estudar para uma banca assim. Esse tipo de questão é inaceitável. 

  • minha linha de raciocínio:

    B) eliminada ("..cercado por todos os lados - normal, nada demais e sem exageros hiperbólicos" TA MAIS P PLEONASMO ISSO AE..cercado POR TODOS OS LADOS - reforço de idéias, se já está cercado, logicamente é por todos os lados)

    C) eliminada - Sem verbo ??? Cercar é o que? ta kagadu eçi verbu??

    D) eliminada - "Cercados de objetos por todos os lados" Apenas com esse trecho n da p afirmar que é uma frase de conteúdo crítico e que coloca o homem como vítima de um consumismo exagerado.

    E) eliminada - quem marcou essa tem uma passagem só de ida p inferno kkkkkkkkkkkkkkkkk

    A) Fiquei em dúvida nessa, e como foi a única que restou.....  :)

    ================================================================================

    Vejam outra linha de raciocínio do professor Décio Terror:

    https://www.youtube.com/watch?v=6lFopVUhNJA

    Aos 44:40 minutos

     

     

     

  • "por todos os lados" não seria hipérbole?

  • Essa questão é o cúmulo da loucura de uma banca q acha q é a dona da verdade. Pronto, faleeeeei :( 

  • A princípio marquei a letra B. Mas após a resolução da questão pelo prof Décio Terror, compreendi que não há exagero figurativo na frase, pois o consumismo avançado de fato faz com que estejamos cercados de objetos por todos os lados. Quanto ao gabarito, letra A:

     

    Primeiro, entendendo o que seria a Intertextualidade: influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado.

    Agora, analisando a frase "Cercados de objetos por todos os lados", há influência de outro texto nela?

    Sim, a definição de "ILHA" - Porção de terra cercada de água por todos os lados

     

    Outras frases utilizadas influenciadas pela mesma definição: 

    - Um escritor de verdade é cercado de livros por todos lados (Ferreira Gullar)

    - Hussein: Um trono cercado de inimigo por todos os lados (Paulo Mendonça)

     

     

     

  • Questão extremamente difícil, tem que advinhar que o livro tal está falando de uma tal ilha cercada de morros e que o título faz intertextualização a essa ilha, cercado de objeto. São milhares de livros didáticos existentes na literatura e trilhões de trechos, por mais que alguém leia muitos, não conseguirá saber intertextualizar dependendo do teor da banca, por isso acho injusto cobrar esse tipo de questão.  Poxa, a letra D na minha concepção está certa, pois de fato o homem é vítima do consumismo ao longo do texto e o objeto citado no título faz alusão aos aparelhos que vão surgindo tornando-o vitíma do consumismo. Agora, a ilha foi foda! Mais fácil acertar as bolas da mega-sena. Eu tenho uma coisa comigo, as provas que cobram intertextualidade, as fazem para eliminar candidatos, então entenda o que é INTERTEXTUALIDADE, e marque a opção que aparecer caso, pelo exclusão das outras, não consiga ter certeza das outras. Pode marcar sem medo a questão que aparecer a palavra INTERTEXTUALIZAR.

  • Honestamente, esse tipo de questão não faz sentido numa prova que, presume-se, objetiva avaliar, dentre outras coisas, a interpretação textual do candidato. A banca se empenha em criar uma forma distinta de cobrar o assunto, mas pra isso extrapola o objetivo fundamental da questão que é o de, efetivamente, comprovar que o sujeito é capaz de realizar a leitura e compreendê-la. Em vez disso, obriga-o a realizar um raciocínio extremamente específico, criando um labirinto interpretativo e comparando-o com outras alternativas consideradas incorretas que parecem fazer sentido (e muitas vezes fazem). Ou seja, o objetivo da banca não é testar o conteúdo ou a capacidade de interpretação do aluno, e sim se ele é suficientemente "safo" pra entender a pegadinha. 

     

    Especificamente nessa questão, o sentimento é de desânimo ao constatar que, após horas e horas de estudo, a banca nos oferece um enigma em vez de uma questão honesta. Ou você decifra o que a banca quer, ou ela te devora. 

    O texto em si é interessante e permite a elaboração de milhares de questões, mas aí vem a banca e faz uma questão dessas. É no mínimo escroto.

    Eu tenho certeza que as pessoas que elaboram as questões de português da FGV frequentam esse site só pra ficar rindo dos concurseiros otários que sofrem pra entender o raciocínio pervertido das suas questões.

  • "cercado de objetos por todos os lados" = entrar pra dentro, sair pra fora, cercado por todos = PLEONASMO

  • Molesta meu cérebro e me chama de FGV!!!!!!!

  • Estou me sentindo uma porta, Afffff

    Achei esta aua que explica.

    https://www.youtube.com/watch?v=6lFopVUhNJA&t=1829s

    45:49 / 1:58:44

    Boa sorte.

  • ÍNDICE DE ERRO DA QUESTÃO 75%, POUCAS VEZES VI NÚMEROS DE ERRO TÃO ALTOS COMO NAS QUESTÕES DE PORTUGUÊS DA FGV

  • Comparem as questões Q610478 (tema políticos desonestos) e Q846553 (tema restaurante sujo) e vejam que para a banca FGV cada hora a resposta é diferente. Desleadade.

    No caso dessa questão também as opções (a) e (b) são completamente ambíguas, poderia ser qualquer uma das duas que haveria justificativa. 

  • vocês viram o comentário do professor Arenildo sobre essa questão? Ou o examinador fumou machonha, ou estava bêbado quando elaborou isso.

  • que questão the monio!

  • OBVIO UMA OVA !!

    LETRA D) uma frase de conteúdo crítico, pois coloca o homem como vítima de um consumismo exagerado;

     

    Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo e ao mesmo tempo enojado e com vergonha de mim mesmo diante do volume do que nós todos consumimos e da atração superficial, mas forte, que a fábrica do querer exerce sobre nós

     

    A  intertextualidade gera influência de um texto/frase  sobre outro(a) que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado;

     

    PRA FRENTE E PRO ALTO !!

     

     

  • Tão ruim quanto a questão foi o ''comentario'' do tal professor areniuuudu

  • Cercado por todos os lados, dá a entender que ele não tem muitas chances de resistir ao consumo.

  • Comecei a ver a explicação do professor para entender e vi que tinha mais não gostei do que gostei, parei antes do primeiro minuto...

  • FGV ama questões com título, fiz um mapeamento e existem um total de 50 questões:

    Q587841

    Q878401

    Q870973

    Q628240

    Q633825

    Q74582

    Q574507

    Q623771

    Q110094

    Q691826

    Q603128

    Q110503

    Q837906

  • A explicação do iranildo nao colou

  • quando for fazer prova da FGV tem que tomar um doce pra viajar na

    psicodelia dessa galera da banca.

    é muita viagem, brother.

  • Gente, mas até q faz sentido... ilha: é uma porção de terra cercada por água de todos os lados.

    Típica descrição de livro didático.

  • Queria ver o Arenildo apostar a casa dele numa questão de interpretação de texto da FGV em que ele não tivesse acesso ao gabarito antes de escolher uma resposta.

  • quem fez essa questão foi o Arenildo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Esses 25% chutaram ou são foda mesmo ?
  • Questão impossível de acertar na prova... Segue o baile! Isso é passível de ação na justiça 

     

    Pior ainda é ver os doidos justificando o gabarito !!

    ACORDEM !! Essa questão extrapola o universo da lingua portuguesa. Se ela colocasse LETRA E vocês iriam justificar o gabarito com teses mirabolantes 

  • eliminei tres e figuei na duvida entre a A e a D.

    pensei que a D exagerou, mas como eu nao fazia ideia da A, figuei com a "d".

    Lição de hj: na duvida entre "um pouco errada" e " nao faço ideia", marque essa ultima. :)

  • Parabéns prof. Arenildo!

    Comentou todas as alternativas com grande maestria, na minha opinião.

  • Carlos Henrique: SENSACIONAL! A questão foi feita pelo Profº (Astromar Aristobulos) KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • Renan Gustavo Barbosa Queiroz: Sensacional! "Queria ver o Ari...apostar a casa dele."KKKKKKKKKKKKKKKKKK

    E provoco: Jogar ou comentar uma jogo jogado é fácil...Com vídeo tape e um VAR...Pior...

  • Desculpa minha "ingnorância" , mas não seria uma analogia isso?!

  • wilsonnnnn

  • Fgv me massacrado!

  • Prof. falando de ilha .... pqp tirar essa ilha do nada é complicado.

  • Na minha humilde opinião: marquei a letra B, cercado de objetos por todos os lados(hipérbole), eu nunca marcaria essa letra A.


ID
1774840
Banca
FUNCAB
Órgão
Faceli
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    A língua que somos, a língua que podemos ser

                                             (Eliane Brum)

      A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: “O livro é bom, mas não é suficientemente brasileiro". O que seria “suficientemente brasileiro"? 

      Anja (pronuncia-se “Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a demanda: “O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores americanos, nunca".

      Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma espécie de selo de autenticidade que seria dado pela “temática brasileira". Como se sabe, não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na Suécia. Ele disse: 

       — A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização, e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da “africanidade". Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.

[...]

       — O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.

[...] 

        Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam “suficientemente índios" para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

       Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.

[...] 

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>

A sequência que melhor resume a temática do texto é:

Alternativas

ID
1789693
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de João Pessoa - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Há algo de físico na leitura", identifica a cientista cognitiva Maryanne Wolf, da Tufts University, "talvez até mais do que gostaríamos de pensar enquanto avançamos na leitura digital, talvez co insuficiência de reflexão. Queria preservar o melhor possível das formas mais antigas, mas saber quando usar o novo".

Nesse segmento de uma reportagem sobre a leitura digital, há a presença do que é denominada "intertextualidade", na forma de 

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: E) uma simples citação, marcada pelo uso de aspas.

    Bons estudos!

  • Intertextualidade é a relação existente entre dois textos. Seja de forma implícita, seja de forma explícita. Isso significa que o texto criado se inspira em outro texto já existente, podendo ser no seu sentido e até mesmo em sua estrutura.

    Os textos "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias, e "Canto de Regresso á Pátria", de Oswaldo de Andrade, marcam a presença marcante da intertextualidade.

    Canção do exílio

    Minha terra tem palmeiras,

    Onde canta o Sabiá;

    As aves, que aqui gorjeiam,

    Não gorjeiam como lá.

    Canto de regresso à pátria

    Minha terra tem palmares 

    onde gorjeia o mar  

    Os passarinhos daqui  

    Não cantam como os de lá 

    Tipos de intertextualidade:

    1- Citação: transcrição da fala e é fundamental o uso das aspas. 

    2- Epígrafe: é uma frase ou texto de um outro autor que vai servir de introdução, normalmente é utilizada em textos acadêmicos (não é muito comum em concursos, mas vai que...)

    3- Paráfrase: reescrever um texto à partir de outro, reafirmando as ideias, mas se utilizando de palavras diferentes. Na paráfrase não pode existir cópia de texto! (É mais aquele lance: copia, mas não faz igual)

    4- Paródia: (não é a da música viu??) é a ideia é reescrever o texto fonte, ou seja, o texto inicial, mudando o seu tom. Essa transcrição pode acontecer por meio de uma ironia, de uma crítica, sátira.  

    5- Pastiche: vai partir do conceito inicial da paródia, mas não vai ter o mesmo tom de crítica ou ironia.

    6- Alusão ou referência: é a intertextualidade na forma indireta, porque faz referência ao pensamento do texto de origem, como a perspectiva segundo o autor, por exemplo. Não é tão cobrado (até porque se faz necessário o conhecimento de outros textos e não vai ter como adivinhar qual que vai cair né??), mas é importante saber o conceito.

    7- Tradução: é a transformação de uma língua para outra. É considerado intertextualidade porque as traduções precisam de interpretações específicas, não existe a literalidade e sim o que mais se aproxima do texto na língua materna.

    Espero que eu tenha te ajudado um pouquinho ;)


ID
1815535
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere os textos abaixo para responder à questão. 

O texto abaixo transcrito constitui a unidade 57 da obra 234: ministórias, do escritor curitibano Dalton Trevisan, publicada em 1997. 

– Os dois irmãos eram os piores inimigos. Bem me lembro no enterro da velhinha. Eles seguravam a alça do caixão – e não se olhavam. Pálidos, mas de fúria. Nem a cruz das almas comoveu os dois. Se odiavam tanto que a finadinha bulia sem parar entre as flores.

− Nunca me senti tão só, querida, como na tua companhia. 


O texto acima constitui a unidade 53 da mesma obra de Dalton Trevisan. Considere o conjunto formado por essa unidade e a de número 57. Levando em conta os estudos linguísticos, discursivos e pedagógicos contemporâneos, o professor pode, adequadamente,

Alternativas
Comentários
  • GAB E

     

    Considerar que a reunião dos dois textos como parte de uma coletânea de um mesmo gênero do discurso (ministórias, do escritor curitibano Dalton Trevisan) é uma evidência de que o produtor explora os limites do próprio gênero: na ministória 57, praticamente reduzindo o relato a uma sequência descritiva, e na 53, reduzindo-o a uma parte isolada de uma sequência dialogal. 

  • Cadê a 53???


ID
1821235
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder à questão.

                                                Caça aos racistas


      Alunos da Universidade Princeton querem tirar o nome de Woodrow Wilson de uma das mais importantes faculdades da instituição, a Woodrow Wilson School of Public and International Affairs. O motivo, é claro, é o racismo.

      Thomas Woodrow Wilson (1856‐1924) ocupou a Presidência dos EUA por dois mandatos (1913‐1921). Era membro do Partido Democrata, levou o Nobel da Paz em 1919 e foi reitor da própria universidade. Mas Wilson era inapelavelmente racista. Achava que negros não deveriam ser considerados cidadãos plenos e tinha simpatias pela Ku Klux Klan. Merece ter seu nome cassado?

      A resposta é, obviamente, “tanto faz". Um nome é só um nome e, para quem já morreu, homenagens não costumam mesmo fazer muita diferença. De resto, discussões sobre racismo são bem‐vindas. Receio, porém, que a demanda dos alunos caminhe perigosamente perto do anacronismo. Sim, Wilson era racista, mas não podemos esquecer que a época também o era. O 28º presidente dos EUA não está sozinho.

      “Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade." Essa frase, que soa particularmente odiosa a nossos ouvidos modernos, é de Abraham Lincoln, que, não obstante, continua sendo considerado um campeão dos direitos civis.

      O problema são os americanos; eles são atavicamente racistas, dirá o observador antiimperialista. Talvez não. “O negro é indolente e sonhador, e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida". Essa pérola é de Che Guevara. Alguns dizem que, depois, mudou de opinião. Quem não for prisioneiro de seu próprio tempo que atire a primeira pedra.


                                      (SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 13 de dezembro de 2015.)

Em relação às ideias e informações expressas nos parágrafos do texto, considere as seguintes afirmativas:

(     ) A intertextualidade pode ser observada como um dos recursos linguísticos utilizados pelo autor.   

(     ) Após breve enumeração, o autor apresenta características que se opõem às atribuições anteriores.  

(     ) O autor utiliza uma citação como recurso de sua argumentação para compor a maior parte do parágrafo.  

(     ) O autor do texto apresenta uma informação que pode ser considerada o fato motivador para a construção do texto.  

(     ) Um novo posicionamento é introduzido e apresentado mediante argumentos consistentes que se seguem no texto.  

A sequência, de acordo com a ordem do conteúdo dos parágrafos, está correta em:  


Alternativas
Comentários
  • Gabarito 

    a)

    5, 2, 4, 1, 3.

  • Sabendo que a quarta frase - (   ) O autor do texto apresenta uma informação que pode ser considerada o fato motivador para a construção do texto, se refere ao item 1 já se elimina as alternativas erradas, deixando apenas a letra A

  • Usa a questão a teu favor.

    Procura uma afirmação aplicável ao início do texto(primeiro parágrafo), e depois uma afirmação certeira que não gere dúvidas.

    Depois é só excluir alternativas. O elaborador das questões tem um número limitado de sequências para apresentar.

    Resposta A de Acerto

    Leiam o livro O PEQUENO PRÍNCIPE Antonie de Saint-Exupéry

  • Gabarito 

    a)

    5, 2, 4, 1, 3.

  • A de Acertei ! 

  • Somente precisou acertar um quesito, por isso a questão se tornou fácil. ex: "O autor utiliza uma citação como recurso de sua argumentação para compor a maior parte do parágrafo".  Essa citação segue:  E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade.”- Abraham Lincoln, 

  • Acertei, no 2 º parágrafo é utilizado  o autor apresenta características que se opõem às atribuições anteriores a respeito do Woodrow Wilson.

  • Só precisava achar a numeração do primeiro parágrafo pra encontrar a resposta.

  • Resposta: Letra A.

    Há intertextualidade especialmente no quarto e no quinto parágrafo, nos quais o autor apresenta citações atribuídas, respectivamente, a Abraham Lincoln e a Che Guevara.

    Verifica-se, no segundo parágrafo, enumeração dos cargos ocupados por Woodrow Wilson ao longo de sua vida, que, em seguida, são contrapostos a seu evidente racismo.

    Identifica-se longa citação, atribuída a Abraham Lincoln, no quarto parágrafo, com o objetivo de sustentar seu argumento.

    O primeiro parágrafo inicia com a apresentação de fator motivador de debate: a retirada do nome de Woodrow Wilson de uma das faculdades da Universidade de Princeton. Com base nessa ideia, o autor discorre sobre o racismo no mundo.

    No terceiro parágrafo, o autor apresenta seu posicionamento de indiferença à retirada do nome do ex-presidente americano e introduz nova ideia: criticar o racismo alheio sem considerar o contexto histórico-social é anacronismo.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

     

  • Faz parte do perfil dessa banca não dificultar com as alternativas: encontrou uma certa, vai nela!

  • a questão está dizendo que somente sera punido pela ética quem é servidor efetivo e concursado. isso é verdade?

    Onde a questão está levando a entender isso? Em momento algum ela restringiu. Tirou isso da sua cabeça, né?


ID
1841293
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

No início do parágrafo 4, o período “O problema não é exclusivamente tropical" constitui-se como uma síntese dos parágrafos

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra B.

    Por meio do período "O problema não é exclusivamente tropical", o autor antecipa as ideias apresentadas nos parágrafos 4 a 6, referentes ao analfabetismo funcional nos Estados Unidos.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Refere-se tanto ao "problema" apresentado na primeira parte, quanto ao fato de não ser exclusivo, apresentado na segunda parte. Achei a questão ambígua.

  • Gab B.

    “O problema não é exclusivamente tropical".

    Entendi que "tropical" se refere a clima e este clima esta associado diretamente a paises fora da europa ou america do norte; clima também associado ao analfabetismo funcional...

    As referências estão:

    - paragrafo 4: "... a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana... Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto"

    - paragrafo 5: "...matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos."

    paragrafo 6: "Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!"

     

  • Quando o autor se refere ao problema não ser "exclusivamente tropical", está se referindo ao mesmo problema fora da maior parte da América Latina, na qual o clima se configura, na sua grande parte, como tropical. Nos parágrafos 4, 5 e 6 percebe-se a alusão ao mesmo problema, o analfabetismo funcional, nos EUA, onde o clima não é tropical. Cabe, nesse ponto, o candidato saber que o clima tropical (caracterizado pela ausência da estação fria) não é característico dos EUA, a qual o texto faz referência.

  • ASSERTIVA B 

    Concordo com o comentário do colega, Léo Mendes.

    “O problema não é exclusivamente tropical".

    (adorei sua explicação)! >>Entendi que "tropical" se refere a clima e este clima esta associado diretamente a paises fora da europa ou america do norte; clima também associado ao analfabetismo funcional...

    As referências estão:

    - paragrafo 4: "... a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana... Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto"

    - paragrafo 5: "...matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos."

    paragrafo 6: "Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!"

     

     

  • O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante. 

    O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê. 

    Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

     

    LETRA B


ID
1855825
Banca
IBEG
Órgão
Prefeitura de Mendes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 

Texto 01

 

Cresce o número de casos de microcefalia


por André de Souza / Antonio Werneck, 29/12/2015 16:36 / Atualizado 29/12/2015 16:54

      RIO E BRASÍLIA - O número de bebês suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika no Estado do Rio aumentou 25,6%, revelou o Ministério da Saúde ao divulgar, nesta terça-feira, o último boletim epidemiológico do ano sobre a doença. Segundo o ministério, os casos subiram de 82 para 103 em relação ao último boletim divulgado na semana passada. A quantidade de municípios com registros de microcefalia também aumentou: passou de 18 para 19.

      Até o último sábado, o Brasil registrou 2.975 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika, distribuídos por 656 municípios de 20 unidades da federação. Um aumento de cerca de 7% no número de casos em relação ao último informe. Além disso, há 40 possíveis mortes ligadas à doença que estão sob investigação. Os números fazem parte de boletim divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. No boletim anterior, liberado na terça passada, eram 2.782 casos e 40 óbitos suspeitos. Em 2014, em todo o Brasil, foram registrados 147 casos suspeitos de microcefalia.

      A microcefalia é uma malformação em que os bebês nascem com a cabeça menor do que o tamanho normal e, em 90% das vezes, está associada a retardo mental. O Ministério da Saúde comprovou a relação da epidemia da doença com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor de outras duas doenças: dengue e chikungunya. Os sintomas da febre zika são manchas vermelhas na pele, febre intermitente, conjuntivite, dores nas articulações, nos músculos e de cabeça. Mas em alguns casos, ela é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não apresenta sintomas.

      O estado de Pernambuco continua sendo o que tem o maior número de casos suspeitos: 1.153. Em seguida vêm outros do Nordeste: Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134) e Alagoas (129). Depois aparece o Rio de Janeiro: 103 casos suspeitos. Apenas sete estados não têm casos suspeitos: Acre, Amapá, Amazonas, Paraná, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

      Quando se trata de óbitos suspeitos, Bahia e Rio Grande do Norte ficam no topo da tabela, com dez casos cada. Em seguida vêm Paraíba (5), Sergipe (5), Pernambuco (3) e Minas Gerais (2).

      O Ministério da Saúde continua recomendando que as gestantes adotem medidas para reduzir a presença do mosquito transmissor. Isso inclui eliminação de criadouros, usos de calças e camisas de manga comprida, aplicação de repelentes e, se possível, instalação de telas nas janelas.

 

TEXTO 02

             O objetivo do exame é avaliar o conhecimento dos alunos
                           do último ano dos cursos de graduação

  Por Redação, com ABr , de Brasília: dezembro 22, 2015. Jornal Correio do Brasil, 

      O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União as notas dos cursos superiores no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2014. O objetivo do exame é avaliar o conhecimento dos estudantes do último ano dos cursos de graduação sobre o conteúdo programático, suas habilidades e competências.

      O resultado é usado para compor índices que medem a qualidade de cursos e instituições de ensino superior. Os estudantes devem fazer o Enade para obter o diploma, no entanto, não existe um desempenho obrigatório aos alunos.

      Na última sexta-feira, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que o exame passará por um processo de aprimoramento em 2016. Entre as novidades está a inserção da nota do exame no currículo do aluno, de forma que possa contar como critério para acesso à pós-graduação.

      Outra mudança para o ano que vem é a implantação do Enade Digital, para a aplicação da prova, e um mecanismo de avaliação mais preciso do desempenho da instituição na formação dos alunos. Serão incorporadas à nota final a taxa de desistência (estudantes que abandonaram o curso) e a evolução de desempenho, que compara a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de ingresso na instituição, com a do Enade, na conclusão do curso.

 

 

TEXTO 03           

            Exposição Arte na Capa abre 2016 falando de cinema em Resende
                       Os 120 anos da sétima arte serão o tema de janeiro

    Jornal Povo do estado do Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2015, ANO I, nº 352

      A Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda vai começar 2016 dando seguimento à exposição Arte na Capa, que no próximo mês terá como tema os 120 anos do cinema. A mostra, organizada pelo Museu da Imagem e do Som (MIS), começará no dia 4 de janeiro e vai até o dia 29 do mesmo mês.

      Montada de forma diferente, a exposição contará com diversos itens relacionados ao universo do cinema, como 17 capas de vinil com trilhas sonoras de filmes, revistas e livros do segmento e películas em mídias VHS e vídeo laser. Também poderão ser vistos equipamentos usados na produção cinematográfica como câmeras, projetor e editor.

      De acordo com o diretor do museu, Guilherme Rodrigues, a visitação ao longo de 2015 foi recorde para o projeto, que teve início em fevereiro do ano passado abordando a temática de sambas-enredo de escolas de samba. 

      - Estamos quase alcançando o número de 3.500 visitas neste ano, o que para nós é gratificante e ao mesmo tempo surpreendente. Além das visitas individuais, também recebemos muitos grupos escolares voluntariamente e também através do projeto Turismo nas Escolas. Nesses dias, a média é de 40 a 60 visitantes - conta Guilherme.

      O Museu da Imagem e do Som funciona dentro da Casa da Cultura, na Rua Dr. Luís da Rocha Miranda, 117, no Centro Histórico. Grupos interessados em agendar visitas podem entrar em contato pelo telefone (24) 3354- 7530.

Os textos estabelecem uma relação direta ou indireta com outros textos, com imagem, com músicas, filme ou com qualquer outra forma de expressão. Existem várias formas de se estabelecer essa relação, que os autores chamam de intertextualidade. Sobre esse assunto, marque a opção correta a seguir:

Alternativas
Comentários
  • GAB: E


    ...também recebemos muitos grupos escolares voluntariamente e também através do projeto Turismo nas Escolas.

  • Intertextualidade

    A intertextualidade é um recurso argumentativo muito bom quando o intuito é a defesa de uma tese. No entanto, se mal usada, além de nada acrescentar, pode provocar incoerência. A falta de comedimento já levou o ser humano a se destruir, individual e coletivamente, muitas vezes. Por isso não podemos nos dar ao luxo de pensar que nossas atitudes são inconsequentes e só nos ferem a nós mesmos. Precisamos seguir o que disse o poeta Cazuza em um de seus raros momentos de lucidez moral e espiritual: “Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais.”. Note que o conteúdo da citação, que é um tipo de intertextualidade (reveja este conceito no capítulo de Semântica), não corrobora a tese, mas vai em direção contrária a ela. I

  • a) Os textos 01, 02 e 03 mantêm uma relação direta de intertextualidade em relação ao conteúdo.

    Não. intertextualidade em relação ao conteúdo: o mesmo texto   tem que circular em diferentes midias. Há 3 textos diferentes.

    b) Os textos 01 e 03 mantêm uma relação intertextual em relação com a temática.

    não. temáticas diferentes.

    c) Os textos 01 e 02 estabelecem uma relação intertextual externa.

    não. intertextualidade externa é o mesmo que intertextualidade extrinseca, ou seja, a reprudução do texto que ser identica. não houve reprodução.

    d) Os textos 02 e 03 estabelecem uma relação intertextual interna.

    não. interterxtualidade interna é o mesmo que intertextualidade intrinseca, ou seja, ideia de um autor desenvolvida por outro.

    e) Se considerarmos como tema central educação e cultura, entre os textos 02 e 03, podemos afirma que existe uma intertextualidade em relação à temática.

    Sim. essa é a resposta.


ID
1877992
Banca
INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO
Órgão
Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - CE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

                                 O Casamento de Jacó

      Já fazia um mês que Jacó estava na casa de Labão, 15 quando este lhe disse: “Só por ser meu parente você vai trabalhar de graça? Diga-me qual deve ser o seu salário”.

16 Ora, Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o da mais nova, Raquel. 17 Lia tinha olhos meigos[c], mas Raquel era bonita e atraente.18 Como Jacó gostava muito de Raquel, disse: “Trabalharei sete anos em troca de Raquel, sua filha mais nova”.

      19 Labão respondeu: “Será melhor dá-la a você do que a algum outro homem. Fique aqui comigo”. 20 Então Jacó trabalhou sete anos por Raquel, mas lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava.

      21 Então disse Jacó a Labão: “Entregue-me a minha mulher. Cumpri o prazo previsto e quero deitar-me com ela”.

      22 Então Labão reuniu todo o povo daquele lugar e deu uma festa. 23 Mas quando a noite chegou, deu sua filha Lia a Jacó, e Jacó deitou-se com ela. 24 Labão também entregou sua serva Zilpa à sua filha, para que ficasse a serviço dela.

      25 Quando chegou a manhã, lá estava Lia. Então Jacó disse a Labão: “Que foi que você me fez? Eu não trabalhei por Raquel? Por que você me enganou?”

      26 Labão respondeu: “Aqui não é costume entregar em casamento a filha mais nova antes da mais velha. 27 Deixe passar esta semana de núpcias e lhe daremos também a mais nova, em troca de mais sete anos de trabalho”.

      28 Jacó concordou. Passou aquela semana de núpcias com Lia, e Labão lhe deu sua filha Raquel por mulher. 29 Labão deu a Raquel sua serva Bila, para que ficasse a serviço dela. 30 Jacó deitou-se também com Raquel, que era a sua preferida. E trabalhou para Labão outros sete anos.

                                                                                    (Gênesis, 29; 14-28) 


                                 TEXTO II

"Sete anos de pastor Jacó servia

Labão, pai de Raquel, serrana bela;

Mas não servia ao pai, servia a ela,

Que a ela só por prêmio pretendia.


