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Prova Marinha - 2018 - ESCOLA NAVAL - Aspirante - 2ª Dia


ID
2811097
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Leia o trecho a seguir:


"Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamo-nos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, exibindo logo uma opinião." (7°§)


Marque a opção que apresenta um sinônimo da palavra destacada acima.

Alternativas
Comentários
  • Gabartio B: atividade profissional; ofício, profissão.

  • Sinônimos de mister: ofício, funçãocargocomissãoencargotarefaobrigação.


ID
2811100
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Marque a opção em que o comentário sobre o emprego do grau do adjetivo no termo "nobilíssima"está correto.

Alternativas
Comentários
  • o superlativo absoluto analítico usa-se um advérbio de intensidade, ex: rico = muito rico

    no superlativo absoluto sintético usa-se ,para intensificação,um sufixo, ex: rico = riquíssimo

    gravei assim (analítico de advérbio)

    (sintético de sufixo)

  • GABARITO E

  • Fiquei na dúvida entre as alternativas C e E não lembrei do advérbio de intensidade

    Respondi a C

  • Superlativo relativo: ligado a ideia de comparação. Fulano é mais forte que beltrano.

  • Revisão

    Superlativo Relativo de Superioridade: compara uma parte com um todo

    Analítico: João é mais alto de todos

    Sintético: Este monte é o maior de todos

    Superlativo Relativo de Inferioridade

    EX: Pedro é o menos alto de todos nós

    Superlativo Absoluto Analítico

    EX: A torre é muito alta

    Superlativo Absoluto Sintético

    EX: A torre é altíssima


ID
2811103
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Assinale a opção em que o processo de formação da palavra “inalienável” (3°§) está corretamente indicado.

Alternativas
Comentários
  • INALIENÁVEL , TIRANDO O PREFIXO E O SUFIXO, FICAMOS COM A PALAVRA ALIENAR, POR CAUDA DISSO, NÃO É DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA

    Gab.C

  • Derivação Parassintética

    A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

    Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar. 

    Derivação Regressiva

    A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.

    Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português). 

    Derivação Imprópria

    A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

    Exemplos:

    coelho - substantivo comum, usado como substantivo próprio - Daniel Coelho da Silva. 

    verde, geralmente usado como adjetivo - Comprei uma camisa verde-, é usado como substantivo: O verde do parque comoveu a todos.

    (fonte:https://www.portugues.com.br/gramatica/processos-formacao-palavras-.html)

  • TIRANDO O SUFIXO OU PREFIXO SURGE PELO MENOS UMA PALAVRA DA LÍNGUA PORTUGUESA - "ALIENÁVEL"

  • n existe prefixai que eu saiba é prefixal !

  • inalienável in + aliena + vel alienavel= existe! BIZUUUU ao menos 1 deve existir para ser Prefixal Sufixal! Inaliena= NÃO existe. Mas 1 basta Então é Prefixal Sufixal! Brasil! Marinha!

ID
2811106
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Assinale a opção em que o valor semântico da oração destacada no trecho “Mas sem contrariar a força com que você defende suas próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-ias [...].” (3°§) está corretamente apresentado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: "c";

    ---

    FUNDAMENTO: "[...] sobretudo [PRINCIPALMENTE], defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos", em outras palavras, passa o sentido de "principalmente, eu lhe proporei pensar sobre ... para defender o seu inalienável ...".

    ---

    Bons estudos.

  • Discordo do pensamento do colega M.B.


    Eu substituí o verbo por uma conjunção de cada tipo e a que mais se enquadra, na minha opinião, é a concessiva.


    Vejam:


    Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, EMBORA DEFENDA (defendendo) o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.


  • Também fiz o mesmo Oficial de FA. Não concordo que a finalidade de defender o direito seja não contrariar a força.


    Outra sugestão seria:


    Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, ainda que defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

  • ATE AGORA NÃO SEI O GABARITO DA QUESTÃO..

  • * OBS: bom dia, colegas. A palavra SOBRETUDO tem valor de SUBSTANTIVO ou ADVÉRBIO, não de conjunção. Quando tem valor de ADVÉRBIO, transmite a ideia de ACIMA DE TUDO, PRINCIPALMENTE.

    Se vocês entenderem o SOBRETUDO com a ideia de conjunção concessiva (CONTUDO, NO ENTANTO etc), aí complica.

    Caso eu esteja equivocado, peço que me enviem mensagem privada.

    ---

    * FONTE: "https://www.significados.com.br/sobretudo/".

    ---

    Bons estudos.

  • Vamos lá!

    Novamente, um bizu para todos nós e ir para o texto e analisar tudo.

    defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância...

    Para analisar OSAdv, você deve substituir por outros conectivos.

    Sabendo que o termo sublinhado é a Oração subordinada, você deve procurar a Oração principal.

    Além disso, o verbo está na sua forma nominal, ou seja, a oração está na forma reduzida.

    A- Embora eu defenda o seu inalienável direto de tê-las, eu lhe proporei pensar....

    B- Caso eu defenda o seu inalienável direto de tê-las, eu lhe proporei pensar....

    C- Para que eu defenda seu inalienável direto de tê-las, eu lhe proporei pensar....

    D- À medida que eu defenda o seu inalienável direto de tê-las, eu lhe proporei pensar....

    E -Quando eu defender o seu inalienável direto de tê-las, eu lhe proporei pensar....

    Agora, analise qual faz sentido.

    Obviamente, a alternativa C.


ID
2811109
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Leia a frase abaixo:


“Você me dirá, ainda, do que é capaz para defender a própria opinião." (2°§)


Marque a opção em que o comentário sobre os recursos de coesão empregados na frase acima está correto.

Alternativas
Comentários
  • Ainda não tem função adverbial e sim uma locução denotativa de adição

  • soportugues.com.br/secoes/morf/morf79.php

  • Letra E


ID
2811112
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Assinale a opção correta quanto ao valor semântico estabelecido pelos conectores destacados.

Alternativas
Comentários
  • a) consecutiva

    b)explicativa

    c)tempo

    d)adversativa (trocar por mas)

    e)conclusiva

     


ID
2811115
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Leia o trecho abaixo.


"Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real.” (9°§)


Assinale a opção que apresenta um sentido equivalente ao da expressão destacada acima.

Alternativas
Comentários
  • QUASE=ADV DE INTENSIDADE SE REFERE AO ADVERBIO NUNCA QUE É DE TEMPO E DE NEGAÇÃO AO MESMO TEMPO.

  • A locução adverbial presente na frase: QUASE (advérbio de intensidade e de tempo) NUNCA (advérbio de negação) produz o SENTIDO de que dificilmente aconteça algo. Resposta: letra A.

    Bons estudos!

  • famosa pra nao zerar!

  • Tão óbvia que chegou a ser difícil acreditar.

ID
2811118
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Marque a opção em que o acento indicativo de crase é facultativo.

Alternativas
Comentários
  • é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo.

  • Pronomes possessivos femininos


    minha, tua, sua, nossa

  • * CRASE FACULTATIVA: antes de pronome possessivo feminino NO SINGULAR.

    ---

    Bons estudos.

  • C- "[...] respeito à ‘nossa opinião’ (12°§)

  • 3 casos em que a ocorrência da crase é facultativa:

    1) Antes de pronomes possessivos femininos - Ele se refere a/à minha mãe.

    2) Antes de nomes de mulheres - Eu me referi a/à Joana (Cuidado, se especificar, vai crase: Eu me referi à Joana do Seu Zé).

    3) Depois da palavra "até" - Todos os alunos foram até a/à escola.

    Bons estudos!

  • c) facultativos diante de pronomes possessivos

  • Diante de pronomes possessivos femininos a crase é facultativa.

    Ex: Ele fez referência a (à) minha irmã.


ID
2811121
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Leia o trecho a seguir:


“[...] eu ihe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.” (3°§)


Em que opção a palavra destacada desempenha a mesma função morfossintática que as palavras sublinhadas no trecho acima? 

Alternativas
Comentários
  • eu ihe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.” (3°§)

    .nas duas a particula se, exerce função de conjunção integrante.ai nas alternativas vc procura uma que tem essa função.

    A) Minha prima perguntou se você não está com frio.

    é só substituir o se por (isso).

    minha prima perguntou isso.

  • Eu interpretei a questão da seguinte forma:

    Alternativa A: Minha prima perguntou se você não está com frio -> Conjunção Integrante

    Alternativa B: Irei à apresentação teatral, se não chover, é claro -> Conjunção Subordinada Condicional

    Alternativa C: Não se vê uma criança na rua quando chega a noite -> Partícula Apassivadora

    Alternativa D: A moça se vestiu em traje de gala para a cerimônia -> Pronome Reflexivo

    Alternativa E: Aquele homem deixou-se cair, de tão cansado -> Pronome Reflexivo

    Já que as duas partículas SE destacadas no trecho da questão são conjunções integrantes, a resposta é letra A.

