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Prova UPENET/IAUPE - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Médico Infectologista


ID
4963930
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


Hyago de Souza Otto. Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.

Observe o cumprimento das regras de regência no trecho: “Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade.” Assinale a alternativa em que as regras de regência foram igualmente cumpridas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    A) Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem se vê obrigado de seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. → se vê obrigado a alguma coisa (a seguir os padrões).

    B) Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem opta por seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. → correto, visto que quem opta, opta por alguma coisa.

    C) Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem decide a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. → decide alguma coisa (o verbo não rege a preposição → decidi seguir).

    D) Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem prefere a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. → prefere alguma coisa (o verbo não rege a preposição → prefere seguir).

    E) Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem se submete em seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. → se submete a alguma coisa (a seguir os padrões).

  • Assertiva B

    Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem opta por seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade.


ID
4973101
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde foram instituídas pela(s) Lei(s)

Alternativas
Comentários
  • LEI 8142/90

    Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a , contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

    I - a Conferência de Saúde; e

    II - o Conselho de Saúde.


ID
4981777
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


Hyago de Souza Otto. Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.

Encontramos, no Texto 1, a defesa de que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.

    Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


ID
4981780
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


Hyago de Souza Otto. Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.

Acerca de elementos relacionadores presentes no Texto 1, analise as afirmações abaixo.


1. A expressão destacada no trecho “O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.” (1º §), indica que o autor pretendeu fazer uma reformulação em seu discurso, para deixar as ideias mais claras para seu interlocutor.


2. No trecho: “Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal.” (3º §), o leitor deve compreender que o termo destacado faz referência à expressão “cidadão de bem”.


3. Releia: “Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas” (3º §). Com o termo em destaque, o autor sinaliza sua intenção de acrescentar novas informações ao seu texto.


4. No trecho: “Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege [...]” (7º §), o referente do pronome destacado, embora não explícito, pode ser recuperado pelo leitor, que relaciona esse pronome a “indivíduo”, “cidadão”, contidos na ideia de “opinião pública”.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Comentários
  • Gab E

    Para quem ficou em dúvida quanto ao item 3.

    Ademais é um advérbio, sinônimo de além disso, aliás, além do mais. É usado para acrescentar uma informação a algo que já tinha sito dito anteriormente. Vem sempre acompanhado por vírgulas.


ID
4981789
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


Hyago de Souza Otto. Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.

Acerca dos processos de coordenação e subordinação, analise as proposições a seguir.


1. No trecho: “É evidente que o discurso não é sempre correto.”, uma oração subordinada desempenha a função de sujeito da expressão “é evidente”, introdutora do enunciado.


2. No trecho: “antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana;”, o complemento da forma verbal destacada está organizado na forma de uma oração subordinada.


3. A oração coordenada colocada no final do trecho: “Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.” realça a oposição que o autor pretende estabelecer entre as ideias apresentadas.


4. No trecho: “Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido.”, o autor emprega a coordenação para interligar as duas orações que compõem o enunciado.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Comentários
  • 1. Correto.

    "É evidente" é uma característica. No caso, o que é evidente? "Que o discurso não é sempre correto". Logo, "que o discurso não é sempre correto" desempenha a função de sujeito (oração subordinada substantiva subjetiva):

    É / ⠀⠀evidente / que o discurso não é sempre correto.

    VL / pred. do sujeito. / Sujeito

    As orações subjetivas geralmente vem com "verbo de ligação + adjetivo". Como a oração é sujeito, o verbo está na 3ª pessoa do singular e o adjetivo no masculino e singular:

    É importante que você chegue cedo.

    É necessário que estude muito.

    Está claro que ele deu a resposta.

    Seria triste se você pegasse chuva.

    Permanece decidido que João vai estudar fora.

    2. Correto.

    Não tem nenhum verbo destacado, mas pelo contexto, podemos presumir que é "acreditava".

