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Prova FUNCERN - 2017 - IF-RN - Professor - Língua Portuguesa e Literatura Brasileira


ID
2535838
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

De acordo com o excerto,

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

    Linha 14 e 15 do texto "Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos."


ID
2535841
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

Da leitura do excerto, é correto inferir que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    Último parágrafo: "Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos."

  • Problematizar = complicar, questionar.

     

    a heterogeneidade linguística é uma realidade da sociedade brasileira e precisa ser questionada no contexto escolar?

     

    Acho que não em?  Pra mim, com base no texto, dá de entender que ela precisa ser ACEITA, isto é, os professores e alunos precisam compreender que a variadade linguistica do país é uma realidade e que isso não vai mudar; Com isso, deve-se combater o preconceito e ACEITAR as várias formas de falar/escrever que os país possuí.

     

  • Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.


ID
2535844
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

De acordo com o excerto, o desenvolvimento de uma pedagogia da variação linguística

Alternativas
Comentários
  • Boa noite . 

    pessoal me ajude nessa questão , pois ainda tenho duvida no assunto mas acho que alternativa cirreta é a Letra  B

  • A certa é a B mesmo Maria.

  • A resposta está nesse trecho do texto

    Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

  • "Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público."

     

    Esta frase do 18º parágrafo ja desclassifica a alternativa C e ja responde a questão. Alternativa B

  • Gab:. B


ID
2535847
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

Do primeiro parágrafo do excerto, é correto inferir que

Alternativas
Comentários
  • Segue o trecho:

    A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

    Afirmamos que a língua é discriminada nos dias atuais ainda. Logo, esse fato é uma problema antiga.

     

     

    Letra D

     

     

     

     

    Qcom - Questão comentada

    https://www.youtube.com/channel/UCBY27FNGgRpPa-PgFubwjPQ

     

  • A língua continua sendo forte elemento de discriminação social. 

  • Facilita responder a questão conhecermos a diferença entre pressuposto e subentendido.

    Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões presentes na frase que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável.

    Exemplos de pressupostos:

    - Decidi deixar de comer carne.

    Pressuposto: A pessoa comia carne antes.

    - Finalmente acabei minha monografia.

    Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia.

    Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca linguística, sendo deduzidos através do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem unicamente da responsabilidade de quem interpreta a frase.

    Exemplos de subentendidos:

    - Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.

    Subentendido: Está frio lá fora.

    Fonte: https://www.normaculta.com.br/pressuposto-e-subentendido/


ID
2535850
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

O excerto organiza-se a partir de uma planificação predominantemente

Alternativas
Comentários
  • Dssertação argumentativa

    este tipo de texto muito  frequente em provas de concursos ! 

    apresenta posicionamentos pessoais e exposições de ideias apresentadas de forma lógica.

    com razoável grau de objetividade ,clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência , seu intuito é  defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor (leitor ou ouvinte).

    ideia principal do texto  (tese); argumentos (estratégias argumentativas :causa efeito, dados estatisticos, testemunho de autoridade,citações ,,confronto ,comparaçãofato exemploenumeração)

  • Na dissertação-argumentativa predomina a apresentação de um raciocínio, a defesa de ideias, pontos de vistaou até mesmo questionamentos sobre um determinado assunto.

  • Argumentativa, pois o autor está expondo ideias para de fender seu ponto de vista

  • a) Errada: Injuntivo tem como função a orientação para executar alguma ação ou utilizar algum objeto que precise de um conhecimento técnico. Ex.: tutoriais, manuais.

     

    b) Correta: Argumentar é convencer e persuadir, fazer que o outro mude seu pensamento e ações. Para se fazer isso, precisa de uma tese, acreditar nela e convencer o leitor a partir da transformação de informação em conhecimento.

     

    c) Errada: Expositivo é o momento de expor, dar mais conhecimentos sobre determinado assunto. Busca-se fazer um apanhado das informações sobre um tema para que o leitor possa complementar seus conhecimentos, esclarecendo a verdade sobre o assunto ou discutindo um possível problema.

     

    d) Errada: Descritivo consiste em traduzir através de palavras as características físicas, materiais ou filosóficas dos seres, coisas ou ações.

  • Letra B.

    Deus é Soberano !!!

  • O texto é argumentativo pois:

    Tem linguagem subjetiva - varias interpretações

    Tem marcas de pessoalidade - mascas pessoais

    Tem parcialidade posicionamento

    E o autor emite uma opinião.


ID
2535853
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

Ao longo do excerto, o uso da palavra parece caracteriza

Alternativas
Comentários
  • Retórica é uma palavra com origem no termo grego rhetorike, que significa a arte de falar bem, de se comunicar de forma clara e conseguir transmitir ideias com convicção.

    Pergunta retórica

    Uma pergunta retórica é uma pergunta que nem sempre exige uma resposta. Muitas vezes, a pessoa que faz a pergunta retórica, pretende simplesmente enfatizar alguma ideia ou ponto de vista.

    Por exemplo: "Você acha que eu nasci ontem?" Neste caso, a pessoa que ouve a pergunta já sabe a resposta, no entanto, a pergunta é feita apenas para causar um impacto. No exemplo anterior, a pessoa que pergunta pretende informar o ouvinte que ela não é burra ou ingênua, e que não pode ser enganada facilmente.

     

    https://www.significados.com.br/retorica/

     

     

     

    Letra C

     

     

     

    https://www.youtube.com/channel/UCBY27FNGgRpPa-PgFubwjPQ

  • Algum colega sabe dizer qual a diferença entre "estratégia de progressão textual" e de "progressão temática" (se realmente houver)? Procurei na internet e não achei resposta clara. Desde já agradeço.

  • Discordo do gabarito, pois a repetição do referido termo indica o estílo de escrita do autor.

    Alguém que queira contribuir para enriquecer?


ID
2535856
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

Considere o trecho:


Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais (1). Não se trata de desenvolver uma pedagogia (2) que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades (3), mas (4) de uma pedagogia (5) que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público (6).


Assinale a opção que classifica, adequada e respectivamente, as orações enumeradas de 1 a 6.

Alternativas
Comentários
  • No modo atalho, basta identificar que a frase: Não se trata de desenvolver uma pedagogia (2) é subordinada substantiva objetiva indireta para acertar a questão. Claro que sempre é recomendável aplicar todo conhecimento.

     

     

     

    Letra B

     

     

    Qcom - Questão comentada

    https://www.youtube.com/channel/UCBY27FNGgRpPa-PgFubwjPQ

  • LETRA B.

