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Prova Aeronáutica - 2019 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Eletrônica


ID
2971375
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

“Alfabeto de emojis” é uma crônica jornalística, gênero textual caracterizado pela leveza da narrativa e que geralmente extrai do cotidiano a sua inspiração.

A esse respeito, avalie algumas características que podem ser identificadas especificamente nesse texto.

I. O engajamento público.

II. O onírico como tema central.

III. A presença de discurso crítico.

IV. A comunicação em transformação.

V. A fundamentação apenas em fatos fictícios.

Está correto apenas o que se afirma e

Alternativas
Comentários
  • Onírico = diz respeito ao sonhos

    Crônica já relata fatos reais do dia a dia das pessoas


ID
2971378
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

É correto afirmar que uma entre muitas deduções proporcionadas pela leitura da crônica está relacionada, fundamentalmente, à

Alternativas

ID
2971381
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Sobre a frase “‘Em meados do século 21’ – escreverá o historiador de 2218 – a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis” (§ 6), no contexto em que foi usada, é correto afirmar que ela expõe uma circunstância temporal, em que o cronista, no diálogo com um historiador hipotético,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ===> vaticina sobre o papel das representações gráficas na comunicação humana.

    ===> PREVÊ ALGO, FAZ UMA ADIVINHAÇÃO, PRENUNCIA algo que irá ocorrer no futuro.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
2971387
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Leia a passagem transcrita do segundo parágrafo do texto e preencha corretamente as lacunas da frase.

“... o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :-) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios.”

A sugestão apresentada pelo estudioso permite ao leitor depreender que o uso de emoticons como o representado por [ :-) ] é uma tentativa de transmitir _______________ ao que se deseja comunicar, de maneira mais _______________, em determinados _______________ de interação.

A sequência que preenche corretamente as lacunas da frase é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A sugestão apresentada pelo estudioso permite ao leitor depreender que o uso de emoticons como o representado por [ :-) ] é uma tentativa de transmitir SENTIDO ao que se deseja comunicar, de maneira mais ECONÔMICA (ECONOMIA E RAPIDEZ NA COMUNICAÇÃO DIGITAL), em determinados CONTEXTOS de interação.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
2971390
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre as concepções e as percepções do autor acerca dos emojis e dos emoticons.

( ) Constituem modismos próprios da contemporaneidade, mas sem uso prático no dia a dia das pessoas.

( ) Possuem, reconhecidamente, caráter global de aplicabilidade, criando novas demandas sociais de leitura e de escrita.

( ) Acrescentam elementos inovadores na comunicação não verbal, indicando que a escrita informal está cada vez mais multimodal.

( ) Remetem à visão da escrita como uma tecnologia autossuficiente, neutra, independente e que se recusa a aceitar novas configurações que transcendem as palavras.

( ) Adquirem o status de palavras e, por analogia, remetem à ideia de que, se egípcios antigos tinham os hieróglifos, o homem moderno criou alternativas de expressão.

De acordo com as afirmações, a sequência correta é

Alternativas
Comentários
  • ( ) Constituem modismos próprios da contemporaneidade, mas sem uso prático no dia a dia das pessoas.Falso: possuem uso prático.

    ( ) Possuem, reconhecidamente, caráter global de aplicabilidade, criando novas demandas sociais de leitura e de escrita.Correto

    ( ) Acrescentam elementos inovadores na comunicação não verbal, indicando que a escrita informal está cada vez mais multimodal.Correto

    ( ) Remetem à visão da escrita como uma tecnologia autossuficiente, neutra, independente e que se recusa a aceitar novas configurações que transcendem as palavras.Falso

    ( ) Adquirem o status de palavras e, por analogia, remetem à ideia de que, se egípcios antigos tinham os hieróglifos, o homem moderno criou alternativas de expressão. Falso


ID
2971393
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Uma palavra possui, por definição, muitos significados os quais mudam dependendo do contexto onde ela é inserida. Por outro lado, há elementos que dão todo o sentido para um texto. Assim, estuda-se como as palavras devem ser articuladas para dar sentido ao texto (coesão), da mesma forma que se trabalha para que o texto tenha sentido (coerência).

A esse respeito, avalie as informações propostas sobre a crônica lida.

I. Na expressão "mãozão amarelo" (§ 5), embora pareça soar estranho, o termo em destaque é o aumentativo de "mão".

II. Em "... não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito..." (§ 7), o vocábulo "às" remete a um elemento que não foi explicitado no texto.

III. Na frase "Paradoxalmente – escreverá um historiador de 2218" (§ 1), a palavra sublinhada pode ser substituída por "congruentemente", sem que se altere o sentido original do trecho.

IV. Em "Haverá tantos, iguaizinhos ou tão variados, que será impossível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos." (§ 6), o vocábulo "iguaizinhos" é elemento que tem a função coesiva de retomar um termo mencionado anteriormente.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Em II não está oculto uma segunda ocorrência da palavra "condições"?

  • O aumentativo de mão: "Manzarrona, manápula, manzorra, manopla."

    Achei estranha essa questão.

  • Fiquei com a mesma dúvida, Gabriel Oliveira. Porém, o elemento "condições" a que o "às" se remete, realmente, foi explicitada no texto.

    Bons estudos!


ID
2971396
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Leia o último parágrafo transcrito do texto.

“Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-( “

Nesse trecho, o autor usa a expressão destacada com a intenção de, predominantemente,

Alternativas
Comentários
  • ironia

    substantivo feminino

    figura por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender; uso de palavra ou frase de sentido diverso ou oposto ao que deveria ser empr., para definir ou denominar algo [A ironia ressalta do contexto.].

    Não consegui enxergar a ironia no trecho.

    Bons Estudos!

