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Prova Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Psicólogo Social


ID
5439418
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

“Este barramento, além de serial, é também ponto a ponto, onde cada periférico possui um canal exclusivo de comunicação com o chipset.” Trata-se do seguinte barramento:

Alternativas
Comentários
  • PCI-Express (ou PCIe) é o nome dado ao barramento encontrado em placas-mãe, usado como entrada para placas de expansão gráfica, de som e rede. 

    PCI é um padrão de barramentos, destinado a conectar periféricos à placa-mãe do computador. Mas você também pode encontrar outras referências a ele, como “interface”, “slot” ou “soquete”. Ele foi criado em 1993 para substituir alguns padrões ancestrais, como AGP, VESA e USB (sim, lá atrás, a interface era usada na placa-mãe). Atualmente, o PCI convencional é peça de museu. Hoje estamos na segunda geração do padrão PCI Express (PCIe).

  • A única coisa parecida é o nome. A tecnologia PCI diz respeito a um barramento, enquanto que a tecnologia PCI Express descreve uma conexão ponto a ponto entre dois dispositivos.

    A tecnologia PCI Express utiliza um sistema de comunicação em série de alta velocidade, enquanto que o PCI usa uma comunicação paralela.

  • A)PCI.

    Express (ou PCIe) é o nome dado ao barramento encontrado em placas-mãe, usado como entrada para placas de expansão gráfica, de som e rede.

    B)AGP.

    é um barramento desenvolvido pela INTEL para conectar uma placa aceleradora gráfica (placa de vídeo).

    As principais vantagens do AGP em relação ao barramento PCI são: A velocidade em que os dados trafegam e a possibilidade da placa de vídeo acessar diretamente a memória RAM para armazenar texturas de imagens em 3D, sem passar pelo processador.

    C)Ultra-AGPII.

    AGP melhorado - Gráfico

    D) PCI Express.

    O PCI Express é um tipo de conexão que permite que diversos dispositivos sejam conectados ao computador. O termo é uma abreviação para Peripheral Component Interconnect Express e também pode ser encontrado como PCIe ou PCI-E.

  • Psicólogo?

    Eu que tô precisando de um,depois dessa questão

  • JA QUE SÓ TEM GÊNIO AQUI E NINGUÉM RESPONDEU

    GAB-D

    PCI Express.

  • Um psicólogo precisa saber em mínimos detalhes os tipos de barramentos da placa mãe, pois quando o PC quebrar lá no órgão, ele mesmo o conserta. Essas bancas são doidas. hahahahahahaha

  • Um psicólogo precisa saber em mínimos detalhes os tipos de barramentos da placa mãe, pois quando o PC quebrar lá no órgão, ele mesmo o conserta. Essas bancas são doidas. hahahahahahaha

  • Um psicólogo precisa saber em mínimos detalhes os tipos de barramentos da placa mãe, pois quando o PC quebrar lá no órgão, ele mesmo o conserta. Essas bancas são doidas. hahahahahahaha

  • O PCI Express é um tipo de conexão que permite que diversos dispositivos sejam conectados ao computador. O termo é uma abreviação para Peripheral Component Interconnect Express e também pode ser encontrado como PCIe ou PCI-E.

    Essa conexão é uma evolução natural das conexões que surgiram no início dos computadores. Se você observar uma placa-mãe, verá que existem diversas trilhas e conectores para a comunicação de todo o sistema.

    FONTE: https://www.zoom.com.br/placa-de-video/deumzoom/pci-express-pcie

  • Concurseiro: Estou preparado

    Banca: A minha prova ninguém gabarita


ID
5439421
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No explorador de arquivos (Windows Explorer) do Windows 7, Configuração Local, Idioma Português-Brasil, a barra de título sempre contém algumas ferramentas para percorrer e localizar informações. Para cada janela de pasta, alguns recursos estão disponíveis. “Painel vertical aberto por padrão no lado esquerdo da janela; mostra uma exibição hierárquica da estrutura de armazenamento do computador, assim como da estrutura de armazenamento de qualquer rede disponível [...].” Trata-se do Painel de:

Alternativas
Comentários
  • alguém comenta ai... vai me ajuda ai...

  • Letra (C) - Painel de navegação

  • Você pode ativar o painel de navegação ligado ou desligado usando a opção "Layout" do menu " Organizar" . Você também pode alternar a barra de menu, painel de visualização , o painel detalhes e painel da biblioteca . Windows Explorer 7 divide o painel de navegação em seções recolhíveis.

  • GAB-C

    NAVEGAÇÃO.

    O CONCURSEIRO RAIZ COME MIOJO QUE É MAIS RÁPIDO, ASSIM NÃO PERDE TEMPO FAZENDO COMIDA.

