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Prova FUNCAB - 2015 - Prefeitura de Porto Velho - RO - Topógrafo


ID
4076416
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Pela leitura do texto, pode-se compreender que:

Alternativas
Comentários
  • O autor ao contar uma pequena história, elenca pontos econômicos do BRA assim ele intende que utilizar de uma analogia seria de maior facilidade o entendimento.

    Assim criticando pontos que em primeiro momento sem a história seria de difícil interpretação.


ID
4076419
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

O termo INCOMENSURAVELMENTE significa de forma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Incomensurável: que não se pode nem se consegue medir; cuja medida não pode ser comparada.

  • A questão qual forma significa o termo INCOMENSURAVELMENTE. Vejamos:

    Incomensuravelmente: de maneira ou de modo incomensurável (que não se pode medir), que é exageradamente grande; desmedidamente.

     . 

    A) igualitária.

    Igualitário: equânimo, equitativo, imparcial, isento, justiceiro, justo, neutral, neutro, reto; antiautoritário, democrata, democrático, liberal, progressista.

     . 

    B) desmedida.

    Desmedido: incomensurável, enorme.

     . 

    C) fértil.

    Fértil: fecundo, fecundante, conceptivo, prolífero, prolífico; produtivo.

     . 

    D) incontestável.

    Incontestável: inquestionável, indiscutível, indubitável, irrefutável, indisputável, iniludível, incontendível, certo, seguro, garantido, evidente, convincente, claro.

     . 

    E) inexplorada.

    Inexplorado: desconhecido; ignorado, misterioso, virgem.

     . 

    Gabarito: Letra B


ID
4076422
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a opção em que, apesar da omissão de uma vírgula, as duas frases mantêm o mesmo sentido e estão corretas quanto à pontuação.

Alternativas
Comentários
  • Os sinais de pontuação desempenham portentoso papel na frase, tendo em vista que facilitam a compreensão do discurso escrito, além de contribuir significativamente para a clareza do texto. Há uma miríade deles, dentre os quais se destacam: vírgula, pontos de exclamação e interrogação, dois-pontos, ponto e vírgula, aspas, travessão e parêntesis.

    Aqui deve-se analisar o uso da vírgula. Leiamos as frases:

    a) "Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore...” Lá cresce basicamente uma única espécie de árvore...

    Correto. A vírgula imediatamente após o adjunto adverbial "lá" pode ser suprimida sem que isso implique erro, tendo em vista a curta extensão do termo;

    b) "... e sempre usávamos uns talheres lindos de prata, herança de família.” ... e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata herança de família.

    Incorreto. A proposta de reescritura alterou a posição de termos e promoveu o deslocamento da vírgula. Isso implicou erro, uma vez que "de prata", adjunto adnominal de "talheres", não pode ser separado do termo a que se refere;

    c) "Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana...” Arrancamos a floresta passamos nos cobres e aí torramos a grana...

    Incorreto. Não pode haver supressão da vírgula, pois há uma encadeamento de orações coordenadas, sendo que a primeira (arrancamos a flores) e a segunda (passamos nos cobres) separam-se apenas por vírgula, haja vista serem assindéticas;

    d) "Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar...” Ele me recebeu no portão animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar...

    Incorreto. O adjetivo "animado" é predicativo do sujeito, ou seja, característica do sujeito "ele". Se suprimidas as vírgulas, altera-se significativamente o sentido. Note que na reescritura entende-se que animado é o portão, e não o sujeito;

    e) "... permite uma exploração industrial madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios.” ... permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel móveis e navios.

    Incorreto. Há uma série de elementos de mesma função sintática, portanto a vírgula está correta e não pode ser retirada.

    Letra A

  • Galera, advérbio pequeno no início da oração é facultativo, entretanto, cuidado com a cacofonia. Claramente, na letra A há um comprometimento na pronúncia, causando um som desagradável (lacresce). Bons estudos.


ID
4076425
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

O substantivo processo de: FELICIDADE foi formado pelo:

Alternativas
Comentários
  • Na língua portuguesa existem dois grandes e principais processos de formação de palavras: composição (por aglutinação e justaposição) e derivação (prefixal, sufixal, e prefixal e sufixal, imprópria, regressiva e parassintética). Não menos importantes, há também hibridismo, onomatopeia, redução e entre outros. Inspecionemos a palavra destacada:

    Felicidade → Acresceu-se-lhe ao radical o sufixo "-ade", logo ao processo por que passou a palavra dá-se o nome de derivação sufixal.

    a) derivação regressiva.

    Incorreto. Esse é o processo pelo qual, através da regressão e da mudança estrutural, uma palavra pertencente a certa classe passa a ser de outra. Exemplo: "Os herdeiros não concordam com a venda do imóvel". Note que "venda" (substantivo) provém do verbo "vender";

    b) derivação prefixal.

    Incorreto. Nesse processo, acresce-se somente um prefixo à palavra primitiva: descaso, incapaz, etc.

    c) composição por justaposição.

    Incorreto. Nesse processo, cria-se uma palavra a partir da junção de dois ou mais radicais. Tomemos a palavra "dinossauro", formada por dois elementos de origem grega: "Deinés" (dino) e "sâuros" (sauro).

    d) composição por aglutinação.

    Incorreto. Nesse processo, dois radicais se unem, acarretando alteração de ordem fonética e mórfica: lobisomem, vinagre, fidalgo, etc.

    e) derivação sufixal.

    Correto. Vide detalhamento inicial.

    Letra E

  • GABARITO: LETRA E

    PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

    Há dois processos mais fortes (presentes) na formação de palavras em Língua Portuguesa: a composição e a derivação. Vejamos suas principais características.

    Composição: é muito mais uma criação de vocábulo. Pode ocorrer por:

    *Justaposição (sem perda de elementos):

    Guarda-chuva, girassol, arranha-céu, passatempo, guarda-noturno, flor-de-lis.

    *Aglutinação (com perda de elementos):

    Embora (em + boa + hora) | Fidalgo (filho de algo) | Aguardente (agua + ardente).

