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Prova CÁSPER LÍBERO - 2011 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular


ID
4144735
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Ser ou não ser

    Na atualidade, a imagem da juventude está marcada ao mesmo tempo pela ambiguidade e pela incerteza. Digo ambiguidade, pois se, de um lado, a juventude é sempre exaltada na contemporaneidade, cantada que é em prosa e verso pelas potencialidades existenciais que condensaria, por outro a condição jovem caracteriza-se por sua posição de suspensão no espaço social, que se materializa pela ausência de seu reconhecimento social e simbólico.
    Seria em decorrência disso que a incerteza é o que se delineia efetivamente como o futuro real para os jovens, em todos os quadrantes do mundo. É preciso destacar, antes de tudo, que a possibilidade de experimentação foi o que passou a caracterizar a condição da adolescência no Ocidente, desde o final do século 18, quando as idades da vida foram construídas em conjunção com a família nuclear burguesa, em decorrência da emergência histórica da biopolítica.
    Nesse contexto, a adolescência foi delimitada como o tempo de passagem entre a infância e a idade adulta, na qual o jovem podia empreender experiências nos registros do amor e das escolhas profissionais, até que pudesse se inserir no mercado de trabalho e se casar para reproduzir efetivamente as linhas de força da família nuclear burguesa. Desde os anos 1980, no entanto, essa figuração da adolescência entrou em franco processo de desconstrução, por diversas razões.
    Antes de mais nada, pela revolução feminista dos anos 1960 e 70, com a qual as mulheres foram em busca de outras formas sociais de existência, além da condição materna. Em seguida, porque o deslocamento das mulheres da posição exclusivamente materna foi o primeiro combate decisivo contra o patriarcado, que forjou nossa tradição desde a Antiguidade. Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho. De fato, foram os jovens e os trabalhadores da faixa etária dos 50 anos os segmentos sociais mais afetados pela voragem neoliberal. Com isso, se os primeiros passaram a se inserir mais tardiamente no dito mercado, os segundos passaram a ser descartados para ser substituídos por trabalhadores jovens e mais baratos, pela precariedade que foi então estabelecida no mercado de trabalho.
    Foi em consequência desse processo que o tempo de duração da adolescência se alongou bastante, ficando então os jovens fora do espaço social formal e lançados perigosamente numa terra de ninguém. Assim, graças à ausência de inserção no mercado de trabalho, a juventude foi destituída de reconhecimento social e simbólico, prolongando-se efetivamente, não tendo mais qualquer limite tangível para seu término. Despossuídos que foram de qualquer reconhecimento social e simbólico, aos jovens restaram apenas o corpo e a força física. É por essa trilha que podemos interpretar devidamente a emergência e a multiplicação das formas de violência entre os jovens na contemporaneidade.
    Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional. Pode-se depreender aqui a constituição de uma cultura agonística* na juventude de hoje. Assim, a violência juvenil transformou-se em delinquência, inserindo-se efetivamente no registro da criminalidade. No Brasil, os jovens de classe média e das elites passaram a atacar gratuitamente certos segmentos sociais com violência. De mulheres pobres confundidas com prostitutas até homossexuais, passando pelos mendigos, a violência disseminou-se nas grandes metrópoles do país.
    Ao fazerem isso, no entanto, seus gestos delinquentes inscrevem-se numa lógica social precisa e rigorosa. Com efeito, tais segmentos sociais representam no imaginário desses jovens a decadência na hierarquia social, sendo, pois, os signos do que eles poderão ser efetivamente no futuro, na ausência do reconhecimento social e simbólico que os marca. A cultura da força empreende-se regularmente em academias de ginástica, onde os jovens cultuam os músculos, não apenas para se preparar para os combates cotidianos da vida real, mas para forjar também um simulacro de força na ausência efetiva de potência, isto é, na ausência de reconhecimento social e simbólico, lançados que estão aqueles no desamparo.
    É nesse registro que se deve inscrever a disseminação do bullying na contemporaneidade. É preciso dizer, no que concerne a isso, que a provocação e a violência entre os jovens e crianças é uma prática social antiga. O que é novo, contudo, é a ausência de uma autoridade que possa funcionar como mediação no combate entre estes e aqueles, o que incrementou bastante a disseminação dessa prática de violência.
    Não obstante tudo isso, a juventude é ainda glorificada como a representação do que seria o melhor dos mundos possíveis. A juventude seria então a condensação simbólica de todas as potencialidades existenciais. Contudo, se fazemos isso é porque não apenas queremos cultivar a aparência juvenil, por meio de cirurgias plásticas e da medicina estética, mas também porque o código de experimentação que caracterizou a adolescência de outrora se disseminou para a idade adulta e para a terceira idade. Constituiu-se assim uma efetiva adolescência sem fim na tradição ocidental, onde se busca pelo desejo a possibilidade de novos laços amorosos e novas modalidades de realização existencial. (Joel Birman, revista Cult n. 157, maio 2011).


*agonística: relativo a luta, conflito, combate.  

