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Prova FAEPESUL - 2017 - Prefeitura de Celso Ramos - SC - Advogado


ID
5527456
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Banhos de mar


    Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.

    Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão? 

    De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.

    Saíamos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.

    Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade”. 

    Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer. 

    Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária. 

    No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava. 

    O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo. 

    Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras, em cada um dos braços, agarravam o banhista para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.

    O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele. 

    Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça.

    Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal. Eu às vezes lambia meu braço para sentir sua grossura de sal e iodo.

    Chegávamos em casa e só então tomávamos café. E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura.

    Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar. 

    A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?

    Nunca mais.

    Nunca. 


(Clarice Lispector. Pequenas descobertas do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

De acordo com a narrativa em análise, apenas uma das alternativas abaixo NÃO é coerente com a história. Assinale-a:

Alternativas

ID
5527459
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Banhos de mar


    Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.

    Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão? 

    De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.

    Saíamos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.

    Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade”. 

    Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer. 

    Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária. 

    No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava. 

    O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo. 

    Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras, em cada um dos braços, agarravam o banhista para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.

    O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele. 

    Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça.

    Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal. Eu às vezes lambia meu braço para sentir sua grossura de sal e iodo.

    Chegávamos em casa e só então tomávamos café. E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura.

    Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar. 

    A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?

    Nunca mais.

    Nunca. 


(Clarice Lispector. Pequenas descobertas do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

“Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão?”

Considerando o contexto, o vocabulário destacado tem como sinônimos, respectivamente, as palavras de somente uma alternativa. Assinale-a: 

Alternativas

ID
5527462
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Banhos de mar


    Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.

    Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão? 

    De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.

    Saíamos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.

    Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade”. 

    Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer. 

    Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária. 

    No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava. 

    O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo. 

    Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras, em cada um dos braços, agarravam o banhista para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.

    O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele. 

    Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça.

    Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal. Eu às vezes lambia meu braço para sentir sua grossura de sal e iodo.

    Chegávamos em casa e só então tomávamos café. E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura.

    Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar. 

    A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?

    Nunca mais.

    Nunca. 


(Clarice Lispector. Pequenas descobertas do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

“No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo”. A expressão em destaque nessa frase registra uma figura de linguagem, assim denominada:

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    Banhar "o mundo" é um exagero, portanto, hipérbole.

  • A questão é sobre figuras de linguagem e quer que identifiquemos a figura de linguagem presente na expressão em destaque em “No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo”. Vejamos:

     .

    A) Metonímia.

    Errado.

    Metonímia: consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. Essa troca se faz não porque as palavras são sinônimas, mas porque uma evoca a outra. Há metonímia quando se emprega, por exemplo:

    O autor pela obra: Nas horas de folga lia Camões. [Camões = a obra de Camões]

     .

    B) Hipérbole. 

    Certo. Dizer que a luz do sol "banhava o mundo" é um exagero; uma hipérbole, portanto. "Banhar" está no sentido de "estender-se sobre".

    Hipérbole: é uma afirmação exagerada. É uma deformação ela verdade que visa a um efeito expressivo.

    Ex: Chorou rios de lágrimas.

     .

    C) Catacrese.

    Errado.

    Catacrese: palavra ou expressão usada com seu significado original transposto ou adulterado: embarcar num trem, ficar a cavalo sobre um muro, enterrar-se um espinho no pé, tapar a boca dos poços, mesa de pés torneados, afiar os dentes da serra, etc.

     .

    D) Sinestesia.

    Errado.

    Sinestesia: é a figura de linguagem que estabelece uma relação entre percepções sensoriais: tato, audição, olfato, paladar e visão. Ex.: A voz da professora soava docemente pela sala de aula. ("soava" está relacionado à audição. "docemente" está relacionado ao paladar)

     .

    E) Comparação.

    Errado.

    Comparação: consiste em pôr em confronto pessoas ou coisas, a fim de lhes destacar semelhanças, características, traços comuns, visando a um efeito expressivo.

    Ex.: Eles não têm ideal: são como folhas levadas pelo vento.

     .

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

     .

    Gabarito: Letra B

  • Bote água pra banhar o mundo...kkkkkk. Letra B.

  • Hipérbole consiste em empregar o exagero como forma de expressão! Que loucura banhar o mundo.


