A construção, em estilo eclético, é um projeto assinado pelos arquitetos Arquimedes Memória, brasileiro, e F. Couchet (Francisque), franco-suíço, discípulos do mestre Heitor de Melo, arquiteto carioca morto precocemente em 1920. Inaugurado em 6 de maio de 1926, o palácio possui afrescos e vitrais no seu interior, além de esculturas. O Plenário é coberto por um vitral abobadado medindo 120m². É considerado o primeiro vitral desenhado no Brasil. Seu autor é o artista brasileiro de ascendência italiana Gastão Formentti, que também era compositor e chegou a ser parceiro de Noel Rosa. Na frente do palácio, pode-se admirar uma estátua em bronze de Tiradentes e duas colunas, em estilo neogrego, das Victórias. O estilo predominou na Europa e nos Estados Unidos no final do século XVIII e início do século XIX.
Fonte: http://www.eliomar.com.br/com-estilo-ecletico-predio-da-alerj-e-tombado-pelo-iphan/
Art Déco – Art déco é um movimento artístico internacional que começou na Europa em 1910, conheceu o seu apogeu nos anos 1920 e 1930 e declinou entre 1935 e 1939. De forma geral, a arquitetura art déco representa uma certa tendência de passagem entre a arquitetura produzida pelos estilos art nouveau e ecletismo e o modernismo. Assim, observam-se elementos de avanço de estilo, com certos comedimentos em relação aos estilos predecessores. Observa-se, por exemplo, uma tentativa de racionalização dos volumes e dos elementos de ornamentação, ainda que houvesse ornamentações pontuais e com materiais que representassem modernidade e que os volumes seguissem a composição tripartite clássica - embasamento, corpo principal e coroamento.
Art nouveau – Um novo estilo, extremamente decorativo, surgiu durante a era conhecida como “La Belle Époque” (de 1880 a 1905, aproximadamente). Inspirado em várias fontes, incluindo o Barroco Tardio e o Rococó, o Historicismo Gótico, o Movimento Artes e Ofícios, o Historicismo Celta e as artes da China e do Japão, foi um estilo muito praticado, que recebeu nomes diferentes em países distintos. Era conhecido como Art Nouveau na França, na Inglaterra e nos Países Baixos; “Stile liberty” ou “Stile Floreale” na Itália; e “Jugendstil” na Alemanha. Independentemente do nome, ele abandonava os múltiplos estilos vitorianos retrógados e tentava produzir algo realmente novo. As sinuosas linhas presentes em obras do Barroco Tardio e do Rococó se transformaram em composições orgânicas vagamente inspiradas em formas vegetais e animais. Na verdade, é possível fazer um paralelo com a arte celta ou o estilo animal da Idade Média, embora as curvas da art Nouveau tenham a liberdade de mudar de largura e direção, o que ultrapassava a prática medieval.
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Neocolonial – O neocolonial foi um movimento estético dos começos do século XX especialmente associado à arquitetura. O movimento se propunha a resgatar a arquitetura e motivos decorativos típicos da época colonial americana de origem ibérica e empregá-los na arquitetura contemporânea. O neocolonial foi comum em toda a América Latina - incluindo o Brasil - e no sul dos Estados Unidos. Em Salvador, pode-se dizer que o Neocolonial atravessou duas fases de concepção, como movimento e estilo. A primeira, iniciada na década de 20, identificavase como irradiadora do movimento ideológico de caráter nacionalista e preservacionista, reativa ao processo de reformas urbanas que vinham ocorrendo desde a década anterior, no Rio de Janeiro, obras do prefeito Francisco Pereira Passos (1902-1906), o “Bota-Baixo”, como é conhecido popularmente. A segunda fase, nas década de 30 e 40 em diante, os projetos em neocolonial, como os que se vêem exibidos na revista “Técnica”, foram adotados em Salvador, mais como uma opção de estilo acadêmico, um modismo a ser seguido, vale observar, na maioria dos projetos residenciais (e até comerciais) tanto de classe média quanto de classe alta, nos quais se verificará a total ausência de uma proposta estética mais consistente, feitos com a idéia de agradar o cliente e, assim, tornarem-se mais fáceis de comercialização.
Marajoara – A arte marajoara representa a produção artística, sobretudo em cerâmica, dos habitantes da Ilha de Marajó, no Pará, considerada a mais antiga arte cerâmica do Brasil e uma das mais antigas das Américas. O período conhecido então como a "fase marajoara da tradição policrômica da cerâmica amazônica" (datada de 400 a 1350 de nossa era) caracteriza-se pela ampla e sofisticada quantidade de objetos rituais, utilitários e decorativos produzida por antigos ocupantes da Ilha de Marajó, na época em que se formam os grandes cacicados. São confeccionados vasilhas, potes, urnas funerárias, tangas (ou tapa-sexo), chocalhos, estatuetas, bancos etc., que podem ser acromáticos ou cromáticos e zoomorfizados ou antropomorfizados. De modo geral, a cerâmica marajoara apresenta padrões decorativos com desenhos labirínticos e repetitivos, traços gráficos simétricos, em baixo ou alto-relevo, além de entalhes e aplicações.
Neogrego – O Neogrego exprime severidade, majestosa simplicidade, pureza, severidade, moderação, moralidade e atemporalidade. Era o estilo preferido para instituições financeiras, monumentos comemorativos, memoriais e Academias. Seu uso em outros programas, sobretudo religiosos, como a Igreja de Madeleine, em Paris, não está ligado à tipologia estilística, mas ao pensamento revivalista neoclássico. Os edifícios típicos desta tendência são o templo retangular períptero, ou apenas o seu pórtico principal, o templo circular períptero, o propileu etc.
Bons estudos!