  • ao abrir o explorador de arquivos tem umas coluna lateral na esquerda com muitas informações sobre pastas e armazenamento. Para ocultar ou exibir o painel de navegação, clica-se no botão indicando tal ação na faixa de opções na parte superior da janela

  • LETRA C).

    Pode cair em prova que o Painel de Navegação é chamado de "Painel das Árvores" e/ou "Painel das Pastas", pois visualiza a estrutura do computador e todas as pastas na sua estrutura hierárquica.

    Em relação ao Painel de Detalhes, trata-se das informações que fica no canto inferior esquerdo, praticamente acima do Menu Iniciar, indicando, por exemplo, quantos arquivos há dentro de uma pasta, etc.

    Já o Painel de Conteúdo é mostrado quando se clica em algum item presente no Painel de Navegação, no lado direito.

  • GABARITO - C

    O Painel de Navegação oferece atalhos para lugares que você visita com mais frequência.

    Encontrados ao longo da borda esquerda de cada pasta no Explorador de Arquivos, o painel de navegação contém várias seções principais: Acesso Rápido, OneDrive ....

    Bons Estudos!!!


ID
5439424
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Acerca do Windows 7, Configuração Local, Idioma Português-Brasil, considere as propriedades de pasta e arquivo, que incluem nome, data de modificação, tipo etc.. Na caixa de diálogo Propriedades, em uma destas guias, das propriedades de arquivo, é possível atribuir e alterar as propriedades de um arquivo que podem ser editadas. Trata-se da propriedade:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA B

    O painel de detalhes - localizado na mesma posição do painel de visualização - permite visualizar detalhes ou metadados (dados sobre dados ) sobre um arquivo sem a necessidade de efetivamente abri-lo.

    Fonte: material do Estratégia Concursos, professor Diego Carvalho.

  • Muito estranha essa questão, pq p entrar na caixa de diálogo "propriedades" tem q clicar c o lado direito do mouse sobre o arquivo e não aparece a opção detalhes, só as opções "personalizado" e 'geral"

  • As opções aparecem nos arquivos ( em pdf por exemplo), mas em pastas não aprece a opção em propriedades.

  • GAB-B

    DETALHES

    SÓ OS BONS ESTUDAM .

  • Gabarito correto: B

    Abra uma janela do Windows Explorer > Abra uma pasta qualquer que contenha um arquivo > Clique com o botão direito do mouse em cima do arquivo > Selecione a opção "Propriedades" > Será aberta uma nova janela com as guias "Geral", "Segurança", "Detalhes" e "Versões Anteriores".

    A única guia em que é possível atribuir e alterar as propriedades editáveis de um arquivo é a guia "Detalhes".


ID
5439427
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

“Formado por um condutor metálico central (que representa o polo positivo), envolto por uma malha metálica (polo negativo), separado por um dielétrico (um isolante, como polietileno ou teflon).” Trata-se de:

Alternativas
Comentários
  • A principal vantagem dos cabos coaxiais está relacionada a sua proteção contra interferências. Graças a blindagem ele é mais resistente contra ruídos e também não gera interferência em relação ao meio externo. Atualmente eles são usados em várias ocasiões, como TVs a cabo e circuito interno de TV.

    Já a desvantagem está na dificuldade de instalação. Por ser rígido ele pode ser quebrado com mais facilidade além de curvas mais acentuadas influenciar no sinal. Com o avanço da tecnologia ele tem sido substituído por outros padrões nas redes domésticas, como os cabos de par trançado e fibra ótica, que além de serem mais maleáveis oferecem maior taxa de velocidade.

  • As fibras ópticas são formadas por um núcleo transparente de alto índice de refração revestido por camadas plásticas transparentes cujos índices de refração são mais baixos que os do núcleo

    Os cabos coaxiais possuem como base um fio de cobre como condutor interno recoberto por material isolante e uma camada de blindagem constituída de uma malha metálica

  • Noções de informática diziam eles..
  • Cabo coaxial, também chamado de ''cabo da parabólica''.

  • Diferenças:

    Cabo coaxial - O cabo coaxial é um tipo de cabo condutor usado para transmitir sinais. Este tipo de cabo é constituído por um fio de cobre condutor revestido por um material isolante e rodeado de uma blindagem. 

    Cabo Par trançado - Um par trançado consiste em dois fios de cobre isolados, arrumados em um padrão espiral regular. Normalmente, diversos desses pares são reunidos em um cabo, envolvendo-os em uma manta protetora.

    Rafael Araújo.

  • pelo amor de Deus.... foi profundo agora.
  • agora a gt tem que saber tbm de que material são feitos os equipamentos!!!!!! que morte horrenda.

  • A informática está ficando cada vez mais pesada para cargos que na prática profissional nem vão precisar de tanto.

  • Psicólogo dos cabos

  • Gabarito: "B".

    A quem possa interessar, uma imagem ilustrativa do comando da questão:

    " https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_coaxial#/media/Ficheiro:RG-59.jpg "

    Acesso em:19 jan. 2022.

