Para além de
ser utilizado na produção de bombas atómicas, o Urânio é o principal elemento
envolvido no processo da Energia Nuclear, como combustível em centrais
nucleares para a produção de energia eléctrica. Tem um poder calorífico muito
superior a qualquer outra fonte de energia fóssil. Quando puro, é um sólido,
metálico e radioactivo, muito duro e denso, com cor cinza.
Encontram-se
vestígios de urânio em quase todas as rochas sedimentares da crusta terrestre.
O minério de urânio mais comum e importante é a uraninite e o seu maior
depósito situa-se nas minas de Leopolville no Congo, em África. Outros minerais
que contêm urânio são a euxenite, a carnotite, a branerite e a cofinite. Os principais
depósitos destes minérios situam-se nos EUA, no Canadá, na Rússia e em França.
Antes do
advento da energia nuclear, o urânio tinha um leque de aplicações muito
reduzido. Era utilizado em fotografia e nas indústrias de cabedal (fabricação
de peças de couro e sola) e de madeira. Os seus compostos usavam-se como
corantes e mordentes (fixadores de cor) para a seda e a lã. No entanto, a
aplicação mais importante do urânio é a energética. Na produção de energia
nuclear há uma reacção de fissão auto-sustentada, que ocorre em um reactor,
normalmente imerso num tanque com uma substância moderadora e refrigerante -
água. Os reactores nucleares de fissão podem ser bastante compactos, sendo
utilizados na propulsão de submarinos, navios de guerra e em algumas sondas
espaciais como as dos programas das sondas Cassini-Huygens, Voyager e Pioneer,
podendo utilizar outros radioisótopos como o Plutônio-239 em seus reactores de
energia. Por suas combinações de alta dureza, alta densidade específica (17,3
g/cm³) e alto ponto de fusão (1132 °C), o Urânio também é utilizado na
fabricação de projécteis de arma de fogo onde normalmente utiliza-se o chumbo.
A utilização do Urânio em projécteis de armas de fogo apresentam grandes
vantagens técnicas em relação ao Chumbo mas expõe os soldados a um nível
elevado de radiação.
As vantagens
desta energia são: não contribuir para o efeito de estufa; não poluir o ar com
gases de enxofre, nitrogénio, particulados, etc. Não utilizar grandes áreas de
terreno: a central requer pequenos espaços para sua instalação; não depende da
sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos); pouco ou quase nenhum
impacto sobre a biosfera; grande disponibilidade de combustível e é a fonte
mais concentrada de geração de energia. A quantidade de resíduos radioactivos
gerados é extremamente pequena e compacta; a tecnologia do processo é bastante
conhecida; o risco de transporte do combustível é significativamente menor
quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas e não necessita de
armazenamento da energia produzida em baterias.
Por outro lado
temos as desvantagens que são: necessidade de armazenar o resíduo nuclear em
locais isolados e protegidos e necessidade de isolar a central após o seu
encerramento. É mais cara quando comparada às demais fontes de energia; os
resíduos produzidos emitem radioactividade durante muitos anos; dificuldades no
armazenamento dos resíduos, principalmente em questões de localização e
segurança; pode interferir com ecossistemas; grande risco de acidente na
central nuclear. O Urânio pode prejudicar a saúde do ser humano, tendo em conta
que atinge o sistema linfático, sangue, ossos, rins e fígado, causando
envenenamento de baixa intensidade (inalação, ou absorção pela pele), náuseas,
dores de cabeça, vómitos, diarreia e queimaduras. Este mineral, por não ser
reconhecido pelo ser vivo, não é eliminado do organismo, sendo progressivamente
depositado sobretudo nos ossos; a radiação assim exposta pode provocar o
desenvolvimento de cancro – os trabalhadores de minas são frequentemente casos
de cancro pulmonar.
FONTE:http://fontesdeenergianaesdah.blogspot.com.br/2010/05/uranio.html
Opção correta
A.