    Hibridismo: consiste na união de radicais oriundos de línguas distintas:

    Alcoômetro – Álcool (árabe) + metro (grego) | Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego).

    Derivação: é muito mais uma transformação no vocábulo, não se trata necessariamente da criação de uma palavra nova. Ela pode ocorrer das seguintes maneiras:

    Pelo acréscimo de um prefixo (antes da raiz da palavra). Chamaremos de derivação PREFIXAL.

    Reforma, anfiteatro, desfazer, reescrever, ateu, infeliz.

    Pelo acréscimo de um sufixo (após a raiz da palavra). Chamaremos de derivação SUFIXAL.

    Formalmente, fazimento, felizmente, mocidade, teísmo.

    Pelo acréscimo de um sufixo e de um prefixo ao mesmo tempo (com possibilidade de remoção).

    Chamaremos de derivação PREFIXAL E SUFIXAL.

    Infelizmenteateísmodesordenamento.

    Pelo acréscimo simultâneo e irremovível de prefixo e sufixo. É o que se convencionou chamar de PARASSÍNTESE ou DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.

    Avermelhadoanoiteceremudeceramanhecer.

    Pela regressão de uma forma verbal. É o que chamaremos de derivação regressiva ou deverbal: advinda de um verbo. Essa derivação usualmente dá origem a substantivos abstratos.

    Abalo (proveniente do verbo “abalar”) | Agito (proveniente do verbo “agitar”).

    Luta (proveniente do verbo “lutar”) | Fuga (proveniente do verbo “fugir”).

    Pelo processo de alteração classe gramatical. Convencionalmente chamada de CONVERSÃO OU “DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA”.

    jantar – “jantar” é um verbo, mas aqui foi transformado em substantivo.

    Um não – “não” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    O seu sim – “sim” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    Estrangeirismo:

    Pode-se entender como um tipo de empréstimo linguístico. Ele pode ocorrer de duas maneiras:

    *Com aportuguesamento: abajur (do francês "abat-jour"), algodão (do árabe "al-qutun"), lanche (do inglês "lunch") etc.

    *Sem aportuguesamento: networking, software, pizza, show, shopping etc.

    RESUMO RETIRADO DE AULA DO PROFº PABLO JAMILK.


ID
4076428
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a função sintática que exerce o termo destacado em: “Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, CONSTRANGIDO.”

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    A palavra Constrangido está indicando o estado do sujeito, portanto é um predicativo

  • A questão quer saber a função sintática do termo em destaque em “Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, CONSTRANGIDO.”. Vejamos:

    Temos nesse caso um predicativo do sujeito!

     . 

    A) Objeto indireto

    Objeto indireto: é o termo preposicionado que completa o sentido de um verbo transitivo indireto (VTI) ou de um verbo transitivo direto e indireto (VTDI).

    Ex.: Eu confio em Deus. (“confio” é VTI. “em Deus” é objeto indireto)

    Já em “Eu tenho confiança em Deus”, “em Deus” é complemento nominal, pois está ligado ao substantivo “confiança”.

     . 

    B) Adjunto adverbial

    Adjunto adverbial: é sempre um advérbio ou uma locução adverbial. Caracteriza melhor a ação expressa pelo verbo, acrescentando ou especificando uma circunstância qualquer (modo, lugar, tempo...)

    Ex.: Nós estudamos muito bem ontem no curso. (“muito” é adjunto adverbial de intensidade. “bem” é adjunto adverbial de modo. “ontem” adjunto adverbial de tempo. “no curso” adjunto adverbial de lugar.

     . 

    C) Complemento nominal

    Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido de um nome (advérbio, substantivo ou adjetivo), ligando-se a eles por meio de preposição.

    Ex.: A leitura do livro foi rápida. (“leitura” é substantivo. “do livro” é complemento nominal”)

    A comida do restaurante estava cheia de mofo. (“cheia” é adjetivo. “de mofo” é complemento nominal)

    Eles agiram favoravelmente ao povo. (“favoravelmente” é advérbio. “ao povo” é complemento nominal)

     . 

    D) Predicativo

    Predicativo: adjetivo ou expressão com função adjetiva localizada no predicado, que qualifica o sujeito ou o objeto. O predicativo pode expressar uma qualidade (alto, magro, bonito...) ou um estado (cansado, pensativo, triste...) do termo ao qual se refere.

    Predicativo do sujeito: quando o adjetivo se refere ao sujeito. Ex.: Os alunos são inteligentes. (“inteligentes” é o predicativo do sujeito, pois se refere ao sujeito “os alunos”)

    Predicativo do objeto: quando o adjetivo se refere ao objeto. Ex.: Eu comprei livros usados. (“usados” é o predicativo do objeto, pois se refere ao objeto direto “livros”).

     . 

    E) Objeto direto

    Objeto direto: se liga diretamente a verbos transitivos diretos (VTD) e verbos transitivos diretos e indiretos (VTDI).

    Ex.: Comprei um dicionário de Língua Portuguesa. (“comprei” é verbo transitivo direto. “um dicionário de Língua Portuguesa” é o objeto direto)

     . 

    Gabarito: Letra D

  • caso trocasse o 'ele' por 'ela' ficaria:CONSTRANGIDA. logo se percebe que é variável.


ID
4076431
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a ideia que expressa, no contexto, a oração destacada em: “Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, ENQUANTO A CINZA CAÍA NO CHÃO.”

Alternativas
Comentários
  • “Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, ENQUANTO A CINZA CAÍA NO CHÃO.”

    → O enquanto é uma conjunção subordinativa adverbial temporal que introduz uma oração subordinada adverbial temporal, valor semântico de tempo.

    GABARITO. C

  • A questão é sobre conjunções e quer saber qual das ideias abaixo apresenta a oração destaca em “Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, ENQUANTO A CINZA CAÍA NO CHÃO.”. Vejamos:

    Temos nesse caso uma oração subordinada adverbial temporal.

     . 

