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Prova Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Terapeuta Ocupacional


ID
5440798
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Considere as seguintes afirmativas relacionadas ao uso do acento indicativo de crase existente no excerto “(...) essa geração deu esperança à geração de seus pais.” (4º§)

I. O verbo “dar” é transitivo direto, não requisitando o uso de preposição.
II. Caso a palavra “geração” aparecesse flexionada no plural, não haveria uso do acento indicativo de crase se o termo “à”, que o antecede, permanecesse no singular.
III. Se o trecho “essa geração deu esperança” fosse flexionado no plural, ou seja, “essas gerações deram esperança”, o acento indicativo de crase deveria ser abolido na sequência da oração.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gab C.

    • O verbo Dar é um verbo Bitransitivo, exigindo assim tanto o complemento direto como o indireto.
    • diante de plural não aceita crase.
    • errado, não caracteriza erro devido a regência do verbo dar e a aceitação da palavra feminina "geração".

  • Gab.C

    No item I, o verbo DAR é Bitransitivo, ou seja, Transitivo Direto e Indireto, pois possui dois complementos: um direto e outro indireto.

    "essa geração deu esperança à geração de seus pais.” 

    Dar alguma coisa (esperança = objeto direto) A alguém (à geração de seus pais = objeto indireto).

    Em III, a crase deve ser mantida, considerando a regência bitransitiva do verbo DAR.

    A luta continua !

  • Leia-se o excerto textual:

    “(...) essa geração deu esperança à geração de seus pais.” (4º§)

    Inspecionemos item a item:

    I. O verbo “dar” é transitivo direto, não requisitando o uso de preposição. 

    Incorreto. O verbo "dar" é transitivo direto e indireto, ou seja, tem dois complementos verbais: um direto (objeto direto) e outro indireto (objeto indireto), respectivamente "esperança" e "à geração de seus pais";

    II. Caso a palavra “geração” aparecesse flexionada no plural, não haveria uso do acento indicativo de crase se o termo “à”, que o antecede, permanecesse no singular. 

    Correto. Só se marcará o fenômeno crásico diante do substantivo "gerações", ou seja, no plural, se houver um artigo definido o determinando: deu esperança a + as gerações = deu esperança às gerações. Caso contrário, o acento é suprimido: deu esperança a + gerações = deu esperança a gerações;

    III. Se o trecho “essa geração deu esperança” fosse flexionado no plural, ou seja, “essas gerações deram esperança”, o acento indicativo de crase deveria ser abolido na sequência da oração.

    Incorreto. O acento grave é conservado, visto que o substantivo "geração" seguiria determinado: essas gerações deram esperança a + a geração de seus pais = essas gerações deram esperança à geração de seus pais.

    Letra C

  • Lembrando os casos PROIBIDOS do uso de crase:

    • Antes de palavra masculina
    • Antes de artigo indefinido
    • Entre expressões com palavras repetidas (olho a olho)
    • Antes de verbos
    • Preposição + palavra no plural
    • Antes de Preposição (ex.: ante, até, para)
    • Em sujeito
    • Antes de 'que'
    • Antes de pronome

  • I. O verbo “dar” é transitivo direto, não requisitando o uso de preposição. -> Na realidade, trata-se de um verbo BITRANSITIVO, ou seja, que é transitivo direto e indireto, por isso, quando estiver na condição de indireto, pedirá preposição.

    II. Caso a palavra “geração” aparecesse flexionada no plural, não haveria uso do acento indicativo de crase se o termo “à”, que o antecede, permanecesse no singular. -> Primeiramente, vamos ver como ficaria a frase?

    “(...) essas gerações deram esperança _ gerações de seus pais.” 

    Qual termo preenche a lacuna? a ou à? Precisamos lembrar que não há crase em palavras no plural com artigo definido "a". Só haveria crase se o artigo fosse "as". Por isso, não haveria uso de crase.

    III. Se o trecho “essa geração deu esperança” fosse flexionado no plural, ou seja, “essas gerações deram esperança”, o acento indicativo de crase deveria ser abolido na sequência da oração. - Não, porque o que definiu a presença da crase é a transitividade do verbo dar, que segue exigindo preposição, como explicado no item I.

