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Prova CESPE - 2006 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva


ID
301081
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos primeiros começos de Brasília

Brasília é construída na linha do horizonte — Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. — Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia, vêem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia — minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 292-3 (com adaptações).

Com referência ao segundo texto de Bárbara Freitag e ao texto acima, de Clarice Lispector, julgue o seguinte item.

Julgue os itens subseqüentes, relativos ao fragmento de texto de Clarice Lispector.

Quanto à tipologia, esse trecho serve de exemplo de texto descritivo em linguagem literária.

Alternativas
Comentários
  • Texto puramente Narrativo.

  • Pois, pra mim, é um texto Dissertativo, em que a autora expõe seu ponto de vista sobre a cidade por meio de alguns elementos descritivos.

  • Dissertativo argumentativo - autor expõe opinião

  • Dissertativo argumentativo.


ID
301084
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos primeiros começos de Brasília

Brasília é construída na linha do horizonte — Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. — Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia, vêem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia — minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 292-3 (com adaptações).

Com referência ao segundo texto de Bárbara Freitag e ao texto acima, de Clarice Lispector, julgue o seguinte item.

Julgue os itens subseqüentes, relativos ao fragmento de texto de Clarice Lispector.

Caso a íntegra desse texto de Clarice Lispector fosse encaminhada, em anexo, em um expediente oficial dirigido ao ministro das Relações Exteriores, o seguinte trecho atenderia às normas gramatical e de redação de correspondências oficiais: Conforme entendimentos anteriores, encaminho anexo, à Vossa Excelência, a versão integral do texto no qual se insere a citação que consta do vosso discurso a ser proferido no evento de comemoração do aniversário de Brasília.

Alternativas
Comentários
  • Tá dificil sem comentário nenhum de professor.. mas pelo pouco que sei entendi que a banca quis confundir a cabeça da gente pelo simples motivo de que para atender às normas gramatical e de redação de correspondencias oficiais é necessário que o texto seja impessoal. No caso do texto de Clarice Lispector há a predominância de pessoalidade, sua visão de mundo. A confusão que o cespe fez foi mostrar que como isso seria inserido como uma citação, dentro de algo formal, não teria problema. Mas pelo gabarito, acho que todo o texto tem que ser impessoal, mesmo que seja uma citação. Alguém me corrija se eu estiver errada.

  •  O erro está em o Vosso discurso.

  • Há um erro na palavra anexo, já que ela deve concordar em gênero e nuemro com o substantivo ao qual se refere. No caso, o correto seria dizer: "encaminho anexa, à Vossa Excelência, a versão integral".

    Lembrar que é diferente o uso da expressão "em anexo", que por sua natureza adverbial, nunca sofre alteração, sendo que seria correto dizer: "encaminho em anexo, à Vossa Excelência, a versão integral".

    Não cheguei a procurar outro erro no trecho, mas acredito que essa suficiente para tornar o item incorreto.

     

  • Concordo com a colega, eu colocaria 'anexa'. Apenas com a preposição (em anexo), a locução fica invariável...

    Além disso, acredito ter erro no 'vosso discurso'... Não seria concordar com a 3ª p. do singular?

    Me digam se eu estiver errada.

  • Galera, o erro está em vosso discurso, a concordância é na terceira pessoa: Seu discurso.

  • Acredito que o segundo erro está na colocação da crase em "encaminho à Vossa Excelência".

    Os pronomes de tratamento não pedem artigo definido. Por exemplo, não se diz: "a Vossa Excelência chegou" ou "...o pai da Vossa Excelência", e sim "Vossa Excelência chegou" ou "...o pai de Vossa Excelência".

  • Conforme entendimentos anteriores, encaminho EM anexo, à Vossa Excelência, a versão integral do texto no qual se insere a citação que consta do vosso discurso a ser proferido no evento de comemoração do aniversário de Brasília.

  • Antes de pronome de tratamento não tem crase, à Vossa Excelência, com exceção senhora, senhorita e dona.


ID
301087
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

De 1500 a 1532, a economia brasileira assentava-se em uma série de feitorias costeiras onde se iam acumulando, à espera dos navios, mercadorias pouco numerosas (pau-brasil, pássaros e animais da terra, uns poucos escravos indígenas) obtidas por escambo. A partir de 1532, com o início da colonização efetiva e da economia do açúcar, as exigências de alimentos para a população européia crescente e de mão-de-obra para os engenhos mudaram com rapidez o caráter das relações com os autóctones.
O século XVII foi, de fato, aquele em que o Nordeste do Brasil se transformou, pioneiramente, em relação a outras áreas afro-americanas, em região típica de plantation. Com a insuficiência crescente da disponibilidade de escravos indígenas, uma procura já existente passou a ser atendida pela importação
de africanos. A fuga, a resistência e a revolta foram, desde o início, inseparáveis da escravidão.
Com a mineração de ouro e diamantes no século XVIII, bem como devido à urbanização intensificada, e ainda em função da expansão e diversificação agrícolas, deu-se nesse período uma intensificação da escravidão e, por conseguinte, do tráfico que a alimentava. Um dos efeitos da mineração foi o surgimento de uma rede urbana considerável nas zonas das minas e o crescimento do tamanho e da importância do Rio de Janeiro.

Ciro Flamarion Santana Cardoso. O trabalho na colônia. In: Maria Yedda Linhares (Org.).História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 88-94 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil, julgue os itens seguintes.

A cultura da cana-de-açúcar consolidou os elementos básicos do sistema colonial implantado no Brasil, a saber, a concentração de terras, a ênfase na monocultura e a prevalência da mão-de-obra escrava.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CERTO

    A cultura da cana-de-açúcar consolidou os elementos básicos do sistema colonial implantado no Brasil, a saber, a concentração de terras, a ênfase na monocultura e a prevalência da mão-de-obra escrava (houve a substituição do trabalho escravo dos índios pelo dos africanos). 

  • Gabarito CORRETO.

    A cultura da cana de açucar, a implantaçao do PLANTATION caracterizam o proccesso de agricultura no periodo colonial chamado de  M E E L .

    M ONOCULTOR

    E SCRAVISTA

    EXPORTADOR

    LATIFUNDIÁRIO

     

    Agricultura no periodo colonial foi um MEEL!

     

    BONS ESTUDOS!

  • É chamado o  "MEL" da colônia: Monocultura, Escravidão, Latifúndio que foram os pilares da colonização portuguesa com produção voltada para o mercado externo. #Avant

  • PLANTATION

    MONOCULTURA, LATIFUNDIO, TRABALHO ESCRAVO, METALISMO E BALANÇA COMERCIAL

  • PMAL TÔ CHEGANDO.


ID
301090
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

De 1500 a 1532, a economia brasileira assentava-se em uma série de feitorias costeiras onde se iam acumulando, à espera dos navios, mercadorias pouco numerosas (pau-brasil, pássaros e animais da terra, uns poucos escravos indígenas) obtidas por escambo. A partir de 1532, com o início da colonização efetiva e da economia do açúcar, as exigências de alimentos para a população européia crescente e de mão-de-obra para os engenhos mudaram com rapidez o caráter das relações com os autóctones.
O século XVII foi, de fato, aquele em que o Nordeste do Brasil se transformou, pioneiramente, em relação a outras áreas afro-americanas, em região típica de plantation. Com a insuficiência crescente da disponibilidade de escravos indígenas, uma procura já existente passou a ser atendida pela importação
de africanos. A fuga, a resistência e a revolta foram, desde o início, inseparáveis da escravidão.
Com a mineração de ouro e diamantes no século XVIII, bem como devido à urbanização intensificada, e ainda em função da expansão e diversificação agrícolas, deu-se nesse período uma intensificação da escravidão e, por conseguinte, do tráfico que a alimentava. Um dos efeitos da mineração foi o surgimento de uma rede urbana considerável nas zonas das minas e o crescimento do tamanho e da importância do Rio de Janeiro.