    A) Consequência

    Oração subordinada adverbial consecutiva: exprime consequência do fato expresso na oração principal. É introduzida pelas conjunções que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...

    Ex.: Estudou tanto que passou na prova.

     . 

    B) Causa

    Oração subordinada adverbial causal: exprime ideia de causa do fato expresso na oração principal. É introduzida pelas conjunções porque, porquanto, uma vez que, visto que, já que, como...

    Ex.: Já que você estudou muito, suas chances de passar são enormes.

     . 

    C) Tempo

    Oração subordinada adverbial temporal: exprime ideia do tempo em que ocorre o fato expresso na oração principal. É introduzida pelas conjunções quando, enquanto, logo que, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

     . 

    D) Conformidade

    Oração subordinada adverbial conformativa: exprime ideia de conformidade com o pensamento expresso na oração principal. É introduzida pelas conjunções conforme, como, segundo, consoante...

    Ex.: Tudo saiu conforme combinamos.

     . 

    E) Condição

    Oração subordinada adverbial condicional: exprime o que deve ou não ocorrer para ser realizado o fato expresso na oração principal. É introduzida pelas conjunções se, caso, desde que, contanto que, exceto se...

    Ex.: Se você for, eu vou!

     . 

    Gabarito: Letra C

  • GABARITO: C

    quando,,enquanto termos muito cobrados com ideia de tempo !


ID
4076434
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Apenas uma das opções corresponde à forma simples da composta destacada em: “... que ele finalmente TINHA DESCOBERTO o segredo para viver na fartura.”. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • LETRA "B" - IN CASU, TRATA-SE DO PRETÉRITO MAIS- QUE- PERFEITO COMPOSTO DO MODO INDICATIVO, PORQUANTO O VERBO AUXILIAR (TINHA) ENCONTRA-SE NO PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO. ASSIM, SUA FORMA SIMPLES DEVE ESTAR NO PRETÉRITO MAIS- QUE - PERFEITO.


ID
4076437
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a opção em que a palavra foi acentuada segundo a mesma regra de acentuação de UÍSQUE.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    U-ís-que -> Hiato tônico

    A) Pre-vi-sí-vel -> Paroxítona terminada em L

    B) Dis-tra-í-do -> Hiato tônico

    C) Fa-mí-lia -> Paroxítona terminada em ditongo crescente, algumas bancas afirmam que seria uma proparoxítona eventual (Fa-mí-li-a), por exemplo, CEBRASPE

    D) Fic-tí-cia -> Paroxítona terminada em ditongo crescente, poderia ser diferente se fosse CEBRASPE

    E) In-dús-trias -> Paroxítona terminada em ditongo crescente, mesmo caso da D e C

  • Regra do Hiato : leva acento quando for a segunda vogal tônica, - i ou u exemplo: saúde. E não estiver seguida de nh Ex: rainha. Se formar sílaba com r, l,m n.z exemplo: raiz, ruim, não leva acento. Fonte: Moderna Gramática Bechara

  • A acentuação gráfica pode ser definida sinteticamente como a marcação na escrita, por meio de acento agudo ou circunflexo, da sílaba mais forte da palavra.

    Em "uísque" a regra que justifica a acentuação é a dos hiatos: quando a vogal "i" ou "u" formam hiato com a anterior, serão acentuadas, desde que não seguidas de dígrafo "-nh" e que não formem sílaba com as consoantes r, l, m, n, r, z: bainha, Adail, Saul, ruim, Coimbra, oriundo, cair, demiurgo, raiz.

    a) Previsível

    Incorreto. A acentuação justifica-se pela regra das paroxítonas: acentuam-se as vogais a, e, i, o, u quando as paroxítonas terminam em -l, -n, -r, -x, -ps: fácil, méson, difícil, dócil, ímpar, córtex, hélix, bíceps, etc;

    b) Distraído

    Correto. A acentuação justifica-se pela regra dos hiatos, tal qual acontece com a palavra "uísque" do enunciado;

    c) Família

    Incorreto. A acentuação justifica-se pela regra das paroxítonas terminadas em ditongo;

    d) Fictícia

    Incorreto. A acentuação justifica-se pela regra das paroxítonas terminadas em ditongo;

    e) Indústrias

    Incorreto. A acentuação justifica-se pela regra das paroxítonas terminadas em ditongo.

    Letra B

  • A questão em tela versa sobre regra de acentuação gráfica e teremos que indicar se as afirmações das palavras estão corretas.

    Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições; consequentemente, as palavras podem receber três classificações quanto a esse aspecto:

    Oxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a última: você, café, jiló…

    ▪São acentuadas as que terminam em: a, as, e, es, o, os, em, ens

    Paroxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima: gente, âmbar, éter…

    ▪São as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em: i, is, us, um, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos, , ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: águas, árduo, pônei…

     ➡ Proparoxítonas - são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima: lágrima, trânsito…

    ▪São todas acentuadas.

    Quanto às de apenas uma sílaba, os chamados monossílabos: má, pó, fé…

    ▪São acentuados os terminados em: a, as, e, es, o, os.

  • Caso especial

    Regra: Acentuam-se as vogais i e u dos hiatos tônicos sozinhos ou com s e longe de nh

    rainha (N acentua )

    juíza

    balaústre

    caístes

    Fonte: Curso Português Gold- Flávia Rita

  • Hiato, senhores!

    UÍSQUE: U-ÍS-QUE

    DISTRAÍDO: DIS-TRA-Í-DO

  • Regra do Hiato !


ID
4076440
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a opção que substitui a conjunção grifada em: “A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, MAS é também muito mais complexa.”, sem alteração de sentido.

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre conjunções e quer saber por qual conjunção podemos substituir o "mas" em “A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, MAS é também muito mais complexa.”. Vejamos:

    Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    A) portanto

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     . 

    B) por isso

    "Por isso" é conjunção coordenativa conclusiva.

     . 

    C) contudo

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     . 

    D) então

    "Então" é conjunção coordenativa conclusiva.

     . 

