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Prova IBFC - 2016 - MGS - Psicólogo


ID
1986817
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

O texto apresenta uma estrutura cujo o processo de composição predominante é o narrativo. Todos os elementos abaixo são característicos desse tipo de texto, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • Defesa de ponto de vista é para textos ARGUMENTATIVOS

  • "Cujo o", enunciado suspeito!

     

  • Cujo o podre!

  • O uso do artigo após o pronome "cujo"...

  • Letra D.

     

    A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, organizados por uma narração feita por um narrador.
    Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a história.

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/narracao.htm

  • Narração

    Texto ou fragmento de texto que tem por fim relatar uma sequência de fatos ou ações. Ao contrário da descrição – onde os fatos ocorrem simultaneamente –, a narração sugere eventos acontecendo em sucessão. Compara-se a um filme.

    ROSENTHAL

  • Os textos dissertativos-argumentativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações; são marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tenta persuadir o leitor.

  • Defesa de ponto de vista/opiniões a fim de se alcançar a persuasão do leitor = > TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO...

    GABA D

    #rumoooaoTJPE

  • Para responder esse tipo de questão não se faz necessário ler o texto na sua integralidade, haja vista que o canditado iria perder precisosos minutos apenas lendo um texto que não serviria de muita coisa para se chegar a resposta correta. 

  • O cara que elabora esses enunciados da IBFC... sei não hein.

     

    "...cujo o..."

  • Eu aconselho ler o enunciado antes do texto, as vezes a questão pedi algo simples

  • Enunciado.

    Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome.

    A equipe cujo o resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso inadequado)

    Os artigos devem ser unidos ao “cujo”: cujo + o = cujo / cujo + a = cuja / cujo +os = cujos / cujo + as = cujas.

    Exs:

    A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso correto)

    Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois ela não pode ser omitida.

    Exs:

    Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a).

    Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

    Atenção, portanto, ao uso do pronome relativo “cujo”.

  • Defesa de ponto de vista tem haver com o texto Dissertativo Argumentativo .

  • Gabarito D

    CARACTERÍSTICAS DO TEXTO NARRATIVO:

    PERSONAGEM;

    ESPAÇO (ONDE OCORRE AS AÇÕES);

    TEMPO (DURAÇÃO OU PERÍODO DO DIA);

    NARRADOR OU FOCO NARRATIVO (1° OU 3° PESSOA);

    HISTÓRIA OU TRAMA(ENREDO SOBRE O QUE É A HISTÓRIA)

    Fonte: Prof, Noslen

    AVANTE TEMPLÁRIOS. "Porquanto, Deus não nos concedeu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." 2 tIMOTEO 1:7

  • Gabarito: D

    → O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo ou intriga - o encadeamento, a sucessão dos fatos, o conflito que se desenvolve, podendo ser linear ou não.

  • GABARITO: LETRA D

    Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço.

    Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.

    Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.

    Elementos da Narrativa:

    Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador personagem e narrador onisciente.

    Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear, enredo não linear, enredo psicológico e enredo cronológico.

    Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).

    Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.

    Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

    FONTE: WWW.TODAMATÉRIA.COM.BR

  • Textos que apresentam defesa de ponto de vista, é chamada de argumentativos, pois tenta convencer o leitor sobre determinado assunto .

  • O gabarito D se trata de um texto DISSERTATIVO


ID
1986820
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

O texto sugere que a morte de Dario acaba sendo resultado do descaso das pessoas. Assinale a única opção cuja passagem transcrita revele um exemplo desse descaso.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Letra C

     

    A questão pede a única opção a qual a morte de dario seja o descaso. Dentre as opções a única é a letra C, pois o taxista está mais preocupado em quem vai pagar do que na pessoa necessitada. 

    Já a letra D se refere mais para furto. E o comando da questão pede a morte de Dario sendo resultado do descaso das pessoas.

  • Que porcaria de questão. Nem precisa ter lido o texto para achar a resposta.

  • Gabarito oficial: Letra "C".

     

    Ora, o texto descreve que Dario levou 2 horas para morrer. Também fala que 3 horas depois de sua morte o mesmo ainda estava lá à espera do "rabecão", dando um total de 5 horas de descaso.

     

    Notem que, pelo contexto, se as pessoas tivessem concordado em pagar ao taxista para que o personagem pudesse ser socorrido, ao invés de esperar pela ambulância, talvez tivessem salvado o pobre velhinho (possibilidade).

     

    Como não o fizeram, por ser típico de nossa cultura brasileira (infelizmente), acabaram por "ajudar" a matar o velho.

     

    "Tamo junto" e que o Senhor Deus nos ajude sempre!