Os dias, na esperança de um só dia,

Passava, contentando-se com vê-la;

Porém o pai, usando de cautela,

Em lugar de Raquel lhe dava Lia.


Vendo o triste pastor que com enganos

Lhe fora assim negada a sua pastora,

Como se a não tivera merecida,


Começa de servir outros sete anos,

Dizendo: - Mais servira, se não fora

Para tão longo amor, tão curta vida!"

                                                                               (Luís Vaz de Camões)

Sobre os textos é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D. Não é plágio. É uma ótica de Camõe sobre essa situação da Bíblia.

    Intertextualidade (Pestana, 2012)
    Sugiro que você leia as sábias palavras de Platão e Fiorin, autores do excelente livro Lições de texto: leitura e redação:
    “Com muita frequência um texto retoma passagens de outro. Quando um texto de caráter científico cita outros textos, isto é feito de maneira explícita. O texto citado vem entre aspas e em nota indica-se o autor e o livro donde se extraiu a citação.

    Num texto literário, a citação de outros textos é implícita, ou seja, um poeta ou romancista não indica o autor e a obra donde retira as passagens citadas, pois pressupõe que o leitor compartilhe com ele um mesmo conjunto de informações a respeito de obras que compõem um determinado universo cultural. Os dados a respeito dos textos literários, mitológicos, históricos são necessários, muitas vezes, para a compreensão global de um texto.”
    Em suma, a intertextualidade trata da relação de identidade e semelhança entre dois textos em que um cita o outro com referência implícita ou explícita. Um texto B faz menção, de algum modo, a um texto A.
    A intertextualidade se apresenta, normalmente, nas provas de concursos públicos, pela paráfrase ou pela paródia. Alguns exemplos e suas explicações a seguir são baseados em algumas questão feitas pela banca do vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.


ID
1878286
Banca
INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Bom Conselho


Ouça um bom conselho

Que eu lhe dou de graça

Inútil dormir que a dor não passa

Espere sentado

Ou você se cansa

Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo

Deixe esse regaço

Brinque com meu fogo

Venha se queimar

Faça como eu digo

Faça como eu faço

Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo

Vim de não sei onde

Devagar é que não se vai longe

Eu semeio o vento

Na minha cidade

Vou pra rua e bebo a tempestade. 

Na música há a menção de vários provérbios populares de forma modificada. Assinale a opção que contém um provérbio não contemplado pelo texto:

Alternativas
Comentários
  • No texto , não há nenhuma ocorrência modificada do provérbio popular: quem ri por último, ri melhor. Nem sequer o verbo rir é mencionado.

  • Não há menção no texto do referido provérbio.


ID
1881475
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medicina policialesca

1.      Passei da idade de me surpreender com a estupidez humana. Ainda assim, fiquei revoltado com a atitude do médico que entregou à polícia a menina que tomou Cytotec para abortar.

5.      Em nome de que princípios um profissional recebe uma menina de 19 anos, fragilizada pelas complicações de um abortamento provocado sem assistência médica, ouve sua história, calça as luvas, toca seu útero e os anexos, adota a conduta que lhe parece mais adequada, sai da sala e chama a polícia para prender em flagrante a paciente que lhe confiou a intimidade?

13.     Existe covardia mais torpe?

          A função primordial da medicina é aliviar o sofrimento humano. Independentemente das contradições jurídicas criadas por uma legislação medieval, machista e desumana como a brasileira, entregar a menina à polícia contribuiu para tornar-lhe o sofrimento mais suportável?

20.     A questão do aborto ilustra como nenhuma outra a hipocrisia moralista imposta às mulheres pobres, pelos que se intitulam defensores da vida e atribuem a si próprios o papel de guardiões dos bons costumes e porta-vozes oficiais da vontade de Deus.

26.     A realidade é cristalina: o aborto é livre no Brasil, basta ter dinheiro para pagar por ele.

         Não faltam clínicas particulares e hospitais com médicos experientes que realizem abortamentos em boas condições técnicas, desde que bem remunerados.

32.    Muitos ginecologistas que se negam a praticá-los em suas pacientes indicam esses colegas, não raro criticados pelos mesmos que fizeram o encaminhamento.

36.    Dias atrás, Cláudia Collucci, colunista desta Folha, lembrou a pesquisa realizada pela Unicamp em conjunto com a Associação dos Magistrados Brasileiros mostrando que 20% dos 1.148 juízes entrevistados tiveram parceiras que ficaram grávidas sem desejá-lo: 79,2% abortaram.

42.    Das 345 juízas que participaram, 15% já haviam tido gestações indesejadas: 74% fizeram aborto.

          A colunista citou estudo semelhante conduzido pela Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) entre ginecologistas e obstetras: diante de gestações indesejadas, cerca de 80% de suas mulheres recorreram à prática.

51.     Entre as médicas ginecologistas a situação é semelhante: 77% interromperam sua gravidez indesejada.

          Por outro lado, 60% dos profissionais ouvidos confessaram que não ajudariam uma paciente, encaminhando-a a outro médico ou indicando medicamento abortivo.

58.     Na Penitenciária Feminina da Capital, são muitas as meninas que abortaram em espeluncas mantidas, na periferia, por mulheres que vendem Cytotec e realizam procedimentos cirúrgicos semelhantes às torturas dos tempos da Inquisição.

          Mas, quando essas mulheres vão parar na cadeia, são encaminhadas para a ala do seguro.

65.     As mesmas que a elas recorrem nos momentos de aflição recusam-se a cumprir pena ao seu lado. Dizem que "elas matam criancinhas".

68.     Estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro revelou que, em 2013, o SUS internou 154.391 mulheres com complicações de abortamentos. Como a estimativa é de que aconteça uma complicação para cada quatro ou cinco casos, o cálculo é de que tenham ocorrido de 685 mil a 856 mil abortos clandestinos no país.

75.     Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Brasília mostra que 20% das 37 milhões de brasileiras com mais de 40 anos já fizeram aborto. Esses números servem de referência para a Organização Mundial da Saúde.

Feitos nas piores condições, complicações em abortos são a quinta causa de morte materna, no país.

          A questão não pode ser mais tratada da forma bizarra e irresponsável como tem sido.

85.     Não se trata de ser a favor ou contra. Todos somos contrários, especialmente as mulheres grávidas que a ele recorrem como última saída.

          O problema do aborto não é moral, é questão de saúde pública. Se 20% das brasileiras com mais de 40 anos já abortaram na clandestinidade, deveríamos puni-las com o rigor das leis atuais? Haveria cadeia para mais de 7 milhões?

94.      Deixemos de hipocrisia. Nossa legislação só não muda porque as mulheres de melhor poder aquisitivo abortam em condições relativamente seguras. As mais pobres é que correm risco de morte e sentem na pele os rigores da lei.

                                    VARELLA, Drauzio. Folha de S. Paulo, 7/3/2015. 

Assinale a opção incorreta em relação ao texto.

Alternativas
Comentários
  •  b)

    O autor, ao redigir o texto, pressupôs que seus leitores não tivessem conhecimento da situação mencionada no primeiro parágrafo por se tratar de informação totalmente nova, divulgada, primeiramente, em seu artigo de opinião. 


ID
1907956
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O locutor pode indicar diferentes pontos de vista em uma asserção, atribuindo sua responsabilidade a outro enunciador. Para isso, pode utilizar-se da negação, de marcadores de pressuposição, do emprego de verbos que indiquem mudança ou permanência de estado, de certos operadores argumentativos, do futuro do pretérito com valor de metáfora temporal.

Essa definição de KOCH, BENTES e CAVALCANTE (2008) corresponde ao conceito de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

     

     

  •  

    Em linguística, polifonia é, segundo Mikhail Bakhtin a presença de outros textos dentro de um texto, causada pela inserção do autor num contexto que já inclui previamente textos anteriores que lhe inspiram ou influenciam. A polifonia é um fenômeno também identificado como heterogeneidade enunciativa, que pode ser mostrada (no caso de citações de outros autores em obras acadêmicas, por exemplo) ou constitutiva (como a influência de dramaturgos clássicos em Shakespeare, que não é mencionada diretamente, mas transparecida).

     

     

    fonte: wikipedia

  • POLOFONIA = PLURALIDADE DE SONS, TAL COMO NA REVERBAÇÃO DE UM ECO.

  • Polifonia: baseia-se na presença das diversas vozes que dialogam entre si num mesmo texto. O concurso dessas variadas vozes pode ser de concordância ou de discordância.

    EXEMPLO: "Arguiam-no de avareza, e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma virtude e as virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o deficit." (Machado de Assis, romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, cap. CXXIII)

    No trecho acima, há uma voz dominante, a voz do narrador (Voz 1), identificável a partir daquele “cuido”, em primeira pessoa e que domina o trecho até o final. Porém o verbo em terceira pessoa “Arguiam” plasma um outro sujeito indeterminado, uma voz alheia ao narrador (Voz 2), que diz que a personagem em questão – o pronome “no” remete a uma terceira personagem, que é o objeto da análise do narrador – era avara. Nesse caso, têm-se duas vozes presentes (Voz 1 e Voz 2) e o trecho é marcado pela POLIFONIA.
    É importante se observar que as duas vozes são discordantes, pois a noção de avareza (da Voz 2) é discutida e recolocada pela Voz 1. A inconsistência, porém, do argumento da Voz 1 faz a pessoa leitora começar a desconfiar da ironia ali presente.

  • Poligonia = multiplicidade de sons; conjunto harmonioso de sons. combinação simultânea de várias melodias.



    Paralelismo = é um processo gramatical de coordenação e de correlação.

     

    Há dois tipos de paralelismo:

    Paralelismo de coordenação(semântico) = encadeamento de significados idênticos.

    Paralelismo de Correlação(sintático) = encadeamento de estruturas equivalentes, que tem a mesma função sintáticas.

     

     

    Profª Fabiana dos Anjos)

  • Poligonia = multiplicidade de sons; conjunto harmonioso de sons. combinação simultânea de várias melodias.


  • Letra A.

    A polifonia, diferentemente da intertextualidade, faz referência a distintos pontos de vista (de diferentes enunciadores).

    Questão comentada pelo Prof. Bruno Pilastre


ID
1908001
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

GARCIA (2003) aponta que o paralelismo sintático e semântico remete à lógica da correlação e associação de ideias, por isso sua ausência pode provocar incoerência. No entanto, autores de várias épocas usaram-na com propósito estilístico.

O enunciado que corresponde a essa asserção é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

     

    Cachorro >>> vinte palmos de pelo e raiva.

  • Alguém pode explicar esta questão?

  • Explicação vide: http://alunosonline.uol.com.br/portugues/paralelismo-sintatico-paralelismo-semantico.html

  • Nessa hora o filtro do QC fica maluco!  

     

    "Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Intertextualidade, Figuras de Linguagem, Interpretação de Textos (- assunto)"

    Faltou Olodum, conversa com os mortos e macumba.

  • Vejo que na questão, no enunciado, têm-se paralelismo sintático e paralelismo semântico, coesão e coerência, mas a observação a seguir diz da incoerência pragmática, aquela que o autor provoca intencional. Nesse caso, o item traz essa incoerência ao colocar nomes de campos semânticos diferentes para o mesmo referente (cachorro): pelo e raiva. Além de serem substantivo concreto e abstrato, respectivamente.

  • Vinte palmos de medo e DE raiva...faltou a proposicao, logo pecou pelo paralelismo. Ha possibilidade de suprimir essa preposicao porque a mesma rege o termo anterior.

  • Questao com varios detalhes:

    1. no que se refere ao paralelismo semântico:

    Já um estirão era andado quando, numa roça de mandioca, adveio aquele figurão de cachorro, uma peça de vinte palmos de pelo e raiva

    Houve quebra de simetria, plano das ideias, pois inicialmente o autor falava em cachorro no sentido literal e, em seguida, constrata com esse sentido figura.

    2. no que se refere ao paralelismo sintático:

    Já um estirão era andado quando, numa roça de mandioca, adveio aquele figurão de cachorro, uma peça de vinte palmos de pelo e raiva

    Nota-se a ausência da coordenação de elementos cuja natureza gramatical se apresenta de forma similar, na medida em que pelo raiva  sao elementos ligados ao termo palmos, mas somente pelo  veio antecedido pela preposicao DE.

    Acredito que seja essa a explicação...

    Usei o link  indicado pela Camila FocoForçaFé  para elaborar o comentario!!! Recomendo a leitura

  • Quero saber como conseguir acerta essa questão.

  • Tendi foi nada

  • KKKKKKK

  • GAB E

  • A questão queria saber em qual alternativa a incoerência foi usada com propósito estilístico.


ID
1922821
Banca
PUC - GO
Órgão
PUC-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 7

      A gota que fez transbordar a caixa da paciência de vovó foi um casalzinho folgado. Cansada da algazarra, do som da sanfona, que por três dias e três noites vinha balançando os alicerces da Casa, vovó foi procurar refúgio na paz de seu quarto. Que paz que nada, ali também a festa rolava solta. Abismada, ela viu um casalzinho iniciando sua lua de mel, imaginem onde? Na cama de vovó! Pena que o urinol estivesse vazio. Furiosa, Ana Vitória pensou em apelar para o chicote. Depois seu pensamento voltou para os primeiros dias de seu casamento, lembrou-se da urgência que a fazia deixar tudo por fazer e ir atrás do marido no roçado. Viu a si mesma, viu os dois, ela e o marido, um casal corado e feliz se deitando debaixo de qualquer árvore. Dez meses após o casamento nasceu o primeiro filho, seguido de outros, um por ano. A leveza daquele início parecia tão distante, tão irreal. Uma lagrimazinha de saudade marejou seus olhos abatidos, rolou pela face cansada e foi morrer no peito murcho. Desanimada, ela pensou que nunca mais ia parar de ter filhos, de lavar bundinhas melecadas de cocô. Acabou deixando os pombinhos em paz, eles que aproveitassem a vida enquanto era possível. Mas avisou aos interessados que preferia perder um bom quinhão de suas terras a continuar convivendo com tamanha barafunda. Assim, a ideia remota da criação de um arraial foi posta em prática. Doações foram feitas e o terreno demarcado.

      As construções começaram a nascer com a rapidez dos cogumelos. Primeiro a igreja com a torre central, beiral duplo em madeira recortada em bicos. Paredes azuis, janelas brancas. Feinha a pobre igreja, mas nem por isso desprezada. Talvez sua maior virtude estivesse na singeleza, no aconchego. A igrejinha era o orgulho do povoado. Sobre o altar feito por um carpinteiro caprichoso, a imagem de um Cristo cansado, a cabeça pensa, o olhar vazio. Descascado, ensanguentado, provocava nos fieis uma piedade quase dolorosa. Foi nessa igreja que meus pais me apresentaram ao Nosso Criador.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 74-75.)

No trecho extraído da obra Mesa dos inocentes, de Adelice da Silveira (Texto 7), podemos destacar várias expressões que revelam, ao mesmo tempo, elevado tom de humor e uma certa intromissão do narrador, o que caracteriza uma forma inteligente e divertida de prática do discurso indireto livre.

Com base na assertiva acima, assinale a alternativa cujo recorte melhor a representa:

Alternativas

ID
1949437
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Camelot e a Casa Branca

     O 35º presidente dos EUA popularizou-se como JFK. Sorriso aberto, fala cativante, formação primorosa, esposa bonita e filhos dignos de cartão de Natal: nada parecia errado naquela família. O pequeno incômodo causado pelo catolicismo do presidente, caso único na história dos EUA, foi logo superado. No debate presidencial com o pálido e evasivo Nixon, o sorriso de JFK chegava a ser uma covardia. Quasímodo (o corcunda de Notre Dame) e Adônis (o homem mais belo da mitologia grega) inauguraram a era da política televisiva e indicaram para todas as décadas futuras que a imagem seria o eixo dominante da política de massas.

(KARNAL, Leandro. Camelot e a Casa Branca. Aventuras na História, n.. 71, jun. 2009, p. 46).

Analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Quasímodo e Adônis apontam para uma intertextualidade explícita.

II. A imagem de JFK foi essencial para sua eleição.

III. O povo americano não esboçou reação contrária à religião de JFK.

Alternativas
Comentários
  • A III deveria estar certa, pois na linha 2 o texto fala que houve um pequeno incômodo quanto ao catolicismo do presidente JFK.

  • Pequeno incômodo aponta para uma reação contrária... Logo houve esboço.

  • "Quasímodo (o corcunda de Notre Dame) e Adônis (o homem mais belo da mitologia grega)"

    Não seria uma intertextualidade?


ID
1949449
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na solenidade de uma formatura numa universidade baiana, em 2007, o paraninfo da turma fez um discurso do qual se apresenta abaixo um pequeno trecho. Leia-o, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta. 

                             Boa noite, minhas senhoras.

                             Boa noite, meus senhores.

                             Alunas e alunos, professoras e professores.

                             

                             Estamos aqui reunidos,

                             No Centro Amélia Amorim,

                             Para celebrarmos uma jornada

                             Que esta noite chega ao fim. 

I. Esse trecho apresenta uma intertextualidade intergêneros.

II. Há, no trecho, uma heterogeneidade tipológica.

III. Percebem-se desvios sintáticos em relação à norma padrão.

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode esclarecer qual a diversidade tipológica no texto? Obrigada!

  • Creio que a heterogeneidade tipológica diz respeito à forma e à função do gênero apresentado. No caso, o gênero discurso (função) escrito em versos, formando um poema (forma).

  • Luiz Henrique Rodrigues e Silva, o que mencionou não seria uma heterogeneidade de gênero? Porque tipológica teria que variar entre narrativo, dissertativo, injuntivo e descritivo.

    Até onde entendi, o texto caminha somente em um tipo...

    Agora sobre a afirmação I: "Esse trecho apresenta uma intertextualidade intergêneros."

    Neste caso concordo com você, um discurso com características poéticas.


ID
1952728
Banca
Prefeitura de Fortaleza - CE
Órgão
Prefeitura de Fortaleza - CE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão é baseada nos PCN (Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998, 174 p. Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998, 106 p.).

Considerando-se a significação e o contexto em que as práticas sociodiscursivas têm lugar e o fato de que “os homens e as mulheres interagem pela linguagem tanto numa conversa informal, entre amigos, ou na redação de uma carta pessoal, quanto na produção de uma crônica, uma novela, um poema, um relatório profissional” e de que “cada uma dessas práticas se diferencia historicamente e depende das condições da situação comunicativa, nestas incluídas as características sociais dos envolvidos na interlocução”, observe o trecho seguinte: “DECRETO-LEI Nº 2.805, DE 22 DE NOVEMBRO DE 1940, institui uma comissão para promover a ereção do monumento ao Duque de Caxias, na Capital do Estado de São Paulo” (http://www2.camara.leg.br, acesso em 10.03.16). Que opção se refere às condições de uso da língua com base nas características mencionadas?

Alternativas
Comentários
  • e.re.ção

    s.f.(1) Ação de erigir, de levantar, de erguer: a ereção de uma estátua.(2) Elevação e endurecimento do pênis, do órgão sexual masculino.(3) Inauguração; o início ou o começo de alguma coisa: a ereção de um tribunal.(Etm. do latim: erectio.onis)

     

    Fonte: http://www.dicio.com.br/erecao/

  • O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a concretização de uma ação, ou seja, indicam o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções, editais e propagandas. Com isso, sua função é transmitir para o leitor mais do que simples informações, visa sobretudo, instruir, explicar, todavia, sem a finalidade de convencê-lo por meio de argumentos.
  • Gabarito C

  • Gabarito C

  • Gabarito C


ID
1971142
Banca
CS-UFG
Órgão
Prefeitura de Goiânia - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Texto I

Educar para colher

Adriana Gomes

    Responsabilidade, autoconfiança, habilidades no relacionamento interpessoal, boa comunicação, versatilidade, espírito de equipe, realização de trabalhos com qualidade, automotivação e autogestão são atributos dos bons profissionais e características altamente desejáveis no mercado de trabalho. Entretanto, encontrar todas essas competências em uma só pessoa está cada vez mais difícil.


     De qualquer maneira, fica a dica para quem deseja ter sua empregabilidade aumentada em tempos de crise. A mensagem serve também para empresas e instituições de ensino que estejam interessadas em desenvolver seus potenciais (colaboradores e alunos). As competências comportamentais, ou "soft skills", são tão ou mais desejadas que as técnicas. O problema é que elas não são tão fáceis de serem desenvolvidas.


Um trabalho em conjunto entre aqueles que querem aprender e aqueles que podem ensinar só resultaria num círculo virtuoso. Escolas, universidades e a experiência profissional em uma organização favorecem o processo de socialização e a aprendizagem.

   

 Imagine a responsabilidade e a oportunidade que essas instituições, seus gestores e líderes têm nas


mãos de fazer um excelente trabalho, no sentido de informar sobre as melhores práticas, motivar, influenciar e desenvolver o espírito do que é ser um excelente profissional.

   

 O que eu vejo, entretanto, é que falta a muitas empresas e instituições de ensino essa visão de


propósito, de fazer o melhor. Muitos se perdem no caminho, realizando a sua atividade de maneira estanque: aos olhos do aprendiz, as ações parecem sem sentido e desconectadas. As pessoas atuam como reprodutores, sem sentido e sem emoção.

    

Educar vai muito além do ato de transmitir conhecimento: implica estimular o raciocínio, ajudar a


aprimorar o senso crítico e as faculdades intelectuais e morais. Quem educa deve oferecer o necessário para que a outra pessoa consiga desenvolver plenamente a sua personalidade.

   

      Agindo como educadores, empresa e escolas poderão contribuir imensamente para o aprimoramento

das competências comportamentais tão desejadas. Essa é uma visão de longo prazo. É preciso investir para poder colher. 


Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/adrianagomes/2014/12/1558384 educar-para-colher.shtml>- . Acesso em: 15 abr. 2016.

Na construção da frase “É preciso investir para colher” identifica-se:

Alternativas
Comentários
  • Ao meu ver, há duas alternativas corretas para esta questão. Note que a letra A e a C podem ser a resposta.

     

    a) Gabarito; Realmente, há intertextualidade nesse trecho. Mesmo não havendo aspas o trecho é facilmente percebido como não original do autor.

     

    b) Errado. Não há produção de ironia nesse trecho.

     

    c) Ao meu ver está correta. Perceba que não há coerência entre investir e colher. Por exemplo, você não investe um feijão, você planta o feijao para depois colher. 

     

    d) Errada. Texto está coeso, simples, correto. 

  • Realmente, "plantar para depois colher" são ideias mais coerentes. Entretanto, "investir" pode ser intendido como comprar a semente, sem a qual não se faz o plantio, decorrendo daí a coerência esperada pelo examinador. 

  • Dimas, o "colher", como está no texto, foi empregado em seu sentido figurado. A autora faz referência a colher resultados a longo prazo depois de certo investimento. Investimento também não está ligado somente a dinheiro, pode também se referir a tempo e dedicação, por exemplo.

    Conforme o texto foi produzido, a relação entre investir e colher está, na minha opinião, completamente coerente.

     

    Vamos na fé.

  • Intertextualidade nada mais é do que fazer referência a outros textos. Ora, a expressão faz referência ao próprio texto, sabemos que, segundo o ele, o processo de educar é de LONGO PRAZO. 

  • qUESTÃO MERDA

  • UFG sendo UFG
  • Intertextualidade

     

     

    intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.

    Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre outros.

    Para saber mais: Texto e Tipos de Textos

     

    Tipos de Intertextualidade

     

    Há muitas maneiras de realizar a intertextualidade sendo que os tipos de intertextualidade mais comuns são:

     

    Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmente, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego (parodès) a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante à outra”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorísticos.

     

    Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), significa a “repetição de uma sentença”.

     

    Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras, textos científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” (escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): "A cultura é o melhor conforto para a velhice".

     

    Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo “citação” (citare) significa convocar.

     

    Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).

     

     

    https://www.todamateria.com.br/intertextualidade

     

     

     

     

    Prefiro perder a guerra e ganhar a paz.

    Bob Marley

  • intertextualidade explícita... 

    é facilmente identificada pelos leitores;

    estabelece uma relação direta com o texto fonte;

    apresenta elementos que identificam o texto fonte;

    não exige que haja dedução por parte do leitor;

    apenas apela à compreensão do conteúdos.

     

    intertextualidade implícita...

    não é facilmente identificada pelos leitores;

    não estabelece uma relação direta com o texto fonte;

    não apresenta elementos que identificam o texto fonte;

    exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por parte dos leitores;

    exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para a compreensão do conteúdo

     

    Paráfrase

    Na paráfrase, a intertextualidade incide na temática. Há uma reafirmação das ideias do texto fonte. É utilizado um tema previamente explorado por outro autor na criação de um novo texto com estrutura e estilo próprios. 

    Exemplo de paráfrase:
    "Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá..." (Canção do exílio, Gonçalves Dias)
    "Moro num país tropical / abençoado por Deus / e bonito por natureza..." (País Tropical, Jorge Ben Jor)

     

    Paródia

    Na paródia, ocorre a subversão da temática do texto fonte, alterando e contrariando o que foi expresso anteriormente de forma irônica e satírica. Visa a crítica e a reflexão, promovidas através de um momento de fruição e jocosidade. 

    Exemplo de paródia:
    Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. (ditado popular)
    Se Maomé não vai à montanha, a montanha vaia Maomé. (paródia)

     

    .

    Referência ou alusão

    Na referência ou alusão, é feita a sugestão ou insinuação de um acontecimento, personalidade, personagem, local, obra,... Não é apresentada a intertextualidade de forma direta, mas sim através da apresentação de características simbólicas. 

    Exemplo de referência ou alusão
    A mais bonita de todas era sem dúvida Helena - a minha filha e não a outra.
    (Alusão a Helena de Troia, a mulher mais bonita do mundo)

     

    Citação

    Na citação, ocorre uma intertextualidade direta, havendo a reprodução de parte do texto fonte. Há uma transcrição das palavras de outro autor, devidamente destacada com aspas e com a identificação desse autor. A citação visa conferir credibilidade ao novo texto.

    Exemplo de citação:
    Segundo Bechara (2015, p.276), "o verbo se diz pronominal quando o pronome oblíquo se refere ao pronome reto".

     

    Epígrafe

    Na epígrafe, um autor utiliza uma passagem de um texto fonte para iniciar um novo texto, estabelecendo uma relação com essa passagem na criação da nova criação. É muito utilizada em trabalhos acadêmicos, atuando como um pensamento que serve de base à obra.

    Exemplo de epígrafe:
    "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." (Paulo Freire)

     


ID
1987498
Banca
SEPROD
Órgão
Prefeitura de Cícero Dantas - BA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2

   [...] Fabiano Ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado a camarinha escura, pareciam ratos - e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
   Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aio um pedaço de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
    - Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
   Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
   Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
     - Você é um bicho, Fabiano.
   Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades. Chegara naquela situação medonha - e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
    - Um bicho, Fabiano.
   Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucuna. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, cocando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro. [...]

RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2008. p. 65-66

O trecho “Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, cocando os cotovelos, sorrindo aflito” do livro de Graciliano Ramos:

Alternativas
Comentários
  • OFERECERA SEUS PRESTIMOS = OFERECEU AJUDA


    RESMUNGANDO


    SORRINDO AFLITO


    OFERECEU AJUDA MAS RESMUNGOU. SORRIU MAS TAVA AFLITO LOGO NÃO HÁ DE SE FALAR EM UM DISCURSO ORGANIZADO.

  • Mas aí ele não está empregando o discurso direto?


ID
2002597
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
Creci - 1° Região (RJ)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

VAIDOSO, SIM!

Pesquisa mostra que os homens são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers

Há algum tempo o mercado de beleza vem crescendo, mostrando que vaidade não é mais uma exclusividade feminina. Coisas do passado... Dados da consultoria britânica Euromonitor International demonstram que as vendas de produtos voltados para a beleza masculina crescem a cada dia. Já outra pesquisa revelou que os homens não resistem a uma vitrine e são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers. Detalhe: no departamento de vestuário. O modelo Felipe Maximo concorda. "Homem tem que ser vaidoso, sim! É importante estarmos sempre bem apresentáveis", frisou o negro gato, que sonha com as passarelas internacionais e será destaque em uma das próximas edições. Pois é... Quando o assunto é vaidade, eles dizem SIM!

(Fonte: http://racabrasil.uol.com.br/paginas-pretas/vaidoso-sim/3218/. Acesso em 23/03/2016.)

Nesse texto do gênero jornalístico, justifica-se o título ter sido grafado em itálico:

Alternativas
Comentários
  • Que questão!

    Fiquei entra a letra A e B.

    Vamos a análise:

    d) Por ser uma escolha do redator e manter, dessa forma, o seu estilo.  Nada ver!

    c) Pela intenção de determinar a diferença entre o título maior e o título auxiliar.  Errado

    a) Pela intenção do jornalista em dar destaque ao título da notícia.  Poderia até ser. Mas considero essa alternativa a menos correta

    b) Por ser a reprodução de parte da fala do modelo Felipe Maximo.  Mais correta. Porque é uma parte da fala do modelo e ainda o título está sofisticado com  letras destacadas e em itálico.

     

  • Representa um argumento de autoridade (citação), sugerindo fidelidade a outro texto ou fala.

