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Prova COPESE - UFT - 2018 - UFT - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática


ID
4199416
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Sobre a interpretação do texto, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4199419
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Sobre a interpretação do texto, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4199422
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Ao longo do texto, o autor faz uso de diversas citações, destacadas pelos sinais gráficos de aspas. Sobre essa utilização, analise as afirmativas a seguir.


I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º parágrafo), as aspas marcam o discurso direto do aluno.

II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança, estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo entre textos.

III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” (7º parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever um dito popular, com o intuito de exemplificar uma crença que, de acordo com o autor, não pode ser provada.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4199425
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Assinale a alternativa CORRETA, quanto à definição de “fato”, de acordo com o texto.

Alternativas

ID
4199428
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Quanto à utilização de indicativos de crase, analise as afirmativas.


I. Em: “[...] à maneira que a filosofia opera há séculos” (1º parágrafo), a crase é de uso facultativo, pois “a maneira” indica locução verbal.

II. Em: “[...] argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus” (1º parágrafo), a crase é facultativa, pois há contração da preposição “a” com o artigo feminino “a”.

III. Em: “O direito à crença” (2º parágrafo), a crase é obrigatória, devido à contração da preposição “a” com o artigo feminino “a”.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4199431
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Quanto ao encadeamento das ideias, contidas nos parágrafos do texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas

ID
4199434
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Quanto aos aspectos gramaticais, negritados no texto, analise as afirmativas.


I. Em: “ilógica”, ocorre derivação prefixal, ou seja, à palavra lógica acrescentou-se o prefixo “i-”, indicando negação.

II. Em: “certamente”, o sufixo adverbial “-mente” é acrescentado à forma feminina do adjetivo, para exprimir circunstância de modo.

III. Em: “direito evidencial”, o elemento “evidencial” formou-se por derivação sufixal, resultando em um adjetivo.

IV. Em: “persuasão”, o sufixo “-ão” indica a noção de aumentativo.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4199437
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 

Em relação aos verbos de ligação, analise as afirmativas.

I. Em: “Crenças e opiniões não são argumentos”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto de aparência de estado.

II. Em: “Jupiter é o maior planeta do sistema solar”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um estado permanente.

III. Em: “Crenças é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade [...]”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto permanente.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
4199440
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os poemas do escritor tocantinense Giordano Maçaranduba para responder a QUESTÃO .


Pensatorto (1)
Comprou, vendeu
Vendeu, comprou
Comprou e vendeu
Vendeu e comprou
Trocou o remédio
E morreu.


Pensatorto (2)
Era um cara assustado
Assustado era o cara
Ficou corajoso
Se meteu numa briga
E morreu.


Pensatorto (3)
Contador era
Mas histórias não sabia nenhuma
Um dia descobriu uma história
Nunca mais foi contador.

Fonte: MAÇARANDUBA, Giordano. Todoeu. Goiânia: Trilhas Urbanas, 2008, p.58-60.

Nos poemas, nota-se um uso repetitivo das mesmas palavras, dos tempos verbais e das estruturas frasais que vão sendo reestruturadas.

Considerando a leitura dos três poemas Pensatorto, é CORRETO afirmar que tais recursos poéticos produzem um sentido de

Alternativas

ID
4199443
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os minicontos, de Dalton Trevisan, para responder a QUESTÃO.

9
A menina ao pai divorciado:
- Pai. Me diga, pai.
- Sim, filhinha.
- Você já tem namorada?
- Não, ainda não.
- Sabe, pai...
- O que é?
-...minha mãe está livre.

27
O casal divorciado assim que a filha nasceu. Aos três anos, ela passa férias com o pai, morando noutra cidade. De volta, com a mãe, folheia um álbum de fotos.
- Olha só, mãe. Esse aqui com você...
Gritinho de espanto:
- Ei, você conhece meu pai!


Fonte: TREVISAN, Dalton. Pico na veia. Rio de Janeiro: Record, 2008, p. 13 e 34.




Considerando-se os dois minicontos, assinale a opção CORRETA.

Alternativas

ID
4199446
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Capítulo II do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder a QUESTÃO .


