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Prova IDECAN - 2016 - Prefeitura de Simonésia - MG - Professor PII - Inglês


ID
3345901
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

O sentido de um enunciado é determinado pelo contexto apresentado, sua enunciação. Sentidos diferentes podem ser produzidos através da linguagem, o que lhe confere a polissemia como característica. No texto, o desfecho apresenta possibilidades diferentes de interpretação, só NÃO é uma possibilidade coerente de leitura para tal trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? A questão quer uma alternativa que contenha somente uma interpretação possível:

    A) O início de uma nova vida para o Pai ? pode ter o sentido de um novo começar ou o sentido real de uma vida diferente, sem a sua família.

    B) Um comportamento novo a partir de um surto mental ? o surto mental pode ter seu sentido real de enlouquecimento ou apenas de ter coragem de sair do ponto de estagnação.

    C) Uma situação comparativa que anuncia a morte do personagem ? pode ter o sentido real de falecer realmente ou o sentido de um personagem sem sonhos, sem perspectiva.

    D) O cumprimento de uma promessa que o personagem havia feito para si mesmo ? somente um sentido possível, sentido de algo prometido apenas.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3345904
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

No texto, é possível observar o emprego dos sentidos denotativo e conotativo da linguagem na produção de diferentes sentidos. Dentre os trechos selecionados a seguir, indique o que apresenta palavras que se aproximam através de uma relação de equivalência adquirida através do contexto no qual estão inseridas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.? (6º§)

    ? A equivalência estabelecida é constituída através da atribuição de diversos itens que caracterizam a marca de algo.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • não entendi nem o que a questão quer kkkkrying

  • GABARITO - C

    No contexto apresentado as palavras possuem a seguinte equivalência:

    Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

  • é oq menino? entendi foi nada kkkkk

  • "marca de passarinho" é conotativo e não denotativo. Vc só entende o termo por causa dos antecedentes escritos na oração, só por ele não tem como saber o que é, e é isso que a questão quer.

    Questão difícil de entender, só acertei pq veio uma "luz" do nada que me fez compreender o termo. kkkk

  • No texto, é possível observar o emprego dos sentidos denotativo e conotativo da linguagem na produção de diferentes sentidos. Dentre os trechos selecionados a seguir, indique o que apresenta palavras que se aproximam através de uma relação de equivalência adquirida através do contexto no qual estão inseridas.

    Alternativas

    A

    Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.” (1º§)

    B

    Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor.” (3º§)

    C

    Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.” (6º§) Equivalência de palavras. Todas no sentido conotativo

    D

    O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, [...]” (4º§)

  • Não entendi mas entendi, rolê estranho da p*&@


ID
3345907
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café.” (10º§) O trecho destacado apresenta uma técnica empregada por algumas outras vezes durante o texto em relação ao modo de citação do discurso alheio. Em relação a tal emprego pode-se afirmar que no trecho destacado:

Alternativas
Comentários
  • Típico do Discurso indireto livre. Neste, em vez de apresentar a personagem em sua voz própria (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar em uníssono. Ou seja, narrador e personagem são um só, isto é, as duas vozes se expressam.

  • Questão bem difícil

  • GAB: B

    Questão bem difícil, eu fui por eliminação. Em resumo, há no trecho duas vozes presentes, a saber :

    'Puxava-o pela manga,afetuosa'- fala do narrador ; 'Vai,Velho, o café está esfriando'- fala do personagem ; 'Nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim'- fala do personagem ; 'O homem ia tomar o café'- outra fala do narrador.

  • Na narrativa direta, para indicar o que um determinado personagem falou, o narrador utiliza de um verbo de elocução. Os verbos de elocução são aqueles que introduzem ou anunciam a fala. São exemplos falar, perguntar, afirmar, responder, indagar, replicar, argumentar, pedir, implorar, comentar, exclamar.

  • Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café.” (10º§)

    Narrador: "Eu puxava ele pela manga"

    Personagem: "vai velho, o café está esfriando"

    Vê-se aí uma clara relação de narrador e personagem e a falta de elementos subordinativos para evidenciar falas coloquiais como: "vai, velho" etc.