    E) logo

    "Logo" é conjunção coordenativa conclusiva.

     . 

    Gabarito: Letra C

  • obrigada


ID
4076443
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Apenas um dos substantivos abaixo forma o plural assim como MATÉRIA-PRIMA. Assinale-o.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (p. 189), quando uma palavra hifenizada é composta por um substantivo e um adjectivo, como é o caso de matéria-prima, ambos os elementos da palavra flexionam em número, mantendo-se a concordância entre eles. Assim, o plural de  é matérias-primas, tal como o plural de amor-perfeito é amores-perfeitos e o de batata-doce é batatas-doces

    https://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica/DID/2212#:~:text=Assim%2C%20o%20plural%20de%20mat%C3%A9ria,%2Ddoce%20%C3%A9%20batatas%2Ddoces.

  • 'O plural de guarda-noturno é guardas-noturnos. Neste caso, guarda é um substantivo, seguido do adjetivo noturno. O plural de guarda-florestal é guardas-florestais, pelo mesmo motivo. O plural de guarda-fiscal é guardas-fiscais.

    No entanto, se guarda tiver a função de verbo, o segundo termo do composto deve ser obrigatoriamente um substantivo e, neste caso, só o nome irá para plural. Por exemplo, guarda-roupas.'

    https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/os-plurais-de-guarda-noturno-guarda-florestal-e-guarda-fiscal/33820 [consultado em 21-08-2020

  • Gabarito: E

    Matéria-prima >>>> matérias-primas

    I) Substantivo composto por substantivo/ adjetivo/ numeral:

    Ambos irão para o plural, caso de matéria-prima.

    II) Substantivo composto iniciado por Guarda:

    A) Formando uma pessoa:

    Ambos irão para o plural, caso de guarda-noturno.

    B) Formando um objeto:

    Somente o último irá para o plural, guarda-sol >>>> guarda-sóis.

  • A pluralização de substantivo, temática cobrada, está inserida no estudo da morfologia, estritamente no estudo dos substantivos. Deve-se analisar com comedimento cada um dos substantivos compostos a seguir, tendo em vista que esse tipo nem sempre observa regras idênticas, pois apresenta exceções.

    Inspecionemos a palavra em destaque para cotejá-la com as opções de resposta:

    Matéria-prima → Substantivo composto constituído de um substantivo (matéria) e um adjetivo (prima). Em casos símiles, em geral, dá-se o plural com a pluralização de ambos os elementos. Esta é a lição de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa. Portanto, o plural correto é "matérias-primas".

    a) Alto-falante

    Incorreto. Só varia o segundo elemento, tendo em vista que o primeiro é um advérbio, classe invariável: "alto-falantes";

    b) Beija-flor

    Incorreto. Só varia o segundo elemento, tendo em vista que o primeiro é um verbo, classe invariável nos compostos: "beija-flores";

    c) Guarda-sol

    Incorreto. Só varia o segundo elemento, tendo em vista que o primeiro é um verbo, classe invariável nos compostos: "guarda-sóis";

    d) Abaixo-assinado

    Incorreto. Só varia o segundo elemento, tendo em vista que o primeiro é um advérbio, classe invariável: "abaixo-assinados";

    e) Guarda-noturno

    Correto. Ambos variam, tendo em vista que o primeiro elemento (guarda) é substantivo e o segundo (noturno), adjetivo: "guardas-noturnos".

    Letra E

  • Esquema:

    Os dois vão para o plural =

    Substantivos + substantivos

    couves-flores

    Substantivos + Adjetivos

    Amores prefeitos

    Adjetivos + substantivos

    Más - línguas

    Numeral + substantivos

    Segundas -feiras

    ----------------

    Somente o segundo vai para o plural:

    Se o primeiro elemento for verbo :

    Guarda- chuva - Guarda-chuvas

    Advérbio- Alto falantes

    Forma reduzida de Bel , grã, grão-

    Grão-duques


ID
4076446
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

A forma ASCENDEU é homônima à destacada em: “... ACENDEU um charuto cubano.”, pois as duas palavras apresentam o mesmo som, mas possuem significados diferentes. Assinale a opção que deve ser preenchida com a primeira das palavras entre parênteses.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Sessão: reunião, assembleia, congresso.

    Cessão: ato ou efeito de ceder, transferência.

  • A questão é sobre homônimos (palavras homônimas ou homônimos são palavras que são pronunciadas da mesma forma, mas têm significados diferentes) e quer saber qual a opção que deve ser preenchida com a PRIMEIRA das palavras entre parênteses

    A) Os homens costumam ____ muitos animais na floresta, (cassar-caçar)

    Cassar: inutilizar ou tornar algo nulo, inválido; invalidar; revogar, anular ou invalidar os direitos políticos de alguém.

    Caçar: perseguir; seguir animais silvestres para os prender; matar animais silvestres.

     . 

    B) Ele precisava___os seus erros, (espiar - expiar)

    Espiar: Observar (algo ou alguém) de modo secreto, sem que alguém perceba, com o propósito de conseguir informações; espionar.

    Expiar: Reparar um erro, uma falta; pagar um crime; remir ou remir-se.

     . 

    C) Este _____ de música clássica costuma ser maravilhoso, (conserto-concerto)

    Conserto: ação de fazer reparos ou melhorias em algo; reparação.

    Concerto: apresentação pública de música; show.

     . 

    D) Os chefes se reuniram numa ___ extraordinária. (sessão-cessão)

    Sessão: período de tempo em que uma atividade é realizada.

    Cessão: ação ou efeito de ceder, de oferecer algo a alguém.

     . 

    E) O velho casaco estava ____, desbotado. (russo - ruço)

    Russo: aquele que é da Rússia.

    Ruço: pardo claro; que tem cabelos brancos e pretos misturados; grisalho.

     . 

    Gabarito: Letra D


ID
4076449
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a forma que deve assumir o verbo se a frase: “Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais...” for passada para a voz ativa.

Alternativas
Comentários
  • Na voz passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.

    Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais..