    RESPOSTA: B

  • Por abranger uma parte da fala do modelo Felipe, quando ele diz ""Homem tem que ser vaidoso, sim! É importante estarmos sempre bem apresentáveis"

    GAB LETRA B

  • O itálico  é um dos recursos que podem ser utilizados para destacar determinados conteúdos do texto, aos quais se queira  dar ênfase. Aqui ,nesse caso, a pretensão foi enfatizar  o pensamento/ opinião do modelo. Assim sendo...

    Gaba: Letra B

    ...

    O processo de passar em um concurso pode até ser lento, mas desistir não vai acelerar a nossa aprovação.

     Força Companheiros! Vamoooo!

  • O modelo só falou sobre a vaidade, em nenhum momento falou sobre o quantitativo de compras em lojas. Extrapolou totalmente o texto, se fosse banca grande não teria isso.


ID
2002609
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
Creci - 1° Região (RJ)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Receita para intolerância e injustiça

Renato Russo


Pegue duas medidas de estupidez

Junte trinta e quatro partes de mentira

Coloque tudo numa forma

Untada previamente

Com promessas não cumpridas


Adicione a seguir o ódio e a inveja

As dez colheres cheias de burrice

Mexa tudo e misture bem

E não se esqueça antes de levar ao forno

Temperar com essência de espírito de porco

Duas xícaras de indiferença

E um tablete e meio de preguiça

(Fonte: http://pensador.uol.com.br/textos_de_renato_russo/. Acesso em 23/03/2016.)

Um texto sempre é construído com base na leitura de mundo do autor, ou seja, reportando a outros textos. Então, podemos dizer que em Receita para intolerância e injustiça ocorre:

Alternativas
Comentários
  • intertextualidade explicita= reprodução idêntica do texto( no caso em tela foi o que o autor fez)

    intertextualidade implicita= ideia de um autor desenvolvida por outro.

    logo, letra D.

  • Não consegui entender essa diferença entre os dois tipos de intertextualidade.

  • Intertextualidade explícita: o autor reproduz o texto de forma idêntica ao gênero textual (no caso da questão foi em paráfrase à uma receita culinária). É necessário ficar atento aos elementos que o constituem.


    Intertextualidade implícita: o autor não faz menção direta a determinado gênero textual.


ID
2014012
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

A intertextualidade é condição necessária para que um poema possa ser plenamente apreciado – o que o autor, no segundo parágrafo, deixa bastante evidente ao dizer que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    A intertextualidade sempre nos remete a otros textos, logo a D se torna relativamente óbvia

  • Por que a "E" está errada?

  • "Por intertextualidade [1] entende-se a criação de um texto a partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, conotação, versão, plágio, tradução, pastiche e paródia."

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Intertextualidade

    "Significado de Alusão

    substantivo feminino

    Menção ou citação; referência feita de maneira vaga ou indireta sobre algo ou alguém (...)"

    Fonte: https://www.dicio.com.br/alusao/

    Como que a letra "E" pode estar errada? Como?

  • a letra e limita a intertextualidade aos textos canônicos


ID
2021266
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
Creci - 1° Região (RJ)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Receita para intolerância e injustiça
Renato Russo

Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente

Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
As dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno
Temperar com essência de espírito de porco
Duas xícaras de indiferença
E um tablete e meio de preguiça

(Fonte: http://pensador.uol.com.br/textos_de_renato_russo/. Acesso em 23/03/2016.)

Um texto sempre é construído com base na leitura de mundo do autor, ou seja, reportando a outros textos. Então, podemos dizer que em Receita para intolerância e injustiça ocorre:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

     

    É bem explícita a  intertextualidade em todo o texto.

  • Como diferenciar uma intertextualidade implícita de uma explícita?

     

    Marquei B.

  • GAB D

     

     

     Intertextualidade explicita: é quando o autor reproduz de forma idêntica o conteúdo de um texto no seu.

    Intertextualidade implicita: é a ideia de um outro autor, desenvolvido por outro. 

  • Sávio Carneiro

    Na implicita não há nenhuma referencia no texto à um texto que serviria de base para a criação dele. Não há citação.

    Ele apenas usou o "modelo" de uma receita culinaria para SE INSPIRAR e escrever a sua música nesse "Modelo", como se fosse uma reiceta.

    Note, ele usa algo existente para se inspirar para criar outro texto = intertextualidade


ID
2022976
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara Municipal de Mariana - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto a seguir. Leia-o com atenção antes de responder a ela.

Dize-me quem consultas...

Sírio Possenti

    

A falta de perspectiva histórica dificulta a compreensão até da possibilidade de diferentes visões de mundo. Imagine-se então a dificuldade de compreender a ideia mais ou menos óbvia de que mesmo verdades podem mudar. Suponho que temos vontade de rir quando ouvimos que os antigos imaginaram que a Terra repousava sobre uma tartaruga, nós que aprendemos, desde o primário, que a Terra gira ao redor do Sol. “Como podem ter pensado isso, os idiotas?”, pensamos.

  

  Você sabia que esta história dos quatro elementos nos quais hoje só acreditam os astrólogos foi um dia a verdadeira física, a forma científica de explicar fatos do mundo, suas mudanças, por que corpos caem ou sobem? Antes da gravidade, os elementos eram soberanos!

    

Já contei aqui, e vou contar de novo, duas histórias fantásticas. A segunda me fez rir mais do que a primeira, que só me fez sorrir. A primeira: na peça A vida de Galileu, Brecht faz o físico convidar os filósofos a sua casa, para verem as luas de Júpiter com sua luneta. Mas, em vez de correrem logo para o sótão a fim de verem a maravilha, os filósofos propuseram antes uma discussão “filosófica” sobre a necessidade das luas... Quando Galileu lhes pergunta se não creem em seus olhos, um responde que acredita, e muito, tanto que releu Aristóteles e viu que em nenhum momento ele fala de luas de Júpiter!

    

A outra história é a de um botânico do início da modernidade que pediu desculpas a seu mestre por incluir num livro espécies vegetais que o mestre não colocara no seu. Ou seja: mesmo vendo espécies diferentes das que constavam nos livros, esperava-se dos botânicos que se guiassem pelos livros, não pelas coisas do mundo. Era o tempo em que se lia e comentava, em vez de observar os fatos do mundo.

   

 Muita gente se engana, achando que esse período terminou, que isso são coisas dos ignaros séculos XVI e XVII. Quem tem perspectiva histórica sabe, aliás, que não se trata de ignorância pura e simples. Trata-se de ocupar uma ou outra posição científica. Mas é interessante observar que o espírito antegalileano continua vigorando. No que se refere às línguas, não cansarei de insistir que devemos aprender a observar os fatos linguísticos, em vez de dizer simplesmente que alguns estão errados. Um botânico não diz que uma planta está errada: ele mostra que se trata de outra variedade. Os leigos pensam que a natureza é muito repetitiva, mas os especialistas sabem que há milhões de tipos de qualquer coisa, borboletas, flores, formigas, mosquitos. Só os gramáticos pensam que uma língua é uniforme, sem variedades.

   

 Eu dizia que não devemos nos espantar – infelizmente – com o fato de que a mentalidade antiga continua viva. Mas eles às vezes exageram. Veja-se: num texto dirigido tipicamente a vestibulandos no qual critica Fuvest e Convest por erros contidos em seus manuais, um conhecido artista da gramática praticamente citou Brecht, provavelmente sem conhecê-lo. A propósito do uso da forma “adequa”, que as gramáticas condenam, e que aparece no manual da Fuvest, seu argumento foi: “Tive a preocupação de consultar todas as gramáticas e dicionários possíveis. Todos são categóricos. “Adequar” é defectivo, no presente do indicativo, só se conjuga nas formas arrizotônicas (adequamos, adequais). Não existe “adequa”.

   

 Não é um achado? O professor de hoje não parece o filósofo do tempo de Galileu, relendo Aristóteles e recusando-se a olhar pela luneta?


POSSENTI, S. A cor da língua e outras croniquinhas de linguista. São Paulo: Mercado de Letras, 2001.

Em relação ao processo de organização das ideias no texto, é NÃO é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O quarto parágrafo reafirma o parágrafo anterior.

    R.: letra D


ID
2030656
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
Prefeitura de Maceió - AL
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Bom Conselho

Chico Buarque

Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa

Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança. [...]

Disponível em: <https://www.letras.mus.br/chico-buarque/85939/>. Acesso em: 08 jul. 2016.


A intertextualidade é um recurso de linguagem que requer do leitor um outro tipo de conhecimento, de textos anteriores. No texto acima, o autor faz alusão a ditados populares com o intuito de desconstruir suas mensagens. Nesse caso, a intertextualidade é identificada como

Alternativas
Comentários
  • Alguém explicaria essa? 

  • Também queria saber, até entendo o porquê é explicita, mas não sei o porquê de ser formal.
  • Alguém pode explicar ?

  • Resposta Letra A

     

    Na intertextualidade explícita, ficam claras as fontes nas quais o texto baseou-se e acontece, obrigatoriamente, de maneira intencional. Pode ser encontrada em textos do tipo resumo, resenhas, citações e traduções. Podemos dizer que, por nos fornecer diversos elementos que nos remetem a um texto-fonte, a intertextualidade explícita exige de nós mais compreensão do que dedução.

    É possível observar, após a leitura do texto, que o ditado popular serviu de texto-fonte para a música de Chico Buarque, pois há uma referência explícita aos versos do poeta, sobretudo no início da canção.

     

    intertextualidade implícita demanda de nós um pouco mais de atenção e análise. Como o próprio nome diz, esse tipo de intertexto não se encontra na superfície textual, visto que não fornece para o leitor elementos que possam ser imediatamente relacionados com algum outro tipo de texto-fonte. Sendo assim, pedem de nós uma maior capacidade de realizar analogias e inferências, fazendo com que o leitor reative conhecimentos preservados em sua memória para então compreender integralmente o texto lido. A intertextualidade implícita é muito comum em textos parodísticos, irônicos e em apropriações.

  • Resposta Letra A

    A) Intertextualidade explícita: é quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos.
    Exemplos: epígrafe, citação, paráfrase, paródia, tradução
     

    B) Intertextualidade implícita: Quando uma articulista de jornal escreve sobre a importância dos direitos humanos na atualidade, suas idéias fazem parte de um discurso ideológico, portanto, com certeza, seu texto mantém diálogo implícito (ou explícito) com a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU e outros documentos

     

    Fonte: Apostila Curso Cidade, 2015, pág. 297.

  • Para que tirem a dúvida de uma vez, a intertextualidade explícita é quando um autor reproduz de forma "idêntica" o conteúdo de um texto no seu, e a intertextualidade implícita é a idéia de um outro autor, desenvolvido por outro.

     

    A chave para a questão é saber o que é intertextualidade de forma e conteúdo:

     

    De conteúdo: quando os mesmos textos circulam por diferentes veículos, ocorre a intertextualidade de conteúdo: os mesmos assuntos abordados por diferentes jornais (ou mídias) em datas iguais; os mesmos termos ou conceitos (comuns a uma dada área) empregados em diferentes publicações

     

    De forma: quando a mesma linguagem (estilo, registro ou variedade) é usada com fins específicos (imitação, paródia...)

    Gabarito A

  • De forma ou conteúdo... complicadinho de entender!! 

    Alguém tem a cereja do bolo aí p facilitar?

  • pelo que se entende do comentário  do Dimas  a  por conteúdo está relacionada a reprodução identica ,mantendo inclusive a intenção da mensagem intextualizada

     por forma seria transmitir  a intextualização com outro objetivo ,diferente do texto intextualizado

  • Eu errei essa!! Pensei que fosse letra (e).

    Por forma, penso na estrutura do texto (a linguagem, e outros recursos). O discurso é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma circunstância discursiva.

    Para complementar, existe a intertextualidade inter-gêneros (um gênero com a função do outro) e a heterogeneidade tipológica (um gênero com a presença de vários tipos.

     

  • Informação abaixo retirada de um trabalho de pesquisa que tem como título: Considerações sobre a intertextualidade no hipertexto*

     

     

    (...) numa tipologia fundamentada em Koch (1990), para quem haveria dois tipos de intertextualidade, uma de forma e outra de conteúdo.

     

    Em sua explicação,

    a primeira ocorre quando o produtor de um dado texto repete expressões, enunciados e trechos de outros textos. Já a intertextualidade de conteúdo se realiza no interior de uma mesma cultura, por meio de textos de uma mesma época e áreas de conhecimento. A intertextualidade de conteúdo pode se dar explícita ou implicitamente. (XAVIER, 2003, p. 285 - gf. do autor)

     

    Obs:  Grifos e negritos meus!

     

    [ Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-76322009000300007 ]

  • PESSOAL!! VAMOS PEDIR PARA O QCONCURSO REFLETIR SOBRE A METODOLOGIA DO PROFESSOR ARINILDO!!

  • Também concordo Ana Silva, prefiro o método da Isabel ou Alexandre Soares.

  • intertextualidade  de forma = ocorre quando o produtor de um dado texto repete expressões, enunciados e trechos de outros textos.

     

     

     intertextualidade de conteúdo = se realiza no interior de uma mesma cultura, por meio de textos de uma mesma época e áreas de conhecimento

     

    Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça: 

    Inútil dormir que a dor não passa

    Espere sentado Ou você se cansa

    (pois) Está provado, quem espera nunca alcança. [...]  

     

    HÁ UM DITADO POPULAR QUE DIZ: QUEM ESPERA, SEMPRE ALCANÇA

                                                                                                                                      

    A intertextualidade é um recurso de linguagem que requer do leitor um outro tipo de conhecimento, de textos anteriores.

    No texto acima, o autor faz alusão a ditados populares  (QUEM ESPERA, SEMPRE ALCANÇA) com o intuito de desconstruir suas mensagens

     

    De fato, há,  expressamente, uma intertextualidade  de forma, pois está a se referir a um ditados popular, desconstituindo-o no trecho em tela

     

    Exemplo de intertextualidade de conteúdo:

     

    De fato, o rombo nas contas do Estado brasileiro impõe um teto visando adequar as despesas ao nível de arrecadação, pois a capacidade de o setor produtivo suportar a carga tributária está esgotada. Nesse sentido, pesquisas do Instituto Mises - corroboradas pela empiria - já demonstraram que a maioria dos economistas são favoráveis a proposição, porquanto, se não for aprovada, a recessão tende a se agravar, aumentando as nefastas taxas de desemprego.

     

    Outrossim, um artigo divulgado pelo Instituto Mises demonstra que, nos Entes Federados americanos que mais restringem o porte de arma, as taxas de homicídio são maiores que em outros Estados nos quais há uma política mais liberal quanto ao uso de tais artefatos defensivos.

  • Para os ñ assinantes, Gab. A) explícita, pautada na forma.


ID
2031937
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As frases a seguir – de Machado de Assis – apresentam intertextualidades em relação a algum texto conhecido, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • a intertextualidade pode ser:

    explicita: ideia de um autor desenvolvida por outro

    implícita: autor reproduz de forma idêntica o conteúdo a um texto seu.

    observe que as letras de A a D  são  reproduções, logo a resposta é letra E.

     

  • Não entendi muito bem a explicação da colega e resolvi ver quantas obras ele fez... um dia qem sabe eu leio todas. Próximooooooo!

     

    obra de Machado de Assis constitui-se de 9 romances e 9 peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas.[1][2] Suas primeiras produções foram editadas por Paula Brito,[3] e, mais tarde, por Baptiste-Louis Garnier. Garnier havia chegado ao Rio de Janeiro em 1844 de Paris e estabeleceu-se aí como uma figura notória do mercado livreiro brasileiro.[4] Hoje em dia, é comum as editoras brasileiras publicarem volumes especiais intitulados "Obra Completa de Machado de Assis" a fim de reunir toda a gama de sua produção

  • Juli Li, acredito que nao precisa ter esse trabalho todo! Rs.

    Eu consegui acertar tendo a seguinte lógica em mente:

    As alternativas B, C e D "entregam" que possuem intertextualidade:

    B - “O futuro a Deus pertence, dizem os cristãos.” 

    Está ligado a crença crista.

    C - “O povo, graças à ilusão da Providência, costuma dizer que Deus dá o frio conforme a roupa.”

    Se o povo costuma dizer, guarda intertextualidade com a crença popular.

    D - “As pessoas que foram crianças não esqueceram decerto a velha questão que se lhes propunha sobre qual nasceu primeiro, se o ovo, se a galinha.” - Se é uma velha questao que era proposta as crianças, guarda intertextualidade com uma questao proposta.

     

    Dessa forma, restaram apenas as alternativas A e E. Contudo, a alternativa A é composta por um trecho bem conhecido, que é "Nao só de fé vive o homem".

    Somente restou a alternativa E.

    Em relaçao ao uso de provérbios como forma de intertextualidade, esse trecho explica bem:
     

    "A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos, além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a funçãodaquela citação ou alusão em questão.

    Entre os variadíssimos tipos de referências, há provérbios, ditos populares, frases bíblicas ou obras / trechos de obras constantemente citados - literalmente ou modificados -, cujo reconhecimento é facilmente *perceptível pelos interlocutores em geral [...]"

    Fonte: http://www.pead.letras.ufrj.br/tema02/intertextualidade2.htm

  • Que questão mais sem noção, agora temos que saber todas as obras de um autor?!

  • Não há necessidade de conhecer todas as obras de Machado de Assis, pois a questão pede muito mais conhecimento dos provérbios populares e de um versículo da Bíblia bem conhecido, mesmo por quem não leu a Bíblia, pois é um versículo também muito dito pelo povo, como um provérbio. A intertextualidade sempre vai exigir o conhecimento de outras obras além das que estão no texto e de conhecimento de mundo.

  • O jeito é ler provérbios e ditados pras provas!

  • Será que estava no edital como matéria "Todas as obras de Machado de Assis" ?

    Se sim a questão é válida! rsrsrs

    Bons estudos!

  • Muito xato essas questões de Intertextuaidade, pois todo os professores com quem tive aulas disseram que intertextualidade é conhecimento de mundo.

    Ou seja, o que nos dá uma pequena ajuda, de vez em quando, são os ditados populares derivados de algumas grandes obras, na sua maioria usada pelas bancas, mas quando não dá é isso ai mesmo, pula pra proxima...

  • Apesar do esforço, ninguém conseguiu explicar porque a "E" não possui intertextualidade. Eu, pelo menos, sempre ouvi a expressão "passado é passado...". Ademais, não creio, como bem salientado por alguns colegas, que seja necessário conhecer a obra de Machado de Assis para resolver a questão. A técnica de resolver "por exclusão" é válida no dia da prova, mas no treino o ideal é saber a justificativa de cada alternativa. Irei indicar para comentário mas, sinceramente, não tenho esperanças que consigamos uma explicação objetiva.

  • Acertei a questão baseado nas seguintes premissas que conheço;

    1-  Passado é passado o futuro a Deus pertence.

    2- Esquece o passado o futuro a Deus pertence,

    Veja que ela trocou “O passado é passado. Cuidemos do presente e do futuro.” 

    Tenho acertado as questões não exatamente no que sei, mas coloquei na cabeça que a FGV é uma banca emocional (as pessoas que elaboram a prova de português). Tipo mulheres estressadíssimas em dias de TPM.

     

  • o certo seria na 1ª 

    Jesus respondeu: Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'.

     

    na útima seria: Quem vive de passado é museu!

     

    “A menos que alguém nasça da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” (João 3:5) Assim, quando foi batizado e o espírito santo desceu sobre ele, Jesus nasceu “da água e do espírito”. Nesse momento, ouviu-se uma declaração desde os céus: “Este é meu Filho, o amado, a quem eu aprovo.” (Mateus 3:16, 17) Dessa maneira, Deus anunciou que Jesus tinha se tornado seu filho espiritual com a perspectiva de entrar no Reino celestial. Mais tarde, no Pentecostes de 33 EC, outras pessoas batizadas receberiam o espírito santo e assim também nasceriam de novo como filhos espirituais de Deus. — Atos 2:1-4.

     

    Então Jesus fala mais a respeito de seu papel especial como Filho humano de Deus. Ele diz: “Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim será erguido o Filho do Homem para que todo aquele que nele crer tenha vida eterna.” — João 3:14, 15.

  • Por exclusão, gabarito E.

    A

    Não só de fé vive o homem, mas também de pão e seus compostos e similares.”

    B

    O futuro a Deus pertence, dizem os cristãos.”

    C

    “O povo, graças à ilusão da Providência, costuma dizer que Deus dá o frio conforme a roupa.”

    D

    “As pessoas que foram crianças não esqueceram decerto a velha questão que se lhes propunha sobre qual nasceu primeiro, se o ovo, se a galinha.”

    E

    “O passado é passado. Cuidemos do presente e do futuro.”


ID
2170393
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Problemas de trânsito

    O trânsito sempre foi sinônimo de confusão, e tragédias. Agora, infelizmente, às vésperas do final do ano, o número de acidentes e mortes tende a aumentar ainda mais. A má conservação das estradas e a irresponsabilidade de alguns motoristas contribuem para que esse quadro se agrave ainda mais.

     Além disso, a cada dia que passa, o número de carros cresce, tornando o trânsito nas grandes cidades ainda mais caótico.

     Será preciso muito trabalho e investimento para acabar com os problemas do trânsito brasileiro. Construção de estradas mais seguras, adoção de leis mais enérgicas, investimento em transporte público, ampliação do número de agentes de trânsito e, é claro, a conscientização de motoristas trarão menos dor de cabeça a muita gente.

(Adaptado. www.blogmail.com.br)

“O trânsito sempre foi sinônimo de confusão, e tragédias”.

Entre as frases apresentadas a seguir, assinale a que está ligada mais à confusão do que à tragédia.

Alternativas
Comentários
  • (C)

    a)Morreram cem romeiros em acidentes na Via Dutra.(Tragédia)


    b)Seis membros de uma mesma família perecem em acidente com ônibus.(Tragédia)


    c)Mais de 20 quilômetros de engarrafamento na volta para casa.( confusão)


    d)Motorista de caminhão morre ao dormir ao volante.(Tragédia)

     

    e)Trinta pessoas hospitalizadas após acidente grave em Petrópolis.(Tragédia)

  • na minha prova nao vem assim.

  • VERDADE


ID
2170399
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Problemas de trânsito

    O trânsito sempre foi sinônimo de confusão, e tragédias. Agora, infelizmente, às vésperas do final do ano, o número de acidentes e mortes tende a aumentar ainda mais. A má conservação das estradas e a irresponsabilidade de alguns motoristas contribuem para que esse quadro se agrave ainda mais.

     Além disso, a cada dia que passa, o número de carros cresce, tornando o trânsito nas grandes cidades ainda mais caótico.

     Será preciso muito trabalho e investimento para acabar com os problemas do trânsito brasileiro. Construção de estradas mais seguras, adoção de leis mais enérgicas, investimento em transporte público, ampliação do número de agentes de trânsito e, é claro, a conscientização de motoristas trarão menos dor de cabeça a muita gente.

(Adaptado. www.blogmail.com.br)

A má conservação das estradas” inclui uma série de problemas de manutenção das rodovias. Assinale a afirmativa que não se inclui entre esses problemas.

Alternativas
Comentários
  • "O pequeno número de guardas de trânsito nos cruzamentos" nada tem a ver com “A má conservação das estradas”, mas sim com a política de prevenção/repressão do Poder Público.

  • Na minha opiniiao, o que matou a questao foi a palavra "cruzamentos", Nada a ver em relaçao aos problemas de rodovia, pois, a mairoria dos acidentes, de acordo com o texto, acontece em RODOVIAS - sentido estrito de rodovia de transito baixo com velocidade significativamente alta, as famosas BRs, por exemplo.

  • guarda de transito só serve para prejudicar o cidadão, aplicando multas e nunca ajudando o cidadão se prevenir de violencia...


ID
2203657
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
IF-AC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Faça a leitura do texto seguinte e responda à próxima questão.

Complexo de vira-latas

    Hoje vou fazer do escrete o meu numeroso personagem da semana. Os jogadores já partiram e o Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética. Nas esquinas, nos botecos, por toda parte, há quem esbraveje: “O Brasil não vai nem se classificar!”. E, aqui, eu pergunto:
    — Não será esta atitude negativa o disfarce de um otimismo inconfesso e envergonhado?
    Eis a verdade, amigos: — desde 50 que o nosso futebol tem pudor de acreditar em si mesmo. A derrota frente aos uruguaios, na última batalha, ainda faz sofrer, na cara e na alma, qualquer brasileiro. Foi uma humilhação nacional que nada, absolutamente nada, pode curar. Dizem que tudo passa, mas eu vos digo: menos a dor-de-cotovelo que nos ficou dos 2 x 1. E custa crer que um escore tão pequeno possa causar uma dor tão grande. O tempo passou em vão sobre a derrota. Dir-se-ia que foi ontem, e não há oito anos, que, aos berros, Obdulio arrancou, de nós, o título. Eu disse “arrancou” como poderia dizer: “extraiu” de nós o título como se fosse um dente.
    E hoje, se negamos o escrete de 58, não tenhamos dúvida: — é ainda a frustração de 50 que funciona. Gostaríamos talvez de acreditar na seleção. Mas o que nos trava é o seguinte: — o pânico de uma nova e irremediável desilusão. E guardamos, para nós mesmos, qualquer esperança. Só imagino uma coisa: — se o Brasil vence na Suécia, se volta campeão do mundo! Ah, a fé que escondemos, a fé que negamos, rebentaria todas as comportas e 60 milhões de brasileiros iam acabar no hospício.
    Mas vejamos: — o escrete brasileiro tem, realmente, possibilidades concretas? Eu poderia responder, simplesmente, “não”. Mas eis a verdade:
    — eu acredito no brasileiro, e pior do que isso: — sou de um patriotismo inatual e agressivo, digno de um granadeiro bigodudo. Tenho visto joga dores de outros países, inclusive os ex-fabulosos húngaros, que apanharam, aqui, do aspirante-enxertado do Flamengo. Pois bem: — não vi ninguém que se comparasse aos nossos. Fala-se num Puskas. Eu contra-argumento com um Ademir, um Didi, um Leônidas, um Jair, um Zizinho.
    A pura, a santa verdade é a seguinte: — qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de invenção. Em suma:
    — temos dons em excesso. E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes, invalida as nossas qualidades. Quero aludir ao que eu poderia chamar de “complexo de vira-latas”. Estou a imaginar o espanto do leitor: — “O que vem a ser isso?” Eu explico.
    Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos “os maiores” é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Por que, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo. Na já citada vergonha de 50, éramos superiores aos adversários. Além disso, levávamos a vantagem do empate. Pois bem: — e perdemos da maneira mais abjeta. Por um motivo muito simples: — porque Obdulio nos tratou a pontapés, como se vira-latas fôssemos.
    Eu vos digo: — o problema do escrete não é mais de futebol, nem de técnica, nem de tática. Absolutamente. É um problema de fé em si mesmo.
    O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas e que tem futebol para dar e vender, lá na Suécia. Uma vez que ele se convença disso, ponham-no para correr em campo e ele precisará de dez para segurar, como o chinês da anedota.
    Insisto: — para o escrete, ser ou não ser vira-latas, eis a questão.

Nelson Rodrigues
Texto extraído do livro “As cem melhores crônicas brasileiras”, editora Objetiva, Rio de Janeiro (RJ), p. 118/119, e do livro “À sombra das chuteiras imortais: crônicas de chutava”, seleção de notas de Ruy Castro – Companhia das Letras – 1993.

Ao lançar mão da expressão “Insisto: — para o escrete, ser ou não ser vira-latas, eis a questão.”, o autor alude ao conhecido mote “ser ou não ser, eis a questão”, de Will Skakespeare. Ao fazer isso, dizemos que ocorreu:

Alternativas
Comentários
  • De intertextualidade:

    Alusão – referência implícita ou explícita a um autor ou obra, como termo de comparação, não para criticar ou deformar.

  • Mesmo sabendo que se tratava de intertextualidade fui verificar o que era verossimilhança.

     

    Chama-se verossimilhança (português brasileiro) ou verosimilhança (português europeu), em linguagem corrente, ao atributo daquilo que parece intuitivamente verdadeiro, isto é, o que é atribuído a uma realidade portadora de uma aparência ou de uma probabilidade de verdade, na relação ambígua que se estabelece entre imagem e ideia.

  • A resposta é a alternativa "A" pois o significado de intertextualidade é o seguinte:

    Significado de Intertextualidade
    substantivo feminino
    Diálogo entre textos; criação ou superposição de textos.

    #Composição de um texto usando outro como base, pode ser feita por meio de citação, paródia ou paráfrase: intertextualidade entre uma poesia e uma música.
    [Literatura] Mistura de textos ou partes de textos já existentes, compostos por um ou vários autores, que resulta num novo texto.

  • Intertextualidade:

    -Acontece quando há, no texto, uma referência explícita ou implícita de outro texto;

    -É um diálogo entre textos;

    -Um texto que toma a ideia de outro;

    Tipos de intertextualidade:

    1.Paráfrase (resumo);

    2.Paródia (a questão acima é um exemplo);

    3.Epígrafe;

    4.Alusão;

    5.Citação (para quem fez TCC nunca irá esquecer que citação é um dos exemplo de intertextualidade).


