Prova IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa

Questão 2552926

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. O apagão é oportunidade de voltar à forma simples de viver, nos campos, matos e pastores.

II. O narrador faz analogias com apagões dos anos 40, apontando que, naquele momento não se era feliz, mas hoje o desenvolvimento trouxe felicidade.

III. O medo poderá estimular as migrações e fortalecer as relações humanas.

Está correto o que se afirma em:

• A. I e III, apenas .
• B. I e II, apenas .
• C. I, apenas
• D. II e III, apenas
• E. I, II e III.

Gabarito: A

Comentários

• acho que é a A.

  I-  O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros.

  III-  [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

  a II está incorreta como descrito no trecho: "Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade."

   

Questão 2552929

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

No texto, a linguagem de Jabor:

• A. relata suas intimidades e sentimentos pela construção denotativa das frases.
• B. apresenta o conteúdo de maneira óbvia para que se perca o mínimo do que se quer transmitir.
• C. mantém a objetividade das palavras, excluindo uso figurado de seu texto.
• D. encerra o cotidiano do presente, possibilitando a compreensão do agora, do momento instantâneo.
• E. apesar da aparência de real, tem contornos ficcionais.

Gabarito: E

Questão 2552932

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Morfologia

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

Sobre os elementos destacados do fragmento "A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.” é correto afirmar:

• A. A palavra A. nas duas ocorrências, é preposição.
• B. A expressão "CAIRÁ POR TERRA" pode ser substituída, sem alteração de sentido por RUIRÁ.
• C. O deslocamento de FALSIFICADO para antes de EUFORIA, com a devida modificação de gênero, não provocaria alteração de sentido.
• D. BELÍSSIMA é um adjetivo no grau superlativo absoluto analítico.
• E. BELÍSSIMA e GENUÍNA concordam em gênero e número com o substantivo, EUFORIA, ao qual se referem.

Gabarito: B

Comentários

• GABARITO: B

   

  BELÍSSIMA é um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.

   

  A palavra A, nas duas ocorrências, é preposição.

  O primeiro A é artigo

   

  BELÍSSIMA e GENUÍNA concordam em gênero e número com o substantivo, felicidade, ao qual se referem.

   

  A expressão "CAIRÁ POR TERRA" pode ser substituída, sem alteração de sentido por RUIRÁ.

   

  O deslocamento de FALSIFICADO para antes de EUFORIA, com a devida modificação de gênero, provocaria alteração de sentido.

   

   

  Raissa, Q850925.

   

  BONS ESTUDOS.

  Concurso é igual fila do SUS, demora a chegar sua vez, mas chega!!!

• Analítico = Advérbio + adjetivo

  Sintético = adjetivo + Sufixo

Questão 2552935

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Análise sintática; Concordância verbal, Concordância nominal; Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva); Morfologia - Verbos; Regência; Sintaxe

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

Sobre o segmento “Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão.” é correto afirmar que:

• A. as categorias verbais, nas orações, estão na voz passiva sintética.
• B. nela há três orações subordinadas adverbiais.
• C. há um problema de concordância verbal existente na segunda oração.
• D. as categorias sintáticas presentes nas orações são formas independentes.
• E. os verbos das três orações possuem igual regência.

Gabarito: E

Comentários

• Alguém sabe por que a letra D não está correta? Não são todas orações coordenadas (duas assindéticas e uma adversativa), ou seja, sem dependência sintática entre si?

• O gabarito oficial é letra "E". Todavia, a letra "C" também está certa. Já indiquei para comentário.

   

   a) as categorias verbais, nas orações, estão na voz passiva sintética. (ERRADA)

  (voz passiva sintética: verbo + pronome "se" + sujeito paciente)

   b) nela há três orações subordinadas adverbiais. (ERRADA)

  (oração subordinada é subordinada à principal e funciona como adjunto adverbial. O que liga as orações são as conjunções causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais, o que não é o caso)

   c) há um problema de concordância verbal existente na segunda oração. (ERRADA)

   d) as categorias sintáticas presentes nas orações são formas independentes. (CORRETA)

  São orações coordenadas sindéticas, por causa da conjunção adversativa "mas", ou seja, orações independentes.

   e) os verbos das três orações possuem igual regência. (CORRETA)

  De fato, o s verbos possuem a mesma regência.

   

• Também acho que a D está certa.

  Obs: a E também.

• As CATEGORIAS SINTÁTICAS presentes nas orações são formas independentes. INCORRETO  porque a existência do objeto direto, por exemplo, depende da existência de um verbo transitivo direto na oração.

• A letra D não está correta pelo fato de ter uma conjunção adversativa na 3ªoração, a qual lhe-deixa subordinada as outras orações. 

• Também acho que a D e a E estão corretas. Todas são orações coordenativas e por isso independentes, e todos os verbos possuem a mesma regência (objeto direto).

• Peçam comentários por favor...

• Comentário acerca da alternativa D:

  O paralelismo sintático, ou paralelismo gramatical, observa a ligação (ou seja, dependência ) existente entre as funções sintáticas ou morfológicas dos elementos da oração.

• Sobre a letra D concordo com a "Letícia M / Oficial de Justiça TJ RS" sobre O paralelismo sintático.

  Outra possibilidade é que, e posso estar errado, a banca interpretou o "mas" não como uma conjunção coordenativa adversativa, mas como subordinativa concessiva com a ideia de "ainda sim". “Não tivemos guerra, não tivemos revolução, (ainda assim, apesar disso) teremos o apagão.” (embora não termos guerra e revolução teremos o apagão).

Questão 2552938

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Problemas da língua culta; Redação - Reescritura de texto

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

Sob a égide da norma culta, a única substituição que poderia ser feita, sem alteração de valor semântico e linguístico, seria:

• A. “O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades” = O apagão nos dará medo, aonde poderá nos fazer migrar das grandes cidades.
• B. “Rio: cidade que nos seduz " = Rio. cidade que seduz-nos.
• C. “e nos 'bondes do Tigrão', nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas.” = e nos 'bondes do Tigrão', lembrando-nos da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas.
• D. " Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm" = Nos lembraremos dos discos de 78 rpm.
• E. “O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes” = O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites, onde serão nítidos sem as luzes.

Gabarito: C

Comentários

• GABARITO C

  Na verdade a primeira parte está incorreta, uma vez que não colocamos pronome oblíquo átono após pontuações e nem em início de frase. Nesse caso usaremos a ÊNCLISE, pronome após verbo.

  “e nos 'bondes do Tigrão', nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas.” = e nos 'bondes do Tigrão', lembrando-nos da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas.

  bons estudos

Questão 2552941

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Coesão e coerência; Interpretação de Textos

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

A conotação responde pelo efeito de sentido causado pela possível associação entre uma palavra e uma experiência cultural que matiza sua significação. Um exemplo de linguagem conotativa está na alternativa:

• A. "Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm"
• B. " teremos saudades do matâo. do luar do sertão''
• C. "O apagão poderá nos trazer alguma luz''
• D. "Em noites estreladas, pensaremos''
• E. "Vamos dormir melhor"

Gabarito: C

Comentários

• 
  

  
  

  A"Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm" - ISSO É UMA INFORMAÇÃO OBJETIVA

  
  

  B" teremos saudades do matâo. do luar do sertão'' EXPLICITA UM SENTIMENTO

  
  

  C"O apagão poderá nos trazer alguma luz'' METÁFORA = CONOTAÇÃO

  
  

  D"Em noites estreladas, pensaremos'' É DITO UMA AÇÃO CLARA

  
  

  E"Vamos dormir melhor" APENAS UMA INFORMAÇÃO REAL

  
  

  
  

  RESPOSTA 'C'

Questão 2552944

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Morfologia; Regência; Sintaxe

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

“O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas."

A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.

I. A palavra O, nas duas ocorrências, possuem classes gramaticais diferentes.

II. O verbo da primeira oração é transitivo direto.

III. SECAS e MORTAS, nas respectivas ocorrências, assumem valor adjetivo.

Está correto apenas o que se afirma em:

• A. III.
• B. I e II.
• C. l e III.
• D. II.
• E. II e III.