  • Analisemos as afirmações uma a uma:

    I. Esta está errada porque o verbo dar neste contexto é bitransitivo (ou transitivo direto e indireto). Assim, ele exige tanto o Objeto Direto (regido sem preposição) quanto o Objeto Indireto (regido com preposição). No caso, o Objeto Direto corresponde a esperança. Já com relação ao Objeto Indireto, recordemo-nos de que quem dá algo, dá a alguém (ou àlguém). Assim. esta preposição contrai-se com o artigo definido a de a geração de seus pais, formando a crase.

    II. Correta. Como regra geral, não se usa crase antes de palavras no plural (Exemplo: Tal fato leva a situações favoráveis ao réu). Para que ocorra a crase, seria necessário, como é afirmado no enunciado, que a preposição a fosse aglutinada ao artigo definido as. (Exemplo: Tal fato leva às situações favoráveis ao réu).

    III. Errada. Não há qualquer dependência da crase em relação ao sujeito da oração, mas sim com a regência do verbo ou do nome e com a presença do artigo a ou as no complemento verbal ou nominal.

    Resposta: Como somente a afirmação II está correta, assinala-se a alternativa c).


ID
5440801
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Quando se flexiona o grau de um adjetivo, evidencia-se a intensidade da qualidade que ele quer expressar. No caso do termo “novíssima” (1º§), que representa a flexão do adjetivo “novo”, foi usado o:

Alternativas
Comentários
  • Grau Superlativo Absoluto Sintético

    Analítico: ex: Você é muito sério

    Sintético: Você é seríssimo

    Alternativa letra A

  • Não se faz concurso só PARA passar, se faz ATÉ passar.

  • SUPERLATIVO ABSOLUTO = 1 RADICAL "NOVISSIMO" OU "MUITO NOVO"

    SUPERLATIVO RELATIVO = COMPARA COM O TODO "PREFEITO MAIS NOVO DA CIDADE"

    SUPERLATIVO COMPARATIVO = COMPARA COM ALGUEM ESPECÍFICO "FULANO É MAIS NOVO QUE CICLANO"

  • A

    Superlativo (Destaca)

    Absoluto

    •Sintético

    Ela é discretíssima (usa sufixos)

    •Analítico

    Ela é muito discreta (usa advérbio)


ID
5440804
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No fragmento “Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles).” (1º§), as vírgulas foram usadas para separar uma:

Alternativas
Comentários
  • A vírgula em questão está empregada por existirem 2 conjunções pospostas

    CONJUNÇÃO ADITIVA: "E"

    CONJUNÇÃO CONCLUSIVA: "PORTANTO"

  • Vírgula com conjunção coordenativa (então, por isso, assim, entretanto, no entanto, contudo etc.).

    -início da segunda oração: apenas uma vírgula antes do conector.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico, contudo o povo é pobre.

    -início do período: facultativa uma vírgula após o conector.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico. Contudo, o povo é pobre.

    -após ponto e vírgula: facultativa uma vírgula após o conector.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico; contudo, o povo é pobre.

    -deslocada no interior da oração de uma oração: obrigatoriamente entre vírgulas.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico. O povo, contudo, é pobre.

  • Recomendo assistirem o comentário da questão Q889345, feito pela Professora Isabel, onde ela explica o significado de conjunção pospositiva.

    Nesta questão da consulplan, entendo que o verbo “era” está implícito logo após “e” e antes da primeira vírgula. Logo, o portanto, que deveria vir antes do verbo, aparece depois e necessariamente deve ser isolamento por duas vírgulas.

    Qualquer erro podem avisar!

  • Recuso-me a dizer que marquei oração adjetiva explicativa, sendo que nem tem verbo para ser oração....afff


ID
5440807
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Assinale o termo que corresponde a um dos significados da palavra “paralisia” (4º§), podendo, assim, substituí-la no texto sem distorcê-lo.

Alternativas
Comentários
    1. Marasmo: atrofia progressiva dos órgãos e magreza excessiva que se sucedem a uma longa enfermidade


ID
5440810
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Assinale a alternativa que mostra uma frase extraída do texto em que há, na palavra ou expressão sublinhada, a presença do sentido conotativo.