ID
2224792
Banca
CRF-TO
Órgão
CRF-TO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                             De fracassos e de acertos

      Há uns poucos anos, escrevi o poema “Outra vez, janeiro”, cujos primeiros versos são assim: janeiro chegou manhoso./Novamente, estendeu-me a mão/corajoso/mesmo a olhar/trás e adiante/certezas incertas/incertezas certas.(...) O mês de janeiro do ano de 2014 chegou nada manhoso. Aliás, sem denguices e bastante descontrolado, prossegue despejando sobre o mundo água, neve, calor, frio, tudo em demasia e de modo insensato, causando graves problemas que põem à prova até a fé de muitos homens de boa vontade.

      (...) Este primeiro mês do calendário de 2014 já faz o mundo pressentir muitas “certezas incertas e incertezas certas”, que fatalmente irão surgir no passar do ano. Nós, brasileiros, temos fortes indícios de que estremecimentos maiores virão por aí, pela inflação que ganha impulso, pelos setores públicos da educação e saúde cada vez mais deixando a desejar, pelo agravamento da violência urbana que atinge assustador nível de crueldade, pela espera bastante temerosa de dois grandes acontecimentos que o Brasil tem pela frente: a Copa do Mundo e as Eleições Governamentais.

      Eu sei que muitos dos problemas acima não são de agora e que, apenas passando de um ano para outro, eles jamais serão resolvidos. (...) Já passados o Natal e o réveillon, a vida prossegue com seu jogo nada estável, no qual até o menor dos atos jamais descarta as duas possibilidades que os sustêm: o sucesso ou o fracasso. Especialmente a este respeito, o físico e escritor Marcelo Gleiser publicou em 22/12/2013, jornal Folha de São Paulo, um belíssimo artigo intitulado “Homenagem ao fracasso”, no qual enfatiza a importância das muitas e necessárias repetições, esforço às vezes desmedido, para que pouco a pouco, desses fracassos aconteçam indispensá- veis acertos para a história dos homens.

                                     (CAMPOS,Heloísa Helena de, Diário da Manhã,22/01/2014)

O texto de Heloísa Helena, De fracassos e de acertos, faz uma referência ao texto de Marcelo Gleiser. Esse tipo de referência é conhecido, semanticamente como:

Alternativas
Comentários
  •  

    Intertextualidade é quando um texto é citado/escrito dentro do outro. Diálogo entre textos.

     

    O próprio enunciado denuncia a questão: "...faz uma referência ao texto de Marcelo Gleiser.

     

    Outra análise da questão é: "...“Outra vez, janeiro”...  que é diferente do nosso caso de estudo: "De fracassos e de acertos".

     

     

  • A) Paráfrase: Paráfrase é um recurso de interpretação textual que consiste na reformulação de um texto, trocando as palavras e expressões originais, mas mantendo a ideia central da informação

    B)GABARITO

    C) Polifonia: é uma característica dos textos em que estão presentes diversas vozes.Em outras palavras, a polifonia aponta a presença de obras ou referências que aparecem dentro de outra.

    D) Retextualização: Denomina-se retextualização o processo de produção de um novo texto a partir de um ou mais textos-base.

  • GABARITO: LETRA B

    Em suma, a intertextualidade trata da relação de identidade e semelhança entre dois textos em que um cita o outro com referência implícita ou explícita. Um texto B faz menção, de algum modo, a um texto A.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
2229193
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com Licença Poética

                            Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.

Não sou tão feia que não possa casar,

acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos

- dor não é amargura.

 Minha tristeza não tem pedigree,

já a minha vontade de alegria, 

sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.

PRADO, Adélia. Reunião de poesia. 3ª ed. Rio de Janeiro: BestBolso, 2014. p. 19.

Em “Com Licença Poética”, Adélia Prado estabelece um diálogo com o “Poema de Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade.

Alternativas
Comentários
  • estabelece um diálogo intertextual.

    INTERTEXTUALIDADE: Diálogo entre dois ou mais textos, que não precisam ser necessariamente de um mesmo gênero, a intertextualidade é um fenômeno que pode manifestar-se de diferentes maneiras.

    GAB: B

  • intertextualidade explicita: reprodução idêntica!

  • Fiquei em dúvida entre a B e a C. Não poderia ser referenciação? Já que faz uma referência ao poema de Drumond?

     

  • INTERTEXTUALIDADE é a criação de um texto, a partir de outro preexistente.

     

    INTER = entre / TEXTUALIDADE = texto: relação entre textos.


ID
2243824
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Arte e natureza

      A natureza é uma grande musa. É por ela, e por meio dela, que sentimos a força criadora do entusiasmo – energia maior da inspiração que nos permite registrar, com prazer, a experiência da beleza refletida na harmonia das formas e no delicado equilíbrio das cores naturais. Para os antigos gregos, o entusiasmo (em + theos) nascia do encontro com o daimon, um gênio bondoso que seria o nosso guia pela vida inteira. Essa experiência nos permite também ter uma simpatia especial com o natural. E desperta a nossa criança interior, que estaria ansiosa para continuar brincando.

      Esse é o momento em que o fotógrafo de natureza pega sua câmera, pois escuta a voz interior da inspiração falar: “Vá, exercite suas asas, faça o registro, descubra sua luz e espalhe sua voz pelos quatro cantos do mundo!” O desejo começará a fazer as pazes com o coração para que todos possam aprender, apreciar e amar a natureza. Conjugar o natural com o artístico, fazer da imagem um ornamento, um texto atraente – eis as primeiras condições de uma estética do natural.

      O belo natural é a matriz primeira do belo artístico. Essa é a expressão mimética mais convincente da beleza ideal como tanto defendia Kant. É por isso que a arte ecológica tanto nos seduz, porque estimula o olhar na ampliação desse grande mistério que é ser. O artista é o que intui melhor esse sentimento e busca compulsivamente exprimi‐lo por meio do seu trabalho. O artista ecológico vive dessa temperatura e é por meio da natureza que ele fala, ou melhor, é por ela que ele aprende a falar com sua própria voz. E o momento da criação surge quando, levados por aquela força inspiradora, a intuição e a experiência racional se abraçam numa feliz alquimia. Fiat lux! É o instante em que esse encontro torna‐se obra, registro e documentação.

      Se o artista foi tocado pela musa, desse momento em diante será sempre favorecido por esse impulso. Essa força não é apenas a expressão passageira de uma vontade, mas uma busca pela vida toda na direção de algo ansioso por se tornar imagem. Esse algo é a obra de arte cuja função não vai ser apenas a de agradar, mas a de transmitir a mensagem daquela conivência.

      Quando o homem está inspirado, nada o detém. Se o sofrimento e toda sorte de obstáculos o atingem, ele cria na dor; e esse sacrifício (sacro‐ofício), ao término da obra, se tornaria um exemplo de persistência e de nobreza de espírito. Se está feliz, ele expressa sua felicidade no trabalho. Nesse instante, por exemplo, o fotógrafo da natureza, no sozinho da sua alma, poderá dizer: “Translúcida inspiração, eu a vejo em brilho com seu sorriso pintado em azul. Deixe‐me por um momento desenhar seu vulto na alquimia luminosa da minha lente!”

      Podemos concluir que o brilho de uma obra de arte nunca se apaga, isto é, ela nunca termina de dizer. No sentido de que, enquanto houver espectador para avaliar, apreciar, cuidar, guardar e restaurar, haverá obra e, assim, ela estará sempre acima do tempo. Desse tempo que destrói, desfigura e mata. O quadro “Guernica”, do pintor espanhol Pablo Picasso, por exemplo, devolve ao avaliador uma mensagem tão poderosa que aquela obra provocará surpresa e admiração enquanto existir um olhar que a contemple e avalie.

      E é esse olhar que faz da obra do tempo histórico uma surpreendente permanência, a despeito da perda do efêmero e do fugidio. No final, o artista, o espectador, a obra e o tempo se congratulam. É essa junção de forças que mantém vivo todo trabalho artístico. Ainda bem que a natureza sabe escolher com paciência seus artesãos. Isto é, aqueles que vão dizê‐la com suas próprias vozes, como o fotógrafo, o escultor, o desenhista, o músico e o pintor.

     (Alfeu Trancoso – Ambientalista e professor de Filosofia da PUC/ Minas.)

Fiat lux! É o instante em que esse encontro torna‐se obra, registro e documentação.” (3º§) A expressão anteriormente destacada usada pelo autor faz alusão ao texto

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Anulada (Letras A e B).

    No gabarito preliminar, apresenta-se a alternativa A como correta. Não obstante, em resposta a recurso, argumenta a Banca Examinadora: "A tradução da expressão latina 'Fiat lux' não foi adicionada ao enunciado, tornando impossível sua analogia à criação do mundo (texto bíblico), pois na sequência da exposição de fatos, o autor atrela essa expressão à criação artística à qual ela se refere, no período redigido. A ausência dessa tradução pode ter induzido a assinalar a alternativa que continha 'texto publicitário' por se tratar de uso mais frequente de Fiat (marca italiana de automóveis) e Lux ( marca de sabonete pertencente ao grupo Unilever) e também à marca de fósforos ( Fiat lux)".

    Particularmente, creio que a Banca foi excessivamente generosa...

    Espero ter contribuído...

    Abraços!


ID
2274925
Banca
FUNRIO
Órgão
IF-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Vou voltar / Sei que ainda vou voltar / Para o meu lugar / Foi lá e é ainda lá / Que eu hei de ouvir cantar / Uma sabiá. / Vou deitar à sombra / De uma palmeira que já não há / Colher a flor que já não dá / E algum amor talvez possa espantar.” (Chico Buarque e Tom Jobim, “Sabiá”)

“Céu de vidro azul fumaça / Quatro graus de latitude / Rua estreita, praia e praça / Minha arena e ataúde / Não permita Deus que eu morra / Sem sair desse lugar / Sem que um dia eu vá embora / Pra depois poder voltar.” (Raimundo Fagner, “4 Graus”)

Os dois trechos transcritos acima servem como exemplo de intertextualidade, fenômeno que ocorre quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. No caso, a referência é ao poema

Alternativas
Comentários
  • Essa foi muito facil, sou da terra de Gonçalves Dias rsrsrsrs

  • Minha terra tem palmeiras,

     

    Onde canta o Sabiá;

     

    As aves, que aqui gorjeiam,

     

    Não gorjeiam como lá.

     

    "CANÇÃO DO EXÍLIO" é uma poesia romântica de Gonçalves Dias, introduzida na obra lírica Primeiros cantos, de 1846. Foi produzida no primeiro momento do Romantismo no Brasil, época na qual se vivia uma forte onda de nacionalismo, que se devia ao recente rompimento do Brasil colônia com Portugal. O poeta trata, neste sentido, de demonstrar aversão aos valores portugueses e ressaltar os valores naturais do Brasil.

     

    O poema foi reciclado no Hino Nacional Brasileiro (no trecho "Nossos bosques têm mais vida; Nossa vida em teu seio mais amores", do segundo parágrafo da segunda parte) e na Canção Militar do Expedicionário (no trecho "Por mais terras que eu percorra, não permita Deus que eu morra; Sem que volte para lá", da segunda estrofe).


ID
2307259
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
Prefeitura de Piraúba - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto seguinte para responder à questão a seguir.

Canção do exílio: (Gonçalves Dias).

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá.

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá.

Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.  

Alguns versos do poema de Gonçalves Dias podem ser relacionados a trechos do “Hino Nacional Brasileiro,” escrito 63 anos depois, em 1909. Identifique esses versos:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    ...

    Nossos bosques têm mais vida,

    Nossa vida mais amores.

    “Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida no teu seio mais amores”. ​

  • "Quando Gonçalves Dias escreveu este poema, cursava a Faculdade de Direito de Coimbra, em julho de 1843. Vivia, desta forma, um exílio físico e geográfico.O poema foi reciclado no Hino Nacional Brasileiro (no trecho "Nossos bosques têm mais vida; Nossa vida em teu seio mais amores", do segundo parágrafo da segunda parte)"


ID
2367136
Banca
FGV
Órgão
ALERJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 – Comunicação Política na Suíça

Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco vezes por ano aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política. Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa sobre a iniciativa popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente 100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do referendum, obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa. (Argumentação, Hermès. Paris: CNRS Edições. 2011, p. 58) 

A frase abaixo que se estrutura sobre uma intertextualidade é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Para que você entenda melhor o conceito de intertextualidade, basta analisar a estrutura da palavra: inter é um sufixo de origem latina e faz referência à noção de relação. Por isso, é correto afirmar que a intertextualidade refere-se às relações entre os textos, assim como é correto afirmar que todo texto, em maior ou menor grau, é um intertexto, e isso acontece em virtude das relações dialógicas firmadas. 

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  • Não entendi.

  • intertextualidade é  substituir a frase com outras palavras.

    obeserve que o texto envolve cidadão/participação nas decições politicas, logo,

    a) Política é a arte de obter votos dos pobres e dinheiro dos ricos, prometendo a cada grupo defendê-lo contra o outro”. (O. Ameringer) 

    b)“Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, apesar do povo”. (Anônimo) OPÇÃO CORRETA

    c)“Democracia é o abuso da estatística”. (J. L. Borges) 

    d) “Em ano eleitoral, o ar está cheio de discursos, e vice-versa”. (F. Nolau) 

    e)“Mentir às pessoas para obter dinheiro é fraude. Mentir para obter votos é política”. (Anônimo)

     

  • Basicamente, intertextualidade se refere à citação explícita ou implícita de um texto dentro de outro. 

     

    Na alternativa B, um anônimo faz uso da famosa frase de Abraham Lincoln - A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo. Depois este anônimo a completa com sua crítica pessoal: "apesar do povo"

  • Perfeito o comentário de Mindfulness br. 

     

    Questões sobre intertextualidade normalmente testam o conhecimento de mundo do candidato. Portanto, sempre tente identificar se as frases abordadas nas alternativas referem-se implicitamente ou explicitamente a algum ditado popular, discursos famosos, históricos etc.

  • A questão não fala nada sobre aplicar as frases de forma interpretativa ao texto. Fui neste sentido e acertei. A que mais se aplica é a letra B

  • Gettysburg Address: "Government of the people, by the people, for the people, shall not perish from the earth" Abraham Lincoln

    Governo do povo, pelo povo e para o povo não perecerá da Terra - tradução livre 

    Alguns consideram essa frase de Lincoln como a própria definição de Democraacia.

  • O comentário do Minfulness está excelente! 

  • Indiquem para comentário. As justificativas que nossos colegas apresentaram estão insuficientes para solucionar todos os problemas.

  • O texto acima fala sobre democracia, exatamente na letra B, estão inter-relacionadas, ou seja, intertextualizadas.

  • Cobra alguém de conhecer uma frase famosa, e de alguém de fora do país, aí é difícil.

     

  • Utilizou a paródia, uma forma de intertextualidade.

    GAB. B

    https://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/

  • É FGV? Acertou? não importa. Indique para comentário.

  • Acho que para acertar não precisava conhecer frase de alguém fora do pais mas entender que nestas fala alguém usou intertextualidade , ou seja, trouxe em sua fala algum texto conhecido ou consagrado, não necessariamente precisa ser igual. Democracia é governo do povo é bastante conhecida, fui nesta linha.

  • não concordo com esse tipo de questão pq tem vários textos para fazer intertextualidade e vc tem q lembrar de um espefíco é difícil. tem coisa q fica na memória mas tem outras q ñ dá.

  • A partir da lógica do comentário do Mauro Icardi, podemos eliminar as alternativas A, C e D, pois são citações expressas (ipsis litteris) dos autores das frases, destacados pelos parênteses. Assim, a questão desenvolveu a intertextualidade a partir da modificação de uma frase conhecida, de modo que a citação direta não era possível e nos restaria olhar as frases formuladas por autores anônimos.

  • Entendi é nada .

  • b) “Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, apesar do povo”. (Anônimo)

    CORRETA. Essa frase parte de uma frase famosa de Abraham Lincoln, muito usada como definição de "democracia": é o governo do povo, pelo povo e para o povo.

    Aqui houve o acréscimo da expressão "apesar do povo", o que dá um caráter humorístico à frase. O autor partiu da frase de Lincoln para formar a sua própria. Há intertextualidade.

    GAB B


ID
2438119
Banca
IBADE
Órgão
PC-AC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           O Dia da Consciência Negra 

      [...]

     O assunto é delicado; em questão de raça, deve-se tocar nela com dedos de veludo. Pode ser que eu esteja errada, mas parece que no tema de raça, racismo, negritude, branquitude, nós caímos em preconceito igual ao dos racistas. O europeu colonizador tem - ou tinha - uma lei: teve uma parte de sangue negro - é negro. Por pequena que seja a gota de sangue negro no indivíduo, polui-se a nobre linfa ariana, e o portador da mistura é "declarado negro”. E os mestiços aceitam a definição e - meiões, quarteirões, octorões - se dizem altivamente “negros", quando isso não é verdade. Ao se afirmar “negro” o mestiço faz bonito, pois assume no total a cor que o branco despreza. Mas ao mesmo tempo está assumindo também o preconceito do branco contra o mestiço. Vira racista, porque, dizendo-se negro, renega a sua condição de mulato, mestiço, half-breed, meia casta, marabá, desprezados pela branquidade. Aliás, é geral no mundo a noção exacerbada de raça, que não afeta só os brancos, mas os amarelos, vermelhos, negros; todos desprezam o meia casta, exemplo vivo da infração à lei tribal.

   Eu acho que um povo mestiço, como nós, deveria assumir tranquilamente essa sua condição de mestiço; em vez de se dizer negro por bravata, por desafio - o que é bonito, sinal de orgulho, mas sinal de preconceito também. Os campeões nossos da negritude, todos eles, se dizem simplesmente negros. Acham feio, quem sabe até humilhante, se declararem mestiços, ou meio brancos, como na verdade o são. “Black is beautiful” eu também acho. Mas mulato é lindo também, seja qual for a dose da sua mistura de raça. Houve um tempo, antes de se desenvolver no mundo a reação antirracista, em que até se fazia aqui no Rio o concurso “rainha das mulatas”. Mas a distinção só valia para a mulata jovem e bela. Preconceito também e dos péssimos, pois a mulata só era valorizada como objeto sexual, capaz de satisfazer a consciência dos homens. 

   A gente não pode se deixar cair nessa armadilha dos brancos. A gente tem de assumir a nossa mulataria. Qual brasileiro pode jurar que tem sangue “puro” nas veias, - branco, negro, árabe, japonês?

   Vejam a lição de Gilberto Freyre, tão bonita. Nós todos somos mestiços, mulatos, morenos, em dosagens várias. Os casos de branco puro são exceção {como os de índios puros - tais os remanescentes de tribos que certos antropólogos querem manter isolados, geneticamente puros - fósseis vivos - para eles estudarem...). Não vale indagar se a nossa avó chegou aqui de caravela ou de navio negreiro, se nasceu em taba de índio ou na casa-grande. Todas elas somos nós, qualquer procedência Tudo é brasileiro. Quando uma amiga minha, doutora, participante ilustre de um congresso médico, me declarou orgulhosa “eu sou negra” - não resisti e perguntei: “Por que você tem vergonha de ser mulata?” Ela quase se zangou. Mas quem tinha razão era eu. Na paixão da luta contra a estupidez dos brancos, os mestiços caem justamente na posição que o branco prega: negro de um lado, branco do outro. Teve uma gota de sangue africano é negro - mas tendo uma gota de sangue branco será declarado branco? Não é.

   Ah, meus irmãos, pensem bem. Mulata, mulato também são bonitos e quanto! E nós todos somos mesmo mestiços, com muita honra, ou morenos, como o queria o grande Freyre. Raça morena, estamos apurando. Daqui a 500 anos será reconhecida como “zootecnicamente pura" tal como se diz de bois e de cavalos. Se é assim que eles gostam!

QUEIROZ, Rachel. O Dia da Consciência Negra. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23nov. 2002. Brasil, caderno 2, p. D16,

Vocabulário:

half-bread: mestiço,

marabá: mameluco.

meião, quarteirão e octorão: pessoas que têm,

respectivamente, metade, um quarto e um oitavo de sangue negro.

“Black is beautiful”: “O negro é bonito”


A invenção da escrita tornou possível a um ser humano criar num dado tempo e lugar uma série de sinais, a que pode reagir outro ser humano, noutro tempo e lugar. Portanto, é verdadeiro afirmar que alguns textos literários promovem interação autor/leitor.
Aponte a alternativa que possui uma transcrição que comprova que o texto dialoga diretamente com o leitor.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicarn o porquê dessa resposta?

  • Porque o "nossa avó" é como se fosse um dialogo entre duas pessoas.

    exemplo: nossa avó é igual a minha avó e a sua avó


ID
2454886
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Nova canção do exílio

                                      Um sabiá

                                      na palmeira, longe.

                                     Estas aves cantam

                                     um outro canto.


                                     O céu cintila

                                     sobre flores úmidas.

                                     Vozes na mata,

                                     e o maior amor.


                                     Só, na noite,

                                     seria feliz:

                                     um sabiá,

                                     na palmeira, longe.


                                     Onde é tudo belo

                                     e fantástico,

                                     só, na noite,

                                     seria feliz.

                                     (Um sabiá,

                                     na palmeira, longe.)


                                     Ainda um grito de vida e

                                     voltar

                                     para onde é tudo belo

                                     e fantástico:

                                     a palmeira, o sabiá,

                                     o longe.

                                     

                                     Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo


0 sentido do poema depende, em boa medida, do reconhecimento de que, em sua composição, o autor se vale de uma relação intertextual com a “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias. 0 que viabiliza a escolha do poema gonçalvino como referência intertextual é, em primeiro lugar, o fato de ele ser 

Alternativas

ID
2490124
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
SESC-PE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Definindo-se Intertextualidade, tem-se que

Alternativas
Comentários
  • (B)

    Intertextualidade: relação que se estabelece entre dois textos, quando um deles faz referência a elementos existentes no outro.

  • Por intertextualidade entende-se a criação de um texto a partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, conotação, versão, plágio, tradução, pastiche e paródia. 

  • GABA: B

  • Gabarito letra b.

    Definição literal. Intertextualidade é a comunicação entre textos.


ID
2502919
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

as meninas da gare


Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis

Com cabelos mui pretos pelas espáduas

E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas

Que de nós as muito bem olharmos

Não tínhamos nenhuma vergonha

ANDRADE, Oswald de. Poesias completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. p. 80


O poema acima, de autoria de Oswald de Andrade, faz uso de um conhecido recurso linguístico como modo de dialogar com outro texto famoso da história literária do Brasil. Aponte qual das alternativas abaixo apresenta o recurso e o texto corretos.

Alternativas
Comentários
  • "Suas vergonhas" faz referência a carta de Pero Vaz de Caminha, portanto, uma intertextualidade.

    Seguimos...


ID
2540005
Banca
FGV
Órgão
MPE-BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1 – CHINA


Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui.

Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem.

Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm sido tão destrutivos e desagregadores.

Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção singular do tempo. Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta: “Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?” Chou En-Lai respondeu: “É cedo para dizer”.

Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido. Com os percalços da interpretação, Chou En-Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à revolta estudantil francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda.

Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que para os chineses o tempo tem outra dimensão. Para uma civilização de quatro mil anos ou mais, uma década tem sabor de 15 minutos. (O Globo, 15/9/2017)  

“Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem”.


A inserção da citação de Kafka no texto 1 funciona como elemento:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     

    Resumindo, o autor citou Kafka pra se aparecer.

  • Mitou Nicolas...

  • A famosa citação, emriquecer o nosso texto!

  • Citações de autores consagrados são utilizadas como recurso de valorização literária. 

  • Valorizador Literário = valorizar o que é dito no texto. A FGV possui outras questões de português na qual considera que a citação da fala de alguém no texto serve para dar mais valor, mais autoridade ao que é dito.

     

    Assim, se é para dar mais valor, a citação de Kafka funciona como valorizador literário.

     

    Gabarito: d)

  • Miuta paciência e coragem com a interpretação de textos da FGV!!!!! rsrs 

    Ah, e muitos estudos e questões anteriores, e estudos e questões, estudos...

    Enfim,

     

    "A paciência é uma segunda coragem" Kafka

  • FGV sempre deixando em dúvida entre duas alternativas, sendo a errada como uma tentadora escolha.

  • Você faz uma reflexão sobre o contexto do texto. Pensa a maneira ou o porque o autor pensou em colocar aquela expressão. Faz toda uma argumentação lógica na sua cabeça de que as palavras passam diferentes significados e exorbitam a sua forma. Então chega a conclusão que só pode ser a B, pois a paciência, para o autor, é tão virtuosa que fez lembrar de Kafka.
    Mas não, ele só pôs por embelezamento mesmo. Tipo, foda-se, vou colocar um pouco de shpenhauer aqui ou platão só para dar uma calibrada no texto. 
    ¬¬
    Deus nos acuda. 

  • Já vi esse tipo de questão várias vezes na FGV, e a resposta é sempre relacionada a valorizar, dar autoridade, reforçar etc. Dessa vez eu sequer li as outras: já fui direto em "valorizador". Se o sujeito não tiver isso decorado, vai ficar meia hora quebrando a cabeça pra tentar achar algo coerente e muito provavelmente irá errar(experiência própria).

  • Fabrício, isso quando não colocam 3 respostas que tão certas... kkkkk

  • A origem da observação não foi explicada, o autor somente citou quem a disse. Esse tipo de argumentação, citar fontes de outros autores, é pra dar credibilidade ao texto.

  • Quem for na onda desse Paulo Silva vai deixar de estar competitivo nas provas, nessa mesma prova tem uma questão parecida que ele provavelmente erraria, fiquem atentos aos detalhes, citar Kafka da uma credibilidade ao texto o que acaba  valorizando a posição do autor 

    As vezes os caminhos mais longos entre dois pontos são os atalhos, força

  • As citaçoes alem de enriquecer os textos, mostram, tambem, o poder de cultura do escritor - parafraseando a assertiva.


ID
2545768
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto A:


                                   A era dos memes na crise política atual


      Seria cômico, se não fosse trágico, o estado de irreverência do brasileiro frente à crise em que o país encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de nós mesmos e da acentuada crise político-econômica atual nos instiga a refletir se estamos “jogando a toalha” ou se este é apenas um “jeitinho brasileiro” de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e áudios engraçados expõe um certo tipo de estratégia do brasileiro para lidar com situações de conflito: “Tira a Dilma. Tira o Aécio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota um fio dental, morena você é tão sensual”. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. Não há aquele que não se divirta com essa piada ou outra congênere; que não gargalhe diante dos diversos textos engraçados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, é de “notório saber” que todas as classes estão conscientes da gravidade da situação e que, por conseguinte, concordam que medidas enérgicas precisam ser tomadas. A diferença está na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas.

      A “memecrítica” é uma categoria de crítica social que tem causado desconforto nos políticos e membros dos poderes judiciário e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas. [...]

      Por outro lado, questionar as contradições presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, não garante mudanças sociais de grande impacto.

      Esses manifestos e/ou críticas de formas isoladas (ou uníssonas) podem, mesmo sem intenção, relegar os cidadãos brasileiros a um estado de inércia, a uma condição de estado permanente de sonolência eterna em “berço esplêndido”. Já os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaços de poder instituídos ainda são os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e práticas opressoras que contribuem para o caos social. É preciso o tête-à-tête, o diálogo crítico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um diálogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordâncias, entretanto respeite a opinião divergente, sem abrir mão da ética e do respeito aos direitos humanos.

 (Luciano Freitas Filho – Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponível em: <http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/era-dos-memes-na-crise-politica-atual/>.)

Considere as avaliações dos memes enquanto prática social e assinale a alternativa que se apresenta coerente com o proposto pelo texto:

Alternativas
Comentários
  • Teste.

  • GABARITO: A

    Esses manifestos e/ou críticas de formas isoladas (ou uníssonas) podem, mesmo sem intenção, relegar os cidadãos brasileiros a um estado de inércia, a uma condição de estado permanente de sonolência eterna em “berço esplêndido”. Já os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaços de poder instituídos ainda são os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e práticas opressoras que contribuem para o caos social.


ID
2545771
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto A:


                                   A era dos memes na crise política atual


      Seria cômico, se não fosse trágico, o estado de irreverência do brasileiro frente à crise em que o país encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de nós mesmos e da acentuada crise político-econômica atual nos instiga a refletir se estamos “jogando a toalha” ou se este é apenas um “jeitinho brasileiro” de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e áudios engraçados expõe um certo tipo de estratégia do brasileiro para lidar com situações de conflito: “Tira a Dilma. Tira o Aécio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota um fio dental, morena você é tão sensual”. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. Não há aquele que não se divirta com essa piada ou outra congênere; que não gargalhe diante dos diversos textos engraçados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, é de “notório saber” que todas as classes estão conscientes da gravidade da situação e que, por conseguinte, concordam que medidas enérgicas precisam ser tomadas. A diferença está na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas.

      A “memecrítica” é uma categoria de crítica social que tem causado desconforto nos políticos e membros dos poderes judiciário e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas. [...]

      Por outro lado, questionar as contradições presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, não garante mudanças sociais de grande impacto.