  • Que texto triste, nossa!

  • Não se trata de interpretação de texto, e sim de humanidade. Coisa triste!!


ID
1986823
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

A partir de uma leitura atenta do texto, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra b

    o texto trouxe diversas referências aos pertences do rapaz que foram sumindo gradativamente.

  • Por exemplo

     

    Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete.
    A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

  • Gente, eu sabia que a banca queria a letra B como gabarito, mas eu me recusei a responder, tendo em vista que não ocorreu roubo, e sim furto. :(

  • Carla, a prova era de português e não de direito penal. Não vou negar que isso tb passou pela minha cabeça, mas não podemos levar esse raciocínio para a prova.

  • Que textooooo?!

    A IBFC simplesmente arrasa nos textos!!!!

  • Jesus amado! Tomar cuidado com os textos da IBFC... Tendenciosos para nos confundir! Mas sao otimos textos!

  • Todas as alternativas apresentam divergências quando comparamos com o texto, Exceto a alternativa B.


ID
1986826
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

No 11° parágrafo, tem -se “A última boca repete — Ele morreu, ele morreu”. Nessa passagem, pode-se perceber um exemplo de discurso:

Alternativas
Comentários
  • discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do narrador.

     

    discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens.

     

    http://www.normaculta.com.br/discurso-direto-e-indireto/

  • Letra B.

    São características marcantes no discurso direto o verbo elocutivo que antecipa a fala da personagem, pontuações como dois-pontos, aspas ou travessão marcando a própria fala.

  • No discurso direto,a fala do personagem é acompanhada por um verbo de elocução: dizer, falar,indagar,afirmar...
    seguido de dois pontos, aspas
    exemplo: ´disse-lhes eu `` ,respondeu um deles´`
    No plano expressivo, a força da narração em discurso direto provém de sua capacidade de atualizar o episódio.fazendo emergir da situação
    a personagem,tornando-a viva para o ouvinte. ( José de Nicola )

  • Dsicurso direto:

    “A última boca repete — Ele morreu, ele morreu”

    Discurso indireto:

    Aúltima boca repete que ele havia morrido

    Discurso indireto livre

    Ele morreu

  • Direto:Utilização dos verbos da categoria dicendi ou seja,aqueles que tem relçâo com o verbo"dizer",chamando de "verbo de locução" a saber:falar responder,perguntar,indagar,declara,exclamar,dentre outros.

    Utilizaçâo dos sinaisgraficos:-Travessão,Exclamação!,?,Dois pontos:,Aspas( ).

  • discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do narrador: A última boca repete — Ele morreu, ele morreu.

  • Uso de travessões, aspas, dois pontos => DISCURSO DIRETO..

    GABA B

    #rumooaoTJPE

  • O discurso direto é caracterizado pela utilização de: Travessões, aspas, dois pontos.

  • Discurso indireto livre é uma modalidade de técnica mãe, resultante da mistura dos discursos direto e indireto, sendo um processo de grande efeito estilístico.

    Na frase destacada temos presença dos dois tipos de discurso:

    Indireto: A última boca repete ( Fala do narrador)

    Direto: — Ele morreu, ele morreu” I( Personagem)...

    Portanto.... A correta é letra C.

    Alguém concorda?

  • Fala literal a pessoa que enuncia se expressa.

    Discurso direto:

    - Ele morreu, ele morreu.

    "Ele está aqui"

    Fala indireta, outra pessoa menciona o que falou.

    Discurso indireto:

    Ele disse que vem.

    O general dizia que vivia feliz quando estava aqui.

  • 1. "A última boca repete"

    ( Fala do narrador)

    2. "— Ele morreu, ele morreu”

    ( Personagem)...

    No Discurso Direto, o narrador abre espaço para que o personagem fale por si mesmo.

    Características que confirmam a vigência do Discurso Direto:

    . Verbo Discendi :"repete" = Indicando o momento exato da transcrição entre a fala do Narrador e a fala do Personagem.

    . ( _ ) Uso do travessão = Indicando Discurso Direto do Personagem.

    Gabarito: B


ID
1986829
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

Em “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.” (14°§), considerando as vozes do verbo, pode-se reescrever, corretamente, o trecho em destaque da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

    O toco de vela é apagado pelas primeiras gotas de chuva...

  • Letra a

    " Ele apaga-se" (sintética)

    " Ele é apagado" (analítica)

     

    Enquanto a voz passiva sintética se apresenta com o pronome apassivador "se" somado ao verbo principal, que deverá concordar com o sujeito, a voz passiva analítica é formada pelo verbo ser somado ao particípio [-ado (1ª conjugação) e -ido(2ª e 3ª conjugações)] do verbo principal.

