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Questões de Uso das reticências


ID
37705
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.

Liberdade minha, liberdade tua
     Uma professora do meu tempo de ensino médio, a propósito de qualquer ato de indisciplina ocorrido em suas aulas, invocava a sabedoria da frase “A liberdade de um termina onde começa a do outro". Servia-se dessa velha máxima para nos lembrar limites de comportamento. Com o passar do tempo, esqueci-me de muita coisa da História que ela nos ensinava, mas jamais dessa frase, que naquela época me soava, ao mesmo tempo, justa e antipática. Adolescentes não costumam prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...) liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável. Mas eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... Por vezes invocamos a universalidade de um princípio por razões inteiramente egoístas.

    Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?

     Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.

                                                                                                                          (Valdeci Aguirra, inédito)




Os dois casos de emprego de reticências, no primeiro parágrafo, têm em comum o fato de servirem a um enunciado

Alternativas
Comentários
  • FCC = Faz Candidato Chutar.
  • Adolescentes não costumam
    prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...)
    liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável.

    A minha é se referindo a sua liberdade sendo ameaçada pelo limite dos outros.

    "Mas
    eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma
    frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando
    ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... "

    Esse "a" referencia a "tal liberdade" que agora é invocada em prol de seu interesse.


    Se trata de uma ironia pois faz a conexão entre duas situações onde a liberdade é levada em consideração, em proporções diferencadas, visando o  melhor interesse do adolescente. Fala do jogo que os adolescentes fazem com a liberdade, se for pra favorecer OK, se não ela é incômoda pois você tem que tolher parte de sua liberdade para não invadir a do outro.
  • É importante nesses casos fazer a leitura colocando-se na condição de personagem.

    Nesse caso se tem a certeza de que a interpretação é bastante irônica,  pois o adolescente não gostaria de ver sua liberdade tolhida, mas... se pudesse usar a máxima da frase, a seu favor, que mal teria???

    Percebe-se então, sua postura irônica e bem, bem adolescente mesmo! 

  • Não consegui ver ironia nem fodendo nessa frase


ID
247240
Banca
FCC
Órgão
TRT - 12ª Região (SC)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens
de todas as classes sociais, explicava ela, o que exige
uma trama complexa. Acrescento: a mobilidade social é decisiva
nas novelas e se dá sobretudo pelo amor entre ricos e
pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão
social pelo amor - genuíno ou fingido - em proporção maior que
a vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor,
é sim, mas como aqueles retratos antigos do avô e da avó,
fotografados em preto e branco, mas, depois, cuidadosamente
retocados e coloridos. O fundo é real. A tela: ideais, sonhos,
fantasias.
Novelas vivem de conflitos. Eles são movidos, quase
todos, pela oposição do bem e do mal. Esse confronto dramático
nos empolga. Talvez por isso a democracia não nos
empolgue tanto, no seu dia a dia: porque, nela, os conflitos são
a norma e não a exceção. Ela é o único regime em que divergir,
sem ter de se explicar e justificar, é legítimo. Quando uma
democracia funciona bem, não escolhemos em razão da honestidade
e competência - que deveriam existir nos dois ou mais
lados em concorrência - mas com base nos valores que preferimos,
por exemplo, liberalismo ou socialismo. Mas nossa
tendência, mesmo nas democracias, é converter as eleições em
lutas do bem contra o mal. É demonizar o adversário, transformá-
lo em inimigo. Creio que isso explica por que a democracia,
uma vez instalada, empolga menos que a novela. De
noite, dá mais prazer reeditar o *ágon milenar do bem e do mal,
do que aceitar que os conflitos fazem parte essencial da vida e,
portanto, as duas partes podem ter alguma razão. Aliás, há
muitos séculos que é encenada essa situação de confronto
irremediável entre dois lados que têm razão: desde os gregos
antigos, tem o nome de tragédia. A democracia é uma tragédia
sem final infeliz - ou, talvez, sem final.
As novelas recompensam, em geral, os bons. Mas eles
são bons só na vida privada. É difícil alguém se empenhar em
melhorar a cidade, a sociedade. As personagens boas são
afetuosas, solidárias, mas não têm vida pública. As personagens
más são menos numerosas, mas são indispensáveis.
Condimentam a trama. Seu destino é mais variado, e assim
deve ser, se quisermos uma boa novela. Não podem ser todas
punidas, nem sair todas impunes.


* ágon - elemento de origem grega: assembleia; local onde se realizam
jogos sacros e lutas; luta.

(Trecho do artigo de Renato Janine Ribeiro. O Estado de S.
Paulo, C2+música, D17, 11 de setembro de 2010, com
adaptações.)

Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor - genuíno ou fingido - em proporção maior que a vida real ... (1° parágrafo)

O emprego das reticências no final do segmento transcrito acima denota

Alternativas
Comentários
  • As reticências indicam que algo mais ficou por dizer. Esta suspensão pode significar

    – hesitação, dúvida, amargura, ironia ou outros sentimentos. Letra "E", portanto!

  • Gabarito E

    Usam-se reticências principalmente:

    1 - Para indicar dúvida, hesitação, surpresa.

    2 - Para indicar uma suspensão da fala, provocada pelo interlocutor.

    3 - Para indicar a supressão de palavras, frases ou parágrafos de um texto. Neste caso, ficam entre parênteses.

    4 - Para sugerir o prolongamento da ideia, ao término de um período gramaticalmente correto.
  • As reticências geralmente são usadas para marcar uma continuação da fala do locutor, de certo grau de emoção, de se fazer subentender. Por isso, cabe a interpretação de uma hesitação, pelo comentário subjetivo, sem dados reais. Tudo isso ratificado pelo advérbio “Provavelmente”.
    Fonte: Prof. Décio Terror - Ponto dos Concursos
    Bons estudos

    Fontel
     

  • "Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão
    social pelo amor - genuíno ou fingido - em proporção maior que
    a vida real ...." 

    Assertiva E) hesitação, pela presença de um comentário de cunho subjetivo, sem base em dados reais. 

    Não há certeza em "provável", logo todo o seguimento tem caráter subjetivo.


ID
354166
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO:
Era assim...
Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber das novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular ou internet, e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.
Aí inventaram o celular, a internet e, com ela, uma série de ferramentas para aproximar mais as pessoas. Aproximar?
Hoje, as pessoas já se acostumaram a viver nos seus miniescritórios individuais, com telefone, caixa de correio e música ambiente — o MP3 no ouvido. Ninguém precisa mais encontrar ninguém para saber de nada: as informações vão chegar. Sabemos muito da vida de todos os nossos amigos, sem precisar estar com eles.
Quando uma grande amiga foi morar em Madri, lá no início dos anos 90, semanalmente nos correspondíamos. Por carta. Eu mandava as novidades à mão. E recebia dela — também à mão — as novidades. Esperar pela carta era parte da brincadeira. Dava quase para imaginar as viagens que nossas cartas faziam para levar um pouco de um amigo ao outro. E quando chegava tinha aquela letra dela, com o primeiro sentimento que as palavras deitavam no papel — uma era pré-delete e pré-backspace.
Hoje, se uma amiga que mora a dez minutos daqui dá à luz um filho, recebemos a foto da criança por email, mandamos um SMS com “parabéns” e esperamos o aniversário de um ano, quando receberemos aquele cartão virtual convidando para a festa. Se não pudermos ir, basta entrar na internet e enviar um presente. Incrível que o que foi inventado para encurtar distâncias tenha criado abismos.
Os que ainda não desistiram e me leem agora devem estar meio enjoados com meu saudosismo. Óbvio que toda essa modernidade trouxe milhões de coisas boas. Essas nós sabemos quais são. Mas não deixo de sentir saudade da época em que a vida tinha — ao menos para mim — um outra velocidade. Uma época em que as respostas podiam demorar. Em que o destino agia mais sobre os encontros e desencontros. Uma época em que eu decidia mais com quem eu ia me corresponder.
Sempre alguém pode dizer: “Mas você tem controle sobre isso. Desligue o celular, não olhe seus emails, não entre em redes sociais...”É verdade, é possível fazer tudo isso. Mas hoje em dia equivale quase a investir num retiro tibetano. A impressão é de que estaríamos desistindo da vida em sociedade.
Aí você deve estar pensando: “Mas nem você, que tá aí reclamando disso tudo, teria a força de vontade de abdicar dessas ferramentas do demônio?”
Acho que não. Afinal, enquanto escrevia esta coluna, chegaram cinco emails (que res pondi), consultei o Twitter duas vezes, atendi minha mulher no rádio, um colega de trabalho no celular e mandei dois SMS. Isso em 52 minutos. Tem jeito, não.
(Marcius Melhem / Revista O Globo – 13/06/2010)

Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho anterior, as reticências (...) foram utilizadas para:

Alternativas
Comentários
  • Indicar continuação do pensamento

  • De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo valor, usamos a enumeração por meio de vírgulas.

    De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para abreviar. Isto depende muito do contexto, e não cabe esta interpretação neste trecho do texto. 

    De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é chamada de elipse verbal. Neste caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo Matemática; você, Português.

    A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido para evitar repetição de palavra

    De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos enfáticos, podemos separar por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja: 

    No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática brasileira). 

    Gabarito: B


ID
697600
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: As dez questões que seguem, em seu conjunto de alternativas, compõem passagens retiradas da revista Veja, edição especial de 11 de dezembro de 2011. Leia atentamente o enunciado de cada questão e escolha a alternativa que melhor responda ao que se pede.

ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

Assinale a passagem que apresenta ERRO por falta, excesso ou inadequação de sinais de pontuação. Atente para o fato de que o conjunto de alternativas forma uma passagem de texto.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. A frase, adequadamente, ficaria: "Segundo afirmam os especialistas, se o problema do lixo já estivesse resolvido no Brasil, 10% da sua energia poderia ter como fonte o biogás.


ID
705931
Banca
FUJB
Órgão
MPE-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1


“O Brasil tem mil dias, a partir de hoje, para corrigir problemas
em inúmeras áreas e poder encantar o mundo na Copa 2014.

Se 52 obras de infraestrutura das 81 previstas nem começaram,

no caso da legislação é pior: o projeto com as garantias para a Fifa

nem foi enviado ao Congresso. Os estádios avançam, mas a seleção

de Mano Menezes...”
(O Globo, 16-09-2011)

As reticências ao final do texto têm a função de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D - A seleção de Mano Menezes ....