  • Essa é aquela que o examinador fala: "bom, pelo menos uma eles devem errar de informática."


ID
5439430
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

“É uma consequência da transmissão ser feita por meios físicos (fios, fibra óptica, ar etc.), consistindo na perda gradual da potência do sinal ao longo do meio de transmissão.” Essa é uma definição de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A - Atenuação é uma medida do enfraquecimento do sinal ou da perda de potência.

  • Cargo de psicólogo.. tá "serto"

  • Atenuação. ... A atenuação mede-se através da relação entre a potência do sinal em dois pontos ao longo do meio de transmissão e é, normalmente, expressa em decibéis por unidade de comprimento.

    GAB-A

  • Atenuou? enfraqueceu.

  • GABARITO - A

    Atenuação consiste numa redução da potência do sinal ao longo do meio de transmissão. Resulta da perda de energia do sinal por absorção ou por fuga de energia.

    Também aumenta, exponencialmente, com o aumento do comprimento da fibra, reduzindo assim o alcance de transmissão.

    Distorção:

    A distorção consiste numa alteração da forma do sinal durante a sua propagação desde o emissor até ao receptor. A distorção pode resultar do comportamento não-linear de alguns dos componentes que compõem o percurso do sinal ou pela simples resposta em frequência do meio de transmissão.

    http://www3.dsi.uminho.pt/adriano/Teaching/Comum/FactDegrad.html

    ------------------------------------------------

    Fibras Multimodo:

    contêm um diâmetro maior no núcleo e casca mais fina em comparação ao anterior.

      Entre as vantagens da fibra multimodo estão o custo mais barato, além de maior facilidade para operar, instalar e manter do que os modelos monomodo.

    Fibras Monomodo: o feixe de luz é refletido de forma direta, como uma linha.

    Entre as vantagens da fibra monomodo estão a velocidade superior ao multimodo, maior alcance de sinal e menor taxa de perda.

  • Gab : A

    Vá atrás dos seus sonhos !

  • Pra quem estuda direito, só lembrar q "atenuar uma pena", é deixar ela mais branda, fraca. Atenuar então vai ser isso, enfraquecer.

  • acertei pela logica, nem sei oq são essas coisas

  • GAb A

    Atenuação:  consiste numa redução da potência do sinal ao longo do meio de transmissão. Resulta da perda de energia do sinal por absorção ou por fuga de energia.

    Também aumenta, exponencialmente, com o aumento do comprimento da fibra, reduzindo assim o alcance de transmissão.

  • Só é lembrar de Direito Penal!

    Atenuante: Reduz a pena.


ID
5439436
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais

O Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares utiliza um índice para avaliar a situação de insegurança alimentar no mundo que combina quatro indicadores como subnutrição, baixo peso infantil, desnutrição infantil e mortalidade infantil. Observe a tabela sobre os Piores GHI – Índice Global da Fome 2015.

Países IDH

101º Timor Leste 40,7
102º Zâmbia 41,1
103º Chade 46,4
104º República Centro-Africana 46,9
(Internacional Food Policy Research Institute 2016. Adaptado.)

Após a análise da tabela é possível inferir que esses países:

Alternativas

ID
5439448
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

O Estatuto do Servidor Público do Município de Formiga/MG veda, expressamente, a acumulação remunerada de cargos públicos, mas estabelece algumas exceções, desde que cumprido o requisito de compatibilidade de horário e se enquadre nas possibilidades taxadas na Lei. É vedada a acumulação remunerada dos seguintes cargos, ainda que haja compatibilidade de horários:

Alternativas

ID
5439451
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Sobre o sistema legislativo municipal, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa de leis que disponham sobre autorização para abertura de créditos suplementares ou especiais, através de aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentadas pela Câmara.
( ) As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal
( ) Os projetos de decreto legislativo disporão sobre matérias de interesse interno da Câmara.
( ) São de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob o controle direto ou indireto do município.

A sequência está correta em

Alternativas

ID
5439454
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Formiga/MG, a Lei Orçamentária Anual compreenderá, EXCETO:

Alternativas

ID
5439457
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Orgânica do Município de Formiga/MG poderá ser emendada mediante proposta, EXCETO:

Alternativas

ID
5439460
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Orgânica do Município de Formiga/MG assim prevê em seu artigo 69:

“Art. 69.São auxiliares diretos do Prefeito:

I - Os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes.
Parágrafo único. Os cargos são de livre nomeação e demissão do Prefeito.”

