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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - Prefeitura de Uberlândia - MG - Engenheiro Agrônomo


ID
3308356
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Releia este trecho.


Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade.”


A conjunção em destaque pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    malgrado exprime contrariedade, ressalva, oposição a uma ideia sem invalidá-la.

    Ex: Embora, conquanto , posto que, se bem que, mesmo que.

  • GABARITO: LETRA D

    ??Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade.?

    ? Temos uma conjunção subordinativa concessiva, ela pode ser substituída perfeitamente por: apesar de, embora, mesmo que, apesar de que, conquanto, nem que, se bem que, ainda que, por muito que, por mais que, por menos que.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva D

    “Malgrado = concessiva.

  • A Por causa de

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    B À medida que

    Conjunções subordinativas proporcionais: têm valor semântico de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância...

    São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos...

    Ex.: À medida que resolvia questões, aprendia o assunto das provas.

    C Uma vez que

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    D Apesar de

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: (muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

    Gabarito: Letra D


ID
3308359
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Uma das ideias que o texto em questão aborda é o declínio da apreciação da ciência ao longo do tempo.

Assinale a alternativa que resume corretamente esse processo.

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.


ID
3308362
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Releia este trecho.

“Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: ‘As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade.’”

Quanto à estratégia argumentativa utilizada nesse trecho, é correto afirmar que se trata de argumentação por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: ?As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável?

    ? Temos uma citação direta entre aspas, ela marca um argumento de autoridade, ele tem como propósito trazer solidez ao texto, procurando deixar os argumentos com teor de convencimento.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Que eu saiba António Guterres não é um especialista no assunto, apenas uma pessoa sensata. Ele é formado em Eng. Elétrica e Física segundo a wikipedia.


ID
3308365
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Releia este trecho.

“Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza.”

Considerando o trecho e o contexto no qual se insere, é correto afirmar que a ideia que ele expressa também se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • ??? Não entendi

  • “Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza.”

    Logo após a frase acima, no texto, o autor explica, dizendo que é possível que a ciência esteja errada, mas para contestar algo que seja consensual no meio científico, você deve ter argumentos contundentes no sentido contrário.

    Dessa forma, observamos que o trecho “Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema" traz consigo essa equivalência que a questão pede. Em que, A ciência não é dogma, pode ser contestada, mas não deve ser um anátema (algo energicamente negado).

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • anátema

    [anátema]

    SUBSTANTIVO

    1. rel
    2. sentença de maldição que expulsa da Igreja; excomunhão
    3. "<proferiu-se por fim o a. contra o herege> "
    4. p.ext.
    5. reprovação enérgica; condenação, repreensão, maldição, execração
    6. "<lançar o a. sobre o inimigo> "
    7. que ou aquele que foi atingido por anátema; excomungado
    8. "<um a. não entra na casa de Deus> " · [mais]
    9. p.ext.
    10. que ou aquele que está à margem da sociedade; maldito, execrado
    11. "<todo traficante é a.> " · [mais]

  • nem eu

  • Por que não a C?


ID
3308368
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

A respeito da argumentação observada no texto sobre a contestação da ciência do clima, analise as afirmativas a seguir.


I. O autor não acredita na possibilidade de se contestar as notícias alarmantes sobre o tema.

II. A ideia de que “não se deve temer esse aquecimento,mas a recaída numa nova glaciação” é tomada pelo texto como uma contestação válida contra o alarmismo do aquecimento global.

III. Segundo o texto, existe uma motivação financeira impulsionando a desinformação a respeito dos avisos feitos pela ciência do clima.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. O autor não acredita na possibilidade de se contestar as notícias alarmantes sobre o tema. Errada

    Trecho do segundo parágrafo: "Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário." Você pode contestar, existe a possibilidade, mas tenha argumentos para defender sua contestação.

    II. A ideia de que “não se deve temer esse aquecimento,mas a recaída numa nova glaciação” é tomada pelo texto como uma contestação válida contra o alarmismo do aquecimento globa. Errada

    Trecho do segundo parágrafo: " O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: ( Reparem os dois pontos, a partir desse ponto o autor faz uma enumeração de argumentos que devem ser refutados, inverdades).os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc."

    III. Segundo o texto, existe uma motivação financeira impulsionando a desinformação a respeito dos avisos feitos pela ciência do clima. Correta

    "Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas''


ID
3308371
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o trecho a seguir.


“Não por acaso, o novo conhecimento deixou o mundo perplexo e foi aplicado na investigação genética dos mais diversos casos: verificação de paternidade, de outros graus de parentesco, identificação de fósseis e até o estudo de predisposição genética a algumas doenças.”

Disponível em: <https://tinyurl.com/y2c3ot4f>. Acesso em: 5 ago. 2019.


A respeito do uso dos dois-pontos, é correto afirmar que, nesse trecho, eles marcam uma

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Não por acaso, o novo conhecimento deixou o mundo perplexo e foi aplicado na investigação genética dos mais diversos casos: verificação de paternidade, de outros graus de parentesco, identificação de fósseis e até o estudo de predisposição genética a algumas doenças.?

    ? Os dois-pontos dão início a um aposto enumerativo, ele enumera e explica quais são esses "diversos casos".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3308380
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas  

Ao quente arfar das virações marinhas,  

Veleiro brigue corre à flor dos mares,  

Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai?  Das naus errantes  

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?  

Neste saara os corcéis o pó levantam,   

Galopam, voam, mas não deixam traço.


[...]