Alternativas
Comentários
  • “(...) a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.”

    Sentido Conotativo - sentido figurado, fantasioso, que não é real, ficção

    Sentido Denotativo : sentido real, exato, não ficção

    Gabarito Letra A

  • GAB-A

    ADULTOS CRESCEREM

    ADULTOS JÁ SÃO GRANDES NÃO CRESCEM MAIS.


ID
5440813
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Na frase “A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg (...)” (5º§), quanto à sua predicação, o verbo sublinhado é:  

Alternativas
Comentários
  • "A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg (...)” 

    Verbos transitivos diretos indicam o que ou quem.

    Devemos perguntar ao sujeito: O que a geração tem?

    Tem a imagem de Greta Thunberg.

    Logo, o verbo é transitivo direto.

    Só para explicar, os verbos transitivos indiretos indicam de que, para que, de quem, para quem, em quem. Para descobrir qual a transitividade do verbo, é importante observar se existe o objeto direto ou indireto. Objetos diretos indicam quem ou o que, mas sem preposição. Objetos indiretos indicam para que, de que, de quem, para quem, em quem e pedem por preposição.

  • "Quem TEM, tem alguma coisa", portanto, transitivo direto


ID
5440816
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No excerto “Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando- -se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos (...)” (5º§), o pronome sublinhado está fazendo a retomada anafórica do termo: 

Alternativas
Comentários
  • A alternativa correta é a letra D, porque retoma o termo Declarações.

  • "Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos..."

    Gabarito Letra D

  • Um termo anafórico faz uma referência a um termo antecedente, retomando um termo anteriormente usado no discurso.

    A alternativa correta é a letra D, porque retoma o termo Declarações.

     

    "Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas ( UMA DAS DECLARAÇÔES), responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos..."

      

    ex1: Pedro caiu no recreio. Ouvi-o chorar muito.

    O pronome oblíquo o é um pronome anafórico porque faz referência ao termo Pedro, anteriormente apresentado.

     

    ex.2:A veterinária já vacinou quarenta cães hoje. Ela está cansada.

    O pronome pessoal reto ela é um pronome anafórico porque faz referência ao termo veterinária, anteriormente apresentado.

     

    A referência anafórica pode ser feita, também, com outras expressões que não pronomes, como:

    A minha vizinha tem duas filhas. A mais velha está cursando medicina.

    Ontem vimos um pavão no meio da rua. O animal tinha fugido do jardim zoológico.

    Falei sobre esse assunto com a Paula e a Mariana. A primeira concordou comigo, mas a segunda disse que não sabia de nada.

    Um catafórico faz uma referência a um termo posterior, que será enunciado mais à frente na oração.

    Madalena viu-a e saiu correndo. A cobra estava perto da árvore.

    O pronome oblíquo a é um pronome catafórico porque faz referência ao termo cobra, posteriormente apresentado.

     

    Para fazer um bolo, por favor, compre isto: farinha, açúcar, ovos e leite.

    O pronome demonstrativo isto é um pronome catafórico porque faz referência aos termos farinha, açúcar, ovos e leite, posteriormente apresentados.


ID
5440819
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No trecho “Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje [a felicidade] perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda.” (3º§), a locução conjuntiva sublinhada expressa ideia de:

Alternativas
Comentários
  • CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONCESSIVAS:(AINDA QUE),(APESAR DE ),(MESMO QUE),(POSTO QUE ),(CONQUANTO)..

  • Embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito de, malgrado, em que pese.

  • Concessão pois apresenta ideia de um fato contrário a ação principal. ALTERNATIVA LETRA C

  • A questão é sobre conjunções e quer saber qual o valor semântico da locução conjuntiva destacada em “Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje [a felicidade] perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda.” (3º§). Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Condição.

    Errado.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     .

    B) Conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) Concessão.

    Certo. "Ainda que" é conjunção subordinativa concessiva.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Ainda que discordasse da justificativa da banca, aceitei a explicação.

     .

    D) Comparação.

    Errado.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)

     .

    Gabarito: Letra C


ID
5440822
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Com base exclusivamente no que é explicitado pelo texto, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Está explicitado no texto:

    "Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos."