  • o primeiro SE concordo que é Conjunção integrante, entretanto o segundo SE na minha opinião é Conjunção Subordinada Condicional

  • a) conjunção integrante;

    b) conjunção condicional;

    c) partícula apassivadora;

    d) pronome reflexivo;

    e) pronome reflexivo.


ID
2811124
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego do sinal de pontuação está correto, segundo a intencionalidade do autor.

Alternativas
Comentários
  • por que não letra a?

  • Juliana

    A letra( a ) se refere a um QUESTIONAMENTO e não

    um vocativo . Essa ideia de questionamento se da pelo uso da interrogação  .

    Resposta baseada no video QCONCURSOS

  • * GABARITO: "e";

    ---

    * OBSERVAÇÃO:

    d) segundo a professora, possibilita dupla possibilidade de leitura, cada uma com sentido distinto;

    e) a professora concordou com o que foi afirmado na alternativa; contudo, nem no livro da professora Flávia Rita (Português DESCOMPLICADO) achei essa função da reticências.

    ---

    Bons estudos.

  • eu acho que o erro da B é que o aposto é explicativo, e não especificativo

    se estiver errado corrija-me

  • e) Uma das funções das reticencias é incluir com sutileza sugestões, as críticas e os sentimentos do autor

    d)Parenteses sugere uma dupla possibilidade de leitura

    c)Expressa uma revelação com surpresa

    b) Aposto que amplia esse conteudo

    a) Questionamento sobre alguem


ID
2811127
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

No trecho "Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida [...].” (6°§), embora as orações sejam assindéticas, há uma reiação de sentido entre elas. Assinale a opção em que essa relação está corretamente indicada.

Alternativas
Comentários
  • Contraste: Grau marcante de diferença ou oposição entre coisas da mesma natureza,

  • basta observar a ideia de contraste no trecho acima


ID
2811130
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

A repetição dos elementos destacados no trecho “A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza (13°§) constitui um processo denominado:

Alternativas
Comentários
  • Paralelismo: sequências de expressões com estrutura simétrica


    EX: Li toda a informação presente no folheto e no site

  • Gabarito D


    Paralelismo é o nome dado á organização de ideias e expressões de estrutura idêntica


  • Catáfora = uso de um termo ou locução ao final de uma frase para especificar o sentido de outro termo ou locução anteriormente expresso (p.ex.: A noite resumiu-se nisto: comer, beber e conversar ).

    Anáfora = repetição de uma palavra ou grupo de palavras no início de duas ou mais frases sucessivas, para enfatizar o termo repetido.

    Enumeração = ato ou efeito de enumerar.

    Paralelismo = característica ou condição do que é paralelo. / semelhança, correspondência entre duas coisas ou entre ideias e opiniões.

    Gradação = aumento ou diminuição de maneira gradativa, contínua, de grau em grau; gradatividade.

    Gabarito: D


ID
2811133
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Marque a opção que designa corretamente a figura de linguagem empregada no trecho “Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano de sua vida [...]" (1°§)

Alternativas
Comentários
  • Hipérbato. orde inversa da oração svc

    EX:1 correm pelo parque as crianças da rua .  As crianças da rua correm pelo parque

     

     Ex:2  Na escada subiu o pintor . O pintor subiu na escada.

  • Hipérbato - Ocorre a inversão. Ordem Indireta da frase.

    Ordem indireta “Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano de sua vida

    Ordem direta pode-se acompanhar um ano de sua vida,por essas pequenas anotações.

  • Ordem direta: Sujeito + verbo + complemento

    Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano de sua vida [...]" 

  • Pequenas anotações não configura pleonasmo?

    anotação

    1. Ação ou efeito de anotar

    2. Indicação de escritura breve, nota, chamada

  • Hipérbato: Inversão da ordem

    Eufemismo: Suavização de um termo ou expressão.

    Símile ou Comparação: Comparar ideias.

    Pleonasmo: repetição.

    Anacoluto: Interrupção proposital de um termo para deixar o sentido subentendido.


ID
2811136
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Leia o trecho abaixo.


“No Zelo está implícita a aceitação de que servimos à Nação e não a pessoas. [...]”

(ESCOLA NAVAL. Ilha de Villegagnon. Nossa Voga. Rio de Janeiro, 2009.120p.)


Em que opção o Imperador, ainda no sécuio XIX, já externa sua preocupação com um comportamento que contraria, expiicitamente, o verdadeiro sentido de Zelo, exposto acima.

Alternativas
Comentários

ID
2811139
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Leia o trecho abaixo .


"Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição;[...]" (3°§)


Assinale a opção em que a reescritura do trecho citado mantém seu sentido originai e respeita a norma padrão da língua.

Alternativas
Comentários
  • O x da questão está na conjução quando.Nesta frase ela não está relatando tempo mas uma ideia de contradição de um fato já apresentado. Ou seja uma conjução concessiva que pode ser trocada por : Embora, conquanto, posto que...

    Logo a alternativa correta é a C

  • Acredito tb que já poderíamos eliminar as assertivas B e E, pois a palavra TUDO atrai o pronome SE


ID
2811142
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Leia o fragmento a seguir.


“A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser [...]." (5°§)


No trecho sublinhado, ocorre uma omissão de que tipo de palavra?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: "b".

    ---

    COMENTÁRIO: "como EU julgo QUE deva ser". Trata-se de uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

    ---

    Bons estudos.

  • Pronome relativo é diferente de pessoal João Neto!

  • ~> Para saber se é uma Conjunção Integrante, substitua o QUE/SE por ISSO.

    "como julgo QUE deva ser"

    "como julgo ISSO"

    ~> Se não for possível fazer essa troca, o QUE será Pronome Relativo.

  • “A imprensa é inteiramente livre, como julgo que deva ser [...]." (5°§)

     

    Gabarito: B

     

  • “A imprensa é inteiramente livre, como julgo QUE deva ser.

  • “A imprensa é inteiramente livre, como julgo que deva ser [...]." - Troque o QUE por ISSO = Conjunção integrante!

    QUE - Pronome: substituir por O QUAL

    QUE - Conjunção: substituir por ISSO/DISSO

  • “A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser [...]."

    “A imprensa é inteiramente livre, como julgo QUE deva ser LIVRE.

    A PALAVRA QUE É A ÚNICA ESTRUTURA GRAMATICAL QUE O COMANDO DA QUESTÃO QUER SABER, DESSA FORMA O QUE INTRODUZ UMA ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA (PODE SER TROCADA POR ISSO), LOGO A ALTENATIVA CORRETA É A LETRA B.

    LETRA B


ID
2811145
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Observe o emprego do pronome átono nas frases abaixo:


I- “E isso lhe causa sofrimento.” (4°§)

II- E isso causa-lhe sofrimento, (reescritura)


Marque a opção em que, diferente mente das possibilidades exploradas nos exemplos acima, só pode ocorrer a próclise.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: e

    A presença do adverbio SEMPRE  faz obrigatório a próclise

  • GABARITO E


    Próclise

    É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:


    1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:


    a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.


    Ex.: Não se esqueça de mim.


    b) Advérbios. 


    Ex.: Agora se negam a depor.


    c) Conjunções subordinativas. 


    Ex.: Soube que me negariam.


    d) Pronomes relativos. 


    Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.


    e) Pronomes indefinidos. 


    Ex.: Poucos te deram a oportunidade.


    f) Pronomes demonstrativos. 


    Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.

  • A letra C também não estaria certa, tendo em vista que não se começa com POA depois de virgula?

  • Praiana Concurseira,


    a questão pede justamente a que poderia ocorrer a próclise.


    No caso da C, não pode. Logo, está errada.

  • Galera eu gostaria de saber por que a letra B está errada, logo que a preposição atrai o pronome pra antes do verbo.. Alguém ai sabe explicar?

  • Qual o erro da D?

  • A pergunta não fica suficientemente clara, mas o que se percebe pelas alterativas é que o enunciado deseja saber em qual alternativa pode ser usado ênclise e próclise, sendo assim:

    Letra A: Eu lhe quero falar sobre nossa viagem.

    Como o verbo que o pronome lhe se refere está no infinitivo esta opção deveria ser ênclise e não possui motivos para ser próclise.

    Eu quero falar-lhe sobre nossa viagem.

    Letra B: segue o mesmo raciocínio

    Gostaria de parabenizar-te, meu amigo.

    Letra C: possui pronome iniciando oração logo não pode ser próclise, apenas ênclise.

    Depois de chegar, dirigimo-nos ao salão.