Negras mulheres, suspendendo às tetas   

Magras crianças, cujas bocas pretas   

Rega o sangue das mães:   

Outras moças, mas nuas e espantadas,   

No turbilhão de espectros arrastadas,  

Em ânsia e mágoa vãs!


E ri-se a orquestra irônica, estridente...  

E da ronda fantástica a serpente   

Faz doudas espirais...  

Se o velho arqueja, se no chão resvala,   

Ouvem-se gritos... o chicote estala.  

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,   

A multidão faminta cambaleia,  

E chora e dança ali!  

Um de raiva delira, outro enlouquece,   

Outro, que martírios embrutece,  

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra,  

E após fitando o céu que se desdobra,  

Tão puro sobre o mar,  

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:  

“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!...”

                                                            (Navio Negreiro – Castro Alves – 1880).

Disponível em:<http://biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://biblio.com.br/ conteudo/ Castro Alves/navionegreiro.htm>. Acesso em: 5 ago. 2019.


TEXTO II

Estamos em pleno mar, embarcações de ferro e aço

Onde pessoas disputam palmo a palmo por um espaço

Nesse imenso rio negro de piche e asfalto

Cristo observa tudo calado de braços abertos lá do alto

Onde a lei do silêncio impede que ecoe o grito do morro

Dos poetas em barracos sem forro, que clamam por socorro

Homens de pele escura, sem sobrenome importante

Filhos de reis e rainhas de uma terra tão distante

O mar separa o Brasil da África

Um rio separa as periferias das mansões de magnatas

Uniformes diferenciam funcionários de patrões

A cor denuncia vítimas antigas de explorações

Trazidos em porões e navios negreiros

Tratados como animais, vendidos a fazendeiros

Vivendo em cativeiros

Negociados como mercadoria

Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia

Deixou pra trás dialetos e crença

Caçados, mortos e açoitados quem tentou resistência

Tratados como gado, sem direito à educação

Emudeceram seus tambores, amaldiçoaram sua religião


[...]

                                                     (Navio Negreiro – Slim Rimografia – 2011).

Disponível em:<https://www.letras.mus.br/slim-rimografia/navio-negreiro/> . Acesso em: 5 ago. 2019.

A respeito da relação que os dois textos estabelecem entre si, analise as afirmativas a seguir.


I. Apesar de se tratar de textos de gêneros textuais distintos (poesia e letra de música), ambos os abordam o processo de escravidão no Brasil.

II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto II.

III. No texto I, observa-se o uso de aspectos estéticos da linguagem, trabalhada de forma poética por Castro Alvos. Essa característica não está presente no texto II.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito foi alterado para letra A

  • Não concordo com esse gabarito.

    I.Apesar de se tratar de textos de gêneros textuais distintos (poesia e letra de música), ambos os abordam o processo de escravidão no Brasil.

    Presa nos elos de uma só cadeia,   

    A multidão faminta cambaleia,  

    E chora e dança ali! 

    Texto 1

    Trazidos em porões e navios negreiros

    Tratados como animais, vendidos a fazendeiros

    Vivendo em cativeiros

    Negociados como mercadoria

    Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia

    Texto 2. Falando, claramente da escravidão.

    II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto II.

    Creio que a simples menção do título 'Navio Negreiro', já nos faz acessar o assunto que será tratado. A música nos diz qual é o navio negreiro de hoje, nos morros e favelas nos quais negros ainda são inferiorizados, maltratados, sem condições e oportunidades de ter um teto e condições dignas para se viver. A escravidão não acabou.

    Por isso, acredito que a repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto deste.

    Enfim, minha opinião!

  • Concordo que a afirmativa II contribui para construção de significação do texto II. Ao utilizar o inicio de um trecho famoso de Castro Alves o leitor que tem conhecimento do intertexto por já conhecer e ter tido contato com a obra obtém ideia rápida sobre o assunto.

  • Pra mim, gabarito Letra B.

    A banca que se procure.

  • II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto II

    É uma questão que envolve compreensão e interpretação. O autor do texto II repetiu apenas um trecho do primeiro verso do texto I, o que torna incorreta a primeira parte da alternativa (compreensão textual). A segunda parte da alternativa está correta porque contribui, sim, para a construção do significado do texto II porque há intertextualidade.


ID
3308383
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas  

Ao quente arfar das virações marinhas,  

Veleiro brigue corre à flor dos mares,  

Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai?  Das naus errantes  

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?  

Neste saara os corcéis o pó levantam,   

Galopam, voam, mas não deixam traço.


[...]


Negras mulheres, suspendendo às tetas   

Magras crianças, cujas bocas pretas   

Rega o sangue das mães:   

Outras moças, mas nuas e espantadas,   

No turbilhão de espectros arrastadas,  

Em ânsia e mágoa vãs!


E ri-se a orquestra irônica, estridente...  

E da ronda fantástica a serpente   

Faz doudas espirais...  

Se o velho arqueja, se no chão resvala,   

Ouvem-se gritos... o chicote estala.  

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,   

A multidão faminta cambaleia,  

E chora e dança ali!  

Um de raiva delira, outro enlouquece,   

Outro, que martírios embrutece,  

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra,  

E após fitando o céu que se desdobra,  

Tão puro sobre o mar,  

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:  

“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!...”

                                                            (Navio Negreiro – Castro Alves – 1880).

Disponível em:<http://biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://biblio.com.br/ conteudo/ Castro Alves/navionegreiro.htm>. Acesso em: 5 ago. 2019.


