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Prova PM-MG - 2019 - PM-MG - 2º Tenente - Cirurgia Pediátrica


ID
4869385
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



Os textos I e II se aproximam uma vez que abordam a questão da deficiência do registro escrito da Língua Portuguesa pelos jovens. A frase do texto I, “A regreção da redassão”, que confirma essa ideia é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

  • Por que não pode ser a A?

  • Marquei a letra A pois como a população atual (geração 2000) está cada vez menos escrevendo, como por exemplo, temos livros em audio book, os jovens então não saberiam o jeito certo de escrever certas palavras, pois preferem estudar através da escuta.

  • Eu CEI escrinver muinto bem

  • questão correta e C e nada muda minha opinião

  • O gabarito é B

  • essa questão contraria a Q1623127.

  • A meu ver, a "regressão do registro ESCRITO" e ainda pede "PELOS JOVENS" pede uma deficiência na escrita, logo, a alternativa que mais se aproxima do qque o enunciado quer, é a letra B;

    Veja: “O estudante brasileiro não sabe escrever.”

    Pra cima.

    Gabarito B.


ID
4869388
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



Observe o título do texto I “A regreção da redassão”. O autor troca as últimas sílabas das palavras com a intenção de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito só pode esta errado, onde no texto tem criticas com o ensino no país?

    A ideia central do texto é: OS JOVENS PERDERAM O HABITO DE LER E ESCREVER.

    LETRA CERTA É A (C)

  • Gabarito: B

    O personagem-narrador menciona acerca das dificuldades e problemas no ensino logo no início do texto, no diálogo com a mãe que o procurou para dar aulas particulares:

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    De fato, acredito que seja bastante forçada a ideia de que o tema central do texto pauta-se nisso, entretanto, pode-se afirmar que a falha do ensino em criar a base de escrita nos alunos gera a perda do hábito de leitura, assunto discutido pelo autor.

    Então, indiretamente, pode-se dizer que sim, a ideia central do texto é o ensino e as críticas a ele realizadas.

    Quanto à alternativa C, discordo da Colega Joelma, vez que a alternativa menciona a "dificuldade de representação do pensamento por meio da escrita.". Não acho que o texto traz a ideia de dificuldade de representação do pensamento, mas sim de escrita de modo geral - as pessoas estão deixando cada vez mais de escrever (e não se resume somente aos pensamentos).

  • "Mais fácil que isso, só cagar e sentar em cima".

  • aff . pra mim a resposta correta seria letra C . mas fazer o que né ? ! errei :-/

  • no texto diz que A falha é do ensino. porém não diz nada a respeito do PAÍS, acredito que a letra C é a correta mas no GAB É B

  • Nem Li o texto, mas a B é a única que faz sentido no termo destacado

  • humor ? aff

  • LETRA B

    O autor, de maneira humorística, critica a qualidade do ensino. O texto é uma crônica, logo " a má qualidade do ensino no país" está subentendido.

  • Gabarito questionável já que no decorrer no texto evidencia-se que as pessoas não sabem mais escrever porque não se interessam pela leitura e não por uma má qualidade no ensino.

    "- E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    "- Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    "- Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?"

    Segue o baile...

    "Quem sabe o que planta não teme a colheita!" #GodInTheCharge


ID
4869391
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



Em relação ao texto II, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • _ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    Gab: A

  • tristeza kkkkkkkkkk

  • NÃO PRECISA NÉM LER TUDO QUE JÁ SABE Á

    RESPOSTA

  • tive falta de atenção e marquei a B :-(

  • Meu Deus, CRS tá amaciando assim??? tá dando de graça, po***

  • pessoal se achando, mas quando chega na hora erra esse tipo de questão

  • rumo a pmmg

  • Exemplos de transgressão da norma culta: eu amo ela; te amo; eu vi ele no shopping.

  • Há erros ortográficos na fala da filha adolescente.

    xau mãe, c ta xata.”


ID
4869394
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



Em relação ao texto I, crônica “A regreção da redassão”, analise as assertivas abaixo:


I- O cronista-narrador aponta, a princípio, o ensino como provável causa da deficiência dos alunos com relação à escrita.

II- O narrador observador não se impressiona com o fato de várias pessoas afirmarem que o estudante brasileiro não sabe escrever.

III- O autor-narrador é levado a refletir sobre os fatos determinantes da dificuldade de representação do pensamento por meio da escrita por parte dos jovens.

IV- O narrador personagem revela, ludicamente, o temor de que, em nome da sobrevivência, tenha ele mesmo, como escritor, de comercializar o seu produto.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I, III e IV, apenas.

  • Porque a II está errada ??

    ''   Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores...''

  • Ele não é narrador observador. Ele é narrador personagem.

  • I- O cronista-narrador aponta, a princípio, o ensino como provável causa da deficiência dos alunos com relação à escrita. (CERTO)

    "- A culpa não é deles. A falha é do ensino."

    II- O narrador observador não se impressiona com o fato de várias pessoas afirmarem que o estudante brasileiro não sabe escrever. (ERRADO)

    O narrador do texto é personagem. Ele se impressiona "Impressionado, saí à procura de outros educadores."

    III- O autor-narrador é levado a refletir sobre os fatos determinantes da dificuldade de representação do pensamento por meio da escrita por parte dos jovens. (CERTO)

    "- Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?"

    IV- O narrador personagem revela, ludicamente, o temor de que, em nome da sobrevivência, tenha ele mesmo, como escritor, de comercializar o seu produto. (CERTO)

    "Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:..."

  • @José

    II- O narrador observador não se impressiona .....

    ....por isso!


ID
4869397
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



O efeito de humor, no trecho transcrito do texto II, foi provocado, sobretudo pelo diálogo entre mãe e filha usando, testando um canal, um suporte de comunicação, fato característico da função:

Alternativas
Comentários
  • Função fática: cria um elo com o interlocutor.

    GAB: C.

  • Na linguística, uma expressão fática é a comunicação que tem uma função social, como brincadeiras sociais que não buscam ou oferecem informações de valor intrínseco, mas podem sinalizar disposição para observar as expectativas locais convencionais de educação.

    função fática da linguagem está presente nas conversas ao telefone, nos cumprimentos, nas conversas de elevador e em outras situações. ... As conversas telefônicas, por exemplo, também costumam ser pontuadas por expressões como “Está me ouvindo?” em que se testa o canal (no caso, a linha telefônica).

    Gab: C

  • Função fática: A intenção é testar o canal, manter o contato entre os interlocutores do ato comunicativo.

  • Função fática: evidência ao canal de comunicação. Revela preocupação com se o canal está bem estabelecido.

