SóProvas



Prova Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Analista Fiscal Sanitário - Farmacêutico


ID
5448229
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior. 
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Considere as seguintes afirmativas relacionadas ao uso do acento indicativo de crase existente no excerto “(...) essa geração deu esperança à geração de seus pais.” (4º§).
I. O verbo “dar” é transitivo direto, não requisitando o uso de preposição.
II. Caso a palavra “geração” aparecesse flexionada no plural, não haveria uso do acento indicativo de crase se o termo “à”, que o antecede, permanecesse no singular.
III. Se o trecho “essa geração deu esperança” fosse flexionado no plural, ou seja, “essas gerações deram esperança”, o acento indicativo de crase deveria ser abolido na sequência da oração.
É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I) o verbo dar é bitransitivo - Quem dá dá algo a alguém.

    II) Não se usa crase no "a" que esteja antes de palavras no plural"

    III) Incorreta. O uso da crase não é afetado. Gabarito C)

    #vousernomeado


ID
5448241
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior. 
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Assinale a alternativa que mostra uma frase extraída do texto em que há, na palavra ou expressão sublinhada, a presença do sentido conotativo.

Alternativas

ID
5448244
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior. 
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Na frase “A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg (...)” (5º§), quanto à sua predicação, o verbo sublinhado é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    Quem tem, tem alguma coisa (objeto direto). No caso da questão, o objeto direto está:

    “A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg (...)”


ID
5448247
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior. 
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No excerto “Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos (...)” (5º§), o pronome sublinhado está fazendo a retomada anafórica do termo:

Alternativas

ID
5448250
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior. 
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No trecho “Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje [a felicidade] perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda.” (3º§), a locução conjuntiva sublinhada expressa ideia de:

Alternativas
Comentários
  • A questão é de morfologia e quer que classifiquemos a locução conjuntiva destacada em “Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje [a felicidade] perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda.” . Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e fazem que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Condição.

    Errado.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     .

    B) Conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) Concessão.

    Certo. "Ainda que" é conjunção subordinativa concessiva.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Ainda que discordasse da justificativa da banca, aceitei a explicação.

     .

    D) Comparação.

    Errado.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, mais... (do)que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto, qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele come como um leão. (come)

     .

    Gabarito: Letra C


ID
5448256
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior. 
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No período “O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança.” (4º§), se a palavra “levei” fosse flexionada no plural, quantas palavras ao todo (incluindo na contagem o termo a ser flexionado por determinação do enunciado) precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    O que levamos... da nossa palestra foi o que nos parece...


ID
5448259
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O presidente Jair Bolsonaro terminou, nesta segunda-feira (27/01/2020),sua viagem oficial à Índia, com a assinatura de 15 acordos bilaterais. A sua visita tem como foco ampliar as relações comerciais com a Índia, considerada pelo governo como a “China do amanhã”. Com população acima de 1 bilhão de pessoas, é um mercado que pode ser tão importante quanto o dos chineses.
(Disponível em: https://economianoticias.home.blog/2020/01/27/como -foi-a-visita-de-bolsonaro-a-india-para-o-agronegocio/. Adaptado.)

A respeito da visita oficial de Bolsonaro à Índia, analise as afirmativas a seguir.
I. Os governos indiano e brasileiro se comprometeram a dobrar o intercâmbio comercial entre os dois países até 2022.
II. Os destaques da visita oficial do governo brasileiro à Índia foram a abertura de mercado para a exportação do gergelim brasileiro, a cooperação entre os dois países para o aumento da produção de etanol e as parcerias em pesquisas agropecuárias.
III.O governo indiano não reclamou do questionamento brasileiro à OMC por causa dos subsídios dados aos agricultores no setor de açúcar.
IV. Na declaração conjunta dos dois países, seis itens tratam sobre a bioenergia – especialmente o etanol que é uma demanda em atividade e apenas um fala sobre a agropecuária.
Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B