Capítulo II

Que abismo que há entre o espírito e o coração! O espírito do ex-professor, vexado daquele pensamento, arrepiou caminho, buscou outro assunto, uma canoa que ia passando; o coração, porém, deixou-se estar a bater de alegria. Que lhe importa a canoa nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanham, arregalados? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez que a mana Piedade tinha de morrer, foi bom que não casasse; podia vir um filho ou uma filha... – Bonita canoa! – Antes assim! – Como obedece bem aos remos do homem! – O certo é que eles estão no céu!


Fonte: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 1988, p. 13.



O capítulo apresenta reflexões do ex-professor Rubião sobre o “abismo que há entre o espírito e o coração”.

É CORRETO afirmar que no capítulo pode ser observado que:

Alternativas

ID
4199449
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia a seguir o fragmento do poema Mundo Pequeno, de Manoel de Barros, para responder a QUESTÃO.


Mundo Pequeno

Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
– Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável,
o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da
vida um certo gosto por nadas...
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
estradas –
Pois é nos desvios que encontra as melhores
surpresas e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.


Fonte: BARROS, Manoel de. O livro das Ignorãças. In: Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010, p. 319-320.



O excerto do poema traz o descobrimento, inquietação e questionamento do menino Manoel pela “doença das frases”.

É CORRETO afirmar que esta doença pode ser lida como um desvio:

Alternativas

ID
4199452
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento de Terra Sonâmbula, do escritor moçambicano Mia Couto, para responder a QUESTÃO.


Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte. (...)

COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 9.


Observando a passagem do romance, é CORRETO afirmar que

Alternativas

ID
4199455
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento do poema Cantoria, de Cora Coralina, para responder a QUESTÃO.

Cantoria
Meti o peito em Goiás
e canto como ninguém.
Canto as pedras,
canto as águas,
as lavadeiras, também.

Cantei um velho quintal
com murada de pedra.
Cantei um portão alto
com escada caída.

Cantei a casinha velha
de velha pobrezinha.
Cantei colcha furada
estendida no lajedo;
muito sentida,
pedi remendos pra ela. (...)

Fonte: CORALINA, Cora. Meu livro de Cordel. São Paulo: Global, 2013, p. 9. 

A partir da leitura do excerto de Cantoria, é INCORRETO afirmar que

Alternativas

ID
4199458
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento de O visitante, de Hilda Hilst, para responder a QUESTÃO.


O visitante (1968)

ANA (tecendo ou próximo do tear, como se estivesse acabado de tecer alguma coisa): muitas vezes tenho saudade das tuas pequenas roupas. Eram tão macias! (sorrindo) Tinha uma touca que, por engano meu, quase te cobria os olhos.

MARIA (seca): É bem do que eu preciso ainda hoje: antolhos.

ANA (meiga): E uma camisola tão comprida... branca. Nos punhos e no decote, coloquei umas fitas. E te arrastavas, choravas se, de repente, na noite, não me vias.

MARIA: Agora vejo-te sempre. Cada noite. Cada dia. (pausa)

ANA: Eras mansa. Me amavas. Ainda me amas agora?

MARIA: Ah, que pergunta! As coisas se transformam. Nós também.

ANA: A casa ainda é a mesma. E a mesa e...

MARIA (interrompendo): A casa, a mesa... todas essas coisas vivem mais do que nós. Ficam aí paradas. E assim mesmo envelhecem. Tu pensas que são as mesmas coisas e não são. (...)


Fonte: HILST, Hilda. Volume I. São Paulo: Nankin Editorial, 2000, p. 101.


Considerando a leitura do trecho de O visitante, assinale a alternativa CORRETA quanto ao gênero literário.

Alternativas

ID
4199461
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto de Vista parcial da noite, de Luiz Ruffato, para responder a QUESTÃO.

O morto
e agora desprendeu a cera-lustosa que tampava a panela-dodente e já a dor pernilonga os ouvidos ambicionando achegar novamente, ferroa, entojada, arrodeando, infla em fogo a bochecha, calafrios relampeiam o corpo moído, de frio curvase a noite azul, ronca a saparia, estrilam grilos, voejam brasas acesas de vagalumes, esconjuro de coruja, vasculha o vento as fantasmáticas árvores, em silêncio o balofo sargento perscruta, espia, fareja, arrulham as escassas águas do Rio Pomba ao longe, perfilados, ambos, o jipe estacado, acesos os faróis alumiam o mato, esfrega as mãos, atento aos mínimos gestos do superior, poderiam permanecer afundados no bem-bom da delegacia não fosse a ocorrência, duro renegar aqueles olhos estatelados, como se, escancarando-os, almejassem agarrar o sopro que se esvaía, e sequer uma nódoa de sangue, a lâmina da faca-de-picar-fumo penetrara com tamanha força na linha do coração que se emaranhara em músculos, tendões, ossos, obstruindo o sangramento, isso explicou o sargento, versado, e sondando vagos indícios buscam acossar o assassino (...)