ID
5440825
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No período “O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança.” (4º§), se a palavra “levei” fosse flexionada no plural, quantas palavras ao todo (incluindo na contagem o termo a ser flexionado por determinação do enunciado) precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?

Alternativas
Comentários
  • A questão nos pede que flexionemos no plural.

    O período possui sujeito oculto na 1ª pessoa do singular, flexionando ao plural ficaria "NÓS", sendo assim reescrito:

    “O que LEVAMOS para a parte final da NOSSA palestra foi o que NOS parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança.” (4º§)

    Foco na missão.


ID
5440828
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O presidente Jair Bolsonaro terminou, nesta segunda-feira (27/01/2020),sua viagem oficial à Índia, com a assinatura de 15 acordos bilaterais. A sua visita tem como foco ampliar as relações comerciais com a Índia, considerada pelo governo como a “China do amanhã”. Com população acima de 1 bilhão de pessoas, é um mercado que pode ser tão importante quanto o dos chineses.
(Disponível em: https://economianoticias.home.blog/2020/01/27/como -foi-a-visita-de-bolsonaro-a-india-para-o-agronegocio/. Adaptado.)

A respeito da visita oficial de Bolsonaro à Índia, analise as afirmativas a seguir.

I. Os governos indiano e brasileiro se comprometeram a dobrar o intercâmbio comercial entre os dois países até 2022.
II. Os destaques da visita oficial do governo brasileiro à Índia foram a abertura de mercado para a exportação do gergelim brasileiro, a cooperação entre os dois países para o aumento da produção de etanol e as parcerias em pesquisas agropecuárias.
III.O governo indiano não reclamou do questionamento brasileiro à OMC por causa dos subsídios dados aos agricultores no setor de açúcar.
IV. Na declaração conjunta dos dois países, seis itens tratam sobre a bioenergia – especialmente o etanol que é uma demanda em atividade e apenas um fala sobre a agropecuária.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Ambos os líderes das duas potências emergentes buscam melhorar a aliança estratégica diante do  e em meio a críticas que recebem em âmbito doméstico e externo. Tanto Modi como  e por medidas e discursos que prejudicam as minorias dos dois países, também unidos por sua diversidade étnica e social. A agricultura e o meio ambiente são campos minados para ambos os líderes. Se Bolsonaro é , a passividade de Modi diante da poluição é denunciada por ativistas que os camponeses os apoiam em protestos nacionais.

    https://brasil.elpais.com/internacional/2020-01-25/india-do-conservador-modi-estende-tapete-vermelho-a-bolsonaro-e-anseia-por-acordos-comerciais.html


ID
5440831
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

O Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares utiliza um índice para avaliar a situação de insegurança alimentar no mundo que combina quatro indicadores como subnutrição, baixo peso infantil, desnutrição infantil e mortalidade infantil. Observe a tabela sobre os Piores GHI – Índice Global da Fome 2015.

                                   Países                                      IDH
            101º Timor Leste                                             40,7
            102º Zâmbia                                                    41,1
            103º Chade                                                     46,4
            104º República Centro-Africana                      46,9

(Internacional Food Policy Research Institute 2016. Adaptado.)

Após a análise da tabela é possível inferir que esses países:

Alternativas

ID
5440834
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A conservação dos solos pressupõe, para o bem da vida no Planeta, a utilização sustentável desse recurso, um esforço que inclui conhecimento, pesquisa e redução das diferenças socioeconômicas entre as diversas regiões do mundo. Sobre a erosão e conservação dos solos, analise as afirmativas a seguir.

I. A erosão dos solos pode ser definida como a perda da camada superficial da litosfera, rica em matéria orgânica, onde existe vida microbiana e ocorre o desenvolvimento da vida vegetal.
II. O ser humano não tem uma parcela de responsabilidade na causa ou agravamento da erosão dos solos.
III. O maior empenho está na conscientização das populações, tanto nas regiões mais pobres, onde há falta de recursos adequados para o manejo agrícola, quanto nas regiões mais ricas, para a utilização adequada das modernas tecnologias contra a degradação.
IV. A camada superficial do solo pode se desagregar no preparo do terreno para o plantio ou por causa do desmatamento.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GAB-D

    I, III e IV, apenas.