     

     

     

  • Mas o verbo APAGAR-SE nesse caso não é intransitivo e reflexivo? Se assim o é não é possível flexão para voz passiva...

  • MARIANA OLIVEIRA VIAJOU...OLHA A EXPLICAÇAO DA HELEN C.

  •  “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.”

     

    "apaga-se" - Voz Passiva Sintética (verbo principal + pronome apassivador)

     

    Exatamente Frederico. O verbo apagar é geralmente transitivo direto e o pronome apassivador "se" exige a preposiçao "a"; e "as primeiras" é substantivo feminino antecedido do artigo definido "as", daí a crase para que nao haja ambiguidade, pois sao "as primeiras gotas da chuva" quem apaga "o toco de vela" e nao vice-versa.

     

    Podemos transcrever:

     “O toco de vela se apaga às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.” >

      “O toco de vela é apagado {voz passiva analítica ( verbo ser + particípio) } pelas primeiras gotas da chuva, que volta a cair.”

     

    OBS: Geralmente com o verbo SER e ESTAR emprega-se o particípio irregular para formaçao da voz passiva, porém neste caso, o verbo "apagar" nao é um verbo abundante, ele só tem a forma regular.

     

  • Não compreendi muito bem a questão mas discordo dos comentários de alguns colegas.

    O verbo 'apagar' em análise é VTD preposicionado ( por isso há crase em ' às primeiras gotas da chuva ' que é o objeto direto ), sendo assim a partícula ' SE ' é PIS ( Pronome indeterminador do sujeito ) e por isso o verbo se flexiona na terceira pessoa do singular.

    Temos uma oração sem sujeito e na voz ativa.

    A alternativa (A) ' O toco de vela é apagado '  é a mudança da voz ativa ( sem sujeito ) para a voz passiva analítica ( quem tem sujeito passivo )

    Não entendi essa parte. Como é possível uma voz ativa sem sujeito ao ser passada para passiva analítica ter sujeito ?

  • A questão pede, com outras palavras, para passar a oração da voz passiva sintética (verbo na 3ª pessoa + pronome apassivador "se") para a voz passiva analítica (verbo auxiliar "ser" + verbo principal no particípio).

  • Sobre a professora do vídeo.

    Gostei muitooo de sua explicação, você fala com muita clareza e dominio do assunto. Parabéns!

  • voz passiva analitica e sintetica são equivalentes,no caso a frase esta na voz passiva sintetica e a questão pede pra trocar pela voz passiva analitica.

  • Ótima aula da professora, humildade e objetividade na explicação, show de bola!

  • Vozes verbais assunto gostoso, (NÃO CONFUNDA PARTICULA APASSIVADORA VTD,VTDI COM SUJEITO INDETERMINADO VTI,VL,VI, VTD+PREP+SE) . #PMSE

  • Gabarito A

     

     

     

    Apaga-se (Voz passiva sintética: VTD+SE) equivale a “é apagado” (Voz passiva analítica “ser+particípio”). 
    Na letra b, não há voz reflexiva, pois não é a vela que apaga a si mesma. Ela é apagada pela chuva. Pelo mesmo motivo, não poderia ser a letra C, que traz sujeito indeterminado “apagam”. 

     

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • se fosse APAGAM-SE = SÃO APAGADOS

  • O “se” em destaque funciona como partícula apassivadora, pois está ladeado de um verbo que solicita objeto direto (quem apaga apaga algo). Isso configura uma voz passiva do tipo sintética ou pronominal. Convertendo-se essa forma para o formato analítico, tem-se a inserção do auxiliar “ser” flexionado no mesmo tempo do verbo “ser” e concordando com o sujeito paciente “O toco de vela”, acompanhado do verbo principal no particípio.

    Portanto, a conversão para a forma analítica resulta na seguinte construção “O toco de vela é apagado”.

    Resposta: A


ID
1986832
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

No primeiro parágrafo, a oração “Dario vem apressado. guarda-chuva no braço esquerdo.” revela, por meio do adjetivo em destaque, uma característica:

Alternativas
Comentários
  • Apressado é um modo que Dario está numa situação - Circunstância - por isso é um momento passageiro de Dario.

  • Apesar do foco da questão ser o primeiro parágrafo, o texto é muito bom para se ler. Recomendo

  • Ler o texto ajuda muito!!!!

    "Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. "

  • Apressado é o MODO que Dario estava. 

    Dario vem apressado. A alternativa D fala de circunstância, e circunstância é o mesmo que ADVÉRBIO.

  • Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente.