  • A Pedra de Roseta é um fragmento de uma estela de granodiorito erigida no Egito Ptolemaico, cujo texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios e deu início a um novo ramo do conhecimento, a egiptologia

    [...] mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho


ID
2971399
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Nem sempre, num dado texto, as palavras apresentam um único sentido, aquele encontrado no dicionário. Empregadas em determinados contextos, elas ganham novos sentidos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais. A comunicação é feita através das várias significações dos signos linguísticos. Quando transmitimos ou recebemos uma mensagem, seja por linguagem oral, escrita ou não verbal, estabelecemos comunicação. Sintonizados com esses conceitos, concluímos que, em uma língua, a conotação e a denotação são as variações de significados que ocorrem no signo linguístico.

A esse respeito, releia os dois primeiros parágrafos do texto. Sobre eles, é correto afirmar que as palavras ou expressões estão empregadas denotativamente em

Alternativas
Comentários
  • O que não foi usado conotativamente n B?

  • qual o erro da C?

  • Também achei que a letra C estaria empregada no sentido denotativo, uma vez que não há palavras implementadas em sentido figurado.

    Bons estudos!

  • A ''C'' ele usou um emoji ( :-) ) acho que por isso está incorreta.

  • Gabriel Oliveira:

    "O alfabeto latino [...] começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982 ..."

  • Flor+Cultura.


ID
2971402
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Na estrutura frasal “Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo.” (§ 4), a relação sintático-semântica do elemento articulador “NEM” estabelecida é a de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    “Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo.”

    -----> temos uma oração coordenativa aditiva (não por desconhecimento E NEM por burrice ---> duas coisas)

    Força, guerreiros(As)!!


ID
2971405
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Observe a passagem transcrita do quarto parágrafo da crônica.

“Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.”

Considere as unidades lexicais destacadas e preencha corretamente as lacunas do texto.

Na primeira ocorrência, o termo “nunca” exerce a função sintática de _______________. Já na segunda, deve ser analisado como _______________ da última oração. No primeiro emprego, no que se refere à sua organização morfológica, trata-se de uma classe gramatical invariável denominada _______________.

A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é

Alternativas
Comentários
  • ----> o termo “nunca” exerce a função sintática de ------> Nunca! (ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO)

    ----> Já na segunda, deve ser analisado como SUJEITO da última oração. ------> “Nunca”, no caso, revelou-se (o quê revelou-se? NUNCA ---> sujeito)

    ----> gramatical invariável denominada ADVÉRBIO (classe de palavras invariável).

    Força, guerreiros(AS)!!

     

  • GABARITO: LETRA C

    ===> A pessoa copiou o meu comentário!!

    ----> o termo “nunca” exerce a função sintática de ------> Nunca! (ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO)

    ----> Já na segunda, deve ser analisado como SUJEITO da última oração. ------> “Nunca”, no caso, revelou-se (o quê revelou-se? NUNCA ---> sujeito)

    ----> gramatical invariável denominada ADVÉRBIO (classe de palavras invariável).

    Força, guerreiros(AS)!!

  • precisa nem ler a frase pra fazer a questão kkkk, mata quando fala que o primeiro é invariável


ID
2971408
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfabeto de emojis

                                                    Antônio Prata*


1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.

2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem :) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.

3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]

4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha indignação.

5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha contadora resolver a situação.

6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).

7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um infernal e escravizante pergaminho. :-(

* Escritor e roteirista.

(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. 

Considere o período composto por subordinação, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I . A construção consecutiva expressa por um período composto é constituída pelo conjunto de uma oração nuclear, ou principal, e uma consecutiva. Identifica-se essa situação no período “Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares...” (§ 3),

PORQUE

II . ele apresenta construção consecutiva constituída de uma primeira oração que contém o estado de coisas (“Os emoticons se espalharam pelo mundo), a intensificação (“de tal maneira”) e uma condição do elemento intensificado na primeira oração (“que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares...”)


Sobre essas asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • No lugar de "uma condição" o correto seria "uma consequência".

  • I . A construção consecutiva expressa por um período composto é constituída pelo conjunto de uma oração nuclear, ou principal, e uma consecutiva. Identifica-se essa situação no período “Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares...” Correto

    II . ele apresenta construção consecutiva constituída de uma primeira oração que contém o estado de coisas (“Os emoticons se espalharam pelo mundo), a intensificação (“de tal maneira”) e uma condição do elemento intensificado na primeira oração (“que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares...”) Falso: não é uma condição, é uma causa.


ID
2971417
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando que a crase ocorre apenas antes de palavra feminina e é a fusão escrita e oral de duas vogais idênticas, preencha as lacunas do texto de Mário Quintana.

Perna de Pau

“Uma perna de pau está muito mais próxima da natureza do que uma perna mecânica. E é mais romântica, afinal. Que querem? Pertenço ainda _____ Idade da Madeira. E escrevo isto com a minha caneta de plástico, _____ esta minha mesa de metal inoxidável e ante _____ página aberta destas ‘Histórias Ilustradas’, de onde me espiam coloridamente, no tombadilho de uma fragata, a princesa prisioneira, o pirata da perna de pau e do olho tapado e o belo espécime de um licorne branco, mas que parece alheio _____ tudo quanto se passa dentro do livro e no lado de fora do livro.”

(QUINTANA, Mário. Caderno H. São Paulo: Globo, 2003, p.130.)


A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é

Alternativas
Comentários
  • O Qconcurso precisa atualizar as questões da banca CIAAR. Muitas repetidas e somente de concursos antigos.

  • NÃO USAMOS A CRASE:

    Antes de pronomes indefinidos que não admitem artigo (seguidos ou não de “s”): alguém, alguma, nenhuma, cada, certa, determinada, pouca, quanta, tal, tamanha, tanta, toda, ninguém, muita, outra, tudo, qual, qualquer, quaisque


ID
2971420
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, o texto a seguir.