Assinale a opção correta:

Alternativas

ID
4144738
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Ser ou não ser

    Na atualidade, a imagem da juventude está marcada ao mesmo tempo pela ambiguidade e pela incerteza. Digo ambiguidade, pois se, de um lado, a juventude é sempre exaltada na contemporaneidade, cantada que é em prosa e verso pelas potencialidades existenciais que condensaria, por outro a condição jovem caracteriza-se por sua posição de suspensão no espaço social, que se materializa pela ausência de seu reconhecimento social e simbólico.
    Seria em decorrência disso que a incerteza é o que se delineia efetivamente como o futuro real para os jovens, em todos os quadrantes do mundo. É preciso destacar, antes de tudo, que a possibilidade de experimentação foi o que passou a caracterizar a condição da adolescência no Ocidente, desde o final do século 18, quando as idades da vida foram construídas em conjunção com a família nuclear burguesa, em decorrência da emergência histórica da biopolítica.
    Nesse contexto, a adolescência foi delimitada como o tempo de passagem entre a infância e a idade adulta, na qual o jovem podia empreender experiências nos registros do amor e das escolhas profissionais, até que pudesse se inserir no mercado de trabalho e se casar para reproduzir efetivamente as linhas de força da família nuclear burguesa. Desde os anos 1980, no entanto, essa figuração da adolescência entrou em franco processo de desconstrução, por diversas razões.
    Antes de mais nada, pela revolução feminista dos anos 1960 e 70, com a qual as mulheres foram em busca de outras formas sociais de existência, além da condição materna. Em seguida, porque o deslocamento das mulheres da posição exclusivamente materna foi o primeiro combate decisivo contra o patriarcado, que forjou nossa tradição desde a Antiguidade. Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho. De fato, foram os jovens e os trabalhadores da faixa etária dos 50 anos os segmentos sociais mais afetados pela voragem neoliberal. Com isso, se os primeiros passaram a se inserir mais tardiamente no dito mercado, os segundos passaram a ser descartados para ser substituídos por trabalhadores jovens e mais baratos, pela precariedade que foi então estabelecida no mercado de trabalho.
    Foi em consequência desse processo que o tempo de duração da adolescência se alongou bastante, ficando então os jovens fora do espaço social formal e lançados perigosamente numa terra de ninguém. Assim, graças à ausência de inserção no mercado de trabalho, a juventude foi destituída de reconhecimento social e simbólico, prolongando-se efetivamente, não tendo mais qualquer limite tangível para seu término. Despossuídos que foram de qualquer reconhecimento social e simbólico, aos jovens restaram apenas o corpo e a força física. É por essa trilha que podemos interpretar devidamente a emergência e a multiplicação das formas de violência entre os jovens na contemporaneidade.
    Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional. Pode-se depreender aqui a constituição de uma cultura agonística* na juventude de hoje. Assim, a violência juvenil transformou-se em delinquência, inserindo-se efetivamente no registro da criminalidade. No Brasil, os jovens de classe média e das elites passaram a atacar gratuitamente certos segmentos sociais com violência. De mulheres pobres confundidas com prostitutas até homossexuais, passando pelos mendigos, a violência disseminou-se nas grandes metrópoles do país.
    Ao fazerem isso, no entanto, seus gestos delinquentes inscrevem-se numa lógica social precisa e rigorosa. Com efeito, tais segmentos sociais representam no imaginário desses jovens a decadência na hierarquia social, sendo, pois, os signos do que eles poderão ser efetivamente no futuro, na ausência do reconhecimento social e simbólico que os marca. A cultura da força empreende-se regularmente em academias de ginástica, onde os jovens cultuam os músculos, não apenas para se preparar para os combates cotidianos da vida real, mas para forjar também um simulacro de força na ausência efetiva de potência, isto é, na ausência de reconhecimento social e simbólico, lançados que estão aqueles no desamparo.
    É nesse registro que se deve inscrever a disseminação do bullying na contemporaneidade. É preciso dizer, no que concerne a isso, que a provocação e a violência entre os jovens e crianças é uma prática social antiga. O que é novo, contudo, é a ausência de uma autoridade que possa funcionar como mediação no combate entre estes e aqueles, o que incrementou bastante a disseminação dessa prática de violência.
    Não obstante tudo isso, a juventude é ainda glorificada como a representação do que seria o melhor dos mundos possíveis. A juventude seria então a condensação simbólica de todas as potencialidades existenciais. Contudo, se fazemos isso é porque não apenas queremos cultivar a aparência juvenil, por meio de cirurgias plásticas e da medicina estética, mas também porque o código de experimentação que caracterizou a adolescência de outrora se disseminou para a idade adulta e para a terceira idade. Constituiu-se assim uma efetiva adolescência sem fim na tradição ocidental, onde se busca pelo desejo a possibilidade de novos laços amorosos e novas modalidades de realização existencial. (Joel Birman, revista Cult n. 157, maio 2011).


*agonística: relativo a luta, conflito, combate.  

Assinale a opção que identifica corretamente o argumento central do texto:

Alternativas

ID
4144741
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Ser ou não ser

    Na atualidade, a imagem da juventude está marcada ao mesmo tempo pela ambiguidade e pela incerteza. Digo ambiguidade, pois se, de um lado, a juventude é sempre exaltada na contemporaneidade, cantada que é em prosa e verso pelas potencialidades existenciais que condensaria, por outro a condição jovem caracteriza-se por sua posição de suspensão no espaço social, que se materializa pela ausência de seu reconhecimento social e simbólico.
    Seria em decorrência disso que a incerteza é o que se delineia efetivamente como o futuro real para os jovens, em todos os quadrantes do mundo. É preciso destacar, antes de tudo, que a possibilidade de experimentação foi o que passou a caracterizar a condição da adolescência no Ocidente, desde o final do século 18, quando as idades da vida foram construídas em conjunção com a família nuclear burguesa, em decorrência da emergência histórica da biopolítica.
    Nesse contexto, a adolescência foi delimitada como o tempo de passagem entre a infância e a idade adulta, na qual o jovem podia empreender experiências nos registros do amor e das escolhas profissionais, até que pudesse se inserir no mercado de trabalho e se casar para reproduzir efetivamente as linhas de força da família nuclear burguesa. Desde os anos 1980, no entanto, essa figuração da adolescência entrou em franco processo de desconstrução, por diversas razões.
    Antes de mais nada, pela revolução feminista dos anos 1960 e 70, com a qual as mulheres foram em busca de outras formas sociais de existência, além da condição materna. Em seguida, porque o deslocamento das mulheres da posição exclusivamente materna foi o primeiro combate decisivo contra o patriarcado, que forjou nossa tradição desde a Antiguidade. Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho. De fato, foram os jovens e os trabalhadores da faixa etária dos 50 anos os segmentos sociais mais afetados pela voragem neoliberal. Com isso, se os primeiros passaram a se inserir mais tardiamente no dito mercado, os segundos passaram a ser descartados para ser substituídos por trabalhadores jovens e mais baratos, pela precariedade que foi então estabelecida no mercado de trabalho.
    Foi em consequência desse processo que o tempo de duração da adolescência se alongou bastante, ficando então os jovens fora do espaço social formal e lançados perigosamente numa terra de ninguém. Assim, graças à ausência de inserção no mercado de trabalho, a juventude foi destituída de reconhecimento social e simbólico, prolongando-se efetivamente, não tendo mais qualquer limite tangível para seu término. Despossuídos que foram de qualquer reconhecimento social e simbólico, aos jovens restaram apenas o corpo e a força física. É por essa trilha que podemos interpretar devidamente a emergência e a multiplicação das formas de violência entre os jovens na contemporaneidade.
    Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional. Pode-se depreender aqui a constituição de uma cultura agonística* na juventude de hoje. Assim, a violência juvenil transformou-se em delinquência, inserindo-se efetivamente no registro da criminalidade. No Brasil, os jovens de classe média e das elites passaram a atacar gratuitamente certos segmentos sociais com violência. De mulheres pobres confundidas com prostitutas até homossexuais, passando pelos mendigos, a violência disseminou-se nas grandes metrópoles do país.
    Ao fazerem isso, no entanto, seus gestos delinquentes inscrevem-se numa lógica social precisa e rigorosa. Com efeito, tais segmentos sociais representam no imaginário desses jovens a decadência na hierarquia social, sendo, pois, os signos do que eles poderão ser efetivamente no futuro, na ausência do reconhecimento social e simbólico que os marca. A cultura da força empreende-se regularmente em academias de ginástica, onde os jovens cultuam os músculos, não apenas para se preparar para os combates cotidianos da vida real, mas para forjar também um simulacro de força na ausência efetiva de potência, isto é, na ausência de reconhecimento social e simbólico, lançados que estão aqueles no desamparo.
    É nesse registro que se deve inscrever a disseminação do bullying na contemporaneidade. É preciso dizer, no que concerne a isso, que a provocação e a violência entre os jovens e crianças é uma prática social antiga. O que é novo, contudo, é a ausência de uma autoridade que possa funcionar como mediação no combate entre estes e aqueles, o que incrementou bastante a disseminação dessa prática de violência.
    Não obstante tudo isso, a juventude é ainda glorificada como a representação do que seria o melhor dos mundos possíveis. A juventude seria então a condensação simbólica de todas as potencialidades existenciais. Contudo, se fazemos isso é porque não apenas queremos cultivar a aparência juvenil, por meio de cirurgias plásticas e da medicina estética, mas também porque o código de experimentação que caracterizou a adolescência de outrora se disseminou para a idade adulta e para a terceira idade. Constituiu-se assim uma efetiva adolescência sem fim na tradição ocidental, onde se busca pelo desejo a possibilidade de novos laços amorosos e novas modalidades de realização existencial. (Joel Birman, revista Cult n. 157, maio 2011).


*agonística: relativo a luta, conflito, combate.  

Assinale a opção cuja frase justifica corretamente o título do texto:

Alternativas

ID
4144744
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Ser ou não ser

    Na atualidade, a imagem da juventude está marcada ao mesmo tempo pela ambiguidade e pela incerteza. Digo ambiguidade, pois se, de um lado, a juventude é sempre exaltada na contemporaneidade, cantada que é em prosa e verso pelas potencialidades existenciais que condensaria, por outro a condição jovem caracteriza-se por sua posição de suspensão no espaço social, que se materializa pela ausência de seu reconhecimento social e simbólico.
    Seria em decorrência disso que a incerteza é o que se delineia efetivamente como o futuro real para os jovens, em todos os quadrantes do mundo. É preciso destacar, antes de tudo, que a possibilidade de experimentação foi o que passou a caracterizar a condição da adolescência no Ocidente, desde o final do século 18, quando as idades da vida foram construídas em conjunção com a família nuclear burguesa, em decorrência da emergência histórica da biopolítica.
    Nesse contexto, a adolescência foi delimitada como o tempo de passagem entre a infância e a idade adulta, na qual o jovem podia empreender experiências nos registros do amor e das escolhas profissionais, até que pudesse se inserir no mercado de trabalho e se casar para reproduzir efetivamente as linhas de força da família nuclear burguesa. Desde os anos 1980, no entanto, essa figuração da adolescência entrou em franco processo de desconstrução, por diversas razões.
    Antes de mais nada, pela revolução feminista dos anos 1960 e 70, com a qual as mulheres foram em busca de outras formas sociais de existência, além da condição materna. Em seguida, porque o deslocamento das mulheres da posição exclusivamente materna foi o primeiro combate decisivo contra o patriarcado, que forjou nossa tradição desde a Antiguidade. Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho. De fato, foram os jovens e os trabalhadores da faixa etária dos 50 anos os segmentos sociais mais afetados pela voragem neoliberal. Com isso, se os primeiros passaram a se inserir mais tardiamente no dito mercado, os segundos passaram a ser descartados para ser substituídos por trabalhadores jovens e mais baratos, pela precariedade que foi então estabelecida no mercado de trabalho.
    Foi em consequência desse processo que o tempo de duração da adolescência se alongou bastante, ficando então os jovens fora do espaço social formal e lançados perigosamente numa terra de ninguém. Assim, graças à ausência de inserção no mercado de trabalho, a juventude foi destituída de reconhecimento social e simbólico, prolongando-se efetivamente, não tendo mais qualquer limite tangível para seu término. Despossuídos que foram de qualquer reconhecimento social e simbólico, aos jovens restaram apenas o corpo e a força física. É por essa trilha que podemos interpretar devidamente a emergência e a multiplicação das formas de violência entre os jovens na contemporaneidade.
    Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional. Pode-se depreender aqui a constituição de uma cultura agonística* na juventude de hoje. Assim, a violência juvenil transformou-se em delinquência, inserindo-se efetivamente no registro da criminalidade. No Brasil, os jovens de classe média e das elites passaram a atacar gratuitamente certos segmentos sociais com violência. De mulheres pobres confundidas com prostitutas até homossexuais, passando pelos mendigos, a violência disseminou-se nas grandes metrópoles do país.
    Ao fazerem isso, no entanto, seus gestos delinquentes inscrevem-se numa lógica social precisa e rigorosa. Com efeito, tais segmentos sociais representam no imaginário desses jovens a decadência na hierarquia social, sendo, pois, os signos do que eles poderão ser efetivamente no futuro, na ausência do reconhecimento social e simbólico que os marca. A cultura da força empreende-se regularmente em academias de ginástica, onde os jovens cultuam os músculos, não apenas para se preparar para os combates cotidianos da vida real, mas para forjar também um simulacro de força na ausência efetiva de potência, isto é, na ausência de reconhecimento social e simbólico, lançados que estão aqueles no desamparo.
    É nesse registro que se deve inscrever a disseminação do bullying na contemporaneidade. É preciso dizer, no que concerne a isso, que a provocação e a violência entre os jovens e crianças é uma prática social antiga. O que é novo, contudo, é a ausência de uma autoridade que possa funcionar como mediação no combate entre estes e aqueles, o que incrementou bastante a disseminação dessa prática de violência.
    Não obstante tudo isso, a juventude é ainda glorificada como a representação do que seria o melhor dos mundos possíveis. A juventude seria então a condensação simbólica de todas as potencialidades existenciais. Contudo, se fazemos isso é porque não apenas queremos cultivar a aparência juvenil, por meio de cirurgias plásticas e da medicina estética, mas também porque o código de experimentação que caracterizou a adolescência de outrora se disseminou para a idade adulta e para a terceira idade. Constituiu-se assim uma efetiva adolescência sem fim na tradição ocidental, onde se busca pelo desejo a possibilidade de novos laços amorosos e novas modalidades de realização existencial. (Joel Birman, revista Cult n. 157, maio 2011).


*agonística: relativo a luta, conflito, combate.  

Assinale a opção que apresenta o significado da palavra “figuração”, conforme ela é empregada no texto:

Alternativas

ID
4144747
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Ser ou não ser

    Na atualidade, a imagem da juventude está marcada ao mesmo tempo pela ambiguidade e pela incerteza. Digo ambiguidade, pois se, de um lado, a juventude é sempre exaltada na contemporaneidade, cantada que é em prosa e verso pelas potencialidades existenciais que condensaria, por outro a condição jovem caracteriza-se por sua posição de suspensão no espaço social, que se materializa pela ausência de seu reconhecimento social e simbólico.
    Seria em decorrência disso que a incerteza é o que se delineia efetivamente como o futuro real para os jovens, em todos os quadrantes do mundo. É preciso destacar, antes de tudo, que a possibilidade de experimentação foi o que passou a caracterizar a condição da adolescência no Ocidente, desde o final do século 18, quando as idades da vida foram construídas em conjunção com a família nuclear burguesa, em decorrência da emergência histórica da biopolítica.
    Nesse contexto, a adolescência foi delimitada como o tempo de passagem entre a infância e a idade adulta, na qual o jovem podia empreender experiências nos registros do amor e das escolhas profissionais, até que pudesse se inserir no mercado de trabalho e se casar para reproduzir efetivamente as linhas de força da família nuclear burguesa. Desde os anos 1980, no entanto, essa figuração da adolescência entrou em franco processo de desconstrução, por diversas razões.
    Antes de mais nada, pela revolução feminista dos anos 1960 e 70, com a qual as mulheres foram em busca de outras formas sociais de existência, além da condição materna. Em seguida, porque o deslocamento das mulheres da posição exclusivamente materna foi o primeiro combate decisivo contra o patriarcado, que forjou nossa tradição desde a Antiguidade. Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho. De fato, foram os jovens e os trabalhadores da faixa etária dos 50 anos os segmentos sociais mais afetados pela voragem neoliberal. Com isso, se os primeiros passaram a se inserir mais tardiamente no dito mercado, os segundos passaram a ser descartados para ser substituídos por trabalhadores jovens e mais baratos, pela precariedade que foi então estabelecida no mercado de trabalho.
    Foi em consequência desse processo que o tempo de duração da adolescência se alongou bastante, ficando então os jovens fora do espaço social formal e lançados perigosamente numa terra de ninguém. Assim, graças à ausência de inserção no mercado de trabalho, a juventude foi destituída de reconhecimento social e simbólico, prolongando-se efetivamente, não tendo mais qualquer limite tangível para seu término. Despossuídos que foram de qualquer reconhecimento social e simbólico, aos jovens restaram apenas o corpo e a força física. É por essa trilha que podemos interpretar devidamente a emergência e a multiplicação das formas de violência entre os jovens na contemporaneidade.
    Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional. Pode-se depreender aqui a constituição de uma cultura agonística* na juventude de hoje. Assim, a violência juvenil transformou-se em delinquência, inserindo-se efetivamente no registro da criminalidade. No Brasil, os jovens de classe média e das elites passaram a atacar gratuitamente certos segmentos sociais com violência. De mulheres pobres confundidas com prostitutas até homossexuais, passando pelos mendigos, a violência disseminou-se nas grandes metrópoles do país.
    Ao fazerem isso, no entanto, seus gestos delinquentes inscrevem-se numa lógica social precisa e rigorosa. Com efeito, tais segmentos sociais representam no imaginário desses jovens a decadência na hierarquia social, sendo, pois, os signos do que eles poderão ser efetivamente no futuro, na ausência do reconhecimento social e simbólico que os marca. A cultura da força empreende-se regularmente em academias de ginástica, onde os jovens cultuam os músculos, não apenas para se preparar para os combates cotidianos da vida real, mas para forjar também um simulacro de força na ausência efetiva de potência, isto é, na ausência de reconhecimento social e simbólico, lançados que estão aqueles no desamparo.
    É nesse registro que se deve inscrever a disseminação do bullying na contemporaneidade. É preciso dizer, no que concerne a isso, que a provocação e a violência entre os jovens e crianças é uma prática social antiga. O que é novo, contudo, é a ausência de uma autoridade que possa funcionar como mediação no combate entre estes e aqueles, o que incrementou bastante a disseminação dessa prática de violência.
    Não obstante tudo isso, a juventude é ainda glorificada como a representação do que seria o melhor dos mundos possíveis. A juventude seria então a condensação simbólica de todas as potencialidades existenciais. Contudo, se fazemos isso é porque não apenas queremos cultivar a aparência juvenil, por meio de cirurgias plásticas e da medicina estética, mas também porque o código de experimentação que caracterizou a adolescência de outrora se disseminou para a idade adulta e para a terceira idade. Constituiu-se assim uma efetiva adolescência sem fim na tradição ocidental, onde se busca pelo desejo a possibilidade de novos laços amorosos e novas modalidades de realização existencial. (Joel Birman, revista Cult n. 157, maio 2011).