De acordo com a legislação municipal, são condições essenciais para a investidura no cargo de Secretário ou Diretor equivalente, EXCETO:

Alternativas

ID
5439463
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo a Lei Complementar nº 41/2011, em seu Art. 24, durante o estágio probatório, o servidor público será submetido a cinco avaliações de desempenho, sendo que a primeira ocorrerá dentro de, no máximo, 45 dias após o servidor completar três meses de efetivo exercício. As demais avaliações ocorrerão nos seguintes prazos, EXCETO:

Alternativas

ID
5439466
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre a licença à gestante e à adotante, de acordo com a Lei Complementar nº 41/2011, é correto afirmar que, EXCETO:

Alternativas

ID
5439469
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Considerando o estágio probatório dos servidores públicos do Município de Formiga/MG, regulamentado pela Lei Complementar nº 41/2011, temos os critérios de avaliação que são assim definidos em Lei, EXCETO:

Alternativas

ID
5439472
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

José, servidor público efetivo do Município de Formiga/MG, ocupante do cargo de motorista, sofre um acidente no desempenho de suas funções. Em decorrência deste acidente, José fica impossibilitado permanentemente de dirigir, segundo verificado em inspeção realizada por junta médica oficial do órgão municipal. Diante deste cenário hipotético, José será:

Alternativas

ID
5439475
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar nº 41/2011, que estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Formiga/MG, além do vencimento e das vantagens previstas em Lei, os servidores terão direito ao adicional de serviço noturno. Sobre tal adicional, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
5440798
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Considere as seguintes afirmativas relacionadas ao uso do acento indicativo de crase existente no excerto “(...) essa geração deu esperança à geração de seus pais.” (4º§)

I. O verbo “dar” é transitivo direto, não requisitando o uso de preposição.
II. Caso a palavra “geração” aparecesse flexionada no plural, não haveria uso do acento indicativo de crase se o termo “à”, que o antecede, permanecesse no singular.
III. Se o trecho “essa geração deu esperança” fosse flexionado no plural, ou seja, “essas gerações deram esperança”, o acento indicativo de crase deveria ser abolido na sequência da oração.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gab C.

    • O verbo Dar é um verbo Bitransitivo, exigindo assim tanto o complemento direto como o indireto.
    • diante de plural não aceita crase.
    • errado, não caracteriza erro devido a regência do verbo dar e a aceitação da palavra feminina "geração".

  • Gab.C

    No item I, o verbo DAR é Bitransitivo, ou seja, Transitivo Direto e Indireto, pois possui dois complementos: um direto e outro indireto.

    "essa geração deu esperança à geração de seus pais.” 

    Dar alguma coisa (esperança = objeto direto) A alguém (à geração de seus pais = objeto indireto).

    Em III, a crase deve ser mantida, considerando a regência bitransitiva do verbo DAR.

    A luta continua !

  • Leia-se o excerto textual:

    “(...) essa geração deu esperança à geração de seus pais.” (4º§)

    Inspecionemos item a item:

    I. O verbo “dar” é transitivo direto, não requisitando o uso de preposição. 

    Incorreto. O verbo "dar" é transitivo direto e indireto, ou seja, tem dois complementos verbais: um direto (objeto direto) e outro indireto (objeto indireto), respectivamente "esperança" e "à geração de seus pais";

    II. Caso a palavra “geração” aparecesse flexionada no plural, não haveria uso do acento indicativo de crase se o termo “à”, que o antecede, permanecesse no singular. 

    Correto. Só se marcará o fenômeno crásico diante do substantivo "gerações", ou seja, no plural, se houver um artigo definido o determinando: deu esperança a + as gerações = deu esperança às gerações. Caso contrário, o acento é suprimido: deu esperança a + gerações = deu esperança a gerações;

    III. Se o trecho “essa geração deu esperança” fosse flexionado no plural, ou seja, “essas gerações deram esperança”, o acento indicativo de crase deveria ser abolido na sequência da oração.

    Incorreto. O acento grave é conservado, visto que o substantivo "geração" seguiria determinado: essas gerações deram esperança a + a geração de seus pais = essas gerações deram esperança à geração de seus pais.

    Letra C

  • Lembrando os casos PROIBIDOS do uso de crase:

    • Antes de palavra masculina
    • Antes de artigo indefinido
    • Entre expressões com palavras repetidas (olho a olho)
    • Antes de verbos
    • Preposição + palavra no plural
    • Antes de Preposição (ex.: ante, até, para)
    • Em sujeito
    • Antes de 'que'
    • Antes de pronome

  • I. O verbo “dar” é transitivo direto, não requisitando o uso de preposição. -> Na realidade, trata-se de um verbo BITRANSITIVO, ou seja, que é transitivo direto e indireto, por isso, quando estiver na condição de indireto, pedirá preposição.

    II. Caso a palavra “geração” aparecesse flexionada no plural, não haveria uso do acento indicativo de crase se o termo “à”, que o antecede, permanecesse no singular. -> Primeiramente, vamos ver como ficaria a frase?

    “(...) essas gerações deram esperança _ gerações de seus pais.” 