ID
5448262
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais

O Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares utiliza um índice para avaliar a situação de insegurança alimentar no mundo que combina quatro indicadores como subnutrição, baixo peso infantil, desnutrição infantil e mortalidade infantil. Observe a tabela sobre os Piores GHI – Índice Global da Fome 2015.
Países IDH
101º Timor Leste 40,7
102º Zâmbia 41,1
103º Chade 46,4
104º República Centro-Africana 46,9
(Internacional Food Policy Research Institute 2016. Adaptado.)
Após a análise da tabela é possível inferir que esses países:

Alternativas

ID
5448265
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A conservação dos solos pressupõe, para o bem da vida no Planeta, a utilização sustentável desse recurso, um esforço que inclui conhecimento, pesquisa e redução das diferenças socioeconômicas entre as diversas regiões do mundo. Sobre a erosão e conservação dos solos, analise as afirmativas a seguir.
I. A erosão dos solos pode ser definida como a perda da camada superficial da litosfera, rica em matéria orgânica, onde existe vida microbiana e ocorre o desenvolvimento da vida vegetal.
II. O ser humano não tem uma parcela de responsabilidade na causa ou agravamento da erosão dos solos.
III. O maior empenho está na conscientização das populações, tanto nas regiões mais pobres, onde há falta de recursos adequados para o manejo agrícola, quanto nas regiões mais ricas, para a utilização adequada das modernas tecnologias contra a degradação.
IV. A camada superficial do solo pode se desagregar no preparo do terreno para o plantio ou por causa do desmatamento.
Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • O ser humano sempre tem culpa

  • GAB-D

    I, III e IV, apenas.

     II. O ser humano não tem uma parcela de responsabilidade na causa ou agravamento da erosão dos solos.

    MAIOR MOTIVAÇÃO PARA ESTUDAR:VOCÊ É POBRE E LISO.VÁ ESTUDAR!!!RSRS


ID
5448271
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O cuidado com o meio ambiente é extremamente importante para a qualidade de vida das pessoas. Recentemente, a China vive um surto de coronavírus. Embora a China não tenha confirmado a origem exata do vírus, agora conhecido como 2019-nCoV, as autoridades acreditam que o surto se originou em um mercado de Wuhan. O surto aconteceu,se considerada essa explicação, devido:

Alternativas
Comentários
  • ah tá bom

    Gab D

  • sobra de produtos secos???

    zero sentido...


ID
5448283
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O jornal Correio Braziliense publicou a seguinte notícia no dia 24 de janeiro de 2020:
“Regina Duarte pode se tornar a terceira ministra do governo, diz Bolsonaro. Segundo Bolsonaro, caso haja apoio popular, há a possibilidade de a ‘eterna namoradinha do Brasil’ ser a mais nova ministra do governo.”
Como tem noticiado a imprensa, não é a primeira vez que os ministros são trocados. Caso haja aprovação, a atriz, Regina Duarte, ocupará a Secretaria Especial de:

Alternativas
Comentários
  • Letra A


ID
5448286
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, começou a ser julgado no dia 21/01/2020 no Senado. A alegação principal para a abertura do processo pauta-se na acusação pelos:

Alternativas

ID
5448289
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

São vacinas disponíveis para pessoas com 60 anos ou mais, além da vacina anual contra a gripe, EXCETO:

Alternativas

ID
5448292
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A Programação Pactuada e Integrada é um processo instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) onde, em consonância com o processo de planejamento, são definidas e quantificadas as ações de saúde para população residente em cada território, bem como efetuados os pactos intergestores para a garantia de acesso da população aos serviços de saúde. Sobre a Programação Pactuada e Integrada – PPI, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo.
( ) A elaboração da PPI deve se dar em um processo descendente, de base federal, em consonância com as responsabilidades do estado na busca crescente da equidade, da qualidade da atenção e na conformação da rede regionalizada e hierarquizada de serviços.
( ) A PPI observa os princípios da integralidade das ações de saúde e da direção única em cada nível de governo, traduzindo todo o conjunto de atividades relacionadas a uma população específica e desenvolvidas em um território determinado, independente da vinculação institucional do órgão responsável pela execução destas atividades.
A sequência está correta em