    "Acreditava" é transitivo direto, pois quem acredita, acredita em algo. Em que que a opinião pública acreditava? "que a terra era plana". Então esse é o objeto direto, na forma de uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta):

    a opinião pública / acreditava/ que a Terra era plana.

    sujeito ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀/ ⠀⠀V.T.D ⠀⠀/ objeto direto

    3. Correto.

    "Mas é preciso ponderação" é uma oração coordenada (sintaticamente independente da outra oração), classificada como adversativa."Mas" exprime ideia de contraste, oposição, em relação à ideia da outra oração.

    Outras conjunções coordenativas adversativas: "porém", "entretanto", "todavia", "contudo".

    Há que se reconhecer o benefício do movimento, porém/todavia/contudo é preciso ponderação.

    4. Errado.

    Primeiro veja que as orações não são interligadas pela vírgula, mas pela conjunção "se":

    O desvio precisa ser coibido se a educação não resolveu.

    Neste caso, o fato de a educação não ter resolvido lá atrás (2ª oração) é causa do porque hoje o desvio precisa ser coibido (1ª oração). Portanto, "se a educação não resolveu" é uma oração subordinada adverbial causal.

    Outras conjunções subordinativas causais: Porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, uma vez que, visto que:

    O desvio precisa ser coibido porque a educação não resolveu.

    O desvio precisa ser coibido uma vez que a educação não resolveu.

    Como a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido.

    Portanto, o autor usou a subordinação e não a coordenação.

    Normalmente se é conjunção adverbial condicional, porém mais importante que decorar a lista de conjunções, é importante entender o valor semântico da oração, isso que determina a sua classificação (se pode exprimir condição, causa, comparação, tempo, etc).

  • Atenção na assertiva 2! Mesmo que não haja preposição, a transitividade é determinada pelo verbo, que, no caso, é transitivo indireto. A ausência da preposição se dá pelo fato de que, na forma oracional, o objeto indireto nem sempre é preposicionado. Muito cuidado! O complemento verbal está organizado na forma de uma oração subordinada substantiva objetiva indireta, pois trata-se de um objeto indireto oracional.

    Somente a assertiva 4 está incorreta, pois a relação que une as orações é de subordinação, não coordenação.

    Gabarito: A


ID
4981792
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


Hyago de Souza Otto. Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.

Releia o seguinte trecho do Texto 1: “O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos.”.


O segmento em destaque desempenha no enunciado uma função:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de um adjunto adnominal oracional introduzido pelo pronome relativo "que". Como todo adjunto adnominal, exerce função adjetiva e, não sendo introduzido por vírgula, tem valor restritivo.

    Gabarito: D


ID
4981804
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com o Art. 3 da Lei 8.080/90, analise as assertivas abaixo:


I. Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país.


II. Dizem respeito também à saúde as ações que se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bemestar físico, mental e social.


III. O acesso ao transporte de qualidade não deve ser considerado como um determinante ou condicionante no estado de saúde da população.


Está CORRETO o que se afirma em

Alternativas

ID
4981807
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Sobre o SUS, de acordo com a Lei 8.080/90, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.


( ) A direção do SUS é da União, Estados e municípios somente devem viabilizar a execução das ações deliberadas pelo ente federal.


( ) Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.


( ) É de atribuição comum à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde.


Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o , sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:

    I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;

    II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e

    III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.

  • (F) Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:

    XV promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal;

     

    (V) Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.

     

    § 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.

    (V) Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:

    X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde;


ID
4981810
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Sobre o que trata a Lei 8.142/90, analise os itens abaixo:


I. O incremento do desenvolvimento científico e tecnológico no SUS em sua área de atuação.


II. A participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.


III. As condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4981813
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Sobre as Leis Orgânicas da Saúde, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.


( ) As Leis 8.080/90 e 8.142/90 não fazem qualquer referência ao desenho de modelo de atenção à saúde para nortear os municípios na estruturação dos seus sistemas de saúde e do papel dos estados nesse processo.