    Qual termo preenche a lacuna? a ou à? Precisamos lembrar que não há crase em palavras no plural com artigo definido "a". Só haveria crase se o artigo fosse "as". Por isso, não haveria uso de crase.

    III. Se o trecho “essa geração deu esperança” fosse flexionado no plural, ou seja, “essas gerações deram esperança”, o acento indicativo de crase deveria ser abolido na sequência da oração. - Não, porque o que definiu a presença da crase é a transitividade do verbo dar, que segue exigindo preposição, como explicado no item I.

  • Analisemos as afirmações uma a uma:

    I. Esta está errada porque o verbo dar neste contexto é bitransitivo (ou transitivo direto e indireto). Assim, ele exige tanto o Objeto Direto (regido sem preposição) quanto o Objeto Indireto (regido com preposição). No caso, o Objeto Direto corresponde a esperança. Já com relação ao Objeto Indireto, recordemo-nos de que quem dá algo, dá a alguém (ou àlguém). Assim. esta preposição contrai-se com o artigo definido a de a geração de seus pais, formando a crase.

    II. Correta. Como regra geral, não se usa crase antes de palavras no plural (Exemplo: Tal fato leva a situações favoráveis ao réu). Para que ocorra a crase, seria necessário, como é afirmado no enunciado, que a preposição a fosse aglutinada ao artigo definido as. (Exemplo: Tal fato leva às situações favoráveis ao réu).

    III. Errada. Não há qualquer dependência da crase em relação ao sujeito da oração, mas sim com a regência do verbo ou do nome e com a presença do artigo a ou as no complemento verbal ou nominal.

    Resposta: Como somente a afirmação II está correta, assinala-se a alternativa c).


ID
5440801
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Quando se flexiona o grau de um adjetivo, evidencia-se a intensidade da qualidade que ele quer expressar. No caso do termo “novíssima” (1º§), que representa a flexão do adjetivo “novo”, foi usado o:

Alternativas
Comentários
  • Grau Superlativo Absoluto Sintético

    Analítico: ex: Você é muito sério

    Sintético: Você é seríssimo

    Alternativa letra A

  • Não se faz concurso só PARA passar, se faz ATÉ passar.

  • SUPERLATIVO ABSOLUTO = 1 RADICAL "NOVISSIMO" OU "MUITO NOVO"

    SUPERLATIVO RELATIVO = COMPARA COM O TODO "PREFEITO MAIS NOVO DA CIDADE"

    SUPERLATIVO COMPARATIVO = COMPARA COM ALGUEM ESPECÍFICO "FULANO É MAIS NOVO QUE CICLANO"

  • A

    Superlativo (Destaca)

    Absoluto

    •Sintético

    Ela é discretíssima (usa sufixos)

    •Analítico

    Ela é muito discreta (usa advérbio)


ID
5440804
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No fragmento “Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles).” (1º§), as vírgulas foram usadas para separar uma:

Alternativas
Comentários
  • A vírgula em questão está empregada por existirem 2 conjunções pospostas

    CONJUNÇÃO ADITIVA: "E"

    CONJUNÇÃO CONCLUSIVA: "PORTANTO"

  • Vírgula com conjunção coordenativa (então, por isso, assim, entretanto, no entanto, contudo etc.).

    -início da segunda oração: apenas uma vírgula antes do conector.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico, contudo o povo é pobre.

    -início do período: facultativa uma vírgula após o conector.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico. Contudo, o povo é pobre.

    -após ponto e vírgula: facultativa uma vírgula após o conector.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico; contudo, o povo é pobre.

    -deslocada no interior da oração de uma oração: obrigatoriamente entre vírgulas.

    Exemplo:

    O Brasil é um país rico. O povo, contudo, é pobre.

  • Recomendo assistirem o comentário da questão Q889345, feito pela Professora Isabel, onde ela explica o significado de conjunção pospositiva.

    Nesta questão da consulplan, entendo que o verbo “era” está implícito logo após “e” e antes da primeira vírgula. Logo, o portanto, que deveria vir antes do verbo, aparece depois e necessariamente deve ser isolamento por duas vírgulas.

    Qualquer erro podem avisar!

  • Recuso-me a dizer que marquei oração adjetiva explicativa, sendo que nem tem verbo para ser oração....afff


ID
5440807
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Assinale o termo que corresponde a um dos significados da palavra “paralisia” (4º§), podendo, assim, substituí-la no texto sem distorcê-lo.

Alternativas
Comentários
    1. Marasmo: atrofia progressiva dos órgãos e magreza excessiva que se sucedem a uma longa enfermidade


ID
5440810
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Assinale a alternativa que mostra uma frase extraída do texto em que há, na palavra ou expressão sublinhada, a presença do sentido conotativo.

Alternativas
Comentários
  • “(...) a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.”

