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Prova IBADE - 2016 - IABAS - Cirurgião Dentista


ID
3366835
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

Mme. Brizard fica incumbida de falar com Amélia sobre o plano do casamento. Que argumento ela usa para convencera cunhada?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → Segundo o texto: Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeu-se com a cunhada. Falou-lhe sutilmente no “futuro”, disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366838
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

Percebe-se, pelo fragmento em análise, que:


1. a moça se irritou com os cuidados do irmão que a imaginava uma tola. fria, calculista mas cheia de ilusões românticas. 
2. ao apontar a reflexão de Amélia sobre o estratagema que lhe foi apresentado, o narrador oferece ao leitor uma caracterização bastante crua da personagem. 
3. Amélia mantinha-se casta ainda, pois sabia que esse era o “bem mais precioso" que tinha para garantir um casamento.


Está correto o que apresenta em:

Alternativas

ID
3366841
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

Sobre os elementos destacados do fragmento “Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens”, leia as afirmativas.


I. O segundo QUE é uma conjunção adverbial. 
II A palavra ELA é um pronome pessoal do caso oblíquo.
III. OUTRA é um pronome adjetivo indefinido.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → “Outra, que fosse, quanto mais – ela, que conhecia os homens”

    I. O segundo QUE é uma conjunção adverbial → incorreto, é um pronome relativo e retoma o pronome pessoal "ela".

    II. A palavra ELA é um pronome pessoal do caso oblíquo → correto, pronome pessoal do caso oblíquo representando a 3ª pessoa do singular.

    III. OUTRA é um pronome adjetivo indefinido → incorreto, é um pronome indefinido substantivo (=ele substitui um substantivo, o pronome indefinido adjetivo acompanha um substantivo).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Onde gente que Ela é prinime pessoal do caso oblíquo nao é do caso reto. Vamos analisar direito questao maluca

  • A explicação da Banca IBADE:

    I. O segundo QUE é uma conjunção adverbial. INCORRETO – não inicia oração subordinada adverbial

    II. A palavra ELA é um pronome pessoal do caso oblíquo. CORRETO – o pronome ELA só é pessoal do caso reto, quando assume papel de sujeito, fato que NÃO ocorre na frase em análise. Observe-se que “quanto mais – ela” NÃO se declara nada sobre o pronome (ela) para que se possa afirmar que é sujeito. Além disso, fato comprobatório de que o pronome em análise NÃO é sujeito é a separação deste elemento por vírgula e travessão, isolando-o dos demais, fato que JAMAIS poderia ocorrer com o sujeito.

    III. OUTRA é um pronome adjetivo indefinido. INCORRETO – na frase, é um pronome substantivo indefinido


ID
3366844
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

O segmento “Âs vezes tinha vontade de acabar com isso. "Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!" está substancialmente marcado pelo uso do:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se – ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”

    → Verbo conjugado na 3ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo (=fato como não concluído, situando-o em um espaço de tempo simultâneo a um ponto de referência passado).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366847
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

Do ponto de vista da norma culta, a única substituição que poderia ser feita, sem alteração de valor semântico e linguístico, seria:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → “ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!” = ela era muito capaz de enfiá-los a todos pelo ouvido de uma agulha!

    → Temos um verbo no infinitivo impessoal, pode ocorrer próclise ou ênclise, com terminações em -r, -s e -z (=essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s)).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366850
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

No fragmento “E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.” as orações estabelecem entre si uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → “E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.” 

    → Temos uma ideia de causa/efeito, consequência; o fato de (causa) Amélia refletir no caso fez com que (consequência/efeito) se revoltasse contra a reserva do irmão.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366853
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

A primeira oração do segmento “se não abrirmos os olhos... adeus casamento!”, como efeito expressivo, apresenta um(a):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    → “se não abrirmos os olhos... adeus casamento!”

    → Temos uma relação metafórica, utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças, no caso, refere-se ao fato de observar a verdade dos fatos.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366856
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

Os termos destacados em “SE a supunham uma toleirona, enganavam-SE.", no contexto, são, respectivamenie:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    → “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se – ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”

    → Temos uma conjunção subordinativa adverbial condicional (=equivale a "caso") e logo após um pronome reflexivo, ele equivale a "si mesmos" (=engavam a si mesmos).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366859
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do texto:


I. Na frase " - Ora, continuou o OUTRO gravem ente.", o termo destacado é um substantivo. 

II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, em todas as ocorrências do trecho “Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna!", deveria ser acentuado. 