    GAB B

  • Quem já fez prova da FGV já deve está acostumando. kkkk

    GABARITO B, para os apressadinhos.

    a) Os pronomes e o tempo verbal apresentados são determinados pelo contexto em que se inscreve o narrador.

    Se for momento em que se escreve o narrador, está errado, pois os pronomes e tempos verbais são determinando no momento que ocorreu situação, ou sejam, foi no passado em relação ao momento que o narrador escreve (ou relata) porém, tem verbos no presente.

    b) A queda de elos subordinativos e de verbos de elocução cria um efeito particular em que duas vozes se expressam.

    Verdade, uma hora ele usa "puxava-o" que está no passado e "vai" que está no presente.

    c) Os tempos verbais são ordenados em relação ao momento da fala; havendo marcas de pontuação diferenciadas que indicam a introdução do discurso do personagem.

    Na verdade, os dois tempos verbais não são em relação ao momento da fala, um está no passado e o outro no presente.

    d) O tempo verbal, em todo o tempo, é determinado pelo contexto em que se inscreve o personagem; o personagem que fala usa a 1ª pessoa; para falar com o interlocutor, utiliza-se da 2ª pessoa.

    Em "Puxava-o" o narrador se refere a uma 3º pessoa, então está errada a alternativa.

    Foi assim que EU cheguei no gabarito. A analise é bem superficial, mas deu para acertar.

    Se tiver algo errado, não tardem a me avisar. kkkkkkkk

    Vitória na guerra para todos!


ID
3345910
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

A linguagem predominante no texto possui características próprias da variedade padrão da língua. Sabe-se, porém, que, em uma língua, variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais ou históricas podem ser reconhecidas em situações comunicacionais distintas. Como exemplo de marcas do emprego da linguagem que se diferencia da linguagem predominante no texto apresenta-se o trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!? (3º§)

    ? Temos uma linguagem conotativa, uma linguagem com marcas informais, o contrário daquilo que ocorrer no texto (=marcas de uma linguagem padrão).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO - B

    Acrescentando:

    → Variedades sociais

    São variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou morfossintático. Veja:

    Fonológicos - “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez de “bom”; “pobrema” em vez de “problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”.

    Morfossintáticos - “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi ela” em vez de “eu a vi”; “eu truci” em vez de “eu trouxe”; “a gente fumo” em vez de “nós fomos”.


ID
3345913
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

No 9º§, a expressão “você quer ir embora” é repetida sequencialmente. Acerca de tal recurso textual, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? a repetição intencional reforça e intensifica o desejo expresso pelo homem ruivo, conferindo-lhe a ênfase requerida pelo contexto.

    ? Correto, visto que o passarinho preso na gaiola é como o home ruivo (=ambos estão enclausurados e ambos querem a liberdade).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3345916
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir.” (9º§) O período destacado anteriormente é introduzido por um termo que estabelece uma relação de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir.? (9º§)

    ? Temos uma conjunção subordinativa temporal e ela marca a concomitância de duas ações (=o homem se afastava e o passarinho se atirava).

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  • GABARITO - A

    Enquanto o homem se afastava....

    A noção é de simultaneidade

    Quando se afastava , o passarinho se atirava às cegas..

  • Enquanto- Conjunção Subordinativa Temporal.


ID
3345919
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

De acordo com a sequência de fatos e considerações dos personagens e do narrador que ocorrem durante o texto, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • "Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais."

    Infere-se que a partir desse trecho o homem faz alusão a sua expectativa, a saber: Ir embora.

    Por isso, nesse momento ele acredita não ser possível executá-la.


ID
3345922
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

O emprego do acento grave indicador de crase em: “Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir.” (9º§) possui a mesma justificativa do emprego visto em:

Alternativas
Comentários
  • Às cegas, temos uma locução adverbial de modo feminina, crase obrigatória.

    B) Não foi à toa que alcançou tal posição, Temos também uma locução adverbial de modo feminina.

    GABARITO. B

  • GABARITO: LETRA B

    ? Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir.? (9º§) ? temos uma locução adverbial de modo co base feminina, queremos uma crase por essa mesma justificativa.

    A) Parece ser alérgico à qualidade ? alérgico a alguma coisa (=regência nominal ? preposição "a" + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "qualidade"= crase).