TEXTO II

Estamos em pleno mar, embarcações de ferro e aço

Onde pessoas disputam palmo a palmo por um espaço

Nesse imenso rio negro de piche e asfalto

Cristo observa tudo calado de braços abertos lá do alto

Onde a lei do silêncio impede que ecoe o grito do morro

Dos poetas em barracos sem forro, que clamam por socorro

Homens de pele escura, sem sobrenome importante

Filhos de reis e rainhas de uma terra tão distante

O mar separa o Brasil da África

Um rio separa as periferias das mansões de magnatas

Uniformes diferenciam funcionários de patrões

A cor denuncia vítimas antigas de explorações

Trazidos em porões e navios negreiros

Tratados como animais, vendidos a fazendeiros

Vivendo em cativeiros

Negociados como mercadoria

Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia

Deixou pra trás dialetos e crença

Caçados, mortos e açoitados quem tentou resistência

Tratados como gado, sem direito à educação

Emudeceram seus tambores, amaldiçoaram sua religião


[...]

                                                     (Navio Negreiro – Slim Rimografia – 2011).

Disponível em:<https://www.letras.mus.br/slim-rimografia/navio-negreiro/> . Acesso em: 5 ago. 2019.

O texto de Slim realiza uma intertextualidade com o texto de Castro Alves.

Sobre esse diálogo, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Paráfrase é uma reescrita do texto original. O que não é o caso.

  • paráfrase consiste na reescrita de um texto, mas mantendo sua essência em termos temáticos, é uma espécie de tradução dentro da própria língua. É um processo de recriação que não utiliza recursos como a ironia ou humor e não desvincula a ideia central previamente apresentada.

  • Observa-se que o texto II objetiva recontar a narrativa contada pelo texto I, realizando uma paráfrase, traduzindo, porém, a linguagem de Castro Alves para uma linguagem contemporânea e urbana, típica do rap

  • GAB A

    INTERTEXTUALIDADE: Dá se o nome de intertextualidade ao fato de um texto explícito remeter a um texto implícito, o qual deve ser percebido pelo o leitor. Portanto, a intertextualidade é um dos mecanismos de polifonia. A Paráfrase (com ou sem caráter de paródia) também revela intertextualidade.

    RUMO A #PC_PR

  • PARÁFRASE é interpretação, explicação ou nova apresentação de um texto (entrecho, obra etc.) que visa torná-lo mais inteligível ou que sugere novo enfoque para o seu sentido.

    Gabarito A


ID
3308389
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pra você ficar por dentro do que rola, convidamos a jornalista e apresentadora Renata Simões, para te guiar nesse vocabulário das ruas.

Se liga só:

Bapho: Um acontecimento para lá de inesperado, marcante. Algo que pode (ou não) causar uma revolução na vida. Às vezes é dito em tom de fofoca “preciso te contar um bapho” ou como comentário “que bapho!” Quando o bapho é muito bapho mesmo, a gente escreve com PH.

Salve: Um aceno, um alô. A gente manda salve pros amigos e quando quer avisar algo.

Tranqueira: Aquele ou aquilo que ninguém quer. Não é bom pra nada.

Causar: Tem gente que causa uma situação, um problema, um furor, uma excitação. Usado em sua maioria de maneira positiva, causar é o ato de chegar chegando ou perturbar alguma situação. O fulano pode causar no bar ao beber demais ou os amigos podem causar no show ao fazer um mosh.”

                            Disponível em:<https://tinyurl.com/y39xbjkr> . Acesso em: 5 ago. 2019.


A respeito do uso das gírias, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Queremos a alternativa incorreta;

    ? As gírias constituem uma criação de códigos linguísticos que empobrecem a linguagem, pois só são acessíveis a determinados grupos sociais. Por isso, os registros nos quais se utilizam gírias não fazem parte da língua portuguesa ? As gírias não empobrecem a linguagem de forma alguma, elas marcam determinado grupo social e servem para mostrar o quão uma linguagem é mutável e se adapta a determinado contexto.

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ID
3308392
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o trecho a seguir.


“Oh, pedaço de mim

Oh, metade amputada de mim

Leva o que há de ti

Que a saudade dói latejada

É assim como uma fisgada

No membro que já perdi”

(Metade de mim – Chico Buarque). Disponível em:<https://www.letras.mus.br/chico-buarque/86030/> . Acesso em: 5 ago. 2019.


Nos versos em destaque, Chico Buarque utiliza imagens poéticas para descrever a saudade. O processo em questão denomina-se

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada No membro que já perdi?

    ? Temos uma comparação ou também chamada de símile; não confunda metáfora com ?comparação? (ou símile) porque na metáfora não há conectivo explicitando a relação de comparação. Na comparação (ou símile) sempre há um conectivo ou uma expressão estabelecendo a relação de comparação.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Quem errou pq esqueceu que símile e comparação são a mesma coisa, saiba: você não está sozinho! rsrs

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA QC


ID
3308401
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Baseando-se no que que dispõe a Constituição da República de 1988, a Lei Orgânica do Município de Uberlândia trata da organização dos poderes municipais.

Tendo em vista o Poder Legislativo municipal, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.


( ) Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do prefeito, dispor sobre a aquisição onerosa ou alienação de bens imóveis do município.

( ) O subsídio dos vereadores será revisado anualmente, observando-se a mesma data e índice do subsídio dos deputados estaduais.

( ) Poderá o vereador, desde a sua eleição até o fim de sua legislatura, ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo, desde que compatíveis entre si.

