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Prova Exército - 2014 - IME - Quadro de Engenheiro Militar - Português e Inglês


ID
2034472
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                    Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014

 

                                                         Texto 2

              A MULHER QUE NÃO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA

                                      (Jeanna Bryner – Dezembro de 2010)

      Você gostaria de não sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo não tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que até ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no cérebro humano.

      Os pesquisadores tentaram inúmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reação de rejeição, aranhas e cobras, e uma série de filme de terror apenas entreteram a paciente.

      A mulher tem uma doença rara chamada síndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amígdala. A amígdala é uma estrutura em forma de amêndoa situada no fundo do cérebro. Nos últimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na geração de respostas de medo em diferentes animais.

      Agora, o estudo envolvendo essa paciente é o primeiro a confirmar que essa região do cérebro é responsável pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteçam a hiperatividade na amígdala podem curar pacientes com TEPT.

      Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela não conseguia reconhecer expressões faciais de medo, mas não se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte até o medo de falar em público.

      Além disso, durante três meses ela carregou um diário que informatizava sua emoção, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nível de medo ao longo do dia. O diário também indicava emoções que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuação média de medo foi de 0%, enquanto para outras emoções ela mostrou funcionamento normal.

      Em todos os cenários, ela não mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razões para ela reagir com medo. Ela própria contou que não gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, não sentiu medo. Além disso, já lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violência doméstica, e em mais de uma ocasião foi explicitamente ameaçada de morte.

      O que mais se sobressai é que, em muitas destas situações a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgência. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situações, respondeu que não sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu.

      Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela não tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amígdala, a mulher está imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse pós-traumático.

      Mas há uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situações ameaçadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequência com que ela enfrentou riscos.

      Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente é muito raro, mas para entender melhor o fenômeno, seria ótimo estudar mais pessoas com a condição.

Disponível em<:http://hypescience.com> (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 


                                                    Texto 3

                                                CONSOADA

                                           (Manuel Bandeira)

                           Quando a Indesejada das gentes chegar

                                    (Não sei se dura ou caroável),

                                          Talvez eu tenha medo.

                                          Talvez sorria, ou diga:

                                              — Alô, iniludível!

                             O meu dia foi bom, pode a noite descer.

                                 (A noite com os seus sortilégios.)

                           Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

                                                 A mesa posta,

                                      Com cada coisa em seu lugar.

Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br>  Acesso em: 29 Abr 2014.  


                                                          Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


                                                      Texto 5

                                                    O QUASE

                                  (Sarah Westphal Batista da Silva)

      Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

      Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

      Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Disp. em: <www.pensador.uol.com.br> . Acesso em: 29 Abr 2014.  

Leia atentamente as afirmativas relacionadas aos textos apresentados e, a seguir, marque a alternativa correta:

I – Todos os textos apresentados mostram que o medo só nos leva ao insucesso;

II – No texto 1, o protagonista retrata um medo vivido em sua infância, fazendo alusão a elementos próprios desse medo;

III – No texto 2, a mulher não reage às situações desagradáveis a ela impostas, porque não é capaz de sentir medo;

IV – O texto 3 aborda um único medo: o medo da morte; e

V – Os textos 4 e 5 encorajam o leitor a sair de uma posição de conforto e a encarar riscos e responsabilidades em busca do sucesso.

Alternativas

ID
2034475
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                       Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014

Observe os fragmentos em destaque:

“─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!” (texto1; 1º parágrafo)

“─ Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama…” (texto1; 7º parágrafo)

O jogo de ideias criado em forma de diálogo pode ser interpretado como:

Alternativas

ID
2034478
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                   Texto 3

                                                CONSOADA

                                           (Manuel Bandeira)

                           Quando a Indesejada das gentes chegar

                                    (Não sei se dura ou caroável),

                                          Talvez eu tenha medo.

                                          Talvez sorria, ou diga:

                                              — Alô, iniludível!

                             O meu dia foi bom, pode a noite descer.

                                 (A noite com os seus sortilégios.)

                           Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

                                                 A mesa posta,

                                      Com cada coisa em seu lugar.

Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br>  Acesso em: 29 Abr 2014.  


                                                          Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


Acerca da postura do autor diante da morte, no texto 3, pode-se afirmar que:

Alternativas

ID
2034481
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                   Texto 3

                                                CONSOADA

                                           (Manuel Bandeira)

                           Quando a Indesejada das gentes chegar

                                    (Não sei se dura ou caroável),

                                          Talvez eu tenha medo.

                                          Talvez sorria, ou diga:

                                              — Alô, iniludível!

                             O meu dia foi bom, pode a noite descer.

                                 (A noite com os seus sortilégios.)

                           Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

                                                 A mesa posta,

                                      Com cada coisa em seu lugar.

Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br>  Acesso em: 29 Abr 2014.  


                                                          Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


Ainda no texto 3, ao utilizar a expressão “a Indesejada das gentes”, o autor faz uso da figura de linguagem conhecida como:

Alternativas
Comentários
  • indesejável das gentes= morte

    portanto, trata-se de um eufemismo!


ID
2034484
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


Observe os fragmentos extraídos do último parágrafo do texto 4.

“ ... a questão é ter coragem de viver, ... ” / “ ... o que significa correr riscos e assumir responsabilidades ..., ”

Pode-se dizer que o segundo fragmento, em relação à ideia expressa no primeiro, representa uma:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

  • LETRA A

    São independentes, sentido completo.As outras alternativas são subordinadas, portanto, letra A.


ID
2034487
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      Texto 5

                                                    O QUASE

                                  (Sarah Westphal Batista da Silva)

      Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

      Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

      Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Disp. em: <www.pensador.uol.com.br> . Acesso em: 29 Abr 2014.  

No título do texto 5, a palavra quase aparece precedida do artigo “O”. Nesse contexto, o artigo tem a função de:

Alternativas
Comentários
  • Entendam tem artigo na frente derivação imprópria.
  • Como assim?

  • mudar a classe gramatical da palavra “quase” de advérbio para substantivo. 

  • Derivação imprópria.

  • O artigo tem o poder de substantivar as palavras.

  • O artigo pode ser usado para substantivar palavras oriundas de outras classes gramaticais:

    Ex.: Não sei o 'porquê' de tudo isso.

    nesse caso, o artigo "o" substantivou a conjunção explicativa "porque".

    Na questão, o artigo "o" substantivou o adverbio "quase", logo, a palavra "quase" mudou de classe gramatical.


ID
2034490
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      Texto 5

                                                    O QUASE

                                  (Sarah Westphal Batista da Silva)

      Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

      Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

      Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Disp. em: <www.pensador.uol.com.br> . Acesso em: 29 Abr 2014.  

Indique o par de vocábulos que se enquadra num mesmo campo semântico, de acordo com o texto 5.

Alternativas
Comentários
  • "Essa maldita mania de viver no outono" => Viver na mesmice, sem emoções ou atitudes.

    "escolher uma vida morna" => Uma vida medíocre, inerte.

    Gab Letra B)


ID
2034493
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                    Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014

 

                                                         Texto 2

              A MULHER QUE NÃO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA

                                      (Jeanna Bryner – Dezembro de 2010)

      Você gostaria de não sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo não tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que até ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no cérebro humano.

      Os pesquisadores tentaram inúmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reação de rejeição, aranhas e cobras, e uma série de filme de terror apenas entreteram a paciente.

      A mulher tem uma doença rara chamada síndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amígdala. A amígdala é uma estrutura em forma de amêndoa situada no fundo do cérebro. Nos últimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na geração de respostas de medo em diferentes animais.

      Agora, o estudo envolvendo essa paciente é o primeiro a confirmar que essa região do cérebro é responsável pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteçam a hiperatividade na amígdala podem curar pacientes com TEPT.

      Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela não conseguia reconhecer expressões faciais de medo, mas não se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte até o medo de falar em público.

      Além disso, durante três meses ela carregou um diário que informatizava sua emoção, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nível de medo ao longo do dia. O diário também indicava emoções que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuação média de medo foi de 0%, enquanto para outras emoções ela mostrou funcionamento normal.

      Em todos os cenários, ela não mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razões para ela reagir com medo. Ela própria contou que não gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, não sentiu medo. Além disso, já lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violência doméstica, e em mais de uma ocasião foi explicitamente ameaçada de morte.

      O que mais se sobressai é que, em muitas destas situações a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgência. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situações, respondeu que não sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu.

      Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela não tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amígdala, a mulher está imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse pós-traumático.

      Mas há uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situações ameaçadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequência com que ela enfrentou riscos.

      Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente é muito raro, mas para entender melhor o fenômeno, seria ótimo estudar mais pessoas com a condição.

Disponível em<:http://hypescience.com> (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 


                                                   Texto 3

                                                CONSOADA

                                           (Manuel Bandeira)

                           Quando a Indesejada das gentes chegar

                                    (Não sei se dura ou caroável),

                                          Talvez eu tenha medo.

                                          Talvez sorria, ou diga:

                                              — Alô, iniludível!

                             O meu dia foi bom, pode a noite descer.

                                 (A noite com os seus sortilégios.)

                           Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

                                                 A mesa posta,

                                      Com cada coisa em seu lugar.

Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br>  Acesso em: 29 Abr 2014.  



                                                     Texto 5

                                                    O QUASE

                                  (Sarah Westphal Batista da Silva)

      Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

      Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

      Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Disp. em: <www.pensador.uol.com.br> . Acesso em: 29 Abr 2014.  

Assinale a opção na qual a vírgula foi empregada pelo mesmo motivo de sua ocorrência no trecho:

“Quando menino, a poesia me assustava.” (texto 1; 2º parágrafo)

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de termos deslocados. Vejamos:

    “Quando menino, a poesia me assustava.” (texto 1; 2º parágrafo)

    "A poesia me assustava, quando menino"

    GABARITO - E: “Para descobrir, os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente ...” (texto 2; 5º parágrafo).

    "os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente, para descobrir"


ID
2034496
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                   Texto 3

                                                CONSOADA

                                           (Manuel Bandeira)

                           Quando a Indesejada das gentes chegar

                                    (Não sei se dura ou caroável),

                                          Talvez eu tenha medo.

                                          Talvez sorria, ou diga:

                                              — Alô, iniludível!

                             O meu dia foi bom, pode a noite descer.

                                 (A noite com os seus sortilégios.)

                           Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

                                                 A mesa posta,

                                      Com cada coisa em seu lugar.

Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br>  Acesso em: 29 Abr 2014.  


                                                          Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


Os termos “Consoada” (texto 3, título) e “se eximem” (texto 4; 6º parágrafo) podem significar, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Consoada é leve refeição noturna.


ID
2034499
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                    Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014

 

                                                         Texto 2

              A MULHER QUE NÃO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA

                                      (Jeanna Bryner – Dezembro de 2010)

      Você gostaria de não sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo não tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que até ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no cérebro humano.

      Os pesquisadores tentaram inúmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reação de rejeição, aranhas e cobras, e uma série de filme de terror apenas entreteram a paciente.

      A mulher tem uma doença rara chamada síndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amígdala. A amígdala é uma estrutura em forma de amêndoa situada no fundo do cérebro. Nos últimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na geração de respostas de medo em diferentes animais.

      Agora, o estudo envolvendo essa paciente é o primeiro a confirmar que essa região do cérebro é responsável pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteçam a hiperatividade na amígdala podem curar pacientes com TEPT.

      Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela não conseguia reconhecer expressões faciais de medo, mas não se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte até o medo de falar em público.

      Além disso, durante três meses ela carregou um diário que informatizava sua emoção, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nível de medo ao longo do dia. O diário também indicava emoções que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuação média de medo foi de 0%, enquanto para outras emoções ela mostrou funcionamento normal.

      Em todos os cenários, ela não mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razões para ela reagir com medo. Ela própria contou que não gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, não sentiu medo. Além disso, já lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violência doméstica, e em mais de uma ocasião foi explicitamente ameaçada de morte.

      O que mais se sobressai é que, em muitas destas situações a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgência. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situações, respondeu que não sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu.

      Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela não tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amígdala, a mulher está imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse pós-traumático.

      Mas há uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situações ameaçadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequência com que ela enfrentou riscos.

      Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente é muito raro, mas para entender melhor o fenômeno, seria ótimo estudar mais pessoas com a condição.

Disponível em<:http://hypescience.com> (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 


                                                   Texto 3

                                                CONSOADA

                                           (Manuel Bandeira)

                           Quando a Indesejada das gentes chegar

                                    (Não sei se dura ou caroável),

                                          Talvez eu tenha medo.

                                          Talvez sorria, ou diga:

                                              — Alô, iniludível!

                             O meu dia foi bom, pode a noite descer.

                                 (A noite com os seus sortilégios.)

                           Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

                                                 A mesa posta,

                                      Com cada coisa em seu lugar.

Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br>  Acesso em: 29 Abr 2014.  



                                                     Texto 5

                                                    O QUASE

                                  (Sarah Westphal Batista da Silva)

      Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

      Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

      Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Disp. em: <www.pensador.uol.com.br> . Acesso em: 29 Abr 2014.  

“Depois, para a prova de francês, não tive escolha...” (texto1; 4º parágrafo) / “É o quase que me incomoda...” (texto 5; 1º parágrafo).

Assinale a opção em que as palavras em destaque nos trechos acima foram formadas, respectivamente, pelos mesmos processos daquelas destacadas nos trechos a seguir:

Alternativas
Comentários
  • Escolha vem de "Escolher", onde aconte a regressão ou a redução do morfema que caracteriza a palavra como verbo.

    Quase não há processo de composição, nem de derivação.

  • derivação regressiva (ESTUDAR => ESTUDO) e derivação imprópria.


ID
2034502
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                        Texto 2

              A MULHER QUE NÃO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA

                                      (Jeanna Bryner – Dezembro de 2010)

      Você gostaria de não sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo não tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que até ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no cérebro humano.

      Os pesquisadores tentaram inúmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reação de rejeição, aranhas e cobras, e uma série de filme de terror apenas entreteram a paciente.

      A mulher tem uma doença rara chamada síndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amígdala. A amígdala é uma estrutura em forma de amêndoa situada no fundo do cérebro. Nos últimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na geração de respostas de medo em diferentes animais.

      Agora, o estudo envolvendo essa paciente é o primeiro a confirmar que essa região do cérebro é responsável pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteçam a hiperatividade na amígdala podem curar pacientes com TEPT.

      Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela não conseguia reconhecer expressões faciais de medo, mas não se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte até o medo de falar em público.

      Além disso, durante três meses ela carregou um diário que informatizava sua emoção, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nível de medo ao longo do dia. O diário também indicava emoções que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuação média de medo foi de 0%, enquanto para outras emoções ela mostrou funcionamento normal.

      Em todos os cenários, ela não mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razões para ela reagir com medo. Ela própria contou que não gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, não sentiu medo. Além disso, já lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violência doméstica, e em mais de uma ocasião foi explicitamente ameaçada de morte.

      O que mais se sobressai é que, em muitas destas situações a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgência. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situações, respondeu que não sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu.

      Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela não tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amígdala, a mulher está imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse pós-traumático.

      Mas há uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situações ameaçadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequência com que ela enfrentou riscos.

      Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente é muito raro, mas para entender melhor o fenômeno, seria ótimo estudar mais pessoas com a condição.

Disponível em<:http://hypescience.com> (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 


                                                       Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


Nos textos 2 e 4, observam-se alguns termos “se” em destaque. A análise desse termo foi feita de forma correta em:

Alternativas
Comentários
  • a (Partícula de realce)

    b (Verbo Pronominal - o se é parte integrante do verbo)

    c (Pronome reflexivo - afasta a si mesmo)

    d (Pronome reflexivo - chama a si mesmo)

    e( gabarito)

  • acredito que na A seja pronome apassivador pq o verbo saber é VTD e dá pra passar a frase para a analítica


ID
2034505
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                        Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014

 

                                                         Texto 2

              A MULHER QUE NÃO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA

                                      (Jeanna Bryner – Dezembro de 2010)

      Você gostaria de não sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo não tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que até ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no cérebro humano.

      Os pesquisadores tentaram inúmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reação de rejeição, aranhas e cobras, e uma série de filme de terror apenas entreteram a paciente.

      A mulher tem uma doença rara chamada síndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amígdala. A amígdala é uma estrutura em forma de amêndoa situada no fundo do cérebro. Nos últimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na geração de respostas de medo em diferentes animais.

      Agora, o estudo envolvendo essa paciente é o primeiro a confirmar que essa região do cérebro é responsável pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteçam a hiperatividade na amígdala podem curar pacientes com TEPT.

      Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela não conseguia reconhecer expressões faciais de medo, mas não se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte até o medo de falar em público.

      Além disso, durante três meses ela carregou um diário que informatizava sua emoção, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nível de medo ao longo do dia. O diário também indicava emoções que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuação média de medo foi de 0%, enquanto para outras emoções ela mostrou funcionamento normal.

      Em todos os cenários, ela não mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razões para ela reagir com medo. Ela própria contou que não gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, não sentiu medo. Além disso, já lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violência doméstica, e em mais de uma ocasião foi explicitamente ameaçada de morte.

      O que mais se sobressai é que, em muitas destas situações a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgência. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situações, respondeu que não sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu.

      Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela não tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amígdala, a mulher está imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse pós-traumático.

      Mas há uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situações ameaçadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequência com que ela enfrentou riscos.

      Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente é muito raro, mas para entender melhor o fenômeno, seria ótimo estudar mais pessoas com a condição.

Disponível em<:http://hypescience.com> (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 


                                                          Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


Assinale a alternativa em que o termo em destaque possui classificação sintática diferente daquele destacado no trecho a seguir:

“ Achava-me incapaz de pertencer àquilo.”(texto 1; 2º parágrafo)

Alternativas
Comentários
  • Em “Achava-me incapaz de pertencer àquilo.”, o termo destacado desempenha função sintática de complemento nominal do termo regente “incapaz”. A única alternativa que destoa das demais é a alternativa B, cujo termo destacado funciona como adjunto adnominal do substantivo “expressão”, uma vez que apresenta apenas valor de adjetivo com relação a esse substantivo. 


ID
2034508
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                   Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014


                                                    Texto 5

                                                    O QUASE

                                  (Sarah Westphal Batista da Silva)

      Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

      Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

      Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Disp. em: <www.pensador.uol.com.br> . Acesso em: 29 Abr 2014.  

Observe os trechos a seguir:

“Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.” (texto 5; 3º parágrafo) / “...diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças.”(texto 1; 6º parágrafo)

Os pronomes em destaque desempenham, respectivamente, a função de:  

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica o cujo ?

  • CUJO: sempre tera sentido de posse, então sera adjunto adnominal

  • Cujo é adjunto adnominal de posse.

    diria-lhe é objeto indireto

    assim como leva-lo é objeto direto.

    claro que depende do contexto tambem.

  • Cujo é utilizado quando indica posse, por isso será adjunto adnominal.


ID
2034511
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                       Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014

Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo.”(texto 1; 5º parágrafo) O fragmento em destaque expressa ideia de:

Alternativas
Comentários
  • Essa é uma oração reduzida e para responder a questão ela precisa ser desenvolvida e para isso vc precisa acrescentar conector e conjugar o verbo.

    frase desenvolvida: eu tinha medo embora fosse o verso mais delicado do mundo.

    Embora tem valor concessivo.

    logo a alternativa D é o gabarito

  • As concessivas expressam uma quebra de expectativa

    Percebam!

    Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo.

    Embora fosse o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. O esperado é que não se tenha medo do verso mais delicado


ID
2034514
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  Texto 1

                             O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA

                                    (Pedro Gabriel – Março de 2014)

           ─ Mãe, acho que tem um poema debaixo da minha cama!

      Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mãos opressoras. E nem as mãos da professora mais dócil conseguiam me acalmar. Não compreendia uma palavra, uma metáfora, uma rima pobre, rica ou rara. Não entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer àquilo. Não conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreensão de um soneto; ela – a tão sagrada poesia – não me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptassílabo.

      Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um móvel e ficar imóvel até tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontânea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrouPneumotórax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para não precisar declamá-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e três… Trinta e três… Ter uma doença pequena, uma desculpa qualquer, um atestado médico assinado pelo meu avô que me deixasse em casa – não a semana toda, mas só o tempo da aula.

      Depois, para a prova de francês, não tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em pé de frente para o meu professor, eu queria que alguém me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale até que a turma toda esquecesse a minha existência. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca está seca até hoje. Minhas mãos estão molhadas até agora. Só eu sei o que suei por você, querida Poesia.

      Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simpático da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou não lia nada. Talvez por não querer entendê-la. Talvez por achar não merecê- la. E assim ficava à mercê da minha rebeldia. Não queria aprender a contar sílabas, queria ser verso livre. Tolo! Até a liberdade exige teoria!

      Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia não é nenhum decassílabo de sete cabeças. Que se ela o assusta é porque ela o deseja. Que se ele sente medo é porque ele precisa dela. Não há mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora está em você.

        - Filho, acho que tem um poema por dentro de quem você ama

Disponível em: <www.intrinseca.com.br/site/2014/.../o-menino-que-tinha-medo-de-poesia>. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014

 

                                                         Texto 2

              A MULHER QUE NÃO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA

                                      (Jeanna Bryner – Dezembro de 2010)

      Você gostaria de não sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo não tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que até ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no cérebro humano.

      Os pesquisadores tentaram inúmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reação de rejeição, aranhas e cobras, e uma série de filme de terror apenas entreteram a paciente.

      A mulher tem uma doença rara chamada síndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amígdala. A amígdala é uma estrutura em forma de amêndoa situada no fundo do cérebro. Nos últimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na geração de respostas de medo em diferentes animais.

      Agora, o estudo envolvendo essa paciente é o primeiro a confirmar que essa região do cérebro é responsável pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteçam a hiperatividade na amígdala podem curar pacientes com TEPT.

      Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela não conseguia reconhecer expressões faciais de medo, mas não se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vários questionários padronizados à paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte até o medo de falar em público.

      Além disso, durante três meses ela carregou um diário que informatizava sua emoção, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nível de medo ao longo do dia. O diário também indicava emoções que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuação média de medo foi de 0%, enquanto para outras emoções ela mostrou funcionamento normal.

      Em todos os cenários, ela não mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razões para ela reagir com medo. Ela própria contou que não gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, não sentiu medo. Além disso, já lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violência doméstica, e em mais de uma ocasião foi explicitamente ameaçada de morte.

      O que mais se sobressai é que, em muitas destas situações a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgência. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situações, respondeu que não sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu.

      Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela não tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amígdala, a mulher está imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse pós-traumático.

      Mas há uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situações ameaçadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequência com que ela enfrentou riscos.

      Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente é muito raro, mas para entender melhor o fenômeno, seria ótimo estudar mais pessoas com a condição.

Disponível em<:http://hypescience.com> (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 


                                                         Texto 4

                            AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ     

                           (Raphaela de Campos Mello – Outubro de 2012)

      A cada passo dado você sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as próprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo.

      Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizações. Isso se chama autossabotagem. São atitudes forjadas por uma parte de nós que não nos vê como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitória.

      Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na véspera daquela importante reunião.

      "Muitos desses comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da Auto-Sabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller).

      "A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", diz o autor.

      O filósofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundários. "Há jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo atenção dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta", afirma.

      O problema é que, ao fazermos isso, não nos desenvolvemos plenamente. "Todo mundo busca a felicidade, a questão é ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades", diz ele.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014


                                                      Texto 5

                                                    O QUASE

                                  (Sarah Westphal Batista da Silva)

      Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

      Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

      Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Disp. em: <www.pensador.uol.com.br> . Acesso em: 29 Abr 2014.  

Assinale a opção em que a função sintática do termo em destaque é diferente daquela exercida pelos demais.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Somente na alternativa A, o pronome relativo QUE está funcionando como objeto direto. Nas demais, é o sujeito da oração.


ID
2034517
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                              Text 1

             Luis Suárez joins anti-racism calls after Dani Alves banana incident

      The Barcelona defender Dani Alves has sparked a social media campaign against racism in football as support flooded in from fellow professionals for his decision to eat a banana thrown at him by an opposition fan.

      Luis Suárez, Neymar, Hulk, Mario Balotelli and Sergio Agüero were among those who posted pictures of themselves taking bites out of bananas in tribute to Alves' actions in his side's La Liga match at Villarreal on Sunday.

      The Fifa president Joseph Blatter has branded the abuse directed at Alves an "outrage" and promised zero tolerance towards discrimination at the World Cup, while Villarreal took swift action by identifying the culprit and handing him a lifetime stadium ban.

      Alves' response to the banana being thrown on to the pitch in front of him as he prepared to take a corner was to nonchalantly pick it up, peel it and take a bite before continuing with the game. The 30-yearold, who has been the victim of racist abuse before during his time in La Liga, said: "You need to take these situations with a dose of humour."