ID
707431
Banca
FDC
Órgão
Prefeitura de Palmas - TO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 – QUEIMADAS ILEGAIS PROVOCAM INCÊNDIOS
Gilberto Costa

Focos de incêndio registrados no norte do estado de Roraima
ameaçam terras indígenas e unidades de conservação. De acordo com
o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a causa dos in-
cêndios são as queimadas irregulares.
O estado, que tem a maior parte no Hemisfério Norte, sofre
com a seca causada pelo fenômeno climático El Niño, caracterizado
pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico. A parte atingida
pelo incêndio é próxima às reservas indígenas da Raposa Serra do Sol
e Yanomani. Também nessa área, acima da Linha do Equador, estão o
Parque Nacional do Viruá, a Estação Ecológica de Caracaí e a Estação
Ecológica Maracá.(...)
No verão de 1998, o estado sofreu um grande incêndio, de mais
de dois meses de duração, também provocado por queimadas ilegais
em época de grande seca provocada por El Niño. “Nós estamos
atuando para não atingir esse recorde”, disse o coronel dos Bombei-
ros do Rio de Janeiro, Wanius de Amorim, que trabalha no gabinete
do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) e coordena as ações de
combate ao fogo em Roraima.

Entre o segundo e o terceiro parágrafo há um sinal gráfico de parênteses com pontos em seu interior (...); isso indica que:

Alternativas

ID
1031977
Banca
FUNRIO
Órgão
INSS
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O VÕO DA ÁGUIA
     A Águia pode viver por 70 anos. Sabe por quê?
     A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos, mas, para chegar a essa idade, aos 40 ela tem de tomar um séria decisão.
     É nessa fase da vida que ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontadas contra o peito estão suas asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já é tão difícil...
     A águia então tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que vai durar 150 dias. Esse
processo de renovação consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se em ninho próximo a um paredão onde não
necessite voar.
     Após encontrar esse lugar, a Águia começa a arrancar suas unhas. Quando começam a nascer as novas unhas, ela passa a arrancar as velhas penas. E, só cinco meses depois, sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.
     Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.
     Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e velhos hábitos que nos causam dor.
     Somente livres do peso do passado, podemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz.

FONTE: Jornal carta, 09.05.2003 www.Tonoticias.jor.br


No texto, lê-se “Apontadas contra o peito estão suas asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já é tão difícil...”. As reticências que encerram essa frase servem para.

Alternativas
Comentários
  • As reticências indicam uma pausa na sequência da oração. Elas podem ser usadas para permitir que o leitor complete o pensamento que foi suspenso, para marcar uma fala desconexa, próprio de quem está nervoso ou inseguro, ou ainda para indicar que uma parte de uma citação foi omitida. No campo literário, as reticências podem ainda ser usadas para indicar a suspensão de uma ideia no enredo para que haja uma participação maior do leitor. Quando há aspas há a quebra da lógica da história para que o leitor possa continuar o enredo através da sua imaginação. É uma oportunidade que o leitor tem para estar mais próximo da história, pois ele tem o livre-arbítrio de continuar a história do jeito que imagina. Desta forma, ao analisar as questões, percebemos que a alternativa é a letra D.

  • d) indicar que a idéia expressa será suprida pela imaginação do leitor.

  • RETICÊNCIAS (...)USAM-SE:

    A) PARA INDICAR SURPRESSÃO DE UM TEXTO NAS CITAÇÕES:

    "... a generosidade de quem no-la doou". (Rui Barbosa)

    " sai, afastando-me dos grupos ... (Machado de Assis)

    B) PARA INDICAR INTERRUPÇÃO DAS FRASES:

    Ela estava ... Não posso dizer isso 

    .A vida ... sei lá ... Não seio o que dizer sobre a vida .

    C) PARA INDICAR HESITAÇÃO:

    Acho que era ... 12h ... não sei ao certo, disse jocasta.

    Quero uns dez ... ou doze pães

    .D) PARA DEIXA ALGO SUBTENDIDO NO FINAL DA FRASE:

    Deixe seu coração dizer a verdade ...

    Ele sabe o que eu quero ...

  • o que é surpressão ?


  • Para quem não consegue enxergar a supressão ocorrida pela imaginação do autor, basta analisar o contexto das outras alternativas. Analisadas com calma,  são fáceis de ser eliminadas, chegando-se a única alternativa possível e pertinente - letra D.

  • Muito simples, essa!



ID
1052149
Banca
IBFC
Órgão
PC-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fé - Esperança - Caridade
         (Sérgio Milliet)

É preciso ter fé nesse Brasil
nesse pau-brasil
nessas matas despovoadas
nessas praias sem pescadores
É preciso ter fé
Nesse norte de secas
e de literatura
A esperança vem do sul
Vem de mansinho
contagiosa e sutil
vem no café que produzimos
vem nas indústrias que criamos
A esperança vem do sul
do coração calmo de São Paulo
É preciso ter caridade
e ter carinho
perdoar o ódio que nos cerca
que nos veste
e trabalhar para os irmãos pobres...
(Poetas do Modernismo. INL-MEC, Rio de Janeiro, 1972)

As reticências empregadas, no último verso, cumprem a seguinte função:

Alternativas
Comentários
  • suspender a ideia promovendo uma reflexão no leitor.

  • O uso de reticências devem ser utilizadas para :

    Indicar uma interrupção de um pensamento;

    Ex: Hoje não irei estudar porque.....

    Indicar uma ideia de continuidade

    Ex: Talvez os filhos dos nossos filhos...... dos nossos filhos tenham um mundo melhor.

    Também pode indicar uma ideia de ironia.

    Ex: Os políticos são certamente cidadãos muito honestos......

  •  reticências são três pontos e não uma meia dúzia...

  • Resposta: E


    Reticências ( ... )

    As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato.

    Por Exemplo:

    O tempo passa...

    - Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

    Por Exemplo:

    Vim até aqui achando que...

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

    Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?
    – Vamos...Não...Pois vamos."
    Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

    - Para realçar uma palavra ou expressão.

    Por Exemplo:

    Não há motivo para tanto...mistério.

    - Para realizar citações incompletas.

    Por Exemplo:

    O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro:
    "Deitado eternamente em berço esplêndido..."

    - Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor.

    Por Exemplo:

    "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)

  • Já percebi que a IBFC gosta muito de perguntar sobre ESSA IDEIA DE REFLEXÃO, colocando reticências..

    É bom se ligar nisso ;)

  • errei pela terceira vez. um dia, acertarei!
  • questão fácil

    nem li o texto, porém, só pelo enunciado da questão me veio a mente essa alternativa, quando olhei as alternativas tive ceteza!!! IBFC sendo IBFC

  • tem q pensar igual o examinador
  • GABARITO: LETRA E

    As reticências são usadas nos seguintes casos: 

    1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine.

    2. Para indicar hesitações comuns na oralidade.

    3. Em trechos suprimidos de um texto.

    4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê.

    FONTE: QC


ID
1102087
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

Na linguagem, o silêncio, tanto quanto as palavras, pode ter enorme carga expressiva


. No texto 2, o fragmento em que as reticências expressam hesitação é:

Alternativas
Comentários
  • a única alternativa que apresenta hesitação, ou seja, indecisão é a  E

  • Gabarito (E)

     

     

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

    Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?
    – Vamos...Não...Pois vamos."
    Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

     

    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono33.php

     

    Tudo posso naquele que me fortalece!


ID
1104193
Banca
UFCG
Órgão
TJ-PB
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ética no trabalho


O comportamento qualificado como bom ou mal está ligado a maneira de ver e agir de cada pessoa. A ética está ligada a verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto. No campo do trabalho, a ética tem sido cada vez mais exigida, provavelmente porque a humanidade evoluiu em tecnologia, mas não conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à elevação de espírito.
Na verdade não há fórmula matemática que nos responda, com toda certeza, qual deve ser a atitude ética diante das circunstâncias que a vida profissional nos impõe, mas na dúvida, decida-se pelo correto. Segundo o filósofo alemão Kant, a única coisa certa em qualquer situação é a “boa vontade”, que podemos entender também como boa intenção.
Traduzindo em linguagem mais simples, ética é a ciência da moral. E por sua vez, moral é a parte da Filosofia que trata dos costumes e deveres do homem. A missão da ética é explicar a moral efetiva e nesse sentido pode influir na própria moral. A moral é constituída por atos humanos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto.
A atitude ética vai determinar como um profissional trata os outros profissionais no ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos, entre outros membros da comunidade em geral. A conduta do profissional inevitavelmente repercutirá na maneira como ele mesmo será tratado pelos demais, e isso formará uma boa ou má imagem profissional.
As falhas éticas no ambiente de trabalho muitas vezes ocorrem por desconhecimento, por ingenuidade, por alienação e por descuido. Ou seja, nem sempre essas falhas estão associadas ao mau caráter do profissional. Na maioria dos esquemas de corrupção, pessoas desavisadas são usadas como vítimas. Além disso, em muitas situações a pessoa pode se envolver em problemas éticos sem dimensionar o resultado futuro de sua conduta inapropriada. A ética é indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.


(http://www.revistasalute.com.br. Acessado em 24 de julho de 2008)

Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas acerca do uso da crase e dos sinais de pontuação no texto.

( ) A ausência da crase em “a maneira...” (1º §) e em “a verdade” (1º §) constitui erro em relação à norma escrita padrão, pois o adjetivo que precede os substantivos femininos exige complemento regido da preposição a.

( ) A presença dos dois pontos, antes de “serviços”( 4º §), antecede a enumeração.

( ) As ocorrências da crase em “à elevação” (1º §) e em “à competência” ( 6º §) se justificam porque, em ambos os casos, tem-se um objeto indireto introduzido pela preposição a.

( ) A ausência da vírgula, após “Na verdade” (2º §), está correta, pois não se separa sujeito de predicado.

A seqüência correta é

Alternativas
Comentários
  • Olá, alguém poderia indicar o erro na terceira proposição?


    As ocorrências da crase em “à elevação” (1º §) e em “à competência” ( 6º §) se justificam porque, em ambos os casos, tem-se um objeto indireto introduzido pela preposição a. 

  • A terceira opção afirma que o objeto indireto é introduzido pela preposição  A.

    isso não é verdade!  O verbo "referir-se A" e a locução " diz respeito A" pedem objeto indireto, mas o objeto indireto  " à elevação" e " à competência" são introduzidos por artigo e não por preposição.

    Essa questão estava testando a atenção dos candidatos.


  • "A atitude ética vai determinar como um profissional trata os outros profissionais no ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos, entre outros membros da comunidade em geral."

    ITEM: A presença dos dois pontos, antes de “serviços”( 4º §), antecede a enumeração. 

    Acho que "emburreci"! Cadê os dois pontos antes de serviços?

  • Gabarito A

    Sobre a terceira opção:

    "O fazer diz respeito à competência"

    O "A" preposição foi requisitado pelo substantivo "respeito". Regência nominal. Não há que se falar aqui em objeto direto, pois não se trata de regência verbal.

  • Cadê os dois pontos ANTES de serviços? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • As ocorrências da crase em “à elevação” (1º §) e em “à competência” ( 6º §) se justificam porque, em ambos os casos, tem-se um objeto indireto introduzido pela preposição a. 

    está errado porque não se trata de regencia verbal e sim nominal, ja que Respeito é substantivo e não verbo!