Gabarito: C

Comentários

• Eu realmente não entendi a propsição II - Por que o dar na primeira oração não é transitivo direto? Perdem-me pela minha ignorância.

• GABARITO: C

   

  Frase: “O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas."

   

  I. A palavra O, nas duas ocorrências, possuem classes gramaticais diferentes.

             CERTA --> 1º ARTIGO - VEM ANTES DO SUBSTANTIVO E O 2º PRONOME DEMONSTRATIVO - PODE SER SUBSTITUIDO POR "AQUILO"

   

  II. O verbo da primeira oração é transitivo direto.

             ERRADO --> "DAR" - VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO - OD (ALGUMA COISA) E OI (A ALGUÉM)

   

  III. SECAS e MORTAS, nas respectivas ocorrências, assumem valor adjetivo.

             CERTA

• a segunda proposição está errada, pois:

  O verbo da primeira oração é transitivo direto e indireto.

             DAR - VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO (da algo a alguém)

  OD: medo

  OI: nos 

   

• DE FATO , O VERBO DAR É VTDI.

  NO ENTANTO , NA QUESTÃO SÓ TEM O COMPLEMENTO DO VERBO TRANSITIVO DIRETO .

• A II estaria certa se essa fosse outra banca, como a cespe, por exemplo, que a alternativa incompleta pode ser considerada verdadeira. Pelo jeito, para a IBADE, alternativa incompleta é sinônimo de falsa.

  Lembre-se sempre de conhecer a banca que enfrentará!

Questão 2552947

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Figuras de Linguagem; Interpretação de Textos

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

Em “O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites” há uma figura de linguagem denominada:

• A. antítese.
• B. hipérbole.
• C. eufemismo
• D. pleonasmo
• E. metáfora.

Gabarito: A

Comentários

• GABARITO: A

   

  Antítese: É o contraste entre duas palavras (antônimas), expressões ou pensamentos, provocando uma relação de oposição.
                        – Metade de mim te adora, a outra metade te odeia.

   

  Eufemismo: Suavização de uma ideia negativa.
                        – Agora ele foi para o andar de cima. Descansou. (relativo à noite).

   

  Pleonasmo: Trata-se de um Redundância vicioso. Uma expressão que repete o mesmo conceito já emitido.
                         – Vamos ter de subir para cima agora, senão vai ficar muito tarde.

   

  Metáfora: Trata do emprego da palavra fora do seu sentido básico, recebendo nova significação por uma comparação entre seres de universos distintos.
                        – Evanildo Bechara é uma fera da gramática.

   

  Hipérbole: Ideia que denota exagero.
                        – Se eu não passar na prova, vou dar um tiro na cabeça.

• “O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites”

  O apagão (é o mesmo que dizer noite), mas quando na frase é posto "em dias" surge uma oposição - Antítese.

Questão 2552950

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Análise sintática; Sintaxe

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

Em “Acabará a ilusão de clubbers e playboys, QUE TERÃO MEDO DOS 'MANOS' EM CRUZAMENTOS NEGROS, e talvez o amor fique mais recolhido", a oração em destaque possui valor:

• A. explicativo
• B. concessivo.
• C. causal.
• D. consecutivo.
• E. restritivo.

Gabarito: A

Comentários

• “Acabará a ilusão de clubbers e playboys, QUE TERÃO MEDO DOS 'MANOS' EM CRUZAMENTOS NEGROS, e talvez o amor fique mais recolhido"

  QUE TERÃO MEDO DOS 'MANOS' EM CRUZAMENTOS NEGROS - Oração subordinada Adjetiva Explicativa.

• GABARITO LETRA A

  COM VIRGULA = EXPLICATIVA 

  SEM VIRGULA = RESTRITIVA

  OBS: Retirada da vírgula não prejudica a gramática, mas muda o sentido da frase. . 

   

• Como faço para não confundir essa oração subordinada adjetiva explicativa com oração subordinada adverbial causal?

  Já que posso trocar o QUE por JÁ QUE.

Questão 2552953

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva); Morfologia - Verbos

      O apagão poderá nos trazer alguma luz

      Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.

      Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [..,] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.

      O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.

      O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar". Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!". Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa.

      [...]

      O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade" nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: "A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...".

      [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.

     O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.

   O apagão vai dividiras vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie" do capitalismo enganador.

     Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.

      Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.

JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento)

A transposição da oração “Talvez amemos mais a verdade dos dias.” para a voz passiva analítica implicará:

• A. a utilização de TALVEZ como agente da passiva.
• B. em que se use a forma verbal SEJA AMADA.
• C. A utilização de DIAS como sujeito.
• D. em que o sujeito A VERDADE DO DIA passe a ser objeto direto.
• E. a utilização da forma verbal FOSSE AMADA

Gabarito: B

Comentários

• Gabarito: B

   

  Oração original: "Talvez amemos mais a verdade dos dias."

  Tranposição para a voz passiva analítica: Talvez a verdade dos dias seja mais amada por nós.

   

  Sujeito: "a verdade dos dias" - o que torna a letra B incorreta.

   

  Agente da passiva: nós - o que torna a letra C incorreta

   

  O predicado é nominal, o que torna a letra D incorreta.

   

  Vide: Q738431

   

  BONS ESTUDOS.

   

  X

• SEJA AMADA.

Questão 2552956

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: História e Geografia de Estados e Municípios
• Assuntos: História e Geografia do Estado de Rondônia

Entre os municípios de Rondônia a seguir, assinale o que se localiza mais ao sul.

• A. Colorado do Oeste
• B. Ariquemes
• C. Presidente Mledici
• D. Parto Velho
• E. Ji-Paraná

Gabarito: A

Comentários

• a- Colorado do Oeste; Fica no Cone Sul do estado.

• IBADE obriga memorizar o mapa de Rondônia

   

  https://1.bp.blogspot.com/-3wAb1VSzusM/TwSKFHwyydI/AAAAAAAAM-w/s1SQIAfnJq0/s1600/mapa-municipios-rondonia.jpg

• Parto Velho

• https://www.rondoniagora.com/cidades/saiba-tudo-sobre-os-52-municipios-de-rondonia

Questão 2552959

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: História e Geografia de Estados e Municípios
• Assuntos: História e Geografia do Estado de Rondônia

Rondônia é um estado com significativa chegada de pessoas provenientes de outras regiões. Entre as alternativas a seguir, a região de origem onde predomina a população residente no estado de Rondônia, segundo dados do Censo de 2010 do IBGE é:

• A. Centro-oeste.
• B. Sudeste.
• C. País estrangeiro.
• D. Sul
• E. Nordeste.

Gabarito: B

Comentários

• Gab. B

   

• Sudeste

• Fonte: Wikipédia

  No estado, mais de 40% dos habitantes não são naturais da unidade federativa. A maior parte dos migrantes que vivem no estado são oriundos da:

  1) Região Sudeste: 217.424 migrantes;

  2) Região Sul do Brasil: 168 526 migrantes;

  3) Região Nordeste: 122 335 migrantes;

  4) Região Centro-Oeste: 86 962 migrantes.

Questão 2552962

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: História e Geografia de Estados e Municípios
• Assuntos: História e Geografia do Estado de Rondônia

Cândido Mariano da Silva Rondon, militar do exército brasileiro, nascido na segunda metade do século XIX, teve grande im portância no processo de interiorização do Brasil. Com o objetivo de construir as bases da integração nacional, Cândido Rondon chefiou, principalmente:

• A. a divisão entre os estados do Mato Grosso e Rondônia.
• B. a assinaiura dos Tratados de Petrópolis e de Madrid.
• C. a instalação das mineradoras que extraiam cassiterita.
• D. batalhões durante a guerra contra o Paraguai.
• E. expedições para instalação de linhas de telégrafo.

Gabarito: E

Questão 2552965

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: História e Geografia de Estados e Municípios
• Assuntos: História e Geografia do Estado de Rondônia

Entre os políticos a seguir assinale o primeiro governador do Estado de Rondônia eleito por voto direto.