Ciro Flamarion Santana Cardoso. O trabalho na colônia. In: Maria Yedda Linhares (Org.).História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 88-94 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil, julgue os itens seguintes.

A emergência da atividade mineradora retirou do Nordeste sua primazia econômica, mas não foi suficiente para transferir o centro político da Colônia para outra região do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO, Pois com todo lucro gerado pelo exportação do ouro, outros metais preciosos e pagamento de impostos, não conseguiu gerar lucros tão vultuosos quanto a produção da indústria açucareira.

  • ERRADO pois TRANSFERIU o centro econômico-social para a região Centro- Sul do Brasil :

    "A exploração de metais preciosos teve importantes efeitos na Metrópole e na Colônia. A corrida do ouro provocou em Portugal a primeira grande corrente imigratória para o Brasil. Durante os primeiros sessenta anos do séculov XVIII, chegaram de Portugal e das ilhas do Atlântico cerca de 600 mil pessoas, em média anual de 8 a 10 mil, gente da mais variada condição: pequenos proprietários, padres, comerciantes, prostitutas e aventureiros de todo tipo. [...] Em termos administrativos, o eixo de vida da colonia deslocou-se para o centro-sul , especialmente para o Rio de Janeiro , por onde estavam escravos e suprimentos e por onde entrava e saia o ouro. Em 1763, a capital do Vice Reinado foi transferida de Salvador para o Rio . "

    In : Histótia Concisa do Brasi - Boris Fausto


     

  • A capital foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.

    Gab. Errado

  • A alternativa está duplamente errada:

    1 - Apesar do boom da exploração aurífera, o açúcar nordestino se manteve como principal produto exportado durante todo o período colonial;

    2 - A atividade nas minas transferiu o eixo para o centro-sul, com o RJ se tornando capital da colônia em 1763.

  • Com o ciclo da mineração, tanto o eixo político quanto o econômico foram deslocados do Nordeste para a atual região Sudeste.

    Em 1763, houve a mudança da capital do país de Salvador para o Rio de Janeiro.

    Resposta: Errado

  • MINAS GERAIS = OURO

    RJ = CAPITAL DO BRASIL

    SALVADOR= É DEIXADO DE LADO.

    GABARITO= ERRADO

  • A transferência da capital do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro, foi efetivada pelo Marquês de Pombal em 1763.

  • Com o ciclo da mineração, tanto o eixo político quanto o econômico foram deslocados do Nordeste para a atual região Sudeste.

    Em 1763, houve a mudança da capital do país de Salvador para o Rio de Janeiro.

    Resposta: Errado

  • pra q enrolar,RJ

  • Eixo econômico é deslocado para o sul do Brasil.

  • Errado.

    A capital do Brasil, conforme decreto de Marquês de Pombal, foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.

  • Com o ciclo da mineração, tanto o eixo político quanto o econômico foram deslocados do Nordeste para a atual região Sudeste.

    Em 1763, houve a mudança da capital do país de Salvador para o Rio de Janeiro.

    Resposta: Errado


ID
301093
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

De 1500 a 1532, a economia brasileira assentava-se em uma série de feitorias costeiras onde se iam acumulando, à espera dos navios, mercadorias pouco numerosas (pau-brasil, pássaros e animais da terra, uns poucos escravos indígenas) obtidas por escambo. A partir de 1532, com o início da colonização efetiva e da economia do açúcar, as exigências de alimentos para a população européia crescente e de mão-de-obra para os engenhos mudaram com rapidez o caráter das relações com os autóctones.
O século XVII foi, de fato, aquele em que o Nordeste do Brasil se transformou, pioneiramente, em relação a outras áreas afro-americanas, em região típica de plantation. Com a insuficiência crescente da disponibilidade de escravos indígenas, uma procura já existente passou a ser atendida pela importação
de africanos. A fuga, a resistência e a revolta foram, desde o início, inseparáveis da escravidão.
Com a mineração de ouro e diamantes no século XVIII, bem como devido à urbanização intensificada, e ainda em função da expansão e diversificação agrícolas, deu-se nesse período uma intensificação da escravidão e, por conseguinte, do tráfico que a alimentava. Um dos efeitos da mineração foi o surgimento de uma rede urbana considerável nas zonas das minas e o crescimento do tamanho e da importância do Rio de Janeiro.

Ciro Flamarion Santana Cardoso. O trabalho na colônia. In: Maria Yedda Linhares (Org.).História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 88-94 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil, julgue os itens seguintes.

Infere-se do texto que a resistência à escravidão foi reduzida enquanto prevaleceu a hegemonia da agroindústria açucareira, revelando-se vigorosa quando a mineração adquiriu maior relevância.

Alternativas
Comentários
  • Alguem pode me explicar por favor ?

  • Rogger, eu marquei a questão errada pelo simples fato de a mineração não ter adquirido a maior relevância em momento algum, ou seja, a produção de cana de açúcar se manteve como principal produto durante o período em questão

     

  • GABARITO ERRADO:

    O texto fala que nesse período ainda: "A fuga, a resistência e a revolta foram, desde o início, inseparáveis da escravidão", diferente do que propõe a assertiva: "a resistência à escravidão foi reduzida ".

  • A sociedade do açúcar era amplamente escravocrata. Totalmente diferente do que o item afirma.

    A sociedade da mineração, embora ainda abrigasse escravos, apresentava maiores possibilidade de ascensão social.

    Resposta: Errado

  • Não concordo com o colega "Paranoid Android", entre os séculos XVII e XVIII a mineração foi a principal atividade econômica do Brasil Colonial, embora a atividade açucareira mantivesse seus lucros. Os investimentos, a administração e a política econômica estava mais focada na extração aurífera. A resposta da questão está ERRADA, pelo simples fato de que na atividade açucareira havia maior incidência de fugas (quilombos) e revoltas do que no ciclo do ouro, além do fato de que na sociedade mineradora, muitos escravos conseguiam pagar suas cartas de alforrias, fato quase nulo nos engenhos. A escravidão não era melhor ou pior na mineração. A resistência sempre houve em todas as etapas econômicas.

  • A sociedade do açúcar era amplamente escravocrata. Totalmente diferente do que o item afirma.

    A sociedade da mineração, embora ainda abrigasse escravos, apresentava maiores possibilidade de ascensão social.

    Resposta: Errado

  • Questão errada! minha contribuição:

    A resistência dos escravos tinha como grande objetivo a conquista da liberdade, mas também poderia buscar apenas impor limites ao excesso de tirania de feitores e senhores. A resistência dos escravos foi uma resposta à escravidão que foi uma instituição presente na história do Brasil ao longo de mais de 300 anos.


ID
301096
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

De 1500 a 1532, a economia brasileira assentava-se em uma série de feitorias costeiras onde se iam acumulando, à espera dos navios, mercadorias pouco numerosas (pau-brasil, pássaros e animais da terra, uns poucos escravos indígenas) obtidas por escambo. A partir de 1532, com o início da colonização efetiva e da economia do açúcar, as exigências de alimentos para a população européia crescente e de mão-de-obra para os engenhos mudaram com rapidez o caráter das relações com os autóctones.
O século XVII foi, de fato, aquele em que o Nordeste do Brasil se transformou, pioneiramente, em relação a outras áreas afro-americanas, em região típica de plantation. Com a insuficiência crescente da disponibilidade de escravos indígenas, uma procura já existente passou a ser atendida pela importação
de africanos. A fuga, a resistência e a revolta foram, desde o início, inseparáveis da escravidão.
Com a mineração de ouro e diamantes no século XVIII, bem como devido à urbanização intensificada, e ainda em função da expansão e diversificação agrícolas, deu-se nesse período uma intensificação da escravidão e, por conseguinte, do tráfico que a alimentava. Um dos efeitos da mineração foi o surgimento de uma rede urbana considerável nas zonas das minas e o crescimento do tamanho e da importância do Rio de Janeiro.