*agonística: relativo a luta, conflito, combate.  

Em “Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional”, a série “não apenas... mas também” exprime valor de:

Alternativas

ID
4144750
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Ser ou não ser

    Na atualidade, a imagem da juventude está marcada ao mesmo tempo pela ambiguidade e pela incerteza. Digo ambiguidade, pois se, de um lado, a juventude é sempre exaltada na contemporaneidade, cantada que é em prosa e verso pelas potencialidades existenciais que condensaria, por outro a condição jovem caracteriza-se por sua posição de suspensão no espaço social, que se materializa pela ausência de seu reconhecimento social e simbólico.
    Seria em decorrência disso que a incerteza é o que se delineia efetivamente como o futuro real para os jovens, em todos os quadrantes do mundo. É preciso destacar, antes de tudo, que a possibilidade de experimentação foi o que passou a caracterizar a condição da adolescência no Ocidente, desde o final do século 18, quando as idades da vida foram construídas em conjunção com a família nuclear burguesa, em decorrência da emergência histórica da biopolítica.
    Nesse contexto, a adolescência foi delimitada como o tempo de passagem entre a infância e a idade adulta, na qual o jovem podia empreender experiências nos registros do amor e das escolhas profissionais, até que pudesse se inserir no mercado de trabalho e se casar para reproduzir efetivamente as linhas de força da família nuclear burguesa. Desde os anos 1980, no entanto, essa figuração da adolescência entrou em franco processo de desconstrução, por diversas razões.
    Antes de mais nada, pela revolução feminista dos anos 1960 e 70, com a qual as mulheres foram em busca de outras formas sociais de existência, além da condição materna. Em seguida, porque o deslocamento das mulheres da posição exclusivamente materna foi o primeiro combate decisivo contra o patriarcado, que forjou nossa tradição desde a Antiguidade. Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho. De fato, foram os jovens e os trabalhadores da faixa etária dos 50 anos os segmentos sociais mais afetados pela voragem neoliberal. Com isso, se os primeiros passaram a se inserir mais tardiamente no dito mercado, os segundos passaram a ser descartados para ser substituídos por trabalhadores jovens e mais baratos, pela precariedade que foi então estabelecida no mercado de trabalho.
    Foi em consequência desse processo que o tempo de duração da adolescência se alongou bastante, ficando então os jovens fora do espaço social formal e lançados perigosamente numa terra de ninguém. Assim, graças à ausência de inserção no mercado de trabalho, a juventude foi destituída de reconhecimento social e simbólico, prolongando-se efetivamente, não tendo mais qualquer limite tangível para seu término. Despossuídos que foram de qualquer reconhecimento social e simbólico, aos jovens restaram apenas o corpo e a força física. É por essa trilha que podemos interpretar devidamente a emergência e a multiplicação das formas de violência entre os jovens na contemporaneidade.
    Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional. Pode-se depreender aqui a constituição de uma cultura agonística* na juventude de hoje. Assim, a violência juvenil transformou-se em delinquência, inserindo-se efetivamente no registro da criminalidade. No Brasil, os jovens de classe média e das elites passaram a atacar gratuitamente certos segmentos sociais com violência. De mulheres pobres confundidas com prostitutas até homossexuais, passando pelos mendigos, a violência disseminou-se nas grandes metrópoles do país.
    Ao fazerem isso, no entanto, seus gestos delinquentes inscrevem-se numa lógica social precisa e rigorosa. Com efeito, tais segmentos sociais representam no imaginário desses jovens a decadência na hierarquia social, sendo, pois, os signos do que eles poderão ser efetivamente no futuro, na ausência do reconhecimento social e simbólico que os marca. A cultura da força empreende-se regularmente em academias de ginástica, onde os jovens cultuam os músculos, não apenas para se preparar para os combates cotidianos da vida real, mas para forjar também um simulacro de força na ausência efetiva de potência, isto é, na ausência de reconhecimento social e simbólico, lançados que estão aqueles no desamparo.
    É nesse registro que se deve inscrever a disseminação do bullying na contemporaneidade. É preciso dizer, no que concerne a isso, que a provocação e a violência entre os jovens e crianças é uma prática social antiga. O que é novo, contudo, é a ausência de uma autoridade que possa funcionar como mediação no combate entre estes e aqueles, o que incrementou bastante a disseminação dessa prática de violência.
    Não obstante tudo isso, a juventude é ainda glorificada como a representação do que seria o melhor dos mundos possíveis. A juventude seria então a condensação simbólica de todas as potencialidades existenciais. Contudo, se fazemos isso é porque não apenas queremos cultivar a aparência juvenil, por meio de cirurgias plásticas e da medicina estética, mas também porque o código de experimentação que caracterizou a adolescência de outrora se disseminou para a idade adulta e para a terceira idade. Constituiu-se assim uma efetiva adolescência sem fim na tradição ocidental, onde se busca pelo desejo a possibilidade de novos laços amorosos e novas modalidades de realização existencial. (Joel Birman, revista Cult n. 157, maio 2011).