    B) Não foi à toa que alcançou tal posição ? locução adverbial de modo com base feminina, crase correta e obrigatória, mesmo motivo do comando da questão.

    C) Sua fala não fez referência às candidatas ? quem faz, faz algo a alguém (=regência verbal ? preposição "a" + artigo definido "as" que acompanha o substantivo "candidatas"= crase).

    D) Voltamos à antiga casa, cenário de nossa infância ? voltamos a algum lugar (=regência verbal, preposição "a" + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "casa", está especificado= crase).

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  • Locução Adverbial Feminina "às cegas" = à toa.

  • Às cegas, locução adverbial de modo feminina, crase obrigatória.

  • GABARITO - B

    Usamos crase diante de  locuções adverbiais de base feminina:

    Não foi à toa que alcançou tal posição.

    Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir.


ID
3345925
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

Pode-se afirmar que, no trecho em destaque, temos:

O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, [...]” (4º§)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ?O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, [...]? (4º§)

    ? Introduzia alguma coisa (=o dedo ? objeto direto); temos um predicado verbal; locução verbal e "a cabeça do passarinho" é um objeto direto; por última o verbo "ser ? era" como um verbo de ligação e formando um predicado nominal, "um filhote todo arrepiado" é o predicativo do sujeito.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO - B

    Predicado verbal - Verbo de ação

    Eles trabalharam muito.

    Predicado Nominal - Verbo de ligação + Predicativo do sujeito

    Ela é linda!

    Predicado Verbo - Nominal - Verbo de ação + Predicativo

    Ela saiu chateada

    ________________________________________

    O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola

    Verbo de ação. ( VTD )

    Introduzia o q ?

    O dedo.

    (O homem ruivo ) ficava acariciando a cabeça do passarinho

    Verbo de ação

    Ficava acariciando o q ?

    A cabeça ....

    (o passarinho ) era um filhote todo arrepiado (...)

    Verbo de ligação

  • Acertei pelo menos essa kkkk


ID
3345928
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  História de passarinho


      Um ano depois os moradores do bairro ainda se lembravam do homem de cabelo ruivo que enlouqueceu e sumiu de casa.

      Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braços. E as pessoas em redor não perguntaram nada e nem era preciso, perguntar o que se todos já sabiam que era um bom homem que de repente abandonou casa, emprego no cartório, o filho único, tudo. E se mandou Deus sabe para onde.

      Só pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as pessoas tinham que se aproximar inclinando a cabeça para ouvir melhor. Mas de uma coisa estou certa, tudo começou com aquele passarinho, começou com o passarinho. Que o homem ruivo não sabia se era um canário ou um pintassilgo. Ô, Pai! caçoava o filho, que raio de passarinho é esse que você foi arrumar?!

      O homem ruivo introduzia o dedo entre as grades da gaiola e ficava acariciando a cabeça do passarinho que por essa época era um filhote todo arrepiado, escassa a plumagem de um amarelo-pálido com algumas peninhas de um cinza-claro.

      Não sei, filho, deve ter caído de algum ninho, peguei ele na rua, não sei que passarinho é esse.

      O menino mascava chicle. Você não sabe nada mesmo, Pai, nem marca de carro, nem marca de cigarro, nem marca de passarinho, você não sabe nada.

      Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas. Mas de uma coisa ele estava certo, é que naquele instante gostaria de estar em qualquer parte do mundo, mas em qualquer parte mesmo, menos ali. Mais tarde, quando o passarinho cresceu, o homem ruivo ficou sabendo também o quanto ambos se pareciam, o passarinho e ele.

      Ai!, o canto desse passarinho, queixava-se a mulher. Você quer mesmo me atormentar, Velho. O menino esticava os beiços tentando fazer rodinhas com a fumaça do cigarro que subia para o teto, Bicho mais chato, Pai, solta ele.

      Antes de sair para o trabalho, o homem ruivo costumava ficar algum tempo olhando o passarinho que desatava a cantar, as asas trêmulas ligeiramente abertas, ora pousando num pé ora noutro e cantando como se não pudesse parar nunca mais. O homem então enfiava a ponta do dedo entre as grades, era a despedida e o passarinho, emudecido, vinha meio encolhido oferecer-lhe a cabeça para a carícia. Enquanto o homem se afastava, o passarinho se atirava meio às cegas contra as grades, fugir, fugir. Algumas vezes, o homem assistiu a essas tentativas que deixavam o passarinho tão cansado, o peito palpitante, o bico ferido. Eu sei, você quer ir embora, você quer ir embora, mas não pode ir, lá fora é diferente e agora é tarde demais. A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinquenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada. Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinquenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato?

      Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe. Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

       Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

(TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

Dentre as alterações sugeridas para o trecho destacado a seguir, há correção gramatical em (desconsidere a alteração de sentido): “Em verdade, o homem ruivo sabia bem poucas coisas.” (7º§)

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Em verdade, o homem ruivo sabia muitas mais coisas. Letra B

  • Perceba que ele permite alterações de sentido:

    A -A vírgula separou sujeito do predicado;

    B - Tem alteração de sentido, mas está gramaticalmente correta;

    C - Erro de concordância - Bem poucas coisas ERAM ...

    D- Erro de concordância - [...] poucas coisas possíveis ...


ID
3345931
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considere a situação a seguir.

“A turma do 7º ano do Ensino Fundamental da escola X apresentou resultados insatisfatórios nas avaliações bimestrais. Considerando um trabalho coletivo com todo o corpo docente com foco na aprendizagem dos alunos.”

São estratégias a serem desenvolvidas para reverter os resultados do 7º ano do EF da escola X, EXCETO:

Alternativas

ID
3345934
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“O currículo constitui um dispositivo no qual se concentram as relações entre a sociedade e a escola, entre os saberes e as práticas socialmente construídos e os conhecimentos escolares. Pode-se afirmar que os primeiros constituem as origens dos segundos. Portanto, os conhecimentos escolares provêm de saberes e conhecimentos socialmente produzidos nos chamados ‘âmbitos de referência dos currículos’.”

(Moreira e Candau, 2008.)


Segundo os autores, são âmbitos de referência:

I. As relações de poder e conflitos interpessoais.

II. As formas diversas de exercício da cidadania e os movimentos sociais.

III. As instituições produtoras do conhecimento científico.

IV. O mundo do trabalho e os desenvolvimentos tecnológicos.

V. As atividades desportivas e corporais, a produção artística e o campo da saúde.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • II. As formas diversas de exercício da cidadania e os movimentos sociais.

    III. As instituições produtoras do conhecimento científico.

    IV. O mundo do trabalho e os desenvolvimentos tecnológicos.

    V. As atividades desportivas e corporais, a produção artística e o campo da saúde.

  • Os “âmbitos de referência dos currículos” são:

    a) às instituições produtoras do conhecimento científico (universidades e centros de pesquisa); 

    b) ao mundo do trabalho; 

    c) aos desenvolvimentos tecnológicos; 

    d) às atividades desportivas e corporais; 

    e) à produção artística; 

    f) ao campo da saúde; 

    g) às formas diversas de exercício da cidadania; 

    h) aos movimentos sociais (MOREIRA e CANDAU, 2008, p.22).

  • Afirmativa I está incorreta, não pode ser A ou B. Afirmativa II está correta, exclui C. Alternativa D.


ID
3345937
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Romper com o modelo tradicional de ensino, visando o desenvolvimento da aprendizagem com a participação ativa dos alunos dentro da proposta da pedagogia de projetos a qual estabelece uma aprendizagem significativa é, sem dúvida, uma possível solução para que o ensino consiga vencer com os antigos paradigmas da educação. Acerca do exposto e considerando as principais características de um projeto de trabalho, apontadas por Hernandez, analise.


I. Inicia-se um processo de pesquisa.

II. Recapitula-se (avalia-se) o que se aprendeu.

III. Conecta-se com um novo tema ou problema.

IV. Buscam-se e selecionam-se fontes de informação.

V. Independem de relações com outros problemas.

VI. Representa-se o processo de elaboração do conhecimento que foi seguido.

VII.Parte-se de um tema ou de um problema escolhido anteriormente pela equipe pedagógica.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas

ID
3345940
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Conselho Escolar, entre outros mecanismos, tem papel decisivo na gestão democrática da escola, se for utilizado como instrumento comprometido com a construção de uma escola cidadã. Com o objetivo de desenvolver um acompanhamento responsável, ético e propositivo do processo educativo na escola, e visando uma educação emancipadora, o Conselho Escolar deve atentar-se a alguns aspectos extremamente relevantes desse processo, compreendendo que:

Alternativas
Comentários
  • A - O conhecimento não é construído apenas através da transmissão de informações

    B- A avaliação deve ser contínua e considerar o todo do processo.