  • RESUMO - FUNÇÕES DA LINGUAGEM

    EMOTIVA/EXPRESSIVA: comover

    CONATIVA/APELATIVA: convencer

    REFERENCIAL: informar

    POÉTICA: enfeitar

    FÁTICA: manter contato (emissor e receptor)

    METALINGUÍSTICA: autoexplicar (exemplo: dicionário).

  • Função Fática

    • o canal (contato) é o centro da mensagem;

    • essa linguagem se manifesta quando a finalidade é testar, estabelecer ou encerrar o contato entre o emissor e o receptor (como em ligações telefônicas, saudações, cumprimentos etc.);

    • tal função cria as condições básicas para que ocorra a interação verbal;

    • algumas marcas linguísticas: “Bom dia/tarde/noite”, “Oi”, “Olá”, “Fala...”, “E aí”, “Estou entendendo”, “Vamos lá?”, “Pronto”, “Atenção”, “Sei...”, “Fui”, “Valeu”, “Tchau” etc.

    Exemplo:

    – “Fala, galera! Beleza? Boa noite a todos. Bem... vamos lá...” (um professor, antes de iniciar a aula)

    – “Alô? Entendeu?”__

  • RESUMO - FUNÇÕES DA LINGUAGEM

    EMOTIVA/EXPRESSIVA: comover

    CONATIVA/APELATIVA: convencer

    REFERENCIAL: informar

    POÉTICA: enfeitar

    FÁTICA: manter contato (emissor e receptor)

    METALINGUÍSTICA: autoexplicar (exemplo: dicionário).

    Camilla Mourão

  • LETRA - C

    FUNÇÕES DA LINGUAGEM:

    EMOTIVA/EXPRESSIVA: COMOVER. PREDOMINÂNCIA DA PRIMEIRA PESSOA. EX: DIÁRIO.

    CONATIVA/APELATIVA: CONVENCER. VERBOS NO IMPERATIVO; EX: PROPAGANDAS

    REFERENCIAL: INFORMAMR. TEXTO DENOTATIVO. EX: JORNAIS, TEXTO CIENTÍFICO.

    POÉTICA: ESTÉTICA. TEXTO POÉTICO. EX: POESIA, RIMAS.

    FÁTICA: CONTATO.  EXPRESSÕES QUE MANTÉM CONTATO. EX: PUXA!, ALÔ!, AH!, NOSSA!, HÂ! HEIN! EITA!

    METALINGUÍSTICA: AUTOEXPLICAÇÃO. EX: UM FILME QUE FALA DE FILME.

  • SEGUNDO O GRANDE CEGALLA, A FUNÇÃO FÁTICA É UTILIZADA EM DIÁLOGOS PARA FAZER CONTATO COM O INTERLOCUTOR OU REFORÇAR SEU ENTENDIMENTO QUANTO Á MENSAGEM QUE ESTÁ SENDO EMITIDA. POR EXEMPLO, DEPOIS DE FALAR SOBRE DETERMINADO ASSUNTO, QUESTIONAR O RECEPTOR: VC ENTENDEU? , TUDO CERTO ? SÓ ISSO

  • nem precisa ler o texto...


ID
4869400
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



Em relação às sequências de palavras apresentadas nas opções abaixo, marque a alternativa em que todos os vocábulos estão grafados conforme as normas do Novo Acordo Ortográfico em vigor, desde 29/09/2008.

Alternativas
Comentários
  • Irmãmente: advérbio De maneira fraterna, característica de irmãos; fraternalmente

    Aracnoide: é uma fina membrana que separa a dura-máter e a pia-máter. Juntas, formam as meninges, membranas que cobrem os órgãos do sistema nervoso central: encéfalo e medula espinhal.

    Retoucar: verbo transitivo direto e pronominal

    Tornar a toucar(-se); pôr nova touca em.

    Microrradiografia: (Aglutinação por justa posição). A microrradiografia consiste num processo de análise dos corpos cristalinos, baseado no carácter ondulatório dos raios X e na estrutura reticular dos referidos corpos, que origina espetros de difração que permitem o seu estudo micrográfico.

  • Na letra a) eliminei primeiro "abençôo" pq não tem acento

    Na letra b) eliminei "assembléia" por não ter acento no "e"

    Na letra c) eliminei "microondas" por não ter hífen separando o "micro"; o correto é "micro-ondas"

  • letras iguais separam-se= micro-ondas.

    assembleia não tem acento nos ditongos nas paroxitonas.

    abençoo ---> não tem acento as letras repetidas.

  • Iremos fazer por eliminação...

    a) Taboada, lampeão, candeiro, abençôo.

    Não acentuamos mais palavras que tem duas vogais iguais repetida com exceção das palavras Seriísimo e Iíndiche que são acentuadas por serem proparoxítona

    b) Assembléia, farneis, eximio, alcaloidico.

    Todas as paroxítonas terminadas em ditongos abertos como ei, eu e oi não são mais acetuadas

    c) Mingua, microondas, auto-aprendizagem, co-educação.

    Não temos hífen mais nos prefixos Co e Re

    d) Correta

  • GABARITO -D

    A) abençôo = São grafadas Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem

    -------------------------------------------------------

    B) Assembléia, farnéis, exímio, alcaloidico.

    Não acentuamos os ditongos abertos das palavras paroxítonas.

    --------------------------------------------------------------

    C) micro-ondas, autoaprendizagem, coeducação.

    Os iguais se repelem e os diferentes se atraem.

    ---------------------------------------------------------------

  • "irmãmente" nem sabia que podia ser escrita com acento ali

  • Forma correta --> exímio, Autoaprendizagem, abençoo

  • todo dia me pergunto: como alguém tem vontade de estudar letras

  • São grafadas Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem

    Não acentuamos os ditongos abertos das palavras paroxítonas.

     micro-ondas, autoaprendizagem, coeducação.

    Os iguais se repelem e os diferentes se atraem.


ID
4869403
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



Marque a opção cuja frase ou trecho de frase apresenta locução prepositiva:

Alternativas
Comentários
  • Locuções propositivas são grupos de palavras que, juntas, tem função de preposição. Geralmente terminadas por uma preposição:

    abaixo de

    atrás de

    embaixo de

    à espera de

    ao invés de

    em frente de

    à procura de

  • BIZU== LOCUÇÃO PREPOSITIVA SEMPRE TERMINA COM UMA PREPOSIÇÃO,,,.....

    À PROCURA DE---> ÚNICA QUE TEM PREP.