( ) Fatores, como campanhas de vacinação em massa, incentivo ao aleitamento materno e contratação de agentes comunitários de saúde, estão previstos nas referidas Leis.


( ) De acordo com o que estabelece a Lei 8080/90, deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.


Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Alternativas

ID
4981819
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e para a participação na sua produção faz parte da legislação estruturante do SUS.

Assinale a alternativa que corresponde à(s) lei(s) em que esse texto se insere. 

Alternativas
Comentários
  • Lei 8080 - Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências

    Lei 8142 - Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde


ID
4981822
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Doença emergente é o surgimento ou a identificação de um novo problema de saúde ou um novo agente infeccioso, já a Doença reemergente indica mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde humana.

Sobre essa questão, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.

( ) As doenças infecciosas emergentes e reemergentes, de uma maneira geral, podem estar associadas a fatores ambientais, como desmatamento, mudanças climáticas (aquecimento global), secas e inundações.
( ) Ao longo dos últimos anos, tem-se verificado que os mesmos determinantes que, acreditava-se, iriam reduzir as doenças infecciosas também podem atuar na direção inversa, propiciando o surgimento e a disseminação de novas e velhas doenças infecto-parasitárias. Um exemplo é o da urbanização acelerada, favorecendo o ressurgimento da dengue na região das Américas.
( ) Nas últimas três décadas, tem havido importante redução nos indicadores de prevalência de infecção, morbidade e mortalidade por esquistossomose mansônica, no que pese ainda existirem municípios endêmicos situados nos bolsões de pobreza do Nordeste e Sudeste.

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Alternativas

ID
4981828
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (2018-2019), sobre os esquemas de vacinação de adultos e crianças, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.


( ) Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina da Febre Amarela. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.


( ) A vacina Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) está recomendada, mesmo para aqueles que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.


( ) A vacina para a Influenza (gripe) do tipo 4V não demonstra ser melhor que a 3V na maior cobertura das cepas circulantes.


Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Alternativas

ID
4981834
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Uma jovem no curso da 21ª semana de gestação procura um serviço de infectologia, levando seus resultados de exames de pré-natal, inclusive um teste Elisa e um Western Blot para HIV REAGENTE.

Diante desse quadro, assinale a alternativa que indica a melhor conduta a ser tomada

Alternativas

ID
4981837
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um paciente, 18 anos chega ao serviço médico referindo astenia, mal-estar, cefaleia e febre há 7 dias, além de surgimento de lesões vermelhas em membros inferiores e palmas de mãos. É levantada a hipótese de meningite bacteriana aguda e encaminhado o paciente para serviço de referência. Ao exame físico, observava-se taquipneia, batimentos de asas de nariz e palidez cutânea. À ausculta respiratória, apresentava murmúrio vesicular pouco diminuído em bases, mas sem ruídos adventícios. Na ausculta cardíaca, havia um sopro sisto-diastólico moderado em borda esternal esquerdo. Pulsos estavam cheios e simétricos, PA= 110 x 70 mmHg e frequência cardíaca de 128 bpm. Realizou-se um hemograma que mostrou 23.550 leucócitos (89% de segmentados, 9% linfócitos típicos e 2% de monócitos), hemoglobina de 12,9g/dl e plaquetas de 568.000. Diante da suspeita de meningite, coletou-se o líquor que se mostrava límpido, com 220 células (polimorfonucleares), glicose de 67mg/dl proteína de 73mg/dl e Gram, sem evidenciar bactérias.

Diante desse achado, qual a melhor conduta a ser tomada?