      Players across Europe paid homage on Twitter and Instagram, including Suárez, who served an eight-match ban for racially abusing Patrice Evra.

      Alves's Barça and Brazil team-mate Neymar led the way after posting a picture on Instagram of himself holding a banana, while writing "We are all monkeys". Balotelli, Milan's former Manchester City striker, posted a picture of himself in a similar pose.

      Suárez posted a picture on Twitter of himself and Liverpool team-mate Philippe Coutinho taking bites out of bananas, along with the words: "#SayNoToRacism #WeAreAllMonkeys."

      (...)

      Barça gave their player their "complete support and solidarity" and thanked Villarreal for their "immediate condemnation" of the incident. Villarreal later revealed they had, with the help of fans, found out who the culprit was, had withdrawn his season ticket and banned him from the El Madrigal stadium for life.

Disponível em:<http://www.theguardian.com/football/2014/apr/29/luis-suarez-anti-racism-dani-alvesbanana> . Acesso em 29 abr.2014 (texto adaptado)  


                                                    Text 2  

                                          What’s in a name?

                                                                                        Henry Louis Gates Jr. (1989)

The question of color takes up much space in these pages, but the question of color, especially in this country, operates to hide the graver questions of the self.

                                                                                                    - James Baldwin, 1961

… blood, darky, Tar baby, Kaffir, shine… moor, blackamoor, Jim Crow, spook… quadroon, meriney, red bone, high yellow… Mammy, porch monkey, home, homeboy, George… spearchucker, Leroy, Smokey…mouli, buck, Ethiopian, brother, sistah…

                                                                                                              - Trey Ellis, 1989

      I had forgotten the incident completely, until I read Trey Elli’s essay, “Remember My Name,” in a recent issue of the Village Voice (June 13, 1989). But there, in the middle of an extended italicized list of the bynames of “the race” (“the race” or “our people” being the terms my parents used in polite or reverential discourse, “jigaboo” or “nigger” more commonly used in anger, jest, or pure disgust), it was: “George”. Now the events of that very brief exchange return to my mind so vividly that I wonder why I had forgotten it.

      My father and I were walking home at dusk from his second job. He “moonlighted” as a janitor in the evenings for the telephone company. Every day, but Saturday, he would come home at 3:30 from his regular job at the paper Mill, wash up, eat supper, then at 4:30 head downtown to his second job. He used to make jokes frequently about a union official who moonlighted. I never got the joke, but he and his friends thought it was hilarious. All I knew was that my family always ate well, that my brother and I had new clothes to wear, and that all of the white people in Piedmont, West Virginia, treated my parents with an odd mixture of resentment and respect that even we understood at the time had something directly to do with a small but certain measure of financial security.

      He had left a little early that evening because I was with him and I had to be in bed early. I could not have been more than five or six, and we had stopped off at the Cut-Rate Drug Store (where no black person in town but my father could sit down to eat, and eat off real plates with real silverware) so that I could buy some caramel ice cream, two scoops in a wafer cone, please, which I was busy licking when Mr. Wilson walked by.

      Mr. Wilson was a very quiet man, whose stony, brooding, silent manner seemed designed to scare off any overtures of friendship, even from white people. He was Irish as was one-third of our village (another third being Italian), the more affluent among whom sent their children to “Catholic School” across the bridge in Maryland. He had white straight hair, like my Uncle Joe, whom he uncannily resembled, and he carried a black worn metal lunch pail, the kind that Riley carried on the television show. My father always spoke to him, and for reasons that we never did understand, he always spoke to my father.

      “Hello, Mr. Wilson,” I heard my father say.

      “Hello, George.”  

I stopped licking my ice cream cone, and asked my Dad in a loud voice why Mr. Wilson had called him “George.”

      “Doesn’t he know your name, Daddy? Why don’t you tell him your name? Your name isn’t George.”

      For a moment I tried to think of who Mr. Wilson was mixing Pop up with. But we didn’t have any Georges among the colored people in Piedmont; nor were there colored Georges living in the neighboring towns and working at the Mill.

      “Tell him your name, Daddy.”

      “He knows my name, boy,” my father said after a long pause. “He calls all colored people George.”

      A long silence ensued. It was “one of those things”, as my Mom would put it. Even then, that early, I knew when I was in the presence of “one of those things”, one of those things that provided a glimpse, through a rent curtain, at another world that we could not affect but that affected us. There would be a painful moment of silence, and you would wait for it to give way to a discussion of a black superstar such as Sugar Ray or Jackie Robinson.

      “Nobody hits better in a clutch than Jackie Robinson.”

      “That’s right. Nobody.”

      I never again looked Mr. Wilson in the eye.  

Texts 1 and 2 deal with the same theme: racism. From text 1, we can infer that

Alternativas

ID
2034520
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                              Text 1

             Luis Suárez joins anti-racism calls after Dani Alves banana incident

      The Barcelona defender Dani Alves has sparked a social media campaign against racism in football as support flooded in from fellow professionals for his decision to eat a banana thrown at him by an opposition fan.

      Luis Suárez, Neymar, Hulk, Mario Balotelli and Sergio Agüero were among those who posted pictures of themselves taking bites out of bananas in tribute to Alves' actions in his side's La Liga match at Villarreal on Sunday.

      The Fifa president Joseph Blatter has branded the abuse directed at Alves an "outrage" and promised zero tolerance towards discrimination at the World Cup, while Villarreal took swift action by identifying the culprit and handing him a lifetime stadium ban.

      Alves' response to the banana being thrown on to the pitch in front of him as he prepared to take a corner was to nonchalantly pick it up, peel it and take a bite before continuing with the game. The 30-yearold, who has been the victim of racist abuse before during his time in La Liga, said: "You need to take these situations with a dose of humour."

      Players across Europe paid homage on Twitter and Instagram, including Suárez, who served an eight-match ban for racially abusing Patrice Evra.

      Alves's Barça and Brazil team-mate Neymar led the way after posting a picture on Instagram of himself holding a banana, while writing "We are all monkeys". Balotelli, Milan's former Manchester City striker, posted a picture of himself in a similar pose.

      Suárez posted a picture on Twitter of himself and Liverpool team-mate Philippe Coutinho taking bites out of bananas, along with the words: "#SayNoToRacism #WeAreAllMonkeys."

      (...)

      Barça gave their player their "complete support and solidarity" and thanked Villarreal for their "immediate condemnation" of the incident. Villarreal later revealed they had, with the help of fans, found out who the culprit was, had withdrawn his season ticket and banned him from the El Madrigal stadium for life.

Disponível em:<http://www.theguardian.com/football/2014/apr/29/luis-suarez-anti-racism-dani-alvesbanana> . Acesso em 29 abr.2014 (texto adaptado)  

It is implied in text 1 that

Alternativas

ID
2034523
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                              Text 1

             Luis Suárez joins anti-racism calls after Dani Alves banana incident

      The Barcelona defender Dani Alves has sparked a social media campaign against racism in football as support flooded in from fellow professionals for his decision to eat a banana thrown at him by an opposition fan.

      Luis Suárez, Neymar, Hulk, Mario Balotelli and Sergio Agüero were among those who posted pictures of themselves taking bites out of bananas in tribute to Alves' actions in his side's La Liga match at Villarreal on Sunday.

      The Fifa president Joseph Blatter has branded the abuse directed at Alves an "outrage" and promised zero tolerance towards discrimination at the World Cup, while Villarreal took swift action by identifying the culprit and handing him a lifetime stadium ban.

      Alves' response to the banana being thrown on to the pitch in front of him as he prepared to take a corner was to nonchalantly pick it up, peel it and take a bite before continuing with the game. The 30-yearold, who has been the victim of racist abuse before during his time in La Liga, said: "You need to take these situations with a dose of humour."

      Players across Europe paid homage on Twitter and Instagram, including Suárez, who served an eight-match ban for racially abusing Patrice Evra.

      Alves's Barça and Brazil team-mate Neymar led the way after posting a picture on Instagram of himself holding a banana, while writing "We are all monkeys". Balotelli, Milan's former Manchester City striker, posted a picture of himself in a similar pose.

      Suárez posted a picture on Twitter of himself and Liverpool team-mate Philippe Coutinho taking bites out of bananas, along with the words: "#SayNoToRacism #WeAreAllMonkeys."