    Letra D: na forma que o me está escrito passa ideia de posse e não de pronome: "Andre me tem"

    André tem me ajudado nos estudos diariamente.

    Letra E: justifica-se o uso de ênclise pois a conjugação verbal seria:( Eles receberam-no) e também justifica-se a próclise pela atratividade do adverbio sempre.

  • ~> Colocação de pronome antes do verbo: NARIS + D

    (palavras) Negativas

    Advérbios

    (pronome) Relativo

    (pronome) Indefinido

    (conjunção) Subordinativa

    +

    (pronome) Demonstrativo

    Bons estudos!!

  • Galera alguém sabe me explicar porque a letra B esta errada. Sendo que a preposição atrai de qualquer modo o pronome para antes do verbo ..

  • Pessoal, a questão trata de casos FACULTATIVOS de colocação pronominal. A única possibilidade em que isso não é permitido é a alternativa E, pois o advérbio SEMPRE é o fator de atração. Na alternativa C, o pronome oblíquo átono não pode iniciar após pausa, e, nas demais alternativas, o caso está relacionado à colocação pronominal dentro de uma locução verbal. Abraços !!!!

  • A LETRA B REPRESENTA UM DESEJO TORNA-SE UMA ATRAÇÃO FRACA, JÁ A LETRA (E) É CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA "ROGER TEM CIÊNCIA DISSO " ATRAÇÃO FORTE PREVALECE A PRÓCLISE.

    BONS ESTUDOS.

  • Simples Magno, na Letra B o verbo parabenizar está no infinitivo, aceitando, também, a ênclise. A banca quer que vc identifique o caso obrigatório de próclise. Letra É é o Gabarito

  • De te NADA

    É DE PARABENIZAR-TE

  • Se houver pausa, o pronome pode vir antes ou depois do verbo. Por isso não é a alternativa B .

    "Gostaria de te parabenizar, meu amigo". ( Vejam a vírgula)

    Achei essa explicação no livro do Bechara.

  • GENTE PRÓCLISE E OBRIGATÓRIA QUANDO O PRONOME ESTA SEGUIDO DE ADVERBIO no caso sempre e adverbio de tempo!!!!!

  • Atenção no comando da questão pessoal, foi pedido a alternativa em que pode ocorrer próclise.

  • "Andre ME tem ajudado", como a frase esta certa se nao tem fator atrativo pra proclise?? so tem "Andre" antes.. alguem sabe dizer? Seria por que o verbo TEM = TER, que por ser infinitivo fica facultativo a enclise ou a proclise? Eu acertei a questão, só queria entender melhor essa parte.

  • cuidado pessoal, na letra d ele coloca um participio e sabemos que nao podemos usar enclise em participio, mas a colocaçao vai ser feita com tem e nao com ajudado

  • "sempre" é um advérbio, o que atrai próclise

  • Alguém pode explicar o exemplo do enunciado?

    Afinal "isso" não é um pronome demonstrativo? Não seria uma palavra atritiva para a próclise?


ID
2811148
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Considerando as estratégias argumentativas empregadas pela autora e sua intencionalidade discursiva, marque a opção indicativa do recurso que fundamenta a construção do texto “Do Diário do imperador".

Alternativas
Comentários
  • R: D - Citação, cita trechos do diário do Imperador D. Pedro II

  • no fragmento apresenta citações do imperador,logo a resposta se encontra na letra d.

  • No 7° parágrafo, a partir da 3° linha, não fica claro que o autor fez uma analogia??N entendi pq não seria letra C


ID
2811151
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.


A partir das observações apresentadas nos textos 1 e 2, assinale a afirmativa que os relaciona corretamente, segundo as idéias expostas por seus respectivos locutores.

Alternativas
Comentários
  • P/não assinantes: Gab E


ID
2811154
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Leia o período a seguir:


Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um século." (1°§)


Marque a opção em que o comentário sobre a transitividade do verbo destacado está correto.

Alternativas
Comentários
  • B) Na acepção empregada na frase, o verbo é transitivo indireto.

  • verbo transitivo indireto - são os que reclamam um complemento regido de preposição (de, à, a, com, ao...).


    Assunto: sintaxe - termos essenciais da oração - predicação verbal.

  • O verbo acabar quando usado como verbo auxiliar numa locução verbal dá a ideia de ação recém acabada e pede a preposição "de", assumindo a forma de verbo transitivo indireto.

    Nos outros casos, o verbo acabar é verbo transitivo direto e exige um objeto direto.

    Gabarito: B

  • Na acepção empregada na frase, o verbo é transitivo indireto.

    "ACABO" ACABO O QUÊ? DE LER...

    PREPOSIÇÃO: "DE" = TRANSITIVO INDIRETO.

    RESPOSTA: B

    ⚓⚓⚓⚓⚓⚓

  • "O q vc acabou de fazer?" "Eu acabei DE ler!" Uso de preposição, no caso, indireto!

    VTD: Não necessita de Preposição!

    VTI: Necessita de Preposição!


ID
2811157
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                   Doctors Know Best

                                                                                        By Ted Spiker


      Along with all the disease stomping, heart reviving, baby delivering, and overall people healing they do, doctors have another full-time job: keeping themselves healthy. Scratch that - keeping themselves healthiest. So instead of peeking into their medical practices, we looked at what they actually practice - in their own lives. Use personal strategies and insider tips from the best medical pros to supercharge your health this year.


( I)-______ "As soon as I feel an illness coming on, I go to sleep for at least nine hours," says Hilda Hutcherson, MD, clinical professor of ob-gyn at Columbia University Medicai Center. "I also lie on the floor with my legs elevated and propped against the wall and breathe deeply for five minutes." It helps lower stress, which weakens the immune system.

(II )-______ Instead of having a garden-variety green salad, Margaret McKenzie, MD, assistant professor of surgery at the Cleveland Clinic, tosses napa cabbage, radicchio, edamame, and carrots with ginger-soy dressing. "It gives me a lot of vitamins, antioxidants, and protein and makes me feel full," she says.

(III)-______ [...] Gary Small, MD, professor of psychiatry and biobehavioral sciences at the University of California, Los Angeles, and author of The Alzheimer's Prevention Program, plays Scrabble and Words With Friends on his smartphone most days. These word games are perfect brain boosters, because they build not only verbal and math skills but also spatial abilities as you position letters to create words. "Combining several mental tasks strengthens multiple neural circuits," Dr. Small says. "It's like cross-training for your brain."

(IV) - _____ Make your bedroom spalike: Dim the lights at least an hour before you go to bed; ban cell phones, laptops, and the TV; ask your partner for a foot rub. "I do deep breathing exercises," Dr. Hutcherson says. "Sometimes I play relaxing music softly."

(V) - _____ The most important meal is breakfast, says David Katz, MD, director and founder of Yale-Griffin Prevention Research Center in Derby, Connecticut. He often has two breakfasts, divvying up his morning meal so that he eats half before his workout and half after. "It helps with portion control, and it establishes a daily eating pattern," Dr. Katz says. Plan your breakfast at night to start the next day on a healthy note.

(Abridged from https ://www.fitnessmagazine.com/health/doctors-tips-tostay-healthy/)

The headlines below have been removed from the text and replaced by (I), (II), (III), (IV) and (V). Number them to indicate the order they must appear to complete the text correctly. Then mark the option that contains the right sequence.


( ) Fuel up for the day

( ) Take a time out

( ) Stay sharp

( ) Eat extra veggies

( ) Sleep easier

Alternativas
Comentários
  • Olá, Pessoal!!!

    Postei um vídeo no meu canal sobre Estratégias de Leitura em Inglês, vale apena conferir :)

    https://www.youtube.com/watch?v=AeVmGWXP160

  • Os títulos abaixo foram removidos do texto e substituídos por (I), (II), (III), (IV) e (V). Numere-os para indicar a ordem em que devem aparecer para completar o texto corretamente. Em seguida, marque a opção que contém a sequência correta.
    (   ) Abasteça-se para o dia
    (   ) Tire um tempo
    (   ) Fique atento
    (   ) Coma mais vegetais 
    (   ) Durma mais fácil
     ( I)-Sleep easier "As soon as I feel an illness coming on, I go to sleep for at least nine hours," says Hilda Hutcherson,[...]                                                                                                                                (I) Durma mais fácil - "Assim que eu sinto uma doença chegando, vou dormir por pelo menos nove horas", diz Hilda Hutcherson[...]
    (II )-Eat extra veggies - Instead of having a garden-variety green salad, Margaret McKenzie,[...]  tosses napa cabbage, radicchio, edamame, and carrots with ginger-soy dressing.                                          (II) - Coma mais vegetais - Em vez de ter uma salada verde variada, Margaret McKenzie[...]joga repolho, chicória, edamame e cenoura com molho de soja e gengibre.