Alternativas

ID
5448295
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Em relação às competências da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, analise as afirmativas a seguir.
I. Elaborar estratégias que fortaleçam a atenção primária à saúde como centro de comunicação da rede de atenção à saúde, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e dos serviços disponibilizados na rede assistencial.
II. Desenvolver e coordenar estratégias que reorientem o modelo de atenção à saúde na direção dos atributos essenciais e derivados da atenção primária à saúde, como acesso de primeiro contato, longitudinalidade, integralidade, coordenação da atenção, orientação centrada na família, orientação comunitária e competência cultural.
III. Produzir estratégias de formação e provimento de profissionais para a atenção primária à saúde, prioritariamente para a Estratégia Saúde da Família (ESF).
IV. Planejar a oferta de recursos humanos para a atenção primária à saúde e apoiar a elaboração de plano de formação profissional com ênfase nas especificidades da Estratégia Saúde da Família (ESF).
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
5448298
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A estimativa é que mais de duas mil Unidades de Saúde da Família (USF) já estejam aptas a participar do Programa Saúde na Hora. O objetivo é ampliar acesso aos serviços da Atenção Primária à Saúde e desafogar as emergências.
(Ministério da Saúde. Disponível em: http://saude.gov.br/noticias/ agencia-saude/45440-municipios-podem-solicitar-ampliacao-do-hora rio-de-atendimento-nas-unidades-de-saude-da-familia. Acesso em: 26/01/2020.)

Os municípios que ampliarem o horário de atendimento à população nas Unidades de Saúde da Família (USF) passam a receber mais recursos do Governo Federal. Os repasses podem chegar a dobrar de valor, dependendo da disponibilidade de equipes de Saúde da Família e Bucal e do horário de funcionamento das unidades, que pode variar entre 60 h e 75 h semanais, estando de portas abertas no horário de almoço e à noite, podendo, também, abrir aos finais de semana. Atualmente, a maior parte das 42 mil USF em todo o país funcionam:

Alternativas

ID
5448301
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Catapora (Varicela) é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zóster que se manifesta com maior frequência em crianças. A principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira. Qual é o período de incubação do vírus Varicela, causador da catapora?

Alternativas

ID
5448304
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

O Ministério da Saúde é o órgão do Poder Executivo Federal responsável pela organização e elaboração de planos e políticas públicas voltados para a promoção, a prevenção e a assistência à saúde dos brasileiros. São assuntos de competência do SUS, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Art. 1º O Ministério da Saúde, órgão da administração pública federal direta, tem como área de competência os seguintes assuntos:

    I - política nacional de saúde;

    II - coordenação e fiscalização do Sistema Único de Saúde (SUS);

    III - saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva, inclusive a dos trabalhadores e a dos índios;

    IV- informações de saúde;

    V- insumos críticos para a saúde;

    VI - ação preventiva em geral, vigilância e controle sanitário de fronteiras e de portos marítimos, fluviais e aéreos;

    VII - vigilância de saúde, especialmente quanto às drogas, aos medicamentos e aos alimentos; e

    VIII - pesquisa científica e tecnológica na área de saúde.


ID
5448307
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A vacinação é uma das maiores conquistas da humanidade, sendo o meio mais seguro e eficaz de prevenir doenças infectocontagiosas. As primeiras vacinas foram descobertas há mais de 200 anos. Atualmente, as vacinas são resultado de pesquisas intensivas, constituindo os mais modernos e sofisticados imunobiológicos. Assinale, a seguir, a vacina que previne pneumonia, otite e meningite.

Alternativas

ID
5448310
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

“O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado com o objetivo de oferecer mais uma alternativa de acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. O cidadão que precisa adquirir medicamentos pelo Programa Farmácia Popular deverá comparecer a uma farmácia credenciada e apresentar os documentos obrigatórios, além das prescrições, laudos ou atestados médicos, com validade máxima de ______ dias, com exceção dos anticoncepcionais, cuja validade é de 365 dias.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • As prescrições, laudos ou atestados médicos possuem validade de até 180 dias, a partir de sua emissão. A exceção é para os anticoncepcionais, cuja validade é de 365 dias.