Ciro Flamarion Santana Cardoso. O trabalho na colônia. In: Maria Yedda Linhares (Org.).História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 88-94 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil, julgue os itens seguintes.

Movimentos nativistas e emancipacionistas, a exemplo da Insurreição Pernambucana e da Conjuração (Inconfidência) Mineira, ocorreram em áreas diversas do Brasil colonial, inexistindo diferenças mais significativas entre eles, quer no que se refere aos fatos que os motivaram, quer no que diz respeito aos métodos por eles adotados.

Alternativas
Comentários
  • Em Pernambuco não foi issurreição e sim revolução ,nenhuma  delas natvistas

  • >inexistindo diferenças mais significativas entre eles ERRADO

  • Errado 

    1645 – INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
    Revolta da população nordestina (a partir de 1645) contra o domínio Holandês. Sob iniciativa dos senhores de engenho, os colonos foram mobilizados para lutarem. As batalhas das Tabocas e de Guararapes enfraqueceram o poderio dos invasores europeus. Até que, na batalha de Campina de Taborda, em 1654, os Holandeses foram derrotados e expulsos do país.
    1789 – INCONFIDÊNCIA MINEIRA
    Inconformados com o peso dos impostos, membros da elite uniram-se para estabelecer uma república independente em Minas. A revolta foi marcada para a data da derrama (cobrança dos impostos em atraso), mas os revolucionários foram traídos. Como consequência, os inconfidentes foram condenados ao desterro perpétuo na África, com exceção de Tiradentes, que foi enforcado e esquartejado.
     

  • A questão refere-se à Revolução Pernambucana de 1817, que marcou a insatisfação provincial com o Rio de Janeiro, e cujos interesses eram antilusitanistas (o problema era a centralização, vista como um instrumento conservador a serviços da Corte), e não à Insurreição Pernambucana de 1645, como menciona o colega.

  • Os movimentos nativistas (antifiscalistas) se diferenciavam dos movimentos emancipacionistas (separatistas). Em geral, os primeiros estavam relacionados a tributos; os segundos, à unidade do império.

  • Kinho Concurseiro, Em pernambuco houve tanto emancipacionista, vide a Revolução Pernambucana de 1817 (contra administração portuguesa e proclamação da república), quanto de caráter nativista, vide a Insurreição pernambucana de 1654 (expulsão dos holandeses).

    Emancipacionista : Cunho nacional ou regional, com influência dos ideais revolucionários da burguesia europeia e do iluminismo e contestação ao sistema colonial.

    Nativista : Movimentos locais com problemas específicos, sem influência externa e sem contestação ao sistema colonial.

  • MOVIMENTOS SEPARATISTA


ID
301099
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

De 1500 a 1532, a economia brasileira assentava-se em uma série de feitorias costeiras onde se iam acumulando, à espera dos navios, mercadorias pouco numerosas (pau-brasil, pássaros e animais da terra, uns poucos escravos indígenas) obtidas por escambo. A partir de 1532, com o início da colonização efetiva e da economia do açúcar, as exigências de alimentos para a população européia crescente e de mão-de-obra para os engenhos mudaram com rapidez o caráter das relações com os autóctones.
O século XVII foi, de fato, aquele em que o Nordeste do Brasil se transformou, pioneiramente, em relação a outras áreas afro-americanas, em região típica de plantation. Com a insuficiência crescente da disponibilidade de escravos indígenas, uma procura já existente passou a ser atendida pela importação
de africanos. A fuga, a resistência e a revolta foram, desde o início, inseparáveis da escravidão.
Com a mineração de ouro e diamantes no século XVIII, bem como devido à urbanização intensificada, e ainda em função da expansão e diversificação agrícolas, deu-se nesse período uma intensificação da escravidão e, por conseguinte, do tráfico que a alimentava. Um dos efeitos da mineração foi o surgimento de uma rede urbana considerável nas zonas das minas e o crescimento do tamanho e da importância do Rio de Janeiro.

Ciro Flamarion Santana Cardoso. O trabalho na colônia. In: Maria Yedda Linhares (Org.).História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 88-94 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil, julgue os itens seguintes.

A presença do latifúndio no Brasil tem suas origens históricas mais remotas nos mecanismos de distribuição de terras adotados pela metrópole portuguesa desde os primórdios da colonização, entre os quais são exemplos marcantes as capitanias hereditárias e as sesmarias.

Alternativas
Comentários
  • Quando a conquista do território brasileiro se efetivou a partir de 1530, o Estado português decidiu utilizar o sistema sesmarial no além-mar, com algumas adaptações.

    A partir do momento em que chegam ao Brasil os capitães-donatários, titulares das capitanias hereditárias, a distribuição de terras a sesmeiros (em Portugal era o nome dado ao funcionário real responsável pela distribuição de sesmarias, no Brasil, o sesmeiro era o titular da sesmaria) passa a ser uma prioridade, pois é a sesmaria que vai garantir a instalação da "plantation" açucareira na colônia.

    A principal função do sistema de sesmarias é estimular a produção e isso era patente no seu estatuto jurídico. Quando o titular da propriedade não iniciava a produção dentro dos prazos estabelecidos, seu direito de posse poderia ser cassado.

  • As capitanias hereditárias impulsionaram o crescimento das vilas, que aos poucos se transformaram em províncias, e, mais tarde constituíram alguns estados brasileiros portanto correta.

  • Questão correta! Minha contribuição:

    Sesmaria era um lote de terras distribuído a um beneficiário, em nome do rei de Portugal, com o objetivo de cultivar terras virgens. Originada como medida administrativa nos períodos finais da Idade Média em Portugal, a concessão de sesmarias foi largamente utilizada no período colonial brasileiro.

  • Sesmaria foi um sistema português, adaptado no Brasil, que normatizava a distribuição de terras destinadas à produção agrícola.


ID
301102
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na transição da Colônia ao Estado independente, é óbvio que se refletiram internamente as  transformações que ocorriam no exterior. O tema da liberdade será sempre recorrente em todo o século XIX, aparecendo por ocasião da Constituinte de 1823, das revoluções que explodiram por toda a parte, de 1817 ao final da década de 40 e, sobretudo, na discussão do maior de todos os problemas, o do trabalho, ou seja, a extinção da escravidão cuja continuidade começava a afetar a unidade do país, constituindo-se no mais forte obstáculo à modernização da sociedade, do sistema econômico e de suas instituições.

Maria Yedda Linhares. Introdução. In: Maria Yedda Linhares. História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 5-6 (com adaptações).

Considerando as informações contidas no texto e o processo histórico brasileiro ao longo do século XIX, julgue os itens que se seguem.

Entre as transformações externas que exerceram influência sobre a independência do Brasil, destacou-se a Revolução Industrial, a partir da qual o moderno capitalismo tornava anacrônica a prática do monopólio sobre a que se assentava o sistema colonial.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

  • No dia 28 de Janeiro de 1808 foi expedida a Carta Régia de Abertura dos Portos do Brasil às Nações Amigas, a partir daí facilitou-se a comercialização de produtos ingleses no país (nesse momento estava ocorrendo a Revolução Industrial). Rompendo assim com o antigo pacto colonial.