      (...)

      Barça gave their player their "complete support and solidarity" and thanked Villarreal for their "immediate condemnation" of the incident. Villarreal later revealed they had, with the help of fans, found out who the culprit was, had withdrawn his season ticket and banned him from the El Madrigal stadium for life.

Disponível em:<http://www.theguardian.com/football/2014/apr/29/luis-suarez-anti-racism-dani-alvesbanana> . Acesso em 29 abr.2014 (texto adaptado)  

In the sentence “Alves' response to the banana being thrown on to the pitch in front of him as he prepared to take a corner was to nonchalantly pick it up, peel it and take a bite before continuing with the game.”, the word in bold could be replaced by (text 1):

Alternativas

ID
2034526
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                              Text 1

             Luis Suárez joins anti-racism calls after Dani Alves banana incident

      The Barcelona defender Dani Alves has sparked a social media campaign against racism in football as support flooded in from fellow professionals for his decision to eat a banana thrown at him by an opposition fan.

      Luis Suárez, Neymar, Hulk, Mario Balotelli and Sergio Agüero were among those who posted pictures of themselves taking bites out of bananas in tribute to Alves' actions in his side's La Liga match at Villarreal on Sunday.

      The Fifa president Joseph Blatter has branded the abuse directed at Alves an "outrage" and promised zero tolerance towards discrimination at the World Cup, while Villarreal took swift action by identifying the culprit and handing him a lifetime stadium ban.

      Alves' response to the banana being thrown on to the pitch in front of him as he prepared to take a corner was to nonchalantly pick it up, peel it and take a bite before continuing with the game. The 30-yearold, who has been the victim of racist abuse before during his time in La Liga, said: "You need to take these situations with a dose of humour."

      Players across Europe paid homage on Twitter and Instagram, including Suárez, who served an eight-match ban for racially abusing Patrice Evra.

      Alves's Barça and Brazil team-mate Neymar led the way after posting a picture on Instagram of himself holding a banana, while writing "We are all monkeys". Balotelli, Milan's former Manchester City striker, posted a picture of himself in a similar pose.

      Suárez posted a picture on Twitter of himself and Liverpool team-mate Philippe Coutinho taking bites out of bananas, along with the words: "#SayNoToRacism #WeAreAllMonkeys."

      (...)

      Barça gave their player their "complete support and solidarity" and thanked Villarreal for their "immediate condemnation" of the incident. Villarreal later revealed they had, with the help of fans, found out who the culprit was, had withdrawn his season ticket and banned him from the El Madrigal stadium for life.

Disponível em:<http://www.theguardian.com/football/2014/apr/29/luis-suarez-anti-racism-dani-alvesbanana> . Acesso em 29 abr.2014 (texto adaptado)  

According to text 1, which of the following is true about Dani Alves’ racism episode?

Alternativas
Comentários
  • (B)

    " The Fifa president Joseph Blatter has branded the abuse directed at Alves an "outrage" and promised zero tolerance towards discrimination at the World Cup, while Villarreal took swift action by identifying the culprit and handing him a lifetime stadium ban."

    Tradução-->O presidente da Fifa, Joseph Blatter, classificou os abusos direcionados a Alves como "indignação" e prometeu tolerância zero à discriminação na Copa do Mundo, enquanto o Villarreal agiu rapidamente, identificando o culpado e dando a ele uma proibição vitalícia dos estádios.


ID
2034529
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                 Text 2  

                                          What’s in a name?

                                                                                        Henry Louis Gates Jr. (1989)

The question of color takes up much space in these pages, but the question of color, especially in this country, operates to hide the graver questions of the self.

                                                                                                    - James Baldwin, 1961

… blood, darky, Tar baby, Kaffir, shine… moor, blackamoor, Jim Crow, spook… quadroon, meriney, red bone, high yellow… Mammy, porch monkey, home, homeboy, George… spearchucker, Leroy, Smokey…mouli, buck, Ethiopian, brother, sistah…

                                                                                                              - Trey Ellis, 1989

      I had forgotten the incident completely, until I read Trey Elli’s essay, “Remember My Name,” in a recent issue of the Village Voice (June 13, 1989). But there, in the middle of an extended italicized list of the bynames of “the race” (“the race” or “our people” being the terms my parents used in polite or reverential discourse, “jigaboo” or “nigger” more commonly used in anger, jest, or pure disgust), it was: “George”. Now the events of that very brief exchange return to my mind so vividly that I wonder why I had forgotten it.

      My father and I were walking home at dusk from his second job. He “moonlighted” as a janitor in the evenings for the telephone company. Every day, but Saturday, he would come home at 3:30 from his regular job at the paper Mill, wash up, eat supper, then at 4:30 head downtown to his second job. He used to make jokes frequently about a union official who moonlighted. I never got the joke, but he and his friends thought it was hilarious. All I knew was that my family always ate well, that my brother and I had new clothes to wear, and that all of the white people in Piedmont, West Virginia, treated my parents with an odd mixture of resentment and respect that even we understood at the time had something directly to do with a small but certain measure of financial security.

      He had left a little early that evening because I was with him and I had to be in bed early. I could not have been more than five or six, and we had stopped off at the Cut-Rate Drug Store (where no black person in town but my father could sit down to eat, and eat off real plates with real silverware) so that I could buy some caramel ice cream, two scoops in a wafer cone, please, which I was busy licking when Mr. Wilson walked by.

      Mr. Wilson was a very quiet man, whose stony, brooding, silent manner seemed designed to scare off any overtures of friendship, even from white people. He was Irish as was one-third of our village (another third being Italian), the more affluent among whom sent their children to “Catholic School” across the bridge in Maryland. He had white straight hair, like my Uncle Joe, whom he uncannily resembled, and he carried a black worn metal lunch pail, the kind that Riley carried on the television show. My father always spoke to him, and for reasons that we never did understand, he always spoke to my father.

      “Hello, Mr. Wilson,” I heard my father say.

      “Hello, George.”  

I stopped licking my ice cream cone, and asked my Dad in a loud voice why Mr. Wilson had called him “George.”

      “Doesn’t he know your name, Daddy? Why don’t you tell him your name? Your name isn’t George.”

      For a moment I tried to think of who Mr. Wilson was mixing Pop up with. But we didn’t have any Georges among the colored people in Piedmont; nor were there colored Georges living in the neighboring towns and working at the Mill.

      “Tell him your name, Daddy.”

      “He knows my name, boy,” my father said after a long pause. “He calls all colored people George.”

      A long silence ensued. It was “one of those things”, as my Mom would put it. Even then, that early, I knew when I was in the presence of “one of those things”, one of those things that provided a glimpse, through a rent curtain, at another world that we could not affect but that affected us. There would be a painful moment of silence, and you would wait for it to give way to a discussion of a black superstar such as Sugar Ray or Jackie Robinson.

      “Nobody hits better in a clutch than Jackie Robinson.”

      “That’s right. Nobody.”

      I never again looked Mr. Wilson in the eye.  

In text 2, “What’s in a name?”, we can infer that the narrator is

Alternativas

ID
2034532
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                 Text 2  

                                          What’s in a name?

                                                                                        Henry Louis Gates Jr. (1989)

The question of color takes up much space in these pages, but the question of color, especially in this country, operates to hide the graver questions of the self.

                                                                                                    - James Baldwin, 1961

… blood, darky, Tar baby, Kaffir, shine… moor, blackamoor, Jim Crow, spook… quadroon, meriney, red bone, high yellow… Mammy, porch monkey, home, homeboy, George… spearchucker, Leroy, Smokey…mouli, buck, Ethiopian, brother, sistah…

                                                                                                              - Trey Ellis, 1989

      I had forgotten the incident completely, until I read Trey Elli’s essay, “Remember My Name,” in a recent issue of the Village Voice (June 13, 1989). But there, in the middle of an extended italicized list of the bynames of “the race” (“the race” or “our people” being the terms my parents used in polite or reverential discourse, “jigaboo” or “nigger” more commonly used in anger, jest, or pure disgust), it was: “George”. Now the events of that very brief exchange return to my mind so vividly that I wonder why I had forgotten it.