III. Na frase “Às vezes tinha vontade de acabar com ISSO.", refere-se a “Que diabo significavam tais cautelas?"



Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    I. Na frase “– Ora, continuou o OUTRO gravemente.”, o termo destacado é um substantivo → A palavra "OUTRO" na oração está precedida de um determinante (o artigo definido "o"), o que pelo processo de derivação imprópria modifica a classe gramatical do termo em destaque, passa a ser um substantivo.

    II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, em todas as ocorrências do trecho “Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna!”, deveria ser acentuado → incorreto, somente a preposição presente, não temos crase antes de verbo.

    III. Na frase “Às vezes tinha vontade de acabar com ISSO.”, refere-se a “Que diabo significavam tais cautelas?” → incorreto, o pronome demonstrativo "isso" tem caráter anafórico e retoma toda a situação vivida, acabar com aquela situação.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • I. Na frase " - Ora, continuou o OUTRO gravemente.", o termo destacado é um substantivo.

    Correto. O artigo “o” antes da palavra OUTRO está determinando a palavra, transformando a em substantivo.

    II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, em todas as ocorrências do trecho “Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna!", deveria ser acentuado.

    Errado: não se usa crase antes de verbo.

    III. Na frase “Às vezes tinha vontade de acabar com ISSO.", refere-se a “Que diabo significavam tais cautelas?"

    Errado: o pronome ISSO está retomando a parágrafo anterior


ID
3366862
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão:

Casa de pensão 

    João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa.
    Ao chegar foi direto à mulher [...]
    - Sabes? disse ele, sem tran sição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo. [...]
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único etem a herdar uma fortuna! [...]
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama.
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano.
     - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o AmâncioL. A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório.
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! 
    [...]
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à Amelinha; a mim nãofica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. 
    [...]  
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho.
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir.
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher!     
    [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça!

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário;
Meteu-se nas encolhas: calou-se. 

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, leia as afirmações sobre os verbos destacados em “Mme. Brizard ESCUTAVA, sem DESPREGAR os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos APOIANDO-se no espaldar da cama.” . 


I. As três formas verbais são núcleos do predicado das orações a que pertencem. 

II. Os três verbos indicam, basicamente, o estado das coisas. 

III. O terceiro verbo é significativo e necessita de complemento.


Está correto apenas o que se afirma em:


Alternativas
Comentários
  • Cadê o comentário dos professores em uma questão com um número tão alto de erros?

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se julgamento das assertivas:

    “Mme. Brizard ESCUTAVA, sem DESPREGAR os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos APOIANDO-se no espaldar da cama.” . 

    I. As três formas verbais são núcleos do predicado das orações a que pertencem. 

    Correta. Façamos breve recapitulação sobre as espécies de predicado, que pode apresentar três variações:

    Predicado verbal: é formado por um verbo de ação (um verbo que indica algo que o sujeito faz) seguido ou não de objetos. Seu núcleo sempre será o verbo;

    Predicado nominal: é formado por um verbo copulativo, ou de ligação, (indica algo que o sujeito é) seguido de um predicativo do sujeito. Seu núcleo sempre será o nome em função predicativa;

    Predicado verbo-nominal: é formado por um verbo de ação, juntamente com um nome em função predicativa (do sujeito ou do objeto). É forma que possuirá dois núcleos, o verbo e o nome em função predicativa;

    ---

    Na construção em tela possuímos três predicados verbais (escutar, despregar e apoiar-se), de sorte que o núcleo sempre será o verbo;

    II. Os três verbos indicam, basicamente, o estado das coisas. 

    Incorreta. Verbos que indicam estados são verbos de ligação (ser, estar, ficar, tornar-se, virar,...), são verbos que não indicam uma ação que o sujeito pratica, mas um estado, uma qualidade que ele assume.

    No caso em tela, as formas "escutar", "despregar" e "apoiar-se" não introduzem qualidades ou estados do sujeito, mas indicam ações por ele praticadas. São verbos significativos, ou de ação;

    III. O terceiro verbo é significativo e necessita de complemento.

    Incorreta. Embora seja de fato verbo significativo, consoante exposto acima, a forma "apoiar-se", no sentido de "escorar-se", é apenas pronominal, não possuindo complemento indireto. O termo que o acompanha é somente adjunto adverbial.