    Parece claro hoje (ISSO PARECE CLAROque o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais (sujeito = ISSO(1: oração subordinada substantiva SUBJETIVA). Não se trata de desenvolver uma pedagogia (objeto indireto = DISSO) (2: oração subordinada substantiva OBJETIVA INDIRETA) que (pronome relativo, retoma uma pedagogia) se concentre nas formas léxico- gramaticais típicas dessas variedades (3: oração subordinada adjetiva RESTRITIVA), mas (4: oração coordenada sindética ADVERSATIVA) de uma pedagogia (trata DISSO = de uma pedagogia) (5: oração subordinada substantiva OBJETIVA INDIRETA ) que (pronome relativo, retoma uma pedagogia) integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público (6: oração subordinada adjetiva RESTRITIVA).

  • Verbo tratar= VTI VTI + se = se é índice de indeterminação do sujeito Frase com sujeito e indeterminado e VTI= oração subordinada objetiva indireta
  • Pessoal, não entendi porque a oração 2 é Subordinada substantiva objetiva indireta e não Direta.

  • Junior S, pela preposição "de".

    Quem trata, trata de algo/alguém/alguma coisa.

  • ISSO Parece claro ISSO hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais (1).  Não se trata DISSO de desenvolver uma pedagogia (2) A QUAL que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades (3), MAS (4) DISSO de uma pedagogia (5) A QUAL que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público (6).

    Primeiro - identificar o verbo ou o nome diante dos pronomes: ISSO/ESSE, A ISSO/A ESSE, NISSO/NESSE, DISSO/DESSE e QUAL.

    Segundo: substituir a oração subordinada por um dos pronomes.

    Terceiro: Classificar o pronome diante do verbo ou do nome.

    ISSO/ESSE - Geralmente para Objeto Direto [diante do verbo] ou Sujeito. (sempre teste o ISSO antes do verbo) Se a frase ficar coesa, geralmente é um sujeito. Outra questão é que, se o termo retomado estiver depois de dois pontos, será um aposto ou uma apositiva.

    A ISSO/A ESSE- Geralmente para Objeto Indireto [diante do verbo]

    NISSO/NESSE- Geralmente para Objeto Indireto [diante do verbo]

    DISSO/DESSE - Geralmente para Objeto Indireto [diante do verbo] ou Complemento Nominal [diante do nome] ou adjunto adnominal [diante do nome].

    QUAL - Geralmente para subordinada adjetiva [diante do nome].


ID
2535859
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.


O agrupamento nominal essa compreensão configura procedimento coesivo de

Alternativas
Comentários
  • Na Coesão lexical usamos termos que retomam vocábulos ou expressões que já ocorreram, porque existem entre eles traços semânticos semelhantes, até mesmo opostos.

    Dentro da coesão lexical, podemos distinguir a reiteração e a substituição.

    Coesão lexical por reiteração --> repetição de expressões linguísticas; neste caso, existe identidade de traços semânticos.

    Este recurso é, em geral, bastante usado nas propagandas, com o objetivo de fazer o ouvinte/leitor reter o nome e as qualidades do que é anunciado.

    Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/coesao
    Copyright © Portal São Francisco


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ID
2535862
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.


No excerto, os elementos linguísticos em primeiro lugar e em seguida são articuladores

Alternativas

ID
2535865
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

Por isso, parece ser um grande equívoco a afirmação de que a variação linguística não deve ser matéria de ensino na escola básica. Assim, a questão crucial, para nós, é saber como tratá-la pedagogicamente, ou seja, como desenvolver uma pedagogia da variação linguística no sistema escolar de uma sociedade que ainda não reconheceu sua complexa cara linguística e, como resultado da profunda divisão socioeconômica que caracterizou historicamente sua formação (uma sociedade que foi, por trezentos anos, escravocrata), ainda discrimina fortemente pela língua os grupos socioeconômicos que recebem as menores parcelas da renda nacional.

A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma melhor redistribuição da renda nacional.

Obviamente, não se pode compreender a educação apenas como vetor de criação de valor econômico. É preciso vê-la principalmente como uma experiência sociocognitiva que dá acesso amplo ao universo das práticas socioculturais em toda a sua diversidade, universo este em que as linguagens (e a linguagem verbal em especial) têm papel constitutivo.

Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas, ou seja, o conjunto de variedades escritas e faladas constitutivas da chamada norma culta (o que pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo).

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Não se trata de desenvolver uma pedagogia que se concentre nas formas léxico-gramaticais típicas dessas variedades, mas de uma pedagogia que integre o domínio das variedades ao domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala no espaço público. Sabemos fazer isso concretamente? Já conseguimos ir além das asserções de generalidades? Se não, que problemas têm de ser enfrentados e que caminhos concretos seriam viáveis para a construção de uma pedagogia da variedade linguística consequente com as crenças que acabamos de expor?

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Fonte: FARACO, C. A; ZILLES, A. M. S. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 8-9.

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.


No trecho em análise, a palavra deve

Alternativas
Comentários
  • Redação pedante demais a usada pelo examinador

  • Gab A

    O examinador gosta de escrever difícil em vez de elaborar uma questão de compreensão mais profunda

  • Gab A

    O examinador gosta de escrever difícil em vez de elaborar uma questão de compreensão mais profunda

  • Gab A

    O examinador gosta de escrever difícil em vez de elaborar uma questão de compreensão mais profunda

  • Gab A

    O examinador gosta de escrever difícil em vez de elaborar uma questão de compreensão mais profunda

  • Gab A

    O examinador gosta de escrever difícil em vez de elaborar uma questão de compreensão mais profunda

  • se você soubesse o que é deôntico, mataria a questão fácil, pois se refere a um valor moral que expressa uma obrigação ou permissão.

  • Modalização DEÔNTICA: avalia preposições enunciativas, ou seja, dá seu próprio julgamento acerca de algo que foi proferido no texto.


ID
2535868
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todos os recursos da língua – em todos os seus planos (fonológico, morfológico, sintático, semântico, pragmático) e níveis (lexical, frasal, textual-discursivo) – em termos de unidades e estrutura (sejam elas fonológicas, morfológicas, sintáticas, textuais), funcionam como pistas e instruções de sentidos que são coadjuvados nessa função por mecanismos, fatores e princípios. Dessa ação conjunta, surgem os efeitos de sentido possíveis para uma dada sequência linguística usada como texto numa dada situação de interação.


O que se disse anteriormente autoriza afirmar que tudo o que é gramatical é textual e, vice-versa, que tudo o que é textual é gramatical. Assim, quando se estudam aspectos gramaticais de uma língua, estão sendo estudados os recursos de que a língua dispõe para que o falante/escritor constitua seus textos para produzir o(s) efeito(s) de sentido que pretende sejam percebidos pelo ouvinte/leitor e o que afeta essa percepção. Quando são estudados aspectos textuais da língua, estamos estudando como esses recursos funcionam na interação comunicativa [...].

                      Fonte: TRAVAGLIA, L. C. Gramática ensino plural. São Paulo: Cortez, 2003. p. 45.