  • Para mim, apressado é um predicativo do sujeito, pois caracteriza Dário naquele momento. Seria um advérbio se fosse apressadamente.

  • Essa alternativa fui por eliminação:

    a) típica de Dario ao longo do texto ERRADA, porque durante o tempo não diz se Dário sempre anda apressado.

     b) comum a todos os demais passantes ERRADA, porque o texto não diz se os passantes andam apressados, logo, não podemos tirar conclusões sem estar explicito o texto.

     c) exclusiva de pessoas que passam mal ERRADA, o texto não diz que quem anda apressado vai passar mal.

     d) circunstancial, momentânea de Dario CORRETA, foi algo momentânea. E na própria questão já diz que é adjetivo, não tem nada de adverbio. Vale lembrar que adjetivo é variável e adverbio é invariável.

    Em relação a palavra variavel:

    Dario vem apressado. Posso dizer também: Renata vem apressada.

    Agora, palavra apressado só seria invariável, se fosse descrita APRESSADAMENTE:

    Dario vem apressadamente. Posso dizer também: Renata vem apressadamente. 

    Nota-se que a palavra apressadamente não foi modifica.

  • Sou leigo em língua portuguesa, mas eu jurava que esse trecho da questão não se tratava de adjetivo mas sim adverbio.

    Pra mim, apressado está associado ao verbo vir (vem).

    Alguém saberia explicar?

     

  • Cristiano Fraga, não é advérbio, pois apressado é variável e advérbio é invariável!

    Exemplo: Ela vem apressadA.

    Porém, se no lugar do apressado fosse "apressadamente", seria advérbio, pois é invariável.

    Gabarito D.

     

    TREINO DURO, A LUTA É FÁCIL!

     

  • Os testos da IBFC é uma merda!!!!

  • "Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar,..."

  • Seria advérbio de modo se fosse "apressadamente". Portanto, trata-se de um adjetivo exercendo a função sintática de predicativo do sujeito. Para quem ficou em dúvida, o predicativo do sujeito pode revelar uma característica inerente ao sujeito ou o estado em que ele se encontra em determinado momento (como nessa circunstância da alternativa). Ex: Dario é apressado. / Dario estava (vinha) apressado. Ou seja, no caso da questão, ele vinha andando e estava apressado. O verbo de ligação "está" ficou implícito na oração. 


ID
1986835
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§) 

Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma “espalha” é:

Alternativas
Comentários
  • SUJEITO SIMPLES

     

    A multidão se espalha.

  • Quem se espalha?

    A multidão.

  • Não pode ser homem como núcleo por causa do pronome indefinido '' um homem''

    Letra C correta

  • a) composto tendo “homem” e “multidão” como núcleos  (ERRADO)  OBS. O sujeito não é Homem, logo não é composto, pois só tem um núcleo.

     

    b)indeterminado e sem referência gramatical explícita.  (ERRADO)  OBS. Tem sujeito, logo é multidão

     

    c)simples e representado pela construção “a multidão”   (CORRETO)

     

    d)desinencial marcado pela terceira pessoa.    (ERRADO)  OBS. Não é sujeito oculto, ou seja, elíptico.

  • THAIS OLIVEIRA, acho que o fato de ter vindo pronome indefinido antes não quer dizer que não possa ter sujeito. Olha essa explicação a partir de 11:05:

    https://www.youtube.com/watch?v=4MROFf0z-oM

     

  • Quem é que se espalha? A multidão.

    Neste caso, o SE é um pronome reflexivo, pois a multidão promove e sofre a ação do verbo "espalhar".

  • thais oliveira,

     

    pronome indefinido não é preoposição. 

     

    O que não é permitido é sujeito preposicionado e não sujeito posposto a artigo indefinido.

     

    Bons estudos! AVANTE

     

  • a multidão se espalha,  A MULTIDÃO É ESPALHADA. 

  • Note a presença do pronome reflexivo SE, acompanhando a forma verbal espalha“”, que tem como sujeito o coletivo “multidão”. Trata-se de um sujeito simples.

  • Quem se espalha?A multidão


ID
1986838
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§)

O emprego do vocábulo “Apenas” sugere, em relação ao homem morto:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra a. No caso da oração do enunciado, o apenas é um advérbio de exclusão ou limitação e poderia ser substituído sem alterar a correção e o sentido do texto por somente. Substituindo por somente, sentido de irrelevância proposto pelo enunciado fica bem marcado.

  • Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.
    Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

  • Advérbio de exclusão – apenas, exceto, só, somente... Ex.: Todos foram à praia, exceto João. ROSENTHAL

  •  IRRELEVÃNCIA - Característica ou particularidade do que não possui relevância; ausência de importância.
    Um homem qualquer.