      Esses manifestos e/ou críticas de formas isoladas (ou uníssonas) podem, mesmo sem intenção, relegar os cidadãos brasileiros a um estado de inércia, a uma condição de estado permanente de sonolência eterna em “berço esplêndido”. Já os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaços de poder instituídos ainda são os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e práticas opressoras que contribuem para o caos social. É preciso o tête-à-tête, o diálogo crítico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um diálogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordâncias, entretanto respeite a opinião divergente, sem abrir mão da ética e do respeito aos direitos humanos.

 (Luciano Freitas Filho – Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponível em: <http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/era-dos-memes-na-crise-politica-atual/>.)

Considere as afirmativas abaixo acerca dos usos de aspas presentes no texto:


1. Em “Tira a Dilma, Tira o Aécio, Tira o Cunha, Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota o fio dental, morena você é tão sensual”, as aspas cumprem o papel de demarcar citação.

2. Em “jogando a toalha”, as aspas estão demarcando uma expressão idiomática.

3. Em “memecrítica”, as aspas estão demarcando um deslocamento do sentido usual da palavra.

4. Em “berço esplêndido” as aspas demarcam ironia pela via do recurso da intertextualidade.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • https://www.youtube.com/watch?v=a_7mAu_LwQY

  • 1 é verdadeira, sendo as aspas aqui a reprodução, no corpo do texto, de um outro texto (neste caso, um meme), trazendo para o debate aquilo que foi dito antes.

    2 é verdadeira, o que marca uma expressão que dever ser entendida não em sentido literal, mas no sentido figurado.

    3 é falsa, e as aspas aqui marcam um neologismo que, apesar disto, foi usado em seu sentido social usual.

    4 é verdadeira, sendo a intertextualidade com o Hino Nacional e a ironia pautada pela sobreposição desta ideia com a realidade brasileira.

    É correta a alternativa C.

  • o erro da 3 é que se trata de um neologismo visto que a palavra "memecrítica" não existe no vernáculo padrão!


ID
2545789
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto abaixo, uma transcrição da fala em vídeo do youtuber Felipe Castanhari, é referência para a questão.


Olá, meus queridos amigos. Tudo bem com vocês? Eu sou Felipe Castanhari. E vocês devem ouvir falar muito sobre a tal guerra na Síria. Que estamos o tempo todo na tevê e na internet. E eu notei que a grande maioria das pessoas não fazem ideia do que tá rolando. Por que uma galera tá enchendo os barcos com risco de morrer só pra sair de um país? Mano, o que está acontecendo? Basicamente, o que tá rolando ali é uma guerra civil que está devastando o país. São centenas de milhares de pessoas mortas. E tem muita gente desesperada tentando sair desta M. Pessoas que perderam suas casas, perderam suas famílias estão tentando deixar o país a procura de uma vida decente. Mas como assim, a Síria chegou nessa situação de M.? Vamos imaginar que a Síria é um grande colégio, uma grande escola. E esse colégio é governado por um cara chamado Bashar al-Assad, que está comandando esse grande colégio desde 2000. Antes disso, quem comandava esse grande colégio era seu pai, um rapaz chamado Hafez al-Assad. Digamos que a democracia não é um conceito muito cultuado nesse colégio, porque é a mesma família que manda naquela P. há 40 anos. Só que aconteceu uma grande M. em 2011 e tudo mudou. Lembra que estamos fazendo de conta que a Síria é um grande colégio, certo? Então temos várias turmas no ensino médio. Cada uma delas com 30 alunos mais ou menos. Ninguém gostava do diretor, do dono da escola. Só que mesmo assim o pessoal ficava meio de boa. Ficava todo mundo meio que passando de ano, sabe? [...] Só que em 2011 a galera de uma das salas resolveu descer pro pátio e protestar contra o diretor. Porque ele dava meio que uns privilégios só pra umas turmas. E o resto do colégio meio que se F., meio que se F. legalmentis. Então, tinha uma galera que tava meio cansada disso e foi lá pro pátio protestar. Eles foram lá e fizeram um protesto pacífico. Ele chegou lá e viu aquela confusão no pátio e resolveu expulsar todo mundo que tava ali protestando. [...] Meteu bala geral. [...] Só que foi aí que começou a virar uma loucura, porque as próprias salas começaram a se dividir. Então ao invés do colégio inteiro partir pra cima do diretor, eles começaram meio que formar panelinhas. E quando as panelinhas se encontravam no pátio, elas começavam a brigar entre elas. [...] Véio, isso é um P. absurdo [...]. Pessoal, vamo entender isso. As pessoas preferem arriscar suas vidas e morrer afogado no mar do que ficar lá na Síria. Olha a M. que tá acontecendo. [...] Além de ter bombardeio, as pessoas de Alepo, a principal cidade do conflito da Síria, elas estão sem água, sem comida, remédios, energia elétrica. Alepo virou um verdadeiro inferno. E a gente pode fazer um pouquinho mais do que ficar indignado. Talvez isso esteja muito longe da gente. Mas a gente aqui no Brasil tem como ajudar. Existem várias entidades como a Unicef que estão fazendo um trabalho de socorro aos civis na Síria, especialmente as crianças, galera. A gente pode fazer doações para essas entidades. E às vezes uma pequena quantia pra você pode fazer uma P. diferença pruma criança lá na guerra.

Segundo a argumentação do texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:


( ) A analogia entre a guerra na Síria e o funcionamento de um colégio expõe o atual estado de conflito interno no país.

( ) Os riscos que os sírios enfrentam, sem condições de infraestrutura básica, sustenta o apelo à ajuda humanitária.

( ) A fragmentação das facções de resistência ao governo é apresentada como a causa da distribuição de privilégios pelo governo sírio entre seus aliados.

( ) Felipe Castanhari explicita seu posicionamento em relação à guerra na Síria com a frase “Véio, isso é um P. absurdo”.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo

Alternativas
Comentários
  • (V) analogia entre a guerra na Síria e o funcionamento de um colégio expõe o atual estado de conflito interno no país.

    Ele usa a analogia do colégio com o objetivo de explicar a guerra da Síria

    (V) Os riscos que os sírios enfrentam, sem condições de infraestrutura básica, sustenta o apelo à ajuda humanitária.

    Ele utiliza-se da falta de condições de infraestrutura básica para reforçar/nutrir o apelo à ajuda humanitária

    (F) A fragmentação das facções de resistência ao governo é apresentada como a causa da distribuição de privilégios pelo governo sírio entre seus aliados.

    A fragmentação das facções de resistência ao governo não foi causada pela distribuição de privilégios. Mas foi uma consequência dessa distribuição de privilégios.

    (V) Felipe Castanhari explicita seu posicionamento em relação à guerra na Síria com a frase “Véio, isso é um P. absurdo”.

    Sim, ele usa a frase como forma de evidenciar o absurdo da guerra e deixar claro seu posicionamento


ID
2605327
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

O texto em análise constitui-se como um conjunto global, lógico, uma unidade de significado, em que as ideias estão conectadas, além de estabelecer uma complexa rede de fatores de ordem linguística, índices formais na estrutura da sequência linguística e superficial do texto atribuindo sentido para os usuários da língua. Além disso, as ideias estão de acordo com o conhecimento que cada locutor e interlocutor tem do mundo.


Sendo assim, pode-se afirmar que o texto é um contínuo contextual que apresenta, entre outros, dois elementos de textualidade, caracterizados no parágrafo anterior, denominados, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • COERÊNCIA E COESÃO.GABARITO LETRA E

  • GABARITO E

     

    A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.

     

    Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e outros.

    Exemplo: A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar.


    Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.

     

    Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coesao-coerencia.htm

     


ID
2657410
Banca
FGV
Órgão
MPE-BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase abaixo que NÃO mostra intertextualidade é:

Alternativas
Comentários
  • O que é intertextualidade? 

    intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.

    Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre outros. Fonte: <https://www.todamateria.com.br/intertextualidade/>

    Por que a alternativa D é a correta? Acredito que seja porque o Presidente possa estar se referindo a outros textos, nos quais os supostos  facínoras roubam a verdade.

     

     

     

  • A D é a única que não apresenta essa característica de intertextualidade. As demais dá pra fazer uma ligação com outros textos.

     

    Vejam uma explicação 

    https://www.youtube.com/watch?v=MfeC_WdDh14

  • Gabarito D .

    PS- colocaram uma frase do Jean Willys foi ?

    .putz ... hahahahhaha

  • eu acertei, mas não entendi a do rock'n rio está pronto para decolar shauhsuahsu

  • A intertextualidade implica a reprodução integral ou parcial de textos já existentes. Analisando as alternativas, temos que:

     

    Letra A -  Mais vale um pássaro voando que dois na mão.

     

    Errada: Trata-se da reprodução parcial do ditado popular: "Mais vale um pássaro na mão que dois voando.". 

     

    Letra B - Brasil? Fraude explica.

     

    Errada: Trata-se de uma pilhéria relacionada à frase de conhecimento geral "Freud explica". 

     

    Letra C - Rock in Rio está pronto para decolar.

     

    Errada: A expressão "pronto para decolar", empregada na aviação, possui vários registros em outros textos, com sentido figurado. Muito utilizado no sentido de que algo já se encontra preparado para ter início. 

     

    Letra D - Presidente diz que facínoras roubam a verdade.

     

    Certa: Trata-se de expor apenas um pensamento do Presidente. 

     

    Letra E - Nossa rua tem palmeiras, mas sabiá não canta...

     

    Errada: Trata-se de reprodução parcial do poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias: "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá". 

     

    Assim sendo, A RESPOSTA É A LETRA D.

  • FACÍNORA - Diz-se de ou indivíduo que executa um crime com crueldade ou perversidade acentuada.

  • "Só sei que nas questões da FGV nada sei."

    Gab.D

  • GAB. D

    Só eu associei a assertiva do Rock in Rio à equipe Rocket de Pokemón? kkkkkkk

    Preparem-se para encrenca!

    encrenca em dobro!

    Para proteger o mundo da devastação!

    para unir as pessoas de nossa nação!

    Pra denunciar os males da verdade e do amor!

    Pra estender nosso poder as estrelas!

    Jessie James.

    Equipe rocket decolando na velocidade da Luz!

    Renda-se Agora

    Ou prepare-se Para Lutar!

    Miau é isso ai!

    Foi uma associação mal feita, mas deu pra acertar. rsrs


ID
2694325
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Três Fronteiras - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Intertextualidade estabelece uma relação entre dois textos. São exemplos de intertextualidade EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Lembrete rápido

    Epígrafe: citação curta colocada no início do texto ou trabalho ( esta parte não ajudou muito, mas ok).

    Pastiche: imitação de estilo, combinação de um texto com um ou mais ( esse maisquenada me lembrou aquela música do Sérgio Mendes o que me pareceu uma imitação - teoria minha rs)

    Bricolagem: texto montado por fragmentos de outros ( o que não ocorre, pois vemos uma citação única)

     

  • Já pararam pra pensar que se "Nenhuma das alternativas" for julgada como correta, as outras serão incorretas?

  • Anna, essa banca ganha 2 vezes. Primeiro é uma alternativa a menos pra ela elaborar. Além disso, se alguém pedir anulação é só mudar o gabarito pra D. rsrsrs

    Quando a gente pensa que vai entrar pessoas boas nos concursos pelo esforço dos concurseiros vemos uma banca como essa, que elabora provas tão malfeitas que não garante que os bons entrem de fato. Pelo tempo que estou estudando percebi que os concursos não são feitos para pessoas que pensam muito, principalmente pela forma de apresentação das questões e o que a banca considera certo ou errado.

  • A intertextualidade pode ser expressa sob diferentes formas, como vimos anteriormente. Os tipos mais comuns são:

    Alusão: recurso que faz referência a elementos presentes em outros textos de forma indireta, ou seja, por meio de características simbólicas.

    Citação: quando um autor acrescenta partes de outras obras na sua produção textual ocasionando uma intertextualidade direta. Por vezes, ocorre a transcrição das palavras do texto fonte e, por isso, dá credibilidade à nova construção.

    Epígrafe: acréscimo de parágrafo ou frase que se relacione com o texto que está sendo escrito. O recurso é bastante utilizado em trabalhos científicos e obras, sendo colocada em seu início.

    Paráfrase: do grego paraphrasis, que significa “repetição de uma sentença”, a paráfrase é a recriação de um texto que já existe mantendo a mesma ideia, porém utilizando outras palavras. O objetivo é reafirmar as ideias do texto fonte, porém com estrutura e estilo próprios.

    Paródia: muito presente em programas humorísticos, a paródia consiste na subversão de um texto original, porém sob forma crítica ou satírica. O objetivo é a ironia, crítica e reflexão.

    Bricolagem: processo encontrado na música e artes plásticas que consiste na montagem de um texto a partir de fragmentos de outros.

    Tradução: como o próprio nome já diz, a tradução é o ato de passar um texto de língua estrangeira para a nativa. A intertextualidade está nas diferentes interpretações possíveis e possibilidade de expressões que sejam adequadas à nova língua. 

    Sample: trechos de outras músicas ou textos adicionados como base para outras produções.

    Pastiche: mescla diversos estilos em uma só obra, conferindo a imitação direta do estilo demonstrado por outros autores. Muito usado em imagens e músicas, o pastiche se diferencia da paródia por não ter o objetivo de satirizar ou ironizar.

    Crossover: aparição de personagens ou encontro daqueles que pertencem a universos fictícios diferentes em volumes, edições ou capítulos.

    Transliteração: técnica linguística que usa o mesmo fundamento da tradução na qual termos, expressões e normas são adequados de uma língua para outra, adaptando-os para algum alfabeto que possui letras diferentes de seu original.

    Fonte: https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/o-que-e-intertextualidade/


ID
2699896
Banca
DEPSEC
Órgão
UNIFAP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Nós, representantes de múltiplas partes interessadas presentes no 8º Fórum Mundial da Água denominado “Compartilhando Água”, considerando a convergência de todas as declarações produzidas durante o Fórum, pedimos uma mobilização urgente de todos os setores para garantir um futuro sustentável para o nosso mundo e nos comprometemos a enfrentar os crescentes desafios da água.


PREÂMBULO

Sustentabilidade significa que o desenvolvimento humano é construído em harmonia com o meio ambiente. Isso conduz ao respeito pela biodiversidade, pelos direitos humanos (especialmente o Direito Humano à Água e ao Saneamento de 2010) e responde às necessidades básicas de uma vida digna (saúde, alimentação, energia, educação). Refere-se a medidas de crescimento econômico, resiliência, mitigação e adaptação para enfrentar desastres naturais e os causados pelo homem, incluindo mudanças climáticas, respostas a emergências e a provisão de um ambiente cooperativo para a prevenção e solução pacífica de conflitos.

A água está entre os recursos mais ameaçados e mais necessários para a humanidade e para os ecossistemas do planeta (especialmente as águas subterrâneas e as grandes bacias, como a Amazônica), a biodiversidade e o clima.

Sua governança e gestão adequadas são essenciais, integrando áreas urbanas e rurais para alcançar o desenvolvimento sustentável (alimentos, energia, saúde, atividades econômicas, desenvolvimento de cidades, educação, gênero), bem-estar e direitos humanos.

O progresso na gestão da água não é apenas um objetivo per se, mas também uma contribuição fundamental para o sucesso global da maioria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ADS). Atingir as metas de água é crucial para o sucesso de toda a ADS. Por exemplo, assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos é uma condição necessária para acabar com a pobreza e a fome, melhorar a qualidade de vida e atingir a maioria das outras metas ambiciosas propostas na Agenda 2030.
As questões relativas à água não podem ser abordadas em contextos onde a paz, os direitos humanos, a equidade, o respeito pelo gênero, a igualdade e a educação estão ausentes. Devido à natureza transversal da água, especialistas e outras partes interessadas no tema devem melhorar a cooperação com outros setores e olhar “fora da caixa de água”.


RECOMENDAÇÕES

Consideramos que as atuais políticas de recursos hídricos não serão suficientes para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Solicitamos ao Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (HLPF, julho de 2018) que dê um incentivo vigoroso para alianças cooperativas, reformas no setor de água e inovações financeiras.

Os desafios globais da água estão aumentando. A ação rumo às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionadas à água deve ser implementada sem demora e alcançada no devido tempo: não há muito tempo até a primeira revisão da Meta 6 sobre a água em julho de 2018 pelo HLPF.

Apelamos à intensificação do apoio às Nações Unidas pelos seus Estados-Membros e ao desenvolvimento ao mais alto nível de um diálogo político e reuniões regulares da ONU sobre a água. Isto deve ser apoiado pelo fortalecimento de plataformas com múltiplos atores, incluindo cientistas, profissionais do setor público e privado, parcerias nacionais, sociedade civil, doadores e tomadores de decisão.

A cooperação internacional baseada na “Década das Nações Unidas” deve ser promovida e ativamente coordenada com os principais Tratados.

As metas do ODS 6 não podem ser atingidas com as políticas atuais. Nós, juntos, devemos nos comprometer com a implementação de boas práticas (muitas das quais foram apresentadas durante o 8º Fórum Mundial da Água), bem como com uma melhoria drástica na governança da água.

Nós particularmente chamamos a atenção para algumas das principais condições de sucesso:

1. Os governos devem anunciar os compromissos nacionais que incrementem sua determinação de alcançar as metas do ODS 6 e de outros ODS relacionados à água, engajando todos e começando pelos mais vulneráveis, incluindo populações deslocadas de forma forçada e dando um apoio dedicado aos Estados frágeis;

2. Ferramentas e instrumentos financeiros inovadores em todos os níveis precisam ser desenvolvidos para garantir o progresso efetivo em direção às metas do ODS 6;

3. A paz, a estabilidade e a prevenção de conflitos devem ser garantidas através de alianças e arranjos diplomáticos inteligentes, bem como da cooperação transfronteiriça sobre a água, incluídas nos tratados internacionais, com base em soluções em que todos ganham;

4. As medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas devem ser orçadas e implementadas em todas as escalas relevantes com o apoio da comunidade internacional, se necessário;

5. O monitoramento e a informação precisam avançar e ser melhor usados. Os indicadores atuais não são suficientes para monitorar as metas estabelecidas pelos países nos ODS e novos subindicadores precisam ser antecipados. É necessária a finalização pela Comissão de Estatística da ONU da metodologia de indicadores da Camada III em relação à Água;

6. Conhecimento, ciência (incluindo ciências humanas), tecnologia e inovação em geral, incluindo a do conhecimento tradicional, devem orientar os formuladores de políticas e contribuir para reforçar a capacidade dos governos locais e dos cidadãos;

7. A segurança jurídica e econômica deve fortalecer os setores público e privado responsáveis pelos serviços de abastecimento de água e saneamento, com foco na universalização, transparência e modicidade tarifária, devendo reconhecer abordagens baseadas na comunidade;

8. As empresas precisam valorizar e integrar a água em suas estratégias, materialidade e processo de tomada de decisões e compartilhar boas práticas em gestão de recursos hídricos;

9. O valor da água deve ser entendido além do seu sentido econômico reconhecendo-a como patrimônio cultural, medicinal, tradicional e social. O sistema de ensino deve transmitir isto aos mais jovens, começando pelos mais vulneráveis;

10. As questões da água não devem mais ser consideradas isoladamente, concentrando-se apenas na parte terrestre do ciclo da água (das nascentes à foz, incluindo as águas subterrâneas), mas têm de estar fortemente relacionadas aos oceanos e à atmosfera, como um ciclo único. Em todas as instituições e processos de tomada de decisão, abordagens setoriais devem ser questionadas e ferramentas devem ser construídas para garantir a coerência. A gestão integrada eficiente da água precisa ser implementada nos diferentes níveis da bacia hidrográfica. A sustentabilidade da água depende criticamente da conservação, restauração e manejo adequado dos ecossistemas, como as florestas. Soluções baseadas na natureza, especialmente para sustentar um novo modelo de cidade, não são opcionais;

11. Espera-se uma colaboração e cooperação forte, democrática e inclusiva envolvendo a sociedade em geral. Deve reunir as comunidades de povos indígenas e grupos minoritários, setor privado e financeiro, acadêmicos e formuladores de políticas, parlamentos e autoridades locais e associações nacionais de recursos hídricos. Um reconhecimento específico da contribuição de mulheres e jovens para o setor é obrigatório;

12. A assistência humanitária não é uma escolha. Deve ser um compromisso para todas as nações do mundo. Requer financiamento global e governamental suficiente e apoio aos mecanismos de coordenação existentes (grupos e plataformas de coordenação nacional), de resposta a crises (conflitos, grandes desastres naturais), medidas de preparação e estratégias transicionais de reabilitação.


DIRETRIZ FINAL

Afirmamos que as Nações Unidas e os governos, assim como todas as sociedades, devem considerar a água como uma necessidade para alcançar a sustentabilidade. Nenhuma solução para questões hídricas pode ser encontrada sem progresso para a Sustentabilidade em muitos outros setores. Reconhecer o Direito Humano à Água e ao Saneamento em 2010 e dedicar um ODS específico à água e ao saneamento em 2015 têm sido passos importantes nesse sentido. No entanto, ainda há esforços a serem realizados além do setor de recursos hídricos para desenvolver políticas holísticas e evitar abordagens fragmentadas.


(DECLARAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE. 8o Fórum Mundial da Água: compartilhando água. Brasília, Brasil, 2018. Disponível em http://www.worldwaterforum8.org/ptbr/node/943/ Acessado em 29 de março de 2018.)


TEXTO II


PREÂMBULO


Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.


TERRA, NOSSO LAR: A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.


A SITUAÇÃO GLOBAL: Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas: ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis. 


DESAFIOS PARA O FUTURO: A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.


RESPONSABILIDADE UNIVERSAL: Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza. Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais serão guiados e avaliados.


O CAMINHO ADIANTE: Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.


Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.


A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.


Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.


Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.


(CARTA DA TERRA. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.mma.gov.br/informma/item/8071-carta-da-terra. Acessado em 29 de março de 2018. Adaptado.)

O contraste entre os Textos I e II permite afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Se você tiver a paciência de ler os dois textos, vai perceber claramente que ambos tratam de temas relevantes, mas não possuem, pelo menos nos textos, quaisquer tipo de relação. 

     

    Gabarito D

  • Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na criação de um novo texto. 


ID
2699920
Banca
DEPSEC
Órgão
UNIFAP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

I. São fatores de textualidade, dentre outros, a coesão e a coerência, a informatividade, a intertextualidade.
II. Ao ler um texto, o leitor poderá fazê-lo de maneira superficial, sem qualquer tipo de envolvimento ou poderá envolver-se no texto, ocasião em que já domina seu conteúdo.
III. Os gêneros textuais são mais dinâmicos que os tipos textuais no sentido de que aqueles se assentam na diversidade de contextos em que precisamos nos comunicar, ao passo que estes se assentam em estruturas rígidas.

Sobre as assertivas acima, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Porque a assertiva II está incorreta? 

  • III- Os Tipos Textuais levam em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem regras gramaticais, algo mais formal.Tipos textuais são: A narração, a descrição e a dissertação. Hoje já se admite também a exposição e a injunção

     

    Já os Generos Textuais preocupam-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em consideração a finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação. São inúmeros os gêneros textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor, noticia, biografia, seminário, palestras, etc

    Vejamos  alguns exemplos de gêneros textuais:

    Conto maravilhoso;

    Conto de fadas;

    Fábula;

    Lenda;

    Narrativa de ficção científica;

    Romance;

    Conto;

    Piada;

    Relato de viagem;

    Diário;

    Autobiografia;

    Curriculum vitae;

    Biografia;

    Relato histórico;

    Artigo de opinião;

    Carta de leitor;

    Carta de solicitação;

    Editorial;

    Ensaio;

    Resenhas críticas;

    Seminário;

    Conferência;

    Palestra;

    Entrevista de especialista;

    Relatório científico;

    Regulamento;

    Textos prescritivos

  • LETRA E

    Amanda Marinello dependendo da perspectiva a II pode apresentar vários erros, mas o principal deles é estabelar uma relação entre envolvimento e domínio do conteúdo, o que não é necessariamente verdadeiro.

    II. Ao ler um texto, o leitor poderá fazê-lo de maneira superficial, sem qualquer tipo de envolvimento ou poderá envolver-se no texto, ocasião em que já domina seu conteúdo.

  • II. Ao ler um texto, o leitor poderá fazê-lo de maneira superficial, sem qualquer tipo de envolvimento ou poderá envolver-se no texto, ocasião em que já domina seu conteúdo.

     

    Está errado pois inverte, o leitor pode fazer de maneira superficial uma leitura quando já domina o conteúdo, caso contrário terá que se envolver no texto.

  • GABARITO E

     

     

     

    Os textos são divididos didaticamente em TIPOS TEXTUAIS e cada TIPO dividido em vários GÊNEROS TEXTUAIS. A maneira tradicional de se organizar os textos é da seguinte forma:



       TIPOS TEXTUAIS                                                             GÊNEROS TEXTUAIS


    1) Narrativo                                  Conto maravilhoso; Conto de fadas; Fábula; Lenda; Narrativa de ficção científica; Romance; e outros.
                                                         
    2) Relato                                      Relato de viagem; Diário; Autobiografia; Curriculum vitae; Notícia; Biografia; Relato histórico e outros.
                                                        
    3) Argumentativo                         Texto de opinião; Carta de leitor; Carta de solicitação; Editorial; Ensaio; Resenhas críticas e outros.
                                                       
    4) Expositivo                                Texto expositivo; Seminário; Conferência; Palestra; Entrevista de especialista; Texto explicativo; e outros.

    5) Instrucional                              Receita; Instruções de uso; Regulamento; Textos prescritivos e outros.

     

     

    bons estudos

  • GABARITO E

    I e III.

    Tipos textuais - Estruturas rígidas.

    Gêneros textuais - Maior envolvimento com o leitor.

  • II- [ERRADA] Só porque uma pessoa leu um texto não quer dizer que domina o conteúdo


ID
2753965
Banca
FGV
Órgão
COMPESA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


A Política de Tolerância Zero


Suas vozes frágeis e seus corpos miúdos sugerem que elas não têm mais de 7 anos, mas já conhecem a brutal realidade dos desaventurados cuja sina é cruzar fronteiras para sobreviver. O drama dessas crianças tiradas dos braços de seus pais e mães pela “política de tolerância zero” do governo americano tem comovido o mundo e dividido o país do presidente Donald Trump. Os relatos são de solidão e desespero para essas famílias divididas, que, não raro, mal podem se comunicar com o mundo exterior e não conseguem informações sobre o paradeiro de seus parentes após terem cruzado a fronteira do México para os EUA em busca de uma vida menos difícil. Em vez de encontrarem a realização de seu “sonho americano”, elas vêm sendo recebidas por essa prática de hostilidade reforçada na zona fronteiriça, que já separou mais de 2300 crianças de seus pais desde abril.

Época, nº 1043. Adaptado.


Texto 2


“Isso é inacreditável. Autoridades do governo Trump estão enviando bebês e crianças pequenas... desculpem... há pelo menos três...”. Foi o que conseguiu dizer Rachel Maddow, âncora da MSNBC, antes de se render às lágrimas ao tentar noticiar esse drama infantil latino-americano, num vídeo que já viralizou”.

Época, nº 1043, p. 11.

A relação entre o texto 1 e o texto 2 é, respectivamente, de

Alternativas
Comentários
  • Muita gente colocou a letra C, porém retificar significa corrigir, e os textos são complementares, no primeiro há a informação dessa política, no segundo há um vídeo que mostra, ilustra essa informação.

  • Muita gente colocou a letra C, porém retificar significa corrigir, e os textos são complementares, no primeiro há a informação dessa política, no segundo há um vídeo que mostra, ilustra essa informação.

  • letra D

     

    ''num vídeo que já viralizou”. (ilustração)

  • O Texto I informa sobre o fato e o Texto II ilustra (exemplifica) essa situação ao citar o que aconteceu com a repórter.

  • indiquem para comentário

  • No primeiro texto é uma informação, pois nos dá informar sobre a política de intolerância zero, já o segundo texto ilustra a emoção da jornalista ao noticiar sobre essa política.

  • Mas nada impede que o gab também seja a letra A.

    GAB: D

  • Gabarito:D

    Acertar uma questão da FGV é alegria ao ponto de deixar registrado aqui nos comentários! :)

  • Caberia letra A também...

  • FGV... Afffffff!!!!!

  • Estou ficando desanimada por causa dessas perguntas de português... Credo.

  • Em qual país os examinadores da FGV estudaram português??

  • Para quem confunde como eu:

    Retificar significa corrigir algo que foi dito ou feito, voltar atrás e endireitar, tornar reto ou correto.

    Ratificar significa confirmar, reafirmar, comprovar ou validar algo.

  • rEtificar = Editar

  • Gabarito: D!

    Ilustração é uma imagem utilizada para acompanhar, explicar, interpretar, acrescentar informação, sintetizar ou até simplesmente decorar um texto. Embora o termo seja usado frequentemente para se referir a desenhos, pinturas ou colagens, uma fotografia também é uma ilustração.

  • mas vem cá: o choro da repórter não foi causado pela notícia do texto um? causa - crianças separadas; consequência - repórter chorando...eu hein?!?!?!?!

  • Ja comecei bem o dia... Errando, claro!

    Gab: D de Deus me ajude nessa prova, pq to F!

  • Sempre tenham em mente: ratificar: confirmar; retificar: corrigir. É necessário saber disso para concursos públicos.

  • gabarito letra B.

