VIA-LÁCTEA SONETO VIII
VIII
(Olavo Bilac)
Em que céus mais azuis, mais puros ares,
Voa pomba mais pura? Em que sombria
Moita mais nívea flor acaricia,
A noite, a luz dos límpidos luares?
Vives assim, como a corrente fria,
Que, intemerata, aos trêmulos olhares
Das estrelas e à sombra dos palmares,
Corta o seio das matas, erradia.
E envolvida de tua virgindade,
De teu pudor na cândida armadura,
Foges o amor, guardando a castidade,
- Como as montanhas, nos espaços francos
Erguendo os altos píncaros, a alvura
Guardam da neve que lhes cobre os flancos.
Disponível em: < http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.- com.br/conteudo/OlavoBilac/vialactea.htm>. Acesso em: 10 out. 2014.
A análise do léxico empregado no texto mostra que