Do excerto, infere-se:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra "d" fala do ensino de gramática através de textos, de forma textual-interativa.


ID
2535871
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todos os recursos da língua – em todos os seus planos (fonológico, morfológico, sintático, semântico, pragmático) e níveis (lexical, frasal, textual-discursivo) – em termos de unidades e estrutura (sejam elas fonológicas, morfológicas, sintáticas, textuais), funcionam como pistas e instruções de sentidos que são coadjuvados nessa função por mecanismos, fatores e princípios. Dessa ação conjunta, surgem os efeitos de sentido possíveis para uma dada sequência linguística usada como texto numa dada situação de interação.


O que se disse anteriormente autoriza afirmar que tudo o que é gramatical é textual e, vice-versa, que tudo o que é textual é gramatical. Assim, quando se estudam aspectos gramaticais de uma língua, estão sendo estudados os recursos de que a língua dispõe para que o falante/escritor constitua seus textos para produzir o(s) efeito(s) de sentido que pretende sejam percebidos pelo ouvinte/leitor e o que afeta essa percepção. Quando são estudados aspectos textuais da língua, estamos estudando como esses recursos funcionam na interação comunicativa [...].

                      Fonte: TRAVAGLIA, L. C. Gramática ensino plural. São Paulo: Cortez, 2003. p. 45.

Do excerto, depreende-se uma concepção de texto como

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA "A" UM ESPAÇO DE INTERAÇÃO.


ID
2535874
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Para a compreensão global do excerto, o leitor não pode, prioritariamente, prescindir do domínio de conhecimentos relativos a

Alternativas

ID
2535877
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Do excerto, emerge uma proposta de concepção de ensino de língua em que o sujeito deve ser

Alternativas

ID
2535880
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Romper com concepções tradicionais de ensino de língua portuguesa problematizadas no excerto significa conceber a linguagem como um

Alternativas
Comentários
  • Textos como estes, seja do enunciado ou das alternativas, são cheios de vícios de estilo: períodos enormes, termos arcaicos, inversões injustificadas, pedantismo na forma de texto prolixo que disfarça a ausência de conteúdo apelando à complexidade formal. Pena que o examinador não tenha optado por uma linguagem mais clara  avaliando critérios mais interessantes....Enfim, é uma banca que só merece ser considerada se você for fazer uma prova dela, de resto, é melhor nem perder tempo respondendo a estas questões.


ID
2535883
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Considerando o excerto, em uma proposta de ensino que rompe com a tradição escolar,

Alternativas
Comentários

  • A

    a leitura e a escrita são tratadas como práticas sociais situadas e desenvolvidas, dialogicamente, no processo de interação verbal.


ID
2535886
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Considere o trecho:


Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola,(1ª) essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua,(2ª) segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem.


Em relação às vírgulas em destaque, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • num enten enten entendi

  • Gab.: B

    A primeira vírgula está isolando uma expressão adiverbial deslocada, devendo, portanto, usar a vírgula

     

    * ORDEM INVERSA (DESLOCADA) -  "Expressão adverbial + Oração principal" (VÍRGULA OBRIGATÓRIA): Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, (1ª) <---- (EXPRESSÃO ADVERBIAL)  essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua <---- (ORAÇÃO PRINCIPAL) .

     

    -----------------------------------------------

    ORDEM DIRETA:  "Oração principal + Expressão adverbial" (VÍRGULA FACULTATIVA)

    [...] essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua (ORAÇÃO PRINCIPAL) , (2°) segundo* a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem <--- (EXPRESSÃO ADVERBIAL). ------ VÍRGULA FACULTATIVA.

    P.S: segundo* (=conforme).

     

    Logo, a primeira (1ª) sinaliza sintagma deslocado da ordem direta, sendo, portanto, uma exigência da cadeia sintagmática (GABARITO). E NÃO ambas, já que na 2ª parte é facultativo o uso da vírgula

     

    Qualquer retificação no comentário, por gentileza, notifique-me via inbox. 

  • a alternativa C não poderia ser verdadeira sem que a B também o fosse

  • Emerson R  Raciocínio Lógico hein mano kkkkkk

  • Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola,(1ª) essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua,(2ª) segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem

    Em relação às vírgulas em destaque, é correto afirmar: 

     a) a segunda (2ª) sinaliza pausa expressiva de valor estilístico, constituindo-se, portanto, como um uso não previsto pelas convenções.  FALSO

     b) a primeira (1ª) sinaliza sintagma deslocado da ordem direta, sendo, portanto, uma exigência da cadeia sintagmática. VERDADEIRO, POIS A VÍRGULA É UTILIZADA PARA SEPARAR UM ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR. 

     c) ambas sinalizam sintagmas deslocados da ordem direta, sendo, portanto, uma exigência da cadeia sintagmática. ERRADO, A SEGUNDA É UMA ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA, LOGO É OPCIONAL A SUA UTLIZAÇÃO.

     d) ambas sinalizam pausas expressiva de valor estilístico, constituindo-se, portanto, como um uso não previsto pelas convenções. NÃO É ESTILÍSTTICO


ID
2535889
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Considere o trecho:


Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Assinale a opção que, pluralizando-se o elemento linguístico destacado no trecho, atende às convenções da norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • Não sei que necessidade essa banca tem em dificultar a vida de nós concurseiros,com questões tão difíceis =(

  • Letra b  e a alternativa correta, errei tinha optado pela letra C.

  • Pare de reclamar Suelma, o cargo é para Professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, você queria o quê? Perguntinhas de assistente administrativo?

    Vai estudar.

  • Para compreender melhor a concordância do trecho no plural é só ler dessa forma:

    (...) resta aos alunos leitores/produtores de textos ocuparem o lugar que lhes é destinado institucionalmente

    (...) resta aos alunos leitores/produtores de textos reconhecerem a historicidade constitutiva da linguagem

    (...) resta aos alunos leitores/produtores de textos (re)construírem as suas próprias histórias de leitura e escrita.

    Alternativa correta:

    (B) Nesse sentido, resta aos alunos leitores/produtores de textos ocuparem o lugar que lhes é destinado institucionalmente, sem que lhes seja permitido reconhecerem a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construírem as suas próprias histórias de leitura e escrita.


ID
2535892
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que (1) esse cruzamento entre instituições que (2) se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que (3) se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que (4) orientam as abordagens de ensino em sala de aula.


O elemento linguístico em destaque foi usado, em

Alternativas
Comentários
  • Letra D Gabarito

    (1) Conjunção integrante e o Verbo Considerar é um verbo transitivo direito, logo exige o objeto direto.

  • LETRA D

     

    Algumas funções do que:

     

    conjunção coordenativa aditiva: liga orações e tem valor próximo da conjunção “e”.

    Exemplo: Diz que diz, mas não faz nada!



     conjunção coordenativa explicativa: valor próximo de “pois”.