Alternativas

ID
4981840
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um engenheiro de 32 anos procura o serviço de infectologia com relato de astenia moderada, febre diária há 8 dias e relato de ter chegado da África há 10 dias. Traz um hemograma realizado no terceiro dia de febre que mostrou 4.450 leucócitos (30% de neutrófilos e 63% de linfócitos, 6% de monócitos e 1% de eosinófilos). O teste rápido para malária foi negativo, sem haver relato de rash cutâneo, artralgia, perda de peso ou alterações intestinais e respiratórias. Ao exame físico, foram identificados linfonodos cervicais levemente aumentados e indolores e esplenomegalia leve. Novo hemograma foi solicitado no 9° dia de febre e mostrou 13,210 leucócitos (45% de neutrófilos, 45% de linfócitos típicos, 3% de linfócitos atípicos, 5% de monócitos e 2% de eosinófilos). Na bioquímica, apresentava AST de 93 UI/L e ALT de 203 UI/L, GGT de 53 UI/L, PCR de 36 mg/L.


Qual das alternativas abaixo apresenta o diagnóstico mais provável e o exame necessário para a sua confirmação?

Alternativas

ID
4981843
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em 2016, a Secretaria de Saúde de Pernambuco estabeleceu, através da Portaria n° 390, uma lista de agravos/doença de notificação imediata (primeiras 24horas) em todo o território estadual.

São considerados nessa lista todos os casos, suspeitos ou confirmados, das doenças abaixo elencadas, EXCETO:

Alternativas

ID
4981846
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação às recomendações mais atuais do Programa Nacional de Controle da Tuberculose no Brasil, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas

ID
4981849
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação à vacina contra Febre Amarela, assinale a afirmativa CORRETA.

Alternativas

ID
4981852
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Paciente previamente hígida e recentemente diagnosticada com hipertensão arterial, em uso de atenolol 25mg ao dia há 5 dias, dá entrada na emergência com quadro de cefaleia de forte intensidade e vômitos há 3 dias. Segundo a paciente, ela acordou com cefaleia de forte intensidade e náuseas, vindo a vomitar 40 minutos após se levantar. Procurou atendimento médico por duas vezes anteriormente, sendo medicada e liberada para casa com melhora parcial da dor. Ao exame físico, apresentava rigidez de nuca 3+/4+, fácies de dor, desidratação, PA de 190 x 110 mmHg e temperatura de 38,1°C. Hemograma mostrava 13.100 leucócitos (80% de segmentados, 12% de Linfócitos, 2% eosinófilos e 6% monócitos). Devido à suspeita de meningite, foi coletado um LCR que se mostrou hemorrágico, com 572 células (70% linfomononucleares), incontáveis hemácias, glicose de 45mg/dl, proteína de 136mg/dl e GRAM com raros diplococos GRAM negativos. Qual a melhor conduta a ser tomada nesse caso?

Alternativas

ID
4981855
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Paciente masculino, 53 anos, diabético e cardiopata em uso de metformina e insulina NPH, enalapril, furosemida, espironolactona, carvedilol, AAS e amiodarona, todos em doses elevadas, chega à emergência com queixa de dispneia em repouso há 2 dias. Refere que, há 4 semanas, iniciou quadro de tosse seca e febre esporádica com dispneia apenas aos esforços moderados. Com o passar do tempo, a tosse ficou mais frequente, com secreção mucoide, e a dispneia piorou bastante, a ponto de ter que dormir sentado na última noite. Relatava ainda que há 6 meses vinha apresentando perda de peso com diarreia intermitente, astenia e anorexia. Ao exame físico, apresentava-se emagrecido, taquidispneico, hipocorado, com turgência jugular, cianose de extremidades e manchas hipercrômicas com algumas pápulas e nódulos escurecidos em membros e tronco. O ritmo cardíaco era regular, mas em 3 tempos, pulsos cheios, PA 110 x 60 mmHg. A ausculta pulmonar era diminuída em base pulmonar direita, mas sem ruídos adventícios. A frequência respiratória era de 40 ipm, saturava 85% em ar ambiente. O hemograma mostrou 2.300 leucócitos (81% segmentados, 9% linfócitos, 2% eosinófilos e 8% monócitos), hemoglobina de 9,9g/dl e plaquetas de 130.000. A desidrogenase lática (DHL) era de 1520 U/L, e o HGT, de 389mg%. A radiografia de tórax mostrava hipertransparência em terço inferior de HTD, com infiltrado intersticial bilateral e aumento da área cardíaca.