ID
1197637
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Liberdade minha, liberdade tua

        Uma professora do meu tempo de ensino médio, a propósito de qualquer ato de indisciplina ocorrido em suas aulas, invocava a sabedoria da frase “A liberdade de um termina onde começa a do outro”. Servia-se dessa velha máxima para nos lembrar limites de comportamento. Com o passar do tempo, esqueci-me de muita coisa da História que ela nos ensinava, mas jamais dessa frase, que naquela época me soava, ao mesmo tempo, justa e antipática. Adolescentes não costumam prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...) liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável. Mas eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... Por vezes invocamos a universalidade de um princípio por razões inteiramente egoístas.
        Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?
        Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva - lei do instinto mais primitivo - tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização.

(Valdeci Aguirra, inédito)


Os dois casos de emprego de reticências, no primeiro parágrafo, têm em comum o fato de servirem a um enunciado

Alternativas
Comentários
  • art. 133, §1º, inciso I, do CTN e art. 60, parágrafo único, da Lei nº 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperações)

  • art. 133, §1º, inciso I, do CTN e art. 60, parágrafo único, da Lei nº 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperações)


ID
1300564
Banca
FGV
Órgão
TJ-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Derrota da Censura 


      A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto  que  autoriza  a divulgação  de  imagens,  escritos  e  informações  biográficas  de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. 
      Até  agora, o Brasil  vem  caminhando no obscurantismo no tocante  à  publicação  ou  filmagem  de  biografias. O  artigo  20  do Código  Civil  bate  de  frente  com  a  Constituição,  que  veta  a censura.  Só  informações  avalizadas pelo biografado ou pela  sua família  podem  ser  mostradas.  É  o  império  da  chapa  branca, cravado  numa  sociedade  que  caminha para  o  pluralismo,  a transparência, a troca de opiniões. 
      O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos  sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas  sendo proibidas de  circular;  inúmeros  filmes  vetados por famílias que  se  julgam no direito de determinar o que pode ou não pode  ser dito  sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder  fazer em  relação  a  jornais,  rádios e televisão. 
      [....] O  projeto  aprovado  na  CCJ  abre  caminho  para  que  a sociedade  seja  amplamente  informada  sobre  seus  homens públicos,  seus  políticos,  seus  artistas, não  apenas  através  de denúncias,  mas  também  de  interpretações.  O  livro  publicado sobre Roberto Carlos era  laudatório; o mesmo  acontecia  com o documentário  de  Glauber  Rocha,  também proibido,  sobre  Di Cavalcanti. 
      [....]  A  alteração  votada  abre  um  leque  extraordinário  ao desenvolvimento  da  produção  cultural  neste  país.  Mais  livros serão  escritos,  mais  filmes  serão realizados,  mais  trajetórias políticas e artísticas serão debatidas.
 

                                                                   (Nelson HoineffO Globo, 11/04/2013)

Antes do início da transcrição do quarto parágrafo do texto, há colchetes com alguns pontos em seu interior [....]. Esse sinal quer informar ao leitor que

Alternativas
Comentários
  • Esse recurso é utilizado para informar que parte do texto foi suprimida.

    Link interessante sobre esse sinal em http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2407355


    Gabarito letra a

  • Os colchetes são usados para indicar que parte do texto foi suprimido, cortado.
  • As reticências dentro de colchetes indicam que parte do texto foi suprimido. 


ID
1331665
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!


                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

Considere a seguinte fala do narrador:
– Teodorico! você... escreveu um livro?
É correto afirmar que, no contexto, os sinais de exclamação
(!), reticências (...) e interrogação (?) contribuem para expressar uma reação de

Alternativas
Comentários
  • Significado de Escárnio

     Aquilo que se diz ou faz para zoar (caçoar) alguém ou alguma coisa; caçoada ou zombaria: as cantigas que ficaram famosas foram as de escárnio e de maldizer.
    Comportamento que demonstra desdém por (algo ou alguém); menosprezo.
    O que pode ser alvo desse comportamento.

  • SURPRESA.

  • Como assim você escreveu um livro?

  • Surpresa

    Gabarito: E

  • Assertiva E

    os sinais de exclamação "surpresa."


ID
1337938
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Bela Vista de Minas - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                      Lua cheia, lua crescente, lua minguante

   Como a lua nos lembra o que se passa conosco!

   Não há quem não tenha seus dias de lua cheia! Tudo correndo bem, saúde boa, família em paz, todos se entendendo e se amando. Se não há dinheiro sobrando, não há dinheiro faltando...

   Também não há quem não tenha seus dias de lua minguante... A saúde meio emperrada; incompreensões e aborrecimentos em casa, no trabalho, entre amigos; desilusões, cansaço de viver...

   Mas volta a lua crescente... Volta a esperança. Tudo continua, mais ou menos, na mesma. Talvez até pior. Mas, por dentro, há mais coragem, mais força!...

   E o que nos vale é que variam, de pessoa para pessoa, os dias de fossa, os dias de esperança, os dias de alegria plena... Por que, então, não termos paciência uns com os outros e não nos ajudarmos mutuamente? Mas, em geral quem anda em lua minguante tem até raiva de quem anda em lua cheia. Parece um roubo. Acontece, também, que quem anda em lua cheia, em geral, não tem olhos, nem tempo, nem paciência para fcar ouvindo lamúrias da lua minguante...

   Ah! Se conseguíssemos o ideal de manter permanentemente em nós o espírito da lua crescente, o espírito da esperança!

   Há quem, em plena fase da lua cheia, ande triste. Há pessoas que, em lugar de aproveitar a felicidade que têm na mão, tornam-se incapazes de aproveitá-la, porque ficam o tempo todo pensando que a felicidade é passageira, vai acabar, já está acabando...

   Em plena lua cheia, quando o desânimo chega, vamos expulsá-lo, pensando: É verdade. Nem sempre será lua cheia. Virá a lua minguante. Mas de minguante passará a crescente e, de novo a cheia.

   Quando nos convenceremos de que é ingratidão deixar que a esperança se apague dentro de nós?!... Guardem o título de um livro de poemas, que vale como um programa de vida: FAZ ESCURO, MAS EU CANTO! Sim. No meio da maior escuridão, em pleno voo cego, sem enxergar um palmo diante dos olhos.
Mesmo aí, mesmo assim, temos que manter viva a esperança. FAZ ESCURO, MAS EU CANTO!

Disponível em: < http://escritabrasil.blogspot.com.br/2007/11/texto-do-arcebispo-helder-cmara.html >
Acesso em 17 julho de 2014.


Leia as frases a seguir.

“Não há quem não tenha seus dias de lua cheia!”
“Mas volta a lua crescente...”
“Por que não nos ajudarmos mutuamente?”
“Há quem, em plena fase da lua cheia, ande triste.

Os sinais de pontuação CORRETOS das frases são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra A 

    Se analisarmos que a primeira frase com o sinal de Exclamação (!),  já podemos chegar numa conclusão sem saber as demais. 

  • Muito fácil!

  • Há quem, em plena fase da lua cheia, ande triste.

    Adjunto adverbial está isolado pelas vírgulas por estar no meio da oração. Se estivesse no início, só haveria uma vírgula;

    Em plena fase da lua cheia, há quem ande triste.

  • hã ?

  • nossa..que prova besta é essa?

  • rsrs espero muito que esse tipo de questão não caia nas minhas provas.

  • a)

    A questao pede para dizer o nome dos sinais de pontuação

  • Eu troco direto esses sinais ?! só Jesus

ID
1341181
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto  

                                        Retrato falado

    Uma das coisas que não entendo é retrato falado. Em filme policial americano, no retrato falado sai sempre a cara do criminoso, até o último cravo. Mas na vida real, que nada tem de filme americano, o retrato falado nunca tem o menor parentesco com a cara do cara que acaba sendo preso.

- Atenção. Aqui está um retrato falado do homem que estamos procurando. Foi feito de acordo com a descrição de dezessete testemunhas do crime. Decorem bem a sua fisionomia. Está decorada?
- Sim, senhor.
- Então, procurem exatamente o contrário deste retrato. Não podem errar.
 Imagino os problemas que não deve ter o artista encarregado dos retratos falados na polícia. Um homem sensível obrigado a conviver com a imprecisão de testemunhas e as rudezas da lei.
- O senhor mandou me chamar, delegado? 
- Mandei, Lúcio. É sobre o seu trabalho. Os seus últimos retratos falados...
- Eu sei, eu sei. É que estou numa fase de transição, entende? Deixei o hiper-realismo e estou experimentando com uma volta as formas orgânicas e...
- Eu compreendo, Lúcio. Mas da última vez que usamos um retrato falado seu, a turma prendeu um orelhão. 
O pior deve ser as testemunhas que não sabem descrever o que viram.
- O nariz era assim, um pouco, mais ou menos como seu, inspetor.
- E as sobrancelhas? As sobrancelhas são importantes.
- Sobrancelhas? Não sei... como as suas, inspetor.
- E os olhos? 
- Os olhos claros, como os...
- Já sei. Os meus. O queixo?
- Parecido com o seu.
- Inspetor, onde é que o senhor estava na noite do crime?
- Cala a boca e desenha, Lúcio. 
E há os indecisos.
- Era chinês.
- Ou era chinês ou tinha dormido mal.
E deve haver a testemunha literária!
- Nariz adunco, como de uma ave de rapina. A testa escondida pelos cabelos em desalinho. Pelos seus olhos, vez que outra, passava uma sombra como uma má lembrança. A boca de uma sensualidade agressiva mas ao mesmo tempo tímida, algo reticente nos cantos, com uma certa arrogância no lábio superior que o lábio inferior refutava e o queixo desmentia. Narinas vívidas, como as de um velho cavalo. Mais não posso dizer porque só o vi por dois segundos.
Os sucintos:
- Era o Charles Bronson com o nariz da Maria Alcina.
- Tipo Austregésilo de Athayde, mas com bigodes mexicanos.
- Uma miniatura de cachorro boxer, comandante da Varig e beque do Madureira.
- Bota aí: a testa do Jaguar, o nariz do Mitterrand, a boca do porteiro do antigo Fred's e o queixo da Virgínia Woolf. Uma orelha da Jaqueline Kennedy e a outra, estranhamente, do neto do Getty.
- A Emilinha Borba de barba depois de um mal voo na ponte aérea com o Nélson Ned. E há as surpresas.
- Bom, era um cara comum. Sei lá. Nariz reto, boca do tamanho médio, sem bigode. Ah, e um olho só, bem no meio da testa.
O ciclope ataca outra vez! 
Experimente você dar as características para o retrato falado de alguém.
- Os olhos de Sandra Brea. Um pouco menos sobrancelha. O nariz de Claire Bloom de 15 anos atrás. A boca de Cláudia Cardinale. O queixo da Elizabeth Savala. Um seio de Laura Antonelli e outro da Sydne Rome. As pernas da Jane Fonda.
- Feito. Mas quem é essa?
- Não sei, mas se encontrarem, tragam-na para mim depressa. E vival

(Luis Fernando Veríssimo. Retrato falado. In: PINTO, Manuel da Costa. Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Salamandra, 2008.)