    (sujeito) (auxiliar + particípio) (agente da passiva)

    A mera extração de recursos naturais sustenta bem mais que a metade da economia brasileira.

    (sujeito) (VTD) (objeto direto)

    Nota-se que "é" está no presente do indicativo, logo o verbo principal, na voz ativa, também fica no presente do indicativo.

    Gabarito: C

  • Por se tratar de tempo verbal, a questão diz respeito estritamente à morfologia, campo de estudo que envolve as classes gramaticais — no caso em tela, verbo.

    Leiamos o fragmento:

    “Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais...” 

    O fragmento acima, na voz passiva, apresenta o verbo "ser" na forma verbal "é", cujo tempo e modo são presente do indicativo. Na conversão à voz ativa, deve-se preservá-los. É importante recordar que, na conversão da passiva para a ativa, o agente da passiva passa a sujeito e o sujeito, a objeto direto:

    "A mera extração de recursos naturais sustenta bem mais que a metade da economia brasileira."

    O verbo em destaque está no mesmo tempo e modo do verbo "ser", obedecendo aos princípios gramaticais.

    a) Sustentaria

    Incorreto. O verbo está no pretérito imperfeito do indicativo, diferindo do tempo e modo do verbo "ser";

    b) Sustentava

    Incorreto. O verbo está no pretérito perfeito do indicativo, diferindo do tempo e modo do verbo "ser";

    c) Sustenta

    Correto. Está no presente do indicativo, mesmo tempo e modo do verbo "ser";

    d) Sustentasse

    Incorreto. O verbo está no pretérito imperfeito do subjuntivo, diferindo do tempo e modo do verbo "ser";

    e) Sustentar

    Incorreto. O verbo está em uma de suas formas nominais, especificamente o infinitivo.

    Letra C


ID
4076455
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a opção que completa, correta e respectivamente, as lacunas da frase abaixo.

___situações em que___ própria população local se rendia___vontades dos governantes e permitia______ exploração da floresta.

Alternativas
Comentários
  • Acho que faltou uma lacuna, mas da pra fazer!

    Gabarito: D

    Havia (impessoal = existir, 3ª pessoa do singular)

    a (função de artigo)

    às (artigo + preposição do verbo "render")

    a (função de artigo)

  • HAVER no sentido de "TER"

    → assume a função de auxiliar e, portanto, pode ser conjugado em todas as pessoas.

    ex. Elas haviam chegado mais tarde.

    A qualquer momento, os empregados haviam de falar.

     ----------------------------------------------------------------------------------

    HAVER no sentido de "EXISTIR" e "OCORRER"

    → o verbo haver se torna impessoal

    Nesse caso, passa a ser aplicado sem o uso do sujeito, sempre no singular, e não pode ser flexionado.

    ex. Havia três pessoas na frente da casa

    Havia um mês que não se falavam

    Havia 12 remédios na caixa.

     

    GABARITO - D

    Havia situações em que ------------- Havia no sentido de existir - impessoal

    a própria população local se rendia ----------------- artigo definido

    às vontades dos governantes e permitia ---------------- preposição "a" + artigo definido "as"

    a exploração da floresta. --------- artigo definido

  • Há duas temáticas compreendidas pela questão, a saber:

    Concordância verbal, em específico com o verbo "haver";

    Crase, o fenômeno em que há junção, normalmente, de duas letras "a".

    Detalhemos parte por parte:

    Havia situações → O verbo "haver", quando principal e no sentido de existência, é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito. Por isso, deve ficar na terceira pessoa do singular.

    (...) Em que a própria população → No trecho, a vogal "a" é apenas artigo que determina o sujeito, de modo que não se marca o fenômeno da crase.

    (...) a própria população se rendia às vontades dos governantes → O verbo "render-se" rege preposição "a", que se funde com o artigo "as" que determina o objeto direto. Logo: se rendia a + as vontades dos governantes = se rendia às vontades dos governantes.

    E permitia a exploração da floresta → No trecho, a vogal "a" é apenas artigo que determina o objeto direto, de modo que não se marca o fenômeno da crase.

    O trecho preenchido:

    "Havia situações em que a própria população local se rendia às vontades dos governantes e permitia a exploração da floresta.

    Letra D


ID
4076458
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 

Assinale a opção em que a oração destacada em: “Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, AO ABRIR A GAVETA, parou, constrangido.” foi corretamente desenvolvida, segundo o contexto.

Alternativas
Comentários
  • ao + particípio = tempo

    gab B :)

  • As orações reduzidas apresentarão verbo ou o auxiliar (no caso das locuções verbais) em uma das formas nominais, que são três: infinitivo (terminação "r"), gerúndio (terminação "-ndo") particípio (terminação em "-ado" ou "-ido") e não terão conectivo introduzindo-asUsualmente, pode-se desenvolvê-las, o que é feito com a inserção de um conectivo que mude a forma da frase sem lhe alterar o sentido; no entanto, nem sempre será possível, uma vez que existem orações reduzidas fixas.

    Inspecionemos o fragmento:

    “Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, AO ABRIR A GAVETA, parou, constrangido.”

    A oração em destaque está reduzida de infinitivo e apresenta valor temporal. Veja que é possível assim reescrevê-la:

    "Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, quando abriu a gaveta, parou, constrangido."

    a) ...como abriu a gaveta...

    Incorreto. O sentido é de causa;

    b) ...quando abriu a gaveta...

    Correto. O sentido é temporal e conserva o valor original da oração;

    c) ...a fim de que abrisse a gaveta...

    Incorreto. O sentido é de finalidade;

    d) ... embora abrisse a gaveta...

    Incorreto. O sentido é de concessão;

    e) ... caso abrisse a gaveta...

    Incorreto. O sentido é de condição.

    Letra B

  • GAB: B

    Ao abrir a gaveta = quando abriu a gaveta = no momento em que abriu a gaveta.

  • Assertiva B

     AO ABRIR A GAVETA

    quando abriu a gaveta...