    O texto 1 é uma informação

    O texto 2 é uma ilustração, baseado no último período " num vídeo que já viralizou" acho que a banca quis dizer que o vídeo seria a base para tal ilustração.

    obs: foi a lógica que consegui chegar

  • LETRA D. Vivendo e aprendendo com a FGV.

    ILUSTRAÇÃO: Comentário que esclarece algo explicando; esclarecimento, elucidação: preciso que melhore sua ilustração sobre o propósito deste projeto.

  • ALEGRIA DE ACERTAR!


ID
2795782
Banca
FGV
Órgão
AL-RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase abaixo que não apresenta intertextualidade com um texto amplamente conhecido é:

Alternativas
Comentários
  • A) O Ministério da Saúde adverte.....

    B) Quem tiver ouvidos para ouvir ouça (bíblia)

    C) A ocasião faz o ladrão (ditado).

    D) A frase "Ser ou não ser, eis a questão" vem da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare.


    Por eliminação sobra a alternativa E.

  • Nunca tinha visto o texto que a letra b) faz referência, por isso acabei errando. A letra e) pensei que era a frase " juntos somos fortes" ou " o povo unido jamais será vencido". kkk

  • Não só acertei a questão como identifiquei de onde foi tirada...que disse essa frase foi Bolsonaro após o atentado! hahahah B17

  • Hoje, dia 26/10/2018, a E é amplamente conhecida.

  • Questão muito subjetiva pois depende da cultura que cada um conviveu ao longo da vida...

  • Por um momento pensei q estava no filtro de raciocínio lógico.

  • A intertextualidade é uma associação entre textos. É a influência de um texto para criar um outro texto.

  • A intertextualidade é verificada em músicas, propagandas publicitárias, artes plásticas, dança, entre outras manifestações.

  • Para os não assinantes:

    Gab letra E: Juntos salvaremos o Brasil! 

  • Que questão é essa? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Se a intertextualidade é uma associação entre textos. É a influência de um texto para criar um outro texto. Por que a letra C estaria errada?

  • A qual texto esse "Juntos salvaremos o Brasil" se refere?

  • é impressão minha ou essa prova de TAQUIGRAFIA não tá vindo nada de português e sim de literatura e conhecimentos gerais?

  • Conhecimento de Mundo! Eis a questão... Como acompanhar tanta informação nao justifica, mas pelo menos associar textos realmnte literários né... poxaaaa.

  • Acertei a questão, mas confeso que boiei kkkkkkkk

    GAB: E (não sei o motivo).

  • Intertextualidade: PODE SER EXPLICITO OU IMPLÍCITO, PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DE UM TEXTO DEPENDER DO CONHECIMENTO DE OUTRO TEXTO.

    Fonte : Flávia Rita

  • Intertextualidade: é uma associação entre textos, mais precisamente, das ideias contidas nos mesmos.


    Análises das alternativas:


    a) A Universidade Santa Úrsula adverte: frequentar certos cursos faz mal ao bolso!

    Intertextualidade com propagandas.

    Exemplo: O Ministério da saúde adverte: Fumar causa câncer de laringe.


    b) A situação econômica do Brasil é grave e quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça: todos devemos colaborar para que isso não piore!

    Intertextualidade com passagens bíblicas. Há inúmeras referências bíblicas que mencionam a frase destacada acima.

    Exemplo: Mateus 13:9. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.


    c) A ocasião faz o roubo, pois o ladrão já nasce feito!

    Intertextualidade do seguinte dito popular: a ocasião faz o ladrão.


    d) Acreditar ou não nas religiões: eis a questão!

    Intertextualidade da célebre frase de Shakespeare. Ser ou não ser: eis a questão!


    A partir das análises das assertivas acima, pode-se concluir, que a única alternativa que não apresenta intertextualidade é a alternativa E.

  • Não li Hamlet , que pena.

  • Gente esta banca é louca ele pede uma frase que não apresenta intextualidade e dar como resposta a opção a que mais apresenta, vai entender

  • Olha o tipo de questão! Meu Deus! kkkk

  • A Bíblia entrou na bibliografia. Tem de rezar muito para a FGV.

  • Para uma banca de questões, diga-se de passagem, demoníacas, a FGV gosta bastante da Bíblia.

  • Achei que a "E" se referia ao "Unidos venceremos" kk

    GABARITO:E

  • Associei a letra A às advertências de propagandas de cigarro, por isso acertei.

  • Com a FGV tenho que saber passagens,versículos e sei mais lá o quê da Bíblia,fala sério!

  • Cara fala sério, toda hora questões da bíblia na FGV, eu acerto pq sou cristã, mas fico pensando com meus botões "a pessoa q é ateu e nunca leu ou não sabe dessas coisas fica como?"

    Acho desrespeitoso da banca isso, absurdos q nós concurseiros temos q passar para conseguir a sonhada vaga.

    #soumdesabafo

  • Quando vc dá um mole e não lê o NÃOOOOOOOOOO. Que ódio!

  • Banca 100 noção

  • O que não é exato é manipulável

  • Ok entao. Vou precisar ler a Bíblia para resolver algumas questões FGV.

  • A FGV adora esse tipo de questão

  • Sempre digo, português da FGV é conhecimento de mundo, aliás, bíblico também, a banca gosta muita de cobrar conhecimento dela!

  • Depende do ano.


ID
2833492
Banca
FUNTEF-PR
Órgão
IF-PR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O adiado avô.

Mia Couto.
  Nossa irmã Glória pariu e foi motivo de contentamentos familiares. Todos festejaram, exceto o nosso velho, Zedmundo Constantino Constante, que recusou ir ao hospital ver a criança. No isolamento de seu quarto hospitalar, Glória chorou babas e aranhas. Todo o dia seus olhos patrulharam a porta do quarto. A presença de nosso pai seria a bênção, tão esperada quanto o seu próprio recém-nascido. - Ele há-de vir, há-de vir. Não veio. Foi preciso trazerem o miúdo a nossa casa para que o avô lhe passasse os olhos. Mas foi como um olhar para nada. Ali no berço não estava ninguém. Glória reincidiu no choro. (...). Suplicou a sua mãe Dona Amadalena. Ela que falasse com o pai para que este não mais a castigasse. Falasse era fraqueza de expressão: a mãe era muda, a sua voz esquecera de nascer. O menino disse as primeiras palavras e, logo, o nosso pai Zedmundo desvalorizou: - Bahh! Contrariava a alegria geral. À mana Glória já não restava sombra de glória. (...) O homem sempre acinzentava a nuvem. Mas Zedmundo, no capítulo das falas, tinha a sua razão: nós, pobres, devíamos alargar a garganta não para falar, mas para melhor engolir sapos. - E é o que repito: falar é fácil. Custa é aprender a calar. E repetia a infinita e inacabada lembrança, esse episódio que já conhecíamos de salteado. Mas escutamos, em nosso respeitoso dever. Que uma certa vez, o patrão português, perante os restantes operários, lhe intimou: - Você, fulano, o que é que pensa? Ainda lhe veio à cabeça responder: preto não pensa, patrão. Mas preferiu ficar calado. - Não fala? Tem que falar, meu cabrão. Curioso: um regime inteiro para não deixar nunca o povo falar e a ele o ameaçavam para que não ficasse calado. E aquilo lhe dava um tal sabor de poder que ele se amarrou no silêncio. E foram insultos. Foram pancadas. E foi prisão. Ele entre os muitos cativos por falarem de mais: o único que pagava por não abrir a boca. - Eu tão calado que parecia a vossa mãe, Dona Amadalena, com o devido respeito... Meu velho acabou a história e só minha mãe arfou a mostrar saturação. Dona Amadalena sempre falara suspiros. Porém, em tons tão precisos que aquilo se convertera em língua. Amadalena suspirava direito por silêncios tortos. (...) A mulher puxou-o para o quarto. Ali, no côncavo de suas intimidades, o velho Zedmundo se explicou. (...). Eu não sou avô, eu sou eu, Zedmundo Constante. Agora, ele queria gozar o merecido direito: ser velho. A gente morre ainda com tanta vida! - Você não entende, mulher, mas os netos foram inventados para, mais uma vez, nos roubarem a regalia de sermos nós. E ainda mais se explicou: primeiro, não fomos nós porque éramos filhos. Depois, adiámos o ser porque fomos pais. Agora, querem-nos substituir pelo sermos avós. (...)

A linguagem do texto é marcada por uma profusão de recursos literários, entre os quais, a intertextualidade. Assinale a alternativa que registra esse recurso.

Alternativas
Comentários
  • Deus escreve certo por linhas tortas

    Cabe a nós nos prepararmos ao máximo e aceitar o que não está sob nosso controle.

    E prepararmos ao máximo!


ID
2846452
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na década de 1950, quando iniciava seu governo, Juscelino Kubitschek prometeu “50 anos em 5”. Na campanha do atual governo o slogan ficou assim: “O Brasil voltou, 20 anos em dois”. A ‘tradução’ não tinha como dar certo; era como comparar vinho com água. E mais: havia uma vírgula no meio do caminho. Na propaganda, apenas uma vírgula impede que a leitura, ao invés de ser positiva e associada ao progressismo de Juscelino, se transforme numa mensagem de retrocesso: o Brasil de fato ‘voltou’ muito nesses últimos dois anos; para trás.

(Adaptado de Lilia Schwarcz, Havia uma vírgula no meio do caminho. Nexo Jornal, 21/05/2018.)

Considerando o gênero propaganda institucional e o paralelo histórico traçado pela autora, é correto afirmar que o slogan do atual governo fracassou porque

Alternativas
Comentários
  • Voltou a ser o mesmo de antes


ID
2846455
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alguns pesquisadores falam sobre a necessidade de um “letramento racial”, para “reeducar o indivíduo em uma perspectiva antirracista”, baseado em fundamentos como o reconhecimento de privilégios, do racismo como um problema social atual, não apenas legado histórico, e a capacidade de interpretar as práticas racializadas. Ouvir é sempre a primeira orientação dada por qualquer especialista ou ativista: uma escuta atenta, sincera e empática. Luciana Alves, educadora da Unifesp, afirma que "Uma das principais coisas é atenção à linguagem. A gente tem uma linguagem sexista, racista, homofóbica, que passa pelas piadas e pelo uso de termos que a gente já naturalizou. ‘A coisa tá preta’, ‘denegrir’, ‘serviço de preto’... Só o fato de você prestar atenção na linguagem já anuncia uma postura de reconstrução. Se o outro diz que tem uma carga negativa e ofensiva, acredite”.

(Adaptado de Gente branca: o que os brancos de um país racista podem fazer pela igualdade além de não serem racistas. UOL, 21/05/2018)

Segundo Luciana Alves, para combater o racismo e mudar de postura em relação a ele, é fundamental

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    POIS,MUITAS PESSOAS NAO RECONHECEM QUE ESTAO SENDO RACISTAS POR QUE ACABAM ACHANDO ISSO NORMAL JÁ QUE O PAÍS SEMPRE IMPOS ESSA CULTURA SEGREGACIONISTA E PRECONCEITUOSA .

  • letra A) ERRADA. Não se deve validar APENAS as opiniões de especialistas e de ativistas; mas de todos que se sintam incomodados por alguma fala ou piada.

    letra B) CORRETA

    letra C) ERRADA. Não se deve dispensar o legado histórico, mas sim conhecê-lo.

    letra D) ERRADA. Não de deve ouvir APENAS a educadora


ID
2846473
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

(...)
Eu tenho uma ideia.
Eu não tenho a menor ideia.
Uma frase em cada linha. Um golpe de exercício.
Memórias de Copacabana. Santa Clara às três da tarde.
Autobiografia. Não, biografia.
Mulher.
Papai Noel e os marcianos.
Billy the Kid versus Drácula.
Drácula versus Billy the Kid.
Muito sentimental.
Agora pouco sentimental.
Pensa no seu amor de hoje que sempre dura menos que o seu]

amor de ontem.
Gertrude: estas são ideias bem comuns.
Apresenta a jazz-band.
Não, toca blues com ela.
Esta é a minha vida.
Atravessa a ponte.
(...)

(Ana Cristina Cesar, A teus pés. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 9.)

Esse trecho do poema de abertura de A teus pés, de Ana Cristina Cesar,

Alternativas
Comentários
  • a resposta letra b


ID
2955604
Banca
FGV
Órgão
AL-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que não se pode detectar a referência a outro texto.

Alternativas
Comentários
  • PROF. GEORGE - TECCONCURSOS

    Bem, particularmente, esta questão exigia do candidato conhecimentos muito específicos; portanto, ficou classificada como difícil. O que o comando da questão solicita é que você detecte, dentre as alternativas, aquela que não tem intertextualidade (= referência a outros textos). Vejamos:

     

    a) Correta. Aqui temos uma referência a outro texto, especificamente à fala de D. Pedro I, quando no Dia do Fico, proclamou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

     

    b) Correta. Nesse caso, há uma referência ao título de uma obra literária do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, publicada em 1981, chamada Crônica de uma morte anunciada, exatamente como explorado pelo segmento em análise.

     

    c) Correta. Nesse caso, temos uma referência à fala do ex presidente brasileiro Getúlio Vargas, quando, em carta que ficou historicamente conhecida (antes de cometer suicídio), ele afirmou que "saía da vida para entrar na história".

     

    d) Correta. Mais uma intertextualidade: agora, a referência ao provérbio é bastante explícita. Diz o provérbio: "A ocasião faz roubo. Ladrão já nasce feito". Algumas fontes de pesquisa atribuem a autoria desse frase ao escritor Machado de Assis.

     

    e) Errada. Não há qualquer intertextualidade nesse período, que apenas informa que a luta entre os dois Poderes da República não interessa a ninguém. Por isso, esta é a opção que não possui intertextualidade.

     

    De qualquer forma, foi uma questão que exigia um conhecimento muito específico de intertextualidade. O candidato teria que ter uma bagagem cultural voltada exatamente para o conhecimento abordado nesta questão, que envolveu literatura estrangeira (colombiana), história do Brasil Império, do Brasil na época de Getúlio Vargas e ainda sobre provérbios (ou sobre frases de Machados de Assis).

  • Só fumando drogas mesmo...

  • Deu vontade de chorar. Juro. Estuuuuuuuda, mulher.

  • Essa prova e para taquigrafo, ou para ministro do STF?

  • Engraçado que nem uma questão de português da FGV, tem comentários dos professores do qconcursos. pensando em assinar o tec só por causa disso!!

  • imagina ter que saber todos os textos do mundo para descobrir se tem alguma relação ou nao. essa FGV viu.. brincadeira

  • GABARITO E

    A - Dom Pedro - "Diga ao povo que fico".

    B - Gabriel Garcia Marquez - "Crônica de uma morte anunciada".

    C - Getúlio Vargas – "saio da vida para entrar para historia".

    D - A ocasião faz o ladrão - ditado popular.

  • hugo de carvalho, há alunos mais sábios que muitos professores, podemos constatar nos comentários.

  • Da pra acertar, mas é um absurdo cobrar algo assim tão tão tão tão amplo.

  • A)          Diante do pedido. Refere ao pedido

    B)          parte de uma crônica. Refere a parte da crônica

    C)          O bilhete do suicida. Refere ao bilhete

    D)          "A ocasião faz o roubo, pois o ladrão já nasce feito". REFERE AO Ditado popular

    E)           A luta entre os poderes Executivo e Judiciário não interessa a ninguém. SEM REFERENCIA -OPINIÃO PRÓPRIA

  • Questões de intertextualidade realmente exigem muito de uma pessoa que tem muito o que fazer. Não sou obrigada a conhecer frases e textos "famosos" Fala sério!

  • Referências da letra (E): Todos os jornais e revistas na seção sobre política, imprensa internacional, cronistas de política, programas de entrevista, etc. Com a recente e atual relação com o STF, talvez seja a citação mais famosa de todas as alternativas.


ID
3000463
Banca
FUNCERN
Órgão
Prefeitura de Sítio Novo - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Que benefício a educação superior traz à sociedade?

                                                       Thomaz Wood Jr.


      A expansão da educação superior tem sido objeto de políticas públicas em todo o mundo. O senso comum, sustentado por pesquisas e evidências, associa educação a desenvolvimento. Gestores públicos vangloriam-se quando o porcentual da população jovem que atinge a universidade cresce. Quanto mais, melhor. O movimento envolve também a pós-graduação, com a multiplicação do número de mestrados e doutorados. Supõe-se que mais mestres e doutores ajudem a gerar mais conhecimento, patentes e riquezas.

      A expansão da educação superior faz muita gente feliz: estudantes que almejam um futuro melhor, famílias que querem o bem para suas crias, professores felizes com a demanda crescente, gestores públicos orgulhosos de sua obra e até investidores, atraídos por gordas margens de lucro, no caso de algumas universidades privadas. Entretanto, por trás da fachada, a realidade tem mais espinhos do que flores.

      Pressionados a expandir o atendimento, os sistemas públicos experimentam sinais de deterioração e perda de qualidade. Alguns deles se converteram em arenas políticas de governança impraticável, nas quais grupos digladiam na disputa por pequenos espaços e vantagens. Enquanto isso, muitos sistemas privados se transformam em usinas de aulas, a gerar diplomas como quem produz commodities.

      Em um ensaio de promoção de seu livro The Case Against Education: Why the Education System Is a Waste of Time and Money (Princeton University Press), Bryan Caplan, professor de Economia da Universidade George Mason, trata do tema. Em uma era que celebra o conhecimento, sua tese soa herética: para o economista, a verdadeira função da educação é simplesmente prover um certificado aos formandos. Em outras palavras, com honrosas exceções, pouco se aprende na universidade. O que importa é o diploma que dará acesso ao futuro emprego.

      Para Caplan, o sistema de educação superior desperdiça tempo e dinheiro. O retorno para os indivíduos é substantivo: com o título vêm melhores salários. No entanto, o retorno para a sociedade é pífio. Segundo o autor, quanto mais se investe na educação superior, mais se estimula a corrida por títulos. E basta cruzar a linha de chegada: terminar a faculdade.

      Nas universidades, estudantes passam anos debruçados sobre assuntos irrelevantes para sua vida profissional e para o mercado de trabalho. Qual o motivo para a falta de conexão entre o que é ensinado e o que será necessário? Simples: professores ensinam o que sabem, não o que é preciso ensinar. E muitos têm pouquíssima ideia do que se passa no mundo real.

      Além disso, Caplan observa que os estudantes retêm muito pouco do que lhes é ensinado. De fato, seres humanos têm dificuldade para conservar conhecimentos que raramente usam. Alguns cursos proporcionam modos e meios para que os pupilos assimilem e exercitem novos conhecimentos. Contudo, a maioria falha em prover tais condições.

      Curiosamente, o fato de os estudantes pouco aprenderem nos quatro ou cinco anos de universidade não é relevante. O que seus empregadores procuram é apenas uma credencial que ateste que o candidato seja inteligente, diligente e capaz de tolerar a rotina tediosa do trabalho. Para isso basta o título.

      O autor não poupa críticas a estudantes, colegas e gestores. Os primeiros, para ele, são incultos e vulgares, incapazes de transpor conteúdos escolares para a vida real. Passam a maior parte do tempo na universidade como zumbis na frente de seus smartphones e em outras atividades destinadas a turvar a mente e o espírito.

      Além disso, o crescimento da educação superior está levando para a universidade indivíduos sem características para serem universitários. Está atraindo para a pós-graduação profissionais sem o perfil para reflexão profunda e crítica. E está formando mestres e doutores que não têm talento ou inclinação para ensinar e pesquisar.

      Inflar as vagas e criar mecanismos para facilitar o acesso à universidade pode parecer causa nobre. Alimenta os sonhos das classes ascendentes e produz casos de sucesso, sempre ao gosto da mídia popular. Entretanto, pode estar drenando recursos do ensino fundamental e vocacional, e da pesquisa de ponta.

       A educação é, certamente, um grande meio de transformação social. Isso não significa despejar insensatamente recursos em simulacros de ensino e sistemas de emissão de títulos universitários.

                     Disponível em:<www.cartacapital.com.br> . Acesso em: ago. 2018. [Adaptado]

Existem, no texto,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ===> citação direta: marcada pelo uso de aspas e não a alteração nenhuma do trecho original: O pesquisador disse "70% dos ajustes globais vão causar impactos na vida das pessoas", sem alteração nenhuma ===> não foi usado no texto.

    ===> citação indireta do texto: Para Caplan, o sistema de educação superior desperdiça tempo e dinheiro. O retorno para os indivíduos é substantivo: com o título vêm melhores salários. No entanto, o retorno para a sociedade é pífio. Segundo o autor, quanto mais se investe na educação superior, mais se estimula a corrida por títulos. E basta cruzar a linha de chegada: terminar a faculdade. ===> não foi usado aspas, o autor do texto transcreveu com suas próprias palavras, marcando uma CITAÇÃO INDIRETA.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Sucintamente:

    Citação Direta: Descreve de forma EXATA o que alguém disse. Geralmente vem entre Aspas ( " " ) e introduzida por uma conjunção subordinativa conformativa: Segundo.. Conforme.. Consoante..

    Citação Indireta: PARAFRASEIA o que alguém disse. Ou seja, descreve a ideia de alguém, no texto, com suas próprias palavras.

  • O autor em nenhum momento usa citação direta. Usa apenas citações indiretas (e até indireta livre, essa mais difícil de perceber). Ele usa expressões como: "para fulano..., para beltrano...". Deixo aqui a citação indireta livre que ele fez, para fim de aprendizado:

    "Gestores públicos vangloriam-se quando o porcentual da população jovem que atinge a universidade cresce. Quanto mais, melhor."

    Percebam que quem acha isso não é o autor, mas os gestores. Percebam também que não há sinais demarcando a citação, por isso é mais difícil de perceber.


ID
3013657
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Salvador - BA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indique a quantidade de frases, dentre as apresentadas abaixo, que se apoiam em intertextualidade, ou seja, no diálogo com outros textos.


I – “Dize-me com quem andas e te direi quem és na presença do meu advogado”. (Planeta Diário)

II – “No futebol brasileiro você não tem que matar um leão por dia. Tem que matar todos os leões da floresta por dia”. (Telê Santana)

III – “Para meio entendedor, uma palavra basta”. (Eduardo Suplicy)

IV – “Pode-se enganar todo mundo o tempo todo, se a campanha estiver certa e a verba for suficiente”. (Joseph E. Levine)

V – “A morte é o clube mais aberto do mundo”. (Otto Lara Resende)

Alternativas
Comentários
  • Só conheço a I, II e III.

  • GABARITO: LETRA D

    I – “Dize-me com quem andas e te direi quem és na presença do meu advogado”. (Planeta Diário) → faz uma inferência de modo irônico a um ditado popular;

    II – “No futebol brasileiro você não tem que matar um leão por dia. Tem que matar todos os leões da floresta por dia”. (Telê Santana) → inferência a um ditado popular (matar um leão por dia);

    III – “Para meio entendedor, uma palavra basta”. (Eduardo Suplicy) → inferência a um ditado popular (Para bom entendedor, meia palavra basta);

    IV – “Pode-se enganar todo mundo o tempo todo, se a campanha estiver certa e a verba for suficiente”. (Joseph E. Levine) → essa pegou, há uma frase de Abraham Lincoln, a inferência é dela "Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo."

    V – “A morte é o clube mais aberto do mundo”. (Otto Lara Resende) → não há nenhuma inferência aqui.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • substantivo feminino

    Diálogo entre textos; criação ou superposição de textos.

    Composição de um texto usando outro como base, pode ser feita por meio de citação, paródia ou paráfrase.

  • substantivo feminino

    Diálogo entre textos; criação ou superposição de textos.

    Composição de um texto usando outro como base, pode ser feita por meio de citação, paródia ou paráfrase.

  • Esse Arthur é o mestre! kkk muito bom.

  • eu dei foi um chute, fiz igual quem elaborou esssa prova, fiz que sabia e chutei onde não acreditava, porque na fgv quando é assim: se tu pensas que sabes, não sabes de nada KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK esse arthur ai é o Pablo Jamilk só pode, poque ele num fez o curso do Pablo e ficou tão bom assim não, pelo menos não acrdito

  • Eu conhecia a IV - "Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo" - Mas tô sabendo agora que é do Abraham Lincoln, pensei que era da minha mãe mesmo (kkkk)

  • sobre o comentário do arthur: "Dize-me com quem andas e te direi quem és" nunca esteve na Bíblia...

    é um ditado popular, nada mais.

  • "Dize-me com quem andas e te direi quem és na presença do meu advogado”. (Planeta Diário)

    Tá escrito na bíblia no livro de "heresias" em qual capítulo?

    É somente um dito popular!

  • Arthur, apresenta-te, ou devoro-te! rsrsrs

  • questão em que se conta mais sabedoria de vida do que estudo rs
  • Arthur pegando a referência de Abraham Lincoln foi top hein. NUNCA ia saber. kkkk

  • Questão muito mal elaborada !!!

  • Abraham Lincoln: "Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo."

  • Misericórdia, o que é isso???

    Tem piedade de nós, FGV!

  • Sinceramente, se o edital não tiver cobrado literatura ou conhecimentos gerais, então deveria ser anulada uma questão dessas.

  • D. 4

    V – “A morte é o clube mais aberto do mundo”. (Otto Lara Resende) é a única frase que não se apoia em intertextualidade.

  • Agora eu tenho que saber as frases dos pensadores do mundo! Não to nem aí se a frase de Lincoln é famosa, eu desconheço, por que estou passando metade da vida estudando pra concurso e não tenho tempo para filosofias. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

  • FGV ama esse tipo de inferência e intertextualidade!

    Gabarito: D

    #FORÇAGUERREIROS (AS)

  • Covardia da banca

  • D

  • Essa questão é pra Professor de Português? Então me serviu de consolo.

  • Aprendendo a fazer questões da FGV. Acho os enunciados bastante confusos. Alguém mais?

  • é por isso que o nome é intertextualidade. Sim, você deverá ter conhecimento além do que um autor de gramática escreve para acertar questões assim!

  • A banca ja é pedreira, imagine uma prova pra professor de pôrtugues' kkkkkkkkkkkk

  • A questão é absurda, porque não cobrou apenas conhecimento de intertextualidade, mas de texto que não constava no edital. Não é de conhecimento de todos a frase do Lincoln. Eu não posso selecionar aleatoriamente um texto e exigir que o candidato tenha conhecimento prévio sem que eu o exija no edital.

  • Essa eu não fui capaz nem de chutar!

    "ave Maria", que diabos é isso?

    Estou por entender atá agora, mesmo vindo aqui nos comentarios...

  • Não achei difícil, era só observar bem a única alternativa que havia um texto falando sobre um assunto e dando continuidade a outro que não tinha coerência alguma.

    Letra D

  • E lá vamos nos, tendo que saber todos os ditados populares, todas as frases de todos os escritores, todas as canções enfim, uma lástima a fgv !

  • QUESTÃO ABSURDA

    O examinador não quer aprovar ninguém

  • QUESTÃO SOBRE DITADOS POPULARES.

    PORTUGUÊS, MAIS UMA FEZ, FICANDO DE FORA DAS PROVAS DA BANCA.

    UMA LASTIMA PRA QUEM LEVA A SERIO OS ESTUDOS E LUTA POR UMA VAGA.

  • Questão para prof de português, eles se preparam pra isso..

  • Não conhecia essa frase de Abraham Lincoln

  • "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que eu passar no concurso da FGV pra professor de Português"

  • Questão que depende mais da carga cultural do candidato do que do quanto estudou.

    Conhecer de uma cultura estrangeira então...

  • Essa noção de conhecimento de mundo MATA.

  • Só conhecia 3, infelizmente!

  • Não conhecia essa : IV – “Pode-se enganar todo mundo o tempo todo, se a campanha estiver certa e a verba for suficiente”. (Joseph E. Levine)

    Por isso é bom fazer exercícios .

  • Melhorar o áudio do gabarito comentado
  • Infelizmente o ''desconhecimento de mundo'' me Prejudicou nessa.

  • QUESTÃO SOBRE DITADOS POPULARES.

    PORTUGUÊS, MAIS UMA FEZ, FICANDO DE FORA DAS PROVAS DA BANCA.

  • acho que as referências deveriam ser apenas brasileiras, por se tratar de lingua portuguesa do Brasil... só acho...
  • Prova pra professor da NASA, kkkk.

  • Prova pra professor da NASA, kkkk.


ID
3015214
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Salvador - BA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“O fundamento jurídico para a proteção dos animais, no Brasil, está no artigo 255 da Constituição Federal, que incumbe o Poder Público de ‘proteger a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade’”.

O autor desse fragmento, ao citar outro texto, exemplifica uma marca característica da textualidade.

Assinale a opção que a indica. 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “O fundamento jurídico para a proteção dos animais, no Brasil, está no artigo 255 da Constituição Federal, que incumbe o Poder Público de ‘proteger a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade’”.

    → é feita uma intertextualidade à Constituição (influência de um texto sobre o outro, que gera um embasamento, um reforço ao texto em pauta).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Eu erro tudo!

  • Gabarito C

    INTERTEXTUALIDADE

    ·       Superposição de um texto literário a outro.

    ·       Influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado.

  • GABARITO: LETRA C.

    É feita uma intertextualidade com o texto da Constituição.

  • Na intertextualidade há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.