Releia os seguintes trechos da crônica.

I. "- Sobrancelhas? Não sei... como as suas, inspetor." (13°§ )

II. "- Os olhos claros, como os..." (15°§)

As reticências são empregadas para indicar uma ruptura na sequência normal da frase. Mas o sentido sinalizado por esse sinal de pontuação deve ser analisado de acordo com o contexto no qual foi empregado. Então, com base nessa informação, é correto afirmar que as reticências foram utilizadas para indicar

Alternativas
Comentários
  • Indecisão

     - Sobrancelhas? Não sei... como as suas, inspetor. 

    Interrupção 

    - E os olhos? 

    - Os olhos claros, como os...

     Já sei. Os meus. 

  • E as sobrancelhas? As sobrancelhas são importantes. 

    - Sobrancelhas? Não sei SE SÃO OU NÃO . como as suas, inspetor. 

  • Reticências

    As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato Por Exemplo:

    O tempo passa...

    - Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Por Exemplo:

    Vim até aqui achando que...

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. Por Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?

    – Vamos...Não...Pois vamos." Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

    - Para realçar uma palavra ou expressão. Por Exemplo:

    Não há motivo para tanto...mistério.

    - Para realizar citações incompletas. Por Exemplo:

    O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro: "Deitado eternamente em berço esplêndido...

    - Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor. Por Exemplo: 

    "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)


ID
1357585
Banca
IBFC
Órgão
PC-SE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Eficiência militar
(Historieta Chinesa)

LI-HU ANG-PÔ, vice-rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava nem garbo marcial, nem tampouco, nas últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.

Como toda a gente sabe, o vice-rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase soberanas. Ele governa a província como reino seu que houvesse herdado de seus pais, tendo unicamente por lei a sua vontade.

Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual, esse vice-rei tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando-se unicamente a contribuir com um avultado tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim, na misteriosa cidade imperial, invisível para o grosso do seu povo e cercado por dezenas de mulheres e centenas de concubinas. Bem.

Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice- rei Li-Huang-Pô começou a meditar nos remédios que devia aplicar para levantar-lhe o moral e tirar de sua força armada maior rendimento militar. Mandou dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados venciam. Isto, entretanto, aumentou em muito a despesa feita com a força militar do vice-reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se lembrou, ou alguém lhe lembrou, o simples alvitre de duplicar os impostos que pagavam os pescadores, os fabricantes de porcelana e os carregadores de adubo humano - tipo dos mais característicos daquela babilônica cidade de Cantão.

Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis soldados, a fim de dar-lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.

Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem as cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu-Wei-Hu - o que quer dizer na nossa língua: “planície dos dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses, soldados das três armas, acamparam em Chu-Wei-Hu, debaixo de barracas de seda. Na China, seda é como metim aqui.

Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu-Shi-Tô que tinha começado a sua carreira militar como puxador de tílburi* em Hong-Kong. Fizera-se tão destro nesse mister que o governador inglês o tomara para o seu serviço exclusivo.

Este fato deu-lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses detestem os estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam, entretanto, de ter um respeito temeroso por eles, de sentir o prestígio sobre­ humano dos “diabos vermelhos”, como os chinas chamam os europeus e os de raça europeia.

Deixando a famulagem do governador britânico de Hong- Kong,Fu-Shi-Tô não podia ter outro cargo, na sua própria pátria, senão o de general no exército do vice-rei de Cantão. E assim foi ele feito, mostrando-se desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no material bélico, merecendo por isso ser condecorado, com o dragão imperial de ouro maciço. Foi ele quem substituiu, na força armada cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e, com isto, ganhou de comissão alguns bilhões de taels* que repartiu com o vice-rei. Os franceses do Canet queriam lhe dar um pouco menos, por isso ele julgou mais perfeitos os canhões do Krupp, em comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de artilharia, o ex-fâmulo do governador de Hong-Kong.

O exército de Li-Huang-Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”, quando ele se resolveu a ir assistir-lhe as manobras, antes de passar-lhe a revista final.

O vice-rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi-Nu, lá foi para a linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro exército germânico. Antegozava isso como uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua eternidade no lugar rendoso de quase rei da rica província de Cantão. Com um forte exército à mão, ninguém se atreveria a demiti-lo dele. Foi.

Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu-Shi-Pô explicava os temas e os detalhes do respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de quem havia estudado Arte da Guerra entre os varais de um cabriolet*.

O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos comandados particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá-lo do cômodo e rendoso lugar de vice-rei de Cantão. Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:

- É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de remediar.
- Como? perguntou o vice-rei.
- É simples. O uniforme atual muito se parece com o alemão: mudemo-lo para uma imitação do francês e tudo estará sanado.

Li-Huang-Pô pôs-se a pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e, sobretudo, os taels que recebeu de sociedade com o seu general Fu-ShiPô... Seria uma ingratidão; mas... Pensou ainda um pouco; e, por fim, num repente, disse peremptoriamente:
- Mudemos o uniforme; e já!

(Lima Barreto)

*tael:unidade monetária e de peso da China;
*cabriolet:tipo de carruagem;
*tílburi: carro de duas rodas e dois assentos comandados por um animal.
*famulagem:grupo de criados

Sobre a utilização das reticências, no penúltimo parágrafo, e o contexto em que elas aparecem pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • "recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e, sobretudo, os taels que recebeu de sociedade com o seu general Fu-ShiPô... Seria uma ingratidão; mas... Pensou ainda um pouco"

    Recordar e pensar = dois verbos que, utilizados num contexto anterior a uma tomada de decisão, demonstram hesitação e ponderação da proposta.

    Gabarito: B


  •  

    Concordo com André Remondini.

    Pensou antes de tomar a decisão .

    Resp. evidenciam hesitação por parte do vice-rei, que se relembra dos benefícios obtidos com a proximidade alemã

  • B

    evidenciam hesitação por parte do vice-rei, que se relembra dos benefícios obtidos com a proximidade alemã.

  • Sobre a utilização das reticências, no penúltimo parágrafo... As reticências são encontradas no último parágrafo... Q banca ruim.

  • Não utiliza mais reticencias.


ID
1511251
Banca
CEPERJ
Órgão
SEDUC-RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO LER NAS “ENTRELINHAS”?

As conhecidas “entrelinhas” são uma boa metáfora visual para aquilo que poderíamos designar, de maneira mais apropriada, como o “não-dito” de um texto. Entre uma linha e outra não há supostamente nada exceto o branco da página, da mesma maneira que o não-dito obviamente não foi escrito, logo, não pode ser lido.

Entretanto, lembremos que a linguagem humana é simultaneamente pletórica e insu?ciente: sempre se diz mais e menos do que se queria dizer. Até mesmo um texto prosaico e informativo esconde algumas informações e sugere outras, que se nos revelam se soubermos ler... nas entrelinhas. Ora, um texto de ?cção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas, justamente para poder tanto esconder quanto sugerir mais informações. Desse modo, ele desa?a o seu leitor a decifrá-lo, vale dizer, a escavar as suas entrelinhas.

Nos dois parágrafos acima, por exemplo.
O que se encontra nas entrelinhas?
O que eu não disse?
O que estou escondendo?

Quando digo que “um texto de ficção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas” e “desafia o seu leitor a decifrá-lo”, vejo-me escondendo nada menos do que o próprio autor do texto, porque empresto consciência e vontade a uma coisa, isto é, a um texto. Se o meu leitor percebe que fiz isto, ou seja, se o meu leitor lê nas entrelinhas do meu texto, ele pode me interpretar ou de um modo conservador ou de um modo mais ousado.

O meu leitor conservador pode entender que apenas recorri a uma metonímia elegante, dizendo “texto” no lugar de “autor do texto” por economia de palavras e para dar estilo ao que escrevo. O meu leitor ousado já pode especular que sobreponho o texto ao seu autor para sugerir que a própria escrita modifica quem escreve, e o faz no momento mesmo do gesto de escrever.

Ambas as interpretações me parecem válidas, embora eu goste mais da segunda. Talvez haja outras leituras igualmente válidas, embora nem tudo se possa enfiar impunemente nas entrelinhas alheias. Em todo caso, creio que achei um bom exemplo de leitura de entrelinhas no próprio texto que fala das entrelinhas...

Se posso ler nas entrelinhas de textos teóricos ou informativos como este que vos fala, o que não dizer de textos de ficção? Este meu texto não se quer propositalmente ambíguo ou plurissignificativo, mas o acaba sendo de algum modo, por força das condições internas de toda a linguagem, o que abre espaço para suas entrelinhas, isto é, para seus não-ditos.

Um texto de ficção, entretanto, já se quer ambíguo e plurissignificativo, assumindo orgulhosamente suas entrelinhas. Estas entrelinhas são maiores ou menores, mais ou menos carregadas de sentido, dependendo, é claro, do texto que contornam. Textos menores e mais densos, por exemplo, tendem a conter entrelinhas às vezes maiores do que eles mesmos.

É o caso do menor conto do mundo, do hondurenho Augusto Monterroso, intitulado “O Dinossauro”. O conto tem apenas sete palavras e cabe em apenas uma linha: “quando acordou, o dinossauro ainda estava ali”.
As entrelinhas cercam este conto, provocando muitas perguntas, como, por exemplo:

1. Quem acordou?
2. Quem fala?
3. Onde é ali?
4. O dinossauro ainda estava ali porque também se encontrava lá antes de a tal pessoa dormir, ou porque ela sonhara com o dinossauro e ele saiu do sonho para a sua realidade?
5. O dinossauro que ainda estava ali é o animal extinto ou um símbolo?
6. Se for o animal extinto e supondo que o conto se passa na nossa época, como ele chegou ali?
7. Se não se passa na nossa época, então em que época se passa a história?
8. Se, todavia, o dinossauro é um símbolo, o que simboliza?

Na verdade, as entrelinhas contêm as perguntas que um texto nos sugere, muito mais do que as respostas que ele porventura esconde. A nossa habilidade de ler nas entrelinhas se desenvolve junto com a nossa habilidade de seguir as sugestões do texto e de formular perguntas a respeito dele e mesmo contra ele, para explorá-las sem necessariamente respondê-las de uma vez para sempre.

Gustavo Bernardo (Adaptado de: revista.vestibular.uerj.br/coluna/)

Para responder às questões 32, 33, 34 e 35, observe o trecho a seguir:

“Até mesmo um texto prosaico e informativo esconde algumas informações e sugere outras, que se nos revelam se soubermos ler... nas entrelinhas" (2º parágrafo).

O emprego das reticências assinala o seguinte aspecto em relação aos não ditos:

Alternativas
Comentários
  • A dúvida está entre a C e a E, mas a E fala em retificação, ou seja, correção e o texto não está voltando atrás em relação ao período anterior. Portanto, a que mais tem a ver com o contexto é a C.

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Reticências ( ... )

    As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato.

    Por Exemplo:

    O tempo passa...- Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

    Por Exemplo:

    Vim até aqui achando que...- Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

    Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?