    Exemplo: Devemos nos amar, que o ódio consome e destrói a alma.

     

     

     conjunção subordinativa integrante: introduz oração subordinada substantiva.

    Exemplo: Ficou claro que você não vai mais discutir o mesmo assunto. /



     conjunção subordinativa causal: valor próximo de “porque”.

    Exemplo: Corram, que o tornado está próximo da nossa cidade!

     

     

    conjunção subordinativa temporal: valor próximo de “desde que”.

    Exemplo: Cinco anos passaram que dali fomos embora.



     conjunção subordinativa concessiva: valor próximo de “embora”, “ainda que”
    Exemplo: Que não gostem de nosso companheirismo, continuaremos unidos!

     


     conjunção subordinativa consecutiva: exprime conseqüência.

    Exemplo: Tanto pediu que foi atendido.

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/as-funcoes-morfossintaticas-particula-que.htm

  • To me achando porque acertei umas questão onde o cargo é Professor - Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, hahaah, mais a realidade é outra vamos que vamos, segue o baile, proxima!!!

  • Até acertei a questão, mas ainda não consegui perceber o "que" 4, introduzindo uma oração com função de adjunto adnominal. Alguém para explicar?

  • Diferentes concepções é o sujeito,  que pronome relativo , e  orientam a abordagem de ensino em sala de aula caracteriza ou determina o sujeito , ou seja diferentes concepções , por isso é adjunto adnominal

  • Polly, também não tinha conseguido perceber o 'Que 4' introduzinho uma oração com função de Adj. Adn. Então, fui estudar o assunto.

     

    Adj. Adn. é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste.
     

    Adj. Adn. pode vir expresso por adjetivo, locução adjetiva, artigo, pronome adjetivo, numeral e por ORAÇÃO ADJETIVA.

     

    QUESTÃO - "...diferentes concepções que (4) orientam as abordagens de ensino em sala de aula". - ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA DESENVOLVIDA (TODA ORAÇÃO SUBORD. ADJETIVA É ADJUNTO ADNOMINAL ORACIONAL).

     

    (Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo - 7ª edição. Celso Cunha e Lindley Cintra)

  • Quando o Pronome Relativo (que) aparece, geralmente a oração a que ele está inserido, desempenha a função sintática de Adjunto Adnominal. Por isso o QUE (4) desempenha função sintática de Adj.Adn

  • D) (1) Conjunção subordinativa integrante, introduzindo uma oração que exerce função sintática de objeto direto; e, em (4), como pronome relativo, introduzindo uma oração que exerce função sintática de adjunto adnominal.

     

    A questão não pede a função sintativa do pronome relativo "que" no (4), mas sim  a função da oração, que são classificadas assim:

    Substantivas: Sujeito, Objeto direto, Objeto Indireto, Complemento Nominal, Aposto, Verbo de Ligação..

    Adjetivas: ADJUNTO ADNOMINAL (somente)

    Adverbiais: Tempo, lugar, finalidade, causa, consequência ...


ID
2535895
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em muitas concepções tradicionais de leitura e de escrita que são veiculadas na escola, essas práticas são relacionadas a uma concepção de linguagem ingênua, segundo a qual haveria uma relação transparente e unívoca entre pensamento e linguagem. Como decorrência, vemos que a instituição escolar se torna o espaço para que sejam reproduzidos os usos linguísticos autorizados com a palavra escrita e, por isso mesmo, autoritários. Nesse sentido, resta ao aluno leitor/produtor de textos ocupar o lugar que lhe é destinado institucionalmente, sem que lhe seja permitido reconhecer a historicidade constitutiva da linguagem e (re)construir a sua própria história de leitura e escrita.


Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que esse cruzamento entre instituições que se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que orientam as abordagens de ensino em sala de aula.

Fonte: MATENCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994. p. 66.

Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem. Considero que (1) esse cruzamento entre instituições que (2) se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que (3) se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que (4) orientam as abordagens de ensino em sala de aula.


Considerando a tradição gramatical e a organização sintática do trecho, identificam-se dois períodos:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

     

     Considero (ISSO - ordem indireta/ sujeito oracional )que (conj)  esse cruzamento entre instituições que(os quais-pron.relati.)  se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que(conj) (3) se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções (aqui termina o primeiro período na ordem inversa) que  orientam as abordagens de ensino em sala de aula (o pronome relativo que sempre vai introduzr uma oração subordinada adjetiva, nesse caso aqui é restritiva) 2º período na ordem direta

     

    Acredito que a análise deve ser feita aonde tem as conjunções e pronomes relativos em destaque.

     

    Tentei ver a primeira oração como subordinada adverbial, porém não consegui passar pra ordem direta!

     

    Pedi ajuda ao professor!

  • 1º período: Pensando nessas questões, acredito ser fundamental a inclusão da historicidade em qualquer análise sobre a linguagem.

    Há uma oração subordinada adverbial no início, logo, há ordem indireta - inversão sintática- bem como as orações são ligadas por relação de subordinação.

     

    2º período: Considero que (1) esse cruzamento entre instituições que (2) se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite que (3) se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que (4) orientam as abordagens de ensino em sala de aula. 

    É possível ver que há subordinação ao notar que (2) é pronome relativo introduzindo uma subordinada adjetiva restritiva. Além disso, não há inversão sintática.

  • Não consegui vizualizar a subordinação no 1o período... Alguém me explica?

  • Denilson, a primeira oração está reduzida de gerúndio.

    Seria equivalente a: "Quando penso nessas questões..."

  • Gisele Canto, poderia tirar uma dúvida,por favor. na terceira oração você diz que é oração que exerce função sintática de adjunto adnominal, mas eu também vejo como oração adjetiva restritiva. Estou certo? Obrigado

  • Certinha a Taylor. A primeira reduzida de gerúndio e a outra subordinada na ordem direta, normal (sem muitas dificuldades).

  • LETRA B

    A questão é de uma sutileza bacan, muito bem montada. Ao contrário do Neto JQN, eu tive dificuldades, tanto que errei.

    Alisson Goes, nem uma nem outra. O 3º QUE é uma CONJUNÇÃO INTEGRANTE, logo exclui as duas possibilidades. Veja:
    Considero que (1) esse cruzamento entre instituições que (2) se encarregam de atribuir significados à escrita e à leitura permite ISTO.
    ISTO O QUÊ?que (3) se visualizem algumas das contradições entre diferentes concepções que (4) orientam as abordagens de ensino em sala de aula.
     
    O verbo PERMITIR é VTD, nesse caso: A atribuição de significados PERMITE ALGO.
    Logo estamos diante de uma ORAÇÃO SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA.

    @concursandodeti

  • Como saber que é uma oração subordinada subjetiva e não objetiva direta?