ID
5448313
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Os sistemas municipais de saúde apresentam níveis diferentes de complexidade, sendo habitual o órgão de saúde destes municípios atender a usuários, tendo como único objetivo assistindo os usuários de forma completa e em conformidade com a sua necessidade. Em vista disso, quando o serviço requerido para o atendimento da população estiver localizado em outro município, as negociações para tanto devem ser efetivadas, exclusivamente, entre:

Alternativas

ID
5448316
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A história da vacina se iniciou no século XVIII, quando o médico inglês, Edward Jenner, utilizou a vacina para prevenir a contaminação por varíola, uma doença viral extremamente grave. Assinale, a seguir, a vacina que previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea, sendo sua dosagem única.

Alternativas

ID
5448319
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

O Estatuto do Servidor Público do Município de Formiga/MG veda, expressamente, a acumulação remunerada de cargos públicos, mas estabelece algumas exceções, desde que cumprido o requisito de compatibilidade de horário e se enquadre nas possibilidades taxadas na Lei. É vedada a acumulação remunerada dos seguintes cargos, ainda que haja compatibilidade de horários:

Alternativas

ID
5448322
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre o sistema legislativo municipal, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa de leis que disponham sobre autorização para abertura de créditos suplementares ou especiais, através de aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentadas pela Câmara.
( ) As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal
( ) Os projetos de decreto legislativo disporão sobre matérias de interesse interno da Câmara.
( ) São de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob o controle direto ou indireto do município.
A sequência está correta em

Alternativas

ID
5448325
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Formiga/MG, a Lei Orçamentária Anual compreenderá, EXCETO:

Alternativas

ID
5448331
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Orgânica do Município de Formiga/MG assim prevê em seu artigo 69:
“Art. 69. São auxiliares diretos do Prefeito:
I - Os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes. Parágrafo único. Os cargos são de livre nomeação e demissão do Prefeito.”
De acordo com a legislação municipal, são condições essenciais para a investidura no cargo de Secretário ou Diretor equivalente, EXCETO:

Alternativas

ID
5448334
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

O tratamento da insuficiência cardíaca tem por objetivo melhorar os sintomas e retardar o desenvolvimento da falência cardíaca. São fármacos utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca:

Alternativas
Comentários
  • CAPTOPRIL - Os inibidores da ECA também demonstraram extrema utilidade no tratamento da insuficiência cardíaca 

    FUROSEMIDA - Os diuréticos, em especial a furosemida, são os fármacos de escolha na insuficiência cardíaca. Eles reduzem a retenção de sal e água, o edema e os sintomas. Eles não têm efeito direto sobre a contratilidade cardíaca; seu principal mecanismo de ação na insuficiência cardíaca é redução da pressão venosa e da pré-carga ventricular. 

    CARVEDILOL - Três β-antagonistas – metoprolol, bisoprolol e carvedilol – são efetivos na redução da mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca crônica.


ID
5448337
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Uma das responsabilidades dos Conselhos Regionais de Farmácia é a apuração de denúncias éticas sobre os profissionais. Porém, os Conselhos Regionais devem seguir uma tramitação cronológica que inicia com o recebimento da denúncia e instauração ou arquivamento do processo. Assinale os trâmites para conclusão do processo.

Alternativas

ID
5448340
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

“Os fármacos, devido sua _________________, ficam _________________, não atravessam barreiras biológicas e tendem a ficar ____________________________________.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas

ID
5448343
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os agentes anti-hipertensivos atuam em um ou em vários locais anatômicos da regulação da pressão arterial. Entre esses fármacos estão os que reduzem a descarga simpática dos centros vasomotores no tronco encefálico. Considerando tal afirmação, assinale os fármacos representantes desse grupo.