• A. Abelardo Alvarenga Mafra
• B. Teodorico Gaíva
• C. João Carlos Henrique Neto
• D. Jerônima Santana
• E. Ari Marcos da Silva

Gabarito: D

Comentários

• Jerônimo Santana.
  Banca cometeu um erro ortográfico, aliais mais um da banca IBADE.

• ESTADO DE RO:

  • criado em 22/12/81;
  • instalado em 04/01/82;
  • PRESIDENTE RESPONSÁVEL: JOÃO BATISTA FIGUEREDO;
  • 1° gov. (nomeado): Jorge Teixeira;
  • 1° gov ELEITO: JERÔNIMO GARCIA SANTANA.

  "Estude como se tudo dependesse de vc, mas ore como se tudo dependesse de DEUS"

Questão 2552968

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: História e Geografia de Estados e Municípios
• Assuntos: História e Geografia do Estado de Rondônia

O estado de Rondônia é composto por diferentes unidades de relevo, sendo uma delas a seguinte:

• A. Planalto da Bacia do Paraná.
• B. Depressão dos Rios Paraguai \ Guaporé.
• C. Serras da Canastra.
• D. Planalto dos Guimarães.
• E. Serra do Espinhaço

Gabarito: B

Comentários

• Questão deveria ter sido anulada, Rondônia não tem depressão do rio Paraguai.

• GABARITO LETRA B. 

  Comentário de um assinante aqui do QC. 

  Costuma-se dividir o relevo de Rondônia em quatro porções distintas: 

  - Planície Amazônica

  - Encosta ou Vertente Setentrional do Planalto Brasileiro

  - Chapada dos Parecis - Pacaás Novos

  - Vale do Guaporé - Mamoré

Questão 2552971

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Noções de Informática
• Assuntos: Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer; Microsoft Word 2013

Um usuário de editor de textos selecionou um parágrafo em um documento do MS Word 2013. Ele deseja contar as palavras desse parágrafo. O ícone que acessa esse serviço no MS Word 2013 é:

• A.
  
• B.
  
• C.
  
• D.
  
• E.
  

Gabarito: E

Comentários

• A) Dicionário de Sinônimos (atalho: SHIFT + F7)

  B) Ortografia e Gramática (atalho: F7)

  C) Definir (sem atalho, tem a mesma função do antigo “Pesquisar”, que é de procurar o significado das palavras.)

  D) Idioma (sem atalho, define as opções de idioma.)

  E) Contar Palavras (atalho: CTRL + SHIFT + G)

   

  Todos esses ícones estão presentes na guia “Revisão”.

• GAB: E

  
  

  Revisão > Revisão de texto > Contagem de palavras.

  
  

  Conta o número de páginas, palavras, caracteres (sem espaços), caracteres (com espaços), parágrafos e linhas.

• Gabarito: E

  Contar palavras--> Atalho: CTRL + SHIFT+ G

Questão 2552974

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Noções de Informática
• Assuntos: Editor de Apresentações - PowerPoint e Impress; Microsoft PowerPoint 2013

Em uma apresentação feita no MS PowerPoint 2013, deseja-se que a transição de um slide seja feita através modo de transição denominado Apagar. Para isso o usuário precisa acessar o ícone de transição:

• A.
  
• B.
  
• C.
  
• D.
  
• E.
  

Gabarito: C

Comentários

• Letra C... Transicoes ... Transicao para este eslaide.

• Lucas explica a questão: Q850939

  https://support.content.office.net/pt-br/media/e836c9d2-7745-429c-9430-0b512f0790a3.png

• Para os não assinantes: Gab letra C.

• A) Forma

  B) Esmaecer

  C) Apagar - gabarito

  D) Recortar

  E) Cobrir

  
  

  Se equivoquei em algum, favor me corrigir e avisar no pv.

• Que maldade!

• senso zero da banca essa questão

Questão 2552977

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Noções de Informática
• Assuntos: Microsoft Excel 2013; Planilha Eletrônica; Planilhas Eletrônicas - Microsoft Excel e BrOffice.org Calc

Em uma planilha do MS Excel 2013, na célula A11 inseriu-se a fórmula =SOMA($A$1 :A10). Copiou-se o conteúdo dessa célula e colou-se na célula F11.

Nesse caso, a fórmula assumiu o formato:

• A. =SOMA ($A$1: F10)
• B. =SOMA($A$1:A10)
• C. =SOMA(F1:A10)
• D. =SOMA(F1:F10)
• E. =SOMA(F$1: F10)

Gabarito: A

Comentários

• Desconsiderando o erro de digitação "["

  Letra A

• Erro de digitação na A e B: não tem colchete nem aspas simples.

Questão 2552983

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Noções de Informática
• Assuntos: Teclas de atalho

As teclas de atalho para se acessar a página de downloads em uma nova guia, nas versões mais atuais do navegador Google Chrome são CTRL +

• A. N
• B. J
• C. P
• D. F
• E. T

Gabarito: B

Comentários

• B

   

   

  a) CTRL+N = Nova página

  Obs: ( shift + ctrl + n = Nova página anônima)

   

  b) CTRL+J  = Downloads

   

  c) CTRL+P = Imprimir

   

  d) CTRL+F = Encontrar na página. (F de find = encontrar)

   

  e) CTRL+T = Nova aba 

   

   

   

   

   

• Correta, B
  
  CTRL + J = DOWNLOADS
  
  CTRL + H = HISTÓRICO
  
  Também muito cobrado:
  
  CTRL + N = NOVA PÁGINA
  
  CTRL + T = NOVA GUIA
  
  CTRL + W = FECHAR GUIA
  
  Navegação Anônima > Google Chrome > CTRL + SHIFT + N
  
  Navegação Privativa (in private) > IE e Mozila > CTRL + SHIFT + P 
  
   

• CTRL + N -> Nova janela
  CTRL + P -> Imprimir
  CTRL + T -> Nova Aba
  CTRL + F -> Pesquisar
  
  GABARITO -> [B]

• J de Já baixou = Donwload.

Questão 2552986

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: História da Educação Brasileira

O Ratio Studiorum, que versa sobre a formação nos colégios jesuíticos e, portanto, não se refere ao período de alfabetização das crianças, prevê:

• A. exigência de uma única sala, um lugar especial, específico para se desenvolver o processo de ensino e de aprendizagem da leitura, da escrita, das contas e também da obediência.
• B. valorização da lingua portuguesa e o conhecimento da sua gramática.
• C. três graus do ensino :elementar, chamado de curso de Humanidades; outro de formação superior, o de Filosofia ou Artes; e, por fim, o de formação profissional dos futuros padres, o curso de Teologia.
• D. defesa do conhecimento racional, da ciência experimental, em oposição ao saber filosófico.
• E. ensino da doutrine cristã, da leitura e da escrita aos meninos, por meio de um misto de cartilha e catecismo que existia na época.

Gabarito: C

Comentários

• Por que vcs tem só duas questões cadê resto neste assunto cadê as aulas?

Questão 2552989

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Temas Educacionais Pedagógicos; Tendências Pedagógicas

Na tradição filosófica em que predomina a abordagem metafísica busca-se a(o):

• A. processo e a contradição
• B. fortalecimento das relações humanas
• C. unidade na multiplicidade dos seres
• D. natureza mutável do homem.
• E. adequação da m etodologia das ciências humanas ao método das ciências da natureza.

Gabarito: C

Questão 2552992

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Aspectos Psicológicos da Educação; Vygotsky e a Teoria Histórico-Cultural

Mesmo que as crianças não possam desempenhar algumas tarefas sozinhas, algumas dessas podem ser realizadas com a ajuda de outras pessoas. Isso identifica sua zona de desenvolvimento:

• A. Vertical.
• B. proximal.
• C. horizontal.
• D. potencial
• E. real.

Gabarito: D

Comentários

• Essa questão tem duas respostas podendo ser a alternativa B ou D.