  • PESSOAL, NÃO VAMOS ABALAR COM ESSA QUESTÃO, ELA É BEM ESPECÍFICA POIS SE ANALISAREM, A MESMA É PARA PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA. ABRAÇO A TODOS E BONS ESTUDOS!


ID
2535898
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o excerto:


Podem-se destacar alguns pontos positivos e simultaneamente negativos da adoção da história da Literatura no ensino tal qual se tem cristalizado: 1. resolve o problema da seleção de obras, pois constitui um corpus definido e nacionalmente instituído, mas elimina as peculiaridades regionais; 2. resolve o problema da falta de preparação e de conhecimento literário que possa existir entre os professores, já que esses lidam com a reprodução de uma crítica institucionalizada, porém esse procedimento impede o professor de ser ele próprio um leitor crítico e estabelecer suas próprias hipóteses de leitura para abraçar as investidas mais livres de seus alunos na leitura; 3. permite cobrir um tempo extenso, numa linha que vai do século XII ao século XXI, destacando momentos reconhecidos da tradição literária, porém tal extensão torna-se matéria para simplesmente decorar as características barrocas, românticas, naturalistas etc. confundem-se freneticamente, sem nada ensinar; 4. permite tomar conhecimento de um grande número de títulos e autores, mas, em virtude da quantidade e variedade, a leitura do livro é inviabilizada e entendida como secundária; e 5. permite ao aluno o reconhecimento de características comuns a um grande número de obras, porém obriga a obra a se ajustar às peculiaridades da crítica e não o contrário

Fonte: BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. (OCEM). Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006. p. 76.


Uma proposta de ensino capaz de romper com os aspectos negativos apontados no excerto deve assumir, primordialmente, uma concepção de literatura como fenômeno

Alternativas
Comentários
  • letra A - cultural, histórico e social, instrumento político revelador de contradições e conflitos da realidade humana.

  • ta parecendo a FGV

    fundação getúlio vidente


ID
2535901
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Considere os excertos:


(I)

[...] no Brasil, contribuiu de maneira importante pelo fato de ter dado posição privilegiada ao meio e à raça como forças determinantes. Ora, meio e raça eram conceitos que correspondiam a problemas reais e a obsessões profundas, pesando nas concepções dos intelectuais e constituindo uma força impositiva em virtude das teorias científicas do momento [...].

Fonte: CANDIDO, A. O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993. p. 152.


(II)

[...] o homem ocidental não mais se conformava em abrir mão das virtualidades da vida terrena que o humanismo [...] e o alargamento espacial da Terra lhe revelaram. Por isso, o conflito entre o ideal de fuga e renúncia do mundo e as atrações e solicitações terrenas. Diante do dilema, em vez da impossível destruição, tentou a conciliação, a incorporação, a absorção.

Fonte: COUTINHO, A. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1990. p. 99.


(III)

[...] A interação familiar, a educação da infância, as relações homem-mulher e homem-paisagem, a vida em sociedade, as instituições políticas e religiosas, tudo vai mudando de imagem e de significado no nível da consciência. Estilhaça-se o espelho em que esta reflete e prolonga a cultura recebida. E os cacos, ainda não rejuntados por uma nova ideologia explícita, vão-se dispondo em mosaico quando os apanha o andamento de uma prosa solta, rápida, impressionista.

Fonte: BOSI, A. Céu, inferno. São Paulo: Duas Cidades, 2010. p. 212-213.


(IV)

A fluência ardorosa do tempo, o gosto pelo nebuloso e antigo, a busca de consolidação da identidade nacional, o rosto pátrio, a afirmação de seus primeiros habitantes, [...], o uso da canção de verso breve, o folhetim, a comédia, certa tendência declamatória e a exploração fremente do sentimento sobre a razão.

Fonte: NEJAR, C. História da literatura brasileira: da carta de Caminha aos contemporâneos. São Paulo: Leya, 2011. p. 93.


Tendo em vista os estilos de época da literatura brasileira, os excertos destacados abordam, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • GAB A

     

     

  • O excerto I demonstra a preocupação do realismo em expressar a denúncia aos problemas como são vividos na realidade, no trecho: "meio e raça eram conceitos que correspondiam a problemas reais"

    O excerto II explicita o conflito entre fé e prazer pagão do homem barroco

    O excerto IV deixa claro que é romastismo ao afirmar "consolidação da identidade nacional, o rosto pátrio, a afirmação de seus primeiros habitantes". O romantismo foi o primeiro gênero da Era Nacional, tendo como objetivo divulgação dos elementos locais (indianismo).
    E, no final, quando expressa "sentimento sobre a razão" deixa claro a crítica do gênero ao Arcadismo que foi influenciado pelo iluminismo.


ID
2535904
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Transpuseram a prosa formal, inovaram a ficção, dominaram a força dos gêneros, reformularam a sintaxe e poetizaram o romance brasileiro.


Trata-se dos escritores

Alternativas
Comentários
  • Apesar das significativas diferenças entre as narrativas de Rosa e de Clarice, ambos apresentam algumas posturas comuns, como a insubordinação aos processos romanescos de até então (não seguiram o romance regionalista e psicológico da década de 1940) e a utilização diferenciada da linguagem. Por isso (e por outras razões), esses dois escritores são considerados instrumentalistas, o que significa dizer que trabalhavam, da forma mais artesanal e criativa possível, a linguagem, a palavra. As diferenças entre Rosa e Clarice aparecem no fato de ele ter a realidade e o mundo mítico do sertanejo como referenciais, ao passo que ela toma como fio condutor de suas narrativas o mergulho na alma de personagens isolados e problemáticos, sem muito referencial na realidade.

  • Gabarito C Clarice Lispector e Guimarães Rosa.

ID
2535907
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Considere os excertos de poemas da literatura brasileira:


(I)

Lembro-me bem. A ponte era comprida,

E a minha sombra enorme enchia a ponte,

Como uma pele de rinoceronte

Estendida por toda a minha vida!


(II)

Se se pudesse o espírito que chora

Ver através da máscara da face,

Quanta gente, talvez, que inveja agora

Nos causa, então piedade nos causasse!


(III)

O Eden alli vai n’aquella errante

Ilhinha verde – portos venturosos

Cantando à tona d’água, os tão mimosos

Simplices corações, o amado, o amante.


(IV)

Existe um povo que a bandeira empresta

Para cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nesta festa

Em manto impuro de bacante fria!...


Em relação aos excertos, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Os versos do trecho I pertence ao poema "As cismas do destino" de Augusto dos Anjos



    Recife. Ponte Buarque de Macedo. 
    Eu, indo em direção à casa do Agra, 
    Assombrado com a minha sombra magra, 
    Pensava no Destino, e tinha medo! 

    Na austera abóbada alta o fósforo alvo 
    Das estrelas luzia... O calçamento 
    Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento, 
    Copiava a polidez de um crânio calvo. 