Alternativas
Comentários
  •  Metildopa e Clonidina são fármacos simpaticoplégicos de ação central usados no tratamento da hipertensão. Esses agentes reduzem a descarga simpática dos centros vasomotores no tronco encefálico, porém permitem que esses centros conservem ou até mesmo aumentem a sua sensibilidade ao controle barorreceptor.


ID
5448346
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Ultimamente, os epidemiologistas têm valorizado a contribuição da influência genética nas doenças em geral. Nesse campo, há três abordagens analíticas; assinale-as.

Alternativas

ID
5448349
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os fármacos inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) são anti-hipertensivos muito utilizados na prática clínica. Assinale, a seguir, um fármaco inibidor da enzima conversora de angiotensina, com meia-vida de, aproximadamente, duas horas, devendo ser administrado 2 a 3 vezes ao dia.

Alternativas
Comentários
  • As concentrações máximas de enalaprilate, o metabólito ativo do enalapril, são observadas em 3 a 4 horas após a administração do enalapril.

    A meia-vida do enalaprilate é de cerca de 11 horas.

    Captopril tem meia vida de 2,2 horas.

    Fonte: Katzung, 2017


ID
5448352
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A glicoproteína P, presente no enterócito, tem um papel importante na biodisponibilidade e na depuração intestinal de certos fármacos. É possível afirmar que ela se limita à absorção por via:

Alternativas
Comentários
  • Se você não sabe o que é a glicoproteína P, interprete o enunciado. Ele já mostra visivelmente a resposta.


ID
5448355
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia

A vacina para gestante é essencial, a fim de prevenir doenças para si e para o bebê. Assinale, a seguir, as vacinas que a gestante precisa tomar, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.

Alternativas

ID
5448358
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os fármacos Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINEs) são classificados, praticamente, em dois grupos – os inibidores seletivos da ciclo-oxigenase 2 e os inibidores não seletivos da ciclo-oxigenase. São consideradosfármacos seletivos da ciclo-oxigenase 2:

Alternativas

ID
5448361
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A vacinas BCG e a vacina contra a hepatite B fazem parte do calendário básico de vacinação. Assinale a faixa etária correta para serem aplicadas tais vacinas, considerando o Calendário Básico de Vacinação.

Alternativas

ID
5448364
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Durante a manipulação de alguns tipos de medicamentos é utilizado o processo de dinamização que é o resultado da:

Alternativas

ID
5448367
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Certo bebê foi levado pelos pais ao posto de vacinação, para que o cartão de vacinação fosse ajustado. Quando o profissional de saúde fez a entrevista com os pais, foi constatado que o bebê já havia completado 5 meses. Qual vacina o bebê deverá tomar nesta idade, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação?

Alternativas

ID
5448370
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

As cefalosporinas são antibióticos muito semelhantes às penicilinas: no entanto, são mais estáveis as β-lactamases bacterianas e, por isso, possuem um maior espectro de ação. Devido ao seu amplo espectro de ação antimicrobiano elas são classificadas em quatro grandes grupos ou geração. São consideradas cefalosporinas de 3ª geração:

Alternativas

ID
5448373
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os helmintos infectam um número elevado de seres humanos e provocam uma ampla gama de doenças. Um medicamento muito utilizado para o tratamento dessas doenças é o albendazol, um anti-helmíntico de largo espectro. Porém, para o tratamento de estrongiloidíase e larva migrans cutânea há uma alternativa para o albendazol; assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Tiabendazol:

    escabiose (sarna); estrongiloidíase; larva migrans cutânea; larva migrans visceral.