  • Certo:

    capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das riquezas e está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios de produção podem ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles têm a função de gerar renda por meio do trabalho

  • Anacronismo é um erro cronológico, expressado na falta de alinhamento, consonância ou correspondência com uma época. Ocorre quando pessoas, eventos, palavras, objetos, costumes, sentimentos, pensamentos ou outras coisas que pertencem a uma determinada época são erroneamente retratados noutra época.

    fonte:


ID
301105
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na transição da Colônia ao Estado independente, é óbvio que se refletiram internamente as  transformações que ocorriam no exterior. O tema da liberdade será sempre recorrente em todo o século XIX, aparecendo por ocasião da Constituinte de 1823, das revoluções que explodiram por toda a parte, de 1817 ao final da década de 40 e, sobretudo, na discussão do maior de todos os problemas, o do trabalho, ou seja, a extinção da escravidão cuja continuidade começava a afetar a unidade do país, constituindo-se no mais forte obstáculo à modernização da sociedade, do sistema econômico e de suas instituições.

Maria Yedda Linhares. Introdução. In: Maria Yedda Linhares. História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 5-6 (com adaptações).

Considerando as informações contidas no texto e o processo histórico brasileiro ao longo do século XIX, julgue os itens que se seguem.

O texto indica não ter sido pacífico o clima político vivido pelo Brasil nas primeiras décadas pós-independência, situação que se agravou sobremaneira no período regencial, quando múltiplos movimentos armados chegaram a colocar em risco a unidade do país.

Alternativas
Comentários
  • @qconcursos, cadê os comentários dos professores? :|

  • Nas Principais questões , não há comentário! :(

  • 1º Gabarito do professor.

    2º Pedir comentário.


ID
301108
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na transição da Colônia ao Estado independente, é óbvio que se refletiram internamente as  transformações que ocorriam no exterior. O tema da liberdade será sempre recorrente em todo o século XIX, aparecendo por ocasião da Constituinte de 1823, das revoluções que explodiram por toda a parte, de 1817 ao final da década de 40 e, sobretudo, na discussão do maior de todos os problemas, o do trabalho, ou seja, a extinção da escravidão cuja continuidade começava a afetar a unidade do país, constituindo-se no mais forte obstáculo à modernização da sociedade, do sistema econômico e de suas instituições.

Maria Yedda Linhares. Introdução. In: Maria Yedda Linhares. História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 5-6 (com adaptações).

Considerando as informações contidas no texto e o processo histórico brasileiro ao longo do século XIX, julgue os itens que se seguem.

A estabilidade política do Segundo Reinado foi garantida pelo pluripartidarismo, pela adoção do parlamentarismo nos moldes franceses e pela resolução do grave problema da escravidão.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Reinado foi bipartidarismo (liberais e conservadores; apenas em de 1862 a 1868 o Presidente do Conselho de Ministros era do partido Progressista); foi adotado o parlamentarismo nos moldes inglês (apesar do Parlamentarismo às Avessas) e o problema da escravidão não foi totalmente resolvida com o fim do Segundo Reinado em 1889,

  • Errado.

     

    O Segundo Reinado foi marcado por grande INSTABILIDADE POLITICA devido às revoltas regionais como a Sabinada, a Balaiada, a Cabanada e a Farroupilha.

     

    Durante o Império, além dos partidos liberal e conservador, houve o partido nacional pernambucano, denominado "partido da praia" e o partido progressista (união entre liberais e conservadores moderados).

  • Roberto se equivoca, Sabinada, Balaiada, Cabanada e Farroupilha são do período regencial.

    Na minha opinião o único erro da questão é a resolução do grave problema da escravidão


ID
301111
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na transição da Colônia ao Estado independente, é óbvio que se refletiram internamente as  transformações que ocorriam no exterior. O tema da liberdade será sempre recorrente em todo o século XIX, aparecendo por ocasião da Constituinte de 1823, das revoluções que explodiram por toda a parte, de 1817 ao final da década de 40 e, sobretudo, na discussão do maior de todos os problemas, o do trabalho, ou seja, a extinção da escravidão cuja continuidade começava a afetar a unidade do país, constituindo-se no mais forte obstáculo à modernização da sociedade, do sistema econômico e de suas instituições.

Maria Yedda Linhares. Introdução. In: Maria Yedda Linhares. História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 5-6 (com adaptações).

Considerando as informações contidas no texto e o processo histórico brasileiro ao longo do século XIX, julgue os itens que se seguem.

A vitória brasileira na Guerra do Paraguai consolidou o regime monárquico brasileiro, livrando-o de crises contínuas, mas promoveu o isolamento internacional do Brasil e acirrou a vocação expansionista que demonstrara desde a Independência.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA. A Guerra do Paraguai foi o ápice do regime monárquico, mas não o livrou de crises (vejam-se as questões militares, a religiosa, e a da escravidão, com os abolicionistas republicanos, etc.), não promoveu o isolamento internacional do Brasil - o país ficou ainda mais conhecido e respeitado; e não se fala em vocação expansionista brasileira depois da Guerra da Cisplatina. 

  • GUERRA DO PARAGUAI foi um conflito que começou em 1864 e acabou em 1870 com a vitória do Brasil e de seus aliados. Nesse combate, Brasil, Argentina e Uruguai uniram-se para lutar contra o Paraguai e contra o ditador Solano López. Para o Brasil, as grandes consequências foram o enfraquecimento da monarquia e a instauração de uma forte crise econômica no país.  


ID
301126
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos  mediram suas forças, resultando em graves crises.

Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.

A criação de uma empresa como a PETROBRAS, em 1953, simboliza o espírito que norteava o projeto nacional- desenvolvimentista, que, inicialmente identificado com Vargas, passou a ser empunhado por seus seguidores e pelas forças políticas que giravam, em larga medida, em torno do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Alternativas
Comentários
  • Havia um certo receio dos mais conservadores que vargas poderia instaurar um novo golpe, contexto de Guerra Fria, recusa de Getulio em apoiar os E.U.A na Guerra da Coreia entre outros motivos. A criação da Petrobrás (1953), constituída como empresa estatal de monopolio rigído, fortaleceu aquela visão, ademais, a recusa do capital americano na Petrobrás gerou mais insatisfação por parte do empresariado agravando ainda mais a situação.

    GAB: CERTO

    -

    -

    -

    -

    -

    -

    Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
    Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
    Salmos 126:5,6

     


ID
301129
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos  mediram suas forças, resultando em graves crises.

Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.

Dos grandes partidos políticos que atuaram no Brasil, entre o fim do Estado Novo e a implantação do regime militar em 1964, a União Democrática Nacional (UDN) foi o que mais claramente defendeu um projeto que se afastasse da herança getulista e enfatizasse, nas palavras do texto, o moralismo o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.

Alternativas
Comentários
  •  A causa fundamental dos udenistas era fazer oposição ao regime do Estado Novo de Getúlio Vargas e toda e qualquer doutrina originária de seu governo. Participou de todas as eleições majoritárias e proporcionais até 1965.

    A coesão não foi o forte do partido durante sua existência, pois ele basicamente sustentava-se em uma vaga idéia liberal conservadora, muitas vezes flertando com o autoritarismo, outras com a ideia progressista.

    - GAB CERTO

    .                                                      ADEMAIS:

    udenismo, expressão do modo de fazer política dos simpatizantes e filiados à UDN tem como característica básica a defesa de um liberalismo clássico, forte apego ao moralismo, sendo à época o mais conservador dos três partidos existentes (além de inúmeros outros partidos menores, sobressaindo-se, porém, a UDN, PTB e PSD).

    Inimigo velado do populismo, a visão da UDN dava origem a polêmicas: era chamado de "partido dos cartolas", por ser considerado uma agremiação de elementos de classes mais altas que o grosso da população.

  • UDN = coxinha

  • UDN = HOMENS SANCTUMS

  • Após o Golpe Militar, muitos quadros da UDN migraram para a ARENA .