• POTENCIAL: COM ajuda

  PROXIMAL: DISTANCIA entre uma zona e outra

  REAL: PRÉVIO (ja sabe)

• Desenvolvimento Potencial é determinado por desempenhos possíveis, com ajuda de adultos ou de colegas mais avançados ou mais experientes. (letra D)

  Zona de Dezenvolvimento Proximal é a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nivel de desenvolvimento potencial.

Questão 2552995

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: A Construção do Conhecimento: Papel do Educador, do Educando e da Sociedade; Temas Educacionais Pedagógicos

Em um ensino para a construção crítica do conhecimento, devem estar presentes, entre outras, atitudes como:

1. estabelecer rígida divisão entre construção individual e social do conhecimento.

2. estar consciente do que está acontecendo ao redor e revelar como a dominação e a opressão são produzidas dentro da escola.

3. estimular o pensamento crítico dos alunos.

4. tornar a aprendizagem significante, crítica e emancipatória.

5. buscar respostas para os problemas colocados.

Estão corretas apenas as atitudes:

• A. 3, 4 e 5.
• B. 1, 2 ,3 e 4.
• C. 2. 3. 4 e 5.
• D. 1.2.4 e 5.
• E. 2. 4 e 5.

Gabarito: C

Questão 2552998

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Didática e Prática no Ensino Superior; Gestão e Organização da Sala de Aula

Sobre rotina e gestão da sala de aula, leia as afirmativas a seguir.

I. No trabalho pedagógico diário, o professor precisa gerir o uso do tempo em sala de aula direcionado para aprendizagem.

II. As situações no relacionamento com seus alunos, ou mesmo entre eles, podem comprometer o ambiente ou o empenho coletivo no processo de ensino-aprendizagem.

III. Os saberes experienciais surgem como núcleo vital do saber docente, núcleo a partir do qual os professores tentam transformar suas relações de exterioridade com os saberes em relações de inferioridade com sua própria prática.

IV. A existência de uma pluralidade de saberes docentes possibilita a formação ou a existência de um único padrão de práticas docentes que viabilizem o sucesso na aprendizagem.

Está correto apenas o que se afirma em:

• A. lI e III.
• B. I a IV.
• C. I, II e III.
• D. I e III.
• E. II, Ill e IV.

Gabarito: C

Comentários

• IV. A existência de uma pluralidade de saberes docentes possibilita a formação ou a existência de um único padrão de práticas docentes que viabilizem o sucesso na aprendizagem.

  Não existe um único padrão das práticas docentes. O próprio item inicia a pluralidade e depois se contradiz.

Questão 2553001

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa; IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Química; IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Sociologia
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Currículo (Teoria e Prática); Currículo, interdisciplinaridade, transversalidade e a transdisciplinaridade

A proposta de transversalidade pode acarretar algumas discussões do ponto de vista conceituai, como, por exemplo, a da sua relação com a concepção de interdisciplinaridade, bastante difundida no campo da pedagogia. Sobre o assunto, é correto afirmar que:

• A. é exclusivo da transversalidade apontar a complexidade do real e a necessidade de se considerar a teia de relações entre os seus diferentes e contraditórios aspectos.
• B. transversalidade e interdisciplinaridade - se fundamentam na crítica de uma concepção de conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado.
• C. a interdisciplinaridade refere-se príncipalmente à dimensão da didática.
• D. a transversalidade diz respeito a uma abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento.
• E. na transversalidade. os temas constituem novas áreas, pressupondo um tratamento individualizado das diferentes áreas.

Gabarito: B

Questão 2553004

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Avaliação Educacional; Avaliação Escolar e suas Implicações Pedagógicas

Sobre o conselho de classe, leia as afirmativas.

I. O conselho de classe, em uma visão democrática, é uma instância meramente burocrática em que se buscam justificativas para o baixo rendimento dos alunos.

II. O conselho de classe guarda em si a possibilidade de articular os diversos segmentos da escola e tem por objeto de estudo o processo de ensino.

III. Para maior eficácia do conselho de classe, seria necessário o envolvimento de outros segmentos da comunidade escolar, por exemplo, alunos representantes de turmas.

Está correto o que se afirma apenas em:

• A. III.
• B. I e II.
• C. l.
• D. I e III.
• E. lI e III.

Gabarito: E

Questão 2553007

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Projeto Político Pedagógico; Temas Educacionais Pedagógicos

Compreender o caráter político e pedagógico do PPP leva a considerar:

1. a função social da educação e da escola em uma sociedade cada vez mais excludente.

2. que é na ação pedagógica da escola que se torna possível a efetivação de práticas sociais emancipatórias.

3. a necessária organicidade entre o PPP e os anseios da comunidade escolar.

4. a finalidade da escola como formadora de um sujeito crítico, criativo e participativo.

5. na perspectiva em ancipatória, como um instrumento de controle, burocratizado, voltado apenas para o cumprimento de normas técnicas, de aplicação de estatísticas.

Estão corretos apenas:

• A. 1, 2, 3 e 5.
• B. 1, 3, 4 e 5.
• C. 3, 4 e 5.
• D. 2, 4 e 5
• E. 1, 2, 3 e 4.

Gabarito: E

Comentários

• 1. a função social da educação e da escola em uma sociedade cada vez mais excludente.

  2. que é na ação pedagógica da escola que se torna possível a efetivação de práticas sociais emancipatórias.

  3. a necessária organicidade entre o PPP e os anseios da comunidade escolar.

  4. a finalidade da escola como formadora de um sujeito crítico, criativo e participativo.

  5. na perspectiva em ancipatória, como um instrumento de controle, burocratizado, voltado apenas para o cumprimento de normas técnicas, de aplicação de estatísticas.

• Não entendi, em uma sociedade cada vez mais excludente... alguém sabe explicar?

• Erick, eu entendi da seguinte forma, a sociedade está excludente sim em vários aspectos. E o PPP tem que levar isso em consideração para não levar essa exclusão para dentro da escola, visto que hoje em dia acontece muito,

Questão 2553010

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Temas Educacionais Pedagógicos; Tendências Pedagógicas

Após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de n.° 9.394/1996, revalorizam-se as idéias de Piaget, Vygotsky, entre outros estudiosos. Um dos pontos em comum entre eles é o fato de serem interacionistas, porque:

• A. o processo de leitura, por exemplo, é centrado no texto, ascendente como os empiristas.
• B. nunca assumiram com promisso com as transformações da sociedade.
• C. as idéias desses psicólogos interacionistas vão de encontro da concepção Linguística Textual e a Análise do Discurso, entre outras.
• D. o processo de leitura, por exemplo, é centrado no receptor, descendente, segundo os inatistas.
• E. concebem o conhecimento como resultado da ação que se passa entre o sujeito e um objeto.

Gabarito: E

Comentários

• Gabarito: letra E

  A teoria interacionista foi desenvolvida por Jean Vygotsky. Em sua abordagem, o conhecimento é, antes de tudo, impulsionado pelo desenvolvimento da linguagem no ser humano. Sua teoria também considera que a interação entre o indivíduo e o meio em que ele está inserido são essenciais ao processo de aprendizagem e, inclusive, entra em acordo com as etapas do desenvolvimento propostas por Jean Piaget na teoria construtivista.

  Fonte: resumoescolar/teoriasdeaprendizagem

Questão 2553013

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Educação Especial - Leis, Tratados e Normas Especiais; Legislação da Educação

Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I. currículos, m étodos, técnicas, recursos educativos e organização, para atender às exigências comuns da educação básica e de seus currículos.

II. terminalidade específica para aqueles que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências.

III. professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para promover a inclusão.

IV. educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade.

Está correto apenas o que se afirma em:

• A. I e III.
• B. I, lI e IV.
• C. I e lI.
• D. I, II e III
• E. II, III e IV.

Gabarito: E

Comentários

• GABARITO: LETRA E

  LDB

  Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:          

  I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

  II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

  III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

  IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

Questão 2553016

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Educação Especial - Leis, Tratados e Normas Especiais; Legislação da Educação

O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do Atendimento Educacional Especializado prevendo na sua organização:

1. sala de recursos multifuncionais: espaço físico, m obiliário, m ateriais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos.

2. cronograma de atendimento aos alunos.

3. profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete, entre outros que atuem no apoio.

4. redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa.

Estão corretos:

• A. 2, 3 e 4, apenas.
• B. 1, 3 e 4, apenas.
• C. 1, 2 e 3, apenas.
• D. 2 e 3, apenas.
• E. 1, 2, 3 e 4.

Gabarito: E

Questão 2553019

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Concepções de currículo; Currículo (Teoria e Prática)

Sobre currículo é correto afirmar que:

• A. os efeitos das políticas curriculares, no contexto da prática, são condicionados por questões individuais e disciplinares.
• B. o percurso formativo deve ser preestabelecido, centrado nos componentes curriculares centrais obrigatórios.
• C. a organização do tempo curricular deve se restringir às aulas das várias disciplinas.
• D. na organização e gestão do currículo, as abordagens disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar possuem papel secundário.
• E. é o conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço social.

Gabarito: E

Questão 2553022

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Avaliação Educacional; Modalidades da Avaliação

No Ensino Fundamental e no Médio, a figura da promoção e da classificação pode ser adotada em qualquer ano, série ou outra unidade de percurso escolhida, exceto no primeiro ano do Ensino Fundamental. Essas duas figuras fundamentam-se na orientação de que a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

I. avaliação contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

II. possibilidade de aceleração de estudos para estudantes com atraso escolar.

III. possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado.

IV. caráter facultativo de apoio pedagógico destina do à recuperação contínua e concomitante de aprendizagem de estudantes com deficit de rendimento escolar.

Estão corretos apenas:

• A. I, II e III.
• B. lI e III.
• C. I, lI e IV.
• D. I e III.
• E. II, Ill e IV.

Gabarito: B

Comentários

• A avaliação de acordo com a LDB deve ser > PAPÃO

  Possibilidade de aceleração para os alunos em defasagem(atraso) escolar

  Avaliação contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos dos quantitativos

  Possibilidade de avanço nos cursos e séries mediante verificação do aprendizado

  Ãproveitamento dos estudos concluídos com exito

  Obrigatoriedade dos estudos de recuperação, preferencialmente paralelos ao processo

Questão 2553025

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica; Legislação da Educação

A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do conhecimento cientifico e tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas de exercício da cidadania; e nos movimentos sociais. Integram a base nacional comum:

• A. Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física, Ensino Religioso, Arte e conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena.
• B. Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física, Arte e conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena.
• C. Língua Portuguesa. Matemática. Educação Física, Ensino Religioso e Arte.
• D. Língua Portuguesa, Matemática, Arte e conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena.
• E. Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física e conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena.

Gabarito: A

Comentários

• A - Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física, Ensino Religioso, Arte e conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena.

Questão 2553031

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Analise as afirmativas, quanto à capacidade polissêmica da linguagem literária e as idéias.

I. A crônica se desenrola sobre o fato de o ser humano aprender tão cedo a falar e o fascínio do autor por isso, através do uso da linguagem literária.

II. O texto aponta o fato de as crianças adquirirem uma língua, aparentemente sem esforço algum e sem serem explicitamente ensinadas e se propõe a explicar este processo de aquisição, sob a égide da linguagem não literária.

III. O que espanta o autor não é a criança pensar e, por isso, adquirir a linguagem; o espanto reside na origem dessa capacidade da criança.

Está correto o que se afirma apenas em:

• A. I e II.
• B. lI e III.
• C. I.
• D. II.
• E. I e III.

Gabarito: E

Comentários

• I. A crônica se desenrola sobre o fato de o ser humano aprender tão cedo a falar e o fascínio do autor por isso, através do uso da linguagem literária. Correto, já que desde o começo o autor mostra-se fascinado por essa habilidade humana. A linguagem literária apresenta muitas especificidades. Entre elas estão a variabilidade, a complexidade, a conotação, a multissignificação e a liberdade de criação.

  II. O texto aponta o fato de as crianças adquirirem uma língua, aparentemente sem esforço algum e sem serem explicitamente ensinadas e se propõe a explicar este processo de aquisição, sob a égide da linguagem não literária. Errado. Não é dito isso no texto.

  III. O que espanta o autor não é a criança pensar e, por isso, adquirir a linguagem; o espanto reside na origem dessa capacidade da criança. Correto, pois o sentimento é expressado por este parágrafo: "Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante."

• GABARITO E

  Dica:

  Linguagem Literária e não literária

  https://www.youtube.com/watch?v=-iavvhCUcMU

Questão 2553034

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Esse texto de Ferreira Gullar evidencia:

• A. fatos do cotidiano, isto é, fatos banais, comuns, explorando a caracterização de seres e suas subjetividades.
• B. linguagem poética e metafórica, extravasando episódios de simples beleza da vida urbana, significativos para ele.
• C. um instinto opinativo, no qual a realidade observada passa a ser retratada através de operadores argumentativos em função de um fato.
• D. os aspectos do conto; por vezes até confundido com ele, comprometido com fatos ficcionais.
• E. características de seres animados e inanimados, num espaço vivo, como numa pintura.

Gabarito: C

Comentários

• A. fatos do cotidiano, isto é, fatos banais, comuns, explorando a caracterização de seres e suas subjetividades.

  (O AUTOR EVIDENCIA FATOS OBJETIVOS/CIENTÍFICOS OBSERVADOS)

  
  

  B. linguagem poética e metafórica, extravasando episódios de simples beleza da vida urbana, significativos para ele.

  (O AUTOR RETRATA OS FATOS COM RIGOR CIENTÍFICO)

  
  

  C. um instinto opinativo, no qual a realidade observada passa a ser retratada através de operadores argumentativos em função de um fato. SIM, ELE DÁ A SUA OPINIÃO SOBRE O QUE OBSERVOU.

  
  

  D. os aspectos do conto; por vezes até confundido com ele, comprometido com fatos ficcionais.

  (TRATA SE DE UM TEXTO ARGUMENTATIVO-DISSERTATIVO E SOBRE A REALIDADE)

  
  

  E. características de seres animados e inanimados, num espaço vivo, como numa pintura.

  (UMA CRIANÇA E UMA ARANHA SÃO SERES REAIS)

Questão 2553037

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

O texto é escrito em linguagem-padrão, com interferências da oralidade.

Assinale a alternativa que apresenta informação própria da versão mais formal da língua.

• A. “Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala."
• B. " Claro, dirá você, isso é o óbvio -e é ".
• C. "está eia ali. confiando no acaso que. para alguns, é Deus”
• D. "Agente diz que ensinamos as crianças a falar."
• E. "usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

Gabarito: E

Comentários

• a) troço é coloquial

  b) Claro, dirá você, isso é o obvio - e O é

  c)erro de pontuação

  d) Agente (de trânsito) que ensinamos?

Questão 2553040

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Pode-se afirmar das marcas da cadeia semântica ou fluxo informacional no texto em análise que o(a):

• A. palavra MENININHA, no terceiro parágrafo, tem valor depreciativo e irônico.
• B. segunda ocorrência do QUE, no segundo parágrafo, retoma o que foi dito anteriormente.
• C. inexistência de advérbios no primeiro parágrafo ordenam a percepção do locutor em relação ao que é inexplicável.
• D. artigo O, antes do vocábulo ÓBVIO, no primeiro parágrafo, individualiza o termo, ao contrário do que se vê na segunda ocorrência do mesmo vocábulo.
• E. pronome LO enuncia o que será dito no segundo parágrafo.

Gabarito: D

Comentários

• Fiquei com dúvida entre D e E. Marquei a E.

• Ao contrário???

• Bom.. ao meu ver não é a letra E pq o que é difícil de expressar para ele é o óbvio e isso ele ja tinha mencionado , e não iria mencionar.. fui nesse raciocínio.

Questão 2553043

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

O texto em análise constitui-se como um conjunto global, lógico, uma unidade de significado, em que as idéias estão conectadas, além de estabelecer adequadamente as relações entre as frases, costurando e unindo os elementos estruturais do texto.