     AO = Expressa sentido de tempo


ID
4076461
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Desde a virada do século XX para o XXI o Brasil vem se transformando em um importante destino de refugiados, que em grande parte estão fugindo de conflitos ou de situações econômicas ruins. Entre as nacionalidades a seguir, a que em 2014 obteve o maior número de refugiados entrando no Brasil foi a de:

Alternativas

ID
4076464
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O início do ano de 2015 foi marcado pelo atentado terrorista ao “jornal Charlie Hebdo”, principalmente aos seus chargistas. O referido atentado ocorreu em que cidade europeia?

Alternativas

ID
4076470
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Nos últimos meses a economia brasileira vem sofrendo com problemas internos e externos ao país gerando grande instabilidade. Assinale a alternativa que in d ica um dos fa to re s que ocorreu sistematicamente nos últimos meses na economia do país.

Alternativas

ID
4076473
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A questão hídrica é um dos temas centrais da sociedade brasileira nos últimos meses. Inúmeras reportagens são exibidas sobre as causas da escassez, as regiões que mais sofrem, os desperdícios e as novas formas de economizar. Entre os setores da economia listados a seguir, assinale o que consome maior volume de água doce para desenvolver suas atividades no Brasil.

Alternativas

ID
4076476
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Anel e Estrela são exemplos de:

Alternativas
Comentários
  • Gab: C

    TOPOLOGIA ESTRELA (STAR)

    - As estações são ligadas através de uma conexão ponto-a-ponto dedicada a um nó central controlador, pelo qual passam todas as mensagens.

    - Não há tráfego direto entre os dispositivos.

    - Para que uma estação de trabalho envie uma informação para outra, haverá sempre uma passagem pelo nó central.

    ANEL (RING)

    - Cada dispositivo tem uma conexão ponto-a-ponto com outros dois dispositivos conectados lado a lado;

    - A comunicação é simplex: a mensagem circula o anel de nó em 

  • Topologias mais conhecidas: ANEL, ESTRELA, BARRAMENTO

    É a infraestrutura física e lógica de uma rede.

  • Topologia : Trata-se da forma como os computadores estão conectados.

  • Topologia de redes: PAMEBA

    Ponto a ponto

    Anel/circular

    Malha

    Estrela

    BArramento/bus/linear

  • layout de rede tbm.

    fica a dica

  • gaba C

    DIFERENÇAS ENTRE: BARRAMENTO, ANEL E ESTRELA

    BARRAMENTO

    • Nesta topologia de rede, os computadores são ligados em série por um cabo com terminações de fim de linha. Neste modo, quando houver algum problema no cabo tronco toda a rede estará comprometida.

    ANEL

    • Nesta topologia de rede, os computadores são ligados por um cabo formando um anel. O primeiro computador transmite a informação ao próximo e assim por diante, até que o primeiro computador receba novamente e repasse a informação, continuando o ciclo. Neste modo, quando houver um problema de cabeamento é possível mudar o sentido da propagação da informação na tentativa que continuar com a transmissão.

    ESTRELA

    • Nesta topologia de rede, cada computador é ligado a um dispositivo central (hub ou swich), deste modo a informação se propaga na rede sempre em forma de estrela, ou seja, a informação vai ao dispositivo central e este reenvia a informação ao computador de destino. É o tipo mais seguro de ligação, pois se houver problema no cabeamento que liga a um computador, os demais não serão afetados.

    pertencelemos!


ID
4076479
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Alguns termos relacionados à segurança da informação estão disponibilizados na coluna I. Estabeleça a correta correspondência com os seus significados, disponibilizados na coluna II.

Coluna I
1. Cavalo de Troia
2. Cookies
3. Firewall
4. Criptografia
5. Assinatura digital

Coluna II

( ) técnica utilizada que gera um código para garantir autenticidade, integridade e não repúdio
na mensagem, utilizando uma infraestrutura de chaves públicas.
( ) pequenos arquivos gerados durante a navegação na Internet a pedido do site visitado.
( ) técnica utilizada para embaralhar dados, usada
para proteger a privacidade de e-mails. Pode ser simétrica ou assimétrica.
( ) tipo de malware aparentemente inofensivo que inicia, de forma escondida, ataques ao sistema.
( ) medida de segurança que pode se r implementada para limitar o acesso de terceiros a uma determinada rede ligada à Internet.

A sequência correta é:


Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    ---

    (5) técnica utilizada que gera um código para garantir autenticidade, integridade e não repúdio na mensagem, utilizando uma infraestrutura de chaves públicas. = Assinatura digital

    (2) pequenos arquivos gerados durante a navegação na Internet a pedido do site visitado. = Cookie

    (4) técnica utilizada para embaralhar dados, usada para proteger a privacidade de e-mails. Pode ser simétrica ou assimétrica. = CRIPTOGRAFIA

    (1) tipo de malware aparentemente inofensivo que inicia, de forma escondida, ataques ao sistema. = CAVALO DE TROIA

    (3) medida de segurança que pode se r implementada para limitar o acesso de terceiros a uma determinada rede ligada à Internet. = FIREWALL

  • Criptografia - Simétrica = 1 Chave (PÚBLICA)

    Criptografia - ASSimétrica = 2 Chaves (1 PÚBLICA + 1 PRIVADA)


ID
4076482
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No MS Word 2010 BR, o recurso que copia a formatação de um caracter ou parágrafo de um texto para outro trecho de um documento, é conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • Gab letra B

    Pincel de formatação = copiar formatação. Atalho >>>>> CTRL + SHIFT + C

  • Assertiva b

    é conhecido como:pincel.


ID
4076485
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

São funções estatísticas do MS Excel 2010 BR:

Alternativas
Comentários
  • MÉDIA e MENOR , LETRA E

  • Não entendi o que a questão pede

  • A questão aborda conhecimentos acerca das categorias de funções do Excel 2010, mais especificamente quanto aos tipos de funções estatísticas.  

     

    A) Incorreta – Não existe uma função chamada “Exponenciação” no Excel. Já a função “VAR”, que é estatística, é utilizada para estimar uma variação com base em uma amostra.  