( ) Perderá o mandato o vereador investido na função de secretário ou procurador municipal, recebendo a remuneração da nova função assumida.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • (V) Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do prefeito, dispor sobre a aquisição onerosa ou alienação de bens imóveis do município. Art. 11 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de competência do Município, especialmente;

    (V) O subsídio dos vereadores será revisado anualmente, observando-se a mesma data e índice do subsídio dos deputados estaduais. § 1º do Art. 12 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - O subsídio dos Vereadores será revisado anualmente, observando-se a mesma data e índice do subsídio dos Deputados Estaduais.

    (F) Poderá o vereador, desde a sua eleição até o fim de sua legislatura, ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo, desde que compatíveis entre si. Art. 15 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - O Vereador não poderá: [...] II - desde a posse: [...] d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

    (F) Perderá o mandato o vereador investido na função de secretário ou procurador municipal, recebendo a remuneração da nova função assumida. Art. 17 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - Não perderá o mandato o Vereador: I - investido na função de Secretário ou Procurador Municipal, podendo optar pela remuneração de Vereador;


ID
3308407
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Complementar nº 40/1992 do município de Uberlândia estabelece critérios para a contagem do tempo de serviço público municipal local.


Será(ão) contado(s) apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Segundo Lei Complementar nº 40/1992:

    ? Art. 46 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

    I - O tempo de serviço público prestado a União, Estados, Municípios, suas respectivas autarquias e fundações, bem como as empresas públicas e sociedades de economia mista;

    II - A licença para atividade política, no caso do art. 122.

    III - O tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo municipal, estadual ou federal, anterior ao ingresso no serviço público municipal;

    IV - O tempo de serviço em atividade privada, vinculada a Previdência Social;

    V - O tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

    VI - Exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão ou entidade federal, estadual, municipal ou Distrito Federal.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • a) o tempo de serviço em atividade privada, vinculada a Previdência Social. - o servidor, quando passa a exercer seu cargo, não perde o tempo de contribuição em atividade privada, mas acumula-o com o tempo de contribuição como servidor público.


ID
3308413
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar Municipal nº 40/1992, constituem indenizações ao servidor público, exceto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Segundo Lei Complementar Municipal nº 40/1992:

    ? Art. 68 - Constituem indenizações ao servidor:

    I - Ajuda de custo;

    II - Diárias;

    III - Transporte.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3308416
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O sarampo voltou a assombrar o Brasil no último ano. Em 2018, mais de 10 mil casos foram confirmados no país e, neste ano, os números não param de crescer. O estado de São Paulo, por exemplo, registrou um aumento de 303% (de 51 para 206) nos casos da doença entre junho e julho, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde.

[...]

Embora o sarampo seja conhecido como uma doença infantil, segundo o boletim da Secretaria, os jovens e adultos representam 47% dos casos atuais em São Paulo. A explicação para o novo foco da doença ser essa faixa etária está justamente no histórico da condição no país.

Disponível em:<https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2019/07/11/por-que-agora-a-vacina-do-sarampo-e-direcionada-a-jovens-de-15-a-29-anos.htm>. Acesso em: 18 jul. 2019.


O estado de São Paulo tem intensificado o movimento de vacinação contra o sarampo de sua população, priorizando o grupo formado por jovens e adultos entre 15 e 29 anos de idade.

Essa faixa etária tem sido priorizada porque,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? O pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica que, antes dessa data, o imunizante no país era ministrado em uma única dose, aos 9 meses de vida. Só a partir do ano 2000 foi estabelecido pelo Ministério da Saúde duas doses da vacina após 1 ano de idade.

    ? Fonte: https://noticias.r7.com/saude/sarampo-quem-nasceu-ate-ano-2000-pode-ter-tomado-so-1-dose-da-vacina-25042019

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ID
3308419
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Conjunto Praça Clarimundo Carneiro, com o Edifício da Câmara Municipal e o Coreto, é um dos principais espaços públicos localizados na região central de Uberlândia.

Sobre o Conjunto Praça Clarimundo Carneiro, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? A Praça Clarimundo Carneiro ocupa a área onde foi construído o segundo cemitério da cidade. Esse cemitério foi desativado em 1898, e a partir de 1908 iniciou-se o processo de regulamentação da área junto ao Bispado objetivando desapropriações de terrenos do seu entorno para a construção de um Jardim Público no local, assim como de um prédio para abrigar o Paço Municipal. Nos últimos anos do século XIX, após a Proclamação da República, decidiu-se que a cidade deveria ter um prédio imponente, que correspondesse aos ideais de beleza e modernidade que o momento exigia. Assim, em 1898 foi elaborada a Lei Municipal nº7, que determinou a construção de um edifício par abrigar o Paço Municipal.

    ? Fonte: https://www.uberlandia.mg.gov.br/prefeitura/secretarias/cultura/patrimonio-historico/bens-tombados-e-registrados/praca-clarimundo-carneiro-camara-municipal-coreto/

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ID
3308425
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Uma parcela de 7% dos brasileiros acredita que o formato da Terra é plano, aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha no início deste mês. O levantamento contou com 2 086 entrevistados maiores de 16 anos de idade em 103 cidades pelo país e foi o primeiro a estimar quantos no país duvidam que o planeta seja esférico – cerca de 11 milhões de pessoas.

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/07/7-dos-brasileiros-afirmam-que-terra-e-plana-mostra-pesquisa.shtml>. Acesso em: 2 ago. 2019.