    (III)- Take a time out - [...] Gary Small, MD, professor of psychiatry and biobehavioral sciences at the University of California, Los Angeles, and author of The Alzheimer's Prevention Program, plays Scrabble and Words With Friends on his smartphone most days.  
    (III) - Tire uma folga [...] Gary Small, MD, professor de psiquiatria e ciências bio-comportamentais na Universidade da Califórnia, Los Angeles, e autor do Programa de Prevenção ao Alzheimer, joga palavras cruzadas  e Words With Friends em seu smartphone na maioria dos dias. 

    (IV) - Stay sharp Make your bedroom spalike: Dim the lights at least an hour before you go to bed; ban cell phones, laptops, and the TV; [...]         
    (IV) - Fique atento -  Torne seu quarto parecido com o de um quarto: diminua as luzes pelo menos uma hora antes de ir para a cama; não use telefones celulares, laptops e a TV; 

    (V) - Fuel up for the day  - The most important meal is breakfast, says David Katz,[...]
    (V) - Abasteça-se para o dia  - A refeição mais importante é o café da manhã, diz David Katz, [...]

    Gabarito do Professor: B


ID
2811160
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                   Doctors Know Best

                                                                                        By Ted Spiker


      Along with all the disease stomping, heart reviving, baby delivering, and overall people healing they do, doctors have another full-time job: keeping themselves healthy. Scratch that - keeping themselves healthiest. So instead of peeking into their medical practices, we looked at what they actually practice - in their own lives. Use personal strategies and insider tips from the best medical pros to supercharge your health this year.


( I)-______ "As soon as I feel an illness coming on, I go to sleep for at least nine hours," says Hilda Hutcherson, MD, clinical professor of ob-gyn at Columbia University Medicai Center. "I also lie on the floor with my legs elevated and propped against the wall and breathe deeply for five minutes." It helps lower stress, which weakens the immune system.

(II )-______ Instead of having a garden-variety green salad, Margaret McKenzie, MD, assistant professor of surgery at the Cleveland Clinic, tosses napa cabbage, radicchio, edamame, and carrots with ginger-soy dressing. "It gives me a lot of vitamins, antioxidants, and protein and makes me feel full," she says.

(III)-______ [...] Gary Small, MD, professor of psychiatry and biobehavioral sciences at the University of California, Los Angeles, and author of The Alzheimer's Prevention Program, plays Scrabble and Words With Friends on his smartphone most days. These word games are perfect brain boosters, because they build not only verbal and math skills but also spatial abilities as you position letters to create words. "Combining several mental tasks strengthens multiple neural circuits," Dr. Small says. "It's like cross-training for your brain."

(IV) - _____ Make your bedroom spalike: Dim the lights at least an hour before you go to bed; ban cell phones, laptops, and the TV; ask your partner for a foot rub. "I do deep breathing exercises," Dr. Hutcherson says. "Sometimes I play relaxing music softly."

(V) - _____ The most important meal is breakfast, says David Katz, MD, director and founder of Yale-Griffin Prevention Research Center in Derby, Connecticut. He often has two breakfasts, divvying up his morning meal so that he eats half before his workout and half after. "It helps with portion control, and it establishes a daily eating pattern," Dr. Katz says. Plan your breakfast at night to start the next day on a healthy note.

(Abridged from https ://www.fitnessmagazine.com/health/doctors-tips-tostay-healthy/)

In the sentence "It helps lower stress, which weakens the immune system.” (2nd paragraph), the underlined words mean, respectively,______and______ .

Alternativas
Comentários
  • Na frase "Ajuda a diminuir (reduzir) o estresse, que enfraquece (debilita) o sistema imunológico". (2º parágrafo), as palavras sublinhadas significam, respectivamente, ______ e ______.
     A) aumentar / diminuir
    B) aumentar  / fortalecer
    C) reduzir  / debilitar
    D) eliminar / endurecer
    E) diminuir / reproduz
     Gabarito do Professor: C
  • (C)

    Na frase "Ajuda a diminuir (reduzir) o estresse, que enfraquece (debilita) o sistema imunológico". (2º parágrafo), as palavras sublinhadas significam, respectivamente, ______ e ______.

    A) aumentar / diminuir

    B) aumentar  / fortalecer

    C) reduzir  / debilitar

    D) eliminar / endurecer

    E) diminuir / reproduz

    Fonte QC


ID
2811163
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

           Doctor works to save youth from violence before they reach his ER


      As an emergency physician at Kings County Hospital Center [in Brooklyn], Dr. Rob Gore has faced many traumatic situations that he'd rather forget. But some moments stick with him. "Probably the worst thing that I've ever had to do is tell a 15-year-old's mother that her son was killed," Gore said. "If I can't keep somebody alive, I've failed." [...]

      "Conflict's not avoidable. But violent conflict is," Gore said. "Seeing a lot of the traumas that take place at work, or in the neighborhood, you realize, 'I don't want this to happen anymore. What do we do about it?"

      For Gore, one answer is the “Kings Against Violence Initiative" - known as KAVI - which he started in 2009. Today, the nonprofit has anti-violence programs in the hospital, schools and broader community, serving more than 250 young people.

      Victims of violence are more likely to be reinjured, so the first place Gore wanted to work was in the hospital, with an intervention program in which "hospital responders" assist victims of violence and their family - a model pioneered at other hospitals. The idea is that reaching out right after someone has been injured reduces the likelihood of violent retaliation and provides a chance for the victim to address some of the circumstances that may have led to their injury.

      Gore started this program at his hospital with a handful of volunteers from KAVI. Today, the effort is a partnership between KAVI and a few other nonprofits, with teams on call 24/7. 

      Yet Gore wanted to prevent people from being violently injured in the first place. So, in 2011, he and his group began working with a handful of at-risk students at a nearby high school. By the end of the year, more than 50 students were involved. Today, KAVI holds weekly workshops for male and female students in three schools, teaching mediation and conflict resolution. The group also provides free mental health counseling for students who need one-on-one support.

      "Violence is everywhere they turn - home, school, neighborhood, police," Gore said. "You want to make sure they can learn how to process, deal with it and overcome it."

      While Gore still regularly attends workshops, most are now led by peer facilitators - recent graduates and college students, some of whom are former KAVI members - who serve as mentors to the students. School administrators say the program has been a success: lowering violence, raising grades and sending many graduates on to college.

      "This is really about the community in which we live" he said. "This is my home. And I'm going to do whatever is possible to make sure people can actually thrive." 

                                                  (Adapted and abridged from http ://www.cnn.com)

According to the text, which option is correct?

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o texto, qual opção está correta?
    A) Na opinião do Dr. Rob Gore, conflitos violentos não podem ser evitados.
    B) “Kings Against Violence Initiative" é uma organização sem fins lucrativos.
    C) A KAVI iniciou um projeto de sucesso em uma escola secundária em 2009.
    D) Os alunos do sexo masculino não participam de oficinas realizadas pelo KAVI.
    E) O Dr. Rob Gore não vai mais às oficinas.
    Para Gore, uma resposta é a “Kings Against Violence Initiative" (“Iniciativa dos Reis Contra a Violência") - conhecida como KAVI - que ele iniciou em 2009. Hoje, a organização sem fins lucrativos tem programas anti-violência no hospital, escolas e comunidade em geral, atendendo a mais de 250 jovens.

     Gabarito do Professor: B
  • (B)

    3° P.

    "   For Gore, one answer is the “Kings Against Violence Initiative" - known as KAVI - which he started in 2009. Today, the nonprofit has anti-violence programs in the hospital, schools and broader community, serving more than 250 young people"

    -Para Gore, uma resposta é a "Iniciativa Reis Contra a Violência" - conhecida como KAVI - que ele iniciou em 2009. Hoje, a organização sem fins lucrativos possui programas anti-violência no hospital, escolas e comunidade em geral, atendendo a mais de 250 jovens


ID
2811166
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

           Doctor works to save youth from violence before they reach his ER


      As an emergency physician at Kings County Hospital Center [in Brooklyn], Dr. Rob Gore has faced many traumatic situations that he'd rather forget. But some moments stick with him. "Probably the worst thing that I've ever had to do is tell a 15-year-old's mother that her son was killed," Gore said. "If I can't keep somebody alive, I've failed." [...]

      "Conflict's not avoidable. But violent conflict is," Gore said. "Seeing a lot of the traumas that take place at work, or in the neighborhood, you realize, 'I don't want this to happen anymore. What do we do about it?"

      For Gore, one answer is the “Kings Against Violence Initiative" - known as KAVI - which he started in 2009. Today, the nonprofit has anti-violence programs in the hospital, schools and broader community, serving more than 250 young people.