ID
3366865
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considerando os fundamentos e diretrizes da atenção básica, analise as afirmativas a seguir.


I. A atenção básica deve ter território adstrito, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais. 

II. O estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização do serviço de saúde que regule a entrada do usuário e reduza os serviços de porta aberta. 

III. A adscrição dos usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência para o seu cuidado.



Está correto apenas o que se afirma em: 

Alternativas

ID
3366868
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Assinale a alternativa que corresponde a uma responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde em relação à atenção básica.

Alternativas

ID
3366871
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Conforme recomendação da Política Nacional da Atenção Básica a respeito das especificidades das Equipes de Saúde da Família - ESF analise as afirmativas a seguir.


I. Cada equipe de saúde da família deve ser responsável, no máximo, 3.500 pessoas, sendo a média recomendada de 2.000 pessoas.


II. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS. 


III. Cada profissional de saúde deve ser cadastrado em apenas uma equipe, com exceção do profissional médico que pode atuar em até 3 ESF.


Está correto apenas o que se afirma em: 


Alternativas

ID
3366874
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

O “conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” corresponde à definição do seguinte princípio do SUS:

Alternativas

ID
3366877
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Marque a alternativa que corresponde a uma das prioridades do Pacto pela Vida.

Alternativas

ID
3366880
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Norma Operacional Básica - NOB 1/96 do SUS teve por finalidade primordial promover e consolidar o(a):

Alternativas
Comentários
  • A presente Norma Operacional Básica tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes (Artigo 30, incisos V e VII, e Artigo 32, Parágrafo 1º, da Constituição Federal), com a conseqüente redefinição das responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na consolidação dos princípios do SUS.

  • A - NOAS 01/02; B - NOAS 01/02; C - NOAS 01/02; D - GABARITO; E - NOB 93.

ID
3366883
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com as disposições legais acerca da aplicação de recursos em ações e serviços públicos de saúde, analise as afirmativas a seguir.


I. Os Estados e o Distrito Federal devem aplicar, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% da arrecadação dos impostos previstos em lei.


II. Os Planos Estaduais de Saúde deverão explicitar a metodologia de alocação dos recursos estaduais e a previsão anual de recursos aos Municípios.


III. Os recursos da União destinados a investimentos nas ações públicas de saúde terão sua programação realizada semestralmente.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
3366886
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O Decreto n° 7.508/2011 define a Rede de Atenção à Saúde como:

Alternativas
Comentários
  • gab a

    1. rede de atenção de saúde
    2. hierarquização (???)
    3. região de saúde
    4. serviços especiais de acesso aberto
    5.  Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite

    dicas desse decreto:

    não confundir art 8º com 20

    tbm n confundir art 5º com art 9º


ID
3366889
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A Lei n° 8.080/1990 determina que os critérios e valores para a remuneração dos serviços prestados pela iniciativa privada devem ser estabelecidos pela direção nacional do SUS e aprovados pelo(a):

Alternativas
Comentários
  • CAPÍTULO II

    Da Participação Complementar

    Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura

    assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS)

    poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.

    Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada

    mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.

    Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins

    lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de

    cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de

    Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.

    LETRA C


ID
3366892
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir em relação aos Conselhos de Saúde:


I. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. 

II. Os Conselhos de Saúde são instâncias responsáveis por avaliar a situação de saúde e proporás diretrizes para a formulação da política de saúde. 

III Os Conselhos de Saúde devem se reunir a cada dois anos com representação majoritária dos profissionais de saúde.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
3366895
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A cárie dentária pode ter sua incidência definida como novas unidades atacadas (indivíduos, dentes ou superfície) ou produzidas (lesão, grau de severidade), durante um período determinado. O índice descrito por Klein e Palmer (1937), que é a média do número total de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados em um grupo de indivíduos é o índice:

Alternativas
Comentários
  • Obrigado por ir direto ao ponto!


ID
3366898
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Em Odontologia Preventiva, a promoção de saúde é praticada em nível de prevenção: 

Alternativas

ID
3366901
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

De difícil diagnóstico e tratamento, essas lesões cariosas podem exigir um procedimento de separação dental (mediata ou imediata), tanto para identificar o dano, quanto no processo de reparo (para evitar lesão ao ciente vizinho). Que tipo de lesão é essa?