Fonte: RUFFATO, Luiz. Vista parcial da noite. Rio de Janeiro: Record, 2011, p. 131. 

Considerando a leitura do fragmento de O morto, é CORRETO afirmar que: 

Alternativas

ID
4199464
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Pluto should be reclassified as a planet, experts say

      The reason Pluto lost its planet status is not valid, according to new research from the University of Central Florida in Orlando. In 2006, the International Astronomical Union (IAU), a global group of astronomy experts, established a definition of a planet that required it to "clear" its orbit, or in other words, be the largest gravitational force in its orbit. […]
     Metzger, who is lead author on the study, reviewed scientific literature from the past 200 years and found only one publication -- from 1802 -- that used the clearing-orbit requirement to classify planets, and it was based on since-disproven reasoning.
     "It's a sloppy definition," Metzger said of the IAU's definition. "They didn't say what they meant by clearing their orbit. If you take that literally, then there are no planets, because no planet clears its orbit." […]
     Metzger said that the definition of a planet should be based on its intrinsic properties, rather than ones that can change, such as the dynamics of a planet's orbit. "Dynamics are not constant, they are constantly changing," Metzger said. "So, they are not the fundamental description of a body, they are just the occupation of a body at a current era."
    Instead, Metzger recommends classifying a planet based on if it is large enough that its gravity allows it to become spherical in shape. "And that's not just an arbitrary definition, Metzger said. "It turns out this is an important milestone in the evolution of a planetary body, because apparently when it happens, it initiates active geology in the body." 

Source: University of Central Florida. "Pluto should be reclassified as a planet, experts say."
ScienceDaily, 7 September 2018. Available at:<www.sciencedaily.com/releases/2018/09/180907110422.htm>.

It is CORRECT to affirm that the main idea of the text is:

Alternativas

ID
4199467
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Pluto should be reclassified as a planet, experts say

      The reason Pluto lost its planet status is not valid, according to new research from the University of Central Florida in Orlando. In 2006, the International Astronomical Union (IAU), a global group of astronomy experts, established a definition of a planet that required it to "clear" its orbit, or in other words, be the largest gravitational force in its orbit. […]
     Metzger, who is lead author on the study, reviewed scientific literature from the past 200 years and found only one publication -- from 1802 -- that used the clearing-orbit requirement to classify planets, and it was based on since-disproven reasoning.
     "It's a sloppy definition," Metzger said of the IAU's definition. "They didn't say what they meant by clearing their orbit. If you take that literally, then there are no planets, because no planet clears its orbit." […]
     Metzger said that the definition of a planet should be based on its intrinsic properties, rather than ones that can change, such as the dynamics of a planet's orbit. "Dynamics are not constant, they are constantly changing," Metzger said. "So, they are not the fundamental description of a body, they are just the occupation of a body at a current era."
    Instead, Metzger recommends classifying a planet based on if it is large enough that its gravity allows it to become spherical in shape. "And that's not just an arbitrary definition, Metzger said. "It turns out this is an important milestone in the evolution of a planetary body, because apparently when it happens, it initiates active geology in the body." 

Source: University of Central Florida. "Pluto should be reclassified as a planet, experts say."
ScienceDaily, 7 September 2018. Available at:<www.sciencedaily.com/releases/2018/09/180907110422.htm>.

According to Metzger, the IAU's definition of a planet was careless because:

Alternativas

ID
4199470
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Pluto should be reclassified as a planet, experts say