      Victims of violence are more likely to be reinjured, so the first place Gore wanted to work was in the hospital, with an intervention program in which "hospital responders" assist victims of violence and their family - a model pioneered at other hospitals. The idea is that reaching out right after someone has been injured reduces the likelihood of violent retaliation and provides a chance for the victim to address some of the circumstances that may have led to their injury.

      Gore started this program at his hospital with a handful of volunteers from KAVI. Today, the effort is a partnership between KAVI and a few other nonprofits, with teams on call 24/7. 

      Yet Gore wanted to prevent people from being violently injured in the first place. So, in 2011, he and his group began working with a handful of at-risk students at a nearby high school. By the end of the year, more than 50 students were involved. Today, KAVI holds weekly workshops for male and female students in three schools, teaching mediation and conflict resolution. The group also provides free mental health counseling for students who need one-on-one support.

      "Violence is everywhere they turn - home, school, neighborhood, police," Gore said. "You want to make sure they can learn how to process, deal with it and overcome it."

      While Gore still regularly attends workshops, most are now led by peer facilitators - recent graduates and college students, some of whom are former KAVI members - who serve as mentors to the students. School administrators say the program has been a success: lowering violence, raising grades and sending many graduates on to college.

      "This is really about the community in which we live" he said. "This is my home. And I'm going to do whatever is possible to make sure people can actually thrive." 

                                                  (Adapted and abridged from http ://www.cnn.com)

What does the pronoun “it" refer to in the excerpt “‘Violence is everywhere they turn - home, school, neighborhood, police,’ Gore said. ‘You want to make sure they can learn how to process, deal with it [...]’” (7thparagraph)?

Alternativas
Comentários
  • Olá, Pessoal!!!

    Postei um vídeo no meu canal sobre Estratégias de Leitura em Inglês, vale apena conferir :)

    https://www.youtube.com/watch?v=AeVmGWXP160

  • A que se refere o pronome “it" no trecho “'A violência está em todos os lugares - casa, escola, vizinhança, polícia', disse Gore. 'Você quer ter certeza de que eles podem aprender a lidar com ela [. ..] '"(7º parágrafo)?
    A) Processo.
    B) Polícia.
    C) Violência.
    D) Casa.
    E) Todos os lugares
     O pronome "it"  de acordo com a tradução, se refere à "violência."
    Gabarito do Professor: C
  • (C)

    Violence is everywhere they turn - home, school, neighborhood, police,’ Gore said. ‘You want to make sure they can learn how to process, deal with it 

    -A violência está em todo lugar que eles se voltam - casa, escola, bairro, polícia '', disse Gore.Você deseja garantir que eles aprendam a processar, lidar com ela

    In English there is just one impersonal pronoun and it's the pronoun “IT”. This pronoun has uses that make possible many kinds of expressions and sentences in English. We'll talk about some very important uses of the impersonal pronoun “IT”. / Em inglês, existe apenas um pronome impessoal, que é o “it” (ele/ela). Esse pronome possui usos que tornam possíveis algumas expressões e sentenças em inglês..


ID
2811169
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Which of the options completes the excerpt below correctly?


You're dehydrated - and______your skin


Most of us tend to think of dehydration as a short term problem solved by a glass of water, but board-certified dermatologist Dr. Janet Prystowsky encourages viewing skin dehydration as a long-term problem, as consistently failing to get your skin the water it needs can have lasting results.

(Abridged from https ://w w w ,goodhousekeeping.com /beauty/anti-aging/a 36993 /dull-skin-causes/)

Alternativas
Comentários

  • So + Verbo + Sujeito

    Nas frases afirmativas podemos empregar uma construção com a partícula "so", seguido do verbo e do sujeito, para dizer: eu também, você também, ele também, etc...

    Exemplo: I am tired. (Estou cansado.)  So am I. (Eu também estou.)
    You're dehydrated - and so is your skin. ( Você está desidratado - e sua pele também.) 

    Gabarito do Professor: A 
  • Gabarito (A)

    So + Verbo + Sujeito

    Nas frases afirmativas podemos empregar uma construção com a partícula "so", seguido do verbo e do sujeito, para dizer: eu também, você também, ele também, etc...

    Exemplo: I am tired. (Estou cansado.) So am I. (Eu também estou.)

    You're dehydrated - and so is your skin. ( Você está desidratado - e sua pele também.) 

    Fonte: Qconcursos

    Bons estudos!

  • You are

    It (skin) is -> so is


ID
2811172
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Which of the sentences below is INCORRECT?

Alternativas
Comentários
  • Resposta: D

    perguntas no discurso indireto são afirmações, com questions words ou If/whether auxiliando.

  • Qual das frases abaixo está INCORRETA?
    A) The boy told me that he was sick. (O menino me disse que ele estava doente.)
    B) The children said that they were happy.  (As crianças disseram que estavam felizes.)
    C)  The girl said she was extremely tired. (A garota disse que estava extremamente cansada.)
    D) The man asked me where was the bank. (O homem me perguntou onde ficava o banco.) A sentença não é interrogativa. Portanto, não há necessidade de inversão do verbo to be. O correto seria: The man asked me where the bank was.
    E) The students asked me if they were late.  (Os alunos me perguntaram se estavam atrasados.)
     Gabarito do Professor: D
  • Complementando o que a Nicolle disse, o correto seria: "The man asked me where the bank was".


ID
2811175
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                             Switzerland’s invisible linguistic borders


      There are four official Swiss languages: German, French, Italian and Romansh, an indigenous language with limited status that's similar to Latin and spoken today by only a handful of Swiss. A fifth language, English, is increasingly used to bridge the linguistic divide. In a recent survey by Pro Unguis, three quarters of those queried said they use English at least three times per week.

      In polyglot Switzerland, even linguistic divisions are divided. People in the German-speaking cantons speak Swiss-German at home but learn standard German in school. The Italian spoken in the Ticino canton is peppered with words borrowed from German and French.

      Language may not be destiny, but it does determine much more than the words we speak. Language drives culture, and culture drives life. In that sense, the Rõstigraben is as much a cultural border as a linguistic one. Life on either side of the divide unfolds at a different pace, Bianchi explained. “[In my opinion] French speakers are more laid-back. A glass of white wine for lunch on a workday is still rather usual. German speakers have little sense of humour, and follow rules beyond the rigidity of the Japanese."

      The cultural divide between Italian-speaking Switzerland and the rest of the country - a divide marked by the so-called Polentagraben - is even sharper. Italianspeakers are a distinct minority, accounting for only 8% of the population and living mostly in the far southern canton of Ticino. “When I first moved here, people told me, Ticino is just like Italy except everything works’, and I think that's true,” said Paulo Gonçalves, a Brazilian academic who has been living in Ticino for the past decade.

      Coming from a nation with one official spoken language, Gonçalves marvels at how the Swiss juggle four. “It is quite remarkable how they manage to get along,” he said, recalling going to a conference attended by people who spoke French, German, Italian and English. "You had presentations being given in four different languages in the same conference hall.’’

      Living in such a multilingual environment "really reshapes how I see the world and imagine the possibilities,” Gonçalves said. “I am a significantly different person than I was 10 years ago.”

      Switzerland’s languages are not evenly distributed. Of the country’s 26 cantons, most - 17 - are German speaking, while four are French and one Italian. (Three cantons are bilingual and one, Grisons, trilingual.) A majority of Swiss, 63%, speak German as their first language.

                                                                      (Abridged from http ://www.bbc.com)

According to the text, which option is correct?

Alternativas
Comentários
  • Olá, Pessoal!!!

    Postei um vídeo no meu canal sobre Estratégias de Leitura em Inglês, vale apena conferir :)

    https://www.youtube.com/watch?v=AeVmGWXP160

  • De acordo com o texto, qual opção está correta?
    A) O inglês é falado por um quinto dos suíços.
    B) Os falantes de francês normalmente não bebem nos dias úteis.
    C) Os alemães são tão rígidos quanto os japoneses.
    D) Tudo funciona na Itália e no Ticino.
    E) O alemão é falado pela maioria dos cidadãos suíços.
     Switzerland's languages are not evenly distributed. Of the country's 26 cantons, most - 17 - are German speaking, while four are French and one Italian.
    Tradução: Os idiomas da Suíça não são distribuídos uniformemente. Dos 26 cantões do país, a maioria - 17 - fala alemão, enquanto quatro são franceses e um italiano.
    O último parágrafo nos mostra que o alemão é falado pela maioria dos cidadãos suíços.

    Gabarito do Professor: E

  • o Chato dessa questão é ter que parar e retornar ao texto. Na prova, isso levaria um tempo e concentração.