  • Apenas => É SÓ um homem morto..Ideia de irrelevância!

    GABA A

    #rumooaoTJPE

  • GABARITO: LETRA A

    Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
1986841
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

“Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.” (12°§). O termo em destaque é um conectivo que, ao relacionar orações, introduz o sentido de:

Alternativas
Comentários
  • Com todo respeito: questão para não zerar a prova! 

    Onde - é um conectivo que nos dá ideia de lugar , geralmente.

    Se a espuma sumiu, ela foi para algum lugar? Onde? 

  • Onde retoma idéia de lugar !

  • fácil demais!

  • ONDE: indica LUGAR pode ser substituido por em que.

    AONDE : se pedir complemento preposicionado A; 

                    e der um ideia de movimento (regra)

  • Onde é conectivo para indicar um antecedente que é lugar.

  • ONDE equilave = EM QUE/ NO QUAL/ NA QUAL

  • Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

  • Prova de ensino fundamental.

  • Questão dada! 

  • E ninguém zerou a prova...

  • Umas dez dessa na prova pmse....
  • onde=lugar

    quando=tempo

    como=modo 

    por que=causa

  • GABARITO: LETRA B

    Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em queno qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.

    Por Exemplo:

    Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.

    Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.

    FONTE: SÓPORTUGUÊS.COM

  • PRA TESTAR A SANIDADE DA PESSOA...

  • Amigo, ele quis se referir a ação por completo. De você ir la, apertar o .exe do word. É mais rápido essa ação pelo atalho do que a ação pelo caminho original indo lá no ProgramFiles -> Office-> Word.exe


ID
1986844
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Ao encerrar uma correspondência oficial, deve-se considerar o emprego:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

     

    Na verdade, não é que seja algo "usual" a utilização do fecho "Atenciosamente", pois, conforme o MRPR, os fechos têm suas utilidades específicas:

     

    Atenciosamente -> Quando a correspondência é endereçada para autoridades de mesma hierarquia ou inferior .

    Respeitosamente -> É utilizado quando a correspondência é dirigida para autoridades de hierarquia superior.

     

     

    Como diz o Prof. Pablo Jamilck:

     

    Se é para autoridades de mesma hierarquia ou inferior "NÃO PRECISA DÁ ATENÇÃO" = Atenciosamente,

    Mas se é para autoridades de hierarquia superior tem que "TRATAR COM RESPEITO" = Respeitosamente.

     

    Pow, já recebi vários ofícios, inclusive de Tribunais, que contiam o seguinte:

     

    "Sem mais para o momento, reiteramos os mais altos e elevados votos de estima e apreço". e a respectiva assinatura abaixo. . .e eu fico a me perguntar: "cadê o fecho? isso é sério"???? kkkkkkkkkkkkk

     

     

    Dá vontade de, na hora responder, colocar o fecho em negrito. #OssosDoOfício

  • Por eliminação Letra A

  • Essa foi por eliminação.

  • "usualmente, emprega-se a construção Atenciosamente"

    E Assim vamos dançando conforme a música das Bancas... Opção menos errada, Gab A.

  • Usualmente é dose. Formula direito ou não formula, dona banca. Deixa de enfeite.

  • Se ela tivesse feito distinção de cargo superior ou inferior, ai o usualmente estaria errado. Como n fez, o termo usualmente esta correto. Tem q focar no comando da questão,  a banca usa esses termos pra confudir a mente dos desatentos ou dos q gosta de complica o descomplicado, ai o cara erra por besteira.

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

                                    Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

                                    Atenciosamente,

     

  • Essa palavra "usualmente" me deixou confuso e acabei indo na que parecia menos errada. No caso a letra "A"

  • Atensiosamento: MESMA HIERARQUIA OU INFERIOR

    Respeitosamente: SUPERIOR

  • Gabarito: A

  • Sério que A é a resposta?


ID
2045719
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Sobre as manifestações comportamentais de hiperatividade na infância e adolescência, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • São também manifestações normais do desenvolvimento infantil, e o psicólogo deve estar atento aos fatores desencadeantes e ao grau de comprometimento funcional dos sintomas.


ID
2045722
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“(...) muitas referências na literatura vêm apontar o fato de estar havendo uma transposição pura e simples do modelo hegemônico de atuação clínica do psicólogo para o setor público, (...) independentemente dos objetivos dos mesmos e das características da população neles atendida, gerando com isso uma prática inadequada e descontextualizada.” (DIMENSTEIN, 1998, p. 74)

Sobre a afirmação de Dimenstein, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • É preciso considerar o contexto sociocultural e as concepções de saúde/doença de cada clientela específica atendida pelo psicólogo.