      The reason Pluto lost its planet status is not valid, according to new research from the University of Central Florida in Orlando. In 2006, the International Astronomical Union (IAU), a global group of astronomy experts, established a definition of a planet that required it to "clear" its orbit, or in other words, be the largest gravitational force in its orbit. […]
     Metzger, who is lead author on the study, reviewed scientific literature from the past 200 years and found only one publication -- from 1802 -- that used the clearing-orbit requirement to classify planets, and it was based on since-disproven reasoning.
     "It's a sloppy definition," Metzger said of the IAU's definition. "They didn't say what they meant by clearing their orbit. If you take that literally, then there are no planets, because no planet clears its orbit." […]
     Metzger said that the definition of a planet should be based on its intrinsic properties, rather than ones that can change, such as the dynamics of a planet's orbit. "Dynamics are not constant, they are constantly changing," Metzger said. "So, they are not the fundamental description of a body, they are just the occupation of a body at a current era."
    Instead, Metzger recommends classifying a planet based on if it is large enough that its gravity allows it to become spherical in shape. "And that's not just an arbitrary definition, Metzger said. "It turns out this is an important milestone in the evolution of a planetary body, because apparently when it happens, it initiates active geology in the body." 

Source: University of Central Florida. "Pluto should be reclassified as a planet, experts say."
ScienceDaily, 7 September 2018. Available at:<www.sciencedaily.com/releases/2018/09/180907110422.htm>.

In the title of the text, the modal verb SHOULD conveys the idea of:

Alternativas

ID
4199476
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

BRAZIL: JUDGE SHUTS BORDER TO VENEZUELAN
MIGRANTS FLEEING HUNGER AND HARDSHIP
    Judge says entry of immigrants suspended until conditions for ‘humanitarian reception’ are created – activists called it ‘absurd’
      A judge in Brazil has blocked Venezuelans from entering the border state of Roraima as local authorities harden their stance against the flood of migrants fleeing hunger and hardship in their home country.
    Judge Helder Barreto said he had suspended the entry of Venezuelan immigrants until the conditions for a “humanitarian reception” are created but activists working with migrants attacked it as “absurd”.
   Sister Telma Lage from the non-profit Migration and Human Rights Institute, which helps vulnerable migrants in Roraima’s capital Boa Vista, said the judge had overstepped his authority.            “[Venezuelans] are entering Brazil and seeking refuge because of the vulnerable situation they find themselves in,” she said. “What we fear is the lack of options for those near to the border.”
    Since 2015, more than 56,000 Venezuelans have sought refuge or residency in Brazil amid continuing political turmoil and economic collapse in their home country. […]
    But the flood of migrants has severely stretched health and education services in the poor state of Roraima.
Available at: https://www.theguardian.com/world/2018/aug/06/brazil-shuts-border-venezuelanmigrants)

According to the text it is CORRECT to affirm:

Alternativas

ID
4199479
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

BRAZIL: JUDGE SHUTS BORDER TO VENEZUELAN
MIGRANTS FLEEING HUNGER AND HARDSHIP
    Judge says entry of immigrants suspended until conditions for ‘humanitarian reception’ are created – activists called it ‘absurd’
      A judge in Brazil has blocked Venezuelans from entering the border state of Roraima as local authorities harden their stance against the flood of migrants fleeing hunger and hardship in their home country.
    Judge Helder Barreto said he had suspended the entry of Venezuelan immigrants until the conditions for a “humanitarian reception” are created but activists working with migrants attacked it as “absurd”.
   Sister Telma Lage from the non-profit Migration and Human Rights Institute, which helps vulnerable migrants in Roraima’s capital Boa Vista, said the judge had overstepped his authority.            “[Venezuelans] are entering Brazil and seeking refuge because of the vulnerable situation they find themselves in,” she said. “What we fear is the lack of options for those near to the border.”
    Since 2015, more than 56,000 Venezuelans have sought refuge or residency in Brazil amid continuing political turmoil and economic collapse in their home country. […]
    But the flood of migrants has severely stretched health and education services in the poor state of Roraima.
Available at: https://www.theguardian.com/world/2018/aug/06/brazil-shuts-border-venezuelanmigrants)

According to Sister Lage:

Alternativas

ID
4199482
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

BRAZIL: JUDGE SHUTS BORDER TO VENEZUELAN
MIGRANTS FLEEING HUNGER AND HARDSHIP
    Judge says entry of immigrants suspended until conditions for ‘humanitarian reception’ are created – activists called it ‘absurd’
      A judge in Brazil has blocked Venezuelans from entering the border state of Roraima as local authorities harden their stance against the flood of migrants fleeing hunger and hardship in their home country.
    Judge Helder Barreto said he had suspended the entry of Venezuelan immigrants until the conditions for a “humanitarian reception” are created but activists working with migrants attacked it as “absurd”.
   Sister Telma Lage from the non-profit Migration and Human Rights Institute, which helps vulnerable migrants in Roraima’s capital Boa Vista, said the judge had overstepped his authority.            “[Venezuelans] are entering Brazil and seeking refuge because of the vulnerable situation they find themselves in,” she said. “What we fear is the lack of options for those near to the border.”
    Since 2015, more than 56,000 Venezuelans have sought refuge or residency in Brazil amid continuing political turmoil and economic collapse in their home country. […]
    But the flood of migrants has severely stretched health and education services in the poor state of Roraima.
Available at: https://www.theguardian.com/world/2018/aug/06/brazil-shuts-border-venezuelanmigrants)