    C- GABARITO

    D - O PPP não impede a agregação de ações, ao contrário, deve ser aberto sempre a novas concepções.


ID
3345943
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Entre os direitos fundamentais defendidos no Estatuto da Criança e Adolescente está também o direito à profissionalização. Significa que o adolescente tem direito a aprender uma profissão. Como o próprio Estatuto indica em seu Capítulo V (Do direito à profissionalização e à proteção no trabalho). Acerca do exposto, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Queremos a alternativa incorreta, segundo o ECA (8069/90):

    ? Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8. 069/1990. O candidato deve indicar a assertiva incorreta em relação ao direito à profissionalização e à proteção no trabalho. Vejamos:

    a) Correta.

    "Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido."

    b) Correta.

    "Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários."

    c) Incorreta.

    "Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz."

    d) Correta.

    "Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:

    I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e às cinco horas do dia seguinte;

    II - perigoso, insalubre ou penoso;

    III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;

    IV - realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola."

    Gabarito: C

  • "Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz."

    GABARITO: LETRA C


ID
3345946
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo um os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) a escolha do Tema Transversal Ética é enfatizada em três pontos, sendo que um deles refere-se ao que se poderia chamar de “núcleo” moral de uma sociedade. Acerca desse primeiro ponto destacado, analise as afirmativas a seguir.


I. São valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros dessa sociedade.

II. A partir deles, nega-se qualquer perspectiva de “relativismo moral”, entendido como “cada um é livre para eleger todos os valores que quer”.

III. É um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática. IV. Pode ser entendido como ausência de regras na sociedade ou total relativização delas.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Nessa banca o candidato não é desafiado a responder as questões corretamente, mas a interpretar o que a banca está pedindo que se faça. Acredito que os próprios elaboradores teriam dificuldade de entender suas perguntas, caso fossem resolvê-las.


ID
3345949
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com Veiga (2001), o Regimento Escolar é um instrumento legal que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo. Com relação ao Regimento Escolar, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Conforme Veiga (2001), o Regimento Escolar é um instrumento legal que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo. Contém um conjunto de normas e definições de papéis, devendo ser um documento claro, de fácil entendimento para a comunidade, traduzindo as construções e os avanços nela produzidos. Enquanto documento administrativo e normativo, fundamenta-se nos propósitos, princípios e diretrizes definidos no Projeto Político Pedagógico da escola, na legislação geral do país e, especificamente, na legislação educacional.

    No Regimento Escolar estão descritas as responsabilidades de cada um dos segmentos que compõe a comunidade escolar – alunos, pais, professores e demais funcionários. Além de embasar o cumprimento dos deveres, ele também garante os direitos de todos os segmentos. Por esse motivo deve ser conhecido e cumprido por todos. Por ter caráter de documento legal, sua vigência (ou modificação) só passam a valer, como muitas leis comuns, a partir do primeiro dia do ano seguinte à sua elaboração ou modificação. A modificação do Regimento Escolar deve obedecer às mesmas normas que a modificação da legislação comum, não se podendo, simplesmente, suprimir ou anexar novo texto, sem obsevar expressamente o que foi substituído, suprimido ou acrescido. 


ID
3345952
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, o Projeto Político-Pedagógico (PPP), instância de construção coletiva que respeita os sujeitos das aprendizagens, entendidos como cidadãos com direitos à proteção e à participação social, deve contemplar:


I. Os fundamentos da gestão democrática, compartilhada e participativa.

II. O diagnóstico da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, contextualizado no espaço e no tempo.

III. Um planejamento dentro de um modelo de decisão unificado e homogeneizador, que pressupõe como um dos elementos básicos a delimitação dos campos de atuação da instituição.

IV. Um mecanismo por meio do qual se obtém o controle dos fatores e das variáveis que interferem no alcance dos objetivos e resultados almejados.