  • RESPOSTA "B"

    Vejamos:

    Entretanto, a sociologia e a antropologia vêm mostrando há algum tempo a não existência de uma “natureza humana” atávica, universal e, consequentemente, a não universalidade desses modelos e representações acima referidos pregnantes entre os saberes “psi”, e que eles podem não só variar de uma cultura para outra e através dos tempos, mas entre as classes sociais também. Quando os psicólogos transpõem suas técnicas e teorias psicológicas para o atendimento da clientela que freqüenta as instituições públicas de saúde, geralmente pertencentes às classes populares, partem do pressuposto de que essa população compartilha da mesma visão de mundo, das mesmas representações e modelo de subjetividade. Inúmeros trabalhos já se encarregaram de mostrar que a diversidade cultural entre psicólogos e usuários - pertencentes geralmente a diferentes grupos sociais - também tem implicação no que tange ao modelo de subjetividade próprio a cada um (Freire Costa, 1987). Além disso, que nas classes populares existe uma maneira própria de expressão dos conflitos - “ a doença dos nervos “, muito comum na realidade de Teresina, que em muito se diferencia da racionalidade presente no modelo psicológico dominante entre os profissionais.

    http://www.scielo.br/pdf/epsic/v3n1/a04v03n1.pdf

  • d) errado a atuacao em equipe não impede a atuacão do psicologo.

    c) errado - podem ser sim

    b) certíssima - sempre é preciso considerar a clientela, o contexto sociocultural e as concepções saúde-doença

    a) instrumentos universais não existem

     


ID
2045725
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Norma Operacional de Assistência à Saúde, do Sistema Único de Saúde (NOAS-SUS 01/02), estabelece as seguintes diretrizes:

Alternativas
Comentários
  • PORTARIA Nº 373, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2002

    Art. 1º - Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002 que amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica; estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior eqüidade; cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do Sistema Único de Saúde e procede à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios.

  • QUESTÃO :

    A NORMA Operacional de Assistência à Saúde do Sistema Único de Saúde (NOAS-SUS 01/02), ESTABELECE as DIRETRIZES :

    GABARITO :

    A ) Ampliar as responsabilidades para atender aos municípios e definir módulos ( locais ) assistenciais .

    Comentário das outras alternativas da questão : B , C , D :

    B ) CENTRALIZAR o atendimento de saúde na União e definr a Região de saúde :

    CORRETO : DESCENTRALIZAR o atendimento : ênfase : ESTADO para MUNICÍPIO .

    PRINCÍPIO : DESCENTRALIZAÇÃO .

    C ) RETIRAR os procedimentos de média complexidade da atribuição estadual :

    CORRETO : MELHORAR / AMPLIAR procedimentos de média comple- xidade da atribuição Estadual .

    PRINCÍPIO : INTEGRALIDADE das ações .

    D ) EXTINGUIR = acabar com a necessidade do Plano Municipal de Saúde :

    CORRETO : MUNICÍPIO : pode desenvolver consórcio inter/municipal. Como irei acabar com o plano ( planejar a saúde do Município) : usuários irão ficar sem atendimento sem resolver os problemas relacionados à saúde ??

    PRINCÍPIO da RESPONSABILIDADE e RESOLUTIBILIDADE .


ID
2045728
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir

I. A psicoterapia de grupo é uma estratégia para atendimento prevista no SUS, respeitando-se os princípios técnicos e éticos referentes a esta modalidade.

II. A redução de custos e a limitação temporal do serviço público são os fatores determinantes da inclusão das ações psicoterápicas grupais nestes serviços.

III. Definir grupos homogêneos, em relação ao diagnóstico e critérios sóciodemográficos, é sempre a melhor estratégia para garantir a operacionalidade do grupo.


Estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • I, apenas 

  • Alguem sabe dizer por que a II esta errada?

  • Acredito que o erro da II esteja na expressão " fatores determinantes", uma vez que uma terapia grupal não é indicada apenas devido à redução de custos e limite temporal.

    III - Para grupos psicodinâmicos de longo prazo, é útil que a composição contemple uma homogeneidade quanto à capacidade intelectual e à de suportar ansiedade (força de ego) e heterogeneidade em áreas de conflito, dificuldades interpessoais, gênero e nível de atividade (CORDIOLI, 2002).

  • Sidney, está errada pois o fator determinante não pode ser a economia (de tempo e profissionais), mas a indicação para tal prática.  


ID
2045731
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Num serviço público (fictício) de atenção básica a saúde, havia alta demanda por atendimento psicológico. Um dos usuários reclamou para o psicólogo da dificuldade em trazer o filho para atendimento, por ser mais distante de sua casa. O psicólogo então sugeriu ao pai do paciente um atendimento em sua clínica particular, cobrando honorários de acordo com o poder aquisitivo da família. A respeito da conduta do profissional, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Fere o código de ética profissional.

  • No código diz que:

    " Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

    (...)

    l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;"

     

    Mesmo se o Psi cobrasse 1 real já estaria tendo benefício, ferindo o código de ética.

  • RESPOSTA "D"

    Vejamos;

    Art. 2º - Ao psicólogo é VEDADO:

    I) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional.

    Num serviço público (fictício) de atenção básica a saúde, havia alta demanda por atendimento psicológico. Um dos usuários reclamou para o psicólogo da dificuldade em trazer o filho para atendimento, por ser mais distante de sua casa...

    Levantarei alguns pontos para reflexão: 

    Avaliando a criança, os pais ou o problema?

    Segundo Wells (1981), o encaminhamento da criança para terapia pode decorrer mais de uma necessidade da família ou pais, do que da própria criança. Muitas pesquisas têm demonstrado que outros fatores além do próprio comportamento da criança parecem contribuir para a percepção que os pais têm sobre eles (Shepherd, Oppenheim e Mictchell, 1966; Griest, Forehand, Wells e McMahon, 1980).

    1- Será que após alguns atendimentos o genitor poderia se mostrar mais resistente por verificar que a necessidade de psicoterapia era mais sua que da criança e desta forma ter utilizado a "distância" como desculpa para fugir de um possivel encaminhamento?

    2-Os pais boicotam a terapia dos filhos? 

    3-Desviar para serviço particular não poderia camuflar um problema de uma determinada região ( bairro ou cidade) que necessita da instalação de um equipamento de saúde para garantir o acesso de todos daquela região a este tipo de serviço? Não seria mais interessante solicitar o acompanhamento do serviço social  desta unidade básica para avaliar  possibilidades e estratégias deste caso? O ministério público não poderia ser acionado para garantir este serviço em sua cidade?

    4- O que fazer com aqueles que não terão nenhuma condição de pagar qualquer valor no serviço particular? 

    http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/codigo/fr_codigo_etica_new.aspx

    http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v15n1/06.pdf

     

  • RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05

     

    Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

     

    l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    -------------------

    Gabarito: D

  •  

    É vedado ao psicólogo:

    l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;


ID
2045734
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Analise as afirmações a seguir.


I. A notificação compulsória não é obrigatória em casos de HIV (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

II. Agressões e maus tratos são casos de agravo, e, portanto, a notificação é condicionada à autorização da vítima.

III. Casos de violência sexual e tentativa de suicídio devem ser notificados em até 24 horas para a Secretaria Municipal de Saúde.

IV. Nos casos de violência doméstica, a notificação compulsória semanal é obrigatória.


Estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • III. Casos de violência sexual e tentativa de suicídio devem ser notificados em até 24 horas para a Secretaria Municipal de Saúde.

    IV. Nos casos de violência doméstica, a notificação compulsória semanal é obrigatória.

  • Notificação de Violência Interpessoal/ Autoprovocada – Portaria GM/MS nº 1271/2014 e SINAN 

    ·         Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível;

     

    ·         Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 07 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo.

    De acordo com a Portaria GM/MS Nº 1.271/2014, os casos de tentativa de suicídio e violência sexual passam a ser de notificação imediata no âmbito municipal,

                Paralelamente à notificação dos casos de violência doméstica, sexual e de outras violências (incluindo as tentativas de suicídio) deve ser realizada a comunicação do caso aos Conselhos Tutelares, no caso de violências contra crianças e adolescentes em conformidade com o ECA; ao Conselho do Idoso, ou ao Ministério Público ou à Delegacia do Idoso, no caso de violência contra pessoas com 60 anos ou mais de acordo com o Estatuto do Idoso e Lei nº 12.461/2011. No caso de violência contra mulher, deve-se orientar à vítima a procurar a Delegacia de Mulheres.

    A notificação corresponde ao processo de informar o caso à vigilância em saúde do município para a tomada de ações de saúde, já a comunicação diz respeito ao ato de informar o caso aos órgãos de direitos e de proteção para a tomada das medidas protetivas.

  • Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes conceitos:

    I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada;

    II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS);

    III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos;

    IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública;

    V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes;

    VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal;

    VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível;

    VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;

    IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; e

    X - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).

  • Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.

    § 1º A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS.

    § 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa.

    § 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento.

    Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível.

    Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informa-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos constantes no anexo.

    Art. 5º A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de notificação compulsória.

    Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

    Art. 6º A notificação compulsória, independente da forma como realizada, também será registrada em sistema de informação em saúde e seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS.

  • São de notificação semanal:
    > Acidente de trabalho com exposição a material biológico
    > Dengue - Casos 
    > Doença de Creutzfelt-Jakob
    > Doença aguda pelo vírus Zika

    > Esquistossomose
    > Febre Chikungunya
    > Hanseníase
    > Hepatites virais
    > HIV/ AIDS (em todos, gestante, criança exposta risco vestical)
    > Intoxicação exógena
    > Leishmaniose tegumentar americana
    > Leishmaniose visceral
    > Malária na região amazônica
    > Óbitos (infantil e materno)
    > Sífilis (adquirida/ congênita/ em gestante)
    > Toxoplasmose (gestacional/ congênita)
    > Tuberculose
    > Violência doméstica e outras violências


ID
2045737
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Sobre a relação entre a rede básica de saúde e os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  •  

    O CAPS deve realizar apoio matricial às equipes da atenção básica, isto é, fomecer-lhes orientação e supervisão. 


ID
2045740
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A atuação do psicólogo no SUS deve respeitar os princípios de intersetorialidade. A respeito desse conceito, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A intersetorialidade vai além da assistência médica, envolvendo as dimensões do trabalho, habitação, lazer, educação e cultura. 

  • vários setores e não várias disciplinas.

  • RESPOSTA CERTA

    A intersetorialidade vai além da assistência médica, envolvendo as dimensões do trabalho, habitação, lazer, educação e cultura.

  • Vocês sabem qual conceito se refere "à articulação entre os âmbitos municipal, estadual e federal para a promoção de saúde"? Grato.


ID
2045743
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência é uma modalidade importante de promoção de saúde e de atuação do psicólogo. A respeito disso, analise as proposições a seguir.


I. A abordagem de atendimento psicossocial é a mais adequada, e difere-se da psicoterapia.

II. O atendimento deve ser individual, com foco na criança ou adolescente. Os demais envolvidos devem ser ouvidos por outros membros da equipe multidisciplinar.

III. O profissional deve levar o atendimento até onde se encontra o sujeito, e o encontro terapêutico pode acontecerem ambientes diversos.

IV. Deve-se pensar numa intervenção terapêutica primária, que considera a criança em sua singularidade e também a família como objetivos de intervenção.


Estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • I, III, IV

  • Alguém tem ideia do por que a II estar errada?

  • I. A abordagem de atendimento psicossocial é a mais adequada, e difere-se da psicoterapia - sim

    II. O atendimento deve ser individual, com foco na criança ou adolescente. Os demais envolvidos devem ser ouvidos por outros membros da equipe multidisciplinar -errado a II está errada pois não existe essa separação, ouvimos a ciranca e os familiares - sem restriçao. Nem sempre estão disponiveis outros membros de equipe.

    III. O profissional deve levar o atendimento até onde se encontra o sujeito, e o encontro terapêutico pode acontecerem ambientes diversos - sim

    IV. Deve-se pensar numa intervenção terapêutica primária, que considera a criança em sua singularidade e também a família como objetivos de intervenção - sim

  • A 2 está errada, Beatriz, pq o psicológo ouve também os outros envolvidos na situação de violência e não apenas à criança e o adolescente.


ID
2045746
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta

Alternativas
Comentários
  • A depressão é um fenômeno frequente na sociedade, e o tratamento medicamentoso é o primeiro procedimento terapêutico a ser utilizado.

  • Diante do RISCO de suicídio já deve notificar?

    Não seria a TENTATIVA que deve ser notificada?

  • questão pessimamente elaborada. Olhe bem a questão pede a afirmativa incorreta

    B) "A depressão é um fenômeno frequente na sociedade, e o tratamento medicamentoso é o primeiro procedimento terapêutico a ser utilizado."

    O protocolo de medicalizar assim que diagnosticada a depressão é via de regra para psiquiatria. Então embora o consenso da psicologia discorde, é fato, assertiva não está errada. Errada está a elaboração da questão.

  • é mesmo? Puxa, questãozinha escrita por um psicanalista?

    Todo mundo que tem um mínimo de noção e leitura em evidências concorda que se vc não pode dar terapia e medicação concomitantemente, medicação deve vir primeiro. Os casos devem ser vistos um a um, mas, no geral, essa regra é importante. Medicação não é segunda opção!

    Sobre a A, lamentável. O psicólogo tem que diferenciar TODO e QUALQUER sintoma de humor depressivo ou de alto risco dos transtornos de humor e ansiedade, tais como a depressão.

  • a notificação é para tentativa de suicídio e não "risco de suicídio"