  • (UDN)=VIRILIDADE,HONRA,FORÇA,PATRIA

ID
301132
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos  mediram suas forças, resultando em graves crises.

Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.

A renúncia de Jânio Quadros, poucos meses depois de empossado na Presidência da República, fez o país mergulhar em profunda crise política, sobretudo ante a posição contrária dos ministros militares à posse do vice- presidente João Goulart. A forte reação, simbolizada em larga medida pelas atitudes do governador gaúcho Leonel Brizola, foi decisiva para contornar a crise, cujo desfecho ocorreu com a adoção do parlamentarismo.

Alternativas
Comentários
  • A questão refere-se à Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola. Contudo, passível de questionamento a real dimensão do movimento para contornar a crise, como está na assertiva. Brizola nem foi à posse de Goulart.!!

     

     

  • A renúncia de Jânio Quadros provocou uma das mais sérias crises políticas do país.

    A cúpula militar afirmou que não aceitaria a posse de João Goulart, enquanto manifestações em apoio à sua posse ocorriam em vários estados.

    Isso deu início a Campanha da Legalidade, na qual grupos mais ligados a esquerda defendiam a posse de Jango. Leonel Brizola foi quem liderou esse movimento para cumprir a Constituição.

    Diante do impasse, o Congresso Nacional propôs um acordo: Jango seria empossado presidente caso aceitasse a instauração do parlamentarismo.Assim, Jango assumiria a presidência, mas o Poder Executivo seria exercido por um primeiro ministro.

    Gabarito CERTO!


ID
301135
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos  mediram suas forças, resultando em graves crises.

Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.

O esgotamento do regime democrático atingiu seu ápice no governo de João Goulart. Pressionado pelos movimentos sociais, defensores de reformas estruturais imediatas, o presidente aliou-se aos militares, à Igreja Católica e ao empresariado. Todavia, o apoio que deles recebeu não foi suficiente para impedir sua queda em 1964.

Alternativas
Comentários
  • - O Presidente deu o pinote, deixou o país, refugiando-se no Uruguai. (Exilio é o que liga).  rsrs

  • pelo contrario ele queria fazer a refora agraria no brasil,isso demonstrou q ele parecia ser uma ameaça comunista ,nesse panorama se deu o golpe militar

  • O esgotamento do regime democrático atingiu seu ápice no governo de João Goulart. - CERTO

    Pressionado pelos movimentos sociais, defensores de reformas estruturais imediatas, o presidente aliou-se aos militares, à Igreja Católica  e o empresariado. - ERRADO.

    Pelo que entendi de Bóris Fausto a Igreja, na sua ala conservadora, teve uma posição contrária a Jango, e também o exército já atuava contra o presidente.

    Todavia, o apoio que deles recebeu não foi suficiente para impedir sua queda em 1964.

  • Jango escolheu o nacionalismo, iria fazer as reformas de base, radicalizou

  • Gabarito ERRADO!

    Não houve essa aliança. Os militares, a Igreja Católica e o empresariado apoiaram o golpe para depor João Goulart.

  • militares, à Igreja Católica e ao empresariado de fato não se aliaram a jango , o empresariado não gosta de jango por causa de suas reformas de base e a igreja não apoiava jango por acharem que ele era comunista e logíca comunista a cerca da igreja é que eles são contra a logica religiosa , não era em especifico com a igreja cataolica massx eles compraram à briga e foram contra jango !

  • Marcha da Família com Deus pela Liberdade para agregar grupos de outros credos religiosos. Apesar de a Igreja Católica deixar de ser o único credo envolvido na organização da manifestação, ainda permaneceu a religião predominante no processo, tanto que ao fim da Marcha foi realizada uma “missa pela salvação da democracia”. Entre as palavras de ordem da Marcha havia as de cunho religioso como “a favor da consciência cristã no Brasil”, além das de cunho políticos: “Reformas sim, Comunismo não” e “Tá chegando a hora de Jango ir embora”. 

    GAB. ERRADO


ID
301138
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos  mediram suas forças, resultando em graves crises.

Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.

Em pouco mais de duas décadas de existência, o regime militar instaurado, no Brasil, em 1964, logrou modernizar a economia brasileira e, ao contrário das demais ditaduras latino-americanas no mesmo período, não chegou a fazer uso de medidas políticas coercitivas ou claramente autoritárias.

Alternativas
Comentários
  • Errado, pois teve um exemplo de coerção a AI-5, sendo ela a principal de todas.

  • Acho que em tempos de Bolsonaro essa aí estaria certa.


ID
301141
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos  mediram suas forças, resultando em graves crises.

Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.

Foi rápida a transição do regime militar. Sob o comando do general Emílio Médici, a passagem do poder aos civis concretizou-se mediante a convocação de uma assembléia constituinte e de eleições diretas para a Presidência da República.

Alternativas
Comentários
  • O primeiro militar a entrar no comando foi Castelo Branco, só daí já dá pra matar a questão.

    Gabarito errado.

  • CB--->COSTA E S--->MED--->GEIS--->FIGUER--->SARNEY

  • foi "lenta gradual e segura" e iniciou no governo Geisel

     

    errado

  • a transicao p um civil foi no governo de figueiredo.

    e as eleicoes foram indiretas .

    equivocos so falar cmg .


ID
301144
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo da década de 30 e na primeira metade da década de 40, a sociedade brasileira conheceu políticas públicas implementadas por um Estado que passou a intervir nas mais diversas dimensões da vida social, utilizando-se de ideologias políticas de caráter autoritário. A partir de 1945, a questão central girava em torno do liberalismo. Retomar a tradição liberal interrompida com a Revolução de 1930 ou dar continuidade às políticas públicas estatais intervencionistas era a questão que dominava nos debates.
Dois grandes projetos passaram a disputar a preferência do eleitorado. Nacionalismo, industrialização com base em bens de capital, fortalecimento do capitalismo nacional, criação de empresas estatais em setores estratégicos e estabelecimento de redes de proteção social davam a tônica do trabalhismo de inspiração getulista. Outro projeto seduziu as elites empresariais, políticas e militares, além das classes médias conservadoras, ao enfatizar o antigetulismo, o moralismo, o anticomunismo e o capitalismo associado aos capitais internacionais.
Três momentos resultaram em situação de grande conflito, entre 1945 e 1964, com a possibilidade real de guerra civil: a crise de agosto de 1954, o golpe preventivo do general Lott em novembro de 1955 e a Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. Momentos de grande tensão política, os dois projetos  mediram suas forças, resultando em graves crises.

Jorge Ferreira. Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Org.). O Brasil republicano (3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 303-4 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes, relativos à História brasileira contemporânea.

Denominada constituição cidadã, a Carta de 1988, instrumento jurídico-político que conduziu a nova era democrática vivida pelo país após o regime militar, tem como uma de suas marcas definidoras a ampliação do conceito de cidadania, que se materializa na ampla configuração dos direitos e deveres fundamentais.

Alternativas

ID
301147
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

Com a extinção do bloco soviético, observaram-se mudanças na configuração territorial de países europeus e a deflagração de conflitos motivados por questões nacionalistas e étnicas, acompanhados de evidente violação de direitos humanos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CERTO.

  • Vulgo guerra de Kosovo!

  • Gabarito Certo. Pois foi devido os abusos de violação dos DH durante a primeira guerra Mundial e pós guerra se viu a necessidade de criar mecanismos que protegessem tais direitos. Então após a 1 guerra criou se a ONU. Pois começaram a lutas pelos direitos civis, entre outros movimentos que a população lutava por liberdade e igualdade de direitos.


