A hidratação do cimento Portland evolui com o
tempo, tendo aos 28 dias de cura cerca de 70-80%
de grau de hidratação (GUÉNOT-DELAHAIE,
1996; TAYLOR, 1997) e praticamente se
completando aos 365 dias (TAYLOR, 1997). Mas
o processo de hidratação depende do tipo e da
finura do cimento, da relação entre água e cimento,
da temperatura de cura e da presença de aditivos
químicos e minerais. Basicamente, a reação de
hidratação consiste na formação do silicato de
cálcio hidratado, aluminato de cálcio hidratado,
etringita, monosulfaluminato de cálcio hidratado e
do hidróxido de cálcio, a partir da reação dos
compostos do cimento (C2S, C3S, C3A e C4AF)
com a água. Quando aditivos minerais de elevada
atividade pozolânica, como a metacaolinita, são
incorporados à matriz de cimento, eles podem
reagir com o hidróxido de cálcio resultante da
hidratação do cimento, formando uma quantidade
de produto hidratado adicional na matriz de
cimento hidratada. A quantidade deste pode
reduzir a porosidade da matriz, a porosidade da
zona de transição dos concretos e a permeabilidade
do material cimentíceo, causando um incremento
em sua durabilidade. Entretanto, quando aditivos
minerais de baixa atividade são incorporados à
matriz, ocorre uma menor eficiência no consumo
de hidróxido de cálcio, o que contribui para uma
menor geração de novos produtos hidratados.