    Lembro-me bem. A ponte era comprida, 
    E a minha sombra enorme enchia a ponte. 
    Como uma pele de rinoceronte 
    Estendida por toda a minha vida! 

    [...]

    Poeta pré-modernista

    Augusto dos Anjos vivenciou a época do parnasianismo e simbolismo e das influências destas escolas literárias através de seus escritores, como: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Cruz e Souza, Graça Aranha, dentre outros. Porém, o único livro do escritor, intitulado “Eu”, trouxe inovação no modo de escrever, com idéias modernas, termos científicos e temáticas influenciadas por sua multiplicidade intelectual. Pela divergência dos assuntos tratados pelo autor em seus poemas em relação aos dos autores da época, Augusto dos Anjos se encaixa na fase de transição para o modernismo, chamada de pré-modernismo.

    http://brasilescola.uol.com.br/literatura/augusto-dos-anjos-1.htm

  • IV

    E existe um povo que a bandeira empresta
    P'ra cobrir tanta infâmia e covardia!...
    E deixa-a transformar nessa festa
    Em manto impuro de bacante* fria!...
    Meu Deus! Meu Deus! mas que bandeira é esta
    Que impudente* na gávea tripudia?! ...
    Silêncio!... Musa! Chora, chora tanto,
    Que o pavilhão se lave no teu pranto...

    Castro Alves - Navio Negreiro. Terceira fase do Romantismo brasileiro

    III

     

    Se se pudesse o espírito que chora

    Ver através da máscara da face,

    Quanta gente, talvez, que inveja agora

    Nos causa, então piedade nos causasse!

    Raimundo Correira - Parnasianismo Brasileiro. Não necessariamente revela um controle da emoção. Exauta. Não há tanto preocupação com o conteúdo e sim com a forma.

    III

    O Eden alli vai n’aquella errante

    Ilhinha verde – portos venturosos

    Cantando à tona d’água, os tão mimosos

    Simplices corações, o amado, o amante.

    Sousândrade - Terceira geração romântica brasileira. 

    Inscrito cronologicamente dentro do movimento romântico, Sousândrade não escapou plenamente desse ideário. Na concepção de Williams (1976, p. 75), “Sousândrade foi um poeta romântico, modelado e desenvolvido pelo romantismo nacional e internacional”. Se pensarmos Sousândrade pelo prisma romântico, podemos perceber em sua obra a marca de sua época. A constante aproximação do cenário exótico da “pátria” ao jardim do Éden, ponto de pureza natural presente no livro do Gêneses, leva a uma idealização tipicamente romântica, pois o território nacional é comparado a um elemento de absoluta pureza. Tal postura implica um nacionalismo latente, pois o elemento natural, visto como ponto de afirmação da individualidade, passa a ser adorado enquanto índice de brasilidade.

     

     


ID
2535910
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Considere o excerto:


Romantismo, indianismo, nativismo e paixão pela cultura popular vingaram no mesmo clima de emancipação do Antigo Regime. O processo atravessou duas ou três gerações e, embora tenha sido mais agudo no período das independências, persistiu até o século seguinte, resistindo bravamente às ondas cosmopolitas do pensamento evolucionista, aqui ajustadas e filtradas de tal modo que se misturaram generosamente com o folclorismo romântico.

No Brasil, trabalhos de levantamento e transcrição dos materiais de base foram empreendidos por José de Alencar, Juvenal Galeno, Celso de Magalhães, Couto de Magalhães, Sílvio Romero, João Ribeiro e, no século XX, por Amadeu Amaral, Mário de Andrade, Renato Almeida, Lindolfo Gomes, Augusto Meyer, Câmara Cascudo, Gustavo Barroso, Cavalcanti Proença, Oswaldo Elias Xidieh, Theo Brandão, Ariano Suassuna e tantos outros. Colheram todos a relação entre os agentes da cultura não letrada, quase sempre anônimos, e a palavra oral, pois o imaginário popular se exprimiu, durante séculos, abaixo do limiar da escrita.

No conjunto, o que aconteceu foi uma verdadeira operação de passagem, pela qual o letrado brasileiro foi incorporando ao repertório do leitor culto os signos e as imagens de um estilo de vida interiorano, rústico e pobre. Valorizando estética e moralmente as tradições populares, carreava-se a água para o moinho das identidades regionais e, no limite, da identidade nacional.

Fonte: BOSI, A. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 259-260.


O personagem da literatura brasileira que melhor ilustra essa operação de passagem, contribuindo, significativamente, para a construção da identidade regional e nacional configura-se em

Alternativas
Comentários
  • Fabiano, o brabo. Vidas secas


ID
2535913
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Considere os comentários:


(I)

Obra inovadora, uma narrativa poética, na qual plantas, pássaros e insetos são apresentados de forma afetiva. Constitui um romance de costumes que traz a vida e a morte de pequenos animais. Esses vivem em uma chácara urbana, onde a batalha pela vida pode significar a luta pela sobrevivência humana.


(II)

Currais Novos e o Seridó são o ambiente dessa narrativa em primeira pessoa. O narrador é um menino do sertão que vem morar na cidade para estudar. A linguagem apresenta-se duramente poética, sem rodeios, confrontando o rural e o urbano.


(III)

A narrativa desenvolve-se na Natal do início do século XX, período em que a cidade sofreu grandes transformações impulsionadas pelos ecos de uma modernidade que acontecia nas grandes metrópoles. A personagem principal, de comportamento, supostamente, transgressor, acaba se rendendo às imposições sociais e abdicando de seus desejos.


(IV)

A transformação da personagem principal, um sertanejo submisso e libidinoso da região do Seridó, é motivo para tornar visíveis elementos tradicionais dessa região norte-rio-grandense. A narrativa, construída à semelhança das narrativas de cordel, evidencia mitos, lendas e diversas figuras que compõem a cultura popular.

Fonte: FUNCERN, 2017.


Considerando o percurso da prosa da literatura do Rio Grande do Norte, os comentários referem-se, respectivamente, aos seguintes romances:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão foi pra reprovar mesmo, kkkkkkkkkkkkkkk nunca ouvi falar nessas obras!

  • questão fechada, só sabe responder, e olhe lá, quem for da região de RN.


ID
2535916
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

BANHO (RURAL)


De cabaça na mão, céu nos cabelos

à tarde era que a moça desertava

dos arenzés da alcova. Caminhando


um passo brando pelas roças ia

nas vingas nem tocando; reesmagava

na areia os próprios passos, tinha o rio


com margens engolidas por tabocas,

feito mais de abandono que de estrada

e muito mais de estrada que de rio


onde em cacimba e lodo se assentava

água salobre rasa. Salitroso

era o também caminho da cacimba


e mais: o salitroso era deserto.