*agonística: relativo a luta, conflito, combate.  

O sujeito de “Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho” é:

Alternativas

ID
4144753
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Se as mídias sociais são utilizadas para disseminar formas de violência entre os jovens, conforme aponta o texto “Ser ou não ser”, elas têm demonstrado também ser importantes veículos para organizar mobilizações coletivas, como na chamada “primavera árabe”. Assinale a opção que enuncia corretamente as principais causas das mobilizações ocorridas no Egito e na Tunísia:

Alternativas

ID
4144756
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conforme afirma Joel Birman, autor do texto “Ser ou não ser”, a adoção de políticas neoliberais deslocou o lugar do jovem na sociedade. Em agosto deste ano, algumas cidades inglesas foram palco de violentos protestos organizados pela juventude, o que levou o economista David Harvey a afirmar: “Estes jovens estão fazendo o que todos fazem, embora de modo diferente – mais flagrante, mais visível, nas ruas. O thatcherismo despertou os instintos bestiais do capitalismo (...) e, desde então, nada surgiu que os domasse”. Assinale a opção que caracteriza o advento do thatcherismo:

Alternativas

ID
4144759
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em entrevista à Folha de S. Paulo, de 15/8/2011, o economista François Chesnay afirmou que as revoltas no Norte da África e no Oriente Médio, o “movimento dos IndIgnados” na Espanha, os protestos em Londres e em Tel Aviv e a manifestação dos estudantes no Chile “têm em comum o fato de terem sido estimulados pela juventude. (...) São todos reações ao extraordinário abismo social num tempo em que o consumismo é projetado mundialmente pela tecnologia contemporânea e pelas estratégias de mídia”. Sobre o ponto de vista defendido por Chesnay, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144762
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As mídias sociais também foram usadas para organizar os recentes protestos estudantis no Chile. Assinale a opção que enuncia corretamente os principais motivos que levaram os estudantes chilenos às ruas:

Alternativas

ID
4144765
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sobre Rede de intrigas, de Sidney Lumet, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144768
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Quando Rede de intrigas, de Sidney Lumet, foi lançado em 1976, o uso da internet ainda não havia se disseminado. Contudo, a temática do filme se mantém atual porque:

Alternativas

ID
4144771
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sobre O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla, é correto afirmar:

Alternativas

ID
4144774
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sobre a fala do protagonista de O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla, apresentada a seguir, é correto afirmar que:


“Eu tinha que avacalhar, um cara assim só tinha que avacalhar para ver o que saía disto tudo; era o que eu podia fazer”.

Alternativas

ID
4144777
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O filme O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla, lançado em 1968, satiriza a função ideológica dos veículos de comunicação, que viriam a exercer logo depois um papel fundamental na divulgação do chamado “milagre brasileiro”. Assinale a opção que caracteriza corretamente o milagre brasileiro:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se da política econômica do governo Médici, que ampliou a renda nacional por meio da diversificação das exportações de produtos primários e alcançou expressivo aumento do PIB, atraindo investimentos estrangeiros para as indústrias nacionais.

    MÉDICI ERA BEM NACIONALISTA, TANTO Q EM SEU GOVERNO FEZ INTERVENÇÕES NA ECONOMIA, ESTRADAS, CONSTRUÇÃO DE PONTES, AEROPORTOS, FERROVIAS E USINAS HIDRELÉTRICAS

    NA QUESTÃO O EXAMINADOR USA O TERMO "MILAGRE BRASILEIRO", UMA VEZ Q NO GOVERNO DOS GENERAIS CASTELLO BRANCO E COSTA E SILVA TAMBÉM EXISTIRAM CRESCIMENTOS DO PIB.

    PORTANTO, ATÉ POR ELIMINAÇÃO TAMBÉM, A ASSERTIVA B SE TORNA A CORRETA.

    BONS ESTUDOS!


ID
4144780
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sobre Santiago, de João Moreira Salles, é correto afirmar:

Alternativas

ID
4144783
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em Arquitetura da destruição, o diretor Peter Cohen documenta o investimento de Hitler para banir da Alemanha a cultura identificada como judaico-bolchevique, bandeira esta relacionada a fatores sócioeconômicos determinantes para a ascensão do nazismo. Assinale a opção que enuncia tais fatores:

Alternativas

ID
4144786
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Assinale a opção que enuncia corretamente os fatores que levaram a Líbia a viver uma guerra civil, do início deste ano até a morte, em outubro, de Muammar Khaddafi:

Alternativas

ID
4144792
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Os pacotes bilionários de resgate aprovados pela União Europeia e pelo FMI, em 2010 e 2011, para a Grécia, foram condicionados à implantação de um plano de austeridade que visa à redução dos gastos públicos. Sobre esse acordo político internacional, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • É preciso salientar que uma das diretrizes do Neoliberalismo está dentro da perda das autonomias estatais. Em virtude disso, a redução na folha salarial das autarquias e instituições públicas é tratada como um dos tópicos a ser aceito em troca da ajuda financeira do FMI ou outros blocos que tentem auxiliar. Não só para garantir que o tom moral do FMI e UE se perdessem, como também para que nenhum outro país viesse a utilizar como justificativa a Grécia, imposições econômicas severas estiveram/estão presentes.