ID
301150
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

A globalização das atividades econômicas afetou os movimentos migratórios no mundo, o que tem tornado os países mais diversificados étnica e culturalmente.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Certo

    As transformações rápidas e profundas geradas pela globalização têm tido um grande impacto sobre os movimentos migratórios, mas de forma ainda segmentada e contraditória. Por um lado, parece existir um consenso na literatura de que a globalização constitui o motor principal da migração internacional neste momento histórico (MASSEY et al., 1998, p. 277). 

    Por definição, a globalização leva ao desarraigamento quando acelera o progresso econômico que transforma comunidades, estimula as pessoas a abandonar trabalhos tradicionais e a buscar novos lugares, enquanto as obriga a confrontarem-se com novos costumes e novas maneiras de pensar (MILANOVIC, 1999, p. 10-11). Mas as diferentes assimetrias observadas acima também impulsionam o deslocamento populacional. Assim, os subsídios à agricultura nos países desenvolvidos impactam na baixa renda dos agricultores nos subdesenvolvidos, provocando tanto a migração rural-urbana como a emigração.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392005000300001

  • apenas olhem para a frança...

  • Certo.

    A globalização, a pesar de interconectar os países, acentua as desigualdades socioeconômicas. É a famosa frase: os ricos ficam mais ricos e os pobres, infelizmente, mais pobres.

    Pertenceremos !

  • GABARITO CERTO

    UM EXEMPLO DISSO É A FRANÇA


ID
301153
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

Tal como a China, o Brasil é um país de industrialização recente; no entanto, distingue-se desse país pelo fato de ter o Estado brasileiro deixado de participar desse processo como agente indutor, criador de infra-estruturas.

Alternativas
Comentários
  • Nada a ver, pois um bom exemplo é o período do governo militar que destaca-se principalmente pela criação de grande infraestrutura no Brasil.

     

    Gab: ERRADO 

  • SÓ LI ATÉ AQUI: Tal como a China, o Brasil é um país de industrialização recente; 

    JÁ MARQUEI ERRADO

  • O BRASIL É UM PAÍS DE INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA!

  • Industrialização Tardia.

  • Industrialização recente = industrialização tardia.

    Países: Brasil, China, México, África do Sul, Índia...

  • Brasil não deixou de participar do processo de industrialização.

    GAB. ERRADO

  • GABARITO ERRADO

    ENTÃO QUER DIZER QUE O BRASIL PAROU DE SE INDUSTRIALIZAR? KKKK

  • O Brasil criou importantes infraestruturas. 1930. Vargas cria as indústrias de base. 1950. JK constrói grandes rodovias.


ID
301156
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

Como justificativa para o processo de desconcentração espacial da indústria vivido pelo Brasil na atualidade identificam-se a falta de investimentos em muitos setores e a defasagem tecnológica.

Alternativas
Comentários
  • alguem me explica uma coisa aqui brasil x europa? brasil x estados unidos? complicado a comparação... 

  • Na verdade não. A desconcentração no Brasil decorre do encarecimento da mão-de-obra no core Centro-Sul.

  • Complementando o colega Wendy:

    -Busca de maiores incentivos fiscais (até isenções)
    - Maiores recursos naturais

     

     

  • Quando fala "identificam-se" é porque é um dos motivos, não é o principal.

  • A partir de 1990, o processo de desconcentração industrial intensificou-se. Muitas indústrias deixaram áreas tradicionais e instalaram unidades fabris em novos espaços na busca de vantagens econômicas, como isenção de impostos, menores custos de produção, mão de obra mais barata, mercado consumidor significativo e atuação sindical fraca.

    Fonte: Profs. Leandro Signori e Sérgio Henrique

    Estratégia Concursos

  • A desconcentração ocorre devido a uma pluralidade de fatores, dentre eles:

    -isenções fiscais por parte de muitas cidades, principalmente as do Nordeste e Norte;

    -aumento do valor dos terrenos nos grandes centro industriais, com destaque para o Sudeste;

    -mão de obra mais barata;

    -atuação sindical fraca;

    Esses são alguns exemplos!

    Questão ERRADA

  • A desconcentração industrial é estimulada, dentre outros fatores, pelo avanço tecnológico em áreas de infraestrutura, comunicação e transmissão de dados.

    Ou seja, o avanço tecnológico, ao dar maior flexibilidade para as empresas que estão dispostas a fazer novos investimentos, contribui para a desconcentração espacial da indústria.

    Resposta: Errado

  • GABARITO ERRADO

    DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL

    • A nova dinâmica econômica: com a falta de espaço para instalação de novas indústrias, as leis ambientais mais rígidas e política de incentivos fiscais fazem com que haja uma dispersão das indústrias pelo nosso território.

    • A região nordeste e norte neste contexto o norte e nordeste começam a receber as suas primeiras indústrias, promovendo um desenvolvimento econômico para estas regiões.

    • a dispersão das indústrias foi marcada pelo congestionamento da área metropolitana de São Paulo. As empresas estão fugindo da poluição, dos altos preços dos terrenos, de sindicatos fortes, e procurando cidades menores, que oferecem, entre muitas facilidades, uma excelente qualidade de vida. Outras vantagens são boa estrutura de transportes, mão-de-obra mais barata e mercado consumidor. Muitas dessas cidades possuem centros de pesquisa e universidades que permitem a instalação de tecnopólos.


ID
301159
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

A expansão das áreas destinadas ao aproveitamento agrícola e os resultados positivos obtidos nesse setor confirmam a vocação agrícola do Brasil e o caracterizam como país de economia rural.

Alternativas
Comentários
  • o erro seria falar em "vocação agrícola"?

  • O Brasil não pode ser considerado como país de economia rural.

  • Não Thais. O país tem vocação agrícola sim. Já somos um grande provedor de alimentos e o aumento da demanda mundial deverá ser sanada pela produção do Brasil. Porém, como disse o Mário, não podemos ser considerado um país de economia rural. Na América , só somos menos industrializados do que os EUA e Canadá
  • Ele tem vocação agrícula, mas não é uma economia rural.

  • Economia de serviços, não rural

  • O Brasil até tem vocação agrícula, mas atualmente é conhecido como País de economia industrial voltada para o setor secundario, salvo se não me engano.

  • De acordo com a classificação setorial, o Brasil é um país voltado para o Setor Terciário

    1- Setor Primário: 

    O setor primário está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza. Podemos citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação. Estimativa para 2019 Composição do PIB 6,6%.

    2 - Setor Secundário: 

    É o setor da economia que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc.). Estimativa para 2019 Composição do PIB 20,5%

    3 - Setor Terciário: 

    É o setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não materiais em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como atividades econômicas deste setor econômicos, podemos citar: comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc. Estimativa para 2019 Composição do PIB 72,9%.

    Fonte:

  • Brasil:

    Internacionalmente: produção de commodity

    Nacionalmente: predomínio do terceiro setor ( serviços)

    Cuidado com as afirmações do Cespe: país rural, caráter agrícola, etc.


ID
301162
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

A modernização das atividades agrícolas no Brasil resultou em aumento na concentração de propriedade da terra e na migração rural-urbana.

Alternativas
Comentários
  • A modernização das atividades agrícolas no Brasil resultou em aumento na concentração de propriedade da terra e na migração rural-urbana.

    GABARITO:CERTO

  • Modernização das atividades agrícolas (substituindo o homem pela máquina)/ Concentração de terras/ Qualidade de vida ruim no campo = Êxodo Rural (Migração rural-urbana)

  • Se você lembrar que a modernização das atividades agrícolas, principalmente quando substituiu o homem pela máquina, levou ao êxodo rural (migração rural-urbana), logo você conclui que houve uma concentração de terras nas mãos de “poucos” produtores, já que muitos pequenos foram expulsos de suas terras.