      My father and I were walking home at dusk from his second job. He “moonlighted” as a janitor in the evenings for the telephone company. Every day, but Saturday, he would come home at 3:30 from his regular job at the paper Mill, wash up, eat supper, then at 4:30 head downtown to his second job. He used to make jokes frequently about a union official who moonlighted. I never got the joke, but he and his friends thought it was hilarious. All I knew was that my family always ate well, that my brother and I had new clothes to wear, and that all of the white people in Piedmont, West Virginia, treated my parents with an odd mixture of resentment and respect that even we understood at the time had something directly to do with a small but certain measure of financial security.

      He had left a little early that evening because I was with him and I had to be in bed early. I could not have been more than five or six, and we had stopped off at the Cut-Rate Drug Store (where no black person in town but my father could sit down to eat, and eat off real plates with real silverware) so that I could buy some caramel ice cream, two scoops in a wafer cone, please, which I was busy licking when Mr. Wilson walked by.

      Mr. Wilson was a very quiet man, whose stony, brooding, silent manner seemed designed to scare off any overtures of friendship, even from white people. He was Irish as was one-third of our village (another third being Italian), the more affluent among whom sent their children to “Catholic School” across the bridge in Maryland. He had white straight hair, like my Uncle Joe, whom he uncannily resembled, and he carried a black worn metal lunch pail, the kind that Riley carried on the television show. My father always spoke to him, and for reasons that we never did understand, he always spoke to my father.

      “Hello, Mr. Wilson,” I heard my father say.

      “Hello, George.”  

I stopped licking my ice cream cone, and asked my Dad in a loud voice why Mr. Wilson had called him “George.”

      “Doesn’t he know your name, Daddy? Why don’t you tell him your name? Your name isn’t George.”

      For a moment I tried to think of who Mr. Wilson was mixing Pop up with. But we didn’t have any Georges among the colored people in Piedmont; nor were there colored Georges living in the neighboring towns and working at the Mill.

      “Tell him your name, Daddy.”

      “He knows my name, boy,” my father said after a long pause. “He calls all colored people George.”

      A long silence ensued. It was “one of those things”, as my Mom would put it. Even then, that early, I knew when I was in the presence of “one of those things”, one of those things that provided a glimpse, through a rent curtain, at another world that we could not affect but that affected us. There would be a painful moment of silence, and you would wait for it to give way to a discussion of a black superstar such as Sugar Ray or Jackie Robinson.

      “Nobody hits better in a clutch than Jackie Robinson.”

      “That’s right. Nobody.”

      I never again looked Mr. Wilson in the eye.  

The expression “He moonlighted” in the sentence “He moonlighted as a janitor in the evenings for the telephone company.” is closest in meaning to which of the following?

Alternativas

ID
2034535
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                 Text 2  

                                          What’s in a name?

                                                                                        Henry Louis Gates Jr. (1989)

The question of color takes up much space in these pages, but the question of color, especially in this country, operates to hide the graver questions of the self.

                                                                                                    - James Baldwin, 1961

… blood, darky, Tar baby, Kaffir, shine… moor, blackamoor, Jim Crow, spook… quadroon, meriney, red bone, high yellow… Mammy, porch monkey, home, homeboy, George… spearchucker, Leroy, Smokey…mouli, buck, Ethiopian, brother, sistah…

                                                                                                              - Trey Ellis, 1989

      I had forgotten the incident completely, until I read Trey Elli’s essay, “Remember My Name,” in a recent issue of the Village Voice (June 13, 1989). But there, in the middle of an extended italicized list of the bynames of “the race” (“the race” or “our people” being the terms my parents used in polite or reverential discourse, “jigaboo” or “nigger” more commonly used in anger, jest, or pure disgust), it was: “George”. Now the events of that very brief exchange return to my mind so vividly that I wonder why I had forgotten it.

      My father and I were walking home at dusk from his second job. He “moonlighted” as a janitor in the evenings for the telephone company. Every day, but Saturday, he would come home at 3:30 from his regular job at the paper Mill, wash up, eat supper, then at 4:30 head downtown to his second job. He used to make jokes frequently about a union official who moonlighted. I never got the joke, but he and his friends thought it was hilarious. All I knew was that my family always ate well, that my brother and I had new clothes to wear, and that all of the white people in Piedmont, West Virginia, treated my parents with an odd mixture of resentment and respect that even we understood at the time had something directly to do with a small but certain measure of financial security.

      He had left a little early that evening because I was with him and I had to be in bed early. I could not have been more than five or six, and we had stopped off at the Cut-Rate Drug Store (where no black person in town but my father could sit down to eat, and eat off real plates with real silverware) so that I could buy some caramel ice cream, two scoops in a wafer cone, please, which I was busy licking when Mr. Wilson walked by.

      Mr. Wilson was a very quiet man, whose stony, brooding, silent manner seemed designed to scare off any overtures of friendship, even from white people. He was Irish as was one-third of our village (another third being Italian), the more affluent among whom sent their children to “Catholic School” across the bridge in Maryland. He had white straight hair, like my Uncle Joe, whom he uncannily resembled, and he carried a black worn metal lunch pail, the kind that Riley carried on the television show. My father always spoke to him, and for reasons that we never did understand, he always spoke to my father.

      “Hello, Mr. Wilson,” I heard my father say.

      “Hello, George.”  

I stopped licking my ice cream cone, and asked my Dad in a loud voice why Mr. Wilson had called him “George.”

      “Doesn’t he know your name, Daddy? Why don’t you tell him your name? Your name isn’t George.”

      For a moment I tried to think of who Mr. Wilson was mixing Pop up with. But we didn’t have any Georges among the colored people in Piedmont; nor were there colored Georges living in the neighboring towns and working at the Mill.

      “Tell him your name, Daddy.”

      “He knows my name, boy,” my father said after a long pause. “He calls all colored people George.”

      A long silence ensued. It was “one of those things”, as my Mom would put it. Even then, that early, I knew when I was in the presence of “one of those things”, one of those things that provided a glimpse, through a rent curtain, at another world that we could not affect but that affected us. There would be a painful moment of silence, and you would wait for it to give way to a discussion of a black superstar such as Sugar Ray or Jackie Robinson.

      “Nobody hits better in a clutch than Jackie Robinson.”

      “That’s right. Nobody.”

      I never again looked Mr. Wilson in the eye.  

Which of the following conclusions can be drawn from text 2?

Alternativas

ID
2034538
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                 Text 2  

                                          What’s in a name?

                                                                                        Henry Louis Gates Jr. (1989)

The question of color takes up much space in these pages, but the question of color, especially in this country, operates to hide the graver questions of the self.

                                                                                                    - James Baldwin, 1961

… blood, darky, Tar baby, Kaffir, shine… moor, blackamoor, Jim Crow, spook… quadroon, meriney, red bone, high yellow… Mammy, porch monkey, home, homeboy, George… spearchucker, Leroy, Smokey…mouli, buck, Ethiopian, brother, sistah…

                                                                                                              - Trey Ellis, 1989

      I had forgotten the incident completely, until I read Trey Elli’s essay, “Remember My Name,” in a recent issue of the Village Voice (June 13, 1989). But there, in the middle of an extended italicized list of the bynames of “the race” (“the race” or “our people” being the terms my parents used in polite or reverential discourse, “jigaboo” or “nigger” more commonly used in anger, jest, or pure disgust), it was: “George”. Now the events of that very brief exchange return to my mind so vividly that I wonder why I had forgotten it.

      My father and I were walking home at dusk from his second job. He “moonlighted” as a janitor in the evenings for the telephone company. Every day, but Saturday, he would come home at 3:30 from his regular job at the paper Mill, wash up, eat supper, then at 4:30 head downtown to his second job. He used to make jokes frequently about a union official who moonlighted. I never got the joke, but he and his friends thought it was hilarious. All I knew was that my family always ate well, that my brother and I had new clothes to wear, and that all of the white people in Piedmont, West Virginia, treated my parents with an odd mixture of resentment and respect that even we understood at the time had something directly to do with a small but certain measure of financial security.

      He had left a little early that evening because I was with him and I had to be in bed early. I could not have been more than five or six, and we had stopped off at the Cut-Rate Drug Store (where no black person in town but my father could sit down to eat, and eat off real plates with real silverware) so that I could buy some caramel ice cream, two scoops in a wafer cone, please, which I was busy licking when Mr. Wilson walked by.