  • acertei mas pq não seria a letra C ? alguém sabe ?
  • Locuções preprositivas sempre terminam em preposição

  • O conceito de locução é a junção de duas palavras com função de uma. Logo, percebe-se que na alternativa B ocorre a CONTRAÇÃO da preposição ''A'' com o artigo ''A''.

  • As prepositiva unem duas palavras, exemplo: artigo + preposição:

    Note que a preposição “a” ligada ao artigo definido “o” gera a palavra “ao”, formando uma combinação das duas.

    • Eu fui ao seu encontro.
    • Dê meus cumprimentos aos chefes por esta refeição deliciosa!

    Logo, em “Impressionado, saí à procura de outros educadores.” o artigo a + a preposição a gera: à

    Basta uma atitude errada, tudo acaba!

  • Alguém poderia me explicar pq não seria a letra C?

  • GABARITO: B

    Locução é a junção de duas palavras com função de uma.

    Exemplos:

    abaixo de

    atrás de

    embaixo de

    à espera de

    ao invés de

    em frente de

    à procura de

  • apesar de; diante de; perto de. Loc. prep = prep + de.


ID
4869406
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, atentamente, os textos I e II e, em seguida, responda a questão proposta.


TEXTO I


A regreção da redassão


Carlos Eduardo Novaes


    Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

    - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

    - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

    - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

    - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

    - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

    - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

    - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

    Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

    - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

    - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

    - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

    - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

    - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

    - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem?

    Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria:

    - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

    - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

    - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

    - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

    - E o senhor, não está interessado nuns textos?

    - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

    - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

    - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

    Assustou-se com o tamanho do texto:

    - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas?

NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.


    TEXTO II


O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 


“[...]

    _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

    _ refri e bisc8

    _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia! “

    _ xau mãe, c ta xata.”

     _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

    _

    _ Maria Eugênia?

    _

    _ Desligou. [...]’’ 

    

HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007.



Marque a alternativa em que a figura de linguagem está, CORRETAMENTE, identificada, nas frases transcritas do texto I.

Alternativas
Comentários
  • Metonímia é uma figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra fora do seu contexto semântico normal, dada a sua contiguidade material ou conceitual com outra palavra.

    Esse prato está gostoso demais!

    No exemplo acima, o uso do termo “prato” é uma referência à comida que foi servida nele, e não ao prato em si. Por isso, a metonímia é um recurso que se utiliza de , ou seja, uma linguagem que não é literal, e sim representativa.

    Aquela nuvem pesada está deixando os navegante preocupados.

    Nesse outro exemplo, a “nuvem pesada” é uma referência à tempestade, que pode trazer problemas à navegação.

  • Metáfora: comparação implícita. É uma relação subjetiva entre termos. De uma maneira geral, não tem conectores. Ex: A vida é um mar de ilusões.

    Prosopopeia (ou personificação): consiste em atribuir características humanas a seres inanimados (inclui os animais). Ex: A cachorrinha sonhava com uma vida melhor para sua família.

    Catacrese: é uma personificação cristalizada pelo uso. Ex: O pé da mesa está quebrado.

    Metonímia: substituição de um termo por outro relacionado. Representa um encurtamento da frase. Ex: A sala aplaudiu o professor.

  • "A culpa não é deles. A falha é do ensino.” --> Uma parte pelo todo = Metonímia

  • GOTE-DF

    FIGURAS DE LINGUAGEM

    METÁFORA: Comparação implícita

    SÍMILE ou COMPARAÇÃO: Comparação explícita

    ANTÍTESE: oposição lógica

    PARADOXO: oposição não lógica

    HIPÉRBOLE: exagero

    EUFEMISMO: suavização

    ELIPSE: Omissão de um termo subentendido

    ZEUGMA: omissão de um termo já dito.

    POLISSÍNDETO: Vários conectivos

    ASSÍNDETO: Nenhum conectivo

    ALITERAÇÃO: Repetição de consoantes

    ASSONÂNCIA: Repetição de vogais

    PLEONASMO ENFÁTICO: reforçar a ideia

    IRONIA: sarcasmo

    GRADAÇÃO: ascensão

    ONOMATOPEIA: é uma figura de linguagem que significa o emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruído:

    HIPÉRBATO: inversão, ordem indireta da frase

    METONÍMIA: substituição do autor pela obra

    CATACRESE: ausência de termos especifica, ex: pé da mesa

    SINÉDOQUE: substituição. do todo pela parte

    SINESTESIA: mistura de sentidos

    PROSOPOPEIA: personificação de coisas

    PARONOMÉSIA: trocadilho

    APÓSTROFE: vocativo

    SILEPSE: concordância com a ideia

    PERÍFRASE: substituir com maior quantidade de palavras o nome de uma pessoa

    ANÁFORA: repetição

    Exemplos:

    A vida é uma roda gigante.

    O menino é um trator.

    Somos engrenagens de uma única linha de produção global.

    NÃO DESISTA!!!!

  • Gb D, Parte pelo todo

  • Agradeço ao Chico-Exnunc, eu nem sabia que existiam tantas figuras de linguagem rsrs Vlw, tmj


ID
4869412
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A educação é um direito mencionado em diversos dispositivos da Constituição, podendo-se destacar a menção deste como um direito social. Considerando os contornos trazidos pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 acerca da educação, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A.

    CF/88. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

    § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

    § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

    Sobre a letra C: CF/88. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    Sobre a letra D: CF/88. Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm

  • Errei por conhecimento empírico, pois em meu ensino fundamental estudei em uma escola que tinha como grade obrigatória o ensino religioso.

  • Olá, pessoal!

    A questão em tela cobra do candidato um conhecimento sobre educação na Constituição de 1988, podendo ser resolvida diretamente com a letra seca da Constituição.

    Vejamos:

    b) Art. 210, § 1º, o ensino religioso não é obrigatório. (ERRADA);

    c) Art. 206, inciso I, o ensino deverá ter por base a igualdade de condições para o acesso e a permanência. (ERRADA);

    d) Não, os Estados e os Municípios também estão inclusos no regime de colaboração que se encontra na Constituição, art. 211. (ERRADA);

    GABARITO LETRA A, conforme art. 210, § 1º, da Constituição Federal.
  • CF/88. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

    § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

  • GABARITO - A

    Art 210 - § 1º O ensino religioso, de MATRÍCULA FACULTATIVA, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. 

    Parabéns! Você acertou!

  • GAB Letra "A"

    Entenda como funciona o ensino religioso nas escolas.

    Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a oferta da disciplina de religião é obrigatória por parte das escolas públicas que possuem o Fundamental. A matrícula do aluno, no entanto, é optativa, ou seja, ele não precisa cursar caso não tenha interesse.20 de fev. de 2020

    1. Como a alternativa da questão "A" Falou sobre a MATRICULA Logo torna-se facultativa nas escolas.
    2. Ai voce mata a questão lembrando que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei...