A moça ali perdia-se, afundava-se

enchendo o vasilhame, aventurava


por longo capinzal, cantarolando:

desfibrava os cabelos, a rodilha

e seus vestidos, presos nos tapumes


velando vales, curvas e ravinas

(a rosa de seu ventre, sóis no busto)

libertas nesse banho vesperal.


Moldava-se em sabão, estremecida,

cada vez que dos ombros escorrendo

o frio d'água era carícia antiga.


Secava-se no vento, recolhia

só noite e essências, mansa carregando-as

na morna geografia de seu corpo.


Depois, voltava lentamente os rastos

em deriva à cacimba, se encontrava

nas águas: infinita, liquefeita.


Então era que a moça regressava

tendo nos olhos cânticos e aromas

apreendidos no entardecer rural.

                                     Fonte: MAMEDE, Z. O arado. Rio de Janeiro: São José, 1954. p.17-18.


O BANHO DA CABLOCA


Teima dos sapos...

Chiado dos ramos nos balcedos...

Chóóóóó... da levada...

— Noitinha —

Acocorada num cepo põe sobre os cabelos compridos

As primeiras cuias d’água: — Choá! Choá! Choá” —


A lua treme n’água remexida...


Ruque! ruque! das mãos esfregando as carnes rijas...

Um pedaço de canção alegra o banho...

E a teima dos sapos: — foi! Não foi!

E a camisa é posta sobre a carne molhada e nova

E a sombra passa entre as árvores — ligeira — úmida e morna —

Num pedaço de canção que alegrou o banho...

Fonte: FERNANDES, J. Livro de poemas. Introdução, organização e notas de Maria Lúcia de Amorim Garcia. 5. ed. Natal: EDUFRN, 2008. p. 49. 

Os dois poemas manifestam

Alternativas

ID
2535919
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

BANHO (RURAL)


De cabaça na mão, céu nos cabelos

à tarde era que a moça desertava

dos arenzés da alcova. Caminhando


um passo brando pelas roças ia

nas vingas nem tocando; reesmagava

na areia os próprios passos, tinha o rio


com margens engolidas por tabocas,

feito mais de abandono que de estrada

e muito mais de estrada que de rio


onde em cacimba e lodo se assentava

água salobre rasa. Salitroso

era o também caminho da cacimba


e mais: o salitroso era deserto.

A moça ali perdia-se, afundava-se

enchendo o vasilhame, aventurava


por longo capinzal, cantarolando:

desfibrava os cabelos, a rodilha

e seus vestidos, presos nos tapumes


velando vales, curvas e ravinas

(a rosa de seu ventre, sóis no busto)

libertas nesse banho vesperal.


Moldava-se em sabão, estremecida,

cada vez que dos ombros escorrendo

o frio d'água era carícia antiga.


Secava-se no vento, recolhia

só noite e essências, mansa carregando-as

na morna geografia de seu corpo.


Depois, voltava lentamente os rastos

em deriva à cacimba, se encontrava

nas águas: infinita, liquefeita.


Então era que a moça regressava

tendo nos olhos cânticos e aromas

apreendidos no entardecer rural.

                                     Fonte: MAMEDE, Z. O arado. Rio de Janeiro: São José, 1954. p.17-18.


O BANHO DA CABLOCA


Teima dos sapos...

Chiado dos ramos nos balcedos...

Chóóóóó... da levada...

— Noitinha —

Acocorada num cepo põe sobre os cabelos compridos

As primeiras cuias d’água: — Choá! Choá! Choá” —


A lua treme n’água remexida...


Ruque! ruque! das mãos esfregando as carnes rijas...

Um pedaço de canção alegra o banho...

E a teima dos sapos: — foi! Não foi!

E a camisa é posta sobre a carne molhada e nova

E a sombra passa entre as árvores — ligeira — úmida e morna —

Num pedaço de canção que alegrou o banho...

Fonte: FERNANDES, J. Livro de poemas. Introdução, organização e notas de Maria Lúcia de Amorim Garcia. 5. ed. Natal: EDUFRN, 2008. p. 49. 

Em relação aos poemas, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GAB.D


ID
2535922
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

BANHO (RURAL)


De cabaça na mão, céu nos cabelos

à tarde era que a moça desertava

dos arenzés da alcova. Caminhando


um passo brando pelas roças ia

nas vingas nem tocando; reesmagava

na areia os próprios passos, tinha o rio


com margens engolidas por tabocas,

feito mais de abandono que de estrada

e muito mais de estrada que de rio


onde em cacimba e lodo se assentava

água salobre rasa. Salitroso

era o também caminho da cacimba


e mais: o salitroso era deserto.

A moça ali perdia-se, afundava-se

enchendo o vasilhame, aventurava


por longo capinzal, cantarolando:

desfibrava os cabelos, a rodilha

e seus vestidos, presos nos tapumes


velando vales, curvas e ravinas

(a rosa de seu ventre, sóis no busto)

libertas nesse banho vesperal.


Moldava-se em sabão, estremecida,

cada vez que dos ombros escorrendo

o frio d'água era carícia antiga.


Secava-se no vento, recolhia

só noite e essências, mansa carregando-as

na morna geografia de seu corpo.


Depois, voltava lentamente os rastos

em deriva à cacimba, se encontrava

nas águas: infinita, liquefeita.


Então era que a moça regressava

tendo nos olhos cânticos e aromas

apreendidos no entardecer rural.

                                     Fonte: MAMEDE, Z. O arado. Rio de Janeiro: São José, 1954. p.17-18.


O BANHO DA CABLOCA


Teima dos sapos...

Chiado dos ramos nos balcedos...

Chóóóóó... da levada...

— Noitinha —

Acocorada num cepo põe sobre os cabelos compridos

As primeiras cuias d’água: — Choá! Choá! Choá” —


A lua treme n’água remexida...


Ruque! ruque! das mãos esfregando as carnes rijas...

Um pedaço de canção alegra o banho...

E a teima dos sapos: — foi! Não foi!

E a camisa é posta sobre a carne molhada e nova

E a sombra passa entre as árvores — ligeira — úmida e morna —

Num pedaço de canção que alegrou o banho...

Fonte: FERNANDES, J. Livro de poemas. Introdução, organização e notas de Maria Lúcia de Amorim Garcia. 5. ed. Natal: EDUFRN, 2008. p. 49. 

Considere o trecho:


velando vales, curvas e ravinas

(a rosa de seu ventre, sóis no busto)

libertas nesse banho vesperal.


Na tessitura poética do trecho, o uso dos parênteses evidencia

Alternativas
Comentários
  • D dados textuais anteriores.

  • O uso do parênteses nesse caso foi empregado para "explicar" dados anteriores do texto.

  • Pessoal, não consegui entender o porquê do gabarito dessa questão. Me explique, quem souber, por favor.