O texto, portanto, é um contínuo contextual que apresenta dois elem entos de textualidade, caracterizados no parágrafo acima, denominados, respectivamente:

• A. coerência e coesão.
• B. intertextualidade e coesão.
• C. intencionalidade e injunção
• D. referenciação e coerência.
• E. elipse e substituição

Gabarito: A

Comentários

• Acertei essa questão levando em consideração elementos do próprio enunciado "idéias estão conectadas" -  relações entre as frases, costurando e unindo os elementos estruturais do texto"

   

  COESÃO E COERÊNCIA

Questão 2553046

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Denotação e Conotação; Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Em "Já me vi espantado ATÉ MESMO com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna.” a expressão denotativa em destaque possui valor de:

• A. reelaboração.
• B. retificação.
• C. exclusão.
• D. concessão.
• E. inclusão.

Gabarito: E

Comentários

• Errei essa porque eu esqueci que retificação significa "corrigir"

   

  INCLUSÃO

• Tambem errei..

• - Palavras denotativas de inclusão: até, inclusive, mesmo, até mesmo, também.

  Exemplo:

  Todos ficaram impressionados com o resultado das vendas, inclusive o proprietário da loja.

  - Palavras denotativas de exclusão: apenas, senão, salvo, só, somente.

  Exemplo:

  Dos alunos que fizeram a prova, apenas os que estudaram muito conseguiram bons resultados.

  - Palavras denotativas de designação: eis.

  Exemplo:

  Eis o prefeito eleito!

  - Palavras denotativas de retificação: aliás, ou melhor, ou antes, isto é, melhor dizendo.

  Exemplo:

  Eu sabia, melhor dizendo, tinha quase certeza de que alcançaríamos a meta de vendas.

   

• Mano, eu não conhecia esse ramo da denotação e conotação kkkkkkk ainda bem que apesar de ser um conteúdo fácil, eu não deixei de lado.

Questão 2553049

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Coesão e coerência; Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

O termo em destaque em “AQUELA menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia.” remete à remissão feita a um elemento extralinguístico ao texto. Essa referência é denominada:

• A. anafórica.
• B. endofórica.
• C. conjuntiva
• D. elíptica.
• E. exofórica.

Gabarito: E

Comentários

• Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.

   

  
  Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro. Também é chamada de dêitica, díctica

   

  Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente no texto.

  Eg. Matei o presidente. Aquele homem governava com sangue.

  
  Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no texto.

  
  Eg. Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;

  
  Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;

  
  Eg. Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto)

Questão 2553052

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Regência; Sintaxe

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Em “E mais: SOMOS capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência." o verbo em destaque une uma propriedade qualquer (atributo) expressa no termo adjacente. Nesta perspectiva, este verbo é chamado:

• A. transitivo direta e indireto.
• B. transitivo objetivo
• C. biobjetivo.
• D. de ligação
• E. de predicação intransitiva

Gabarito: D

Comentários

• Acho que só pelo conceito de VL dava pra responder essa questão.

   

  Verbos de ligação: São os verbos que fazem a ligação entre dois termos: O SUJEITO E SUAS CARACTERISTICAS.

   

  VL: *( NÃO POSSUEM TRANSITIVIDADE) 

• Gabarito: D

  Verbo de ligaçao: SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, TORNAR, VIRAR, CONTINUAR, PARECER, ANDAR.

• Verbos de ligação!

  Ser, estar, permanecer, ficar

  Andar, continuar, parecer, virar.

• Os principais verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, andar, parecer, virar, continuar, viver.

  Gabarito: D

• verbo de ligação guys

• GABARITO D

  Verbos de ligação: SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, PARECER, CONTINUAR, ANDAR, VIRAR, VIVER, TORNAR-SE.

• Verbos de Ligação: SECA-PPFT

  .

  Ser

  Estar

  Continuar

  Andar

  -

  Parecer

  Permanecer

  Ficar

  Tornar-se

  .

  (essa divisão ajuda a memorizar)

•  (NÓS) SOMOS capazes...

  SUJ + VL + PS

Questão 2553055

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Análise sintática; Sintaxe

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Em “Aquela menininha, QUE AGORA FALA e sabe o que quer." a construção destacada exemplifica uma forma de relativização, de função:

• A. adverbial.
• B. explicativa
• C. substantiva.
• D. restritiva.
• E. subjetiva.

Gabarito: B

Comentários

• Oração Subordinada Adjetiva Restritiva - Restringe a significação de seu antecedente.

• Esse gabarito esta errado.

  É uma oração subordinada Adjetiva EXPLICATIVA, pois a virgula antes do QUE diferencia das restritivas.

• Nosso amigo Auzeni Alves da Silva Moura está equivocado. Gisely Taborga explicou corretamente.

  
  

  VIRGULAS = ,EXPLICATIVO,

  SEM = RESTRITIVO

• Bizu; 

  , que ,  (explicativa ) 

  , que    (explicativa )

   que     ( restritiva )

   que ,   ( restritiva) Vírgula é depois do que .  

   

     Gab; b    

   

  Espero ter ajudado. 

   

Questão 2553058

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Coesão e coerência; Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Dentre os recursos coesivos utilizados no texto está a retomada de elementos já mencionados. Uma das alternativas a seguir apresenta elemento destacado que contraria tal estratégia. Identifique-o.

• A. " ISSO já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia."
• B. " e foi ISSO que subitamente me surpreendeu"
• C. “Mas o falar mesmo, QUE implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros".
• D. É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ELA nasceu.”
• E. " Não me diga QUE o nosso falar equivale ao miado do gato.”

Gabarito: E

Comentários

• NÃO DE DIGA ISTO QUE VOU DIZER AGORA - ANTECIPA - CATÁFORA!

•  Não me diga ; isso  

   

    Gab; E

Questão 2553061

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Concordância verbal, Concordância nominal; Interpretação de Textos; Redação - Reescritura de texto; Sintaxe

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Considerando o predomínio do uso da norma padrão da língua no texto, analise os comentários sobre o último parágrafo do texto e assinale o correto.

“E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.”

• A. O acento indicativo da crase em À ARANHA deve ser mantido na seguinte reescrita da frase: E quem contou à aranhas que ali há moscas?
• B. A forma verbal HÁ poderá ser substituída por HAVERIAM caso a ênfase seja dada ao substantivo plural.
• C. Para que não haja prejuízo quanto à coerência textual, a forma verbal CAIRÃO deve ser substituída, obrigatoriamente, por CAIAM.
• D. A forma verbal FEZ estabelece concordância com o pronome QUE, o qual é objeto direto da oração a qual pertence.
• E. O adjetivo PLENA concorda em gênero e número com o substantivo CAPACIDADE.

Gabarito: D

Comentários

• Forma verbal FEZ?

• Não consigo assimilar essa resposta, letra D.

• FEZ OU FAZ? 

   

   

  KKKKKKKKK

• Não tem como ser a resposta D, mesmo se estivessemos em dúvida com a concordância do FEZ ou FAZ  o primeiro  "QUE" não é objeto direto da oração. O "que" é conjunção integrante, logo não há função sintática é apenas elemento de ligação.

   

  a) O acento indicativo da crase em À ARANHA deve ser mantido na seguinte reescrita da frase: E quem contou à aranhas que ali há moscas? (não ocorre crase diante de palavras femininas no plural)

   b) A forma verbal HÁ poderá ser substituída por HAVERIAM caso a ênfase seja dada ao substantivo plural. (há moscas, o substantivo moscas já está no plural. O verbo haver, sempre ficará na 3ª pessoa do singular no sentido de existir)

   c) Para que não haja prejuízo quanto à coerência textual, a forma verbal CAIRÃO deve ser substituída, obrigatoriamente, por CAIAM. (creio que afeta sim o sentido" que as moscas voam e que cedo ou tarde caiam (imperativo afirmativo) na teia?

   d) A forma verbal FEZ estabelece concordância com o pronome QUE, o qual é objeto direto da oração a qual pertence.

   A verdade é que (conjunção integrante. "a verdade é isso")com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que (pronome relativo podemos substituir por: o qual), para alguns, é Deus.” 

   e)O adjetivo PLENA concorda em gênero e número com o substantivo CAPACIDADE.