    ''Espero ter ajudado'' Visão...


ID
4869415
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Com base na Lei nº 13.104/15, que altera o art. 121 do Código Penal e Lei de Crimes Hediondos para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio e incluí-lo no rol de crimes hediondos, marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Na presença de descendente ou ascendente da vítima.

    Gab. C

  • GABARITO C

    § 7 A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;   

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência.

  • Com o fito de responder corretamente à questão, faz-se necessária a análise de cada um dos itens a fim de verificar qual deles contém a assertiva incorreta acerca do feminicídio.
    Item (A) - A Lei nº 13.104/2015 inseriu em nosso ordenamento jurídico-penal o crime de feminicídio,  que está previsto no inciso VI, § 2º, do artigo 121 do Código Penal, que dispõe ser qualificado o homicídio provocado "contra a mulher por razões da condição de sexo feminino". Com efeito, a proposição contida neste item está correta.
    Item (B) - A Lei nº 13.104/2015 acrescentou, ainda, o § 2º - A ao artigo 121 do Código Penal, que consiste em uma norma explicativa que  esclarece o que são "razões da condições de sexo feminino" mencionadas no inciso VI, do § 2º, do artigo 121, do Código Penal. Com efeito, são consideradas "razões da condição de sexo feminino" a "violência doméstica e familiar" (inciso I do § 2º - A) e o "menosprezo ou discriminação à condição de mulher" (inciso II, do § 2º - A). Diante dessas considerações, depreende-se que a assertiva contida neste item está correta.
    Item (C) - O § 7º, também acrescentado ao artigo 121 pela Lei nº 13.104/2015, estabelece como majorantes ao crime de feminicídio  a prática delito nas seguintes situações: durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. 
    Com efeito, a assertiva contida neste item está incorreta, pois faz referência à presença de ascendente ou descendente do autor em franco confronto com a previsão constante do dispositivo legal. 
    Item (D) - Conforme já mencionado no comentário atinente ao item (B), tem-se que a Lei nº 13.104/2015 acrescentou o § 2º - A ao artigo 121 do Código Penal, que consiste em uma norma explicativa e que esclarece o que são "razões da condições de sexo feminino" mencionadas no inciso VI, do § 2º, do artigo 121, do Código Penal. Com efeito, são consideradas "razões da condição de sexo feminino" a "violência doméstica e familiar" (inciso I do § 2º - A) e o "menosprezo ou discriminação à condição de mulher" (inciso II, do § 2º - A). Diante dessas considerações, depreende-se que a assertiva contida neste item está correta.
    Diante das considerações acima efetivadas, tem-se que a alternativa que configura a resposta da questão é a constando item (C).
    Gabarito do professor: (C)
  • Se ater aos "pegas" da Banca ao trocar uma palavra.

    Trocou Vítima por Autor.

  • pegadinha

  • GABARITO C

    § 7 A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;   

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência.

  • A) [CORRETA] Art. 121. Matar alguem: [...] Feminicídio VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.

    B / D) [CORRETA] Art. 121. [...] § 2-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 

    C) [ERRADA] Art. 121. [...] § 7 A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: [...] III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima.

  • na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

  • Não esquecer que a alteração legislativa incluiu a vítima REAL OU VIRTUAL.

  • letra C incorreta, do agressor

  • Homicídio simples

    Art. 121. Matar alguém:

    Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

    Homicídio privilegiado       

    § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

    Homicídio qualificado

    § 2° Se o homicídio é cometido:

    I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe

    II - por motivo futil

    III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum

    IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido

    V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime

    VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino

    VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição

    VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido

    Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

    § 2-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:   

    I - violência doméstica e familiar

    II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.    

    § 7 A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a 1/2 se o crime for praticado:    

    I - durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto

    II - contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência 

  • GABARITO - C

      Art. 121.  Homicídio qualificado

           § 2° Se o homicídio é cometido:

    Feminicídio       

    VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 

    § 2-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:      

    I - violência doméstica e familiar;      

    II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

    § 7 A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:      

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;   

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;   

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.

    Parabéns! Você acertou!

  • O criminoso estava junto com seu filho, aumento de pena kkkkk

  • o ítem diz que é na presença de ascendentes ou descendentes do autor, mas não seria da vítima?
  • Gabarito. C

    #MENTORIAPMMINAS

    Siga no instagram @pmminas

    Boraaaa!!

  • Para quem não é a assinante, a resposta é a letra C, pois acontece na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da VÍTIMA, e no enunciado trocou VÍTIMA por AUTOR.

    (bizu: as bancas trocam o termo “da vítima” por “do autor”)

    #MENTORIAPMMINAS

  • "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR" "AUTOR"

  • PMMG sendo PMMG, CTRL V CTRL C na letra da lei e mudando uma palavra na frase....

  • 2 vezes que eu erro essa bostaaa, AUTOR AUTOR AUTOR , NÃO ERRO MAIS

  • GAB C - HOJE NÃO EXAMINADOR KKKKK

    Muhahaha Glúglú iê iê KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • Em 10/08/21 às 18:51, você respondeu a opção C.

    Você acertou!Em 29/07/21 às 20:09, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 17/07/21 às 00:41, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 09/07/21 às 10:30, você respondeu a opção B.

    aleluiaaaaaa

  • A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente DA VITIMA!!!!!!!

  • III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

    1. A questão trocou por do autor ( Errado )
  • A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor.

  • GABARITO C

    § 7 A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;   

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência.

  • Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da VITIMA E NÃO DO AUTOR!

  • #PMMinas

    .

    [...] na presença da VÍTIMA, não do AUTOR.

  • presença física ou virtual de ascendente ou descendente da vitima.

    #PMMINAS

    "PERTENCEREI"

    DEUS CAPACITA OS ESCOLHIDOS.

  • A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente da vítima

  • A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente da vítima

  • na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima (não do autor)

    BORA PRA CIMA QUE NOSSO DIA VAI CHEGAR.

    NÃO SAIA DO PONTO DO ÔNIBUS ! JA JA CHEGARA SUA VEZ.

  • Gabarito C A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do AUTOR o correto é na presença de acendente ou descendentes da vítima

ID
4869418
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Considerando as disposições trazidas pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e pela Lei nº 9.455/97, a qual dispõe sobre os crimes de tortura, marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • É suficiente para que ocorra o crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental.

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    letra B incorreta

  • GABARITO B

    Para configuração do crime de tortura é necessário que haja uma finalidade específica dentre as elencadas na lei.