  • (a rosa de seu ventre, sóis no busto)

    A parte sóis no busto, parte superior do rosto, se refere a essa passagem do texto:

    "céu nos cabelos

    à tarde era que a moça desertava

    dos arenzés da alcova"


ID
2536075
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Orientando-se pelas concepções defendidas no Projeto Político-Pedagógico ̶ PPP, é imprescindível que o conteúdo acadêmico curricular para a educação profissional e tecnológica ofertada no IFRN 

Alternativas
Comentários
  • esteja associado e integrado à temática trabalho, na perspectiva de formação humana integral, constituindo-se nos fundamentos das ações da educação, da cultura, da ciência e da tecnologia.


ID
2548294
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O IFRN, de natureza jurídica de autarquia e detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, declara e assume oficialmente a função social de

Alternativas
Comentários
  • Letra D e a resposta correta, pensei que fosse outra alternativa a letra A confunde um pouco.


ID
2548831
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Com a publicação da Lei n. 11.892/2008, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica adquiriu uma nova institucionalidade, passando a articular educação básica, superior e profissional, de forma pluricurricular e multicampi. Como Instituição integrante dessa Rede, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte-IFRN vem ampliando as suas ofertas pelos diversos campi, contemplando modalidades e ofertas distintas.


Considerando essa abrangência e as normatizações estabelecidas no Projeto Político-Pedagógico da Instituição, todas as ofertas do IFRN devem organizar-se por meio de 

Alternativas
Comentários
  • letra B


ID
2548837
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em sua dimensão pedagógica, o Projeto Político-Pedagógico ̶PPP do IFRN prevê princípios e diretrizes norteadores de ações pedagógicas a serem desenvolvidas em sintonia com a pedagogia crítica.


Ancorando-se nesse documento institucional, são princípios orientadores da prática pedagógica do IFRN

Alternativas

ID
2548840
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A organização curricular dos cursos técnicos de nível médio no IFRN tanto se ancora em bases filosóficas, epistemológicas, metodológicas, socioculturais e legais como se orienta em concepções de sociedade, trabalho, cultura, educação, ciência e tecnologia e ser humano. Essa orientação expressa-se nos fundamentos e nos princípios do currículo integrado assumido pelo Projeto Político-Pedagógico Institucional.


Guiando-se por esse referencial, uma organização curricular situada sob tais bases deve reger-se, dentre outros, pelos seguintes princípios:

Alternativas
Comentários
  • Letra A alternativa correta. Como se trata de IFS pensei que a alternativa estava mais relacionada ao trabalho.


ID
2548843
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No Brasil, a Educação Profissional e a Educação de Jovens e Adultos ̶EJA, duas das modalidades de ensino previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ̶LDB (Lei n. 9.394/1996), passaram a ocupar maior espaço nas agendas da política educacional a partir dos anos de 1990.


Nesse contexto, há um Programa considerado pioneiro, instituído por decreto do Governo Federal em 2005 e redimensionado em 2006. Apresenta como uma das finalidades a elevação da escolaridade dos brasileiros e concebe a escola como locus integrante e atuante nas dinâmicas sociais. Trata-se do Programa

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Histórico

    O Proeja foi criado inicialmente pelo , de 24/06/2005 e denominado como Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos.

    Sua criação foi uma decisão governamental de atender à demanda de jovens e adultos pela oferta de , da qual em geral são excluídos, bem como, em muitas situações, do próprio ensino médio.

    O programa teve inicialmente como base de ação a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

    Por meio do , de 13 de julho de 2006, é ampliado em termos de abrangência e aprofundado em seus princípios pedagógicos, passando a se chamar Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

    Modalidades

    Passa assim, a contemplar os seguintes  na modalidade de educação de jovens e adultos:

    1-  Educação profissional técnica integrada ao ensino médio;

    2-  Educação profissional técnica concomitante ao ensino médio;

    3-  Qualificação profissional, incluindo a formação inicial e continuada integrada ao ensino fundamental;

    4-  Qualificação profissional, incluindo a formação inicial e continuada concomitante ao ensino fundamental;

    5-  Qualificação profissional, incluindo a formação inicial e continuada integrada ao ensino médio;

    6-  Qualificação profissional, incluindo a formação inicial e continuada concomitante ao ensino médio.

    FONTE:

  • Não sei por que não aparece a fonte e o número do decreto quando clico em "RESPONDER".

  • Não sei por que não aparece a fonte e o número do decreto quando clico em "RESPONDER".


ID
2548846
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a Lei 11.741/2008, a educação profissional técnica de nível médio deve ser desenvolvida em duas formas: articulada com o ensino médio e subsequente.


Essa última forma objetiva ofertar cursos destinados aos estudantes que tenham concluído

Alternativas
Comentários
  • O ensino médio


ID
2548849
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Essa teoria postula que a aprendizagem ocorre quando novas ideias ou informações se relacionam com conceitos relevantes e disponíveis na estrutura cognitiva do estudante predisposto a aprender. Orienta que o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula deve ser flexível em relação à experiência de vida do estudante. Trata-se, ainda, de uma teoria que defende a valorização dos conhecimentos prévios necessários à construção das estruturas mentais, permitindo ao estudante (re)construir conhecimentos de natureza diversa.


Trata-se da teoria da aprendizagem

Alternativas
Comentários
  • Aprendizagem Significativa--->>> Ausubel

  • significativa

ID
2548852
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico ̶PPP do IFRN, uma proposta educativa que vise articular educação profissional e tecnológica, educação básica e educação de jovens e adultos na perspectiva do currículo integrado deve fundamentar-se, teórico-metodologicamente, nos princípios da politecnia, da formação omnilateral, da interdisciplinaridade e da contextualização.


Uma ação educativa pautada por princípios dessa natureza pressupõe um perfil esperado de discentes que abarque, dentre outros, o seguinte aspecto:

Alternativas
Comentários
  • Letra D e a alternativa correta, agente participativo e critico, autonômia intelectual, já diz qual e a resposta.


ID
2548855
Banca
FUNCERN
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Os procedimentos pedagógicos para a Educação de Jovens e Adultos ̶EJA singularizam-se em função da natureza específica do público a que se destinam. Em respeito às especificidades dessa modalidade de ensino, faz-se necessário traçar diretrizes e indicadores metodológicos a fim de auxiliar os estudantes jovens e adultos em suas construções cognitivas.


Nessa direção, o processo ensino-aprendizagem para os estudantes de cursos vinculados à modalidade EJA no IFRN pressupõe, dentre outras, a seguinte orientação:

Alternativas
Comentários
  • Letra C e a correta. Pensei que fosse outra alternativa, logo elaborar materiais de nivelamento para suprir dificuldades tambe´m parecia esta certa.

  • onde está o erro na alternativa B?

  • o prefixo INTRA significa 'dentro de; no interior de;'.

    Não deve ser a partir do conhecimento INTRAescolar, mas sim do conhecimento EXTRAescolar.