“Toma: é a tua carta de liberdade, ela será a tua punição de hoje em diante, porque as tuas faltas recairão unicamente sobre ti; porque a moral e a lei te pedirão uma conta severa de tuas ações. Livre, sentirás a necessidade do trabalho honesto e apreciarás os nobres sentimentos que hoje não compreendes.”

(BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2017. p.161.)

Em relação aos sinais de pontuação, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir sobre o texto exemplificado.

( ) O ponto e vírgula serve para separar itens de enunciados enumerativos.

( ) Após a palavra “liberdade”, a vírgula indica a supressão da palavra “carta”.

( ) A vírgula antes do primeiro "porque" separa uma oração coordenada sindética.

( ) A vírgula, após a palavra “Livre”, separa elemento de valor meramente explicativo.

( ) Os dois-pontos foram empregados para indicar um esclarecimento do que foi enunciado.


De acordo com as afirmações, a sequência correta é

Alternativas
Comentários
  • O ponto e vírgula serve para separar itens de enunciados enumerativos. F

    Dois Pontos - Precede uma Enumeração do que já foi resumida antes.

    Exemplo: Tite convocou três jogadores : Neymar, T. Silva e Gabriel Jesus.

    Após a palavra “liberdade”, a vírgula indica a supressão da palavra “carta”.F

    A vírgula antes do primeiro "porque" separa uma oração coordenada sindética. V

     Acontece a vírgula, obrigatoriamente, antes da palavra porque , quando conjunção coordenativa por se tratar de uma pausa forte:

    A vírgula, após a palavra “Livre”, separa elemento de valor meramente explicativo.V

    Os dois-pontos foram empregados para indicar um esclarecimento do que foi enunciado.V

    Dois Pontos foram empregados para indicar um esclarecimento do que foi enunciado. Ou seja anuncia uma citação.

    Ex: Como diria um filósofo: cada um faz o que pode por si mesmo

    Questão C

  • ( ) O ponto e vírgula serve para separar itens de enunciados enumerativos.

    Falso: ponto e vírgula substituindo a vírgula, a fim de se ter uma pausa um pouco mais longa. Isso acontece antes das conjunções adversativas (contudo, mas, porém, entretanto, todavia)

    ( ) Após a palavra “liberdade”, a vírgula indica a supressão da palavra “carta”.

    Falso: a palavra ela suprime a palavra carta

    ( ) A vírgula antes do primeiro "porque" separa uma oração coordenada sindética.

    Verdadeiro

    ( ) A vírgula, após a palavra “Livre”, separa elemento de valor meramente explicativo.

    Verdadeiro

    ( ) Os dois-pontos foram empregados para indicar um esclarecimento do que foi enunciado.

    Verdadeiro


ID
2971423
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, o texto a seguir.

Em um período composto por subordinação, a oração principal não exerce nenhuma função sintática em outra oração do período; a oração subordinada desempenha sempre uma função sintática em outra oração, pois dela é um termo ou parte de um termo.

(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro. Lexikon Editora Digital, 2013, p. 610.)

A esse respeito, leia o texto.

Licença para telefonar

“O telefone chama uma, duas, três vezes, e nada. Ele é solenemente ignorado. O toque soa invasivo e obsoleto (ainda que a era dos smartphones tenha substituído o velho trimtrim por uma miríade de sons com estilo e graça). O fato é que o mundo girou, e o ato de conversar ao telefone foi se tornando um daqueles hábitos em desuso diante da praticidade das mensagens de texto.”

(VEJA. São Paulo: Abril, edição 2611, ano 51. n. 49, 5 dez. 2018, p.88. Adaptado.)


Considerando o que diz respeito ao período composto por subordinação, é correto afirmar que a oração destacada no texto se classifica como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    O fato é que o mundo girou

    -------> O fato (sujeito) é (verbo de ligação) que o mundo girou (oração subordinada substantiva predicativa).

    Força, guerreiros(as)!!!


ID
2971426
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em relação ao verbo, o pronome átono pode estar antes dele (proclítico), depois dele (enclítico) e no meio dele (mesoclítico).

Associe as colunas, relacionando corretamente a posição do pronome átono à sua norma geral de colocação.


POSIÇÕES

(1) Proclítica

(2) Enclítica

(3) Mesoclítica

NORMAS DE COLOCAÇÃO

(...) Orações em que o verbo está no futuro do indicativo.

(...) Locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo.

(...) Orações iniciadas com pronomes e advérbios interrogativos.

(...) Orações que possuem o gerúndio regido da preposição “em”.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • LETRA D É A RESPOSTA CORRETA.

    Depois De verbo no futuro, usa-se mesóclise. (FUTURO DO PRETÉRITO OU FUTURO DO PRESENTE).

    ex: "far-se-ia falta"

    "falar-me-ia antes de ocorrer a situação..."

    Depois De verbo no infinitivo, usa-se ênclise.

    ex: "Vai fazê-la feliz" --> Vai fazer => Locução verbal e o FAZER é o verbo principal, que está no infinitivo.

    Depois De pronomes ou advérbios interrogativos, usa-se próclise.

    ex: "Quem te perguntou?"

    EM___se___+ gerúndio, usa-se próclise.

    ex: "EM se tratando de negócios, você até que leva jeito"


ID
2971432
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É correto afirmar que a única frase em que a forma verbal não está adequadamente empregada é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) os belo-horizontinos choramos com Brumadinho e chamamos a atenção para a existência de outras barragens com alto dano potencial no Estado. ------> concordância ideológica: ocorreu uma silepse de pessoa, quem disse a frase se incluiu como um belo-horizontino.

    B) tanto o morador como o visitante não tinha noção dos enormes impactos ambientais negativos que a grande quantidade de lama liberada poderia causar. ------> tanto um como o outro (aditivo ---> os dois) ---> não tinhAM.

    C) cerca de dois mil voluntários de diferentes profissões viajaram com recursos próprios e trouxeram solidariedade, ajuda profissional e apoio emocional aos habitantes da cidade. ------> partição "cerca de", a concordância é com o que vem depois: cerca de dois mil voluntários viajaram

    D) quem teriam sido os primeiros a chegarem e a socorrerem as vítimas da tragédia ocorrida com o rompimento da barragem em Brumadinho, situada na região metropolitana de Belo Horizonte? ------> locução verbal com o verbo "ser", concordando com o predicativo "os primeiros." (quando o sujeito for pronome interrogativo "quem" a concordância pode ser feita com o predicativo).

    Foça, guerreiros(as)!!

  • Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", "não

    somente"..., "não apenas...mas também","tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural.

    Exemplo:

    Tanto a mãe quanto o filho FICARAM surpresos com a notícia. (FICAR)

  • GABARITO: LETRA B

    A) os belo-horizontinos choramos com Brumadinho e chamamos a atenção para a existência de outras barragens com alto dano potencial no Estado.

    Concordância ideológica: A concordância é feita com a ideia sugerida pelo termo. (Silepse de pessoa).

    B) tanto o morador como o visitante não tinham noção dos enormes impactos ambientais negativos que a grande quantidade de lama liberada poderia causar.

    Núcleos do sujeito ligados pela série correlativas aditivas enfáticas (tanto... quanto/como/assim como; não só... mas também) o verbo concordará com o termo mais próximo ou com ambos. Entretanto, há preferência pelos gramáticos pelo plural, como no caso em questão.

    C) cerca de dois mil voluntários de diferentes profissões viajaram com recursos próprios e trouxeram solidariedade, ajuda profissional e apoio emocional aos habitantes da cidade.

    Expressões de quantidade aproximada (mais de um, cerca de, perto de, menos de, coisa de, obra de, etc.) o verbo concordará com o numeral.

    D) quem teriam sido os primeiros a chegarem e a socorrerem as vítimas da tragédia ocorrida com o rompimento da barragem em Brumadinho, situada na região metropolitana de Belo Horizonte?

    O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos "que" ou "quem".


ID
2971435
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir.

Ao estudar a forma e a função das palavras, não se pode desvincular o estudo de uma do estudo da outra, pois forma e função coexistem e seus papéis só se definem solidariamente. De acordo com a forma que apresentam, as palavras classificam-se em substantivos, adjetivos, numerais, artigos, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções e interjeições.

(CEREJA, William Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática Reflexiva: Texto, semântica e interação. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 114.)

A esse respeito, leia o texto a seguir.

Economia de água

“Os dados estatísticos nos ajudam a compreender melhor o quanto a sociedade está ciente de seu consumo de água, do meio em que vive e das necessidades do mundo contemporâneo com relação aos recursos naturais. Em novembro de 2011, o Ibope conduziu 2002 entrevistas pessoais em todo o território nacional, investigando a consciência dos brasileiros ao lidar com os recursos hídricos.”

(Disponível em: ˂http://www.alago.org.br/imagens/image/dicasuteis/economiadeagua.pdf˃ Acesso em: 11 fev. 2019. Adaptado.)


A propósito dos termos destacados no texto, avalie as seguintes afirmações.

I. Melhor é advérbio.

II. 2011 é um numeral ordinal.

III. Sociedade é substantivo coletivo.

IV. Lidar é um verbo regular e transitivo.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    I. Melhor é advérbio. ===> compreender melhor ==> ADVÉRBIO, MODIFICA UM VERBO.

    II. 2011 é um numeral ordinal. ===> NÚMERO CARDINAL

    III. Sociedade é substantivo coletivo. ===> substantivo comum

    IV. Lidar é um verbo regular e transitivo.  ===> lidar com os recursos hídricos ===> quem lida, lida COM alguma coisa (verbo transitivo indireto).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • O dedo coçou em dizer que sociedade é coletivo
  • 50 mil questões iguais... qconcursos querendo lotar de questões, mas metade são iguais.

  • por que sociedade não é coletivo? grupo de pessoas ué? não precisa ser da mesma espécie seria isso?

  • Alguém saberia me dizer o motivo de sociedade não ser coletivo, alguma Referência?

  • Eu também não entendi por que motivo "sociedade" não é substantivo coletivo de cidadãos/pessoas.

    Por gentileza, peçam o comentário do professor!!!

  • Coletivos - São substantivos que fazem referência a uma coleção ou conjunto de objetos.

    Ex.: vinhedo, arvoredo.

    Nomes de Grupos - São substantivos que nomeiam conjuntos de objetos contáveis.

    Ex.: bando, rebanho, cardume.

    Diferentemente dos coletivos, os nomes de grupos exigem a determinação explícita da espécie de objetos que compõem o conjunto: um bando de pessoas, um cardume de baleias. O mesmo não ocorre com os coletivos: em “um vinhedo de vinhos”, a determinação “de vinhos” é redundante.

    Fonte: Prof. Bruno Pilastre. Gran Cursos Online

  • Relação acontece sem a presença de preposição entre o verbo e seus complementos, o verbo é classificado como transitivo direto. Exemplo:

    Ele não derrubou meu livro

    Ele não derrubou (O quê?) meu livro.

    Quando, nessa relação, há a presença da preposição entre o verbo e seus complementos, o verbo é classificado como transitivo indireto. Exemplo:

    Ela necessita de sapatos novos.

    Ela necessita (de quê?) de sapatos novos.

     Contudo, se o sentido do verbo não depender de nenhum complemento, então, o verbo será intransitivo.

    Meu pai voltou.

    Eu me casei.

    A criança caiu.

    Existem alguns verbos que possuem bitransitividade, ou seja, a relação de subordinação com seus complementos ocorre de forma direta e indireta ao mesmo tempo. Veja:

    Minha mãe deu um brinquedo ao meu irmão.

    Minha mãe deu.. (O quê?) um brinquedo ao meu irmão.

    (a quem?)  

  • No senso comum , Quando falamos em sociedade já imaginamos uma sociedade de pessoas , tanto é que no texto não precisou falar a que espécie pertencia aquela sociedade , quando saímos do senso comum que deveríamos especificar , como por exemplo uma sociedade de insetos . Foi muita sacanagem da banca essa questão .


ID
2971447
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, o continho a seguir.

Rubro-negras

“Devem fazer alguns meses que elas adeusaram. Vidas inteiras pela frente. Juntas, jogaram bastante vezes. Cúmplices por tudo. Aquelas camisas rubro-negras agora assistem um jogo no camarote da arena celestial.”

(Fonte: Autoria própria.)

Há, no miniconto, inadequações em relação à

Alternativas
Comentários
  • Esta questão foi anulada.

  • Gabarito Errado, o mais certo é a letra D.

  • Há erros de concordância verbal, de concordância nominal e de regência verbal.

    Devem fazer (Deve fazer) alguns meses que elas adeusaram. Vidas inteiras pela frente. Juntas, jogaram bastante (bastantes) vezes. Cúmplices por tudo. Aquelas camisas rubro-negras agora assistem um (a um) jogo no camarote da arena celestial.”

    1) Locuções verbais compostas por verbo impessoal, o verbo auxiliar fica no singular.

    2) Se substituir "bastante" por "muito" e o "muito" ficar no plural, o bastante deve ficar no plural. Nesse caso ele não é advérbio.

    3) O verbo assistir no sentido de ver/presenciar é VTI. Ele pede a preposição "a".


ID
2971450
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tempos de sofrência

Minerar, sindemia, flopar, kit-net, meia culpa – conhece?

                                                                                                            Ruy Castro*


1. Há tempos venho me sentindo como Rip van Winkle, um personagem de ficção que, um dia, resolveu dar um passeio fora de sua aldeia.

2. Caminhou horas, subiu uma montanha e recostou-se sob uma árvore para dar um cochilo. Fechou os olhos e dormiu por 20 anos. Acordou sem saber de nada, voltou para sua terra e, lá, estranhou não reconhecer seus conterrâneos nem entender certas coisas. Ao dar um viva ao rei inglês, fizeram-lhe cara feia – ele deveria ter vivado o presidente americano, George Washington. Rip não sabia que, enquanto dormia, seu país ficara independente.

3. O autor dessa história, lançada em 1819, é Washington Irving, escritor americano, autor da obra homônima. Assim como Rip van Winkle, abri o jornal outro dia e li: “Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual”. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério. Em outro jornal, deparei com o título: “Sindemia é maior ameaça à saúde humana e do planeta”. Alarmado, corri ao dicionário – o que seria uma “sindemia”? Mas o Houaiss e o Aurélio também devem ter dormido por 20 anos, porque não a registram. Reli o artigo e continuei sem entender. Parece ter a ver com a desnutrição ou com a obesidade ou talvez com as duas.

4. Tenho tentado me atualizar com certas expressões ultimamente comuns no noticiário. Duas pessoas “dão um match”, ou seja, combinam. Fulana “é o crush” – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém “flopou” – fracassou. Só falta alguém escrever que Sicrano “baixou um app para levar seu pet na bike”. E aprendi no Online uma nova e deliciosa maneira de grafar kitchenette: kit-net.

5. Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer “meia culpa” – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês “Belle Époque” como “béli-époki”.

6. Tempos de “sofrência” para quem lê ou ouve.

* Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues.

(Folha de São Paulo, Caderno Opinião, 11 fev. 2019, p. A2. Adaptado.)

A palavra “sofrência”, que integra o título do texto, é um neologismo da língua portuguesa, formado a partir da junção das palavras “sofrimento” e “carência”, e possui um significado similar ao da expressão popular “dor de cotovelo”.
Na crônica de Ruy Castro, é correto afirmar que a expressão “tempos de sofrência” à qual o autor alude, caracteriza um

Alternativas
Comentários
  • Significado de Estado de espírito. Temperamento, humor, disposição emocional que alguém expressa num determinado momento ou circunstância, geralmente de teor passageiro (ALGO TRANSITÓRIO)

    Já um sofrimento psicológico é algo que dura mais tempo, algo que incomoda constantemente, que é intrínseco. Por isso não pode ser a resposta, porque nota-se no texto que é algo que se escuta e depois vai passando.

    Gabarito: A

    Bons Estudos!!!


ID
2971453
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tempos de sofrência

Minerar, sindemia, flopar, kit-net, meia culpa – conhece?

                                                                                                            Ruy Castro*


1. Há tempos venho me sentindo como Rip van Winkle, um personagem de ficção que, um dia, resolveu dar um passeio fora de sua aldeia.

2. Caminhou horas, subiu uma montanha e recostou-se sob uma árvore para dar um cochilo. Fechou os olhos e dormiu por 20 anos. Acordou sem saber de nada, voltou para sua terra e, lá, estranhou não reconhecer seus conterrâneos nem entender certas coisas. Ao dar um viva ao rei inglês, fizeram-lhe cara feia – ele deveria ter vivado o presidente americano, George Washington. Rip não sabia que, enquanto dormia, seu país ficara independente.

3. O autor dessa história, lançada em 1819, é Washington Irving, escritor americano, autor da obra homônima. Assim como Rip van Winkle, abri o jornal outro dia e li: “Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual”. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério. Em outro jornal, deparei com o título: “Sindemia é maior ameaça à saúde humana e do planeta”. Alarmado, corri ao dicionário – o que seria uma “sindemia”? Mas o Houaiss e o Aurélio também devem ter dormido por 20 anos, porque não a registram. Reli o artigo e continuei sem entender. Parece ter a ver com a desnutrição ou com a obesidade ou talvez com as duas.