    Resposta: Certo

  • MÁQUINAS no LUGAR DE PESSOAS

    GABARITO= CORRETO

  • Se você lembrar que a modernização das atividades agrícolas, principalmente quando substituiu o homem pela máquina, levou ao êxodo rural (migração rural-urbana), logo você conclui que houve uma concentração de terras nas mãos de “poucos” produtores, já que muitos pequenos foram expulsos de suas terras.

    Resposta: Certo

  • GAB CERTO

    COMPLEMENTO

    1)Êxodo rural (migração rural-urbana): deslocamento do campo para a cidade o qual influencia na urbanização. 

    2)Urbano-urbano/cidade-cidade: migração de uma cidade para outra (desmetropolização: atração industrial/guerras fiscais que diminuem os impostos ou os isentam E COM ISSO AS PESSOAS VÃO PARA cidades médias e pequenas.) 

    • As áreas antigas de industrias possuem mão de obra cara, fortes sindicatos, leis ambientais fortes, violência, trânsito. 
    • São as que mais ocorrem atualmente. 


ID
301165
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

O avanço da fronteira agrícola, como observado no Centro- Oeste e no Norte do país, privilegia a ocupação e a proteção das fronteiras nacionais com outros países, como parte de um projeto geoestratégico para a América Latina.

Alternativas
Comentários
  • Questão: ERRADA

    fronteira agrícola representa uma área mais ou menos definida de expansão das atividades agropecuárias sobre o meio natural. Geralmente, é nessa zona que se registram casos de desmatamento ilegal e de conflitos envolvendo a posse e o uso da terra sobre as chamadas terras devolutas, espaços naturais pertencentes à união e que não são delimitados por propriedades legais, servindo de moradia para índios e comunidades tradicionais e familiares.

    Sobretudo ao longo do século XX, as práticas agrícolas expandiram-se de forma mais intensa para o interior do território nacional, em função tanto da política de Marcha para o Oeste, implementada por Getúlio Vargas, quanto da política de substituição de importações promovida por Juscelino Kubitschek.

    Nesse ínterim, a região de expansão passou a ser a região Centro-Oeste, com frentes migratórias de produtores advindos do Sul e do Sudeste do Brasil. O resultado foi a transformação de estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em verdadeiros celeiros, produtores principalmente de grãos, com destaque para a soja voltada para a exportação. Além disso, houve também uma intensiva devastação do Cerrado, que conta atualmente com menos de 20% de suas reservas originais.

    Atualmente, a fronteira agrícola brasileira encontra-se em direção à região Norte do país, registrando uma grande quantidade de conflitos na área da Floresta Amazônica, com destaque para o caso Doroth Stang, uma ativista estadunidense naturalizada brasileira que foi assassinada por fazendeiros na cidade de Anapu (PA).

    Em linhas gerais, a fronteira agrícola costuma configurar-se por meio de uma frente de expansão, seguida por uma frente pioneira. Essa última é responsável por consolidar de forma mais acabada a atividade agropecuária em uma determinada região. Posteriormente, essas atividades passam por uma etapa de modernização produtiva.

    A frente de expansão agrícola é costumeiramente realizada pelos posseiros, que iniciam um processo de cultivo sobre as terras devolutas, envolvendo agricultura familiar e de subsistência, com uma produção, em muitos casos, organizada em cooperativas.

    No entanto, essa frente de expansão costuma ser rapidamente sucedida por uma frente pioneira, representada por grandes fazendeiros, que, através do processo de grilagem (falsificação de documentos e títulos de propriedades), afirmam serem eles os donos das terras utilizadas por posseiros e até mesmo grupos indígenas.

    fonte: http://brasilescola.uol.com.br/brasil/fronteira-agricola-brasil.htm

     

  • Resposta: errado. A ver como será 2020, se fosse hoje marcaria certo

  • O avanço da fronteira agrícola, como observado no Centro-Oeste e no Norte do país, privilegia o desenvolvimento do agronegócio, que foi citado no texto.

    Desta forma, os principais interesses atendidos são os dos setores agrários, daqueles que trabalham no campo, e não os interesses geopolíticos do país.

    Resposta: Errado

  • Eu marcaria certo... É vantajoso para um país ter sua população previamente estabelecida em áreas de "potencial" interesse econômico e político... Desde a colonização é assim...


ID
301168
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

      No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991, desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao avanço das  comunicações, uma grande quantidade de serviços.
       Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria, nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial, do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.

Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.

Desvinculado da produção dos pequenos e médios proprietários, o aumento da produção agrícola nacional deve-se à utilização de técnicas e insumos agrícolas modernos em grandes estabelecimentos rurais, integrados à produção industrial.

Alternativas
Comentários
  • Questão ERRADA! Pois o aumento da produção agrícula nacional se deu pelo avanço da tecnologia, e não a utilização de tecnicas mencionado na questão.

  • Questão errada, pois ele fala que o aumento dessa produção está desvinculada do trabalho dos médias e grandes proprietários!

  • Errada, o aumento da produção está relacionada ao aumento da utilização de técnicas e insumos agrícolas modernos, mas não só aplicados nas "grandes propriedades", vide o caso da tecnifuicação das pequenas e médias propridades do sul no país, como é o caso de Santa Catarina que figura como quinto colocado no ranking de estados pela produtividade agrícola por área plantada.

    Espero ter colaborado.

  • Ela está vinculada também a empresas de médio e pequeno porte

     

  •  Propriedades rurais brasileiras de pequeno e médio porte são compostas por grande parte dos agricultores do país, geralmente são trabalhadores rurais que produzem diversas culturas com pouca tecnologia e mão de obra familiar.

    Ocasionalmente essas propriedades são desprovidas de aplicação de técnicas, tecnologias e conhecimentos, diante disso, sua produção agropecuária e agrícola é de baixa produtividade. Essa configuração rural encontra-se nessas condições em virtude da falta de incentivo por parte do governo, que não oferece linhas de crédito com facilidades para pagar, amparo técnico e subsídio.

    Mesmo com as adversidades, esses produtores respondem por grande parte dos alimentos dispostos no mercado interno, boa parte dos alimentos da mesa dos brasileiros é oriunda dos pequenos agricultores.

    Apesar da extrema relevância exercida por esses produtores rurais, quem consegue incentivo e facilidades na obtenção de créditos nas instituições financeiras para a compra de equipamentos, tecnologias, máquinas são os grandes produtores (latifundiários). Esses têm elevados índices de produtividade e, portanto, uma alta lucratividade. A produção desses grandes produtores são geralmente monoculturas destinadas à exportação e não ao mercado interno.

  • INCORRETA

    QUESTÃO: Desvinculado da produção dos pequenos e médios proprietários, o aumento da produção agrícola nacional deve-se à utilização de técnicas e insumos agrícolas modernos em grandes estabelecimentos rurais, integrados à produção industrial.

    O CORRETO SERIA: VINCULADO

  • GABARITO ERRADO

    OS PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES TAMBÉM PARTICIPAM DO MERCADO


ID
301183
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A corrida para o país recuperar pelo menos uma parte das árvores nativas tem no trabalho de pesquisa de espécies um forte aliado. Afinal, a própria dimensão da biodiversidade brasileira levanta uma questão que pressiona os especialistas: quantas espécies compõem a flora do país? As estimativas divergem muito: apresentam números entre 35 mil e 50 mil e há estudos que apontam até 75 mil vegetais.

Pela própria natureza. In: Panorama Rural, São Paulo, n.º 86, mar./2006, p. 24.

Com relação à degradação do meio ambiente no Brasil e à necessidade de desenvolvimento sustentável, julgue os seguintes itens.

Como conseqüência do avanço da fronteira econômica sobre a região Centro-Oeste, o bioma Cerrado tem sofrido com o desenvolvimento das atividades agropastoris, que não atendem às premissas da sustentabilidade ambiental.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

    Como conseqüência do avanço da fronteira econômica sobre a região Centro-Oeste, o bioma Cerrado tem sofrido com o desenvolvimento das atividades agropastoris, que não atendem às premissas da sustentabilidade ambiental.