Sobre o crescimento do terraplanismo no Brasil, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? A Terra é esférica, não é plana. Isso não é uma crença, é um fato que foi repetidamente comprovado por mais de dois milênios. A crença no terraplanismo é, no fundo, uma crítica à ciência e ao método científico. As ideias terraplanistas podem ter como consequência o afastamento da população da ciência.

    Segundo a pesquisa, a crença de que a Terra é plana apresenta uma relação inversamente proporcional à escolaridade. Enquanto 10% das pessoas que possuem apenas ensino fundamental defendem o terraplanismo, a parcela diminui entre os que possuem ensino médio completo (6%) ou superior (3%). Assim, a maioria das pessoas que adotam o terraplanismo têm o ensino fundamental como grau máximo concluído.

    Apesar disso, da maneira que está redigida, a questão justifica o baixo grau de escolaridade no Brasil com o fato de que as pessoas que adotam o terraplanismo têm o ensino fundamental como grau máximo concluído. Isso está errado. O baixo grau de escolaridade no Brasil não possui relação com o terraplanismo. Possui relação com o baixo investimento na educação, entre outros fatores.

    ? Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/iss-de-uberlandia-atualidades-possibilidade-de-recurso/

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ID
3308428
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A mobilidade urbana é um problema que afeta as grandes cidades na atualidade do Brasil e do mundo. Por isso, em várias cidades, verifica-se iniciativas que buscam oferecer soluções para esse problema.

O sistema alternativo que atende às demandas ambientais e econômicas para a mobilidade urbana é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Desde o início do ano, patinetes e bicicletas compartilhadas tomaram conta das ciclovias, calçadas e ruas em uma grande parte das capitais brasileiras ? uma movimentação que no ano passado já era comum em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro [...].

    ? Fonte: https://g1.globo.com/carros/noticia/2019/04/26/quem-e-o-dono-dessa-bike-conheca-as-empresas-por-tras-do-compartilhamento-de-bicicletas-e-patinetes-no-brasil.ghtml

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ID
3308431
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Oto, Téo e Tom são três amigos que trabalham juntos. Dois deles têm 34 anos de idade e sempre dizem mentira. Já o outro amigo, que tem 40 anos de idade, diz sempre a verdade.

Se Téo disse que a idade de Tom não é 34 anos de idade, então é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Oto, Téo e Tom são três amigos que trabalham juntos. 

    Dois deles têm 34 anos de idade e sempre dizem mentira. 

    Já o outro amigo, que tem 40 anos de idade, diz sempre a verdade. 

    Se Téo disse que a idade de Tom não é 34 anos de idade (Mentira)

    ⇢ Téo mentiu (então tem 34 anos), e a idade de Tom é 34 anos. Logo, quem tem 34 anos mente (Téo e Tom).

  • Para resolver fácil é preciso fazer um esquema.

    Temos as seguintes regras:

    OTO .................................................................{ 2 possuem 34 e sempre mentem.

    TÉO .................................................................{ 1 possui 40 e nunca mente.

    TOM

    .

    .

    .

    TÉO disse que TOM não tem 34 anos.

    Essa afirmação tem duas possibilidades.

    Se for verdade então TOM tem 40, TÉO tem 40 e OTO 34. Não fecha com as regras.

    Se for falsa.... então TOM tem 34, TÉO tem 34 e OTO 40. Fecha com as regras.

    Dessa forma TOM e TÉO sempre mentem, porque possuem 34 anos.

  • (?) Oto, Téo(?) e Tom 34 teremos 2 mentirosos e 1 que fala a verdade

    Dois deles têm 34 anos de idade e sempre dizem mentira.

    40 anos de idade, diz sempre a verdade.

    Se Téo disse que a idade de Tom não é 34 anos de idade, então é correto afirmar que - se for verdadeiro teremos apenas 1 mentiroso, lembrem que são dois , portanto afirmação é falsa. Sendo assim teremos

    Téo com 34,

    Tom 34,

    Oto 40

    GABARITO LETRA B

  • MUITO SIMPLES.


ID
3308434
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Max e seus cinco amigos estão em uma fila cujas posições ocorrem de forma crescente, sempre da esquerda para direita. Edu está em uma posição anterior à de Isa, que, por sua vez, está em uma posição, imediatamente, posterior à de Mel. Léo, com certeza, não está antes de todos os outros cinco amigos na fila, mas está em uma posição mais próxima da primeira do que da última. É certo que Eli está em uma posição anterior à de Edu e que esse, por sua vez, não ocupa a quarta posição da fila.

Dessa forma, é correto concluir que a pessoa que ocupa a quarta posição nessa fila

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    1⇢ Eli 2⇢ Edu 3⇢ Leo 4⇢ Max 5⇢ Mel 6⇢ Isa

    1⇢ Eli 2⇢ Edu 3⇢ Leo 4⇢ Mel 5⇢ Isa 6⇢ Max

    Assim, letra D) Mel ou Max

  • "posições ocorrem de forma crescente, sempre da esquerda para direita."

    essa informação me atrapalhou, ela tem alguma relevância?

  • assistam à aula aqui do site

    se fizer assim, vai errar: 1 2 3 4 5 6

    tem de ir botando os nomes, começando pelo primeiro(edu) e vá lendo.

    li, leo, edu, mel, isa e max (max não pode ficar antes de "edu" porque edu vai ficar na quarta posição, se isso acontecer) o que não pode.

    li, leo, edu, max, mel e isa

  • ASSITAM AS AULAS SINALIZADAS AQUI PARA A QUESTÃO! EU AMEI


ID
3308440
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

Cleide comprou um relógio analógico e descobriu, após algum tempo que a hora por ele marcada tinha um atraso com relação à indicação de hora correta. Após algumas observações, ela percebeu que seu relógio tinha um atraso de 3 segundos e 1 décimo de segundo a cada minuto que passava. Certo dia, Cleide parou totalmente seu relógio, e o ajustou corretamente ao horário real, que era exatamente de 14h, permanecendo o atraso do relógio a contar a partir desse horário.