4. Tenho tentado me atualizar com certas expressões ultimamente comuns no noticiário. Duas pessoas “dão um match”, ou seja, combinam. Fulana “é o crush” – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém “flopou” – fracassou. Só falta alguém escrever que Sicrano “baixou um app para levar seu pet na bike”. E aprendi no Online uma nova e deliciosa maneira de grafar kitchenette: kit-net.

5. Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer “meia culpa” – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês “Belle Époque” como “béli-époki”.

6. Tempos de “sofrência” para quem lê ou ouve.

* Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues.

(Folha de São Paulo, Caderno Opinião, 11 fev. 2019, p. A2. Adaptado.)

Todo texto tem uma finalidade, pois busca promover uma interação com o receptor.

Assim, é correto afirmar que “Tempos de sofrência” apresenta como objetivo fundamental

Alternativas

ID
2971456
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tempos de sofrência

Minerar, sindemia, flopar, kit-net, meia culpa – conhece?

                                                                                                            Ruy Castro*


1. Há tempos venho me sentindo como Rip van Winkle, um personagem de ficção que, um dia, resolveu dar um passeio fora de sua aldeia.

2. Caminhou horas, subiu uma montanha e recostou-se sob uma árvore para dar um cochilo. Fechou os olhos e dormiu por 20 anos. Acordou sem saber de nada, voltou para sua terra e, lá, estranhou não reconhecer seus conterrâneos nem entender certas coisas. Ao dar um viva ao rei inglês, fizeram-lhe cara feia – ele deveria ter vivado o presidente americano, George Washington. Rip não sabia que, enquanto dormia, seu país ficara independente.

3. O autor dessa história, lançada em 1819, é Washington Irving, escritor americano, autor da obra homônima. Assim como Rip van Winkle, abri o jornal outro dia e li: “Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual”. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério. Em outro jornal, deparei com o título: “Sindemia é maior ameaça à saúde humana e do planeta”. Alarmado, corri ao dicionário – o que seria uma “sindemia”? Mas o Houaiss e o Aurélio também devem ter dormido por 20 anos, porque não a registram. Reli o artigo e continuei sem entender. Parece ter a ver com a desnutrição ou com a obesidade ou talvez com as duas.

4. Tenho tentado me atualizar com certas expressões ultimamente comuns no noticiário. Duas pessoas “dão um match”, ou seja, combinam. Fulana “é o crush” – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém “flopou” – fracassou. Só falta alguém escrever que Sicrano “baixou um app para levar seu pet na bike”. E aprendi no Online uma nova e deliciosa maneira de grafar kitchenette: kit-net.

5. Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer “meia culpa” – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês “Belle Époque” como “béli-époki”.

6. Tempos de “sofrência” para quem lê ou ouve.

* Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues.

(Folha de São Paulo, Caderno Opinião, 11 fev. 2019, p. A2. Adaptado.)

Avalie as informações apresentadas sobre o texto.

I. Em “‘Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual’. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério", identifica-se a presença da função metalinguística da linguagem.

II. Na frase "Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer ‘meia culpa’ – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês ‘Belle Époque’ como ‘béli-époki’”, identifica-se uma crítica ao emprego inadequado de uma expressão e à pronúncia equivocada de outra.

III. Nos períodos "Fulana 'é o crush' – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém 'flopou' – fracassou", a expressão e a palavra em destaque podem ser consideradas manifestações da oralidade e, por conta disso, empobrecem o texto e ferem o estatuto da norma culta.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. Em “‘Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual’. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério", identifica-se a presença da função metalinguística da linguagem. (A FUNÇÃO METALINGUÍSTICA EXPLICA A SI MESMO, CÓDIGO PELO CÓDIGO. COMO EM :Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina)

    II. Na frase "Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer ‘meia culpa’ – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês ‘Belle Époque’ como ‘béli-époki’”, identifica-se uma crítica ao emprego inadequado de uma expressão e à pronúncia equivocada de outra.(NO PARAGRAFO 6 NOTA-SE A CRÍTICA-Tempos de “sofrência” para quem lê ou ouve)

    III. Nos períodos "Fulana 'é o crush' – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém 'flopou' – fracassou", a expressão e a palavra em destaque podem ser consideradas manifestações da oralidade e, por conta disso, empobrecem o texto e ferem o estatuto da norma culta. (SE TRATAM DE NEOLOGISMO E NÃO EMPOBRECEM O TEXTO ELES O CARACTERIZAM).

    Gabarito: C

  • Mea culpa

    Mea culpa é uma frase latina, no caso ablativo, e, em português, pode ser traduzida como "minha culpa".


ID
2971462
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tempos de sofrência

Minerar, sindemia, flopar, kit-net, meia culpa – conhece?

                                                                                                            Ruy Castro*


1. Há tempos venho me sentindo como Rip van Winkle, um personagem de ficção que, um dia, resolveu dar um passeio fora de sua aldeia.

2. Caminhou horas, subiu uma montanha e recostou-se sob uma árvore para dar um cochilo. Fechou os olhos e dormiu por 20 anos. Acordou sem saber de nada, voltou para sua terra e, lá, estranhou não reconhecer seus conterrâneos nem entender certas coisas. Ao dar um viva ao rei inglês, fizeram-lhe cara feia – ele deveria ter vivado o presidente americano, George Washington. Rip não sabia que, enquanto dormia, seu país ficara independente.

3. O autor dessa história, lançada em 1819, é Washington Irving, escritor americano, autor da obra homônima. Assim como Rip van Winkle, abri o jornal outro dia e li: “Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual”. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério. Em outro jornal, deparei com o título: “Sindemia é maior ameaça à saúde humana e do planeta”. Alarmado, corri ao dicionário – o que seria uma “sindemia”? Mas o Houaiss e o Aurélio também devem ter dormido por 20 anos, porque não a registram. Reli o artigo e continuei sem entender. Parece ter a ver com a desnutrição ou com a obesidade ou talvez com as duas.