Diante desse caso, o diagnóstico mais provável é o seguinte:

Alternativas

ID
4981858
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

São Infecções comumente causadas por microrganismos anaeróbicos todas abaixo citadas, EXCETO:

Alternativas

ID
4981861
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação ao diagnóstico da sífilis, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4981864
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação ao Tétano acidental, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4981867
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Uma paciente de 28 anos, procedente de Caruaru, chega à emergência com história de cefaleia, tontura, astenia e diarreia aquosa em grande quantidade há 3 dias. No interrogatório sintomatológico, referia que, há 3 meses, vem com quadro de perda de peso, astenia, sudorese noturna e linfonodos cervicais palpáveis. Durante a espera por exames laboratoriais, apresentou crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Foi realizada uma tomografia de crânio que mostrou múltiplas lesões hipoatenuantes localizadas na região dos gânglios da base, na região córticosubcortical e substância branca profunda, além de cerebelo.


Qual a hipótese diagnóstica mais provável para esse caso?

Alternativas

ID
4981870
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um ex-presidiário com diagnóstico de infecção pelo HIV há 5 anos, mas sem tratamento procura um serviço especializado com queixa de febre vespertina, perda de peso, astenia e tosse produtiva há 40 dias. Ao exame físico, estava emagrecido, febril, com pele ressecada e monilíase oral. Na ausculta respiratória, apresentava murmúrio vesicular diminuído em base pulmonar direita e roncos difusos, frequência respiratória de 16 ipm, saturando 97% em ar ambiente, PA: 110 x 70 mmHg. A radiografia de tórax mostrava derrame pleural à direita, infiltrado alveolar bilateral e imagem cavitária em ápice de pulmão esquerdo com paredes bem evidentes.

A conduta a ser tomada nesse caso é a seguinte:

Alternativas

ID
4981873
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O tratamento da infecção latente tuberculosa (ILTB) constitui uma das medidas para o controle da tuberculose no Brasil, principalmente na população com HIV. Uma vez excluída a tuberculose ativa na população HIV positiva, constitui indicação de tratamento da ILTB, EXCETO:

Alternativas

ID
4981876
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação à coinfecção HIV-HCV, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • O simeprevir é um inibidor da protease que atua como substrato e também como inibidor da CYP3A. Assim, espera-se a ocorrência de interações medicamentosas com muitos agentes administrados concomitantemente, em particular os INNTR e IP em pacientes com coinfecção por HIV/HCV.


ID
4981879
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Uma adolescente, previamente hígida procurou um serviço de pronto-atendimento com relatos de febre, mialgia, cefaleia, vômitos, diarreia e artralgias há 4 dias. Havia apresentado pela manhã um desmaio ao se levantar para ir ao banheiro e sangramento genital. Relatava não estar em período menstrual. Ao exame físico, apresentava taquicardia, palidez cutânea, extremidades frias, temperatura de 38,3ºC, rash petequial em tronco e porção superior de membros. A ausculta cardíaca estava normal, com frequência cardíaca de 138 bpm e PA: 85 x 50 mmHg. No aparelho respiratório, o murmúrio vesicular estava diminuído em bases. O abdome era doloroso difusamente, mas sem irritação peritoneal. Realizou hemograma que mostrou 2.100 leucócitos (41% segmentados, 56% linfócitos, 3% monócitos); hemoglobina de 16,2g/dl; hematócrito de 49,1% e plaquetas 89.000. AST de 234UI/L e ALT de 222 UI/L.


Diante desse caso, qual das afirmativas abaixo apresenta melhor conduta a ser tomada?