   

• Literalmente, estou horrorizada com essa banca. Nunca tinha feito prova, exercícios dela.

  E tem gente que ainda reclamada da Consulplan!

  Cheguei na resposta por eliminação, mas também não entendo o raciocínio desse examinador.

• O segundo "que" é pronome relativo.

  "Do que faz"= "Faz" o quê?  (do que).

  Agora o "fez" na alternativa complica...

• Essa foi a resposta da banca ao recurso dessa questão:

  A CORRETA "considerando o predomínio do uso da norma padrão da língua no texto, apesar da flexão do verbo, é 'A forma verbal FEZ estabelece concordância com o pronome QUE, o qual é objeto direto da oração a qual pertence', pois a dificuldade exigida na questão prioriza as considerações em torno do pronome relativo QUE e NÃO do verbo e suas flexões , fato que NÃO interfere nem prejudica a análise do fato linguístico exigido."
   

• Para complemento da alternativa C:

   

  CAIAM- Usa-se “AM” se o verbo estiver no passado.

   

  CAIRÃO- Usa-se “ÃO” se o verbo estiver no futuro.

• O Certo e a letra E... QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO! PLENA É ADJETIVO DE CAPACIDADE!

• Socorro!

• Como o '' QUE '' pode ser O.D se tem preposição na frente ???

Questão 2553064

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Redação - Reescritura de texto

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

“É óbvio mesmo [...] que percebi quando ouví a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?"

Assinale a alternativa que indica a forma de se reescrever essa frase do texto, alterando o seu valor original.

• A. É óbvio mesmo [...] que percebi logo que ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?
• B. É óbvio mesmo [ ] que percebi aoouviram enina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?
• C. É óbvio mesmo [...] que percebi no momento em que ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?
• D. É óbvio mesmo (...) que percebi no instante que ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?
• E. É óbvio mesmo (...) que percebi embora ouvisse a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

Gabarito: E

Comentários

• A alteração no valor original da frase ocorre através do uso da conjunção adversativa "embora"

• Pretérito Imperfeito : Ouvisse , os demais verbos estão conjugado no Pretérito perfeito.    

  alterando o seu valor original.

   

  Força e fé.  

   

  Gab. E

   

   

Questão 2553067

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Figuras de Linguagem; Interpretação de Textos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Em “uma qualidade específica do bicho humano” há um recurso expressivo denominado:

• A. hipérbato.
• B. sinédoque.
• C. metonimia
• D. apóstrofe.
• E. metáfora.

Gabarito: E

Comentários

• GAB = E

• GABARITO E

   

   

  A sinédoque é uma figura de linguagem, similar à metonímia e, às vezes, considerada apenas uma variação desta.. Consiste na atribuição da parte pelo todo.

  Apóstrofe - Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não.

  O hipérbato, a anástrofe e a sínquise são figuras de sintaxe que têm por característica a inversão dos termos da oração ou dos períodos. Alguns gramáticos afirmam que ocorre anástrofe quando a inversão ocorre geralmente entre o sujeito e predicado.

   

• Na dúvida? marca metáfora!#_#

• Complementar; 

  Sinédoque e metonímia

  Muito semelhante à metonímia, a sinédoque é considerada por diversos autores como sendo um tipo de metonímia. Alguns defendem que na sinédoque ocorre uma relação quantitativa entre os termos da frase, ocorrendo redução ou ampliação, e na metonímia ocorre uma relação qualitativa, havendo contiguidade entre os termos da frase. Outros, contudo, afirmam ser conceitos tão próximos que consideram desnecessária a distinção entre os dois termos.

Questão 2553070

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Pontuação; Uso das reticências

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Em “Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...” as reticências foram usadas para:

• A. conectar as idéias que seráa apresentadas
• B. especificar as dúvidas do autor.
• C. realçar as hesitações do autor.
• D. realizar citações incompletas
• E. deixar o discurso em aberto, em suspense

Gabarito: E

Comentários

• Meu Deus!!! 

• Queria entender

  optei pela letra d 

  (

• "em suspense" ?? What?!

• de acordo com a gramatica 

   a reticencias podem indicar suspensao ou interrrupçao do pensamneto 

  ex acreditei que....

• suspense?! Ohh! Será que o macaco fala, e nós não sabemos!

  ta de brincadeira neh!

• A falta de atenção me levou a erra a questão. Mesmo assim, questão bo

• COMENTÁRIOS DOS PROFESSORES, POR FAVOR. É DE GRANDE VALIA PARA NÓS CONCURSEIROS.

• LETRA: E

  E) deixar o discurso em aberto, em suspense

  As reticências são usadas para:

  - Transmitir na linguagem escrita sentimentos e sensações típicas da linguagem falada, como hesitações, dúvidas, surpresa, ironia, suspense, tristeza, ironia,…

  Fonte:

  Flávia Neves/Professora de Português

  Como diz Fernando Pestana: "Não deixa a peteca cair!"

Questão 2553073

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Redação - Reescritura de texto

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Em “Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga.”, a correção gramatical do segmento seria preservada, sem haver alteração semântica, caso:

1. fosse acrescentada uma vírgula após MAS.

2. fossem retirados os parênteses.

3. a frase fosse iniciada por SIM.

4. o último do QUE fosse substituído por O QUAL.

Estão corretas apenas:

• A. 1 , 3 e 4.
• B. 1, 2 e 3
• C. 1 e 4.
• D. 2, 3 e 4
• E. 2 e 4.

Gabarito: C

Comentários

• Alguém poderia explicar essa questão? Obrigada!

• Acredito que a banca não explicou corretamente a pergunta, pois somente O MAS poderia ser usado em intercalações. - Correta

  Lembremos que o "mas" serve sempre para ligar duas orações. Portanto, ele só vem no início da frase em contextos muito específicos (como o exemplo abaixo, que traz duas orações intercaladas pelas vírgulas)

  Mas, disse ela, não saio daqui sem meus filhos.

  https://novaescola.org.br/conteudo/202/dempre-devo-usar-virgula-antes-da-palavra-mas

  
  

  2. Oração "essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?)", no caso ele fez uma referência a um pensamento próprio, caso retirasse o parênteses toda a oração seria uma dúvida e não somente o embrião no lugar de recém-nascido.

  
  

  3. Reescrita - "Sim mas o que me espanta não é exatamente isso e...", a frase fica sem sentido.

  
  

  4. Frase "essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga"

  Substuição "essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), o qual ainda nem mesmo enxerga". Correta Frase, pois QUE no sentido de pronome relativo.

  
  

• 2 - O erro da 2 é o ponto de Interrogação do "ou no embrião?"

  3- O "mas" é uma conjunção adversativa (uma contradição). o "sim" seria uma afirmação

• Os professores do Grancursos sempre reafirmam que é proibida a virgula após o mas. Juro que não entendi esta...

• ibosta

• A questão é sobre reescrita e quer saber qual item abaixo faz a afirmação correta sobre as alterações que poderiam ser feitas.

  1. fosse acrescentada uma vírgula após MAS.

  Correta. A banca afirma está correta a alternativa, contudo segundo Maria Tereza de Queiroz Piacentini é incorreto o uso de vírgula após a conjunção adversativa "mas". "Nenhuma vírgula vem depois, à direita da conjunção [ * mas , quero que saiam], nem pode, exceto se essa vírgula marcar o início de uma intercalação: É mau autor. Mas, como se vê, faz sucesso. Pelo fato de sempre encabeçar oração, fica excluída a possibilidade de "mas"se apresentar entre vírgulas".Portanto o item está incorreto, mas não segundo a banca.

  2. fossem retirados os parênteses.

  Incorreta. Os parênteses foram usados para intercalar uma informação acessória e por isso a retirada causaria mudança de sentido no contexto.

  3. a frase fosse iniciada por SIM.

  Incorreta. Ao colocar o sim mudaria a adversidade da conjunção" mas"

  4. o último do QUE fosse substituído por O QUAL.