ID
5527465
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Banhos de mar


    Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.

    Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão? 

    De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.

    Saíamos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.

    Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade”. 

    Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer. 

    Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária. 

    No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava. 

    O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo. 

    Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras, em cada um dos braços, agarravam o banhista para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.

    O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele. 

    Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça.

    Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal. Eu às vezes lambia meu braço para sentir sua grossura de sal e iodo.

    Chegávamos em casa e só então tomávamos café. E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura.

    Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar. 

    A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?

    Nunca mais.

    Nunca. 


(Clarice Lispector. Pequenas descobertas do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

“Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar?”. A expressão sublinhada põe em evidência uma figura de linguagem. Trata-se de: 

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre figuras de linguagem e quer que identifiquemos a figura de linguagem presente na palavra em destaque em “Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar?”. Vejamos:

     .

    A) Sinestesia.

    Certo. Em "frescura da inocência", temos uma mistura de sensações: tato e visão. Frescura refere-se a algo "fresco, que é um pouco frio"; inocência refere-se à "pureza, transparência".

    Sinestesia: é a figura de linguagem que estabelece uma relação entre percepções sensoriais: tato, audição, olfato, paladar e visão. Ex.: A voz da professora soava docemente pela sala de aula. ("soava" está relacionado à audição. "docemente" está relacionado ao paladar)

     .

    B) Metonímia.

    Errado.

    Metonímia: consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. Essa troca se faz não porque as palavras são sinônimas, mas porque uma evoca a outra. Há metonímia quando se emprega, por exemplo:

    O autor pela obra: Nas horas de folga lia Camões. [Camões = a obra de Camões]

     .

    C) Catacrese.

    Errado.

    Catacrese: palavra ou expressão usada com seu significado original transposto ou adulterado: embarcar num trem, ficar a cavalo sobre um muro, enterrar-se um espinho no pé, tapar a boca dos poços, mesa de pés torneados, afiar os dentes da serra, etc.

     .

    D) Hipérbole.

    Errado.

    Hipérbole: é uma afirmação exagerada. É uma deformação ela verdade que visa a um efeito expressivo.

    Ex: Chorou rios de lágrimas.

     .

    E) Comparação.

    Errado.

    Comparação: consiste em pôr em confronto pessoas ou coisas, a fim de lhes destacar semelhanças, características, traços comuns, visando a um efeito expressivo.

    Ex.: Eles não têm ideal: são como folhas levadas pelo vento.

     .

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

     .

    Gabarito: Letra A 

  • Sinestesia - Cruzamento de sentidos. Cheiro de café quente. por exemplo. No caso acima, frescura tem haver com um dos sentidos o tato.


ID
5527468
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Banhos de mar


    Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.

    Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão? 

    De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.

    Saíamos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.

    Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade”. 

    Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer. 

    Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária. 

    No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava. 

    O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo. 

    Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras, em cada um dos braços, agarravam o banhista para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.

    O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele. 

    Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça.

    Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal. Eu às vezes lambia meu braço para sentir sua grossura de sal e iodo.

    Chegávamos em casa e só então tomávamos café. E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura.

    Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar. 

    A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?

    Nunca mais.

    Nunca. 


(Clarice Lispector. Pequenas descobertas do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo”. O sujeito dos verbos em destaque no período acima tem, respectivamente, a seguinte classificação: 

Alternativas
Comentários
  • Devam-se: sujeito simples; núcleo (1): devam-se. Caia-se: sujeito indeterminado, indica desconhecimento do praticante da ação expressa pelo verbo. Quem caiu? É desconhecido.
  • Errei a questão, marquei a alternativa em que ambas eram sujeito oculto. Entretanto, por mais que o sujeito oculto não esteja explícito na frase, ele pode ser detectado pelo contexto. Ex.: Cheguei atrasada. (Não mostra o sujeito, mas quem chegou atrasada? Eu).
  • Não entendi o porquê do gabarito ser a letra C. Na primeira oração, o verbo está na 3ª pessoa do plural e "alguns passos" é o objeto, não o sujeito, com isso, seria sujeito indeterminado. Na segunda oração, o verbo também é indeterminado, pois tem-se o verbo na 3ª pessoa do singular com a partícula "se".