Alternativas
Comentários
  • Classe I não exige separação dental para diagnóstico e tratamento. A questão se refere às classes II

    Gabarito incorreto.

  • pode ter havido erro de digitação. O correto seria classe III e classe II

ID
3366904
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Os Streptococcus mutans são transmitidos de um ser humano para outro, durante a primeira infância. Acredita-se que a mãe seja a fonte primária de infecção cariogênica nas crianças. Em epidemiologia, isso se chama transmissão:

Alternativas

ID
3366907
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Algumas lesões cariosas proximais em elementos dentários posteriores, podem ser abordadas a partir da superfície oclusal (preparo em túnel), com instrumentos rotatórios, sem sacrificar a crista marginal. É uma contraindicação para a realização dessa técnica:

Alternativas

ID
3366910
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Um grande número de fraturas dentárias envolvem os incisivos centrais superiores. Quando há fratura de esmalte/dentina com exposição pulpar, sem invasão dos espaços biológicos, em dentes com rizogênese incompleta, há três tipos de tratamento que podem ser empregados. Qual opção apresenta os 3 tipos de tratamento?

Alternativas
Comentários
  • Rizectomia - cirurgia parendodôntica

  • Letra B


ID
3366913
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Para realizar um tratamento endodôntico no elemento dentário 17, o nervo que deve ser anestesiado é o:

Alternativas

ID
3366916
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O anestésico local que possui contraindicação para pacientes com metemoglobinemia, anemia falciforme ou insuficiência cardíaca/respiratória é: 

Alternativas

ID
3366919
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Qual a maneira correta de se realizar a técnica de anestesia intrapulpar para execução de biopulpectomia?

Alternativas

ID
3366922
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Quantos tubetes de lidocaina 2% com adrenalina 1:100.000 podem ser utilizados em uma criança com 30 Kg de peso corporal?

Alternativas
Comentários
  • tem certeza que o resultado seria esse?
  • dose da Lidocaína é igual a 7mg/ kg , ou seja, na criança de 30 kg seria administrada dose total de 7mg X 30kg = 210mg

    Como lidocaína 2% cada ml possui 20 mg anestésico, então cada tubete que possui 1,8ml tem 36 mg. Regra de três simples.

    Agora só dividir quantidade total 210mg ; por quantidade de cada tubete

    210 : 36 = 5,6 tubetes

    Resposta letra b 6 tubetes

  • O gabarito está errado, são no máximo 3 tubetes de anestésicos.

  • 7x30= 210

    210/36= 5,8. Sempre quando resultado der , 1 ou 2 ou 7 ou 8 vc conta como + 1 tubete.

  • tem certeza dessa questão?

    dose de lidocaina é igual a 4,4

    Como lidocaína 2% cada ml possui 20 mg anestésico, então cada tubete que possui 1,8ml tem 36 mg. Regra de três simples.

    sendo então se a criança pesa 30 kg fica:

    30x4,4= 132

    132/36= 3,6 ou seja aproximadamente 4 tubetes.

  • Tem que fazer o cálculo com a dose do Andrade e Malamed, pq as bancas não indicam qual seguem.

  • Esse resultado ta errado. Dose máxima de lidocaína 2% por kg é 4,4 mg.

    4,4 x 30 ÷ 36 = 3,6 tubetes


ID
3366925
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A profilaxia da endocardite infecciosa surgiu da observação de que o tratamento dentário estava associado à bacteremia. Em que caso de comorbidade pessoal, faz-se necessária a antibioticoterapia profilática prévia a uma exodontia?

Alternativas
Comentários
  • diabetes e HIV também tem indicação de profilaxia antibiótica, questão mal formulada na minha opinião


ID
3366928
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Os grupos de antibióticos têm mecanismos de ação variados. A inibição da síntese de ácido nucleico é o mecanismo de ação do seguinte antibiótico;

Alternativas

ID
3366931
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Qual o esquema de profilaxia antibiótica oral para pacientes alérgicos à penicilina e que apresentam risco de desenvolver endocardite infecciosa?

Alternativas

ID
3366934
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

No pós-operatório das exodontias, costuma ser necessário o uso de analgésico associado a antiinflamatório não esteroidal. Alguns profissionais costumam prescrever AINES com ação inibidora altamente seletiva da COX-2. Em que condição sistêmica, apresentada por um paciente a ser tratado, está contraindicado o uso de inibidores altamente seletivos da COX-2?