  Correta. O "que" quando pronome relativo retoma um termo anteriormente dito, no caso está retomando "recém-nascido", um pronome relativo pode ser trocado por outro desde que respeite a concordância. Portanto a troca por "o qual" é perfeitamente indicado.

  Após a análise segundo a banca temos o item 1 e 4 corretos.

  Após a minha análise com base na obra Só Vírgula Método fácil em vinte lições, somente o item 4 está correto.

  Referência biográfica.

   PIACENTINI,Maria Tereza de Queiroz. Só Vírgula Método fácil em vinte lições. 3 ed. Editora:- EdUFSCar. São Carlos, 2012.

  GABARITO DA BANCA: C

  GABARITO DO MONITOR: Nulo por não haver resposta.

Questão 2574079

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Biologia; IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Noções de Informática
• Assuntos: Internet; Nuvem ("cloud computing" e "cloud storage")

Em se tratando de computação na nuvem (cloud computing), quando se usa um software em regime de utilização web (como, por exemplo, o software Google Docs), esse é classificado como sendo do tipo:

• A. Infraestrutura como Serviço
• B. Software como Serviço.
• C. Datacenter Proprietário.
• D. Plataforma como Serviço.
• E. Serviço para Desenvolvimento

Gabarito: B

Comentários

• Google DoEs ? Esse eu não conhecia, mas o google DOCS é um Software como Serviço (SaaS)

• Letra B

   

  SaaS - Software as a Service ou Software como Serviço (em português): representa os serviços de mais alto nível disponibilizados em uma nuvem. Esses serviços dizem respeito a aplicações completas que são oferecidas aos usuários. (p.ex.: Google Docs, Microsoft SharePoint Online, Office 365). 

   

  PaaS - Plataform as a Service ou Plataforma como Serviço (em português): disponibiliza-se uma plataforma, um ambiente operacional completo, para que aplicativos e serviços possam ser desenvolvidos. Ex: Windows Azure, Google App Engine. Utilizada principalmente pelos prestadores de serviços (desenvolvedores).

   

  IaaS - Infrastructure as a Service ou Infraestrutura como Serviço (em português): diz respeito aos serviços oferecidos na camada de infraestrutura. Esses serviços incluem servidores, sistemas de armazenamento, roteadores e outros sistemas que são agrupados e padronizados a fim de serem disponibilizados pela rede. Ex: Google Drive, SkyDrive, Amazon Web Services. Pode ser chamada, ainda, de Hardware as a Service (HaaS). 

• Complementando...

   

  SECaaS: Security as a Service: Segurança como Serviço, é um modelo baseado no SaaS, porém especializado em serviços de segurança de informações, beneficiando organizações através do custo reduzido, facilidade de gerenciamento e atualizações contínuas de anti-virus.

   

  AaaS (Analytics as a Service): ou análise de dados como serviço e também chamada de Big Data as a Service (BDaaS). Solução surgiu com o crescimento exponencial do volume de dados no mercado, gerado principalmente pelo uso dos dispositivos móveis, redes sociais e IoT. Sua proposta é fornecer ferramentas para separar o joio do trigo. Ou seja, analisar os dados de forma inteligente, lapidando os que realmente são valiosos para os negócios.

   

  BaaS (Back-end como um Serviço): Termo também conhecido por MBaaS (Mobile Backend as a Service) refere-se à conexão entre aplicações móveis e serviços em Cloud Computing.

   

  CaaS (Communication as a Service): Permite às empresas utilizar VoIP (voz sobre rede com protocolo de Internet), mensagens instantâneas, videoconferência e colaboração, entre outros serviços oferecidos por um provedor de serviços.

   

  DaaS (Data Center as a Service): Plataforma completa de serviço oferecida com todas as soluções de um Data Center.

   

  DaaS (Desktop as a Service): Sigla igual a dos serviços de Data Center criada para oferecer VDI (virtual desktop infrastructure). Essa oferta tem a missão de oferecer serviços de computadores pessoais no mesmo modelo praticado atualmente para o fornecimento de servidores virtuais. O DaaS possibilita que usuários corporativos conectem-se com um navegador a um sistema remoto em execução à sua área de trabalho.

   

  DRaaS (Disaster Recovery as a Service): Oferta é voltada para segurança da informação, mas com características diferentes do backup online. O serviço oferece um site espelhado do Data Center principal da empresa com todas as aplicações de negócios. É uma solução para ser acionada em caso de desastres, incidentes como alagamento, incêndio, desmoronamento, ato terrorista ou qualquer ocorrência que interrompa o funcionamento da rede corporativa.

   

  MaaS (Monitoring as a Service): Fornece aos clientes a funcionalidade de monitoramento para infraestrutura e aplicativos hospedados na Nuvem. Essa plataforma pode ajudar a monitorar continuamente aplicativos, sistemas e infraestrutura de suporte, reduzindo custos.

   

  STaaS (Storage as a Service):. É a solução de Cloud Computing ideal para que as organizações aumentem a capacidade de gerenciar dados com redução de custos e mais eficácia. A proposta do STaaS é entregar uma solução em Nuvem para armazenamento de dados que ofereça ganhos em comparação com a infraestrutura tradicional mantida pelos Data Centers internos das companhias

   

   XaaS: (anything as a service): Tudo como Serviço. É um serviço que oferece em um mesmo local outros serviços de nuvem, que podem ser combinados.

   

   

  https://cloud21.com.br/computacao-em-nuvem/siglas-da-nuvem/

  http://www.ic.unicamp.br/~reltech/PFG/2017/PFG-17-14.pdf

• b) Software como Serviço.

• Questão de fácil resolução e anulação, rs.

• Os cara fala "complementando" e envia um livro kk. Mesmo assim obrigado pela ajuda!

• Google Docs(s) = software...

• þ IaaS (Infrastructure as a Service ou Infraestrutura como Serviço) Utilizada por engenheiros e arquitetos de redes Ex: Google Drive, OneDrive, Amazon Web Services.

  þ PaaS (Plataform as a Service ou Plataforma como Serviço) Ex: Windows Azure, Google App Engine. Utilizada principalmente pelos prestadores de serviços (desenvolvedores).

  þ SaaS (Software as a Service ou Software como Serviço) r Esses serviços dizem respeito a aplicações completas que são oferecidas ao usuário final. (Ex.: Google Docs, Microsoft SharePoint Online, Office 365).

  Letra B

• Gabarito''B''.

  O software como serviço=> é um programa que somente é utilizado através da internet, ou seja, você não precisa ter ele instalado em seu computador para usá-lo.

  Estudar é o caminho para o sucesso.

• Chega fico com os olhos cheios de lagrimas quando vou com toda certeza na alternativa, iludido que vou acerta, ai o gabarito frustra minha expectativa. DEUS amado.

Questão 2574127

• Banca: IBADE
• Órgão: SEDUC-RO
• Ano: 2016
• Provas: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Biologia; IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Língua Portuguesa
• Disciplina: Pedagogia
• Assuntos: Legislação da Educação; Lei nº 9.394 de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e suas alterações

Previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, o princípio da Consciência Política e Histórica da Diversidade deve conduzir à(ao):

• A. conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira.
• B. conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a experiência na prática dos professores, valorizando o conteúdo culturalmente estabelecido.
• C. compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a mesmos grupos étnico-raciais, igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua história.
• D. manutenção, por meio de literatura, de ideias, comportamentos veiculados pela ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial.
• E. possibilidade de condições para professores e alunos pensarem, decidirem, agirem, assumindo responsabilidade por relações étnico-raciais negativas.

Gabarito: A

Comentários

• a)

  conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira.

• GABARITO: LETRA A

  → Conforme a LDB (9394/96):

  >>> Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.   

  >>> § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

  FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

• Já é a quarta vez que vejo essa questão...

• Questão passível de recurso, já que o conteúdo a que se refere não é da LDB, mas sim da DCN para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino da Histórica e da Cultura Afro-Brasileira e Africana (a LDB nada diz sobre o referido princípio, que foi elaborado por essa DCN). Feitas as adaptações necessárias, a questão correta seria mesmo a apontada pela banca.