    – Vamos...Não...Pois vamos."

    Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

    - Para realçar uma palavra ou expressão.

    Por Exemplo:

    Não há motivo para tanto...mistério.- Para realizar citações incompletas.

    Por Exemplo:

    O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro:

    "Deitado eternamente em berço esplêndido..."- Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor.

    Por Exemplo:

    "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis).

    FONTE: QC


ID
1559206
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Ipatinga - MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO:                                            
                                            O homem e a cobra



Certo homem de bom coração encontrou na estrada uma cobra entanguida de frio.
– Coitadinha! Se fica por aqui ao relento, morre congelada.
Tomou-a nas mãos, conchegou-a ao peito e trouxe-a para casa. Lá a pôs perto do fogão.
– Fica-te por aqui em paz até que eu volte do serviço à noite. Dar-te-ei então um ratinho para a ceia.
E saiu. 
De noite, ao regressar, veio pelo caminho imaginando as festas que lhe faria a cobra.
– Coitadinha! Vai agradecer-me tanto...
Agradecer, nada! A cobra, já desentorpecida, recebeu-o de linguinha de fora e bote armado, em atitude tão ameaçadora que o homem enfurecido exclamou:
– Ah, é assim? É assim que pagas o benefício que te fiz? Pois espera, minha ingrata, que já te curo...
E deu cabo dela com uma paulada. 

                                                                                                           (Monteiro Lobato, Fábulas, Brasiliense
 
 

No trecho “Vai agradecer-me tanto..." as reticências (...) foram utilizadas para

Alternativas
Comentários
  • Continuidade de pensamento ou de enumerações. [Gab C]

  • as reticências = c) Indicar continuação do pensamento.

  • Como se no trecho seguinte há a fala de outro personagem?

  • Continuidade de pensamentos ou de enumerações. (Gab. Letra C).

  • As reticencia sinalizam a continuação do pensamento não foi expresso no texto.

    C

  • Reticências: 

    As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato Por Exemplo:

    O tempo passa...

    - Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Por Exemplo:

    Vim até aqui achando que...

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. Por Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?

    – Vamos...Não...Pois vamos." Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

    - Para realçar uma palavra ou expressão. Por Exemplo:

    Não há motivo para tanto...mistério.

    - Para realizar citações incompletas. Por Exemplo:

    O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro: "Deitado eternamente em berço esplêndido...

    - Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor. Por Exemplo: 

    "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)


ID
1611199
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde começa o pensamento?
É possível “esvaziar a mente”?

R: Antes de tudo, precisamos entender que o pensamento é uma percepção do nosso consciente. Ele tem início no córtex cerebral. Fisicamente, o pensamento não é algo tangível, assim como as emoções. Mas o pensamento possui uma base física, que é a rede neural. (...) Essa transmissão de informações consiste na atividade mental, que pode ser considerada uma manifestação física dos nossos pensamentos. Tudo acontece em um curto espaço de tempo. Estima-se que demorem 300 milissegundos antes de o pensamento se tornar consciente. “Não é possível esvaziar a mente, mas práticas como meditação podem auxiliar a concentração e o gerenciamento das nossas ideias”, diz o médico Fernando Gomes Pinto, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Isso porque, quando alguém medita, a atividade de algumas regiões do cérebro se torna mais acelerada, como: hipocampo (memória), córtex cingulado anterior (concentração), córtex pré-frontal (coordenação motora) e amídalas cerebelosas (emoções).

Fonte: Galileu, nº 276, p. 18, julho/2014.

No texto, os parênteses contendo reticências estão indicando que um segmento foi suprimido. Analise as frases das alternativas para verificar qual delas contém o segmento que se encaixa no texto e assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Comunicação ~ transmissão de informações!

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: C

     

    A letra C é a única que faz o correto encadeamento de idéias com so períodos anterior e posterior, e por isso é o gabarito. Ela inicia explicando o que é a rede neural, ou a base física do pensamento, citada no final do período anterior e termina falando da comunicação dos neurônios, que será explicada na frase seguinte.

     

    Vejamos os erros nas outras alternativas:

    a) Essa alternativa estaria novamente explicando o que é o pensamento, que já tinha sido explicado nas frase anteriores, ao invés de explicar o que é a base física do pensamento (rede neural)

    b) Já essa alternativa faz ligação correta com o periodo anterior, explicando o que é a rede neural, mas não deixa um conectivo para o que vem a seguir. A frase "Essa transmissão de informações..." ficaria sem sentido nenhum pois nenhuma transmissão/comunicação teria sido citada anteriormente. Ela estaria correta se a frase seguinte explicasse o que são células cerebrais

    d) Similar a alternativa b pois fica sem sentido com o que é explica a seguir, essa alternativa ficaria correta se o período seguinte explicasse a atividade dos neurônios que dá inicio ao pensamento.

    e) Talvez seja a alternativa mais sem sentido. Essa alternativa retoma uma idéia anterior que dizia "...o pensamento não é algo tangível, assim como as emoções.", entretanto, depois disso, já havia sido explicado que o pensamento, apesar de não ser tangível, tem uma base física, então não faria sentido voltar a falar da intangibilidade das emoções logo depois disso.

    Bons Estudos!!


ID
1659511
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Vilhena - RO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Menos Estado, mais inclusão 

     A questão da participação do Estado na economia brasileira causa grandes emoções e forte polarização ideológica. 
     O argumento mais usado para justificar o continuado aumento da participação estatal na economia é a grande desigualdade no país e a necessidade de o Estado atuar como distribuidor de renda e promotor de igualdade. 
     É um argumento que merece análise séria.
   O governo Lula é exemplo sempre citado de aumento bem-sucedido de intervenção estatal na eliminação da desigualdade. Existiu, de fato, ampla inclusão social no período, propiciada por dois grandes fatores – o Bolsa Família e a geração de emprego. Nenhum deles dependeu necessariamente do aumento do Estado.  
    O Bolsa Família representa só cerca de 0,5% do PIB numa arrecadação total acima de 35%. Ele pode ser facilmente financiado com parcela pequena da arrecadação maior de impostos oriunda do crescimento econômico, sem elevar a participação estatal na economia. Já a grande geração de emprego se deveu principalmente à estabilização econômica, baseada no controle da inflação e dos gastos públicos.  
      A hiperinflação e as crises periódicas eram resultado direto do descontrole financeiro do Estado e de gastos excessivos, financiados em boa parte por expansão monetária.
    A Lei de Responsabilidade Fiscal e a implantação do sistema de metas de inflação, superávits primários e câmbio flutuante, na década de 1990, modernizaram a estrutura institucional. Na década seguinte, o governo Lula promoveu a histórica estabilização da economia.  
     A forte contenção de gastos instituída já nos seus primeiros anos, aliada a uma política monetária austera em todo o período, com inflação controlada, redução de dívida pública e acumulação de reservas, foram fundamentais para a estabilização. A confiança e o horizonte de planejamento das famílias e das empresas aumentaram, puxando crédito, investimentos e produção, que resultaram na criação impressionante de empregos. 
     Foi essa geração de empregos a maior promotora da redução da desigualdade, com integração de dezenas de milhões de pessoas à classe média e encolhimento da classe E. Já o aumento do Estado, com redução das taxas de crescimento, gera menos empregos e também menos recursos excedentes aos programas sociais.  
    Portanto, temos que nos libertar da confusão recorrente entre uma administração pública que promove redução da desigualdade e inclusão social de uma administração estatizante que diminui a capacidade produtiva da economia e compromete esses benefícios, como mostra a experiência mundial.  
(Henrique Meirelles. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/henriquemeire....)  

Assinale a alternativa cuja alteração na pontuação NÃO acarreta alteração do sentido proposto no texto ou problemas na composição do trecho.  

Alternativas
Comentários
  • O Bolsa Família representa só cerca de 0,5% do PIB numa arrecadação total acima de 35%. Ele pode ser facilmente financiado com parcela pequena da arrecadação maior de impostos [...].

    Todas as ocorrências de ;(ponto e vírgula) podem ser substituídas pelo . (ponto). 

  • a) texto : Na década seguinte, o governo Lula promoveu a histórica estabilização da economia.  

    questão: Na década seguinte o governo Lula promoveu a histórica estabilização, da economia.

    "na década seguinte" deve vir obrigatoriamente por vírgula, por se tratar de um adjunto adverbial de tempo longo e deslocado. O restante da oração está na ordem direta, não podendo ter vírgula.

    sujeito: governo Lula

    verbo transitivo direto : promoveu 

    objetivo direto: a histórica estabilização

    completo nominal: da economia (não pode ter vírgula)

    obs.: na ordem direta, é proibido separar termos essenciais e integrantes: sujeito + verbo + complementos verbais (objeto direto e indireto) + predicativos + complemento nominal + adjunto adverbial


    b) texto: Existiu, de fato, ampla inclusão social no período, propiciada por dois grandes fatores – o Bolsa Família e a geração de emprego.

    questão : Existiu de fato ampla inclusão social no período, propiciada, por dois grandes fatores, o Bolsa Família e a geração de emprego.

    analisando a 1ª oração: "Existiu, de fato, ampla inclusão social no período"

    verbo transitivo direto: existiu

    adjunto adverbial de afirmação: de fato (adjunto adverbial longo deslocado, obrigado a estar entre vírgulas)

    sujeito: ampla divulgação social

    adjunto adverbial de tempo: no período

    analisando a 2ª oração: "propiciada por dois grandes fatores – o Bolsa Família e a geração de emprego."

    observem que a oração está reduzida de particípio (pode ser subordinada ajetiva ou adverbial nesse caso). Na forma não reduzida ficaria: que propiciou dois grandes fatores. (é, assim, uma oração subordinada adjetiva explicativa). Se fosse adjetiva restritiva, restringiria o termo, e não existiria a vírgula entre período e propiciada

    verbo = propiciada

    objeto direto: dois grandes fatores (este termo não poderia ser separado por virgula, pois está na ordem direta)

    aposto explicativo: o bolsa família e a geração de emprego. (é possível sim substituir a vírgula por travessão nesse caso)


    da mesma forma da pra analisar as outras alternativas




  • O ponto e vírgula pode substituir o ponto em uma frase.


ID
1727167
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Embora o meu vocabulário seja voluntariamente pobre – uma espécie de Brasileiro Básico – a única leitura que jamais me cansa é a dos dicionários. Variados, sugestivos, atraentes, não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada* do começo ao fim. Meu trato com eles é puramente desinteressado, um modo disperso de estar atento... E esse meu vício é, antes de tudo, inócuo para o leitor.

      Na minha adolescência, todo e qualquer escritor se presumia de estilista, e isso, na época, significava riqueza vocabular... Imagine-se o mal que deve ter causado a autores novos e inocentes o grande estilista Coelho Neto: grande infanticida, isto é o que ele foi.

      Orgulhamo-nos, como das nossas riquezas naturais, da opulência verbal de Rui Barbosa. O seu fraco, ou o seu forte, eram os sinônimos. (...)