Alternativas

ID
3366937
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O principal efeito adverso, relaciona do à superdosagem, do uso de Paracetamol é a(o):

Alternativas

ID
3366940
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Hiperplasia da cavidade oral, semelhante a um tumor fibroso, que se desenvolve nas bordas de uma prótese total mal adaptada é o:

Alternativas

ID
3366943
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Tumor intraósseo, que ocorre frequentemente na mandíbula (região de molares e ramo), assintomático, sem predileção de gênero. Seu aspecto radiográfico é uma área radiotransparente unilocular ou multilocular (descrito como “bolhas de sabão" ou "favo de mel"). É comum a reabsorção de raízes dentárias. As características referem-se ao:

Alternativas

ID
3366946
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O cisto que se origina pela separação do folículo da coroa de um dente incluso e é o tipo mais comum de cisto odontogênico é o:

Alternativas

ID
3366949
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Dentre as alterações de desenvolvimento associadas à forma dos dentes, a concrescência pode ser descrita como:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D


ID
3366952
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O exame clínico da cavidade oral e dos lábios é muito importante para detectar precocemente o câncer de boca. As características clinicas das lesões mais comumente encontradas são:

1. Formação de massa fungiforme, papilar ou verrucosa; 

2. Ulceração; 

3. Leucoplasia; 

4. Eritroplasia; 

5. Eritroleucoplasia.


Essas lesões costumam aparecer de 4 a 8 meses antes de o paciente procurar ajuda profissional. Das malignidades encontradas na boca, com essas características, a mais comum é: 

Alternativas

ID
3366955
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A sífilis congênita apresenta 3 sinais patognomônicos, sendo que um deles presente na cavidade bucal. Que sinal é esse?

Alternativas

ID
3366958
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Para localização radiográfica de todos os canais radiculares do elemento 17, é precisa dissociar as imagens mantendo o filme, para cada uma das três tomadas, na mesma angulação vertical, modificando apenas a angulação horizontal em 5o a 8o para cada lado. Esses procedimentos referem-se à técnica de:

Alternativas

ID
3366961
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia

A técnica radiográfica periapical da bissetriz para a realização de exame do elemento 41, exige a seguinte angulação vertical da incidência do RX, com relação ao plano oclusal:

Alternativas

ID
3366964
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Uma coroa total metalocerâmica é indicada para dentes que requerem cobertura total com demanda estética. A opção que apresenta uma contraindicação para a reabilitação com coroa total metalocerâmica é:

Alternativas

ID
3366967
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Os instrumentais específicos, utilizados em exodontia são os fórceps e alavancas. Para realizar a exodontia do elemento 16, o fórceps que deve ser utilizado é o: 

Alternativas

ID
3366970
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Frequente nas extrações de 3º molar inferior, a parestesia dos 2/3 anteriores da língua, configura trauma ou lesão do nervo:

Alternativas

ID
3366973
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A celulite de face consiste na disseminação de infecção nos tecidos adjacentes à causa da doença. Qual das alternativas a seguir apresenta sinal/sintoma que faz parte do diagnóstico da celulite de face?

Alternativas
Comentários
  • Dor localizada, localização circunscrita, metabolismo anaeróbio e menor gravidade são características do abscesso.


ID
3366976
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O número de zeros nos fios de sutura aumentam à medida que sua espessura e diâmetro diminuem. A maioria dos procedimentos cirúrgicos, em cirurgia bucal, requer o uso de que fios de sutura?

Alternativas
Comentários
  • A maioria dos procedimentos de cirurgia oral requer o uso de fios de sutura 3.0 e 4.0; quando se realiza a sutura de um tecido móvel com um tecido relativamente fixo, o fio de sutura deve ser colocado primeiramente no tecido móvel; a medida do fio de sutura é escolhida de acordo com a força tênsil dos tecidos a serem suturados.


ID
3366979
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Pacientes que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos, devem fazer exames pré-operatórios, entre eles, o coagulograma. Dentre os distúrbios de coagulação, um deles pode ser associado à hipovitaminose do tipo:

Alternativas

ID
3366982
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A mortalidade de pacientes que sofreram infarto do miocárdio, durante procedimentos cirúrgicos é elevado Um paciente que necessita de tratamento cirúrgico odontológico e sofreu infarto, deve ter o procedimento adiado por quanto tempo?

Alternativas