Dessa forma, no horário correto, às 21h desse mesmo dia, o ponteiro dos segundos do relógio de Cleide apontava para marcação correspondente a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    3seg + 1/10 s = 3,1 /s

    3,1 x 6 s = 18,6 s

    60 s - 18,6s = 41,4 s Aproximando para 42 segundos.

  • Essa questão foi anulada, a resposta correta seria 18, porque como está atrasando o relógio, no final das contas seria 1 minuto menos 42 segundos, o que daria 18.

  • Esta questão foi anulada, pessoal.


ID
3323947
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre os direitos e vantagens dos servidores públicos do município de Uberlândia previstos na Lei Complementar Municipal nº 40/1992, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Queremos a alternativa incorreta, segundo Lei Complementar Municipal nº 40/1992:

    ? Art. 64 - O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.

    Parágrafo Único - O servidor que for exonerado do serviço público municipal terá direito à percepção do saldo do proporcional aos dias trabalhados no mês, até o dia de seu desligamento.

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ID
3325294
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Uberlândia, é de competência do município

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Segundo LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA/MG:

    ? Art. 7º Compete ao Município: XIV - elaborar o plano diretor de desenvolvimento integrado.

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  • Gabarito B

    Art. 7º Compete ao Município:

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

    VIII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;

    XI - legislar sobre os seguintes assuntos, observadas as normas gerais da União e as suplementares do Estado:

    XIV - elaborar o plano diretor de desenvolvimento integrado.

  • legislar privativamente sobre proteção à infância, à juventude, à gestante e ao idoso.

    legislar de forma suplementar, com observância das normas da União e Estado.


ID
3343216
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Uma ferramenta essencial no planejamento das atividades agrícolas é a análise de solo.
Sobre esse procedimento, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3343219
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Sendo o objetivo final de um programa de melhoramento de plantas a obtenção de um novo cultivar, assinale a alternativa que melhor representa a sequência do processo de produção de sementes, como insumo, obtidas via melhoramento genético.

Alternativas

ID
3343222
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

A semeadura direta, sem preparo ou mobilização do solo, que surgiu como uma simples técnica de manejo com o objetivo básico de controle da erosão hídrica do solo, evoluiu para um sistema complexo e ordenado de produção agrícola, denominado, no Brasil, de sistema de plantio direto.
Com relação ao manejo da fertilidade do solo nesse sistema de plantio, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Os fertilizantes nitrogenados amoniacais e a uréia liberam H+ pela reação do NH4 com o solo. H+, por sua vez, libera um cátion trocável para a solução do solo. Este cátion liberado é lixiviado, favorecendo a acidificação do solo. Portanto, A incorreta.

    A variabilidade das características químicas do solo, especialmente de fósforo disponível, é maior do que no preparo convencional, tanto no sentido horizontal como em profundidade no perfil do solo.Bincorreta.

    O  é um corretivo da acidez do solo. Pode fornecer cálcio (Ca) e magnésio (Mg), além de ajudar na melhoria de atributos físicos do solo, por isso é essencial para qualquer tipo de plantio.C incorreta.


ID
3343225
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

O sistema convencional de preparo de solo é fundamentado basicamente no uso de arados e grades.
Sobre os tipos de arado, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta é a letra C.

    O arado de aiveca apresenta diferentes tipos de acordo com o tipo de solo, sendo assim,existem três classificações:

  • c....

     Existem variações no formato das aivecas de acordo com as características do solo e do trabalho desejado. A aiveca usada para solos pesados devem ser compridas, estreitas e de pouca curvatura para facilitar a penetração no solo (Balastreire, 1987). Aiveca para solos leves (arenosos) deve ser mais curta e com grande curvatura. Para solos pegajosos, as aivecas devem ter as chapas recortadas para reduzir a aderência ao solo. As aivecas indicadas para o enterrio de grandes quantidades de restos de cultivo devem ter maior curvatura, para facilitar o trabalho. O arados de aivecas tendem a exigir maior potência de tração para uma mesma largura de trabalho, pricipalmente se o arado for reversível em razão do maior peso.

    https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/soja/arvore/CONT000fu5hwsuz02wx5eo0c9slrar1g32wg.html


ID
3343228
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Os elementos minerais essenciais para as plantas são geralmente classificados como macro ou micronutrientes, de acordo com suas concentrações relativas no tecido vegetal. No entanto, essa classificação é difícil de ser justificada do ponto de vista fisiológico. Com isso, uma outra classificação foi proposta de acordo com o papel bioquímico e a função fisiológica do nutriente vegetal, que afirma que

Alternativas

ID
3343231
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Analise o texto a seguir.
No manejo de pragas, é considerado o método ideal de controle pela possibilidade de ele permitir a manutenção da praga em níveis inferiores ao de dano econômico, sem causar prejuízos ao ambiente e sem ônus adicional ao agricultor. Além disso, por sua compatibilidade com os demais métodos de controle, torna-se uma técnica ideal para ser utilizada em qualquer programa de manejo de pragas.
Esse texto se refere ao método

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: letra B (de resistência de plantas)

    Ao observar as estatísticas nota-se que a maioria assinalou a Alternativa D.