    Realmente não entendi esse gabarito aí. Se alguém puder me explicar, eu agradeceria.

  • GABARITO C

    Pergunte SEMPRE ao verbo!

    Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo

    DAVAM-SE

    Alguns passos se davam em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros

    Observe que na segunda oração não possuo sujeito, a partícula SE está atuando como índice de indeterminação de sujeito.

    Já na primeira oração, o verbo DAR está sendo intransitivo, com sujeito simples ALGUNS PASSOS.

    Caso esteja equivocada a explicação, corrijam-me.

  • GABARITO - C

    I) Davam-se alguns passos;

    VTD + SE = PARTÍCULA APASSIVADORA

    Transforma o Objeto direto em SUJEITO e com ele mantém concordância.

    Alguns passos eram dados

    II)caía-se num fundo 

    VTI ou VI + SE = Índice de indeterminação do sujeito

  • Para fins de revisão:

    "caía-se num fundo "

    VTI ou VI + SE = Índice de indeterminação do sujeito.

    VTD + SE = Partícula apassivadora.

    Cair é verbo é verbo intransitivo, sendo que o "se" é um índice de indeterminação do sujeito, dessa forma, o sujeito é indeterminado.


ID
5527471
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Banhos de mar


    Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.

    Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão? 

    De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.

    Saíamos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.

    Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade”. 

    Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer. 

    Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária. 

    No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava. 

    O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo. 

    Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras, em cada um dos braços, agarravam o banhista para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.

    O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele. 

    Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça.

    Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal. Eu às vezes lambia meu braço para sentir sua grossura de sal e iodo.

    Chegávamos em casa e só então tomávamos café. E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura.

    Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar. 

    A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?

    Nunca mais.

    Nunca. 


(Clarice Lispector. Pequenas descobertas do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

Em “Havia um salva-vidas (...)”, temos um exemplo de plural. Abaixo, identifique a alternativa INCORRETA, de acordo com as regras de plural de palavras compostas: 

Alternativas
Comentários
  • GAB-D

    abaixos-assinados. 

    Escrever-se-á, portanto: O abaixo assinado, os abaixo assinados, a abaixo assinada, as abaixo assinadas.

    Abaixo-Assinado, Abaixoassinado ou Abaixo-Asinado? A forma correta é Abaixo-Assinado! 1) Conceito: caracteriza-se em um tipo de solicitação coletiva feita em um documento para pedir algo de interesse comum a uma autoridade

    Qual é o plural de abaixo?

    plural de abaixo-assinado é abaixo-assinados. Já redigi o abaixo-assinado.

    QUER GANHAR TEMPO PARA ESTUDAR. TREINE 2X OU 3X POR SEMANA. O RESTO É ESTUDO!!!

  • Quando a primeira palavra do substantivo composto for invariável ou um verbo, apenas a segunda palavra vai para o plural

    abaixo = adverbio, classe de palavra invariável

    O correto seria abaixo-assinados


ID
5527474
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ainda sobre palavras compostas, apenas uma das alternativas abaixo deve ter pluralizados os dois elementos. Indique-a:

Alternativas
Comentários
  • GAB-C

    número: surdos-mudos e surdas-mudas.

    ENQUANTO VOCÊ EDITA VIDEO PARA FICAR POSTANDO, VOCÊ ESTARIA RESOLVENDO UMAS 10 QUESTÕES.VÁ ESTUDAR!!!

  • Engraçado que a banca cobra nosso conhecimento e digita o enunciado com erro só Deus na causa desse povo dever ser pluralizados e não deve ter pluralizados como a banca sabichona disse kkkkkkkkkkk


ID
5527477
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quanto à concordância verbo-nominal, analise os exemplos:

I. É mesmo impressionante os indícios de corrupção em nosso país.
II. Se a situação continuar assim, entrará em votação os novos regulamentos do condomínio.
III. Está realmente comprovado todos os casos de inadimplência na universidade.
IV. Os meios de comunicação, sem dúvida, tem como tarefa contribuir com a cidadania.

Analisados os exemplos acima, podemos afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Questão nos solicita a concordância verbal, vamos lá?

    I. É mesmo impressionante os indícios de corrupção em nosso país.

    Errada, pois preciso concordar no plural, ficando assim:

    São mesmo impressionantes os indícios de corrupção em nosso país.