      *aquilo que é maçante, enfadonho, aborrecedor.

(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Dicionários. Caderno H. 7. ed. São Paulo: Globo, 1998, p.176) 

Atente para as seguintes afirmações sobre o emprego dos sinais de pontuação:

I. Em não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada do começo ao fim, a retirada da vírgula implicaria prejuízo ao sentido original.

II. A substituição por parênteses dos travessões que isolam o segmento uma espécie de Brasileiro Básico implicaria prejuízo para a correção da frase.

III. Em e isso, na época, significava riqueza vocabular..., a retirada da primeira vírgula acarretaria prejuízo para a correção da frase.

Está correto APENAS o que se afirma em 

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

     

    I -  O sentido mudaria , pois com a vírgula estamos diante de uma oração adjetiva explicativa e com a retirada ela ficaria restritiva 

     

    II -  As vírgulas podem ser substituídas por parênteses e travessões sem prejuízo

     

    III -  Acarretaria em prejuízo, pois estamos diante de um adjunto adverbial deslocado que deve estar entre vírgulas.

     

    CONTINUE ESTUDANDO , VAI CHEGAR A SUA VEZ!

  • Resposta Letra C

    Discordo da explicação do Cassiano para o item III.

    III - Acarretaria prejuízo à frase, pois iria separar o sujeito do verbo. "e isso, na época, significava riqueza vocabular..." Não acarretaria prejuízo se fossem retiradas as duas vírgulas, que, neste caso, é opcional. 
  • GABARITO: C

    Jacqueline, eu errei essa questão, mas esse caso das vírgulas no item III é o seguinte:

    Está errada a retirada de apenas uma vírgula, ou tira as duas ou não tira nenhuma. A retirada de apenas uma vírgula torna a frase incorreta.


  • Cristiane, o que temos nesta questão é uma intercalação, que, no caso, ou retiro as duas vírgulas ou nenhuma (essas vírgulas são opcionais).  

    Não fui muito clara na minha resposta anterior, quis dizer que se eu retirar uma vírgula a outra sobraria separando o sujeito do verbo, o que tornaria, neste caso também, a questão errada. Embora fosse o que a banca queria explorar, não precisaria saber sobre as regras da vírgula na intercalação para resolver a questão.

    PS- Se fosse uma oração adverbial deslocada, as vírgulas seriam obrigatórias.


  • Exatamente como a Jacqueline falou.


    No item III, se retirar apenas a primeira virgula o termo "na época" acaba fazendo parte do sujeito e assim teríamos uma virgula separando sujeito de predicado, o que é proibido.

    Com as duas vírgulas está correto, pois seria um termo deslocado, portanto deve permanecer entre virgulas.

    Sem as duas virgulas também estaria correto, pois não estaria separando sujeito de predicado.

  • Discordo de quem afirma que se pode colocar parênteses no lugar dos travessões sem prejuízo, assim como discordo do gabarito. Se os travessões dessem lugar aos parênteses, seria necessário incluir uma VÍRGULA antes de "a única". Portanto, implicaria prejuízo para a correção.


    Deveria ter uma alternativa "I, II e III".

  • https://www.youtube.com/watch?v=0iC09PqdnJQ

  • Acertei Miseravi, o problema não é o tamanho do adjunto, mas, como já comentaram alguns colegas, o erro sintático.Caso, retires a vírgula estarás separando o sujeito ( pronome relativo "isso") do verbo- significava.

  • BANCA FCC: ITEM I

    QUE

    Em Ele na verdade só é fiel a seus amigos cem por cento, que com ele saem todo dia... (último parágrafo), a retirada da vírgula implica alteração do sentido da frase.

    - Trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa (nesse caso iniciada pelo pronome relativo que) , tirando a vírgula irá se transformar em uma oração subordinada adjetiva restritiva (ocorrendo assim mudança de sentido).   

     Em não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada do começo ao fim, a retirada da vírgula implicaria prejuízo ao sentido original.

  •  

    I - vou mudar o sentido de explicação, para restrição.

    II - continua com o sentido original - explicação.

    III- não podemos separar o sujeito do verbo

  • I & III

    II esta errado porque parenteses e travessao, nesse caso, sao usados para isolar explicações ou oração intercalada.Sem prejuizo se usar 1 em vez do outro

  • Altos professor marrento! RS quando eu aprender vou ficar assim tbm.
  • I. Em não são como os outros livros, que contam sempre a mesma estopada do começo ao fim, a retirada da vírgula implicaria prejuízo ao sentido original.
    ( SE TORNARIA RESTRITIVA)
    II. A substituição por parênteses dos travessões que isolam o segmento uma espécie de Brasileiro Básico implicaria prejuízo para a correção da frase. 
    (NÃO IMPLICARIA EM PREJUÍZO, UTILIZA-SE A REGRA DO JAPA ENSINADA POR ZAMBELI)
    III. Em e isso, na época, significava riqueza vocabular..., a retirada da primeira vírgula acarretaria prejuízo para a correção da frase.

    (A FRASE ESTÁ NA ORDEM INDIRETA E A VÍRGULA É OBRIGATÓRIA)

  • Eu emprestei o livro para meu irmão, que mora Recife.

     

    Com vírgula ---> oração adjetiva EXPLICATIVA

    * Quantos irmãos eu tenho? Mais de um, sendo que um deles mora em Recife.

     

    ---------------------------------------------------------------------------------------------

     

    Eu emprestei o livro para meu irmão que mora em recife.

     

    Sem vírgula ---> oração adjetiva RESTRITIVA

    * Quantos irmãos eu tenho? Só um, e ele mora em Recife.


ID
1737589
Banca
FUNCAB
Órgão
PM-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

A elaboração do texto escrito envolve uma série de decisões relativas ao uso dos sinais gráficos.

As reticências em “Você não tem medo que os ratos possam ... (“- Sim ...? ” ) estar mexendo no dinheiro? ...” , na primeira ocorrência, foram empregadas para:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C - Interrupção de pensamento

  • Caraca, pra mim parece mais uma hesitação do q interrupção.

  • Interrupção de pensamento? Não entendi.

  • e eu achava português do CESPE difícil até descobrir a funcab/incab , que deus nos ajude !

  • PMSC promete......volta IOBV.

  • Gab. C - Interrupção de pensamento.

    Vou deixar o meu pensamento, ou seja, como eu cheguei a essa resposta.

    "Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir..."

    Percebe-se que o filho em algumas tentativas acordar a Adelaide, porém, não obteve exito de imediato, até que ela acorda, e então ele a indaga: "Você não tem medo que os ratos possam.."; aqui encontramos a resposta, observa-se que antes de ele continuar o raciocínio, ela(assustada, pois acabara de acordar) interrompe o pensamento do filho.

    Qualquer coisa, pode corrigir!

    Abraços.


ID
1790638
Banca
FCC
Órgão
DPE-RR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi.

      Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa, e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos. Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema panfletário?

      Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre marcado por esse poderoso símbolo de resistência.

      Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho caderno com o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha própria estrela.

(Adaptado de: GUERRA, Luiz, "Boi no Asfalto", Disponível em: www.recantodasletras.com.br. Acessado em: 29/10/2015) 

Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria... (3° parágrafo)

Mantendo-se a correção, uma pontuação alternativa para o trecho acima encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • c)

    − Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria.

    =================

    Os três pontinhos, ou melhor reticências, podem marcar uma interrupção de pensamento, que indica que o sentido da oração ficou incompleto, ou uma introdução de suspense, depois da qual o sentido será completado. 

    No primeiro caso, a seqüência virá em maiúscula - uma vez que a oração foi fechada com um sentido vago proposital e outra será iniciada à parte. 

    No segundo caso, há continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma oração, o que acarreta o uso normal de minúscula para continuar a oração. 


    Exemplos: 

    Ah, como era verde o meu jardim... Não se fazem mais daqueles. 

    Foi então que Manoel retornou... mas com um discurso bastante diferente! 

    Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080226074658AAyPqI2

  • Uso dos travessões:

    - No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

    - Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

    - Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

    - Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.


  • rapaiz mai que professor ruim pqp o qc insiti em manter esse prof.

  • Não achei o professor ruim! Explicou bem, ao meu ver.  

  • Alguém poderia explicar por que foi utilizado o '... ' no lugar do ' ; ' ?

  • Alguém poderia explicar por que foi utilizado o '... ' no lugar do ' ; ' ?

  • Não achei esse professor ruim, achei ele simplesmente péssimo.

     

  • Uso das reticências: Marcam uma interrupção da sequência lógica da frase, muitas vezes, devido a elementos de natureza emocional. São usadas:

    A) Para indicar continuidade de uma ação ou fato.
    Ex.: O balão foi subindo...

    B) Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
    Ex.: E eu que trabalhei tanto pensando que...

    C) Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.
    Ex.: Não quero sair... porque... porque eu não estou com vontade.

    D) Para realçar uma palavra ou expressão.
    Ex.: Não há motivo para tanto... choro.

    FONTE: Professor Marcelo Bernardo.

  • Deixo aqui minha clara indignação com o fato: questões com baixo nível de dificuldade recebem a atenção e os comentários do professores; já questões com médios e altos níveis de dificuldade acabam por serem negligenciadas pelo QC e pelo corpo docente que o assiste.  

    .

    Prestem mais atenção às solicitações de "INDICAR PARA COMENTÁRIO"!

  • Achei o comentário do professor normal. Acho que mesmo discordando, devemos ficar atentos à forma que reclamamos disso. Mais respeito é sempre bom.
  • A explicação do professor é muito vaga. De acordo com o prof. Agnaldo da LFG, sempre podemos trocar travessões por virgulas ou vice versa. 

  • Gabarito: C

    − Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria.

  • com todo respeito, sem querer diminuir o professor, mais de fato a didatica do professor não me agrada, nunca explica com detalhes  é sempre vago e pareçe q ta com má vontade !

  • Português é assim: você pensa que sabe, mas na realidade você nunca aprende sempre tem algo que te surpreende. 

  • LETRA C

     

    QUESTAO MUITO BOA, BASTAVA O CANDIDATO PERCEBER QUE ERA UMA CONVERSA ENTRE DUAS PESSOAS E PRONTO; QUESTAO RESOLVIDA.

     

    − Vamos, confesse!

    − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria.

  • Não entendi porque a B está errada. Pode-se usar travessões no lugar das vírgulas.

  • Levei meia hora pra responder e o prof solta uma "mole mole" heheh..foda! =/

  • Alguém sabe dizer por que a B está errada? O professor não falou nada com nada. Acredito que talvez o uso dos parênteses seja uma pausa muito pequena ou então não pode ser utilizado em fim de frase? Alguém?

  • O ponto depois de confesse está incorreto, Cristopher.

  • "Gabarito C"

     

    Complementando os colegas através do esquema:

     

                                        Sentido da oração completo = sequência virá com inicial MAIÚSCULA. Ex: "Vamos jantar amanhã?                                                                                                                                                                                      – Vamos...Não...Pois vamos.

    RETICÊNCIAS ->

    (suspensão ou interrupção do pensamento)

                                    Sentido da oração incompleto = sequência virá com inicial MINÚSCULA. Ex: Não há motivo para tanto...mistério

     

     

    Deus sempre ouvirá nossas orações. Bons Estudos.

  • ERRO DA B

    É o ponto final 

     b)

    − Vamos − confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria).

  • Gabarito Letra C

     

     

    Na verdade, O ERRO DA LETRA  B NÃO É O USO DO PONTO CONTINUATIVO, e sim, o fato de que há dois travessões na fala de um mesmo personagem.

     

     

    b) (ERRADA) − Vamos confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria).

    ( CORREÇÃO) − Vamos, confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria)

                                                                                        OU ENTÃO

                               − Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria). 

  • Esse professor precisa evoluir mais essa didática dele! Usa palavras muito rebuscadas para explicar coisas simples! E fica sempre dizendo: ''Podre". Falta de respeito com quem está aprendendo. Porque para ele essa questão pode ser fácil, mas para algumas pessoas é um desafio aprender.


ID
1823827
Banca
CEPERJ
Órgão
CEDERJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MEIO SÉCULO DEPOIS...
Cristovam Buarque, O Globo, 07/09/2013

    A quase totalidade dos discursos de políticos é irrelevante. São logo esquecidos. Mas, nesta semana, comemora-se em todo o mundo os 50 anos do discurso do dr. Martin Luther King em que ele disse que tinha sonhos: de que seus quatro filhos não sofreriam preconceitos por causa da cor da pele; e de que os filhos dos ex-escravos e os filhos dos ex-donos de escravos seriam capazes de sentar juntos na mesma mesa, como irmãos.
   Meio século depois, nós também temos sonhos.
   Sonhamos que um dia nenhum dos filhos do Brasil será privado de uma educação de qualidade que lhes permita entender a lógica do mundo, deslumbrar-se com suas belezas, indignar-se com suas injustiças, falar e escrever seus idiomas, ter uma profissão que lhes permita usufruir e melhorar o mundo onde vivem.
    Para isso, sonhamos fazer com que a mais pobre criança tenha, desde sua primeira infância, uma escola com a qualidade das melhores do mundo, que um dia os filhos dos trabalhadores estudarão nas escolas dos filhos de seus patrões, os filhos das favelas nas escolas dos filhos dos condomínios e, em consequência, o Brasil terá pontes em lugar de muros entre suas classes e seus espaços urbanos.
      Sonhamos que não está distante o dia em que todos os brasileiros acreditarão que isso é preciso e é possível. Deixarão de considerar o sonho como um delírio de utopista ou demagogia de político. Olharão ao redor e verão que muitos outros países já fizeram esta revolução, que chegará tardia ao Brasil, como nos chegou tardiamente a libertação dos escravos. Lembrarão que até 1863, na terra do dr. King, e, por décadas mais no Brasil, a ideia de que os negros um dia seriam livres do cativeiro era vista como estupidez. E hoje o presidente da República deles é negro.
     Sonhamos também que, acreditando nos seus sonhos, o Brasil se levantará para realizá-los. Porque o sonho não se realiza quando ele é solitário, nem tampouco quando os sonhadores continuam deitados em berço esplêndido. Só quando é de todos e todos se levantam é que ele começa a ser realidade.

O título dado ao texto termina em reticência. A finalidade da presença desse sinal gráfico é a de:

Alternativas
Comentários
  • Está certo, porque o primeiro periodo do texto, que diz "A quase totalidade dos discursos de políticos é irrelevante." embora não pareça, é independente do título. 

  • Reticências = é um sinal de pontuação que marca uma interrupção, indicando uma suspensão na melodia frásica.

    No título ela foi usada para indicar a suspensão de um pensamento pra causar reflexão no leitor.

    Gabarito: D

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Reticências ( ... )

    As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato.

    Por Exemplo:

    O tempo passa...- Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

    Por Exemplo:

    Vim até aqui achando que...- Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

    Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?

    – Vamos...Não...Pois vamos."

    Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

    - Para realçar uma palavra ou expressão.

    Por Exemplo:

    Não há motivo para tanto...mistério.- Para realizar citações incompletas.

    Por Exemplo:

    O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro:

    "Deitado eternamente em berço esplêndido..."- Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor.

    Por Exemplo:

    "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis).

    FONTE: QC


ID
1849744
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas propostas e, em seguida, escolha a alternativa correta:

I. O recurso da pontuação é essencial para a estruturação dos textos e apresenta sinais gráficos que podem ser categorizados em separadores e sinais de comunicação.

II. A vírgula, o ponto de exclamação e as reticências entram na categoria dos sinais separadores, enquanto que o travessão, as aspas e os dois pontos são sinais de comunicação.

III. Alguns dos sinais de pontuação podem ser subdivididos em duas subcategorias: a primeira dos sinais de pausa conclusa e a segunda dos sinais de pausa inconclusa.

IV. São da subcategoria dos sinais de pausa conclusa o ponto e vírgula, a interrogação e a vírgula.Os colchetes e os parênteses pertencem à subcategoria dos sinais de pausa inconclusa. 

Alternativas
Comentários
  • Ponto-final [ . ]:

    Caracteriza-se por indicar uma pausa maior no discurso, pautando-se pelas seguintes finalidades:

    * Indicar o fim de uma frase declarativa.
    Ex: Os convidados demonstravam-se contentes durante todo o evento. 

    * Representar as abreviaturas.
    Exemplos: 

    bibl. = bibliografia
    C.C. = Código Civil 
    a.C. = antes de Cristo
    obs. = observação
    Me. = mestre
    Rev.mo = Reverendíssimo

    Dica importante: 

    Os símbolos referentes às unidades do sistema métrico decimal e aos elementos químicos não são acompanhados do ponto-final.
    Exemplos: 

    Kg, m, cm, Hg, Au, K, Pb, dentre outros. 

    Ponto e vírgula [ ; ]:

    Representa uma pausa maior que a vírgula e um pouco menor que o ponto-final, sem, contudo, encerrar o período. Sua utilização encontra-se relacionada aos seguintes casos: 

    * Separar as orações inerentes a um período muito extenso, principalmente se em uma delas já houver a presença da vírgula.

    Ex: Dos mais de cem funcionários daquela empresa, apenas uma pequena porcentagem não concordou com as recentes decisões; o restante, todos aderiram às novas ideias. 

    * Separar orações coordenadas assindéticas que exprimam relações de sentido entre si.

    Ex: As queimadas destruíram a vegetação; todos os animais silvestres foram mortos. 

    * Substituir, de modo facultativo, a vírgula em orações coordenadas sindéticas adversativas.

    Ex: Não concordava com as opiniões dos colegas; contudo, respeitava-as.

    * Separar orações coordenadas sindéticas conclusivas, sendo que as conjunções se encontram pospostas ao verbo.

    Ex: A família era responsável pela garota; precisava, portanto, de protegê-la em todas as circunstâncias. 

    * Separar itens de uma enumeração e artigos relacionados a decretos, sentenças, petições, dentre outros. 

    Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
    II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
    III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
    IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    [...] 

     


     

  • Ponto de exclamação [ ! ]:

    Usado nas seguintes circunstâncias: 

    * Depois de frases que retratem ordem, indiquem espanto, admiração, surpresa, dentre outros sentimentos.
    Exemplos:

    Nossa! Não esperava vê-lo aqui.
    Tenha confiança! Obterás um ótimo resultado.

    * Após interjeições e vocativos.

    Ah! Não me venha com este discurso fútil.
    Já sei! Foi você, garotinho esperto!

    * Diante de frases que exprimam desejo.

    Guarda-me Senhor!
    Que Deus o abençoe!

    Observações importantes:

    - Quando o sentido proferido pelo discurso prescindir ao mesmo tempo de interrogação e exclamação, poderão ser utilizados ambos os sinais.

    Ex: Eu falar com ele?! Nem pensar. 

    - Quando se quer enfatizar ainda mais o sentimento ora caracterizado, haverá a possibilidade de repetir o ponto de exclamação.

    Ex: Não!!! Já disse que não irei. 

  • Travessão [ - ]:

    Atribui-se a este sinal a função de: 

    * Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos: 

    - Quando voltarás para cá?
    Seu amigo respondeu:
    - Não sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito na minha vida profissional. 

    * Enfatizar uma palavra, frase ou expressão.

    Ex: Era somente este o objetivo de Carlos – concluir sua graduação e seguir carreira militar. 

    * Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou ao parênteses.

    Ex: São Paulo – considerada a maior metrópole brasileira – enfrenta problemas de naturezas distintas.


ID
1892056
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        A carta de amor

      No momento em que Malvina ia por a frigideira no fogo, entrou a cozinheira com um envelope na mão. Isso bastou para que ela se tornasse nervosa. Seu coração pôs-se a bater precipitadamente e seu rosto se afogueou. Abriu-o com gesto decisivo e extraiu um papel verde-mar, sobre o qual se liam, em caracteres energéticos, masculinos, estas palavras: “Você será amada...”.

      Malvina empalideceu, apesar de já conhecer o conteúdo dessa carta verde-mar, que recebia todos os dias, havia já uma semana. Malvina estava apaixonada por um ente invisível, por um papel verde-mar, por três palavras e três pontos de reticências: “Você será amada...”. Há uma semana que vivia como ébria.

      Olhava para a rua e qualquer olhar de homem que se cruzasse com o seu, lhe fazia palpitar tumultuosamente o coração. Se o telefone tilintava, seu pensamento corria célere: talvez fosse “ele”. Se não conhecesse a causa desse transtorno, por certo Malvina já teria ido consultar um médico de doenças nervosas. Mandara examinar por um grafólogo a letra dessa carta. Fora em todas as papelarias à procura desse papel verde-mar e, inconscientemente, fora até o correio ver se descobria o remetente no ato de atirar o envelope na caixa.

      Tudo em vão. Quem escrevia conseguia manter-se incógnito. Malvina teria feito tudo quanto ele quisesse.Nenhum empecilho para com o desconhecido. Mas para que ela pudesse realizar o seu sonho, era preciso que ele se tornasse homem de carne e osso. Malvina imaginava-o alto, moreno, com grandes olhos negros, forte e espadaúdo.

      O seu cérebro trabalhava: seria ele casado? Não, não o era. Seria pobre? Não podia ser. Seria um grande industrial? Quem sabe?

      As cartas de amor, verde-mar, haviam surgido na vida de Malvina como o dilúvio, transformando-lhe o cérebro.

      Afinal, no décimo dia, chegou a explicação do enigma. Foi uma coisa tão dramática, tão original, tão crível, que Malvina não teve nem um ataque de histerismo, nem uma crise de cólera. Ficou apenas petrificada.

      “Você será amada... se usar, pela manhã, o creme de beleza Lua Cheia. O creme Lua Cheia é vendido em todas as farmácias e drogarias. Ninguém resistirá a você, se usar o creme Lua Cheia.