4. Tenho tentado me atualizar com certas expressões ultimamente comuns no noticiário. Duas pessoas “dão um match”, ou seja, combinam. Fulana “é o crush” – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém “flopou” – fracassou. Só falta alguém escrever que Sicrano “baixou um app para levar seu pet na bike”. E aprendi no Online uma nova e deliciosa maneira de grafar kitchenette: kit-net.

5. Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer “meia culpa” – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês “Belle Époque” como “béli-époki”.

6. Tempos de “sofrência” para quem lê ou ouve.

* Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues.

(Folha de São Paulo, Caderno Opinião, 11 fev. 2019, p. A2. Adaptado.)

No período “Ao dar um viva ao rei inglês, fizeram-lhe cara feia”, a oração sublinhada é uma reduzida de infinitivo.

A forma verbal dessa oração está desenvolvida corretamente em

Alternativas
Comentários
  • "Ao" + Infinitivo: oração reduzida de infinitivo subordinada adverbial de tempo.

    Ex: "Ao rever o amigo, deu-lhe um longo abraço."

  • A locução prepositiva Ao na oração , possui valor semântico de Tempo , Logo dentre as alternativas a letra B) é a unica que possui uma conjunção Temporal ( Logo que ) , isso já seria suficiente para acertar a questão . Outro ponto importante é observar que desenvolvendo a oração o verbo DAR tem que está no mesmo tempo verbal do verbo fazer , (eles) Fizeram ( Pretérito perfeito ) (ele) Deu ( Pretérito perfeito) .


ID
2971819
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tempos de sofrência

Minerar, sindemia, flopar, kit-net, meia culpa – conhece?

Ruy Castro*

1. Há tempos venho me sentindo como Rip van Winkle, um personagem de ficção que, um dia, resolveu dar um passeio fora de sua aldeia.

2. Caminhou horas, subiu uma montanha e recostou-se sob uma árvore para dar um cochilo. Fechou os olhos e dormiu por 20 anos. Acordou sem saber de nada, voltou para sua terra e, lá, estranhou não reconhecer seus conterrâneos nem entender certas coisas. Ao dar um viva ao rei inglês, fizeram-lhe cara feia – ele deveria ter vivado o presidente americano, George Washington. Rip não sabia que, enquanto dormia, seu país ficara independente.

3. O autor dessa história, lançada em 1819, é Washington Irving, escritor americano, autor da obra homônima. Assim como Rip van Winkle, abri o jornal outro dia e li: “Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual”. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério. Em outro jornal, deparei com o título: “Sindemia é maior ameaça à saúde humana e do planeta”. Alarmado, corri ao dicionário – o que seria uma “sindemia”? Mas o Houaiss e o Aurélio também devem ter dormido por 20 anos, porque não a registram. Reli o artigo e continuei sem entender. Parece ter a ver com a desnutrição ou com a obesidade ou talvez com as duas.

4. Tenho tentado me atualizar com certas expressões ultimamente comuns no noticiário. Duas pessoas “dão um match”, ou seja, combinam. Fulana “é o crush” – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém “flopou” – fracassou. Só falta alguém escrever que Sicrano “baixou um app para levar seu pet na bike”. E aprendi no Online uma nova e deliciosa maneira de grafar kitchenette: kit-net.

5. Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer “meia culpa” – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês “Belle Époque” como “béli-époki”.

6. Tempos de “sofrência” para quem lê ou ouve.

* Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues.

(Folha de São Paulo, Caderno Opinião, 11 fev. 2019, p. A2. Adaptado.)

É correto afirmar que uma das estratégias utilizadas pelo autor para construir o seu texto está focada, fundamentalmente, no uso da/de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    mescla de gêneros e de tipos textuais.

    -------> mescla narração, conta uma história (caminhou horas, subiu uma montanha e recostou-se sob uma árvore para dar um cochilo. Fechou os olhos e dormiu por 20 anos) com descritivo ( autor dessa história, lançada em 1819, é Washington Irving, escritor americano, autor da obra homônima).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Pictórica refere-se a pintura


ID
2985529
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica

É correto afirmar que o valor do Vond (Tensão de ondulação) de um retificador de onda completa, de maneira que, para uma tensão eficaz no secundário do transformador de 12v, obtenhamos na carga uma tensão média de 16v, é

Alternativas

ID
2985532
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Para o bom funcionamento de um retificador controlado de silício (SCR) é correto afirmar que se torna necessário aplicar um

Alternativas
Comentários
  • Condição para condução do SCR: Deve ser aplicado um pulso positivo no gate e o SCR deve estar polarizado diretamente (anodo positivo em relação ao catodo).


ID
2985535
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Elétrica
Assuntos

Uma tensão é considerada contínua quando o fluxo dos elétrons por ela fornecido circula por um circuito sempre em um mesmo sentido, ou seja, é sempre positiva ou sempre negativa, circulando no sentido do pólo positivo para o pólo negativo, se considerarmos o sentido convencional da corrente, ou circula do pólo negativo para o pólo positivo, se considerarmos o sentido da corrente dos elétrons.


A esse respeito, é correto afirmar que se controla uma tensão contínua entregue a uma carga, utilizando um retificador controlado de silício (SCR), variando o

Alternativas

ID
2985538
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

O SCR ou Diodo Controlado de Silício é um dos componentes mais importantes nas aplicações em que o controle de cargas de potência de altos valores está envolvido. Os SCR funcionam como interruptores eletrônicos e, por isso, superam facilmente seus equivalentes mecânicos, por sua velocidade, sensibilidade e capacidade de operar com tensões e correntes elevadas. As aplicações práticas para esse tipo de componente eletrônico são inúmeras; portanto, torna-se muito importante conhecer seu princípio de funcionamento, suas limitações e suas aplicações principais.