    Outra questão:

    Q291062- Suponha que João, penalmente capaz, movido por sadismo, submeta Sebastião, com emprego de violência, a contínuo e intenso sofrimento físico, provocando-lhe lesão corporal de natureza gravíssima. Nessa situação, João deverá responder pelo crime de tortura e, se condenado, deverá cumprir a pena em regime inicial fechado. ERRADO

  • A questão exige conhecimento acerca do crime de tortura, conforme a Constituição Federal (CF/88) e a Lei 9455/77 – Lei de Tortura.

    Vamos às alternativas (lembrando que é pedida a INCORRETA).

    Letra A: correta. Trata-se da redação do art. 5º, XLIII, da CF/88.

    Letra B: incorreta. Algumas espécies do crime de tortura trazem um especial fim de agir - “com o fim de (...)”, “para provocar (...)” – como prevê o art. 1º, I, alíneas “a”, “b” e “c”, da Lei 9455/77. Assim, concluímos que a conduta descrita na alternativa não é capaz, por si só, de ser considerada como crime de tortura. Não se verificando o especial fim de agir, a conduta pode se enquadrar em delito autônomo, como por exemplo a lesão corporal.

    Letra C: correta. Trata-se da redação do art. 5º, III, da CF/88.

    Letra D: correta. Trata-se da redação do art. 1º, §5º, da Lei 9455/77.

    Gabarito: Letra B (a INCORRETA).

  • Com vistas a responder corretamente à questão, impõe-se a análise das assertivas contidas em cada um dos itens a fim de ver qual delas é incompatível com as disposições constantes da Lei nº 9.455/1977 (Lei de Tortura) e com os dispositivos constitucionais relacionados à prática do crime de tortura.
    Item (A) - Nos termos do artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição da República, "a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem." Assim, o § 6º do artigo 1º da Lei nº 9.455/1997 disciplinou o comando constitucional mencionado ao dispor que “o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia". Assim sendo, a assertiva contida neste item está  correta.
    Item (B) - Para que fique configurado o crime de tortura não basta que o agente constranja alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental. Impõe-se que o agente esteja motivado a um especial fim de agir, dentre os quais, nos termos das alíneas do inciso I do artigo 1º da Lei nº 9.455/1997, o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; o fim de provocar ação ou omissão de natureza criminosa e; e a prática do delito em razão de discriminação racial ou religiosa. Desta forma, verifica-se que a proposição contida neste item está incorreta.
    Item (C) - De acordo com o disposto expressamente no inciso III do artigo 5º da Constituição, “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Assim sendo, a assertiva contida neste item está correta.
    Item (D) - Nos termos do § 5º do artigo 1º da Lei nº 9.455/1997, que se refere à condenação por crimes de tortura, “a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada". Com efeito, a assertiva contida neste item está correta.
    Diante das considerações feitas acima, a proposição incorreta é a constante do item (B), sendo esta alternativa a resposta da questão. 
    Gabarito do professor: (B)
  • EU DEMOREI UNS DIAS PARA ENTENDER ESSA QUESTÃO!!! MEU DEUS KKKKKK

  • Lembrando que o sofrimento é intenso
  • GABARITO B

    a) A tortura é inafiançável e insuscetível de graça e anistia, mas é prescritível. Deverá responder pela pratica da tortura quem a causou ou quem devia evitar e nada fez.

    b) constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental não é suficiente para configurar a tortura, deve haver um fim específico como: obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; provocar ação ou omissão de natureza criminosa ou em razão de discriminação RACIAL ou RELIGIOSA

    c) Está é uma vedação constitucional

    d) art. 1,§5º A condenação acarretará a PERDA do cargo, função ou emprego público E A INTERDIÇÃO para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. A perda do cargo, função ou emprego público é efeito automático da condenação pela prática do crime de tortura, não sendo necessária fundamentação concreta para a sua aplicação.

  • Crime de Tortura exige o DOLO ESPECIFICO

  • Mandamento constitucional de criminalização

    Artigo 5 XLIII CF

    A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem

    TORTURA

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    Tortura prova

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa

    Tortura crime

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa

    Tortura discriminação

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa

    Tortura castigo

    II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

    Tortura pela tortura

    § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    Pena - reclusão, de 2 a 8 anos.

    Tortura omissiva ou imprópria

    § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos.

    Qualificadoras

    § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de 4 a 10 anos, se resulta morte, a reclusão é de 8 a 16 anos.

    Majorantes

    § 4º Aumenta-se a pena de 1/6 até 1/3:

    I - se o crime é cometido por agente público

    II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 anos  

    III - se o crime é cometido mediante sequestro

    Efeitos da condenação

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    Vedações

    § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

    Regime inicial

    (inconstitucional a obrigatoriedade de regime fechado)

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    Extraterritorialidade incondicionada

    Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

  • ainda não entendi o porquê essa opção é a incorreta!
  • Para quem está se perguntando qual é o erro da letra B,segundo a Lei 9.455/97 para configuração desse crime deve haver um dolo específico.

  • Galera, é o seguinte: constranger alguém sob violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, é o que se chama de DOLO GENÉRICO. No primeiro inciso, tem de haver dolo genérico + dolo específico (que podem ser: para obtenção de declaração/confissão/informação OU provocar ação ou omissão de natureza criminosa OU discriminação Racial ou Religiosa. Então esquematizem assim: I+A OU I+B OU I+C. O I sendo dolo genérico, e A,B,C, dolo específico.

  • II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo

    (bizu: provas policiais já consideraram errada a alternativa por não trazer a palavra “intenso” – CUIDADO!) 

  • Atenção!

    Há uma divergência doutrinária quanto a letra c) Uma vez que existe quem defenda que não são todos

    os tipos penais da lei de tortura ( 9.455/97 ) que possuem finalidade específica, para esses , o § 1º não tem

    essa exigência. nem a de possuir violência ou grave ameaça!

    § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    __________________________

    II. Tortura de preso ou pessoa sujeita a medida de segurança 

    – nesta modalidade temos o sujeito ativo como sendo aquela pessoa que tem a custódia do preso ou pessoa sujeita a medida de segurança, por exemplo, um carcereiro, um médico que tenha sob custódia o inimputável submetido a medida de segurança. O sujeito passivo é o preso ou pessoa submetida à medida de segurança. Como elemento normativo do tipo esta é a única modalidade de tortura que não exige emprego de violência ou grave ameaça, esta tortura é praticada por ato não previsto em lei ou por ato não resultante de medida legal, por exemplo, o carcereiro que coloca o preso nu na cela em um dia de frio intenso (a lei não faz essa determinação); o médico que coloca o inimputável dentro de um quarto escuro a noite inteira ouvindo música sertaneja (medida não prevista em lei, nem decorrente de medida legal).