    Acredito que o ponto do enunciado que descarta esta alternativa esteja ao citar a "[...] sua compatibilidade com os demais métodos de controle [...]", visto que é complexo falarmos de compatibilidade de tal método com o controle químico, por exemplo, apesar de ser possível dependendo do manejo adotado na propriedade/região.

  • Método de resistência de plantas: baseia-se no emprego de plantas resistentes a insetos, considerado o método ideal de controle devido à possibilidade de permitir a manutenção da praga em níveis inferiores ao de dano econômico, sem causar prejuízos ao ambiente e sem ônus adicional ao agricultor. É ideal para ser utilizada em qualquer programa de manejo de pragas.

    Fonte: EMBRAPA


ID
3343234
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Tendo em vista o manejo integrado de doenças (MID), termo análogo ao manejo integrado de pragas (MIP), assinale a alternativa que não apresenta uma de suas ações.

Alternativas

ID
3343237
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Analise o texto a seguir.
“É o herbicida mais utilizado e mais estudado em todo o mundo, em função de sua vasta utilização na agricultura. Espera-se, para os próximos anos, um aumento de seu uso na agricultura do país, entre outros motivos, pela agregação de novas áreas de plantio, pelo aumento de áreas sob plantio direto, pela conversão de áreas de pastagens em cultivos de cana e pela difusão do uso de culturas geneticamente modificadas para resistência a sua aplicação”. (OLIVEIRA, Jr. et al, 2011).
Esse texto se refere ao

Alternativas
Comentários
  • ampalmente utilizado há mais de 70 anos, o ácido 2,4-diclorofenoxiacético possui registro em mais de 70 países de todas as partes do mundo, onde oferece controle confiável e com bom custo-benefícil das principais plantas daninha de folhas largas na agricultura, silvicultura, área de pastagem e na manutenção de margens de rodovias e áreas ....

    RESPOSTA : A

    CREIA E VEJA O IMPOSSÍLVEL ACONTECER


ID
3343240
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

A produção atual de alimentos depende, em muito, da irrigação. Seu correto manejo é imprescindível para o sucesso econômico dos empreendimentos irrigados.
A velocidade de infiltração de água em um solo, por sua vez, é fator muito importante na irrigação, visto que essa velocidade determina a(o)

Alternativas
Comentários
  • Complementando:

    A velocidade de infiltração básica de água no solo (VIB) é uma informação essencial para a elaboração do projeto e a escolha do manejo da irrigação porque dela dependem o tempo que a lâmina de irrigação vai se manter sobre o solo após a aplicação da água na irrigação por superfície e a seleção dos emissores que serão usados na irrigação por aspersão.

    Solos de textura arenosa têm, normalmente, valores elevados de velocidade de infiltração básica e, assim, poderão gerar perdas significativas por lixiviação excessiva, sendo, portanto, solos não recomendados para a irrigação superficial. Em contrapartida, a VIB é um parâmetro de extrema importância no momento de optar por um determinado aspersor, uma vez que a intensidade de aplicação correspondente a cada um deles deverá ser menor ou igual à VIB. A taxa de infiltração básica é equivalente à condutividade hidráulica dos solos.


ID
3343243
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

A lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do Art. 21 da Constituição Federal e altera o Art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

    I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; (B)

    II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

    III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. (C)

    IV - incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.( D)

  • palavras-chaves (que me ajudam)

    objetivos:

    1) atuais e futuras gerações

    2) utilização racional / transportes aquaviário

    3) eventos hirológicos críticos

    4) águas pluviais

    instrumentos:

    1) Planos de Recursos hídricos

    2) Corpos de água

    3) outorga dos direitos

    4) cobrança pelo uso

    5) Sistema de informações

    fundamentos

    1) dominío público

    2) natural limitado

    3) uso múltiplo

    4) consumo humano / dessedentação de animais

    5) bacia hidrográficas / unidade territorial

    6) gestão descentralizada

  • Cooperando de uma forma diferente dos demais sobre o Plano Nacional de Recursos Hídricos.

    OBS1: Decore os fundamentos, pois é essencial. A dica da colega Mayara com palvras chaves é excelente. Se as dela não servir pra vc, leia a lei e veja que palavra te faz recordar.

    OBS2: quando for pensar nos instrumentos, pense em mecanismos para gerenciar e controlar o uso dos recursos (sistema de informações de recursos hídricos, outroga, cobrança, compensação, plano de recursos hídricos e enquadramento dos corpos dágua).

    Então, chegou na questão e não sabe o que fazer, imagina o seguinte: é um mecanismo, um meio, um instrumento que me ajuda a controlar, fiscalizar, implementar ideia? então provavelemente vc vai achar um instrumento dessa lei.

    obs3: objetivos: é realmente imaginar os benefícios que buscamos com todo esse controle dos recursos hídricos. Queremos assegurar água pra nossa geração futura, queremos que os recursos sejam usados racionalemnte, queremos previnir eventos críticos, bem como incentivar a preservação e captação de águas da chuva (pluvial)

    É isso, espero ajudar alguém!

  • OBJETIVOS (foca nas iniciais q dá p acertar) INCENTIVAR A PREVENÇÃO E ASSEGURAR A UTILIZAÇÃO.