    II. Se a situação continuar assim, entrará em votação os novos regulamentos do condomínio.

    Consoante com a primeira assertiva, preciso também concordar no plural!

    Se a situação continuar assim, entrarão em votação os novos regulamentos do condomínio.

    III. Está realmente comprovado todos os casos de inadimplência na universidade.

    Mesma coisa, concorde no plural!

    Estão realmente comprovados todos os casos de inadimplência na universidade.

    IV. Os meios de comunicação, sem dúvida, tem como tarefa contribuir com a cidadania.

    Concordância verbal no plural também!

    Os meios de comunicação, sem dúvida, têm como tarefa contribuir com a cidadania.

    GABARITO: E

    Caso esteja errado, digam!


ID
5527480
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Seguem alguns casos de regência verbal:

I. Todos os candidatos trabalharam nos temas que mais gostavam.
II. A gramática a que estamos nos referindo é classificada como normativa.
III. O livro com que ele mais se identificou é “O futuro da humanidade”.
IV. Em suas pesquisas, ele chegou em conclusões muito paradoxais.

Sobre os casos acima, temos:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - A

    I. Todos os candidatos trabalharam nos temas que mais gostavam.

    Todos os candidatos trabalharam COM temas DE que mais gostavam

    Trabalharam com algo...

    Eles gostavam de algo..

    -------------------------------------------------------------------------

    II. A gramática a que estamos nos referindo é classificada como normativa. ✅

    Estamos nos referindo A algo.

    -----------------------------------------------------------------------

    III. O livro com que ele mais se identificou é “O futuro da humanidade”. ✅

    Ele mais se identificou com algo.

    -----------------------------------------------------------------

    IV. Em suas pesquisas, ele chegou em conclusões muito paradoxais.

    Chegou a conclusões muito paradoxais.


ID
5527483
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere para análise o emprego do pronome destacado em cada exemplo:

I. Foi adotado por uma família estrangeira o garoto cujo o pai está preso.
II. Vai haver em breve um acordo internacional, que os resultados podem afetar interesses mundiais.
III. O Rio Violeta é disputado pelos turistas, onde preferem pela salubridade e pela temperatura sempre estável da água.
IV. Fecharam o hospital cujas salas de cirurgia estavam desabando.

Sobre os exemplos citados, podemos concluir:

Alternativas
Comentários
  • Não pode ter artigo antes ou depois do CUJO
  • Oi. Alguém pode por favor me dizer porquê o item II e III estão errados Obrigada

  • I. Foi adotado por uma família estrangeira o garoto cujo o pai está preso.

    Não pode CUJO + ARTIGO - ERRADA

    II. Vai haver em breve um acordo internacional, que os resultados podem afetar interesses mundiais.

    CUJO - pois os resultados são de posse do acordo, devendo ser usado CUJO.

    III. O Rio Violeta é disputado pelos turistas, onde preferem pela salubridade e pela temperatura sempre estável da água.

    Onde expressa ideia de LUGAR, como está se referindo aos turistas, pode ser usado QUE ou OS QUAIS

    IV. Fecharam o hospital cujas salas de cirurgia estavam desabando.

    Correto, as salas são de posse do hospital.

    GABARITO: C

    Caso eu esteja errada, informem!

    Bons estudos!


ID
5527486
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dividindo a quantia de R$ 94.500,00 em quatro partes, "x", "y", "z" e "w" e diretamente proporcionais aos números 2, 3, 7 e 9, respectivamente, é correto afirmar que:

I. O valor de "x" é superior a R$ 10.000,00
II. O valor de "w" é superior ao valor de "x + y"
III. O valor de "w" é superior a R$ 40.000,00
IV. O valor de "w - z" é equivalente ao valor de "x".

Está(ão) CORRETA(S) à(s) proposição(ões):

Alternativas
Comentários
  • 2k+3k+7k+9k=94500

    21+=94500

    k=94500/21

    k=4500

    I) X=4500.2=9000

    FALSO

    II) W = 4500.9=40500

    X=4500.2=9000

    Y=4500.3=13500

    X+Y

    9000+13500=22500

    VERDADEIRO

    III) W = 4500.9 = 40500

    VERDADEIRO

    IV) W-Z

    W = 4500.9= 40500 - Z=4500.7 = 31500

    40500-31500 = 9000

    VERDADEIRO

    Resp. (A)


ID
5527489
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Divida o número 6.510 em três partes inversamente proporcional aos números e 2, 3 e 5. Estas partes são, respectivamente: 

Alternativas
Comentários
  • encontre a constante k, depois é só dividir por 2, 3 e 5. letra B.