  • PARA QUE CONFIGURE O CRIME DE TORTURA É PRECISO TER A FINALIDADE: OBTER INFORMAÇÃO, DECLARAÇÃO OU CONFISSÃO DA VITIMA OU POR DISCRIMINAÇÃO RACIAL OU RELIGIOSA, POR EXEMPLO.

    Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental APENAS, NÃO É SUFICIENTE PARA CONFIGURAR CRIME DE TORTURA!!

    • Esse tipo de tortura precisa da fim especial de agir. Segue o texto de lei :
    • Art. 1º Constitui crime de tortura:
    • I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
    • causando-lhe sofrimento físico ou mental:
    • a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de
    • terceira pessoa;
    • b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
    • c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    b- É suficiente para que ocorra o crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental.

    portanto, a questão está errada, já que precisará de finalidades especiais dispostas nas alíneas seguintes

  • intenso sofrimento físico ou mental
  • Vai ai uma questão que pode ajudar, pois cabe muito oque a banca irá considera a alternativa verdadeira como se ver nessa questão.

      Banca: IBFC  Órgão: CBM-BA Prova: IBFC 2020 CBM-BA Soldado

    A tortura é proibida pela Constituição de 1988,sendo essa proibição, inclusive, um direito fundamental. Sua prática é considerada como crime, sendo disciplinada pela Lei nº 9455/1977. Sobre os crimes de tortura, assinale a alternativa incorreta.

    A

    Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa ''o Certo seria Intenso sofrimento físico ou mental''

    B

    Aquele que se omite em face da prática do crime de tortura, quando tinha o dever de evital-as ou apura-las, também pratica crime

    C

    O crime de tortura é afiançável e suscetível de graça e anistia

    D

    Constitui crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo

    E

    A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada

    Responder

    GAB: Letra "C"

    "Estude e nunca desista a caminhada é árdua, mas a vitória é doce e prazerosa"

  • GABARITO - B

    Crime de Tortura exige um fim específico assim como o crime de Abuso de Autoridade.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    CF/88 - Art 5° - XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 

    III - NINGUÉM será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 

    D.U.D.H - Artigo 5° Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

    C.A.D.H - Artigo 5º - Direito à integridade pessoal 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Essas penas levem-nas na mente...

    Tortura 2 a 8 Reclusão

    Tortura Omissiva - 1 a 4 DETENÇÃO. única modalidade de detenção, não é equiparado a Hediondo

    Tortura lesão grave ou gravíssima - 4 a 10 Reclusão

    Tortura Morte 8 a 16 Reclusão

    Tortura não prevê Pena de Multa...

    Parabéns! Você acertou!

  • A QUESTÃO foi BEM MALDOSA, porém cabe ressaltar que NÃO É A LEI DE TORTURA POR COMPLETA QUE SE NECESSITA DE FINALIDADE, pois o § 2° mostra exatamente isso, quando ele trás outra pena para o AGENTE GARANTIDOR.

  • A sua justificativa para a letra A está incorreta, Ygor Rocha haja vista para a pratica de tortura com a razão de discriminação racial ou religiosa NÃO será necessário causar intenso sofrimento físico!!!!, este somente é necessário quando você quer submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com a finalidade de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. ESSA ALTERNATIVA QUE VC JULGA ESTAR ERRADA, ESTÁ EM COMPLETA CONFORMIDADE COM A LEI.

  • a) CORRETA. De fato, segundo a Constituição Brasileira, a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, por eles respondendo os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem:

    Art. 5º - XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

    b) INCORRETA. Além de constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, é necessária a presença de um dolo específico, presente nas alíneas a, b ou c do inciso I, do art. 1º:

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    c) CORRETA. De fato, ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

    Art. 5°, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

    d) CORRETA. Isso aí! A condenação pelo crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    Art. 1°, § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    Resposta: B

  • Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    SEMPRE LEMBRAR QUE TEM: COM O FIM DE, PARA, EM RAZÃO DE. PARA ESTAR COMPLETO O CRIME DE TORTURA

  • A meu ver a Letra A está errada também.

    O verbo PODER está colocado de forma equivocada, e o correto, para caracterizar tortura pelo omitente é quem tinha o DEVER.

  • A

    A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, por eles respondendo os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. E OS MANDANTES ?

    A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os MAMDANTES , os executores e os que, podendo evitá-losse omitirem

    Essa questão tinha q ser anulada.

  • letra B:

    Só tem o dolo genérico!

    faltou o dolo especifico para a tipificação!

  • Deve haver um fim: seja para obter informação, confissões.

  • a letra ( A ) na minha opinião tmb está errada.

    LETRA DA LEI: A LEI CONSIDERARÁ CRIMES INANFIANSÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA A PRÁTICA DA TORTURA, O TRÁFICO ILICITO DE INTORPECENTES E DROGAS AFINS, O TERRORISMO E OS DEFINIDOS COMO HEDIONDOS, POR ELES RESPONDENDO OS MANDANTES, OS EXECUTORES E OS QUE, PODENDO EVITÁ-LOS SE OMITIREM.

  • "É SUFICIENTE" - Está ERRADO!

  • Faltou dizer o que o sofrimento deve ser INTENSO !!!

    Letra b

  • Pra quem não entendeu a letra B, O crime de tortura deve haver uma finalidade especifica, se não fosse assim quase todos os crimes contra a pessoa seriam caracterizados como tortura.

    Finalidades Específicas:

     - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

  • Não esquecer:

    A ausência de dolo específico , nesse caso, descaracteriza a tortura.

    ex: Policial constrange pessoa com o fim de obter vantagem indevida = Extorsão.

  • O motivo para que a alternativa B esteja errada é que ela está incompleta, "faltando o fim de agir"

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

  • Se for tortura de preso, é suficiente, sim!

  • É suficiente para que ocorra o crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental. (é necessário a finalidade especifica)

    PMGO2022.

  • Pra mim a letra A também está incorreta, já que na Lei fala: "Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

  • Letra "B" incorreta, pois é necessário haver um dolo específico e não apenas o constrangimento com violência ou grave ameaça;

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    DOLO ESPECÍFICO:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

  • Pensei que no caso de omissões no que se refere ao crime de tortura o indivíduo respondesse pelo delito específico tipificado na lei de tortura.

  • ERRADO POIS TEMOS TORTURA PROVA, TORUTA CRIME, TORTURA INFORMACAO... NAS ALINHAS.
  • Pessoal, denunciem esse comentário da amanda santos.

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  • EXIGE DOLO ESPECÍFICO


ID
4869421
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Considerando as disposições contidas exclusivamente na Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica – Decreto n. 678/1992), analise as proposições abaixo e marque a alternativa CORRETA:

I. Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário, exceto os criminosos reincidentes.
II. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade, exceto aqueles considerados criminosos reincidentes, em virtude de sua não adesão ao contrato social.
III. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, exceto os não cristãos, em virtude de professarem religião não aceita.
IV. A lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência, exceto a propaganda a favor da guerra quando necessária ao fortalecimento do sentimento nacionalista.

Alternativas
Comentários
  • I. Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário, exceto os criminosos reincidentes.

     II. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade, exceto aqueles considerados criminosos reincidentes, em virtude de sua não adesão ao contrato social.

     III. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, exceto os não cristãos, em virtude de professarem religião não aceita.

    IV. A lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência, exceto a propaganda a favor da guerra quando necessária ao fortalecimento do sentimento nacionalista.

    GABARITO: D

  • I. Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário, exceto os criminosos reincidentes.

    ARTIGO 10

    Direito a Indenização

    Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em

    sentença passada em julgado, por erro judiciário.

    II. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade, exceto aqueles considerados criminosos reincidentes, em virtude de sua não adesão ao contrato social.

    ARTIGO 11

    Proteção da Honra e da Dignidade

    1. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade.

    2. Ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, na de sua

    família, em seu domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais à sua honra ou reputação.

    3. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais ingerências ou tais ofensas.

    III. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, exceto os não cristãos, em virtude de professarem religião não aceita.

    ARTIGO 12

    Liberdade de Consciência e de Religião

    2. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua

    religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças;

    3. A liberdade de manifestar a própria religião e as próprias crenças está sujeita unicamente às

    limitações prescritas pelas leis e que sejam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou

    moral pública ou os direitos ou liberdades das demais pessoas.

    IV. A lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência, exceto a propaganda a favor da guerra quando necessária ao fortalecimento do sentimento nacionalista.

    ARTIGO 13

    Liberdade de Pensamento e de Expressão

    5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial

    ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.

  • LETRA: D

    Questão pra não zerar na prova kkkk

    #RUMOAPMPARÁ.

  • Questão difícil kkkk

  • GABARITO - D

    Já vi em uma prova :

    Segundo o Pacto de San José da Costa Rica,

    Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário ou se foi presa além do tempo.

    () certo (x) errado.

    CADH

    Artigo 10. Direito a indenização

    Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário.

  • CADH

    Artigo 10 - Direito à indenização

    Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença transitada em julgado, por erro judiciário.

    Artigo 11 - Proteção da honra e da dignidade

    1. Toda pessoa tem direito ao respeito da sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade.

    Artigo 12 - Liberdade de consciência e de religião

    2. Ninguém pode ser submetido a medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças.

    Artigo 13 - Liberdade de pensamento e de expressão

    5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.

  • Espero que no dia da prova seja fácil assim também. fé e Deus.

  • Parabéns! Você acertou!

    RUMO À PMMG.

  • I. Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário, exceto os criminosos reincidentes.

    II. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade, exceto aqueles considerados criminosos reincidentes, em virtude de sua não adesão ao contrato social.

    III. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, exceto os não cristãos, em virtude de professarem religião não aceita.

    IV. A lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência, exceto a propaganda a favor da guerra quando necessária ao fortalecimento do sentimento nacionalista.

  • PMMG 2021

  • PMMG 2021

  • se fosse a FGV, as duas primeiras estariam corretas

    kkkkk

  • #PMMINAS


ID
4869424
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando a Resolução CFM nº 1658/2002, que normatiza a emissão de atestados médicos e dá outras providências, é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
4869427
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando a Resolução CFM nº 1605/2000, que trata que o médico não pode, sem o consentimento do paciente, revelar o conteúdo do prontuário ou ficha médica, é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
4869430
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando a Resolução CFM nº 1931/2009 (Código de Ética Médica), em relação ao Capítulo IV, que trata de Direitos Humanos, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas

ID
4869433
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando a Resolução CFM nº 1931/2009 (Código de Ética Médica), em relação ao Capítulo XIII, que trata de publicidade médica, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas

ID
4869436
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação à hérnia diafragmática é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Da Obrigação de Indenizar

    Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

    Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.

    Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.

    Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.

    Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).

    Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

    Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

    I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;

    II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

    III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

    IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

    V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

  • Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.

    Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

    Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

    Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.

    Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

    Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

    Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.

    Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.

    Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido.

    Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

    Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.

    Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.


ID
4869439
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Na hidronefrose unilateral, com rim contralateral normal, a conduta CORRETA após o nascimento será a:

Alternativas

ID
4869442
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.


I - No tratamento cirúrgico das malformações pulmonares congênitas em pacientes pediátricos são consideradas causas de estridor na infância, em primeiro lugar a Estenose Subglótica e em segundo lugar a Laringomalacia.

II - O Ultrassom pré-natal não é o método mais comum de diagnóstico de anomalias congênitas torácicas.

III - Na avaliação do paciente cirúrgico pediátrico no pré-operatório, considera-se grau III, a desidratação grave como perda de 5 a 10 % do peso corporal da criança.

Alternativas

ID
4869445
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando a Classificação de Hugh-Young na válvula de uretra posterior, marque a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4869448
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Duplicidade ureteral ocorre em até 1:125 pessoas, sendo a mais frequente malformação dos ureteres. Segundo a lei de Weigert-Meyer, marque a alternativa que relaciona CORRETAMENTE o local da sua implantação na bexiga e a característica típica do ureter vindo do polo superior do rim.

Alternativas

ID
4869451
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.


I – O divertículo de neouretra na correção de hipospádia pode resultar em decorrência de estenose distal da uretra.

II – A incidência de extrofia vesical é de 1:30.000 a 1:50.000 dos nascidos vivos, sendo duas vezes mais comum em pacientes femininos.

III – Em pacientes com extrofia de bexiga, há possibilidade do desenvolvimento de adenocarcinoma de bexiga, sendo essa ocorrência 400 vezes maior que na população normal.

Alternativas

ID
4869454
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um recém-nascido será submetido à laparotomia. Em que condição deverá haver aumento da oferta hídrica, caso esteja desidratado?

Alternativas

ID
4869457
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação ao Tumor de Wilms é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
4869460
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA sobre o torcicolo congênito.

Alternativas

ID
4869463
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando as atresias duodenais, analise as assertivas abaixo e marque a resposta CORRETA.