    Assertiva mais coerente com o caráter neoliberal: E

    Note que as outras "viajam". O sindicalismo jamais vai apoiar a prática neoliberal, pautada nos vieses capitalistas. Barack Obama, apesar de concordar com o neoliberalismo, utilizou um pouco do keynesianismo, atuando diretamente na economia em virtude da crise de 2008. Os bancos italianos não são os únicos a auxiliarem, estamos diante de um bloco econômico e um Fundo Monetário Internacional. Ao contrário, o fluxo da liberdade individual é o que estimula o consumo em larga escala - internet, redes sociais -, ferramentas fundamentais para o lucro dos poderosos centros econômicos.

    EsPCEx 2022


ID
4144801
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Read the following extract from “The Chicken”, by Clarice Lispector, and answer question.


“The master of the house, reminding himself of the twofold necessity of sporadically engaging in sport and of getting the family some lunch, appeared resplendent in a pair of swimming trunks and resolved to follow the path traced by the chicken: in cautious leaps and bounds, he scaled the roof where the chicken, hesitant and tremulous, urgently decided on another route. The chase now intensified. From roof to roof, more than a block along the road was covered. Little accustomed to such a savage struggle for survival, the chicken had to decide for herself the paths she must follow without any assistance from her race. The man, however, was a natural hunter. And no matter how abject the prey, the cry of victory was in the air.”


According to the text, the father:

Alternativas

ID
4144804
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

The sentence “And no matter how abject the prey, the cry of victory was in the air” means that:

Alternativas

ID
4144807
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Read the following passage from “The Chicken”, by Clarice Lispector, and answer question.


“But when everyone was quiet in the house and seemed to have forgotten her, she puffed up with modest courage, the last traces of her great escape. She circled the tiled floor, her body advancing behind her head, as unhurried as if in an open field, although her small head betrayed her, darting back and forth in rapid vibrant movements, with the age-old fear of her species now ingrained. Once in a while, but ever more infrequently, she remembered how she had stood out against the sky on the roof edge ready to cry out. At such moments, she filled her lungs with the stuffy atmosphere of the kitchen and, had females been given the power to crow, she would not have crowed but would have felt much happier. Not even at those moments, however, did the expression on her empty head alter. In flight or in repose, when she gave birth or while pecking grain, hers was a chicken head, identical to that drawn at the beginning of time.”

Without loss of meaning, the word “ingrained” could be replaced by:

Alternativas

ID
4144810
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Read the following passage from “The Chicken”, by Clarice Lispector, and answer question.


“But when everyone was quiet in the house and seemed to have forgotten her, she puffed up with modest courage, the last traces of her great escape. She circled the tiled floor, her body advancing behind her head, as unhurried as if in an open field, although her small head betrayed her, darting back and forth in rapid vibrant movements, with the age-old fear of her species now ingrained. Once in a while, but ever more infrequently, she remembered how she had stood out against the sky on the roof edge ready to cry out. At such moments, she filled her lungs with the stuffy atmosphere of the kitchen and, had females been given the power to crow, she would not have crowed but would have felt much happier. Not even at those moments, however, did the expression on her empty head alter. In flight or in repose, when she gave birth or while pecking grain, hers was a chicken head, identical to that drawn at the beginning of time.”

According to the text, the chicken:

Alternativas

ID
4144816
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma empresa de TV a cabo vende pacotes promocionais que permitem ao cliente escolher os canais a que terá direito, dentro de um limite estabelecido. No pacote econômico, ele pode escolher 14 canais, sendo 1 de cinema, 4 de filmes e séries, 3 de cultura e documentários, 2 de notícias, 2 de esporte e 2 de saúde. Sabendo que a empresa dispõe de 10 canais de cinema e 6 canais de cada um dos outros tipos, de quantas maneiras diferentes o cliente pode montar o seu pacote econômico?

Alternativas

ID
4144819
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Leia abaixo um problema da antologia grega apresentado sob a forma de epitáfio:


“Eis o túmulo que encerra Diofanto – maravilha de contemplar! Com um artifício aritmético a pedra ensina a sua idade: Deus concedeu-lhe passar a sexta parte da sua vidana juventude; um duodécimo na adolescência; um sétimo, em seguida, foi passado num casamento estéril. Decorreram mais cinco anos, depois do que lhe nasceu um filho. Mas esse filho desgraçado e, no entanto, bem-amado! Apenas tinha atingido a metade da idade que viveu seu pai e morreu. Quatro anos ainda, mitigando a própria dor com o estudo da ciência dos números, passou-os Diofanto, antes de chegar ao termo da sua existência.”


Sendo x o número de anos que viveu Diofanto, qual das alternativas abaixo apresenta a correta tradução para a linguagem algébrica do epitáfio e o correto resultado para a idade de Diofanto?

Alternativas

ID
4144822
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A cidade de Moscou conta com um sistema metroviário extremamente peculiar. Trata-se de mais de 171 estações distribuídas em 12 linhas por onde circulam 80% dos cidadãos. Mas o diferencial está na arquitetura das estações. Construídas a partir de 1935, sob o regime de Stalin, elas são suntuosas, com decoração palaciana. Algumas são muito profundas e têm escadas rolantes gigantescas. A maior é a de Park Pobedy, onde o usuário leva 2min e 30s para descer, passando, portanto, mais tempo na escada do que na plataforma à espera do metrô, que demora em média 90s entre um trem e outro. Considerando que essa escada se movimente 2 degraus por segundo e que cada degrau tenha 20 cm de altura, podemos estimar que a altura total dessa escada é de:

Alternativas

ID
4144825
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale a opção que caracteriza corretamente os versos do poema Maçã, que integra a coletânea 50 poemas escolhidos pelo autor, de Manuel Bandeira, apresentados a seguir:


Por um lado te vejo como um seio murcho
Pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende ainda
[o cordão placentário

És vermelha como o amor divino

Dentro de ti em pequenas pevides
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente

E quedas tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel.