  • Regra do tapa:

    2,3,5 ---> tapa o primeiro nº e multiplica os demais, e assim sucessivamente:

    3x5xK = 15k

    2x5xk = 10k

    2x3xk = 6k

    15k+10k+6k =31k

    31k = 6.510

    k = 6510/31

    k = 210

    Agora basta substituir pelas constantes encontradas acima:

    15k = 15x210 = 3.150

    10k = 10x210 = 2.100

    6k = 6x210 = 1.260


ID
5527504
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Para um capital de R$ 15.000,00 a ser aplicado em 8 meses, seguem as seguintes propostas:

1. Aplicar à juros simples a uma taxa de 4% a.m (ao bimestre)
2. Aplicar à juros compostos 1,8% a.m (ao mês)

Analisando às propostas anteriores, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Na aplicação feita através dos juros simples na opção 1

    M = C(1+i.n)

    M = 15.000 (1+0,04.4)

    M = 17.400

    Na aplicação feita através dos juros Compostos na Opção 2

    M = C(1+i) ^n

    M = 15.000 (1+0,018)^8

    M = 17.301,09

  • Elevar a 8 ? so faria isso se ja tivesse respondido todas as outras, tempo do cabrunco.


ID
5527513
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Assinale a alternativa INCORRETA:


FORMULÁRIO


J = C . i . n                     M = C + J

M = C(1 + i)n        1,0188 = 1,153406047

Alternativas
Comentários
  • A letra A tem certeza que ta correta?

  • Sim, é só usar a fórmula comum de PA para descobrir o A43 e depois calcular a soma dos termos

  • A)

    a1=5

    r=-3

    a43=a1+(42)-3

    a43=8-126

    a43=-118

    S43=((8-118)43))/2

    S43=-2365

  • (3x-5)! = 1

    Duas raízes possíveis, pois 0! = 1 e 1! = 1

    Logo, 3x-5 = 0 -> x = 5/3

    3x - 5 = 1 -> x = 6/3 = 2

    soma das raízes = 5/3+2 = 11/3

    a) S43 = (a1 + a43)n/2 = (a1 + a1+(r*(43-1))*n/2 = (2a1 + r*(43-1))*n/2 = (2*8 -3*42)*43/2 = -2365

  • A soma de infinitos termos de uma PG é [ a1 / (1 - q) ]

  • Por que a letra E estaria correta??? Se aplicar a fórmula da PA o a23 seria 66.


ID
5527516
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que se refere aos direitos e deveres individuais previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    A Constituição Federativa de 1988, Dispõe:

    Art. 5º, inciso XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

  • Gabarito letra A

    Art. 5º, inciso XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

    Letra b) Art. 5º XVIII - As associações poderão ter suas atividades suspensas por decisão judicial ou administrativa, (não cabe parte administrativa) bem como só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado.

    Letra c) Art. 5º XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

    Letra d) XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;  

    Letra e) XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

  • GABARITO - A

    A) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado, bem como, as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tem legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 

    Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

    ------------------------------------------------------------------

    B) As associações poderão ter suas atividades suspensas por decisão judicial ou administrativa, bem como só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado.

    Suspensão - Decisão Judicial

    Dissolução - Decisão Judicial + Trânsito em Julgado.

    _____________________________________________

    C) A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de autorização, sendo vedada, posteriormente, a interferência estatal em seu funcionamento. 

    XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

    _______________________________________________

    D) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação da autoridade policial.

    Autoridade Judicial

    _____________________________________

    E) A obtenção de certidões em repartições públicas são a todos assegurados, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, facultando-se ao poder publico a cobrança de taxas para expedição do documento.

    Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

  • GAB-A

    Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado, bem como, as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tem legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 

  • a) Correta. Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado, bem como, as entidades associativas, QUANDO EXPRESSAMENTE AUTORIZADAS, têm legimitidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

    b)Incorreta.As associações só poderão ter suas atividades suspensas por DECISÃO JUDICIAL, bem como só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado.

    c) Incorreta. NÃO DEPENDE de autorização, sendo vedada a interferência do estado.

    d) Incorreta. É asilo inviolável, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador( morador, não necessariamente proprietário), salvo em caso de flagrante delito ou desastre ou para prestar socorro( a qualquer momento), ou , durante o dia, POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL.

    e)Incorreta. 1)Direito de petição e de obter certidão para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal: isento do pagamento de taxas

    2)ação popular: isenta de custas e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé

    3) Habeas Corpus e Habeas Data: gratuitos

    4) Atos necessários ao exercício da cidadania: gratuitos, na forma da lei

    5) Registro de Nascimento de Óbito: gratuito aos reconhecidamente pobres

    6) Assistência jurídica e integral pelo estado: gratuita a quem comprove insuficiência de recursos.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos direitos e deveres individuais previstos na Constituição Federal. Vejamos cada uma das alternativas:

    A. CERTO.

    “Art. 5º, XX, CF. Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.”

    “Art. 5º, XXI, CF. As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.”

    B. ERRADO.

    “Art. 5º, XVIII, CF. As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.”

    Suspensão: Decisão Judicial

    Dissolução: Decisão Judicial + Trânsito em Julgado.    

    C. ERRADO.

    “Art. 5º, XVIII, CF. A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.”

    D. ERRADO.

    “Art. 5º, XI, CF. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.”

    E. ERRADO.

    “Art. 5º, XXXIV, CF. São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.”

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • MDS, eu li judicial no lugar de policial, na D.

  • a) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado, bem como, as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tem legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

    b) somente decisão judicial

    c) a criação de associações independe de autorização

    d) autoridade policial não pode determinar nada kkkkk

    e) certidões são gratuitas

  • Resposta letra a).

    Faltou o acento no têm.


ID
5527519
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei da Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992), assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A questão pede a incorreta.

    Gabarito Letra D.

    Art. 17, §7° Estando a inicial da Ação de Improbidade Administrativa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de dez dias, devendo o Juiz, após o recebimento da manifestação, no prazo de quinze dias, em decisão fundamentada, rejeitar a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

    O correto são 15 dias.

    OBS: questão desatualizada.

    nova redação do dispositivo:

    § 7º Se a petição inicial estiver em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a citação dos requeridos para que a contestem no prazo comum de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo na forma do .         

  • A assertiva D tem mais um erro, pois o prazo para o juiz rejeitar a ação é de 30 dias (e não 15)

    Art. 17, § 8  Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

    Obs.: o referido parágrafo foi revogado pela lei 14.230. 


ID
5527522
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Não definido

No que tange ao Código Tributário Nacional, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas

ID
5527525
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Não definido

Em relação ao Novo Código de Processo Civil, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas

ID
5527528
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Celso Ramos - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA em relação ao disposto no Código Civil:

I. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
II. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
III. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 

Alternativas
Comentários
  • FTP = tile transfer protocol

    HTTP= hypertext transfer protocol

  • Colega, HTTP pode ser usado para a transferência de arquivos.

  • Ta respondendo errado, meu amigo. O HTTP pode sim transferir arquivos em hipermídia.

  • Hipertexto é um arquivo, por ex, em html.

  • O HTTP é um protocolo usado principalmente para acessar dados na Web. Funciona como uma combinação de dois outros protocolos: FTP e SMTP. Ele é similar ao FTP, pois permite a trans-ferência de arquivos e usa serviços do TCP

  • GABARITO: C

    Código Civil:

    I (correta): Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    II (correta): Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

    III (correta): Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

  • GABARITO: C

    I - CERTO: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    II - CERTO: Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

    III - CERTO: Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

  • Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

  • A questão exige conhecimento acerca da Lei n. 10.406/2002 (Código Civil - CC), e pede ao candidato que julgue os itens que seguem. Vejamos:

    I. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    Correto. A banca trouxe a cópia literal do art. 95, CC: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    II. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

    Correto. A banca trouxe a cópia literal do art. 134, CC: Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

    III. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 

    Correto. A banca trouxe a cópia literal do art. 191, CC: Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

    Portanto, todos os itens estão corretos.

    Gabarito: C