  • Item correto.

    O processo de desmatamento do Cerrado consolidou-se ao longo da segunda metade do século XX, graças aos avanços da agropecuária para o interior do país nesse período. Dados revelam que menos de 48% da vegetação original encontra-se total ou parcialmente conservada, e, para piorar, o desmatamento vem aumentando em grande medida nos últimos anos, sendo maior até mesmo que o da Amazônia.

    As principais causas da devastação do Cerrado são o avanço das QUEIMADAS e a retirada de suas matas para a utilização do solo na AGROPECUÁRIA. A área de sua ocupação original configura-se, hoje, como o principal local fornecedor de grãos do Brasil, com destaque para a soja, que é voltada, principalmente, para o mercado externo. Tal processo ocorreu graças aos avanços dos sistemas de cultivo, que permitiram a instalação de lavouras em locais antes considerados pouco propícios, pois os solos do Cerrado são muito ácidos e apenas a aplicação da CALAGEM (correção do pH do solo através da adição de calcário) pode corrigir essa dificuldade. Com isso, espécies típicas da região tendem a sucumbir, tais como o lobo-guará.

    Atualmente, o Cerrado é considerado um HOTSPOT, termo que se refere ao conjunto de áreas do planeta com alta biodiversidade e que se encontram ameaçadas, carecendo de maiores atenções a fim de manter a sua preservação. No Brasil, existe apenas mais um HOTSPOT além do Cerrado, que é a Mata Atlântica. Espera-se que, em um futuro próximo, a devastação desse importante domínio natural seja totalmente interrompida e ao menos algumas partes de sua vegetação sejam reflorestadas e recuperadas.

    https://brasilescola.uol.com.br/brasil/desmatamento-cerrado.htm



ID
301186
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A corrida para o país recuperar pelo menos uma parte das árvores nativas tem no trabalho de pesquisa de espécies um forte aliado. Afinal, a própria dimensão da biodiversidade brasileira levanta uma questão que pressiona os especialistas: quantas espécies compõem a flora do país? As estimativas divergem muito: apresentam números entre 35 mil e 50 mil e há estudos que apontam até 75 mil vegetais.

Pela própria natureza. In: Panorama Rural, São Paulo, n.º 86, mar./2006, p. 24.

Com relação à degradação do meio ambiente no Brasil e à necessidade de desenvolvimento sustentável, julgue os seguintes itens.

Entre os impactos causados à biodiversidade do meio ambiente amazônico, está o assoreamento de cursos de água provocado pelas atividades de grandes empresas agrícolas e industriais presentes nessa região.

Alternativas
Comentários
  • Assoreamento é o processo em que se observa no leito dos rios acúmulo de detritos, lixo, entulho ou outros materiais.  Portanto, entende-se que a deterioração das margens está atrelada ao mau uso do solo e a exploração dos recursos ambientais estão intimamente relacionados aos problemas no meio ambiente. 

  • industriais?

  • O que é importante saber sobre o paradigma da relação sociedade-natureza que norteou o povoamento e a ocupação da Amazônia? (Questão discursiva já cobrada em 3 fase)

    • Kenneth Boulding denominou essa relação sociedade-natureza de economia de fronteira, perspectiva em que o crescimento econômico é visto como linear e infinito.
    • Contínua incorporação de terra e de recursos naturais, que são percebidos como infinitos.
    • Esse paradigma da economia de fronteira caracteriza toda a formação latino-americana.
    • O ápice desse modelo teve lugar durante os primeiros governos militares, sobretudo na década de 1960 e 1970, uma vez que o pensamento geopolítico militar percebia a Amazônia como espaço vazio e sujeito à ação de grupos subversivos e forças internacionais, os quais poderiam ameaçar a estabilidade do regime e a soberania nacional. 
    • Em resposta a essas supostas ameaças, os governos militares promoveram amplo programa de “colonização da Amazônia”, por meio de incentivos econômicos à ocupação de territórios e apoio à atividades produtivas, como a Zona Franca de Manaus. Grandes obras de infraestrutura, como a malsucedida rodovia Transamazônica e usinas hidrelétricas, como a de Tucuruí, reforçaram a lógica de ocupação hegemônica até então.
    • Durante a década de 1970, contudo, após a Conferência de Estocolmo, de 1972, o Brasil aprofundou progressivamente sua legislação ambiental, com base no paradigma do desenvolvimento sustentável. 
    • Segundo Milton Santos, espaço significa a acumulação desigual de tempos. Ou seja, o espaço é a soma de trabalho vivo e trabalho morto (fluxos e fixos) que uma sociedade projeta sobre uma área geográfica.
    • Para Bertha Becker, ocorre uma nova conformação geopolítica no mundo, em geral, e na Amazônia, em particular. Nesse espaço, há um cruzamento crescente entre lógicas espaciais locais, nacionais e internacionais, que acarretam dinâmicas de conflito e cooperação.
    • A “incógnita do ‘heartland” amazônico dá-se justamente pela evolução do paradigma sociedade-natureza no povoamento e ocupação da região (preocupação ambiental com o futuro da região para as gerações futuras).
    • Plano Amazônia Sustentável - o programa governamental destinado a disciplinar e a ordenar sua ocupação.

    Fonte: Trechos retirados do Guia de Estudos - as melhores (e as piores) respostas dos aprovados no CACD .


ID
301189
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A corrida para o país recuperar pelo menos uma parte das árvores nativas tem no trabalho de pesquisa de espécies um forte aliado. Afinal, a própria dimensão da biodiversidade brasileira levanta uma questão que pressiona os especialistas: quantas espécies compõem a flora do país? As estimativas divergem muito: apresentam números entre 35 mil e 50 mil e há estudos que apontam até 75 mil vegetais.

Pela própria natureza. In: Panorama Rural, São Paulo, n.º 86, mar./2006, p. 24.

Com relação à degradação do meio ambiente no Brasil e à necessidade de desenvolvimento sustentável, julgue os seguintes itens.

A manutenção da cobertura vegetal constitui não apenas medida de proteção das espécies mas também de preservação da água como bem comum, renovável, porém passível de se tornar escasso.

Alternativas
Comentários
  • Isso é verdade, os nossos recursos infelizmente são finitos e se não tomarmos cuidado, talvez, em um futuro muito próximo, teremos graves problemas ambientais, sobretudo aqueles diretamente ligados a água.

  • CERTO - pra quem não tem acesso


ID
301192
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A corrida para o país recuperar pelo menos uma parte das árvores nativas tem no trabalho de pesquisa de espécies um forte aliado. Afinal, a própria dimensão da biodiversidade brasileira levanta uma questão que pressiona os especialistas: quantas espécies compõem a flora do país? As estimativas divergem muito: apresentam números entre 35 mil e 50 mil e há estudos que apontam até 75 mil vegetais.

Pela própria natureza. In: Panorama Rural, São Paulo, n.º 86, mar./2006, p. 24.

Com relação à degradação do meio ambiente no Brasil e à necessidade de desenvolvimento sustentável, julgue os seguintes itens.

O preceito segundo o qual o desenvolvimento social e econômico deve ocorrer de forma a garantir a disponibilidade de recursos naturais às próximas gerações diz respeito à ampliação dos investimentos em atividades econômicas como forma de geração de emprego e combate à desigualdade socioeconômica.

Alternativas
Comentários
  • Errado.Diz respeito ao desenvolvimento sustentável.

  • Gabarito ERRADO: O Relatório Bruntland preceitua que: "O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”

    O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.

  • ERRADO--->

    DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL