GABARITO - C
A) No prato ainda constavam, após o almoço, um bocado de arroz e um punhado de farofa
Sujeito composto = um bocado de arroz e um punhado de farofa
Pergunte ao verbo...
O quê ainda constavam ?
um bocado de arroz e um punhado de farofa
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B) Retira-te agora, criatura miserável!
O sujeito é oculto , pois pode ser retomado pela desinência verbal.
CUIDADO!
Criatura Miserável = Vocativo
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C) Come-se muito bem em diversas regiões do Brasil
Segundo Fernando Pestana, quando o verbo aparece como VI + Se
Ou VTI +SE = Sujeito Indeterminado
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D) Precisamos comprar um novo carro.
Quando o sujeito não está expresso na oração, mas pode ser retomado pelo contexto = Oculto.
( Nós ) Precisamos ...
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Bons estudos!
A questão é sobre sujeitos e quer que marquemos a alternativa em que o sujeito do verbo destacado é indeterminado. Vejamos:
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Sujeito: é o termo sobre o qual o restante da oração diz algo. Ex.: Pessoas que resolvem questões passam em concursos. (Sujeito: "pessoas que resolvem questões")
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A) No prato ainda constavam, após o almoço, um bocado de arroz e um punhado de farofa.
Errado. Nesse caso o sujeito é composto, formado por dois núcleos: "bocado" e "punhado". Colocando na ordem direta fica: "UM BOCADO DE ARROZ E UM PUNHADO DE FAROFA constavam no prato ainda, após o almoço."
Sujeito simples: possui um só núcleo. Ex.: O menino estuda muito.
Sujeito composto: possui dois ou mais núcleos. Ex.: João e Maria passaram no concurso.
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B) Retira-te agora, criatura miserável!
Errado. Nesse caso o sujeito é oculto: (TU) retira.
Sujeito desinencial, elíptico, oculto ou implícito: é expresso pela desinência verbal, está subentendido. Ex.: Estivemos em São Paulo. (Quem esteve? NÓS)
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C) Come-se muito bem em diversas regiões do Brasil.
Certo. Nesse caso temos um sujeito indeterminado: VI (verbo intransitivo) + SE
Sujeito indeterminado: quando o sujeito não está expresso na oração. Ex.: Atropelaram uma senhora na rua. (Quem atropelou a senhora? Não se sabe!)
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Pode ser construído de duas formas:
a) Verbo na 3ª pessoa do plural (ELES), sem referência.
Ex.: Passaram na prova.
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b) Verbo na 3ª pessoa do singular + SE
1º caso: VTI + SE + PREPOSIÇÃO: Ex.: Precisa-se de professores.
2º caso: VI + SE (+ advérbio): Ex.: Estuda-se muito aqui.
3º caso: VL + SE: Ex.: É-se feliz naquela cidade.
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D) Precisamos comprar um novo carro.
Errado. Nesse caso o sujeito é oculto: (NÓS) precisamos.
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Gabarito: Letra C
Sobre os tipos de sujeito, convém mencionar estes:
1) oculto/elíptico/desinencial/implícito
Apesar de não aparecer na estrutura, é possível reconhecê-lo observando a forma verbal constante na frase. Exs.:
a) (eu) Avistei uma mulher deslumbrante;
b) (nós) Vimos um navio a atracar no cais.
2) inexistente
O sujeito será inexistente quando houver verbos impessoais (o “haver” no sentido de existência e tempo passado, os que denotam fenômenos da natureza, tempo transcorrido etc.). Exs.:
a) Choveu muito hoje;
b) Amanhã não haverá aula;
c) São cinco horas;
d) Fez dez graus nessa manhã.
3) simples
Apresenta somente um núcleo, este que é sempre pronome ou substantivo. Exs.:
a) Homens grandes realizam grandes feitos: sem escada, pegam frutas de árvores;
b) Raquel de Queirós foi a maior escritora brasileira;
c) Ninguém ouviu as súplicas do homem agônico.
4) composto
Apresenta dois ou mais núcleos. Exs.:
a) Homens e mulheres grandes realizam grandes feitos: sem escada, pegam frutas de árvores;
b) Raquel de Queirós, Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles escreveram livros insuperáveis;
c) Em minha biblioteca particular, Machado de Assis, José de Alencar, Monteiro Lobato, Aluísio de Azevedo, Raul Pompeia e Graciliano Ramos não faltam.
5) oracional
Apresenta-se sob forma de oração. Exs.:
a) Estudar muito e saber fazê-lo é crucial para ser aprovado;
b) Sobreviver a toda forma de contratempo é necessário;
c) É preciso compreender os motivos reais da insurreição.
6) Indeterminado
Em dois casos constar-se-á sujeito indeterminado:
I – Quando diante de verbos na terceira pessoa (singular ou plural, sendo último mais comum) sem referência a pessoas determinadas:
a) Diz que vai chover;
b) Estão batendo;
c) Disseram que você verá, este ano, seu nome no rol de aprovados.
II – Empregando o pronome “se” junto ao verbo, de modo que a oração passe a equivaler a outra que tem por sujeito “alguém”, “a gente”:
a) Vive-se bem aqui na cidade (a gente vive bem na cidade);
b) Precisa-se de pintores urgentemente (alguém precisa de pintores urgentemente);
A partícula “se” das frases anteriores se comporta como índice de indeterminação do sujeito.
Inspecionemos as alternativas:
a) No prato ainda constavam, após o almoço, um bocado de arroz e um punhado de farofa
Incorreto. Há sujeito composto. Os núcleos do sujeito são, nesta ordem, "bocado" e "punhado";
b) Retira-te agora, criatura miserável!
Incorreto. Há sujeito sujeito desinencial, elíptico, implícito ou oculto: o pronome "tu", reconhecido pela forma verbal no imperativo afirmativo "retira";
c) Come-se muito bem em diversas regiões do Brasil
Correto. A partícula "se", aglutinada ao verbo transitivo direto "come", indetermina o sujeito. Logo, consta sujeito indeterminado na frase em tela;
d) Precisamos comprar um novo carro.
Incorreto. Há sujeito desinencial, elíptico, implícito ou oculto: o pronome "nós", facilmente subentendido pela forma verbal.
Letra C