    II. O ser humano não tem uma parcela de responsabilidade na causa ou agravamento da erosão dos solos.

    O SER HUMANO É O PRINCIPAL AGENTE MODIFICADOR DO PLANETA, ONDE PASSA POLUI, DESMATA, QUEIMA, ACABA, DESTRÓI, ACUMULADOR DE LIXO, DEVASTADOR DOS MUNDOS.

    DE VAGAR E SEMPRE NA FRENTE!!!


ID
5440837
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, protagonizou um vídeo, compartilhado no dia 16/01/2020, no qual fez referência a trechos do discurso do ministro Joseph Goebbels, afirmando que “a arte será nacional” ou “então não será nada” ao som de um trecho da ópera Lohengrin, de Wagner. Alvim tornou-se alvo nas redes sociais, uma vez que o seu discurso fez referência à propaganda:

Alternativas
Comentários
  • GAB-A

    Em janeiro de 2020, Alvim gravou um vídeo para anunciar o Prêmio Nacional das Artes.. Em seu discurso copiou uma citação de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler.

  • que vergonha

    a corja toda que está no poder não tem um preste, tudo saído do esgoto

    GAB - A

    NAZISTA A TODO VAPOR

  • Karina, vc foi contaminada pela esquerda, eles conseguiram te idiotizar. Vc quer q o Brasil se torne uma Venezuela , Cuba e outros que são comunistas. Vc viu o q está acontecendo na Argentina? Governantes comunistas acabando c a liberdade do povo, o governo atual deu auxilio emergencial p pessoas como vc e muitos q não necessitavam, mas foram lá se corromper, imagine se fosse o Hadadd hj no Gov. O q o atual presidente fez de errado "prova concreta e não suposições"?

    Agora aquele q vc tanto quer de volta vai colocar mais 2 ministros de esquerda no STF, ai minha cara colega, já era a nossa liberdade mesmo.


ID
5440840
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O cuidado com o meio ambiente é extremamente importante para a qualidade de vida das pessoas. Recentemente, a China vive um surto de coronavírus. Embora a China não tenha confirmado a origem exata do vírus, agora conhecido como 2019-nCoV, as autoridades acreditam que o surto se originou em um mercado de Wuhan. O surto aconteceu,se considerada essa explicação, devido:

Alternativas
Comentários
  • GAB-D

    . A maioria dos pacientes tinha sido exposta ao mercado Huanan. Esse mercado comercializava frutos do mar, mas também animais silvestres, frequentemente vendidos vivos ou abatidos no local.

    SÓ COMEM PORCARIA.

  • D

    Às sobras dos produtos secos ficarem espalhados com pouca higiene e cuidado com a saúde.


ID
5440849
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Fórum Econômico Mundial de Davos terminou na última sexta-feira (24/01/2020), e no fim de semana após o evento ocorre o tradicional balanço das ideias apresentadas nos painéis de debate. O SUNO Notícias, que cobriu a inteira semana de trabalhos na pequena cidade suíça, reuniu as dez principais ideias lançadas na edição 2020 do Fórum, a 50ª desde a sua criação. Entre essas ideias estão propostas de mudanças nas relações de trabalho, uma maior proteção da privacidade e a luta contra as mudanças climáticas. Dentre as personalidades relacionadas, pode-se afirmar que o(a) ativista sueco(a) que participou da segunda vez do fórum, alertando sobre o risco de continuar poluindo sem limites foi:

Alternativas
Comentários
  • Ativista sueco Greta Thunberg.

    Gab : B

  • GAB-B

    Greta Thunberg.

  • O que Greta thunberg fez pelo meio ambiente?

    Greta Thunderberg é uma estudante Sueca de 17 anos e ativista ambiental. Ela é conhecida por ter protestado em 2019 contra as mudanças climáticas resultantes das poluições das grandes fábricas ao redor do mundo. Ela chegou a concorrer ao prêmio Nobel pela paz.

  • A ativista ambiental sueca Greta Thunberg, 18 anos, está nos holofotes do mundo há um bom tempo. Eleita Pessoa do Ano pela revista Time em 2019, desde muito nova, ela bate de frente com os líderes mun... 