Alternativas

ID
4981882
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Uma adolescente procura a emergência médica de seu plano de saúde com relato de disúria há 3 dias. Há 24 horas, apresenta febre com calafrios e lombalgia. Ao exame físico, apresenta temperatura de 39ºC, Giordano positivo à esquerda e postura antálgica. A frequência cardíaca é de 124 bpm, PA: 125 x 80 mmHg. A ausculta respiratória é normal. O hemograma mostra 23.800 leucócitos (4% de bastões, 85% de segmentados 6 linfócitos e 5% monócitos); hemoglobina de 13,7g/dl e plaquetas de 487.000.

Todas abaixo são opções de tratamento para essa paciente, EXCETO

Alternativas

ID
4981885
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre Leishmaniose Tegumentar Americana, analise as afirmativas abaixo:


I. Trata-se de uma doença infectocontagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania com três principais espécies no Brasil: Leishmania (Leishmania) amazonensis; Leishmania (Viannia) guyanensi; Leishmania (Viannia) braziliensis.


II A infecção e a doença não conferem imunidade ao paciente, podendo haver novas manifestações clínicas após o tratamento.


III. Recomenda-se a confirmação do diagnóstico por método parasitológico, antes do início do tratamento, especialmente naqueles casos com evolução clínica fora do habitual e/ou má resposta a tratamento anterior.


IV. Pacientes com HIV devem ser investigados para LTA, quando apresentarem qualquer tipo de lesão cutânea ou mucosa com mais de duas semanas de evolução, expostos à área de transmissão de LTA, em qualquer época da vida.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito errado seria a letra D a correta

     As mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis. 

    https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/leishmaniose-

    tegumentar#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20Leishmaniose%20Tegumentar%20(LT)%3F&text=A%20doen%C3%A7a%20%C3%A9%20causada%20por,(Viannia)%20guyanensis%20e%20L.

  • O gabarito está correto. A alternativa I está incorreta porque a leishmaniose não é uma doença infectocontagiosa.


ID
4981888
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O sarampo é uma doença infecciosa viral aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa e bastante comum na infância. A viremia provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas.


Com relação a essa infecção, é CORRETO afirmar que

Alternativas

ID
4981891
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um empresário de 32 anos, previamente hígido procura um serviço médico especializado 2 horas após ter tido atividade sexual com uma profissional do sexo na qual houve ruptura do preservativo. Nega exposição prévia dessa natureza e refere que seus exames sorológicos para HIV, sífilis e hepatites virais estavam negativos na última rotina laboratorial há 6 meses.

Diante desse caso, qual a recomendação a ser feita?

Alternativas

ID
4995019
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...

Hyago de Souza Otto.Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado. 

Considerando a propriedade textual da coerência, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4995022
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...

Hyago de Souza Otto.Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado. 

Assinale a alternativa em que há equivalência semântica entre os termos destacados nos enunciados e aqueles termos que se apresentam entre parênteses.

Alternativas
Comentários
  • LETRA "E".

    Equivalência semântica = SINÔNIMOS


ID
4995340
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


Hyago de Souza Otto.Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.

Com o Texto 1, seu autor pretende, principalmente:

Alternativas

ID
4995397
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre a Política Nacional de Saúde do Idoso, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.


( ) O perfil epidemiológico da população idosa é caracterizado pela tripla carga de doenças com forte predomínio das condições crônicas, prevalência de elevada mortalidade e morbidade por condições agudas decorrentes de causas externas e agudizações de condições crônicas.


( ) Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos devem ser objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária.


( ) O papel do Estado na área de cuidados de longa duração centra-se, quase exclusivamente, no abrigamento de idosos pobres.


Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Alternativas

ID
4997446
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Prefeitura de Petrolina - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Sobre as doenças de notificação compulsória, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.


( ) De acordo com a Portaria Nº 204/2016, do Ministério da Saúde, a notificação compulsória deverá ser realizada, mesmo diante de caso suspeito, sem um diagnóstico definitivo.


( ) A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento.


( ) A Síndrome da Paralisia Flácida Aguda jamais fez parte da lista de doenças de notificação compulsória devido a sua baixa incidência no Brasil.


Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Alternativas