Alternativas

ID
4144828
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale a opção que caracteriza corretamente os versos do poema Consoada, que integra a coletânea 50 poemas escolhidos pelo autor, de Manuel Bandeira, apresentados a seguir:


Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

Alternativas

ID
4144831
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Sobre Laços de família, de Clarice Lispector, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144834
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Sobre Laços de família, de Clarice Lispector, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144837
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Sobre Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144840
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Sobre Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144843
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Em Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, o Anjo se recusa a embarcar o sapateiro. “Essa barca que lá está/ leva quem rouba de praça (...) Tu roubaste bem trint’anos/ o povo com teu mester”. No período da baixa Idade Média, os artesãos organizavam-se em corporações de ofício que tinham como função, entre outras, definir padrões de preço e qualidade. Sobre essas corporações, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144846
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Em Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, os quatro fidalgos cavaleiros da ordem de Cristo são aceitos na “barca da Glória”. Diz-lhes o Anjo: “Ó cavaleiros de Deus,/ a vós estou esperando;/ que morrestes pelejando/ por Cristo, Senhor dos Céus!/ Sois livres de todo o mal,/ santos por certo sem falha:/ que quem morre em tal batalha/ merece paz eternal”. Incentivando o engajamento de nobres e camponeses nas Cruzadas, a Igreja, ao garantir a salvação da alma, visava ampliar seu prestígio e expandir seus domínios. Sobre as Cruzadas, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144849
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida:

Alternativas

ID
4144852
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

A respeito da natureza do herói das Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144855
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Em Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, a carreira militar é apresentada como uma ocupação destinada aos homens livres. Contudo, ela não aparece como uma carreira concorrida, sendo, antes, a última opção de emprego para os pobres. Algumas décadas após o período em que se passa a história de Leonardo, a Guerra do Paraguai (1864-1870) veio a consolidar o Exército brasileiro como “uma instituição com fisionomia e objetivos próprios”, segundo o historiador Boris Fausto, mas isso não tornou a carreira militar mais atrativa para os homens livres. É correto afirmar que a Guerra do Paraguai:

Alternativas

ID
4144858
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

“Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. (...) Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitona”. (Memórias de um sargento de milícias. Manuel Antônio de Almeida). No “tempo do rei”, a afluência de consumidores para a área urbana do Rio de Janeiro foi um dos fatores que caracterizaram as transformações das relações econômicas do Brasil com a Europa. Sobre essa fase de redefinição das relações internacionais do País, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144861
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Sobre o excerto de Dois irmãos, de Milton Hatoum, apresentado a seguir, é correto afirmar que:


“Omissões, lacunas, esquecimento. O desejo de esquecer. Mas eu me lembro, sempre tive sede de lembrança, de um passado desconhecido, jogado sei lá em que praia de rio”. 

Alternativas

ID
4144864
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Sobre o excerto de Dois irmãos, de Milton Hatoum, apresentado a seguir, é correto afirmar que:


“Manaus cresceu assim: no tumulto de quem chega primeiro. Desse tumulto participava Halim, que vendia coisas antes de qualquer um”.

Alternativas

ID
4144867
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

“Por volta de 1914, Galib inaugurou o restaurante Biblos no térreo da casa. (...) Desde a inauguração, o Biblos foi um ponto de encontro de imigrantes libaneses, sírios e judeus marroquinos que moravam na praça Nossa Senhora dos Remédios e nos quarteirões que a rodeavam”. Sobre a imigração árabe referida no romance Dois irmãos, de Milton Hatoum, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144870
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

“Na madrugada de uma sexta-feira encontrou Cid Tanus, um cortejador das últimas polacas e francesas que ainda moravam na cidade decadente (...)”. A decadência de Manaus descrita por Milton Hatoum em Dois irmãos resulta da produção de borracha na região amazônica. Assinale a opção que enuncia fatos relacionados ao auge do primeiro Ciclo da Borracha no Brasil.

Alternativas

ID
4144873
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em Dois irmãos, de Milton Hatoum, o personagem Yaqub parte para São Paulo com o objetivo de se estabelecer profissionalmente. Em tal passagem, que se dá após o término da Segunda Guerra Mundial, o narrador expressa uma expectativa comum: “Naquela época, Yaqub e o Brasil inteiro pareciam ter um futuro promissor”. No período, contudo, o país viveu uma intensa disputa político-ideológica a respeito dos caminhos que levariam ao desenvolvimento. Este debate teve como eixo central:

Alternativas

ID
4144876
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre Os da minha rua, de Ondjaki, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4144879
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre o excerto de Os da minha rua, de Ondjaki, apresentado a seguir, é correto afirmar que:


“Uma pessoa quando é criança parece que tem a boca preparada para sabores bem diferentes sem serem muito picantes de arder na língua. São misturas que inventam uma poesia mastigada tipo segredos de fim da tarde. Era assim, antigamente, na casa da minha avó. No tempo da Madalena Kamussekele”. 

Alternativas

ID
4144882
Banca
CÁSPER LÍBERO
Órgão
CÁSPER LÍBERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No texto “Um pingo de chuva”, que integra o livro Os da minha rua, Ondjaki relata a despedida dos professores cubanos que voltavam a seu país de origem. “O camarada professor Ángel explicou-nos, com palavras um bocadinho difíceis, que a missão deles em Angola tinha terminado e que se iam embora muito em breve”. Assinale a opção que enuncia fatores relacionados à presença desses professores em Angola, na década de 1980.

Alternativas