ID
2811178
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                             Switzerland’s invisible linguistic borders


      There are four official Swiss languages: German, French, Italian and Romansh, an indigenous language with limited status that's similar to Latin and spoken today by only a handful of Swiss. A fifth language, English, is increasingly used to bridge the linguistic divide. In a recent survey by Pro Unguis, three quarters of those queried said they use English at least three times per week.

      In polyglot Switzerland, even linguistic divisions are divided. People in the German-speaking cantons speak Swiss-German at home but learn standard German in school. The Italian spoken in the Ticino canton is peppered with words borrowed from German and French.

      Language may not be destiny, but it does determine much more than the words we speak. Language drives culture, and culture drives life. In that sense, the Rõstigraben is as much a cultural border as a linguistic one. Life on either side of the divide unfolds at a different pace, Bianchi explained. “[In my opinion] French speakers are more laid-back. A glass of white wine for lunch on a workday is still rather usual. German speakers have little sense of humour, and follow rules beyond the rigidity of the Japanese."

      The cultural divide between Italian-speaking Switzerland and the rest of the country - a divide marked by the so-called Polentagraben - is even sharper. Italianspeakers are a distinct minority, accounting for only 8% of the population and living mostly in the far southern canton of Ticino. “When I first moved here, people told me, Ticino is just like Italy except everything works’, and I think that's true,” said Paulo Gonçalves, a Brazilian academic who has been living in Ticino for the past decade.

      Coming from a nation with one official spoken language, Gonçalves marvels at how the Swiss juggle four. “It is quite remarkable how they manage to get along,” he said, recalling going to a conference attended by people who spoke French, German, Italian and English. "You had presentations being given in four different languages in the same conference hall.’’

      Living in such a multilingual environment "really reshapes how I see the world and imagine the possibilities,” Gonçalves said. “I am a significantly different person than I was 10 years ago.”

      Switzerland’s languages are not evenly distributed. Of the country’s 26 cantons, most - 17 - are German speaking, while four are French and one Italian. (Three cantons are bilingual and one, Grisons, trilingual.) A majority of Swiss, 63%, speak German as their first language.

                                                                      (Abridged from http ://www.bbc.com)

Which option completes the sentence below correctly?


Greg ______, and ______ his leg while he ______ in Bariloche.

Alternativas
Comentários
  • Qual opção completa a sentença abaixo corretamente?


    Greg caiu e quebrou a perna enquanto estava esquiando em Bariloche.

    Os dois primeiros verbos estão no simple past - 

    Fall - fell
    Break - broke
    E o último verbo está no past continuous
    Verbo to be no passado (was/were) + verbo principal acrescido de "ing".    "was skiing"

    Portanto os verbos que completam a sentença são respectivamente: fell / broke / was skiing

    Gabarito do Professor: C



  • Verbo cair-> Fall (presente)

    Fell (passado)

    Fallen (particípio)

    Descarta A,B,E

    Quebrou a perna (pode ser C ou D)

    ENQUANTO andava de ski

    andava é uma ação que acontecia NAQUELE momento do passado

    Past continuous, estava andando de Ski

    Greg Fell, and broke his leg (tadinho) while he was skiing in Bariloche

    LETRA C DE SELVA! kkkkkkkkkkk

    BRASIL!


ID
2811181
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                             Switzerland’s invisible linguistic borders


      There are four official Swiss languages: German, French, Italian and Romansh, an indigenous language with limited status that's similar to Latin and spoken today by only a handful of Swiss. A fifth language, English, is increasingly used to bridge the linguistic divide. In a recent survey by Pro Unguis, three quarters of those queried said they use English at least three times per week.

      In polyglot Switzerland, even linguistic divisions are divided. People in the German-speaking cantons speak Swiss-German at home but learn standard German in school. The Italian spoken in the Ticino canton is peppered with words borrowed from German and French.

      Language may not be destiny, but it does determine much more than the words we speak. Language drives culture, and culture drives life. In that sense, the Rõstigraben is as much a cultural border as a linguistic one. Life on either side of the divide unfolds at a different pace, Bianchi explained. “[In my opinion] French speakers are more laid-back. A glass of white wine for lunch on a workday is still rather usual. German speakers have little sense of humour, and follow rules beyond the rigidity of the Japanese."

      The cultural divide between Italian-speaking Switzerland and the rest of the country - a divide marked by the so-called Polentagraben - is even sharper. Italianspeakers are a distinct minority, accounting for only 8% of the population and living mostly in the far southern canton of Ticino. “When I first moved here, people told me, Ticino is just like Italy except everything works’, and I think that's true,” said Paulo Gonçalves, a Brazilian academic who has been living in Ticino for the past decade.

      Coming from a nation with one official spoken language, Gonçalves marvels at how the Swiss juggle four. “It is quite remarkable how they manage to get along,” he said, recalling going to a conference attended by people who spoke French, German, Italian and English. "You had presentations being given in four different languages in the same conference hall.’’

      Living in such a multilingual environment "really reshapes how I see the world and imagine the possibilities,” Gonçalves said. “I am a significantly different person than I was 10 years ago.”

      Switzerland’s languages are not evenly distributed. Of the country’s 26 cantons, most - 17 - are German speaking, while four are French and one Italian. (Three cantons are bilingual and one, Grisons, trilingual.) A majority of Swiss, 63%, speak German as their first language.

                                                                      (Abridged from http ://www.bbc.com)

Which option completes the text below correctly?


School is exhausting! I’m so tired! I can’t keep up ______all the readings and assignments. It’s too much work! But l won’t drop_____. I need this degree. I don’t want to put_____my dreams any longer. I need to have the money to carry them ____ as soon as possible, but I’m really looking forward_____the spring break. I need to rest a little.

Alternativas
Comentários
  • Qual opção completa o texto abaixo corretamente?
    A escola é cansativa! Estou tão cansado! Não consigo acompanhar todas as leituras e atribuições. É muito trabalho! Mas eu não vou desistir. Eu preciso desse diploma. Eu não quero mais adiar meus sonhos. Eu preciso ter o dinheiro para realizá-los o mais rápido possível, mas estou realmente ansioso para as férias de primavera. Eu preciso descansar um pouco.
    keep up with: acompanhar, manter-se atualizado                                                                             drop out: abandonar, desistir                                                                                                                put off: adiar, postergar                                                                                                                          carry out: realizar, executar                                                                                                                 look forward to: estar ansioso, aguardar com expectativa
    As preposições corretas a serem acrescidas aos verbos em questão são: with /out /off /out /to 

    Gabarito do Professor: E
  • I won't drop out -> Não quero desistir

    Put off -> Adiar

    Carry them out -> Realizar

    Gabarito: E


ID
2811184
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Which option completes the paragraph below correctly?


In places with electricity, artificial lighting has prolonged our experience of daylight, allowing us ______ productive for longer. At the same time, it has cut nighttime short, and so to get enough sleep we now have______it all in one go. Now, "normar sleep requires forgoing the periods of wakefulness that used______up the night; we simply don't have time for a midnight chat with the neighbor any longer. "But people with particularly strong circadian rhythms continue,_____ , up in the night.

(https ://amp.livescience.com)

Alternativas
Comentários
  • Qual opção completa o parágrafo abaixo corretamente?
    - Usamos o infinitivo após o verbo allow seguido de um pronome objetivo.
    EX: Her parents allowed her to go to the party. (Seus pais permitiram que ela fosse à festa.)
    [...] allowing us to be productive for longer. ([...] nos permitindo ser produtivo por mais tempo.) 

    -Have, quando empregado com o sentido de ter que, expressando obrigação, necessidade, vem sempre seguido de um verbo no infinitivo com to.
    EX: I have to study hard. (Tenho que estudar muito.)
    [...] and so to get enough sleep we now have to do it all in one go. ([...] e assim, para dormir o suficiente, agora temos que fazer tudo de uma só vez.)

    - A forma verbal used to + infinitivo é utilizada para expressar um hábito no passado que não ocorre mais no presente. 
    EX: I used to play marbles. (Eu costumava jogar bolinhas de gude.)
    Now, "normal sleep requires forgoing the periods of wakefulness that used to break up the night;
    (Agora, "o sono normal "requer renunciar aos períodos de vigília que costumavam interromper a noite;)
     - O verbo "continue" pode ser seguido por infinitivo ou gerúndio. Nesse caso, usaremos o infinitivo.   EX: "But people with particularly strong circadian rhythms continue to wake up in the night.  ("Mas as pessoas com ritmos circadianos particularmente fortes continuam a acordar à noite.)
     Dessa forma, os verbos que completam as lacunas são, respectivamente: to be / to do / to break / to wake 
    Gabarito do Professor: C
  • Tive o seguinte raciocínio>

    allowing us ______ productive for longer.