ID
5448376
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

De acordo com a Resolução nº 357/2001 do Conselho Federal de Farmácia, sobre os medicamentos fitoterápicos, analise as afirmativas a seguir.
I. É atribuição privativa do farmacêutico a dispensação de plantas de aplicações terapêuticas.
II. O farmacêutico somente poderá dispensar plantas medicinais em ervanárias devidamente legalizadas perante o órgão sanitário competente.
III. Apenas poderão ser dispensados pelo farmacêutico os medicamentos fitoterápicos que obedeçam aos padrões de qualidade oficialmente reconhecidos pelo órgão sanitário federal competente.
IV. As plantas dispensadas sob classificação botânica falsa, bem como as desprovidas de ação terapêutica e entregues ao consumo com o mesmo nome vulgar de outras terapêuticas ativas não constituem em infração ética, pois o farmacêutico não tem condições legais e nem técnicas para identificação correta das plantas.
Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas

ID
5452972
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando  para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Quando se flexiona o grau de um adjetivo, evidencia-se a intensidade da qualidade que ele quer expressar. No caso do termo “novíssima” (1º§), que representa a flexão do adjetivo “novo”, foi usado o:

Alternativas
Comentários
  • Adjetivo temos três grandes qualificações

    1. Que apenas qualifica e não compara: adjetivo positivo;
    2. Que qualifica + compara com uma pessoa: adjetivo comparativo;
    3. Que qualifica + compara com um grupo de pessoas: superlativo. Quanto ao superlativo, eu posso aumentar no sentido de comparar com um grupo superlativo relativo ou de forma isolada superlativo absoluto.

    Para saber mais, veja o link a seguir (recomendo que salve este mapa mental, pois ele sintetiza bem): https://linguaminha.com.br/wp-content/uploads/2016/11/graus-do-adjetivo.jpg


ID
5452975
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando  para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No fragmento “Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles).” (1º§), as vírgulas foram usadas para separar uma:

Alternativas
Comentários
  • Conjunção pospositiva = que se encontra deslocada de seu local original na oração, posposta.

  • Exemplos

    Expressão retificativa:

    • Amanhã, ou melhor, depois de amanhã, vamos viajar. (ou melhor = expressão retificativa)

    Conjunção pospositiva: para separar certas conjunções pospositivas (que não se usam no início das orações), como porém, contudo, pois, entretanto, portanto, entre outras.

    • Estou atrasada, entretanto, vou atendê-lo rapidamente.

    Orações adjetivas explicativas: explicam ou esclarecem o termo antecedente.

    • Pelas 11h do dia, que foi de sol ardente, alcançamos a margem do rio Paraná.

    Oração adverbial reduzida:

    • Reduzida: Sem saber nada sobre você, eu acredito na sua honestidade.

    Desenvolvida: Embora eu não saiba nada sobre você, eu acredito na sua honestidade

    Fonte: https://www.normaculta.com.br

    professora shirley maria

  • A questão é de morfologia e quer saber por qual razão as vírgulas foram usadas em “Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimig a da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles).”. Vejamos:

     .

    A) Expressão retificativa.

    Errado. Expressão retificativa é uma expressão que serve para eliminar ou reparar erros ou defeitos de algo; corrigir, como, por exemplo, "aliás, ou melhor"...

     .

    B) Conjunção pospositiva.

    Certo. As vírgulas foram usadas para separar a conjunção coordenativa conclusiva "portanto". Fala-se em "pospositiva" já que ela está deslocada da sua posição original na oração, ou seja, está posposta e intercalada na oração.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) Oração adverbial reduzida.

    Errado. Não há que se falar em oração, já que toda oração precisa ter um verbo, o que não é o caso de "portanto".

    Orações subordinadas adverbiais: funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal. Aparecem introduzidas por conjunções adverbiais. Sua classificação é feita conforme o sentido da circunstância adverbial que expressam. Podem ser: temporais, proporcionais, finais, causais, consecutivas, conformativas, condicionais, comparativas e concessivas.

     .

    D) Oração adjetiva explicativa.

    Errado. Não há que se falar em oração, já que toda oração precisa ter um verbo, o que não é o caso de "portanto".

    Oração subordinada adjetiva explicativa: É isolada por VÍRGULAS. Explicam ou esclarecem, à maneira do aposto, o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma informação.

    Ex.: O homem, que é mortal, tem problemas na vida. (todo homem é mortal e todo homem tem problemas na vida)

     .