    B) Incorreta – Não existe uma função chamada “Subtração” no Excel. Já a função “Maior”, que é estatística, tem como função retornar o maior valor, de acordo com a classificação imposta pelo usuário, dentro de um intervalo de células.

    C) Incorreta – Não existe uma função chamada “Adição” no Excel. Já a função “CONT.SE”, que é estatística, tem como função contabilizar quantas células atendem a determinado critério.

    D) Incorreta – Não existe uma função chamada “Divisão” no Excel. Já a função “Mínimo”, que é estatística, tem como função retornar o menor valor presente em um intervalo de células.  

    E) Correta – A função “MÉDIA” é utilizada para retornar a média aritmética de um intervalo de células, enquanto a função “MENOR” retorna o menor valor, de acordo com a classificação imposta pelo usuário, dentro de um intervalo de células. Ambas as funções são do tipo estatística.  

     

    Gabarito – Alternativa E.


ID
4076488
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

É um exemplo de ferramenta de busca e pesquisa colaborativa e de um navegador da Internet, respectivamente: 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Para os não assinantes.

  • Wikipedia e Mozilla Firefox.

    GAB: A

  • Wikipedia e Mozilla Firefox.

    GABA-A

  • GAB: A

    • WIKIPEDIA: TRABALHA COM MODO COOPERATIVO ONDE QUALQUER PESSOA PODE AJUDAR A EDITAR INFORMACOES DO SITE
    • MOZILLA FIREFOX: BASEA-SE NO CONCEITO DE PROGRAMA COM CODIGO ABERTO NO QUAL PERMITE USAR O CODIGO FONTE PARA OUTRAS APLICACOES E CRIAR NOVOS PROJETOS COM BASE NO PROGRAMA
  • A wikipedia é uma wiki, ou seja é uma ferramenta colaborativa para pesquisa e busca. Já o mozilla firefox é um navegador. Outros navegadores inclusos nas alternativas são o Safari e o Google Chrome. Porém Skype é uma ferramenta de comunicação e o Twitter é uma rede social assim como o Facebook. Outlook é uma ferramenta de e-mail. Linux e Android são sistemas operacionais


ID
4076491
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

A Geodésia é uma ciência que tem por objeto principal:

Alternativas

ID
4076494
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

A Geodésia trabalha com três superfícies em sua rotina de atuação, são elas:

Alternativas

ID
4076497
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

A superfície equipotencial do campo de gravidade que mais se aproxima do nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos continentes é denominada:

Alternativas

ID
4076500
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

Ao se delimitar um imóvel com formato quadrado em campo obtém-se uma área de 625 m2. Ao demarcar esse imóvel em uma carta topográfica com escala de 1:1000, o quadrado terá cada lado, em centímetros, com:

Alternativas

ID
4076503
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

Sobre o tema orientação, é correto afirmar que o ângulo definido entre o norte geográfico e o norte magnético é denominado:

Alternativas

ID
4076509
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

A partir do conhecimento sobre poligonais correlacione os itens da coluna I com os itens da coluna lie selecione a opção correta.

Coluna I
1. poligonal aberta
2. poligonal fechada
3. poligonal enquadrada

Coluna II
( ) parte de dois pontos com coordenadas conhecidas e acaba em outros dois pontos com coordenadas conhecidas.
( ) parte de um ponto com coordenadas conhecidas e retorna ao mesmo ponto. ( ) parte de um ponto com coordenadas conhecidas e acaba em um ponto cujas coordenadas deseja-se determinar.
( ) não permite determinar erros de fechamento, dessa forma todos os cuidados são necessários durante o levantamento de campo para evitar erros muito elevados.

A sequência correta é:

Alternativas

ID
4076515
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

A definição do valor referente à cota/altitude baseia-se em métodos que permitem obtero desnível entre dois pontos de interesse. Ao utilizar um valor de referência inicial é possível calcular as demais cotas ou altitudes em uma área. Esses métodos são denominados:

Alternativas

ID
4076518
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

A constelação de satélites do sistema GNSS GPS-NAVSTAR apresenta-se organizado em quantas órbitas?

Alternativas
Comentários
  • Em 06 órbitas.


ID
4076521
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

O sistema GPS é composto por três segmentos básicos: espacial, de controle e de usuários. O segmento de controle apresenta como uma de suas funções:

Alternativas

ID
4076524
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

O erro em fotografias aéreas, que ocorre devido à curvatura da superfície da lente, e afeta as imagens de objetos situados no eixo óptico, ocasionando a falta de clareza e nitidez, bem como, o baixo contraste dos objetos é denominado:

Alternativas

ID
4076527
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

Para a realização de operações topográficas que visem à coleta de ângulos e distâncias podem ser utilizados os seguintes equipamentos:

Alternativas

ID
4076530
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

Foram medidas duas distâncias nos segmentos A-B (15,15 m) e B-C (25,16 m) com uma trena de comprimento nominal igual a 30,0 m. Posteriormente verificou-se que a trena possuía um comprimento real igual a 29,95 m. As distâncias corrigidas são, respectivamente:

Alternativas

ID
4076533
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Técnicas em Topografia

Ao se realizar um levantamento aerofotogramétrico com a altura de voo de 10500 m (acima da região de interesse); recobrimento longitudinal = 60% e transversal = 30%; formato do negativo: 23 x 23 cm; distância focal da câmara: f = 210 mm; e a área de 50 km de comprimento por 15 km de largura, a escala da fotografia aérea obtida é igual a:

Alternativas

ID
4077241
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

No início de 2015, o presidente do Senado brasileiro foi reeleito e continuará exercendo a função no biênio 2015 -2016 .0 nome do referido político é:

Alternativas

ID
4091920
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder á questão.


Meu amigo Brasílio


        No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

         - Fica para jantar- ele convidou.

        Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

        - Ixi, não tenho talheres.

         - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família.

        - Vendi pela internet. Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão.

         Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

- Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

         Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

         Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

         Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

        Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

         Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em:<http:super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, acesso em 18/01/2015.) 