V. O perfil real dos sujeitos que justificam e instituem a vida da e na escola, do ponto de vista intelectual, cultural, emocional, afetivo, socioeconômico, como base da reflexão sobre as relações vida-conhecimento-cultura-professor-estudante e instituição escolar.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • O projeto político-pedagógico, instância de construção coletiva que respeita os sujeitos das aprendizagens, entendidos como cidadãos com direitos à proteção e à participação social, deve contemplar:

    I - o diagnóstico da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo,contextualizados no espaço e no tempo;

    II - a concepção sobre educação, conhecimento, avaliação da aprendizagem e mobilidade escolar;

    III - o perfil real dos sujeitos – crianças, jovens e adultos – que justificam e instituem a vida da e na escola, do ponto de vista intelectual, cultural, emocional, afetivo, socioeconômico, como base da reflexão sobre as relações vida-conhecimento-cultura professor- estudante e instituição escolar;

    IV - as bases norteadoras da organização do trabalho pedagógico;

    V - a definição de qualidade das aprendizagens e, por consequência, da escola, no contexto das desigualdades que se refletem na escola;

    VI - os fundamentos da gestão democrática, compartilhada e participativa (órgãos colegiados e de representação estudantil);

    VII - o programa de acompanhamento de acesso, de permanência dos estudantes e de superação da retenção escolar;

    VIII - o programa de formação inicial e continuada dos profissionais da educação, regentes e não regentes;

    IX - as ações de acompanhamento sistemático dos resultados do processo de avaliação interna e externa (Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, Prova Brasil, dados estatísticos, pesquisas sobre os sujeitos da Educação Básica), incluindo dados referentes ao IDEB e/ou que complementem ou substituam os desenvolvidos pelas unidades da federação e outros;

    X - a concepção da organização do espaço físico da instituição escolar de tal modo que este seja compatível com as características de seus sujeitos, que atenda as normas de acessibilidade, além da natureza e das finalidades da educação, deliberadas e assumidas pela comunidade educacional. 

  • B

    I, II e V


ID
3345955
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As instituições de Educação Infantil, sob a ótica da garantia de direitos, são responsáveis por criar procedimentos para avaliação do trabalho pedagógico e das conquistas das crianças. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica e em conformidade com o estabelecido na Lei nº 9.394/96, a avaliação na Educação Infantil NÃO deve

Alternativas
Comentários
  • A avaliação na educação infantil não visa a aprovação.

    Gabarito: D

    Fundamentação legal:

    LDB Art 31, I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

  • A educação infantil não tem como finalidade a aprovação da criança.

    Segundo o Art 31, I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental


ID
3345958
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considerando o baixo desempenho em uma avaliação de sua turma, tendo a professora o desejo de recuperar os alunos e considerando o exposto na legislação vigente, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, assinale a obrigatoriedade dos estudos de recuperação sendo preferencialmente

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

  • Art. 24 A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

    ....

    V – a verificação do rendimento escolar observará os seguinte critérios:

    a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

    b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

    c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;

    d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

    e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.


ID
3345961
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“As empresas de bebida Ambev e Coca-Cola Brasil anunciaram em março deste ano (2016) que vão por em prática medidas para proteger os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastecem boa parte da população do interior paulista.”

(Revista Planeta – Junho de 2016, p. 23.)


As medidas de proteção incluem a restauração de florestas e solos em áreas de mananciais. Mananciais são:

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab b


ID
3345964
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Com algumas idas e vindas, pode-se dizer que a ideia do educador e historiador francês Pierre de Coubertin de criar os Jogos Olímpicos da Era Moderna foi acertada: a 31ª edição dos jogos Olímpicos modernos realiza-se este ano no Brasil.”

(Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/06/deportes/1459929798_239239.html.)


Um dos principais objetivos desse evento global que se realiza de quatro em quatro anos é:

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab a

  • Quem já harry potter e o cálice de fogo tira essa questão fácil


ID
3345970
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, acionou nesta terça-feira a Carta Democrática Interamericana para a Venezuela, ao considerar que há elementos suficientes indicando que a ‘ordem democrática’ está sendo afetada no país sul-americano, o que pode levar a uma situação de ‘ilegitimidade’ se não for remediada. Almagro insta o Governo a se comprometer com a realização este ano do referendo revogatório, com a libertação dos presos políticos e com a suspensão do ‘bloqueio permanente’ da Assembleia Nacional, nas mãos da oposição que havia solicitado que ele atuasse diante da crise vivida no país sul-americano, que pode afetar todos os países da América Latina.”

(Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/31/ internacional/ 1464701924_470315.html.)


O atual presidente da Venezuela, no poder desde 2013, é:

Alternativas

ID
3345973
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“O Ministério Público do Distrito Federal pediu à Polícia Civil que investigue, por eventual prática de associação criminosa, suspeitos de agredir profissionais da Uber. O pedido foi feito nesta quarta-feira (8) à 10ª DP, no Lago Sul, que apura casos de hostilidade do tipo. No dia 1º de junho, quatro irmãos foram perseguidos e espancados no Aeroporto Juscelino Kubitschek. No mesmo dia, a Polícia Militar tinha relatado casos de ataque a profissionais em um hotel.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/06/mp-df-pede-investigacao-de-ataques-planejados-profissionais-douber.html.)


Sobre a Uber, analise as afirmativas a seguir.

I. É um aplicativo de celular que conecta motoristas profissionais a passageiros.

II. É uma empresa de tecnologia, portanto não emprega motoristas e não possui nenhuma frota.

III. O único problema é que as viagens são cobradas automaticamente e só a dinheiro, o que torna um obstáculo aos passageiros.

IV. Taxistas do Brasil inteiro têm apoiado e utilizado o sistema, que já substitui praticamente toda a demanda do sistema de táxi antigo.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • I. É um aplicativo de celular que conecta motoristas profissionais a passageiros.

    II. É uma empresa de tecnologia, portanto não emprega motoristas e não possui nenhuma frota.

    O que não fazemos

    A Uber não é uma empresa de transporte. A Uber é uma empresa de tecnologia que opera uma plataforma de mobilidade. Nós desenvolvemos um aplicativo que conecta motoristas parceiros a usuários que desejam se movimentar pelas cidades.

    A Uber não é um serviço de carona paga ou remunerada. A Uber é uma empresa de tecnologia que possibilita, por meio de seu aplicativo, que motoristas parceiros encontrem pessoas que precisam de viagens acessíveis e confiáveis. O usuário chama um motorista parceiro, que o leva para o destino que ele deseja.

    A Uber não emprega nenhum motorista e não é dona de nenhum carro. Nós oferecemos uma plataforma tecnológica para que motoristas parceiros aumentem seus rendimentos e para que usuários encontrem uma opção de mobilidade.

    III. O único problema é que as viagens são cobradas automaticamente e só a dinheiro, o que torna um obstáculo aos passageiros.

    Como funciona para usuários

    Qualquer pessoa que tenha um smartphone com acesso à internet pode se cadastrar. É preciso primeiro baixar o aplicativo da Uber na Google Play ou App Store (Apple) e instalá-lo no celular.

    Depois é necessário cadastrar-se, informando telefone. Em todas as cidades é possível cadastrar um cartão de crédito ou débito para que o valor da viagem seja cobrado logo que o usuário desça do carro – o pagamento em créditos pré-pagos Uber Cash ou dinheiro também estão disponíveis. Para chamar um carro, é só abrir o aplicativo, escolher pra onde você quer ir e apertar um botão para solicitar uma viagem.

    Fonte: https://www.uber.com/pt-BR/newsroom/fatos-e-dados-sobre-uber/

    IV. Taxistas do Brasil inteiro têm apoiado e utilizado o sistema, que já substitui praticamente toda a demanda do sistema de táxi antigo.

    Uber x taxistas: entenda a polêmica envolvendo o app de motoristas

    A briga entre o Uber e os taxistas parece estar distante do fim. Os criadores do app alegam que o objetivo é conectar passageiros a motoristas particulares proprietários de carros pretos. Parte dos taxistas, por sua vez, afirma que se trata de um aplicativo ilegal. Os donos de táxis já fizeram protestos em diversas cidades do planeta, entre elas Rio de Janeiro e São Paulo.

    Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/04/entenda-polemica-entre-o-aplicativo-uber-e-os-taxistas-no-brasil.html


ID
3345979
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“Anualmente, cerca de 112 mil vidas são salvas no mundo inteiro com os transplantes de órgãos. Na maioria dos casos há uma corrida contra o tempo para transportar o órgão doado, além dos trâmites legais.”