      Mr. Wilson was a very quiet man, whose stony, brooding, silent manner seemed designed to scare off any overtures of friendship, even from white people. He was Irish as was one-third of our village (another third being Italian), the more affluent among whom sent their children to “Catholic School” across the bridge in Maryland. He had white straight hair, like my Uncle Joe, whom he uncannily resembled, and he carried a black worn metal lunch pail, the kind that Riley carried on the television show. My father always spoke to him, and for reasons that we never did understand, he always spoke to my father.

      “Hello, Mr. Wilson,” I heard my father say.

      “Hello, George.”  

I stopped licking my ice cream cone, and asked my Dad in a loud voice why Mr. Wilson had called him “George.”

      “Doesn’t he know your name, Daddy? Why don’t you tell him your name? Your name isn’t George.”

      For a moment I tried to think of who Mr. Wilson was mixing Pop up with. But we didn’t have any Georges among the colored people in Piedmont; nor were there colored Georges living in the neighboring towns and working at the Mill.

      “Tell him your name, Daddy.”

      “He knows my name, boy,” my father said after a long pause. “He calls all colored people George.”

      A long silence ensued. It was “one of those things”, as my Mom would put it. Even then, that early, I knew when I was in the presence of “one of those things”, one of those things that provided a glimpse, through a rent curtain, at another world that we could not affect but that affected us. There would be a painful moment of silence, and you would wait for it to give way to a discussion of a black superstar such as Sugar Ray or Jackie Robinson.

      “Nobody hits better in a clutch than Jackie Robinson.”

      “That’s right. Nobody.”

      I never again looked Mr. Wilson in the eye.  

According to Gates’ description in text 2, we can say that Mr Wilson was

Alternativas

ID
2034541
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                              Text 1

             Luis Suárez joins anti-racism calls after Dani Alves banana incident

      The Barcelona defender Dani Alves has sparked a social media campaign against racism in football as support flooded in from fellow professionals for his decision to eat a banana thrown at him by an opposition fan.

      Luis Suárez, Neymar, Hulk, Mario Balotelli and Sergio Agüero were among those who posted pictures of themselves taking bites out of bananas in tribute to Alves' actions in his side's La Liga match at Villarreal on Sunday.

      The Fifa president Joseph Blatter has branded the abuse directed at Alves an "outrage" and promised zero tolerance towards discrimination at the World Cup, while Villarreal took swift action by identifying the culprit and handing him a lifetime stadium ban.

      Alves' response to the banana being thrown on to the pitch in front of him as he prepared to take a corner was to nonchalantly pick it up, peel it and take a bite before continuing with the game. The 30-yearold, who has been the victim of racist abuse before during his time in La Liga, said: "You need to take these situations with a dose of humour."

      Players across Europe paid homage on Twitter and Instagram, including Suárez, who served an eight-match ban for racially abusing Patrice Evra.

      Alves's Barça and Brazil team-mate Neymar led the way after posting a picture on Instagram of himself holding a banana, while writing "We are all monkeys". Balotelli, Milan's former Manchester City striker, posted a picture of himself in a similar pose.

      Suárez posted a picture on Twitter of himself and Liverpool team-mate Philippe Coutinho taking bites out of bananas, along with the words: "#SayNoToRacism #WeAreAllMonkeys."

      (...)

      Barça gave their player their "complete support and solidarity" and thanked Villarreal for their "immediate condemnation" of the incident. Villarreal later revealed they had, with the help of fans, found out who the culprit was, had withdrawn his season ticket and banned him from the El Madrigal stadium for life.

Disponível em:<http://www.theguardian.com/football/2014/apr/29/luis-suarez-anti-racism-dani-alvesbanana> . Acesso em 29 abr.2014 (texto adaptado)  


                                                    Text 2  

                                          What’s in a name?

                                                                                        Henry Louis Gates Jr. (1989)

The question of color takes up much space in these pages, but the question of color, especially in this country, operates to hide the graver questions of the self.

                                                                                                    - James Baldwin, 1961

… blood, darky, Tar baby, Kaffir, shine… moor, blackamoor, Jim Crow, spook… quadroon, meriney, red bone, high yellow… Mammy, porch monkey, home, homeboy, George… spearchucker, Leroy, Smokey…mouli, buck, Ethiopian, brother, sistah…

                                                                                                              - Trey Ellis, 1989

      I had forgotten the incident completely, until I read Trey Elli’s essay, “Remember My Name,” in a recent issue of the Village Voice (June 13, 1989). But there, in the middle of an extended italicized list of the bynames of “the race” (“the race” or “our people” being the terms my parents used in polite or reverential discourse, “jigaboo” or “nigger” more commonly used in anger, jest, or pure disgust), it was: “George”. Now the events of that very brief exchange return to my mind so vividly that I wonder why I had forgotten it.

      My father and I were walking home at dusk from his second job. He “moonlighted” as a janitor in the evenings for the telephone company. Every day, but Saturday, he would come home at 3:30 from his regular job at the paper Mill, wash up, eat supper, then at 4:30 head downtown to his second job. He used to make jokes frequently about a union official who moonlighted. I never got the joke, but he and his friends thought it was hilarious. All I knew was that my family always ate well, that my brother and I had new clothes to wear, and that all of the white people in Piedmont, West Virginia, treated my parents with an odd mixture of resentment and respect that even we understood at the time had something directly to do with a small but certain measure of financial security.

      He had left a little early that evening because I was with him and I had to be in bed early. I could not have been more than five or six, and we had stopped off at the Cut-Rate Drug Store (where no black person in town but my father could sit down to eat, and eat off real plates with real silverware) so that I could buy some caramel ice cream, two scoops in a wafer cone, please, which I was busy licking when Mr. Wilson walked by.

      Mr. Wilson was a very quiet man, whose stony, brooding, silent manner seemed designed to scare off any overtures of friendship, even from white people. He was Irish as was one-third of our village (another third being Italian), the more affluent among whom sent their children to “Catholic School” across the bridge in Maryland. He had white straight hair, like my Uncle Joe, whom he uncannily resembled, and he carried a black worn metal lunch pail, the kind that Riley carried on the television show. My father always spoke to him, and for reasons that we never did understand, he always spoke to my father.

      “Hello, Mr. Wilson,” I heard my father say.

      “Hello, George.”  

I stopped licking my ice cream cone, and asked my Dad in a loud voice why Mr. Wilson had called him “George.”

      “Doesn’t he know your name, Daddy? Why don’t you tell him your name? Your name isn’t George.”

      For a moment I tried to think of who Mr. Wilson was mixing Pop up with. But we didn’t have any Georges among the colored people in Piedmont; nor were there colored Georges living in the neighboring towns and working at the Mill.

      “Tell him your name, Daddy.”

      “He knows my name, boy,” my father said after a long pause. “He calls all colored people George.”

      A long silence ensued. It was “one of those things”, as my Mom would put it. Even then, that early, I knew when I was in the presence of “one of those things”, one of those things that provided a glimpse, through a rent curtain, at another world that we could not affect but that affected us. There would be a painful moment of silence, and you would wait for it to give way to a discussion of a black superstar such as Sugar Ray or Jackie Robinson.

      “Nobody hits better in a clutch than Jackie Robinson.”

      “That’s right. Nobody.”

      I never again looked Mr. Wilson in the eye.  

By comparing text 1 to text 2, we can affirm that

Alternativas

ID
2034544
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

During the Second World War, approximately 6 million european jews __________ mass murdered in concentration camps and forced labour.

Alternativas
Comentários
  • Durante a Segunda Guerra Mundial, aproximadamente 6 milhões de judeus europeus FORAM assassinados em massa em campos de concentração e trabalho forçado.

    LETRA E


ID
2034547
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

_______________ the legislation promising them a fair share of opportunity, Dalits (lower caste) Hindus continue to form among the poorest sections of indian society.

Alternativas

ID
2034550
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

“I have a dream that one day, on the red hills of Georgia, the sons of former slaves and the sons of former slave owners _________________ sit down together at the table of brotherhood.” (Martin Luther King)

Alternativas
Comentários
  • B

  • “I have a dream that one day, on the red hills of Georgia, the sons of former slaves and the sons of former slave owners _________________ sit down together at the table of brotherhood.” ( “Eu tenho um sonho que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os sons de ex-escravos e os sons de ex-proprietários de escravos _________________ sentam-se juntos à mesa da fraternidade.”)