    Nos permitindo a sermos mais produtivos por mais tempo (aproximadamente isso ai kkkkk)

    Esse "a sermos" não pode ser being ( que é sendo), muito menos be, o correto seria com o TO

    we now have______it....

    O correto ficaria

    Nós temos que fazer isso...

    Nós temos fazer isso...

    o que nesse caso seria o nosso to, visto que só do ficaria sem sentido

    Espero que tenham entendido minha lógica kkkkkk


ID
2811187
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Which option completes the paragraph below correctly?


Money and happiness


While it is true that money can't buy love or happiness, a certain amount is necessary to have a baseline of happiness. Interestingly, from science we learn that for most people the magic number is between $75- $100K per year. At that point we have enough money not to be struggling between paychecks, and there is a diminishing return on making more money after that. The nice thing is happiness is more about our habits and attitudes that we can control through things like exercise, mindfulness, gratitude, kindness, etc. regardless of how ______or how ,______ money we have. Happiness Is a choice and a process, not a place.

(https ://www.linkedin.com/pulse)

Alternativas
Comentários
  • "Many" e "few" são usados para substantivos contáveis.

    "Much" e "Little" são usados para substantivos incontáveis.


    EX: Money (dinheiro) é contável ou incontável? é incontável, pois não se diz "dinheiros". o correto é "eu tenho pouco DINHEIRO", logo, "little money"


    Agora, se fosse a palavra CAR (carro)? é contável, então o correto é "poucos carros", ou seja, "few cars".


  • Olá, pessoal!!!

    Acabei de fazer um vídeo sobre Quantificadores em inglês

    https://youtu.be/-2aqQw3lQ1E

  • Qual opção completa o parágrafo abaixo corretamente?
    The nice thing is happiness is more about our habits and attitudes that we can control through things like exercise, mindfulness, gratitude, kindness, etc. regardless of how much or how little money we have.
    O bom é que a felicidade é mais sobre os nossos hábitos e atitudes que podemos controlar através de coisas como exercício, plenitude mental, gratidão, bondade, etc., independentemente de quanto ou quão pouco dinheiro temos.
     Much e little são usados antes de substantivos incontáveis.
    EX: much water, much sugar, much money
          little water, little sugar, little money

    Gabarito do Professor: A
  • A

  • The nice thing is happiness is more about our habits and attitudes that we can control through things like exercise, mindfulness, gratitude, kindness, etc. regardless of how ______or how ,______ money we have.

    Tradução adaptada:

    O legal é que a felicidade é mais sobre nossos hábitos e atitudes, que nós podemos controlar através de coisas como exercícios, atenção, gratidão, bondade, etc. independemente do quanto mais ou quanto menos dinheiro nós temos.

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Esse mais e menos se referem ao dinheiro. No Inglês dinheiro (money) é substantivo incontável, portanto ele somente admite much e little.

    O que acaba sendo a alternativa A

  • Observe a palavra money ela é incontável, logo eliminamos as assertivas B,D e E, a palavra FEW ela é contável então eliminamos também a letra C e matamos a questão, basta você se ligar nessa tabelinha

    Countable:

    Many

    A lot of

    Few

    A few

    Unconuntable

    Much

    A lot of

    Little

    A little

  • Much e Little (singular)

    Many e few (plural)


ID
2811190
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Mark the sentence that is correct

Alternativas
Comentários
  • A condicional tipo II é formada da seguinte maneira:  
    If + verbo no passado / verbo no condicional (would)
    Ex: If I had enough money I would buy a house on the beach. (Se eu tivesse dinheiro suficiente, compraria uma casa na praia.)

    Quando usamos o verbo to be no passado, usamos "were" para todas as pessoas.
    Ex: If I were you, I would study for the test. (Se eu fosse você, estudaria para o teste.)

    Portanto, a sentença correta é:  If I were you, I wouldn't spend all that money on clothes. (Se eu fosse você, não gastaria todo esse dinheiro em roupas.)

    Gabarito do Professor: D

ID
2811193
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Which question word completes the dialogue correctly?


Peter:______wasn’t Mary at work yesterday?

Jane: She was ill.

Alternativas
Comentários
  • Qual palavra da pergunta completa o diálogo corretamente?

    A) Quando
    B) Onde
    C) Quem
    D) Por quê
    E)  O que, qual
    Peter: Why wasn't Mary at work yesterday? (Peter:  Por quê Mary não estava no trabalho ontem?) 
    Jane: She was ill. (Jane: Ela estava doente.)
    Gabarito do Professor: D
  • (D)

    (A)Quando

    (B)Onde

    (C)Quem

    (D)Por que

    (E)Qual

    -Peter:Why wasn’t Mary at work yesterday?

    -Jane: She was ill

    -Peter: Por que Mary não estava no trabalho ontem?

    -Jane: ela estava doente

  • Gabarito (D)

    A título de complementação do comentário do colega...

    A questão trata de interrogative pronouns (pronomes interrogativos).

    Interrogative pronouns:

    Where → onde/aonde

    Who → quem

    When → quando

    What → o que/ o qual

    Why → por que

    Whose → de quem

    Which → qual

    How → como/ o quão/ quanto/ de que modo

    Bons estudos!

  • Which + pessoas não pode!


ID
2811196
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Which is the correct option to complete the text below?


Chock-a-block


Today, this adjective means ‘crammed full with people or things' (the narrow roads are chock-a-block with vehicles).

Chock derives ,_____ , chock-full, a Middle English word______unknown origin meaning “very full’. It rhymes nicely______the block in question, more fully known as a pulley block, part______ a block and tackle. This is a device much used______, boats and elsewhere to make lifting heavy weights less demanding.

(https ://blog.oxforddictionaries.com)

Alternativas
Comentários
  • Qual é a opção correta para completar o texto abaixo?
    A Chock deriva de (from) uma palavra inglesa de (of) origem desconhecida que significa “muito cheia". Ela rima muito bem com (with) o bloco em questão, mais conhecido como um bloco de polia, parte de (of) um bloco e guincho. Este é um dispositivo muito usado em (on) barcos e outros lugares para tornar o levantamento de pesos mais fácil.

    Gabarito do Professor: E
  • Olhando a 4 lacuna

    part______ a block and tackle.

    Parte de um bloco. Parte de um bloco é of, part of a block.

    Olhando a 3 lacuna, podemos ver

    It rhymes nicely______

    Rima, rima com algo.

    Rhymes nicely with the block

    GAB.: E


ID
2811199
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Which option completes the sentences below correctly?


I- The faucet is dripping. I need to have it______.

II- We got him ______ us with the first steps of the project.

III- They got the living room ______in pastel colors as they had always wanted.

IV- Instead of buying a new computer, why don’t you have your old one______?

Alternativas
Comentários
  • Suj+ HAVE+ thing+ PAST PARTICIPLE => indica uma ação que foi praticada para o sujeito e não pelo sujeito.

    Suj+GET+ person + INFINITIVE => indica uma ação que alguém foi convencido pelo sujeito a fazer.

    I- The faucet is dripping. I need to have it REPAIRED.

    II- We got Him TO HELP us with the first steps of the project.

    IV- Instead of buying a new computer, why don’t you have your old one FIXED

    Resposta: Letra B (repaired / to help / painted / fixed)

  • Qual opção completa as frases abaixo corretamente?
    I- A torneira está pingando. Preciso te-la consertada. (repaired) past participle
    II- Conseguimos fazer ele nos ajudar (to help) com os primeiros passos do projeto. infinitive
    III - Eles tiveram a sala de estar pintada (painted) em tons pastel como sempre quiseram. (past participle)
    IV- Em vez de comprar um novo computador, por que você não tem o seu antigo consertado(fixed)(past participle)
     A tradução ficaria melhor dessa forma. "Em vez de comprar um novo computador, por que você não conserta o seu antigo?"
    Gabarito do Professor: B

ID
2811202
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

HNSA Ships


HMS Nordkaparen


This submarine was built at Kockums Mekaniska Verkstad in Maimo. The Dragon-class submarine was delivered in 1962 and differed from earlier boats primarily in that her aft part is streamlined and fitted with a rudder in the longitudinal form of a cross. Her single propeller is less noisy than the earlier twin propellers. A wire guided system steers her torpedoes, and a novel system of storage in a revolving device in her forward compartment simplifies and shortens the time for recharging her tubes. Her original equipment included radar, snorkel ventilation and a crane on her foredeck for recovering dummy torpedoes used in training.


Kalmaesund (M13)


The minelayer Kalmarsund, M13, was built at Orlogsvarvet in Stockholm in 1953. M13 was used in Karlskrona for repairs and maintenance of the Swedish Coast Defence minefields, and for training of officers and conscripts in navigation and mine service. In 1992 she was refitted at Oskarshamn naval yard when, for instance, the mine storage was converted into crew's quarters. In 2001 she was transferred to Gothenburg. Her main task was to serve as a support-and-quartering ship for the regiment.