The reason why Venezuelans are seeking refuge in Brazil is visible in all the following alternatives, EXCEPT:

Alternativas

ID
4199488
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

As oito questões que compõem a avaliação de Matemática e suas Tecnologias deste vestibular, possuem quatro alternativas, das quais apenas uma é correta. Se você assinalar, aleatoriamente, uma alternativa de cada uma destas oito questões, a probabilidade de errar todas as questões, corresponde a:

Alternativas

ID
4199491
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um curso de graduação da UFT, um quinto dos acadêmicos tem altura menor que 1,60 metros, metade tem altura de 1,60 a 1,70 metros e 75 acadêmicos têm mais de 1,70 metros. Quantos acadêmicos, no total, tem o referido curso?

Alternativas
Comentários
  • Resposta: 250

    Explicação passo-a-passo:

    1/5 = 20%

    Metade = 50%

    Juntando os dois, dá 70%, e tirando 70% de 100% ds alunos, dá 30% equivalentes aos 75 alunos com altura + 1,70. Assim vira uma regra de 3 e depois uma equação:

    30% = 75

    100% = x 

    -----------------------

    Regra de três:

    30   =  75      inverte--->    30 . x =

    100    x                   100 . 75

    -----------------------

    30x = 7500

    x = 250

    Fonte : https://brainly.com.br/tarefa/20327820

  • outra maneira de resolver seria

    X/5 + X/2 +75 = X

    mmc 5 e 2 =10

    2x + 5x+ 750= 10x

    3x = 750

    x=250


ID
4199494
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Ao realizar o estudo de sua produção diária, uma cozinheira que faz e vende pamonhas, descobriu que o lucro em reais é calculado pela função L(x) = – x2 + 30x – 200, onde x é o número de pamonhas feitas e vendidas. Com base nestas informações, é CORRETO afirmar que o lucro máximo diário da cozinheira é:

Alternativas

ID
4199497
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um produtor de ovos de galinha e de codorna vende seus produtos na feira da cidade. O cliente A comprou meia dúzia de ovos de galinha e duas dúzias de ovos de codorna, pagando R$ 10,00. O cliente B comprou uma dúzia de ovos de galinha e uma dúzia de ovos de codorna, pagando R$ 11,00. Sabendo-se que não houve alteração nos preços dos ovos, é CORRETO afirmar que o valor de meia dúzia de ovos de codorna é:

Alternativas

ID
4199500
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Quantos anagramas podem ser formados a partir das letras da palavra BURITI?

Alternativas
Comentários
  • buriti

    6 letras e 2 repetidas (i)

    6!/2! = 360. letra c


ID
4199503
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um atleta fez um plano pessoal de treino de corrida para treze dias consecutivos. O planejamento consiste em, a cada dia, correr meio quilômetro a mais do que a distância percorrida no dia anterior. Sabendo-se que no primeiro dia ele correu quatro quilômetros, é CORRETO afirmar que, ao final do plano de treinamento, o atleta correu, em quilômetros, um total de:

Alternativas

ID
4199506
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um estudante gastou R$ 390,00 na compra de uma calculadora, de um tênis e de uma mochila. O preço da mochila corresponde a 60% do preço do tênis e a calculadora custou R$ 50,00 a menos que a mochila. Quanto custou o tênis?

Alternativas
Comentários
  • Gosto de pensar assim, qual é o termo neutro?

    É aquele que todos são ''subordinados'' no caso é o tenis pois a mochila é 60% dele e a calcula é 0,60 dele- 50 reais, fica assim então:

    Calc=0,60x-50

    tenis=x

    mochila=0,60x

    total=390

    2,2x-50=390

    2,2x=440

    x=440/2,2

    x=200

    queria o tênis mesmo

    GAB E

    APMBB