    Leia mais em: https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/quem-e-a-pirralha-greta-thunberg-e-por-que-ela-abraca-coelhinhos/


ID
5440852
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O jornal Correio Braziliense publicou a seguinte notícia no dia 24 de janeiro de 2020:
“Regina Duarte pode se tornar a terceira ministra do governo, diz Bolsonaro. Segundo Bolsonaro, caso haja apoio popular, há a possibilidade de a ‘eterna namoradinha do Brasil’ ser a mais nova ministra do governo.”

Como tem noticiado a imprensa, não é a primeira vez que os ministros são trocados. Caso haja aprovação, a atriz, Regina Duarte, ocupará a Secretaria Especial de:

Alternativas
Comentários
  • GAB-A

    Presidente Jair Bolsonaro anunciou que ela passaria a assumir o comando da Cinemateca Brasileira, em São Paulo

    CINEMA É CULTURA.

  • e saiu também kkkkk

    o circo não para

  • Karina, acredito q o circo foi no governo do Lula e Dilma q fizeram todos nós de palhaços, mais ainda vc que continua acreditando q o Lula vai tirar da cartola todo dinheiro q ele e os irmãos metralhas desviaram do Brasil.

    A Regina Duarte, apesar de ser uma ótima artista, logo imaginei q não seria uma boa escolha, enfim,...


ID
5440855
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, começou a ser julgado no dia 21/01/2020 no Senado. A alegação principal para a abertura do processo pauta-se na acusação pelos: 

Alternativas
Comentários
  • Trump sofreu 2 processos de impeachment:

    = Acusação aos democratas de terem abusado dos privilégios do cargo de presidente.

    = A Invasão do Capitólio dos Estados Unidos, que ocorreu em 6 de janeiro de 2021, depois de partidários do presidente Donald Trump por ele convocados a se reunirem em Washington.

    OBS: TRUMP FOI O PRIMEIRO PRESIDENTE DA HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS A SOFRER 2 PROCESSOS DE IMPEACHMENT.

    GAB C


ID
5440858
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

São vacinas disponíveis para pessoas com 60 anos ou mais, além da vacina anual contra a gripe, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Vacina HPV é administrada em meninas de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias; em meninos de 11 a 14 anos, 11 meses e 29 dias; pessoas com HIV/AIDS e imunodeprimidos entre 9 e 26 anos.

    ( BRASIL,2020)

  • Pessoas com HIV/AIDS ganhou uma subdivisão em 2021:

    MULHERES: 9-45 anos

    HOMENS: 9-26 anos


ID
5440861
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A Programação Pactuada e Integrada é um processo instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) onde, em consonância com o processo de planejamento, são definidas e quantificadas as ações de saúde para população residente em cada território, bem como efetuados os pactos intergestores para a garantia de acesso da população aos serviços de saúde. Sobre a Programação Pactuada e Integrada – PPI, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo.
( ) A elaboração da PPI deve se dar em um processo descendente, de base federal, em consonância com as responsabilidades do estado na busca crescente da equidade, da qualidade da atenção e na conformação da rede regionalizada e hierarquizada de serviços.
( ) A PPI observa os princípios da integralidade das ações de saúde e da direção única em cada nível de governo, traduzindo todo o conjunto de atividades relacionadas a uma população específica e desenvolvidas em um território determinado, independente da vinculação institucional do órgão responsável pela execução destas atividades. 

A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    "Você JÁ passou, já ACONTECEU no futuro! Você só está se deslocando de um ponto a outro no tempo, apenas dê o seu máximo para que isso se concretize! Tenha fé e não desista nunca, jamais"


ID
5440864
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Em relação às competências da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, analise as afirmativas a seguir.

I. Elaborar estratégias que fortaleçam a atenção primária à saúde como centro de comunicação da rede de atenção à saúde, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e dos serviços disponibilizados na rede assistencial.
II. Desenvolver e coordenar estratégias que reorientem o modelo de atenção à saúde na direção dos atributos essenciais e derivados da atenção primária à saúde, como acesso de primeiro contato, longitudinalidade, integralidade, coordenação da atenção, orientação centrada na família, orientação comunitária e competência cultural.
III. Produzir estratégias de formação e provimento de profissionais para a atenção primária à saúde, prioritariamente para a Estratégia Saúde da Família (ESF).
IV. Planejar a oferta de recursos humanos para a atenção primária à saúde e apoiar a elaboração de plano de formação profissional com ênfase nas especificidades da Estratégia Saúde da Família (ESF).

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
5440867
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A estimativa é que mais de duas mil Unidades de Saúde da Família (USF) já estejam aptas a participar do Programa Saúde na Hora. O objetivo é ampliar acesso aos serviços da Atenção Primária à Saúde e desafogar as emergências.
(Ministério da Saúde. Disponível em: http://saude.gov.br/noticias/ agencia-saude/45440-municipios-podem-solicitar-ampliacao-do-hora rio-de-atendimento-nas-unidades-de-saude-da-familia. Acesso em: 26/01/2020.)

Os municípios que ampliarem o horário de atendimento à população nas Unidades de Saúde da Família (USF) passam a receber mais recursos do Governo Federal. Os repasses podem chegar a dobrar de valor, dependendo da disponibilidade de equipes de Saúde da Família e Bucal e do horário de funcionamento das unidades, que pode variar entre 60 h e 75 h semanais, estando de portas abertas no horário de almoço e à noite, podendo, também, abrir aos finais de semana. Atualmente, a maior parte das 42 mil USF em todo o país funcionam:

Alternativas

ID
5440873
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

O Ministério da Saúde é o órgão do Poder Executivo Federal responsável pela organização e elaboração de planos e políticas públicas voltados para a promoção, a prevenção e a assistência à saúde dos brasileiros. São assuntos de competência do SUS, EXCETO:

Alternativas

ID
5440876
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A vacinação é uma das maiores conquistas da humanidade, sendo o meio mais seguro e eficaz de prevenir doenças infectocontagiosas. As primeiras vacinas foram descobertas há mais de 200 anos. Atualmente, as vacinas são resultado de pesquisas intensivas, constituindo os mais modernos e sofisticados imunobiológicos. Assinale, a seguir, a vacina que previne pneumonia, otite e meningite.

Alternativas
Comentários
  • Tríplice Viral - Sarampo, Caxumba e Rubéola

    Rota Virus - Gastroenterites

    Pneumocócica 10 valente - Otite, Pneumonia e Miningite

    Poliomelite 1,2 e 3 - paralisia infantil


ID
5440879
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

“O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado com o objetivo de oferecer mais uma alternativa de acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. O cidadão que precisa adquirir medicamentos pelo Programa Farmácia Popular deverá comparecer a uma farmácia credenciada e apresentar os documentos obrigatórios, além das prescrições, laudos ou atestados médicos, com validade máxima de ______ dias, com exceção dos anticoncepcionais, cuja validade é de 365 dias.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - D

    Não se faz concurso só PARA passar, se faz ATÉ passar.


ID
5448301
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Catapora (Varicela) é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zóster que se manifesta com maior frequência em crianças. A principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira. Qual é o período de incubação do vírus Varicela, causador da catapora?

Alternativas

ID
5448313
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Os sistemas municipais de saúde apresentam níveis diferentes de complexidade, sendo habitual o órgão de saúde destes municípios atender a usuários, tendo como único objetivo assistindo os usuários de forma completa e em conformidade com a sua necessidade. Em vista disso, quando o serviço requerido para o atendimento da população estiver localizado em outro município, as negociações para tanto devem ser efetivadas, exclusivamente, entre:

Alternativas

ID
5448316
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A história da vacina se iniciou no século XVIII, quando o médico inglês, Edward Jenner, utilizou a vacina para prevenir a contaminação por varíola, uma doença viral extremamente grave. Assinale, a seguir, a vacina que previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea, sendo sua dosagem única.

Alternativas

ID
5453017
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Há mais de uma semana, moradores da zona norte e oeste do município do Rio de Janeiro passaram a ter fornecimento de água com cor, sabor e cheiro alterados (odor de terra ou esgoto). Hoje já são quarenta e seis bairros da cidade e seis municípios da Baixada Fluminense atingidos. Sobre a crise hídrica no Rio de Janeiro, pode-se afirmar que:

Alternativas