HMS Smaland


The largest destroyer ship in Scandinavia preserved in a museum, HMS Smaland was launched in 1952 at Eriksberg’s Mekaniska Verkstad in Goteborg, and delivered to the Royal Swedish Navy in 1956. Before the destroyer was decommissioned in 1979, she had been modernized three times. On delivery, she and her sister vessel, HMS Haliand were the first destroyers armed with surface to surface marine missiles. Her propulsion machinery comprises 29,000 hp steam turbines, each driving a propeller. She may be said to be the result of the 80-year development of destroyers.

(Abridged from http ://www.hnsa.org/hnsa-ships)


According to the text, which option is correct?

Alternativas
Comentários
  • Olá, Pessoal!!!

    Postei um vídeo no meu canal sobre Estratégias de Leitura em Inglês, vale apena conferir :)

    https://www.youtube.com/watch?v=AeVmGWXP160

  • De acordo com o texto, qual opção está correta?
    A) O HMS Nordkaparen é um submarino da classe Dragon que é semelhante aos navios anteriores.
    B) A HMS Nordkaparen tem um novo sistema de armazenamento para manter seus torpedos na direção certa.
    C) Kalmaesund (M13) foi construído para um propósito diferente do que ele serviu em Gotemburgo.
    D) O HMS Haliand foi o primeiro navio destruído por mísseis marinhos de superfície na Escandinávia.
    E) Levou 80 anos para completar a construção do HMS Smaland, que agora está em um museu.
     M13 was used in Karlskrona for repairs and maintenance of the Swedish Coast Defence minefields, and for training of officers and conscripts in navigation and mine service.[...] In 2001 she was transferred to Gothenburg. Her main task was to serve as a support-and-quartering ship for the regiment.
    Tradução: O M13 foi usado em Karlskrona para reparos e manutenção dos campos minados da Swedish Coast Defense, e para treinamento de oficiais e recrutas em serviços de navegação e minas[...] Em 2001, ele foi transferido para Gotemburgo. Sua principal tarefa era servir como um navio de apoio para o regimento.
    Conforme tradução do segundo parágrafo, Kalmaesund (M13) foi construído para um propósito diferente do que ele serviu em Gotemburgo.
    Gabarito do Professor: C


ID
2811205
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Which is the correct option to complete the film synopsis below?


Hacksaw Ridge


Desmond Doss,______endured a troubled childhood in rural Virginia, enlists in the army. After Desmond's desire to serve as an unarmed medic is approved by military officials, he is sent to the Pacific arena,______he saves dozens of lives during the Battle of Okinawa.

(Adapted from http ://oscar.go.com/nomÍnees/best-pÍcture/hacksaw-ridge)

Alternativas
Comentários
  • who(pois é sujeito do verbo endured)

    where (porque se trata de lugar- Pacific area)

  • who - quem , where - onde

  • Desmond Doss, que sofreu uma infância conturbada na zona rural da Virgínia, se alista no exército. Após o desejo de Desmond de servir como um médico desarmado é aprovado por oficiais militares, ele é enviado para a arena do Pacífico, onde ele salva dezenas de vidas durante a Batalha de Okinawa.

    O pronome relativo "who" é usado para pessoas (Desmond Doss), e "where" é usado para lugares (arena do Pacífico)

    Gabarito do Professor: B

  • Gabarito (B)

    A questão trata de relative pronouns (pronomes relativos)

    Detalhe: Pronomes relativos sempre se refere ao que veio antes.

    Who (que) é sujeito da oração e usado para pessoas.

    → Neste caso faz referência a Desmond Doss.

    Where (onde, aonde) é usado para lugares.

    → Neste caso faz referência a the Pacific arena.

    Bons estudos!

  • vocês que já são bizurados me falem uma coisa!! vocês procuravam os significados dos verbos no inicio?


ID
2811208
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Choose the correct option to complete the text below.


In the age of sail, however, a captain's options ______if a more powerful enemy ship_______while his own vessel______at anchor. If the situation was urgent [...], a captain_____ _ that it was more prudent to cut the anchor cable [...], and run, living to fight another day.

(https ://blog.oxforddictionaries.com)

Alternativas
Comentários
  • Escolha a opção correta para completar o texto abaixo.
    Na era das velas, no entanto, as opções de um capitão eram limitadas (were limited)  se um navio inimigo mais poderoso fosse visto (was spotted)  enquanto seu próprio barco estiver ancorado (lay). Se a situação fosse urgente, [...] um capitão poderia decidir (might decide) que era mais prudente cortar o cabo da âncora [...] 
     Limited - past participle                                                                                                                       Was spotted - passive voice                                                                                                                       lay - bare infinitive                                                                                                                              Might decide - modal verb
    Gabarito do Professor: D
  • Na idade do sei lá o que, as opções do capitão _____ se um navio mais poderoso ____ enquanto seu próprio vessel ____ na âncora

    As opções do capitão limitada(limited?) Não faz sentido

    as opções ERAM limitadas (descarta A e B)

    se um navio mais poderoso avistado(spotted???????) Não fez sentido

    Se um navio mais poderoso FOSSE avistado (was spotted) Descarta E

    Estamos entre C e D

    Vamos para o último espaço...

    Se a situação fosse urgente, o capitão deveria (might está nas duas) estar decidido OU deveria decidir ?

    Deveria decidir no momento que avistasse, então não pode ser Be Decided (estar decidido)

    Só restou D

    Força Guerreiros!


ID
2811211
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Which option best completes the paragraph beiow?


"Waking up after a couple of hours may not be insomnia," wrote Wehr. "It may be normal sleep." Ekirch added, "If people don't fight it, they'll find______falling asleep again after roughly one hour."

(https ://amp.Iivescience.com)

Alternativas
Comentários
  • themselves

  • Themselves pois se refere a eles mesmos

  • Qual opção melhor completa o parágrafo abaixo?
    "Acordar depois de algumas horas pode não ser insônia", escreveu Wehr. "Pode ser sono normal." Ekirch acrescentou: "Se as pessoas não lutam contra isso, elas vão adormecer novamente depois de aproximadamente uma hora".
     [...] they'll find themselves falling asleep (usamos o pronome reflexivo "themselves" porque a ação reflexiva cai no sujeito "they"
    Gabarito do Professor: E
  • JAmes WIlson => JAnela, WIndows

    George KElling => KEbrada


ID
2811214
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Mark the option that completes the excerpt below correctly.


Our study analyzed 7.1-billion miles ______, to update o u r______distracted driving study w ith _______ and_____data. We covered 4.5-miilion drivers across all American states and territories, from December 2017 through Fébruary 2018. We found that distracted driving is far______previously reported.

(Abridged from http ://blog,zendrive.com/)

Alternativas
Comentários
  • Marque a opção que completa o trecho abaixo corretamente.
           Nosso estudo analisou 7,1 bilhões de milhas a mais (further), para atualizar nosso último (latest) estudo de direção com dados mais recentes (fresher) e mais profundos (deeper). Cobrimos 4,5 milhões de motoristas em todos os estados e territórios americanos, de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. Descobrimos que a direção distraída é muito pior (worse) do que a relatada anteriormente
    Further - adicional, a mais                                                                                                                      Latest - superlativo                                                                                                                             Fresher - comparativo de superioridade                                                                                           Deeper - comparativo de superioridade                                                                                             Worse than - comparativo de superioridade 

    Gabarito do Professor: A
  • A

    ST= Superlativo. Logo, eliminando B D E

    Não se usa THE, eliminando C

  •  the later---ISSO TA ERRADO, SE COMEÇOU POR THE EU SO POSSO USAR A FORMA SUPERLATIVA EST

    worst than-----ISSO TA ERRADO, SE TERMINOU POR THAN EU SO POSSO USAR A FORMA COMPARATIVA ER

  • Minha contribuição

    Comparativo e Superlativo

    Comparativo=Compara algo com algo.

    Superlativo=Compara algo com um grupo.

     

    Comparativo

    Igualdade

    Composição é AS+ADJETIVO NO INFINITIVO+ AS

    Superioridade

    Composição é MORE+ADJETIVO INF.+ THAN quando o adjetivo for longo.

    Composição é Adj com ER+Than quando o adjetivo for curto.

    Inferioridade

    Composição é LESS+ADJETIVO INF.+ THAN

     

    Superlativo

    Inferioridade

    Composição= The Least + adjetivo

    Superioridade

    Composição=The most + Adjetivo quando o adjetivo for longo

    Composição=Adjetivo com EST quando o adjetivo for curto

    ADJ LONGO=+6 LETRAS

    ADJ CURTO= -6 LETRAS