    Sentido Conotativo - sentido figurado, fantasioso, que não é real, ficção

    Sentido Denotativo : sentido real, exato, não ficção

    Gabarito Letra A

  • GAB-A

    ADULTOS CRESCEREM

    ADULTOS JÁ SÃO GRANDES NÃO CRESCEM MAIS.


ID
5440813
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Na frase “A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg (...)” (5º§), quanto à sua predicação, o verbo sublinhado é:  

Alternativas
Comentários
  • "A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg (...)” 

    Verbos transitivos diretos indicam o que ou quem.

    Devemos perguntar ao sujeito: O que a geração tem?

    Tem a imagem de Greta Thunberg.

    Logo, o verbo é transitivo direto.

    Só para explicar, os verbos transitivos indiretos indicam de que, para que, de quem, para quem, em quem. Para descobrir qual a transitividade do verbo, é importante observar se existe o objeto direto ou indireto. Objetos diretos indicam quem ou o que, mas sem preposição. Objetos indiretos indicam para que, de que, de quem, para quem, em quem e pedem por preposição.

  • "Quem TEM, tem alguma coisa", portanto, transitivo direto


ID
5440816
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No excerto “Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando- -se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos (...)” (5º§), o pronome sublinhado está fazendo a retomada anafórica do termo: 

Alternativas
Comentários
  • A alternativa correta é a letra D, porque retoma o termo Declarações.

  • "Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos..."

    Gabarito Letra D

  • Um termo anafórico faz uma referência a um termo antecedente, retomando um termo anteriormente usado no discurso.

    A alternativa correta é a letra D, porque retoma o termo Declarações.

     

    "Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas ( UMA DAS DECLARAÇÔES), responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos..."

      

    ex1: Pedro caiu no recreio. Ouvi-o chorar muito.

    O pronome oblíquo o é um pronome anafórico porque faz referência ao termo Pedro, anteriormente apresentado.

     

    ex.2:A veterinária já vacinou quarenta cães hoje. Ela está cansada.

    O pronome pessoal reto ela é um pronome anafórico porque faz referência ao termo veterinária, anteriormente apresentado.

     

    A referência anafórica pode ser feita, também, com outras expressões que não pronomes, como:

    A minha vizinha tem duas filhas. A mais velha está cursando medicina.

    Ontem vimos um pavão no meio da rua. O animal tinha fugido do jardim zoológico.

    Falei sobre esse assunto com a Paula e a Mariana. A primeira concordou comigo, mas a segunda disse que não sabia de nada.

    Um catafórico faz uma referência a um termo posterior, que será enunciado mais à frente na oração.

    Madalena viu-a e saiu correndo. A cobra estava perto da árvore.

    O pronome oblíquo a é um pronome catafórico porque faz referência ao termo cobra, posteriormente apresentado.

     

    Para fazer um bolo, por favor, compre isto: farinha, açúcar, ovos e leite.

    O pronome demonstrativo isto é um pronome catafórico porque faz referência aos termos farinha, açúcar, ovos e leite, posteriormente apresentados.


ID
5440819
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No trecho “Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje [a felicidade] perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda.” (3º§), a locução conjuntiva sublinhada expressa ideia de:

Alternativas
Comentários
  • CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONCESSIVAS:(AINDA QUE),(APESAR DE ),(MESMO QUE),(POSTO QUE ),(CONQUANTO)..

  • Embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito de, malgrado, em que pese.

  • Concessão pois apresenta ideia de um fato contrário a ação principal. ALTERNATIVA LETRA C

  • A questão é sobre conjunções e quer saber qual o valor semântico da locução conjuntiva destacada em “Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje [a felicidade] perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda.” (3º§). Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Condição.

    Errado.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     .

    B) Conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) Concessão.

    Certo. "Ainda que" é conjunção subordinativa concessiva.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Ainda que discordasse da justificativa da banca, aceitei a explicação.

     .

    D) Comparação.

    Errado.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)

     .

    Gabarito: Letra C


ID
5440822
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Com base exclusivamente no que é explicitado pelo texto, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Está explicitado no texto:

    "Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos."


ID
5440825
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em maio, encerrei uma palestra sobre a Amazônia e a criação de futuro, na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmando que a esperança, assim como o desespero, é um luxo que não temos. Com um planeta superaquecendo, não há tempo para lamentações e para melancolias. Precisamos nos mover, mesmo sem esperança. Assim que terminei, um grande empresário brasileiro fez uma manifestação em defesa da esperança e foi aplaudido entusiasticamente por parte da plateia. A esperança, e não a destruição acelerada da Amazônia ou a emergência climática global, foi o assunto do debate que veio a seguir. Alguns entenderam que eu era uma espécie de inimiga da esperança e, portanto, uma inimiga do futuro (deles). A reação é reveladora de um momento em que a novíssima geração, a das crianças e adolescentes, tem enfiado o dedo na cara dos adultos e mandado eles crescerem.
    A esperança tem uma longa história, e espero que algum dia alguém a escreva. Das religiões à filosofia, do marketing político ao mundo das mercadorias do capitalismo. Num planeta com chão cada vez mais movediço, em que os estados- -nação se desmontam, a esperança tem progressivamente ocupado o lugar da felicidade como um ativo de mercado. Lembram que até bem pouco tempo atrás todo mundo era obrigado a ser feliz? E quem afirmava não ser tinha uma deformação de alma ou estava doente de depressão?
    A “felicidade” como mercadoria já foi bem dissecada por diferentes áreas do conhecimento e pela experiência cotidiana de cada um. Convertida em produto do capitalismo, no qual era objeto de consumo que supostamente se garantia por mais consumo, hoje perdeu valor de mercado, ainda que continue eventualmente a abarrotar as prateleiras de livros de autoajuda. A esperança vai ocupando o seu lugar num momento em que o futuro se desenha sombriamente como um futuro num planeta pior.
    O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança. Ao mesmo tempo, é também a geração que rompeu o torpor desse momento histórico marcado por adultos infantilizados, que alternam paralisia e automatismo, também no ato de consumir. Ao romper o torpor, essa geração deu esperança à geração de seus pais. O impasse em torno da esperança é revelador do impasse entre a geração que levou ao paroxismo o consumo do planeta, a dos pais, e a geração que vai viver no planeta esgotado por seus pais.
    A geração sem esperança tem a imagem de Greta Thunberg, a garota sueca que, em agosto do ano passado, com apenas 15 anos, iniciou uma greve escolar solitária em frente ao parlamento em Estocolmo. E, de lá para cá, já inspirou duas greves globais de estudantes pelo clima, levando para as ruas do mundo centenas de milhares de crianças e adolescentes em cada uma delas. Greta, que se tornou uma das pessoas mais influentes do planeta em menos de um ano, comparando-se com as virtudes geralmente atestadas por autoridades internacionais, é reconhecida por declarações tão brilhantes quanto afiadas. Em uma delas, responde aos adultos que olham extasiados para seu rosto de boneca de souvenir e confessam de olhos úmidos que ela e sua geração os enche de esperança. A adolescente, hoje com 16 anos, diz: “Nossa casa está em chamas. Eu não quero a sua esperança, não quero que vocês sejam esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico, quero que vocês sintam o medo que eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês ajam, que ajam como se a casa estivesse em chamas, porque ela está”.
    Em vez de recusar o que ela diz, os adultos deveriam escutá-la com toda a atenção. O que testemunhamos é talvez a primeira geração a perceber que não tem tempo para esperar os pais resolverem o problema que até hoje só agravaram – e muito. Penso que, diante do impossível, precisamos criar um ser novo, fazer algo que nunca fizemos, nos arriscar a ser o que não sabemos. O futuro precisa também se desinventar como conceito de futuro para voltar a ser imaginado. Ou o futuro precisa se descolar dos conceitos hegemônicos de futuro para se abrir a outras possibilidades de ser pensado como futuro. Talvez não tenha nem mesmo o nome de futuro, mas outros. Esse futuro desinventado de futuro está sendo tecido por experiências de minorias vindas de outros territórios cosmopolíticos. Entre tantas más notícias, há uma ótima: por caminhos surpreendentes, a nova geração de suecas está vindo como índio.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2019/06/05/politica/1559743351_956676.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No período “O que levei para a parte final da minha palestra foi o que me parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança.” (4º§), se a palavra “levei” fosse flexionada no plural, quantas palavras ao todo (incluindo na contagem o termo a ser flexionado por determinação do enunciado) precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?

Alternativas
Comentários
  • A questão nos pede que flexionemos no plural.

    O período possui sujeito oculto na 1ª pessoa do singular, flexionando ao plural ficaria "NÓS", sendo assim reescrito:

    “O que LEVAMOS para a parte final da NOSSA palestra foi o que NOS parece o mais fascinante desta época: aquela que talvez seja a primeira geração sem esperança.” (4º§)

    Foco na missão.


ID
5440828
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O presidente Jair Bolsonaro terminou, nesta segunda-feira (27/01/2020),sua viagem oficial à Índia, com a assinatura de 15 acordos bilaterais. A sua visita tem como foco ampliar as relações comerciais com a Índia, considerada pelo governo como a “China do amanhã”. Com população acima de 1 bilhão de pessoas, é um mercado que pode ser tão importante quanto o dos chineses.
(Disponível em: https://economianoticias.home.blog/2020/01/27/como -foi-a-visita-de-bolsonaro-a-india-para-o-agronegocio/. Adaptado.)

A respeito da visita oficial de Bolsonaro à Índia, analise as afirmativas a seguir.

I. Os governos indiano e brasileiro se comprometeram a dobrar o intercâmbio comercial entre os dois países até 2022.
II. Os destaques da visita oficial do governo brasileiro à Índia foram a abertura de mercado para a exportação do gergelim brasileiro, a cooperação entre os dois países para o aumento da produção de etanol e as parcerias em pesquisas agropecuárias.
III.O governo indiano não reclamou do questionamento brasileiro à OMC por causa dos subsídios dados aos agricultores no setor de açúcar.
IV. Na declaração conjunta dos dois países, seis itens tratam sobre a bioenergia – especialmente o etanol que é uma demanda em atividade e apenas um fala sobre a agropecuária.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Ambos os líderes das duas potências emergentes buscam melhorar a aliança estratégica diante do  e em meio a críticas que recebem em âmbito doméstico e externo. Tanto Modi como  e por medidas e discursos que prejudicam as minorias dos dois países, também unidos por sua diversidade étnica e social. A agricultura e o meio ambiente são campos minados para ambos os líderes. Se Bolsonaro é , a passividade de Modi diante da poluição é denunciada por ativistas que os camponeses os apoiam em protestos nacionais.

    https://brasil.elpais.com/internacional/2020-01-25/india-do-conservador-modi-estende-tapete-vermelho-a-bolsonaro-e-anseia-por-acordos-comerciais.html


ID
5440834
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A conservação dos solos pressupõe, para o bem da vida no Planeta, a utilização sustentável desse recurso, um esforço que inclui conhecimento, pesquisa e redução das diferenças socioeconômicas entre as diversas regiões do mundo. Sobre a erosão e conservação dos solos, analise as afirmativas a seguir.

I. A erosão dos solos pode ser definida como a perda da camada superficial da litosfera, rica em matéria orgânica, onde existe vida microbiana e ocorre o desenvolvimento da vida vegetal.
II. O ser humano não tem uma parcela de responsabilidade na causa ou agravamento da erosão dos solos.
III. O maior empenho está na conscientização das populações, tanto nas regiões mais pobres, onde há falta de recursos adequados para o manejo agrícola, quanto nas regiões mais ricas, para a utilização adequada das modernas tecnologias contra a degradação.
IV. A camada superficial do solo pode se desagregar no preparo do terreno para o plantio ou por causa do desmatamento.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GAB-D

    I, III e IV, apenas.

    II. O ser humano não tem uma parcela de responsabilidade na causa ou agravamento da erosão dos solos.

    O SER HUMANO É O PRINCIPAL AGENTE MODIFICADOR DO PLANETA, ONDE PASSA POLUI, DESMATA, QUEIMA, ACABA, DESTRÓI, ACUMULADOR DE LIXO, DEVASTADOR DOS MUNDOS.

    DE VAGAR E SEMPRE NA FRENTE!!!


ID
5440837
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, protagonizou um vídeo, compartilhado no dia 16/01/2020, no qual fez referência a trechos do discurso do ministro Joseph Goebbels, afirmando que “a arte será nacional” ou “então não será nada” ao som de um trecho da ópera Lohengrin, de Wagner. Alvim tornou-se alvo nas redes sociais, uma vez que o seu discurso fez referência à propaganda:

Alternativas
Comentários
  • GAB-A

    Em janeiro de 2020, Alvim gravou um vídeo para anunciar o Prêmio Nacional das Artes.. Em seu discurso copiou uma citação de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler.

  • que vergonha

    a corja toda que está no poder não tem um preste, tudo saído do esgoto

    GAB - A

    NAZISTA A TODO VAPOR

  • Karina, vc foi contaminada pela esquerda, eles conseguiram te idiotizar. Vc quer q o Brasil se torne uma Venezuela , Cuba e outros que são comunistas. Vc viu o q está acontecendo na Argentina? Governantes comunistas acabando c a liberdade do povo, o governo atual deu auxilio emergencial p pessoas como vc e muitos q não necessitavam, mas foram lá se corromper, imagine se fosse o Hadadd hj no Gov. O q o atual presidente fez de errado "prova concreta e não suposições"?

    Agora aquele q vc tanto quer de volta vai colocar mais 2 ministros de esquerda no STF, ai minha cara colega, já era a nossa liberdade mesmo.


ID
5440840
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O cuidado com o meio ambiente é extremamente importante para a qualidade de vida das pessoas. Recentemente, a China vive um surto de coronavírus. Embora a China não tenha confirmado a origem exata do vírus, agora conhecido como 2019-nCoV, as autoridades acreditam que o surto se originou em um mercado de Wuhan. O surto aconteceu,se considerada essa explicação, devido:

Alternativas
Comentários
  • GAB-D

    . A maioria dos pacientes tinha sido exposta ao mercado Huanan. Esse mercado comercializava frutos do mar, mas também animais silvestres, frequentemente vendidos vivos ou abatidos no local.

    SÓ COMEM PORCARIA.

  • D

    Às sobras dos produtos secos ficarem espalhados com pouca higiene e cuidado com a saúde.