    .: Para maior elucidação sobre a intertextualidade, existem alguns tipos destas práticas:

    - Referência, citação, epígrafe, paráfrase, paródia, plágio, tradução, transliteração e etc.

    No caso em tela, há uma intertextualidade com o texto da Constituição.

    FONTE: WIKIPÉDIA

  • Intertextualidade = um texto dentro de outro texto

  • Gabarito' C!

    Senão, vejamos:

    O autor desse fragmento, ao citar outro texto, exemplifica uma marca característica da textualidade. (Aqui a banca já dá a resposta que, neste caso: é uma citação direta, a qual é um exemplo de intertextualidade).

    Mas o que significa intertextualidade?

    influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado. De outra banda, a intertextualidade faz referência a outro texto, pode ser também uma citação, paráfrase e afins.

  • Intertextualidade: É quando dois ou mais textos trabalham com o mesmo tema, ainda que de forma diferente.

  • A seguir os sete elementos da textualidade:

    1. Intencionalidade

    Um texto precisa fazer sentido para alguém, assim, você utiliza um recurso para convencer o leitor ou fazê-lo acreditar em algo. O que eu quero dizer? Para quem eu quero dizer?

    2. Intertextualidade

    É importante para o texto que você traga elementos ou ideias de outros autores. Isso reforça o seu ponto de vista e embasa seus argumentos. Alguém já disse isso antes? Há outras informações interessantes a respeito?

    3. Informatividade

    É preciso dosar a quantidade e a qualidade das informações que você fornece no seu texto. É uma espécie de jogo: controle x liberação da informação.

    4. Aceitabilidade

    Organizar bem as informações, ser convincente e fazer um encadeamento lógico das ideias leva o leitor a aceitar o que você está dizendo.

    5. Situcionalidade

    Trata-se do contexto, ou seja, tudo aquilo que fazemos para que um texto fique de acordo com a situação em que será lido, usado e até mesmo falado.

    6 e 7. Coesão e Coerência

    A coerência é o encadeamento de ideias e informações (o “o que”). Já a coerência são as palavras e estruturas gramaticais usadas (o “como”).

     

    (Fonte: FAVERSANI, Lilian. 7 lições para a produção de textos. Disponível em: <http://mooc.timtec.com.br/course/producaodetextos/intro/>. Acesso em: 18 jan. 2016)

  • Intertextualidade = O autor desse fragmento, ao citar outro texto...

  • A FGV costuma recorrer a um livro chamado "Comunicação em Prosa Moderna", de Othon Garcia. Para nós que somos da área de letras é um clássico. Adquiram-no. Vai os ajudar a entender melhor o mecanismo dessa banca obscura, em especial na parte de compreensão e interpretação textual e coesão e coerência.

  • C. Intertextualidade. correta

  • → é feita uma intertextualidade à Constituição (influência de um texto sobre o outro, que gera um embasamento, um reforço ao texto em pauta).

    Pra lembrar mesmo ...

  • Intertextualidade: é basicamente um texto dentro de outro texto.

    Ex.: um texto de referência / exemplificação, dentro de um texto principal.

  • A intertextualidade se apresenta, normalmente, nas provas de concursos públicos, pela paráfrase ou pela paródia

    Fonte: FP.

  • Só eu que fico triste fazendo as questões da FGV ? : /

  • "ao citar outro texto" = Intertextualidade

  • eu só acertei porque um questão desta mesma prova dizia sobre esse mesmo texto: " Esse texto se refere a um outro texto.Sobre os textos que aqui dialogam, assinale a afirmativa correta.''

    eu não sei como colar a numeração dessa outra questão, mas é só ir na prova que foi e encontrar

  • "autor desse fragmento, ao citar outro texto" Se citou outro texto é ,logicamente, uma citação ,ou seja, um tipo de intertextualidade.

    Letra C

  • Calma Minoru Onuki,no inicio tb eu era assim, hj continua do mesmo jeito.kkkkkkkkkkkkkkk Brinadeiras a parte aos poucos vamos pegando o jeito (ou ñ).

  • O fundamento jurídico x está na constituição Federal y

    Um tá no outro= inter

    Os dois são textos( documentos)

    Intertextualidade

  • Intertextualidade é o nome dado à relação que é feita quando em um texto é citado outro texto que já existe

  • Nota-se que a intertextualidade é a pratica de utilizar um argumento para formar outro argumento.

    RUMO PMCE 2021

  • Intertextualidade é à relação que é feita quando em um texto é citado outro texto que já existe. Esse fenômeno se trata do "diálogo" de um texto com um ou mais textos, que podem ser verbais, não-verbais ou mistos.

  • Essa palavra é doce para FGV, é carro chefe em questões de interpretação: Intertextualidade.


ID
3024088
Banca
UFMT
Órgão
UFT
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Dançar faz bem à cabeça


Aprender, memorizar e se equilibrar: o que essas habilidades têm em comum? Bem, todas estão relacionadas com o hipocampo, área do cérebro que pode ficar comprometida com o avançar da idade. Um estudo do Centro Alemão para Doenças Neurodegenerativas revelou uma prática especialmente bem-vinda para essa região: a dança. Os pesquisadores compararam a atividade com treinos de resistência e flexibilidade. Aí perceberam que, principalmente em termos de equilíbrio, mexer o corpo ao ritmo da música é mais vantajoso. Isso porque as mudanças de movimento típicas do bailado aprimoram essa função mais do que os exercícios clássicos. Fora que os mais velhos precisavam se lembrar das coreografias – o que, de quebra, favorecia a memória.

                                                                                                    (Revista Saúde, nº 421.)

Em termos de recursos linguísticos empregados no texto, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • no item B o "se"  de equilibrar-se  não deveria ficar antes do equilibrar? por causa o E?

  • GABARITO: LETRA B

    → original: Aprender, memorizar e se equilibrar: o que essas habilidades têm em comum?

    → reescritura: O que as habilidades aprender, memorizar e equilibrar-se têm em comum?

    → Ana, lembre-se que: verbos no infinitivo impessoal a colocação do pronome é facultativa, independente se houver ou não palavra atrativa.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Eu estava esperando um "O que as habilidade DE aprender...

  • Gabarito B

    CAROL, a regra é a seguinte:

    COLOCAÇÃO PRONOMINAL

    Pronomes oblíquos: me, nos, te, vos, o, a, os, as, se, lhe, lhes.

    Proclíticos: posicionam antes do verbo.

    Ex.: Nunca me diga não.

    •      Palavra no sentido negativo: nunca, não...

    •      Pronome relativo: que, o qual...

    •      Pronome indefinido: tudo, nada...

    •      Pronome demonstrativo: esse, isso...

    •      Conj. Subordinada: porque, como...

    •      Com advérbios: aqui, bem...

    •      Com gerúndio precedido de preposição em: Em se tratando de...

    •      Orações exclamativa: Os céus te protejam!

    Mesoclíticos: posicionam no meio.

    •      Com o verbo no futuro do presente: sentir-se-á(ei);

    •      Com o verbo no futuro do pretérito: sentir-se-ia(ia).

    Enclíticos: coloca-se após ao verbo.

    •      Quando a oração inicia por verbos: Beije-me...

    •      Nas orações imperativas: Menina, beije-me...

  • Ana Carolina, o infinitivo impessoal admite as duas hipóteses. Obs: Infinitivo impessoal é aquele que não está conjugado em nenhuma pessoa.

  • Ansiedade é mal para resolver qualquer questão.

  • Questão boa, mais eu fui por eliminação, e sobrou apenas a letra B que também não marquei tão confiante eu fiquei na dúvida em relação ao SE. Arthur não deixe nunca de pagar assinatura anual do Q. Concursos kkkk você já me ajudou bastante.

  • Wandizia Torres pensei como você rs

  • Cabe recurso na letra b, quem tem habilidade tem habilidade DE ALGO, logo não a regência está incorreta


ID
3028843
Banca
FADESP
Órgão
IF-PA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O estudo de elementos dêiticos consiste em

Alternativas
Comentários
  • São instrumentos linguísticos responsáveis pela coesão, funcionando também para enriquecer o sentido do texto. O professor doutor afirma que tal característica serve não apenas para assegurar uma ligação entre os elementos que ocorrem na superfície do texto, mas também para fazer referência à situação de enunciação.

    gab. E

  • Os elementos dêiticos fazem referência ao falante, à situação de produção de um dado enunciado ou mesmo ao momento em que o enunciado é produzido.

    Portanto, o estudo de elementos dêiticos consiste em compreender as referências à situação em que um texto foi produzido.

    Resposta: "E".

    @juniortelesoficial


ID
3028855
Banca
FADESP
Órgão
IF-PA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A noção de intertextualidade se refere à

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A intertextualidade se dá pela relação existente entre textos que se conversam por meio de um aspecto em comum. Para identificar a intertextualidade, você pode reparar em citações, paródias, paráfrase. Um texto é criado a partir de outro pré-existente, garantindo, assim, a relação dialógica entre eles. 

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro.

    Fonte: https://www.todamateria.com.br/intertextualidade/

    gab. A


ID
3032632
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Trapezista


      Querida, eu juro que não era eu. Que coisa ridícula! Se você estivesse aqui – Alô? Alô? – olha, se você estivesse aqui ia ver a minha cara, inocente como o Diabo. O quê? Mas como, ironia? “Como o Diabo” é força de expressão, que diabo. Você acha que eu ia brincar numa hora desta? Alô! Eu juro, pelo que há de mais sagrado, pelo túmulo de minha mãe, pela nossa conta no banco, pela cabeça dos nossos filhos que não era eu naquela foto de carnaval no Cascalho que saiu na Folha da Manhã. O quê? Alô! Alô! Como é que eu sei qual é a foto? Mas você não acaba de dizer... Ah, você não chegou a dizer... ah, você não chegou a dizer qual era o jornal. Bom, bem. Você não vai acreditar mas acontece que eu também vi a foto. Não desliga! Eu também vi a foto e tive a mesma reação. Que sujeito parecido comigo, pensei. Podia ser gêmeo. Agora, querida, nunca, em nenhum momento, está ouvindo? Em nenhum momento me passou pela cabeça a ideia de que você fosse pensar — querida, eu estou até começando a achar graça —, que você fosse pensar que aquele era eu. Por amor de Deus. Pra começo de conversa você pode me imaginar de pareô vermelho e colar havaiano, pulando no Cascalho com uma bandida em cada braço? Não, faça-me o favor. E a cara das bandidas! Francamente, já que você não confia na minha fidelidade, que confiasse no meu bom gosto, poxa! O quê? Querida, eu não disse “pareô vermelho”. Tenho a mais absoluta, a mais tranquila, a mais inabalável certeza que eu disse apenas “pareô”. Como é que eu podia saber que era vermelho se a fotografia não era em cores, certo? Alô? Alô? Não desliga! Não... Olha, se você desligar está tudo acabado. Tudo acabado. Você não precisa nem voltar da praia. Fica aí com as crianças e funda uma colônia de pescadores. Não, estou falando sério.

      Perdi a paciência. Afinal, se você não confia em mim não adianta nada a gente continuar. Um casamento deve se... se... como é mesmo a palavra?... se alicerçar na confiança mútua. O casamento é como um número de trapézio, um precisa confiar no outro até de olhos fechados. É isso mesmo. E sabe de outra coisa? Eu não precisava ficar na cidade durante o carnaval. Foi tudo mentira. Eu não tinha trabalho acumulado no escritório coisíssima nenhuma. Eu fiquei sabe para quê? Para testar você. Ficar na cidade foi como dar um salto mortal, sem rede, só para saber se você me pegaria no ar. Um teste do nosso amor. E você falhou. Você me decepcionou. Não vou nem gritar por socorro. Não, não me interrompa.

      Desculpas não adiantam mais. O próximo som que você ouvir será do meu corpo se estatelando, com o baque surdo da desilusão, no duro chão da realidade. Alô? Eu disse que o próximo som... que... O quê? Você não estava ouvindo nada? Qual foi a última coisa que você ouviu, coração?

      Pois sim, eu não falei — tenho certeza absoluta que não falei — em “pareô vermelho”. Sei lá que cor era o pareô daquele cretino na foto. Você precisa acreditar em mim, querida. O casamento é como um número de...

      Sim. Não. Claro. Como? Não. Certo. Quando você voltar pode perguntar para o... Você quer que eu jure? De novo? Pois eu juro. Passei sábado, domingo, segunda e terça no escritório. Não vi carnaval nem pela janela. Só vim em casa tomar um banho e comer um sanduíche e vou logo voltar para lá. Como? Você telefonou para o escritório. Meu bem, é claro que a telefonista não estava trabalhando, não é, bem. Ha, ha, você é demais. Olha, querida? Alô? Sábado eu estou aí. beijo nas crianças. Socorro. Eu disse, um beijo.

(In: Veríssimo, L. F. As mentiras que os homens contam. São Paulo, Objetiva: ????.)

Analise a frase a seguir: “[...] olha, se você estivesse aqui ia ver a minha cara, inocente como o Diabo.” (1º§). Só NÃO é correto afirmar sobre o trecho que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → queremos uma alternativa INCORRETA:

    A) A comparação realizada causou o efeito contrário ao desejado pelo enunciador. → correto, visto que "diabo" traz um valor semântico de mau, coisa ruim, logo não foi condizente com a tentativa do marido de dizer que ele não foi ao carnaval.

    B) As explicações acerca do uso da expressão “como o Diabo” possuem natureza semântica oposta à sua constituição composicional. → correto, conforme explicação anterior.

    C) O uso da forma verbal “olha”, no modo imperativo, indica um pedido do protagonista para que sua interlocutora realize a ação suscitada pelo verbo relacionado à forma verbal indicada → "olhar" significa usar os olhos para ver algo, porém, o protagonista usa como um recurso de interpelação, como se implorasse à esposa uma chance.

    D) A comparação presente no trecho não surtiu o efeito desejado por o enunciador ter selecionado um sentido diferente para a expressão “como o Diabo” do entendido pela sua interlocutora. → correto, surtiu um efeito negativo, contrário.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • KKKKKKKKKKKKKKKK adorei o texto! Quantos trapezistas não existem por aí...

  • É preciso muita atenção quanto ao enunciado do texto, as alternativas são fáceis!

  • Resposta C)

    Olhar no sentido de chamar atenção, não no sentido de "ver"

  • droga, me perdi no NÃO é correto


ID
3046036
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
IF-AC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   NO MUNDO DA LUA

Certos escribas são capazes de produzir tolices por ignorar coisas elementares como a diferença entre estrelas e planetas ou entre o anu e a garça


      É o seguinte o curioso trecho da resenha do filme alemão "Inferno", de 2012, sobre o destino do homem na Terra depois de terríveis tempestades solares:

      "Em futuro não muito distante, as guerras não serão o maior inimigo da humanidade, mas um velho conhecido de todos, a maior estrela do nosso sistema solar: o Sol."

      Terá o sistema solar outras estrelas além do Sol? Que ideia fará do sistema solar o inventivo resenhista brasileiro? Saberá ele a diferença entre estrelas e planetas? Entre planetas e satélites? Entre constelações e galáxias? Entre o anu e a garça?

      Ou é escriba muito distraído ou terá faltado às parcas aulas de astronomia que costumavam preceder estudos elementares de geografia física; nessas aulas, e nas de física, os estudantes de primeiro e segundo grau aprendiam que a Terra gira em torno de uma estrela ― o Sol ―, com outros sete planetas; todos eles nesta ordem em relação ao Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, fora corpos menores, como Plutão. Aprendiam também que estrelas têm luz e calor próprios, e os planetas, não.

      Aprendia-se além disso que esse equilibrado conjunto compõe o sistema solar, um dos bilhões em movimento na Via Láctea, que é uma dos bilhões de galáxias do universo. O escriba não terá aprendido, além disso, que o Sol, a óbvia única estrela do sistema, é a fonte de luz e calor que sustenta a vida neste planeta desolado a caminho da escuridão. É preciso lembrar que o Sol, grande ameaça, segundo o filme e o articulista, no fim vai-se aquecer muito mais, dilatar-se e absorver a Terra. Bem antes, nosso planeta perdido e mal-amado talvez já se tenha tornado uma bolota de gelo sem vida no espaço. Deve demorar algum tempo: alguns bilhões de anos. Muito antes disso, o autodestrutivo ser humano terá ido para o beleléu, com o resto da vida que houver por aqui. Não sobrarão nem formas inferiores de vida, como baratas e políticos de baixo extrato ― 97,63% deles.

      Enfim, e sem saudosismo, pelo jeitão da coisa e do grau de conhecimento de alguns escribas em ação em jornais, revistas e outros meios de comunicação, tem-se a vaga impressão de que o sistema educacional brasileiro, incluindo as escolas de jornalismo, já teve melhores dias.

MACHADO, Josué. Revista Língua Portuguesa. Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blogJosue/no-mundo-da-lua-319197-1.asp. Acesso em 15 jul 2014. 

“Aprendia-se além disso que esse equilibrado conjunto compõe o sistema solar, [...]”. O sintagma nominal “esse equilibrado conjunto” substitui o que foi dito anteriormente, mantendo com o restante do texto uma relação de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → “Aprendia-se além disso que esse equilibrado conjunto compõe o sistema solar, [...]

    → temos o pronome demonstrativo "esse" sendo um elemento de coesão textual com valor anafórico (ana volta, retoma um termo anterior).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3055906
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Numere a coluna B pela coluna A atendendo à CORRETA definição dos termos gramaticais.


COLUNA A

I. Inferência.

II. Polissemia.

III. Ambiguidade.

IV. Intertextualidade.

V. Coesão.

VI. Coerência.


COLUNA B

( ) É uma possível conclusão que se tira do texto.

( ) Relação que se estabelece entre textos, um influenciando o outro.

( ) A mesma coisa que anfibologia.

( ) União íntima das partes de um texto.

( ) Um significante com vários significados de acordo com o contexto.

( ) Nexo e lógica entre as ideias do texto.


Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → a primeira definição já entrega a resposta:

    → I. Inferência → É uma possível conclusão que se tira do texto: ato de concluir, dedução feita através das informações que conseguimos estabelecer de um texto.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Gabarito''A''.

    ( Inferência ) É uma possível conclusão que se tira do texto.

    ( Intertextualidade) Relação que se estabelece entre textos, um influenciando o outro.

    ( Ambiguidade) A mesma coisa que anfibologia.

    ( Coesão) União íntima das partes de um texto.

    ( Polissemia) Um significante com vários significados de acordo com o contexto.

    (Coerência ) Nexo e lógica entre as ideias do texto.

    Estudar é o caminho para o sucesso!

  • É importante conhecer o sinônimos das definições. Na faculdade, por questão de formalidade, foi-me ensinado a usar "anfibologia" no lugar de "ambiguidade", embora ambos os verbetes definam o mesmo conceito. Tendo ciência disso, bastou para responder corretamente.

    Letra A

  • ANFIBOLOGIA / AMBIGUIDADEme ajudou a acertar a questão.

    GAB: LETRA A

  • ANFIBOLOGIA / AMBIGUIDADEme ajudou a acertar a questão.

    GAB: LETRA A

  • ANFIBOLOGIA / AMBIGUIDADEme ajudou a acertar a questão.

    GAB: LETRA A


ID
3059482
Banca
UFMT
Órgão
Prefeitura de Tangará da Serra - MT
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Qual o país com mais bicicletas no mundo?


A Alemanha. São 72 milhões de bicis, o que corresponde a 87% da população do país (82 milhões). Em seguida, vêm Japão (78%), Tailândia (74%) e Polônia (70%). Já as cidades consideradas mais amigáveis dos ciclistas são Copenhague (Dinamarca), Utrecht e Amsterdã (Holanda) e Estrasburgo (França). O Rio de Janeiro é o município brasileiro mais bem avaliado, chegou a ficar em 16º em 2013, mas hoje está fora das 20 primeiras. Cada dia um 7 a 1 diferente...

                                                           (Fonte: Revista Superinteressante, 11/2018).  

Em Cada dia um 7 a 1 diferente..., o autor do texto cria uma referência a um fato externo ao texto. Esse recurso linguístico é denominado intertextualidade, sendo este um exemplo de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → faz alusão a algo (menção a algo):

    Cada dia um 7 a 1 diferente (faz menção ao jogo do Brasil contra a Alemanha, em que a Alemanha ganhou de 7x1).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • GABARITO: D

    Alusão: substantivo feminino.

    Ato ou efeito de aludir, de fazer rápida menção a alguém ou algo; referência vaga, de maneira indireta; avaliação indireta de uma pessoa ou um fato, pela citação de algo que possa lembrá-lo.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • Em Cada dia um 7 a 1 diferente..., o autor do texto cria uma referência a um fato externo ao texto. Esse recurso linguístico é denominado intertextualidade, sendo este um exemplo de

    Alusão = mencionar

    Estuda Guerreiro ♥️

    Fé no pai que sua aprovação sai !

  • Bricolagem é um termo com origem no francês "bricòláge" cujo significado se refere à execução de pequenos trabalhos domésticos, sem necessidade de recorrer aos serviços de um profissional.


ID
3090532
Banca
FGV
Órgão
TJ-CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Algumas frases são construídas tendo por base outras já formuladas e conhecidas (intertextualidade); isso só NÃO ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    A) Em dentadura dada não se olham os dentes; → frase construída a partir do provérbio: "A cavalo dado não se olha os dentes".

    B) A justiça pode ser cega, mas não devemos fazê-la paralítica; → frase construída a partir do provérbio: "A justiça tarda, mas não falha".

    C) Água mole em pedra dura tanto bate até que causa um rombo; → frase construída a partir do provérbio  “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.

    D) A pressa é inimiga da refeição; → frase construída a partir da expressão popular "A pressa é inimiga da perfeição".

    E) Para mim, o verdadeiro valor é a prudência. → nosso gabarito, visto que não há qualquer intertextualidade nessa frase.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Nossa. O difícil é entender o que a banca quer

  • Intertextualidade

    Influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado.

    LETRA "E"

  • Intertextualidade é o mesmo que paródia.

    As alternativas A B C D fazem referência à frases já conhecidas, porém com algumas mudanças cômicas ou exageradas.

    GAB E

  • E QUANDO VC NÃO SABE NEM COMO ERRAR ?!?!?!

  • Pegadinha do malandro

  • Intertextualidade: acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.

    Tipos de Intertextualidade:

    - Alusão ou referência - Na alusão, não se aponta diretamente o fato em questão; apenas o sugere através de características secundárias ou metafóricas.

    - Bricolagem - são alguns procedimentos de intertextualidade das artes plásticas e da música que também aparecem retomados na literatura. Quando o processo da citação é extremo, ou seja, um texto é montado a partir de fragmentos de outros textos, tem-se um caso de bricolagem.

    - Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas e geralmente com o nome do autor deste. A Citação é um fragmento transcrito de outro autor, inserido no texto entre aspas.

    - Crossover - é aparição ou encontro entre personagens que pertencem a universos fictícios diferentes em determinados capítulos, episódios, edições ou volumes de alguma obra artística.

    - Epígrafe - é um pequeno trecho de outra obra, ou mesmo um título, que apresenta outra criação, guardando com ela alguma relação mais ou menos oculta.

    - Paráfrase - o autor recria, com seus próprios recursos,um texto já existente,"relembrando" a mensagem original ao interlocutor.

    - Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela muitas vezes perverte o texto anterior, visando a crítica de forma irônica.

    - Pastiche - é definido como obra literária ou artística em que se imita abertamente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, etc.

    - Plágio - é a cópia e/ou alteração indevida e não-licenciada de uma obra artística, científica ou literária por alguém que afirma ser o autor original da mesma.

    - Sample - são trechos "roubados" de outras músicas e usados como base para outras produções.

    - Tradução - a tradução é a adequação de um texto em outra língua, a língua nativa do país. Por exemplo, um livro em turco é traduzido para o português.

    - Transliteração - técnica linguística que, tal como a tradução, ocupa-se de adequar termos, nomes e expressões de uma língua para outra, entretanto adaptando-as para um alfabeto que possui letras diferentes de seu original.

    Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Intertextualidade

  • Pressa é inimiga da REFEIÇÃO?

  • Só penso que não sou obrigada a saber todos os ditados do mundo!

  • E

  • Para mim, o verdadeiro valor é a prudência.

    Nesta frase temos uma posição pessoal do autor, o que não tem por base outra frase já formulada e conhecida (intertextualidade). É UMA OPINIÃO PESSOAL. Gabarito letra E.

  • Erica, vc não precisa conhecer todos, mas se nãos conhece esses, vc vive em Marte

  • Banca Cú!

  • a) kkkkkkk

    b) kkkkkkk

    c) kkkkkkk

    d) kkkkkkk

    e) Opa! Essa aqui não é intertextualidade não!

  • "Há bares que vêm para o bem."

  • Questão dada, eis que surge o professor pra comentar kkk

  • Perfeição ou refeição rs

  • A questão não é se as alternativas apresentam ditados populares ou não, é o fato de que saber ditados populares não me parece uma competência da língua portuguesa, mas sim do estudo da cultura popular.

    Banca horrorosa. Mas vamos engolir a raiva e estudar né galera, porque é ela que pode nos dar a vaga desejada...

  • A pressa é inimiga da refeição, pois quem tem pressa como cru, tendeu! ㋡㋡㋡ kkk

  • não tem nada de errado com essa questão.
  • GABARITO E

  • E. Para mim, o verdadeiro valor é a prudência. correta

  • ahahaha "a pressa é inimiga da refeição" essa foi ótima! Momento de descontração durante a prova.

  • Essa até minha mãe acertaria! hauahauaha

  • Essa questão me lembrou demais o Chapolin Colorado. Ele era mestre em fazer essas frases kkkk

  • Analisemos as opções:

     

    Letra A – Trecho Original: Em cavalo dado não se olham os dentes.

    Letra B – Trechos Originais: A justiça é cega; A justiça tarda, mas não falha.

    Letra C – Trecho Original: Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

    Letra D – Trecho original: A pressa é inimiga da perfeição.

     

    A única que não se remete a nenhum texto anterior é a letra E.

    Resposta: E

  • questão dada, e o povo reclamando

  • Gab: E; Nessa vamos por exclusão, todas a outras nos remetem a algumas outras frases já conhecidas, menos a letra E.
  • FGV faz piada com quem realmente estuda Português !

  • Eu pensei que fosse: A pressa é inimiga da perfeição. Tá de brincadeira é?

  • Estudo para concurso há certo tempo, mas é a primeira vez com foco na FGV (organizadora inesperada de meu certame)... Estou achando essa banca muito estranha, um português meio deturpado. Rsrs

  • você é obrigado a conhecer ditado popular para acertar a questão!
  • INTERTEXTUALIDADE relação de um texto com outro.  

    ALUSÃO - texto famoso ex.: fumar é prejudicial à saúde

    CITAÇÃO - menção de um texto ou autor ...

    PARÓDIA - novo texto a partir de outro com humor propaganda

    PARÁFASE - novo texto a partir de outro sem humor.

  • essa é aquele veio gagá que começa a confundir e trocar as palavras

  • aquele momento em que vc esquece o que é intertextualidade ),:
  • imagina se uma questao errada anulasse uma certa kkkkkk
  • "Aqui se faz, aqui se erra."

    Gab.E

  • Q1749290

    FGV - 2021 

    Português 

    Interpretação de Textos

    IMBEL 

    Advogado

    A frase a seguir que foi estruturada a partir de outra bastante conhecida (intertextualidade) é:

    A

    “A pressa é inimiga da refeição.”

    B

    “Quem não fez nada, não sabe nada.”

    C

    “A pressa gera o erro em todas as coisas.”

    D

    “Em toda iniciativa pensa bem aonde queres chegar.”

    E

    “Sem entusiasmo nunca se realizou nada de grandioso.”

    Outra no mesmo padrão, só que nessa ela coloca outra ideia sem sentido.

  • Não entendo o que isso agrega na construção de conhecimento. Essa banca é uma decepção com o concurseiro que estuda a GRAMÁTICA.

  • É a única banca do Brasil onde você precisa saber ditados populares pra acertar questões... Parece mais uma prova de conhecimentos populares do que de português.
  • Hahahahahaha

  • só consigo me lembrar do Chapolim kkkkk

  • ÀS VEZES, PRECISA- SE DE CONHECIMENTO DE MUNDO NO PORTUGUÊS!!

  • As vezes eu penso até em desistir por conta dessa banca

  • Realmente, o candidato que acerta essa questão é muito superior aos demais, olha o nível de elaboração, questão muito boa para medir o conhecimento de pessoas que estudam meses para passar em um concurso. parabéns FGV

  • Galera, FGV é pura interpretação. Esta questão trás ditados populares e a única que não é um ditado popular é a letra E. Simples assim.

  • Quem tem mais de 30 anos levou essa.

  • Na alternativa "E", a frase ja inicia com o termo "Para mim" nos fazendo pressupor que essa intertextualidade foi formulada apartir de um ideia própria, e tendo em vista que as outras alternativas fizeram a intertextualidade de frases, que são bastante conhecidas na nossa linguagem...

  • Outros exemplos de frases construídas com base outras já formuladas e bastante conhecidas:

    Água mole, pedra dura, tento bate até que... acaba a água.

    Os últimos serão des-clas-si-fi-ca-dos.

    Em casa de ferreiro... só tem ferro.

    Quem cedo madruga... passa o dia todo com sono.