  • Copiado de uma colega daqui do QC (Mayara)

    palavras-chaves (que me ajudam)

    objetivos:

    1) atuais e futuras gerações

    2) utilização racional / transportes aquaviário

    3) eventos hirológicos críticos

    4) águas pluviais

    instrumentos:

    1) Planos de Recursos hídricos

    2) Corpos de água

    3) outorga dos direitos

    4) cobrança pelo uso

    5) Sistema de informações

    fundamentos

    1) dominío público

    2) natural limitado

    3) uso múltiplo

    4) consumo humano / dessedentação de animais

    5) bacia hidrográficas / unidade territorial

    6) gestão descentralizada

  • Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

    I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

    II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

    III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

    IV - incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.


ID
3343246
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

No tocante à tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários, são funções das pontas hidráulicas de pulverização para a agricultura, exceto:

Alternativas

ID
3343249
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal

No que se refere ao sistema de plantio direto e aos tipos de plantadoras relacionadas a esse sistema de cultivo, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3343252
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

A cultura do tomateiro tutorado é exigente em alguns tipos de poda, pois promovem melhor equilíbrio entre a vegetação e a frutificação, aumentam o tamanho dos frutos e melhoram a qualidade destes, destinados à mesa.
Sobre os tipos de poda do tomateiro tutorado, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3343255
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Implanta-se a cultura da batata (Solanum tuberosum ssp. tuberosum) pelo plantio de batata-semente adequadamente brotada. Esse plantio constitui o item mais oneroso dessa cultura, pois responde por 30 a 45% do custo total de produção de um batatal.
Assinale a alternativa correta sobre a batata-semente.

Alternativas

ID
3343258
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

O rendimento de uma lavoura de milho é resultado do potencial genético da cultivar, das condições edafoclimáticas da região e do manejo da lavoura. Consequentemente, a escolha correta da semente pode ser um dos principais fatores condicionantes do sucesso ou insucesso da lavoura. Aspectos relacionados às características da cultivar e do sistema de produção deverão ser levados em consideração, para que a lavoura se torne mais competitiva.
São aspectos a serem considerados na escolha da semente / cultivar, exceto:

Alternativas

ID
3343261
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

O nitrogênio (N) é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura da soja. Estima-se que para a produção de 1 000 kg de grãos são necessários 80 kg de N.
Quanto ao nitrogênio na soja, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
3343264
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica, entre outras providências.
Nessa lei, consta que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não é autorizado a suspender os repasses dos recursos do PNAE aos estados, ao Distrito Federal ou aos municípios quando estes

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    Art. 20. Fica o FNDE autorizado a suspender os repasses dos recursos do PNAE quando os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios: 

    I - não constituírem o respectivo CAE ou deixarem de efetuar os ajustes necessários, visando ao seu pleno funcionamento; 

    II - não apresentarem a prestação de contas dos recursos anteriormente recebidos para execução do PNAE, na forma e nos prazos estabelecidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE; 

    III - cometerem irregularidades na execução do PNAE, na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do FNDE. 


ID
3343267
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O Decreto nº 6.323, de 27 de dezembro de 2007, que regulamenta a bei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, aborda a produção paralela.
Conforme a redação desse Decreto, assinale a alternativa que não apresenta a permissão de produção paralela nas unidades de produção e estabelecimentos onde haja cultivo, criação ou processamento de produtos orgânicos.

Alternativas
Comentários
  • Art. 7  É permitida a produção paralela nas unidades de produção e estabelecimentos onde haja cultivo, criação ou processamento de produtos orgânicos.

    § 1  Nas áreas e estabelecimentos em que ocorra a produção paralela, os produtos orgânicos deverão estar claramente separados dos produtos não orgânicos e será requerida descrição do processo de produção, do processamento e do armazenamento.

    § 2  No caso de unidade processadora de produtos orgânicos e não orgânicos, o processamento dos produtos orgânicos deve ser realizado de forma totalmente isolada dos produtos não orgânicos no espaço ou no tempo.

    § 3  Todas as unidades de produção e estabelecimentos de produção, orgânica e não orgânica, serão objeto de controle por parte do organismo de avaliação da conformidade ou da organização de controle social a que estiver vinculado o agricultor familiar em venda direta.

    Art. 8  Nas unidades de produção ou estabelecimentos envolvidos com a geração de produtos orgânicos que apresentem produção paralela, a matéria-prima, insumos, medicamentos e substâncias utilizadas na produção não orgânica deverão ser mantidos sob rigoroso controle, em local isolado e apropriado.

  • GABARITO B

    NA LEI NÃO HÁ ESPECIFICAÇÕES DE METRAGEM


ID
3343270
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Considerando a lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A: A simplificação do registro de insumos para uso na agricultura orgânica é prevista tanto na lei de Agricultura Orgânica quanto na lei de Agrotóxicos.

    Lei 10.831/03:

    Art. 9º Os insumos com uso regulamentado para a agricultura orgânica deverão ser objeto de processo de registro diferenciado, que garanta a simplificação e agilização de sua regularização.

    Decreto 4074/02

    Art. 12-B. O processo de registro de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica terá tramitação própria e prioritária. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009).


ID
3343273
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O Decreto 6.323, de 27 de dezembro de 2007, que regulamenta a lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, apresenta, em seu capítulo I, algumas definições. São definições apresentadas nesse capítulo, exceto:

Alternativas
Comentários
  • O erro está na alternativa C, pois o Mapa não credencia Produtor, mas sim Organismo de Avaliação de Conformidade.

    Decreto 6.323/07

    Art. 2º IV - credenciamento: procedimento pelo qual o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconhece formalmente que um organismo de avaliação da conformidade está habilitado para realizar a avaliação de conformidade de produtos orgânicos, de acordo com a regulamentação oficial de produção orgânica e com os critérios em vigor.