I - As atresias duodenais podem apresentar malformações associadas em 70% dos casos, como Síndrome de Down, má rotação intestinal e cardiopatias congênitas.
II - No quadro clínico das atresias duodenais o abdome encontra-se distendido ao nascimento, com presença de polihidrâmnio em 50% dos casos e vômitos não biliosos em 60% dos casos.
III - As atresias duodenais classificam-se em 03 tipos, sendo que no tipo 3 os fundos cegos do duodeno são unidos por um cordão fibroso.

Alternativas

ID
4869466
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando as assertivas abaixo, marque a resposta CORRETA.


I – A má rotação intestinal está quase sempre presente nas onfaloceles.

II – A prematuridade é menos frequente nas gastrosquises.

III – Exceto o Divertículo de Meckel e ocasionalmente a persistência do duto onfalomesentérico, é rara a concomitância de outras malformações em crianças com onfalocele.

Alternativas

ID
4869469
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando as anomalias relacionadas à localização do meato uretral, assinale “V” para a (s) assertiva (s) verdadeira (s) e “F” para a (s) falsa (s).

( ) A posição do meato uretral médio-peniana é o tipo mais frequente de hipospádia.
( ) A etiologia da hipospádia está possivelmente associada à falta de fusão das pregas uretrais ou falhas na canalização da uretra glandar devido à ação deficiente da testosterona fetal.
( ) A complicação mais comum da correção cirúrgica de hipospádia é a estenose da neo-uretra.
( ) A epispádia é uma anomalia rara, mais comum no sexo feminino.
( ) O tratamento cirúrgico da epispádia no sexo masculino consiste na uretroplastia com correção do encurvamento dorsal peniano e reconstrução do colo vesical quando há incontinência urinária.

Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de respostas na ordem de cima para baixo.

Alternativas

ID
4869472
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA:


I – O tumor de Wilms ou nefroblastoma é a neoplasia maligna abdominal mais comum na infância. Ocorrem tumores bilaterais em 4 a 8% das crianças. O tratamento é individualizado, tendo-se por objetivo a preservação do parênquima renal.

II – O neuroblastoma é o tumor sólido maligno mais comum na infância, diagnosticado em pacientes de até 15 anos de idade. A ressecção cirúrgica é o principal tratamento nos estágios I e II, porém, a recorrência local do tumor pode ocorrer com frequência.

III – Nas crianças, as lesões vasculares do fígado são os tumores benignos mais comuns. Destes, o hemangioma cavernoso pode ser assintomático e o tratamento é expectante. Quando sintomáticos, os pacientes apresentam febre, dor abdominal e náuseas.

Alternativas

ID
4869475
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA ao se considerar o trauma pancreático em crianças.



Alternativas

ID
4869478
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.


I – A apendicite aguda constitui a causa mais frequente de abdome agudo inflamatório na infância, sendo o principal fator desencadeante a obstrução da luz apendicular.

II – Ocorrendo a formação de granuloma no interior do estoma de traqueostomia, o que é mais comum, este deve ser totalmente excisado.

III – A principal causa de pancreatite aguda em crianças é de origem traumática, sendo o tratamento cirúrgico rapidamente instituído, como a gastroduodenopancreatectomia a Whipple.

Alternativas

ID
4869481
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.


I – A doença de rim policístico é transmitida por gene autossômico dominante e se manifesta por renomegalia bilateral, geralmente simétrica, associada à insuficiência renal.

II – A ureterocele consiste numa dilatação cística da porção terminal do ureter e causa obstrução ao fluxo urinário, acomete seis vezes mais frequente o sexo feminino e sua etiologia está relacionada com a persistência de uma membrana chamada Membrana de Chawalla cobrindo o orifício ureteral, na fase embrionária

III – Na obstrução da junção ureteropélvica, os parâmetros clássicos para indicação cirúrgica são: diâmetro ântero-posterior da pelve ao redor de 15 mm, espessura do parênquima renal de 5 mm e função relativa em torno de 40% do rim.

Alternativas

ID
4869484
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA com relação aos acessos vasculares.

Alternativas

ID
4869487
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA


I – Do ponto de vista histológico, os teratomas podem ser classificados, quanto à maturidade, em graus de I a IV, podendo originar outros tumores germinativos como carcinoma embriogênico, tumor do saco vitelino e o cariocarcinoma.

II – Os teratomas sacrococcígeos são mais frequentes nas meninas, enquanto que os teratomas retroperitoneais ocorrem em crianças acima de 5 anos, frequentemente meninas, associado à Síndrome de Klinefelter.

III – Os teratomas mediastinais, normalmente localizam-se no mediastino ântero-superior, podendo aparecer também póstero-superior, o tumor precisa ser excisado totalmente através da esternotomia ou toracoscopia.

Alternativas

ID
4869490
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um bebê de 40 semanas de gestação, cuja mãe não fez pré-natal, apresenta defeito de parede abdominal com evisceração de duas hemiplacas de bexiga e uma cecal/intestinal. Com relação às placas vesicais, a placa intestinal está em qual posição?

Alternativas

ID
4869493
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre a atresia de esôfago, marque a resposta CORRETA:

Alternativas

ID
4869496
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA :


I – A persistência anormal das estruturas branquiais inclui cistos, trajetos fistulosos e vestígios cartilaginosos, como seios e apêndices auriculares. A maioria dessas lesões decorre de erros da embriogênese do terceiro arco branquial.

II – A formação defeituosa do pavilhão auditivo externo resulta em pequenos plicomas, vestígios cartilaginosos e cistos subcutâneos. Estas lesões não têm relação com os vestígios da fenda branquial, mas também são vulneráveis à infecção e ao crescimento.

III – O cisto tireoglosso é a massa persistente mais frequente na linha média do pescoço e o cisto congênito mais comum nessa região. A infecção pode ser o primeiro sintoma e dificulta a diferenciação com a adenite cervical aguda.

Alternativas

ID
4869499
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA.


I – A atresia biliar deve ser identificada rapidamente quando se combinam o exame físico, a cintilografia, a biópsia percutânea e o nível de alfa-1-antitripsina sanguíneo. Sendo indicada a cirurgia de Kasai antes da oitava semana de vida para favorecer o prognóstico destes pacientes.

II – Os pacientes que apresentam cistos de colédoco podem desenvolver colangite, cirrose, hipertensão porta e carcinoma quando a patologia não é diagnosticada.

III – A perfuração idiopática do sistema biliar extra-hepático é a segunda causa mais comum de icterícia cirúrgica em bebês.

Alternativas

ID
4869502
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Na apresentação clínica do Tumor de Hodgkin, observa-se:

Alternativas