Meu amigo Brasílio

    No sábado, fui visitar meu velho amigo Brasílio. Ele me recebeu no portão, animado, com um uisquinho na mão, me convidou para entrar, abriu uma champanhe francesa, me deu uma taça, acendeu um charuto cubano. Disse que as coisas estavam indo bem para ele, que os negócios tinham engrenado, que ele finalmente tinha descoberto o segredo para viver na fartura.

     - Fica para jantar - ele convidou.

    Feliz com a felicidade do meu amigo querido, aceitei. Ele foi buscar um prato na cozinha, mas, ao abrir a gaveta, parou, constrangido.

    - Ixi, não tenho talheres.

    - Como não tem talheres, Brasa? - perguntei. Eu tinha cansado de fazer boquinha na casa do Brasílio e sempre usávamos uns talheres lindos, de prata, herança de família. - Vendi pela internet.

    Foi assim que comprei este charuto - disse, distraído, enquanto a cinza caía no chão. Foi aí que notei as paredes vazias e esburacadas. Os quadros tinham sumido. E os fios de eletricidade haviam sido arrancados.

    - Descobri que dá para viver muito bem apenas catando as coisas de valor da família e colocando para vender. Isso que é vida.

    Claro que o Brasílio não existe e que a história aí em cima é fictícia - ninguém faria um absurdo desses, vender o patrimônio para torrar em desfrute. Ou faria?

    Em grande medida, o modelo econômico deste nosso país é baseado numa lógica bem parecida com a do meu querido e fictício amigo. Bem mais que a metade da economia brasileira é sustentada pela mera extração de recursos naturais, de maneira não sustentável. Arrancamos a floresta, passamos nos cobres e aí torramos a grana - e ficamos sem floresta. É o mesmo que vender a prataria da família e gastar em uísque e charutos.

    Muito da prosperidade recente do país foi abastecida por indústrias de alto impacto, que fazem dinheiro a curto prazo, mas nos deixam mais pobres depois. Historicamente este país confundiu gerar riqueza com atacar o patrimônio, surrupiando-o de nossos descendentes. Não precisa ser assim. Há países como a Suécia. Lá, boa parte da economia é baseada na exploração sustentável da floresta. Se a gelada e infértil Suécia conseguiu um dos maiores padrões de vida do mundo explorando floresta, por que um país tão fértil, com uma floresta incomensuravelmente mais rica, como é o caso do Brasil, não poderia fazer o mesmo?

    Porque a floresta equatorial brasileira não é simples e previsível como a floresta temperada sueca. Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, que permite uma exploração industrial da madeira pelas indústrias de papel, móveis e navios. A floresta brasileira é muito mais rica do que a sueca, mas é também muito mais complexa. E lidar com complexidade é muito mais difícil. Em vez de fazer um produto só, há que se aprender a fazer centenas, milhares. Em vez de uma matéria-prima só, há quase infinitas.

    Muito difícil. Melhor derrubar tudo e vender a lenha. Melhor alargar tudo para gerar energia. Melhor passar o trator e fazer monocultura de soja ou gado. E aí ficar sem talheres para o almoço.

(Denis Russo Burgierman. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/>, , acesso em 18/01/2015.) 


A oração destacada em: “Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, QUE PERMITE UMA EXPLORAÇÃO INDUSTRIAL DA MADEIRA PELAS INDÚSTRIAS DE PAPEL, MÓVEIS E NAVIOS.” classifica-se como subordinada:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    que = o qual entre vírgulas: oração subordinada adjetiva explicativa

  • ( C )

    A regrinha é simplória:

    Se vc consegue trocar o "que" por isso = conjunção integrante.. as conjunções integrantes introduzem orações substantivas.

    Se vc consegue trocar o "que" por " qual (ais)" = Pronome relativo ...os pronomes relativos introduzem orações adjetivas.

    as adjetivas podem ser:

    Restritivas - Sem vírgulas

    Explicativas - Com vírgulas

    “Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, QUE ( a qual ) PERMITE UMA EXPLORAÇÃO INDUSTRIAL DA MADEIRA PELAS INDÚSTRIAS DE PAPEL, MÓVEIS E NAVIOS.”

  • C explicativa, atribui nao restringe
  • As orações subordinadas são dependentes e exercem função sintáticas. Desdobram-se em adjetivas (função sintática de adjunto adnominal), adverbiais (função sintática de adjunto adverbial) substantivas (múltiplas funções sintáticas, p.ex. sujeito, complemento nominal, predicado, objeto, etc.).

    “Lá, cresce basicamente uma única espécie de árvore, QUE PERMITE UMA EXPLORAÇÃO INDUSTRIAL DA MADEIRA PELAS INDÚSTRIAS DE PAPEL, MÓVEIS E NAVIOS.”

    O segmento em destaque refere ao substantivo "árvore", servindo-lhe de adjunto adnominal, como é próprio a toda oração adjetiva.

    a) adverbial causal.

    Incorreto .Esse tipo de oração exprime a causa de um fato. Ex.: "Maximiano temera que o coronel o agredisse, de tão violento que ficara." (Jorge Amado)

    b) adverbial concessiva.

    Incorreto. Esse tipo de oração exprime um fato que se concede, permite-se. Ex.: "Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer." (Otto Lara Resende)

    c) adjetiva explicativa.

    Correto. Vide detalhamento inicial;

    d) adverbial final.

    Incorreto. Esse tipo de oração exprime a finalidade, o objetivo de uma ação. Ex.: "O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos." (Marquês de Maricá)

    e) adjetiva restritiva.

    Incorreto. Esse tipo de oração é semelhante à explicativa, porém não se lhe demarca, na escrita, por sinal de pontuação. Ex.: Há coisas que nos comovem.

    Letra C

  • gab c

    "NÃO PARE ATÉ QUE TENHA TERMINADO AQUILO QUE TU COMEÇOU! LEMBRE-SE, TU NÃO PODE DESISTIR"

    Baltasar Gracian