(Revista Seleções Reader’s Digest. Maio de 2016, p. 34.)


No Brasil, a legislação acerca das doações de órgãos

Alternativas

ID
3345982
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“O melhor lugar para se colocar um roteador WI FI é em um lugar mais alto e central da casa, uma prateleira alta, por exemplo. O pior lugar é a cozinha, pois os aparelhos de metal podem atrapalhar seu funcionamento.”

(Revista Seleções Reader’s Digest. Maio de 2016, p. 34.)


A escolha por lugares mais altos e centralizados para se colocar o roteador é explicada em parte:

Alternativas

ID
3345985
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A matéria veiculada no Jornal da Globo do dia 28 de fevereiro de 2016 informa que os projetos de produção de biogás no Brasil começam a funcionar. As três principais estações do Brasil, duas em São Paulo, nos aterros São João e Bandeirantes; e uma no Rio de Janeiro, no maior aterro da América Latina, o aterro de Gramacho, em Duque de Caxias, contam com as bombas pneumáticas Autopump da Clean. Especialmente agora, com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos que obriga as prefeituras a adequarem seus lixões e aterros controlados para aterros sanitários até 2014.


Sobre o Biogás analise as afirmativas a seguir.

I. É um tipo de gás inflamável produzido a partir da mistura de dióxido de carbono e metano, por meio da ação de bactérias fermentadoras em matérias orgânicas.

II. É uma fonte energética renovável, por essa razão é considerado um biocombustível.

III. O único problema é que a matéria-prima usada na sua produção é cara e ainda não alcançou a condição de uma produção em larga escala que a torne mais acessível a todos.

IV. É um derivado natural do lixo e ajuda o meio ambiente, pois contribui diretamente para o fim do efeito estufa.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Sobre o Biogás analise as afirmativas a seguir.

    I. É um tipo de gás inflamável produzido a partir da mistura de dióxido de carbono e metano, por meio da ação de bactérias fermentadoras em matérias orgânicas. VERDADE -> mistura de gases que foi produzida pela decomposição biológica da matéria orgânica 

    II. É uma fonte energética renovável, por essa razão é considerado um biocombustível. VERDADE -> fonte de energia renovável produzida através do lixo orgânico

    III. O único problema é que a matéria-prima usada na sua produção é cara e ainda não alcançou a condição de uma produção em larga escala que a torne mais acessível a todos. MATERIA-PRIMA NÃO É CARA

    IV. É um derivado natural do lixo e ajuda o meio ambiente, pois contribui diretamente para o fim do efeito estufa.

    É VERDADE QUE PODE CONTRIBUIR PARA redução das emissões de gases do efeito estufa;

    MAS NÃO TEM A OPÇAO I II E IV

    ENTÃO LETRA "A"


ID
3345988
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Para que a escola seja inclusiva é necessário o atendimento das pessoas com necessidades especiais, levantando suas limitações, mas principalmente descobrindo suas potencialidades.”

(Disponível em: www.mundoJovem.com.br. Julho, 2016.)


Em relação à inclusão nas escolas brasileiras é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab c


ID
3352660
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Hank: I know it’s a long shot, but why don’t you ask for a raise?”

Karl: You’re right. I’ll do it.”


What does Hank mean?

Alternativas

ID
3352663
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

“Neither Bob nor his sister Aileen borrows money to anyone, under any circumstances.”

A B C D


Choose the inconsistent item and its corresponding correction.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B.

    Borrow = tomar emprestado

    Borrow from - tomar emprestado de

  • Emprestar algo a alguém = lend something to someone.

    Pegar algo emprestado de alguém = borrow something from someone.

    Não se usa o verbo borrow com a preposição to.


ID
3352666
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Task-Based Language Teaching (TLBT) refers to an approach based on the use of tasks as the core unit of planning and instruction in language teaching. A wide variety of realia can be used as resources for TLBT. Choose the item which describes a task type that is realia based.

Alternativas

ID
3352669
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

One of the disadvantages that approaches display when compared to methods is

Alternativas

ID
3352672
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

According to Robinson (1999), an ESP course distinguished feature is

Alternativas