ID
3126109
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Como Dizia Meu Pai


      Já se tornou hábito meu, em meio a uma conversa, preceder algum comentário por uma introdução:

      — Como dizia meu pai...

      Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia, sendo apenas uma maneira coloquial de dar ênfase a alguma opinião.

      De uns tempos para cá, porém, comecei a perceber que a opinião, sem ser de caso pensado, parece de fato corresponder a alguma coisa que Seu Domingos costumava dizer. Isso significará talvez — Deus queira — que insensivelmente vou me tomando com o correr dos anos cada vez mais parecido com ele. Ou, pelo menos, me identificando com a herança espiritual que dele recebi.

      Não raro me surpreendo, antes de agir, tentando descobrir como ele agiria em semelhantes circunstâncias, repetindo uma atitude sua, até mesmo esboçando um gesto seu. Ao formular uma ideia, percebo que estou concebendo, para nortear meu pensamento, um princípio que, se não foi enunciado por ele, só pode ter sido inspirado por sua presença dentro de mim.

      — No fim tudo dá certo...

      Ainda ontem eu tranquilizava um de meus filhos com esta frase, sem reparar que repetia literalmente o que ele costumava dizer, sempre concluindo com olhar travesso:

      — Se não deu certo, é porque ainda não chegou no fim.

      Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem chamávamos paizinho, a subir pausadamente a escada da varanda de nossa casa, todos os dias, ao cair da tarde, egresso do escritório situado no porão. Ou depois do jantar, sentado com minha mãe no sofá de palhinha da varanda, como namorados, trocando notícias do dia. Os filhos guardavam zelosa distância, até que ela ia aos seus afazeres e ele se punha à disposição de cada um, para ouvir nossos problemas e ajudar a resolvê-los. Finda a última audiência, passava a mão no chapéu e na bengala e saía para uma volta, um encontro eventual com algum amigo. Regressava religiosamente uma hora depois, e tendo descido a pé até o centro, subia sempre de bonde. Se acaso ainda estávamos acordados, podíamos contar com o saquinho de balas que o paizinho nunca deixava de trazer.

      Costumava se distrair realizando pequenos consertos domésticos: uma boia de descarga, a bucha de uma torneira, um fusível queimado. Dispunha para isso da necessária habilidade e de uma preciosa caixa de ferramentas em que ninguém mais podia tocar. Aprendi com ele como é indispensável, para a boa ordem da casa, ter à mão pelo menos um alicate e uma chave de fenda. Durante algum tempo andou às voltas com o velho relógio de parede que fora de seu pai, hoje me pertence e amanhã será de meu filho: estava atrasando. Depois de remexer durante vários dias em suas entranhas, deu por findo o trabalho, embora ao remontá-lo houvessem sobrado umas pecinhas, que alegou não fazerem falta. O relógio passou a funcionar sem atrasos, e as batidas a soar em horas desencontradas. Como, aliás, acontece até hoje.

      Tinha por hábito emitir um pequeno sopro de assovio, que tanto podia ser indício de paz de espírito como do esforço para controlar a perturbação diante de algum aborrecimento.

      — As coisas são como são e não como deviam ser. Ou como gostaríamos que fossem.

      Este pronunciamento se fazia ouvir em geral quando diante de uma fatalidade a que não se poderia fugir. Queria dizer que devemos nos conformar com o fato de nossa vontade não poder prevalecer sobre a vontade de Deus - embora jamais fosse assim eloquente em suas conclusões. Estas quase sempre eram, mesmo, eivadas de certo ceticismo preventivo ante as esperanças vãs:

      — O que não tem solução, solucionado está.

      E tudo que acontece é bom — talvez não chegasse ao cúmulo do otimismo de afirmar isso, como seu filho Gerson, mas não vacilava em sustentar que toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não estava dando certo. E se quiser que mude, não podendo fazer nada para isso, espere, que mudará por si.

      [...] 

      Tudo isso que de uns tempos para cá me vem ocorrendo, às vezes inconscientemente, como legado de meu pai, teve seu coroamento há poucos dias, quando eu ia caminhando distraído pela praia. Revirava na cabeça, não sei a que propósito, uma frase ouvida desde a infância e que fazia parte de sua filosofia: não se deve aumentar a aflição dos aflitos. Esta máxima me conduziu a outra, enunciada por Carlos Drummond de Andrade no filme que fiz sobre ele, a qual certamente Seu Domingos perfilharia: não devemos exigir das pessoas mais do que elas podem dar. De repente fui fulminado por uma verdade tão absoluta que tive de parar, completamente zonzo, fechando os olhos para entender melhor. No entanto era uma verdade evangélica, de clareza cintilante como um raio de sol, cheguei a fazer uma vênia de gratidão a Seu Domingos por me havê-la enviado:

      — Só há um meio de resolver qualquer problema nosso: é resolver primeiro o do outro.

      Com o tempo, a cidade foi tomando conhecimento do seu bom senso, da experiência adquirida ao longo de uma vida sem maiores ambições: Seu Domingos, além de representante de umas firmas inglesas, era procurador de partes — solene designação para uma atividade que hoje talvez fosse referida como a de um despachante. A princípio os amigos, conhecidos, e depois até desconhecidos passaram a procurá-lo para ouvir um conselho ou receber dele uma orientação. Era de se ver a romaria no seu escritório todas as manhãs: um funcionário que dera desfalque, uma mulher abandonada pelo marido, um pai agoniado com problemas do filho — era gente assim que vinha buscar com ele alívio para a sua dúvida, o seu medo, a sua aflição. O próprio Governador, que não o conhecia pessoalmente, certa vez o consultou através de um secretário, sobre questão administrativa que o atormentava. Não se falando nos filhos: mesmo depois de ter saído de casa, mais de uma vez tomei trem ou avião e fui colher uma palavra sua que hoje tanta falta me faz.

      Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo nas horas más. No momento, ele próprio está aqui a meu lado, com o seu sorriso bom.

SABINO, Fernando. A volta por cima. In: Obra Reunida v. III. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 1996. (Texto adaptado)

Em qual opção há, explicitamente, uma referência intertextual?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Esta máxima me conduziu a outra, enunciada por Carlos Drummond de Andrade no filme que fiz sobre ele, a qual certamente Seu Domingos perfilharia: não devemos exigir das pessoas mais do que elas podem dar.? (16°§)

    ? Referência intertextual direta feita a uma obra de Carlos Drummond de Andrade.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3151330
Banca
EDUCA
Órgão
Prefeitura de Várzea - PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o fragmento.


[...] é uma referência ou uma incorporação de um elemento discursivo a outro, podendo-se reconhecê-lo quando um autor constrói a sua obra com referências a textos, imagens ou a sons de outras obras e autores e até por si mesmo, como uma forma de reverência, de complemento e de elaboração do nexo e sentido deste texto/imagem.


Esse conceito caracteriza

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Entende-se por intertextualidade ou dialogismo uma referência ou uma incorporação de um elemento discursivo a outro, podendo-se reconhecê-lo quando um autor constrói a sua obra com referências a textos, imagens ou a sons de outras obras, autores e até por si mesmo, como uma forma de reverência, de complemento e de elaboração do nexo e sentido deste texto.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A intertextualidade, nada mais é, do que a influência ou relação entre dois ou mais textos, analisando as referências existentes entre eles. Tais referências podem ser notadas de formas explícitas ou implícitas e representadas sob diferentes formas, sejam elas auditivas, visuais ou escritas.

    Em outras palavras, a intertextualidade é uma espécie de diálogo entre as construções visíveis no conteúdo, forma ou ambos. A intertextualidade é verificada em músicas, propagandas publicitárias, artes plásticas, dança, entre outras manifestações.

    A vantagem da intertextualidade, desde que utilizada da forma correta, é o enriquecimento textual por explorar o tema tratado de forma mais aprofundada. Ademais, serve para comemorar algum acontecimento, relatar um fato histórico, descrever a cultura de um povo ou de uma personalidade.

    FONTE: https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/o-que-e-intertextualidade/

  • Intertextualidade: um autor constrói a sua obra com referências a textos, imagens ou a sons de outras obras e autores e até por si mesmo.


ID
3151966
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 02

Leia o texto abaixo e responda à questão.

Não, os livros não vão acabar

    Não sei se é a próxima chegada da Amazon ao Brasil ou a profecia maia do fim do mundo, mas o fato é que nunca vi tanta gente preocupada com o fim do livro. São estudantes que me escrevem motivados por pesquisas escolares, organizadores de eventos literários que me pedem palestras, leitores que manifestam sua apreensão. Em alguns casos, percebo uma espécie perversa de prazer apocalíptico, mas logo desaponto quem quer ver o mar pegando fogo para comer camarão cozido: é que absolutamente não acredito que o livro vai acabar.
    Tenho escrito reiteradas vezes sobre o assunto; estou, aliás, numa posição bastante confortável para fazê-lo. Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a abraçar meus dois amores reunidos num só objeto; mas embora o Kindle e os vários pads tenham o seu valor como readers, os livros em papel não estão tão próximos da extinção quanto, digamos, o tigre de Sumatra.
    Para começo de conversa, é preciso lembrar que o negócio das editoras não é vender papel, mas sim vender histórias. O papel é apenas o suporte para os seus produtos. Aos poucos, em alguns casos, ele tende a ser mesmo substituído pelos tablets. Não dou vida longa aos livros de referência em papel. Estes funcionam melhor, e podem ser mais facilmente atualizados, em forma eletrônica. O caso clássico é o da Enciclopédia Britannica, cujos editores anunciaram, no começo do ano, que a edição corrente, de 2010, seria a última impressa, marcando o fim de 244 anos de uma bela - e volumosa - história em papel.
    Embora quase todos os conjuntos de folhas impressas reunidos entre duas capas recebam o mesmo nome de livro, nem todos exercem a mesma função. Há livros e livros. Um manual técnico é um animal completamente diferente de um romance; um livro escolar não guarda nenhuma semelhança com um livro de arte; uma antologia poética e um guia de viagem são produtos que só têm em comum o fato de serem vendidos no mesmo lugar.
    Há livros que só funcionam em papel. É o caso dos livros que os povos angloparlantes denominam coffee table books, “livros de mesinha de centro” - aqueles livrões bonitos, em formato grande, cheios de ilustrações e muito incômodos de ler no colo, impossíveis de levar para a cama. Estes são objetos que se destacam pelo tamanho, pela qualidade de impressão, pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses num tablet? Quem quer presentear um desses em e-formato?
    Há também os grandes clássicos, os romances que todos amamos e queremos ter ao alcance da mão. Esses são aqueles livros que, em geral, lemos pela primeira vez em formato de bolso, mas aos quais nos apegamos tanto que, não raro, acabamos comprando uma segunda edição, mais bonita, para nos fazer companhia pelo resto da vida.
    Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem feito de obras que já encantaram várias gerações, como “Peter Pan”, “Os três mosqueteiros" ou “Vinte mil léguas submarinas”: livros lindos de se ver e de se pegar, cujo esmero físico complementa a edição caprichada. Ganhar de presente um livro desses é uma alegria que não se tem com um vale para uma compra eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí.
    Há prazeres e sensações que só tem com o papel. Gosto de perceber o tamanho de um livro à primeira vista. Um tablet pode me informar quantas páginas um volume tem, mas essa informação é abstrata. Saber que um livro tem 500 páginas ou ver que um livro tem 500 páginas são coisas diferentes. Gosto também de folhear um livro e de fazer uma espécie de leitura em diagonal antes de me decidir pela compra. Isso é impossível de fazer com ebooks.
    Sem falar, é claro, do cheiro inigualável dos livros em papel.
RÓNAI, Cora. Jornal O Globo, Economia, 12.11.2012

Em que opção a autora empregou o paralelismo?

Alternativas
Comentários
  • Paralelismo é a correspondência de funções gramaticais e semânticas existentes nas orações. Além de melhorar a compreensão de texto, o fato de respeitar o paralelismo torna a sua leitura mais agradável.

    Exemplos:

    1Não só canta, como bolos é sua especialidade.

    2Não só canta, como faz bolos com especialidade.

    Apenas na segunda oração há a presença de paralelismo. Isso porque há uma relação de equivalência dos termos.

  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a abraçar [...].? (2°§)

    ? O paralelismo sintático refere-se ao padrão sintático de uma frase, observa-se que a preposição "de" foi repetida devido à exigência do verbo "gostar" (=paralelismo sintático).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3163108
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I: As línguas do passado eram como as de hoje? (trecho)


      Quando os linguistas afirmam que as línguas khoisan1 , ou as línguas indígenas americanas, são tão avançadas quanto as grandes línguas europeias, eles estão se referindo ao sistema linguístico. Todas as características fundamentais das línguas faladas no mundo afora são as mesmas. Cada língua tem um conjunto de sons distintivos que se combinam em palavras significativas. Cada língua tem modos de denotar noções gramaticais como pessoa (“eu, você, ela”), singular ou plural, presente ou passado etc. Cada língua tem regras que governam o modo como as palavras devem ser combinadas para formar enunciados completos.

T. JANSON

(A história das línguas: uma introdução. Trad. de Marcos Bagno. São Paulo:

Parábola, 2015, p. 23)

1 Refere-se à família linguística africana cuja característica destacada nos estudos de linguagem se vincula à presença de cliques

A combinação entre sons distintivos e unidades significativas remete à concepção de língua como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? O signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra ca-chorro, reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo ca-chorro.Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo ca-chorro e também se encontra armazenado em nossa memória.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Não se abata se errou. A prova visava aos profissionais de Língua Portuguesa. O segmento "sons distintivos e unidades significativas" remete à concepção de signo linguístico, que, basicamente, diz respeito ao significado e o significante.

    Letra D

  • Signos Linguísticos: significante + significado.

    Significante: é como uma palavra é escrita ou pronunciada.

    Significado: ideia/ conceito/ sentido.

    Macaxeira/ mandioca/ aipim(SIGNIFICANTE) = tubérculo(SIGNIFICADO)

    Fonte: A gramática para concursos públicos - Fernando Pestana.

  • Essa eu acertei! Gabarito letra D


ID
3205576
Banca
NC-UFPR
Órgão
Prefeitura de Quatro Barras - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir é referência para a questão.

Livro “A Hora do Lanche” avalia merendas pelo mundo

   _______________ seja recomendada a presença de verduras nas merendas, as escolas indianas dependem muito do custo governamental, que é bastante precário, e logo não dispõem de recursos financeiros para comprá-las. Conhecido como dal, esse prato de lentilha, ervilha ou grão de bico cozido, é uma das refeições mais comuns na Índia, rico em proteína, ferro e fibras, e ideal para os indianos que seguem a religião hinduísta e não comem carnes.
    A sopa colorida chama-se borsch e a cor intensa vem da beterraba, rica em fibras e excelente fonte de nutrientes. A kasha é um mingau feito de trigo ou outros cereais, como farinha e aveia, temperado com sal, manteiga e cebola frita. O pão está sempre presente no prato dos russos, que chegam a comer em média 60 kg de pão por ano.
    Não há programa de merenda escolar no México, por isso as crianças comem o que trazem de casa. Batata chips é um petisco comum entre os alunos, sendo acompanhada – pela maior parte das crianças – por refrigerante. Poucas escolhem algo mais saudável, como frutas, sanduíche natural e suco. Não é à toa que 1/3 das crianças em idade escolar estão com sobrepeso ou obesas.
    As cenouras são o segundo legume predileto dos ingleses, e são cultivadas no próprio país. Rosbife ou carne assada com molho é a receita do prato tradicional inglês. O yorkshire pudding é um bolinho assado e depois frito, que era servido de acompanhamento para reforçar o jantar das famílias mais pobres, e hoje alunos ingleses de baixa renda podem comer de graça nas escolas.

(Adaptado de: https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Alimentacao/noticia/2015/08/livro-hora-do-lanche-avalia-merendas-pelo-mundo.html)  

As palavras dal, borsch e kash estão em itálico com a finalidade de: 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    "kasha" ⇢ é um prato de cereais cozidos, muito popular na Rússia e países vizinhos. (wiki)

    "borsch" ⇢ é uma sopa de vegetais que tem como ingrediente a beterraba. (wiki)

    Logo, temos duas palavras estrangeiras muito popular na Rússia.

  • GABARITO: LETRA E

    ? [...] conhecido como dal, esse prato de lentilha, ervilha ou grão de bico cozido, é uma das refeições mais comuns na Índia, rico em proteína, ferro e fibras, e ideal para os indianos que seguem a religião hinduísta e não comem carnes. A sopa colorida chama-se borsch e a cor intensa vem da beterraba, rica em fibras e excelente fonte de nutrientes. A kasha é um mingau feito de trigo ou outros cereais, como farinha e aveia, temperado com sal, manteiga e cebola frita. 

    ? Temos um dos usos do itálico, o qual é marcar o estrangeirismo das palavras, temos referência a um prato indiano e logo após dois pratos típicos da Rússia.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Em tipografia, os tipos itálicos são fontes cursivas cujo desenho das letras minúsculas baseia-se numa estilizada forma caligráfica. Devido à influência da caligrafia, esses tipos podem inclinar-se ligeiramente para a direita. A forma das letras difere da forma das letras romanas.>>O itálico, a caligrafia de traços ligeiramente inclinados à direita, é um dos três procedimentos básicos — ao lado das maiúsculas e das aspas — empregados para indicar que uma palavra ou grupo de palavras tem um sentido especial.

    É usado tanto para dar ênfase quanto para advertir o leitor de que uma palavra ou frase pode não lhe ser familiar, seja por ser estrangeira ou por fazer parte de uma grupo de gírias ou expressões específicas: "supervisionaremos o merchandising da empresa" ou "é preciso ler o documento ab integro".>>Pode ser, também, usado para destacar um título de obra — um nome de livro, um filme, peça de teatro ou de um álbum de música, por exemplo.

  • É válido lembrar que as aspas podem substituir o itálico na função de representar um estrangeirismo.

  • MANO EU ERREI. HAHAHAHAHAHHA


ID
3205591
Banca
NC-UFPR
Órgão
Prefeitura de Quatro Barras - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o seguinte texto:
Cuide de sua ligação de água!

A responsabilidade pela integridade do cavalete e do hidrômetro é do cliente a partir da adesão ao serviço.
Vale lembrar que o cliente está sujeito a sanções administrativas e custos de regularização nos casos de violação, furto, perda, quebra ou adulteração do padrão da ligação.
(http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/clientes2012/guia-do-cliente.pdf)


O trecho retirado do site da Sanepar faz referência a:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    "A responsabilidade pela integridade do cavalete e do hidrômetro é do cliente a partir da adesão ao serviço. Vale lembrar que o cliente está sujeito a sanções administrativas e custos de regularização nos casos de violação, furto, perda, quebra ou adulteração do padrão da ligação."

    ⇢ O trecho exemplifica o dever/cuidado que o cliente precisa ter com o hidrômetro.

  • GABARITO: LETRA B

    ? A responsabilidade pela integridade do cavalete e do hidrômetro é do cliente a partir da adesão ao serviço. Vale lembrar que o cliente está sujeito a sanções administrativas e custos de regularização nos casos de violação, furto, perda, quebra ou adulteração do padrão da ligação. 

    ? Ou seja, a ideia passada é do dever inerente ao cliente, o dever de cuidar do hidrômetro é dele, a responsabilidade pertence a ele, tanto que ele (o cliente) está sujeito a sanções caso as suas responsabilidades não sejam cumpridas.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Além das informações contidas no texto, o título demonstra qual a intenção presente ao indicar que o cliente deve cuidar de algo, ou seja, que é seu dever fazer algo.

    "Cuide de sua ligação de água!"

  • pra n zerar....... dale dale PCPR

  • Outro fato que permite chegar ao gabarito - Letra "B" - é que se trata de um guia para o cliente. Em um guia para o cliente, temos direitos e deveres.

    Bons estudos.

  • E o Cavalete?

  • PCPRPCPRPCPRPCPR

  • Resposta letra B

    De cara fica entre a letra B e C, mas reparem que no trecho "Vale lembrar" da uma ideia de continuidade do assunto, não quer dizer que o texto se tratava das multas que o cliente pode ter. Com isso fica claro que a resposta correta é sobre deveres do cliente.

  • responder uma questão de nível fundamental é fácil vamos ver na hora que ela meter uma de nível superior para PC-PR kkkk

  • O banca,sagaz!

  • A responsabilidade pela integridade do CAVALETE e do hidrômetro...

    B) Deveres do cliente em relação ao hidrômetro.

    Questão típica da Funpar, faltando informações nas respostas "corretas" e com outras muito propícias para serem marcadas, (sanções administrativas=MULTA)!

  • A responsabilidade pela integridade do cavalete e do hidrômetro é do cliente a partir da adesão ao serviço. Vale lembrar que o cliente está sujeito a sanções administrativas e custos de regularização nos casos de violação, furto, perda, quebra ou adulteração do padrão da ligação.

    Ou seja, a ideia passada é do dever inerente ao cliente, o dever de cuidar do hidrômetro é dele, a responsabilidade pertence a ele, tanto que ele (o cliente) está sujeito a sanções caso as suas responsabilidades não sejam cumpridas. 

    GAB: B

    FORÇA,GUERREIROS!


ID
3215776
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
FERSB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Alcoolismo leva à perda da inteligência emocional

                   Falta da habilidade em reconhecer emoções impossibilita

                reação adequada do dependente de álcool ao seu ambiente


      “Anestesiar o coração” e “afogar as mágoas” são expressões que dizem mais do que se imagina quando o assunto é alcoolismo. Pesquisa de equipe da Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP confirma dificuldades de dependentes de álcool em reconhecer emoções.

      Responsável pelo estudo, a psicóloga Mariana Donadon avaliou vítimas de alcoolismo em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e comparou com pessoas saudáveis. Após entrevistas e testes específicos, como uma tarefa computadorizada de reconhecimento de expressões faciais de emoção, verificou que, além de sofrerem mais com depressão e ansiedade, os dependentes de álcool apresentam maior déficit para reconhecer e julgar emoções.

      Medo, nojo, alegria, tristeza e surpresa. Os alcoolistas mostraram maiores prejuízos para julgar, reconhecer e reagir a todas as emoções estampadas nos rostos a eles apresentados. A habilidade de julgar e reconhecer emoções é uma capacidade inata dos seres humanos. Segundo a pesquisadora, é ela que “propicia interações sociais saudáveis e nos protege de perigos”. O rápido reconhecimento de uma face de raiva pode evitar uma briga, enquanto “reconhecer faces de medo ou tristeza ajuda-nos a mudar o que está ruim”, exemplifica Mariana.

      Resultado de efeitos neurotóxicos da bebida em circuitos neurais diversos, a falta dessa habilidade impossibilita reação adequada do dependente de álcool ao seu ambiente. “Os alcoólatras não possuem essa inteligência emocional e, num círculo vicioso, utilizam a bebida para fugir de situações problemas”, diz.

      Além da falta de inteligência emocional, a pesquisa mostra que os alcoolistas sofreram mais traumas emocionais precoces (na infância) que os não alcoolistas e apresentam personalidade desadaptativa – dificuldade de adaptação e interação com seu meio social.

      O estudo distingue ainda fatores que podem levar ao alcoolismo (vivências de traumas gerais e emocionais na infância e maiores dificuldades para reagir às emoções, principalmente as de surpresa) daqueles que protegem contra o transtorno (personalidade marcada pela conscienciosidade – atributos relacionados à capacidade crítica ou autocrítica como a da autoconsciência sobre os malefícios da bebida – e maior facilidade para reconhecer emoções, preferencialmente o medo e o nojo).

      Com a doença já instalada, Mariana afirma que “a primeira conduta terapêutica seria psicoterapia para abstinência do álcool”, já que o consumo crônico prejudica a inteligência emocional (percepção e julgamento das emoções), e para prevenção de recaídas. A participação dos grupos de autoajuda – como o AA – e em palestras informativas sobre os danos do consumo de álcool também estão entre as indicações da psicóloga.

      Saber que determinados traumas vividos na infância e dificuldades de reagir às emoções estão entre os riscos para o alcoolismo ajuda a estabelecer medidas preventivas. A pesquisadora defende maior divulgação (como palestras informativas) dos “dados sobre o consumo de álcool a longo prazo, que culmina com dependência e torna-se doença”. Entre os inúmeros prejuízos, essas ações preventivas devem enfocar “a perda da inteligência emocional, como descrita nesse estudo”.

Fonte: Adaptado de:<http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/alcoolismo-leva-a-perda-da-inteligencia-emocional/> . Acesso em: 22 dez. 2017.

A citação das expressões “Anestesiar o coração” e “afogar as mágoas” é um fenômeno de intertextualidade e conhecê-lo colabora na construção de sentidos no texto. A que tipo de intertextualidade se refere o uso dessas expressões?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Anestesiar o coração? e ?afogar as mágoas?; temos uma citação às expressões que são ditas pelas pessoas quando começam a beber, os motivos que a levam a isso. O autor usa de ancoragem para dar início ao seu texto.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • de acordo com o gabarito, é Citação porque sao expressoes populares. geralmente, Citação esta associada a uma referencia a alguem especifico, cuja contribuicao é citado pelo interlocutor.

  • Citação: fragmento de outro texto diretamente ; transcrição do texto-fonte no qual geralmente é apresentado o autor.

    ExemploAnalisando a rotação do osso sobre a base, pode-se, segundo “Kapan (2001), descobrir até que ponto haverá o desenvolvimento do paciente”.

    Paródia: subversão do texto original implicando em um tom de crítica

    ExemploQuem tem boca vai a Roma. (ditado popular)

    Quem tem carro vai a Roma. (paródia)

    Paráfrase: mesma ideia de um autor, mas com palavras diferentes; reformulação.

    Epígrafe: parágrafo ou frase transcrita relacionada ao texto; geralmente usado em trabalhos científicos

    Exemplo“Seja a mudança que você quer ver no mundo” (M. Ghandi)

    Alusão: referência a um termo ou nome que remete a outra obra ou texto indiretamente; simbólico

    ExemploO mais bonito de todos era sem dúvida Narciso – meu filho e não o outro. (Alusão a Narciso, herói grego famoso por sua beleza e orgulho)

  • Não imaginava que a resposta estivesse no próprio enunciado

  • Essa foi a prova mais louca da AOCP que já fiz na vida.


ID
3297229
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

A utilização de um texto em outro, de forma indireta ou direta, como ocorre nesse texto, é conhecida como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    A intertextualidade, nada mais é, do que a influência ou relação entre dois ou mais textos, analisando as referências existentes entre eles.

    ⇢ Ela pode gerar um novo texto utilizando comparações diretas ou indiretas.

  • GABARITO: LETRA C

    ? A intertextualidade é a conversa entre textos, a intertextualidade é um recurso argumentativo muito bom quando o intuito é a defesa de uma tese. No entanto, se mal usada, além de nada acrescentar, pode provocar incoerência.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3299059
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
INB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nós e os brasileiros

Gostamos muito de falar dos brasileiros.

Alguns de nós,mais  inclinados para a pureza,reclamamos muito por causa da suposta brasileirização da cultura portuguesa, a começar no excesso de telenovelas brasileiras (tópico na moda há uns anos, entretanto apagado por via duma dieta prolongada de novelas da TV) e a terminar no horror ao Acordo Ortográfico, para muitos uma cedência imperdoável da nossa alma linguística ao Brasil.

Outros de nós gostamos do Brasil porque nos dá uma sensação de grandeza, chamemos-lhe lusofonia ou a tal pátria que é a língua portuguesa. Sem o Brasil, a lusofonia seria uns pedacinhos de terra europeus e africanos. Quem gosta de sentir uma identidade mais misturada em direcção ao sul gosta muito do Brasil e não se importa com miscigenações culturais e linguísticas. Fica até aliviado, que isto da pureza cansa muito.

Há ainda quem misture um pouco as coisas e goste que os brasileiros falem a nossa língua, mas gostava mais se não tivessem esse desplante de a falar doutra maneira.

Para o mal e para o bem, o Brasil é uma das balizas da nossa identidade: pelo medo ou pelo fascínio, está bem presente nas discussões sobre o que é ser português.

Ora, para os brasileiros, somos pouco mais do que um povo europeu como os outros (que por obra do mero acaso lhes deu o nome à língua e aparece nos livros de história). Enfim, também lhes demos alguns imigrantes, umas boas anedotas e, agora, alguns actores desempoeirados. Pouco mais do que isso.

Os brasileiros conhecem Portugal, até têm avós transmontanos, mas estamos longe de ser uma das balizas da identidade brasileira. Somos uma curiosidade histórica.

A língua portuguesa é parte, claro, da identidade brasileira, mas sem que por isso os brasileiros sintam uma ligação especial ao longínquo país donde a língua veio (e donde vieram os brasileiros quase todos, claro). Para os brasileiros, o nome da língua é um pormenor: o importante é não ser a mesma língua dos vizinhos.

Em suma, o que para nós é um foco de tensão identitária, para eles não aquece nem arrefece. [...] 


NEVES, Marco. Blog da Parábola Editorial.

Disponível em: <https://goo.gl/qWPdWy>.

Acesso em: 20 out 2017.

O uso de palavras não tão comuns ao português brasileiro ou de estruturas sintáticas relativamente diferentes nesse texto é um exemplo típico de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • c) variação linguística. O uso de vocabulário típico de Portugal dá ao texto variação linguística geográfica.