    Perceba que pelo próprio contexto da uma ideia de futuro e portando devemos usar o Will que é a única opção que indica que um dia os sons dos ex-escravos e proprietários de escravos sentam se juntos , você não precisava nem saber o contexto só precisava saber a palavra dream que significa sonho e o Will que indica futuro com isso você já poderia associar que se ele tem sonho algo talvez possa ocorrer ou não no futuro


ID
2034553
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

On average, women continue to earn considerably less than men. In 2012, female full-time workers made only 77 cents for every dollar earned by men, a gender wage gap ____ 23 percent.

Alternativas
Comentários
  • usamos of para indicar posse, parte de um todo ou MEDIDA.

    gap of 23 percent => um espaço de 23%

    Alternativa D)


ID
2034556
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

There are many forms of prejudice and oppression, __________ based on race, but on gender, class, sexual orientation, etc.

Alternativas

ID
2034559
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

___________ the Fifa president and vice president will be in Brazil for the World Soccer Cup.

Alternativas

ID
2034562
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

The player was about to take corner when he _______________ at him.

Alternativas

ID
2034565
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

Russian Sports Minister says he ___________ by the slow pace of designing the country’s stadiums for the 2018 World Cup and threatened heads will roll if the situation is not rectified.

Alternativas

ID
2034568
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, encontram-se em destaque cinco termos. Assinale a alternativa correspondente ao termo cujo emprego está INCORRETO.  

If mankind can learn to respect other human beings in thoughts, words, and actions, humanity may survive on this planet, Earth. If parents teach children clearly not only to respect their elders but to treat everyone with respect and courtesy, children may grow up to be responsible adults whose influence other people to respect human feeling, rights and property. They may grow up to cherish human life, not annihilate it. All people want respect, so they must give it to earn it. 

Alternativas
Comentários
  • Whose relaciona dois substantivos , nesse caso é um substantivo (adults) e um verbo (influence).

    GAB .: LETRA C

  • Whose é o mesmo que Cujo, que se refere ao próximo termo.

    No texto pode substituir That por que, ficando assim sem sentido ter o whose.


ID
2034571
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, encontram-se em destaque cinco termos. Assinale a alternativa correspondente ao termo cujo emprego está INCORRETO.  

The history of modern-day soccer was established in 1863. In October 1863, eleven representatives from London clubs and schools met at the Freemason’s Tavern to set up common fundamental rules to control the matches amongst themselves. The outcome of this meeting was the formation of the Football Association. In December 1863, the Rugby Football and Football Association finally split as the supporters of the Rugby School rules walked in.  

Alternativas

ID
2034574
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Born on October 23, 1940, in Três Corações, Brazil, soccer legend Pelé became a superstar with his performance in the 1958 World Cup. Pelé played professionally in Brazil for two decades, (35)__________ three World Cups along the way, before joining the New York Cosmos late in his career. Named FIFA co-Player of the Century in 1999, he is a global ambassador for soccer and other (36)____________ causes.

The world was officially introduced to Pelé in the 1958 World Cup in Sweden. Displaying (37)_____________ speed, athleticism and field vision, the 17-year-old erupted to score three goals in a 5-2 semifinal win over France, then netted two more in the finals, a 5-2 win over the host country.

Retirement did little to diminish the public profile of Pelé, who (38)______________ a popular pitchman and active in many professional arenas.

In 1978, Pelé was awarded the International Peace Award for his work with UNICEF. He has also served (39) __________ Brazil's Extraordinary Minister for Sport and a United Nations ambassador for ecology and the environment.


Disponível em: <http://www.biography.com/people/pel%C3%A9-39221#more-world-cuptitles&awesm=~oCVdN6MwV2RG2S> . Acesso em 22 de abril 2014. 

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.


Alternativas

ID
2034577
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Born on October 23, 1940, in Três Corações, Brazil, soccer legend Pelé became a superstar with his performance in the 1958 World Cup. Pelé played professionally in Brazil for two decades, (35)__________ three World Cups along the way, before joining the New York Cosmos late in his career. Named FIFA co-Player of the Century in 1999, he is a global ambassador for soccer and other (36)____________ causes.

The world was officially introduced to Pelé in the 1958 World Cup in Sweden. Displaying (37)_____________ speed, athleticism and field vision, the 17-year-old erupted to score three goals in a 5-2 semifinal win over France, then netted two more in the finals, a 5-2 win over the host country.

Retirement did little to diminish the public profile of Pelé, who (38)______________ a popular pitchman and active in many professional arenas.

In 1978, Pelé was awarded the International Peace Award for his work with UNICEF. He has also served (39) __________ Brazil's Extraordinary Minister for Sport and a United Nations ambassador for ecology and the environment.


Disponível em: <http://www.biography.com/people/pel%C3%A9-39221#more-world-cuptitles&awesm=~oCVdN6MwV2RG2S> . Acesso em 22 de abril 2014. 

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

Alternativas

ID
2034580
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Born on October 23, 1940, in Três Corações, Brazil, soccer legend Pelé became a superstar with his performance in the 1958 World Cup. Pelé played professionally in Brazil for two decades, (35)__________ three World Cups along the way, before joining the New York Cosmos late in his career. Named FIFA co-Player of the Century in 1999, he is a global ambassador for soccer and other (36)____________ causes.

The world was officially introduced to Pelé in the 1958 World Cup in Sweden. Displaying (37)_____________ speed, athleticism and field vision, the 17-year-old erupted to score three goals in a 5-2 semifinal win over France, then netted two more in the finals, a 5-2 win over the host country.

Retirement did little to diminish the public profile of Pelé, who (38)______________ a popular pitchman and active in many professional arenas.

In 1978, Pelé was awarded the International Peace Award for his work with UNICEF. He has also served (39) __________ Brazil's Extraordinary Minister for Sport and a United Nations ambassador for ecology and the environment.


Disponível em: <http://www.biography.com/people/pel%C3%A9-39221#more-world-cuptitles&awesm=~oCVdN6MwV2RG2S> . Acesso em 22 de abril 2014. 

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

Alternativas

ID
2034583
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Born on October 23, 1940, in Três Corações, Brazil, soccer legend Pelé became a superstar with his performance in the 1958 World Cup. Pelé played professionally in Brazil for two decades, (35)__________ three World Cups along the way, before joining the New York Cosmos late in his career. Named FIFA co-Player of the Century in 1999, he is a global ambassador for soccer and other (36)____________ causes.

The world was officially introduced to Pelé in the 1958 World Cup in Sweden. Displaying (37)_____________ speed, athleticism and field vision, the 17-year-old erupted to score three goals in a 5-2 semifinal win over France, then netted two more in the finals, a 5-2 win over the host country.

Retirement did little to diminish the public profile of Pelé, who (38)______________ a popular pitchman and active in many professional arenas.

In 1978, Pelé was awarded the International Peace Award for his work with UNICEF. He has also served (39) __________ Brazil's Extraordinary Minister for Sport and a United Nations ambassador for ecology and the environment.


Disponível em: <http://www.biography.com/people/pel%C3%A9-39221#more-world-cuptitles&awesm=~oCVdN6MwV2RG2S> . Acesso em 22 de abril 2014. 

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

Alternativas

ID
2034586
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Born on October 23, 1940, in Três Corações, Brazil, soccer legend Pelé became a superstar with his performance in the 1958 World Cup. Pelé played professionally in Brazil for two decades, (35)__________ three World Cups along the way, before joining the New York Cosmos late in his career. Named FIFA co-Player of the Century in 1999, he is a global ambassador for soccer and other (36)____________ causes.

The world was officially introduced to Pelé in the 1958 World Cup in Sweden. Displaying (37)_____________ speed, athleticism and field vision, the 17-year-old erupted to score three goals in a 5-2 semifinal win over France, then netted two more in the finals, a 5-2 win over the host country.

Retirement did little to diminish the public profile of Pelé, who (38)______________ a popular pitchman and active in many professional arenas.

In 1978, Pelé was awarded the International Peace Award for his work with UNICEF. He has also served (39) __________ Brazil's Extraordinary Minister for Sport and a United Nations ambassador for ecology and the environment.


Disponível em: <http://www.biography.com/people/pel%C3%A9-39221#more-world-cuptitles&awesm=~oCVdN6MwV2RG2S> . Acesso em 22 de abril 2014. 

Para a questão, escolha a alternativa que complete a sentença CORRETAMENTE.

Alternativas

ID
2034589
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Para a questão, marque a alternativa CORRETA.

Alternativas