Com relação ao retificador controlado de silício (SCR), avalie as seguintes afirmações.


I. É capaz de conduzir corrente nos dois sentidos.

II. É possível controlar seu desligamento com um pulso negativo de corrente na porta.

III. É um dispositivo que pode ser ligado através de um pulso em sua porta (gate).

IV. O desligamento do dispositivo poderá acontecer quando for polarizado reversamente pela rede elétrica ou por um circuito auxiliar.


Está correto apenas o que se afirma em 

Alternativas
Comentários
  • I. Errado:Não é capaz de conduzir corrente nos dois sentidos.

    II.Errado: o pulso deve ser positivo no gate


ID
2985544
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Elétrica
Assuntos

Considerando-se um retificador de onda completa em ponte, com tensão eficaz no secundário do transformador de 10 volts, tensão de Ondulação (Vond) de 1,5v e uma carga de 1,2KΩ, é correto afirmar que o valor do capacitor capaz de garantir uma tensão média de 12v aplicada na carga é de

Alternativas

ID
2985550
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Para o modo de disparo de um Diode for Alternating Current (DIAC), é correto afirmar ser necessário aplicar um(a)

Alternativas
Comentários
  • DIAC é um diodo de corrente alternada que funciona muito bem como um chave de comutação rápida sensível à tensão. Normalmente as tensão de disparo estão entre 25 e 35 V.

    Letra C


ID
2985553
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Sobre a comutação natural, é correto afirmar que ela acontece quando a corrente de anodo

Alternativas

ID
2985559
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Elétrica
Assuntos

Com relação a retificadores trifásicos não controlados de seis pulsos e de três pulsos, avalie as seguintes afirmações.


I. A frequência de ondulação de um retificador trifásico não controlado de seis pulsos é maior do que a frequência de ondulação de um retificador trifásico não controlado de três pulsos.

II. A tensão de ondulação de um retificador trifásico não controlado de seis pulsos possui em sua saída uma tensão DC menor que a tensão de ondulação de um retificador trifásico não controlado de três pulsos

III. O retificador trifásico não controlado de seis pulsos não pode ser ligado diretamente a uma rede trifásica.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas

ID
2985562
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Elétrica
Assuntos

Fontes de alimentação tipicamente possuem valor de tensão constante, sejam elas CA ou CC. Caso seja preciso variar ou controlar a potência aplicada a uma carga, é necessário o emprego de algum tipo de dispositivo capaz de controlar a quantidade de energia a ser transferida para a carga. Choppers são circuitos que podem desempenhar essa função.


Quais são as técnicas de chaveamento mais utilizadas em circuitos Choppers?

Alternativas

ID
2985565
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Considere um retificador de onda completa com Center Tape, sem filtro a capacitor e tensão eficaz no secundário de seu transformador de 15v.


Qual será o valor correto da tensão média entregue à carga, caso um de seus diodos estiver ligado de forma invertida?

Alternativas

ID
2985571
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

O Triode for Alternating Current (TRIAC) é um componente eletrônico membro da família dos tiristores. Teoricamente pode ser considerado como um componente obtido pela ligação de dois SCR em oposição, tendo em comum um eletrodo de disparo.


Em um circuito, o que deve ser corretamente feito para que um (TRIAC) deixe de conduzir?

Alternativas

ID
2985577
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Em que difere o funcionamento de um Retificador Controlado de Silício (SCR) de um Triode for Alternating Current (TRIAC)?

Alternativas

ID
2985580
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Um retificador controlado de onda completa com Center Tape (CT) alimenta uma carga puramente resistiva com um certo valor de tensão Vo(avg) para um determinado ângulo α.

É correto afirmar que, se na saída desse retificador o ângulo α aumentar, o retificador fornecerá à carga uma tensão Vo(avg)

Alternativas

ID
2985586
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Considere um retificador de onda completa com Center Tape (CT), sem filtro a capacitor e tensão eficaz no secundário de seu transformador de 18v.


Qual será o valor correto da tensão média entregue à carga, caso seus dois diodos forem ligados de forma invertida?

Alternativas

ID
2985592
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Qual o tipo de conversão elétrica é realizada pelos circuitos Choppers?

Alternativas

ID
2985598
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Circuitos de disparo são responsáveis pela aplicação do pulso de gatilho em tiristores. Esse mesmo circuito, por meio desse disparo, desempenha outra função muito importante dos circuitos tiristorizados.


Portanto, é correto afirmar que a outra função é

Alternativas

ID
2985607
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

As famílias lógicas diferem basicamente pelo componente principal utilizado por cada um em seus circuitos. As famílias Transistor-Transistor Logic (TTL) usam transistores bipolares como seu principal componente, enquanto as famílias CMOS usam os transistores unipolares MOSFET (transistor de efeito de campo construído segundo a técnica MOS - Metal Oxide Semicondutor) como seu elemento principal de circuito. Independentemente do tipo de componente utilizado, existem parâmetros que devem ser observados, e entre eles temos o FAN-IN e o FAN-OUT.


A esse respeito, é correto afirmar que FAN-IN é o

Alternativas

ID
2985610
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Os amplificadores, em geral, são circuitos capazes de aumentar em amplitude uma determinada grandeza, seja ela de tensão ou de corrente. Nos amplificadores transistorizados, a fonte CC estabelece correntes e tensões quiescentes e a fonte CA produz as flutuações nessas correntes e tensões.


A esse respeito, é correto afirmar que as linhas de carga que um amplificador possui correspondem a

Alternativas

ID
2985616
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Eletrônica
Assuntos

Dentre todas as especificações de operação AC de um amplificador operacional, qual limita corretamente o valor da tensão de saída em altas frequências?

Alternativas