    Gabarito: Letra B


ID
5452978
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando  para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Assinale o termo que corresponde a um dos significados da palavra “paralisia” (4º§), podendo, assim, substituí-la no texto sem distorcê-lo.

Alternativas
Comentários
  • Marasmo é um substantivo masculino e tem origem na palavra grega marasmós. O termo pode ser substituído por sinônimos como: apatia, tédio, melancolia, desânimo, estagnação, pasmaceira, prostração, inatividade e inércia. Marasmo também é nome dado a uma desnutrição que chegou em um estágio crônico.


ID
5452993
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
   A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados-nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
   O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
   A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando  para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
   Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Com base exclusivamente no que é explicitado pelo texto, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Esse tipo de questão exige bastante atenção na leitura e reescrita. A banca costuma inverter as palavras gerando alteração no sentido ou modifica-las.

    A: Diferentes áreas do conhecimento já dissecaram a mercadoria como felicidade.

    No texto:   A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento

    B - Correta: Fazer algo nunca antes feito e nos arriscar a ser o que não é sabido por nós é uma necessidade, diante do impossível.

    No texto: Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos.

    C:  A geração dos pais controlou o desenfreado consumo do planeta, que estava sendo promovido por seus próprios filhos.

    No texto: O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.

    D: O tempo para melancolias e lamentações foi redimensionado rumo à ampliação em razão do superaquecimento do planeta.

    No texto: Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias.


ID
5453008
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, protagonizou um vídeo, compartilhado no dia 16/01/2020, no qual fez referência a trechos do discurso do ministro Joseph Goebbels, afirmando que “a arte será nacional” ou “então não será nada” ao som de um trecho da ópera Lohengrin, de Wagner. Alvim tornou-se alvo nas redes sociais, uma vez que o seu discurso fez referência à propaganda:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - A

    O secretário especial da Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, fez um discurso, divulgado nesta quinta-feira (16), semelhante ao do ministro de Adolf Hitler da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, antissemita radical e um dos idealizadores do nazismo.

    Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a "arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”. (Compare os discursos abaixo)

    Nesta manhã, Alvim afirmou em post no Facebook que a semelhança entre as frases foi "apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica".

    OBS: A consequência = FOI EXONERADO!


ID
5453017
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Há mais de uma semana, moradores da zona norte e oeste do município do Rio de Janeiro passaram a ter fornecimento de água com cor, sabor e cheiro alterados (odor de terra ou esgoto). Hoje já são quarenta e seis bairros da cidade e seis municípios da Baixada Fluminense atingidos. Sobre a crise hídrica no Rio de Janeiro, pode-se afirmar que:

Alternativas

ID
5453020
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O Fórum Econômico Mundial de Davos terminou na última sexta-feira (24/01/2020), e no fim de semana após o evento ocorre o tradicional balanço das ideias apresentadas nos painéis de debate. O SUNO Notícias, que cobriu a inteira semana de trabalhos na pequena cidade suíça, reuniu as dez principais ideias lançadas na edição 2020 do Fórum, a 50ª desde a sua criação. Entre essas ideias estão propostas de mudanças nas relações de trabalho, uma maior proteção da privacidade e a luta contra as mudanças climáticas. Dentre as personalidades relacionadas, pode-se afirmar que o(a) ativista sueco(a) que participou da segunda vez do fórum, alertando sobre o risco de continuar poluindo sem limites foi:

Alternativas
Comentários
  • Sucumbência regit actum: o prazo recursal é regido pela lei vigente à época em que surge o direito de recorrer. Portanto, eventual modificação legal posterior só regulará as sucumbências futuras, não se aplicando aos recursos com prazo já em curso.

    Acabei de inventar, ficou bonito?

    Quem gostou, comenta "Viva Lúcio Weber" aqui embaixo!

  • #Bolsonaro2022

  • #Bolsonaro2022

  • #Bolsonaro2022

  • #sérgiomoro2022

  • #sérgiomoro2022

  • #TIRIRICA2022


ID
5453068
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Orgânica do Município de Formiga/MG poderá ser emendada mediante proposta, EXCETO:

Alternativas