      Era o que continha o papel verde-mar, escrito em enérgicos caracteres masculinos.

      Ao voltar a si, Malvina arrastou-se até o telefone:

      -Alô! É Jorge quem está falando? Já pensei e resolvi casar-me com você. Sim, Jorge, amo-o! Ora, que pergunta! Pode vir. 

      A voz de Jorge estava rouca de felicidade!

      E nunca soube a que devia tanta sorte!

                                                                                                     André Sinoldi

Os “três pontos de reticências” na frase escrita no papel verde-mar indicam:

Alternativas
Comentários
  • As reticências marcam uma interrupção de sequência lógica da frase.

  • Letra D

     

    Normalmente, usam-se reticências para indicar a interrupção de uma ideia

    Ex.: Estava pensando... Bem, não importa.

     

    Gramática: Português para concurso Renato Aquino

  • MARCA UM INTERRUPÇÃO.

  • Gabarito letra d.

    As reticências servem para suspender o “fluxo” sintático, marcando uma interrupção da fala.

  • GABARITO = D

    PM/SC

    DEUS PERMITIRÁ

  • #PMSC

    #Pertenceremos


ID
1894915
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Rosana - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica Caso de polícia, de Ivan Angelo, e responda à questão.

      Desde que viu pela primeira vez um filme policial, o rapaz quis ser um homem da lei. Sonhava viver aventuras, do lado do bem. Botar algemas nos pulsos de um criminoso e dizer, como nos livros: “Vai mofar na cadeia, espertinho”.

      Estudou Direito com o objetivo de ser delegado de polícia. No início do curso, até pensou em tornar-se um grande advogado criminal, daqueles que desmontam um por um os argumentos do nobre colega, mas a partir do segundo ano percebeu que seu negócio eram mesmo as algemas. Assim que se formou, inscreveu-se no primeiro concurso público para delegado. Fez aulas de defesa pessoal e tiro. Estudou tanto que passou em primeiro lugar e logo saiu a nomeação para uma delegacia em bairro de classe média, Vila Mariana.

      No dia de assumir o cargo, acordou cedo, fez a barba, tomou uma longa ducha, reforçou o desodorante para o caso de algum embate prolongado, vestiu o melhor terno, caprichou na gravata e olhou-se no espelho satisfeito. Encenou um sorriso cínico imitando Sean Connery e falou:

      – Meu nome é Bond. James Bond.

      Na delegacia, percorreu as dependências, conheceu a equipe, conferiu as armas, as viaturas, e sentou-se à mesa, à espera do primeiro caso. Não demorou: levaram até ele uma senhora idosa e enfezada.

      – Doutor, estão atirando pedras no meu varal!

      Adeus 007. O delegado-calouro caiu na besteira de dizer à queixosa que aquilo não era crime.

      – Não é crime? Quer dizer que podem jogar pedras no meu varal?

      – Eu não posso prender ninguém por isso.

      – Ah, é? Então a polícia vai permitir que continuem a jogar pedras no meu varal? A sujar minha roupa?

      James Bond não tinha respostas. Procurou saber quem jogava as pedras. A velha senhora não sabia, mas suspeitava de alguém da casa ao lado. O delegado mandou “convidarem” o vizinho para uma conversa e pediu que trancassem a senhora numa sala.

      – Ai, meu Deus, só falta ser um velhinho, para completar! – murmurou o desanimado Bond.

      Era um velhinho que confessou tudo dando risadinhas travessas. Repreendeu-o com tom paterno:

      – O senhor não pode fazer uma coisa dessas. Por que isso, aborrecer as pessoas?

      – É para passar o tempo. Vivo sozinho, e com isso eu me divirto um pouco, né?

      O moço delegado cruzou as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos e meditou sobre os próximos trinta anos. Pensou também na vida, na solidão e em arranjar uma namorada. Abriu os olhos e lá estava o velhinho.

      – Pois eu vou contar uma coisa. A sua vizinha, essa do varal, está interessadíssima no senhor, gamadona.

      O velho subiu nas nuvens, encantado. Recusou-se a dar mais detalhes, mandou-o para casa, e chamou a senhora:

      – Ele esteve aqui. É um senhor de idade. Bonitão, viu? Confessou que fez tudo por amor, para chamar a sua atenção. Percebeu que uma chama romântica brilhou nos olhos dela.

      Caso encerrado.

                             (Humberto Werneck, Org. Coleção melhores crônicas

                                                          Ivan Angelo. Global, 2007. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a pontuação foi empregada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B.

     

    a) O moço delegado cruzando, as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos e pôs-se a pensar, na vida, na solidão, em ter uma namorada. Abriu os olhos e lá estava o velhinho a observá-lo com curiosidade!


      c) O moço delegado, cruzando as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos e pôs-se a pensar: na vida, na solidão, em ter uma namorada. Abriu os olhos e lá estava, o velhinho a observá-lo com curiosidade!


      d) O moço delegado cruzando, as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos e pôs-se a pensar, na vida, na solidão, em ter uma namorada... Abriu os olhos e, lá estava, o velhinho a observá-lo com curiosidade.


      e) O moço delegado cruzando as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos, e pôs-se a pensar: na vida, na solidão, em ter uma namorada... Abriu os olhos e lá estava, o velhinho a observá-lo, com curiosidade.

  • Tenho dúvidas nesta questão alguem pode explicar detalhadamente ???

  • Nada é fácil, tudo se conquista!

  • a) O moço delegado cruzando, as mãos - VERBO E COMPLEMENTO NÃO SE SEPARA!

     b) O moço delegado, cruzando as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos e pôs-se a pensar: na vida, na solidão, em ter uma namorada... Abriu os olhos e lá estava o velhinho a observá-lo com curiosidade. CORRETA

     c)  Abriu os olhos e lá estava, o velhinho a observá-lo com curiosidade! - VERBO E COMPLEMENTO NÃO SE SEPARA!

     d) O moço delegado cruzando, as mãos  ... - VERBO E COMPLEMENTO NÃO SE SEPARA!

     e) Abriu os olhos e lá estava, o velhinho a observá-lo, com curiosidade. -VERBO E COMPLEMENTO NÃO SE SEPARA!

  • OS TRES PONTOS SERVE PARA DEIXAR A FRASE EM SENTIDO INTERMINAVEL. ISSO ACONTECE NA ALTERNATIVA B

  • fiquei com duvida na B e C... pq nao considerar a C ?

  • Alexandre Weslley, acredito que o " o velhinho " tenha função de sujeito da oração. Note que o verbo é de ligação, logo, " a observá-lo com curiosidade " tem função de predicativo do sujeito mas, como também é uma oração, deve ser classificada como Oração Subordinada Substantiva Predicativa. Alguém pode confirmar se é isso mesmo? Obrigado.

  • @caio eduardo

    porque separou o verbo do objeto:

     

    Abriu os olhos e lá estava, o velhinho a observá-lo com curiosidade!

  • O erro da letra C é separar o sujeito "velhinho" do predicado "estava a observá-lo com curiosidade!".

     

    Não se separa:

    1) Sujeito de predicado;

    2) Verbo de objeto direto ou indireto;

    3) Adjunto adnominal de nome. 


ID
1900735
Banca
Marinha
Órgão
ESCOLA NAVAL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão.

VELHO MARINHEIRO

Homenagem aos marinheiros

de sempre... e para sempre.

 

    Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e jurei lhe dar minha vida. 

   Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco, senti-me homem de verdade, como se estivesse dando adeus aos tempos de garoto. Ao meu lado, as vozes de outros jovens soavam em uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoção, de peitos estufados e orgulhosos. Ao final, minha mãe veio em minha direção, apressada em me dar um beijo. Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. O dia acabou com a família em festa; eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até de tarde... 

    Sou marinheiro, porque aprendi, naquela Escola, o significado nobre de companheirismo. Juntos no sofrimento e na alegria, um safando o outro, leais e amigos. Aprendi o que é civismo, respeito e disciplina, no princípio, exigidos a cada dia; depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre. A cada passo havia um novo esforço esperando e, depois dele, um pequeno sucesso. Minha vida, agora que olho para trás, foi toda de pequenos sucessos. A soma deles foi a minha carreira. 

      No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mais do que eu havia aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as cumprisse bem. Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessário. Um dia vi-me ensinando aos novatos e dei-me conta de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um profissional! O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do que na primeira. Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes, preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio. 

    A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, é uma das coisas mais belas, que só há entre nós, em mais nenhum outro lugar. Por isso sou marinheiro, porque sei o que é espírito de navio. 

     Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos de combate, adestramento de guerra, dia e noite. O interessante é que em toda nossa vida, quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e dos navios. Até as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos adiante. 

É aquela história dos pequenos sucessos. 

     A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe, depois a namorada, a noiva, a esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o abraço apertado, o beijo quente... e o filho que, na ausência, foi ensinado a dizer papai. 

     No início, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o tempo, eram poucos, até que deixei de levar a máquina. Engraçado, vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra com máquina fotográfica? Foi assim comigo.

    Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso sei como é. 

      Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo, que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta. Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa linda! Sofisticado, limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto. Do que me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o último navio em que servi já deu baixa. Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira, inclinei a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez. 

     Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido à custa do desmerecimento da instituição; mas o puro, que significa o bem da instituição, protegido pelo merecimento de cada um. 

Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista. 

Muitas vezes a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades. Que bom se pudesse voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho - até um pouco grande, ainda recordo - Jurar Bandeira, ser beijado pela minha falecida mãe... 

    Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se São Pedro estiver no portaló, direi:

-  Sou marinheiro, estou embarcando. 

(Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil, Escola Naval, 2011. p. .6-8} 

GLOSSÁRIO Portaló - abertura no casco de um navio, ou passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas transitam para fora ou para dentro, e por onde se pode movimentar carga leve. 

Que opção analisa corretamente o uso das reticências em "O dia acabou com a família em festa; eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até de tarde..." (2°§)?

Alternativas

ID
1940386
Banca
Marinha
Órgão
COLÉGIO NAVAL
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Eles blogam. E você?

     Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.

      Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.

      Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: os weblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana.

      O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.

       Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts.

      Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto escrito surja como algo natural?

      Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos provocadores.

      Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão na base da construção de conhecimento.

      Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?

                              Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)

Assinale a opção em que a mudança de pontuação dos trechos, de acordo com o texto, NÃO alterou significativamente o sentido original.

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica, por favor.


ID
2014048
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

                     Banzo

                                 Raimundo Correia

Visões que n‟alma o céu do exílio incuba,

Mortais visões! Fuzila o azul infando...

Coleia, basilisco de ouro, ondeando

O Níger... Bramem leões de fulva juba...


Uivam chacais... Ressoa a fera tuba

Dos cafres, pelas grotas retumbando,

E a estralada das árvores, que um bando

De paquidermes colossais derruba...


Como o guaraz nas rubras penas dorme,

Dorme em ninhos de sangue o sol oculto...

Fuma o saibro africano incandescente...


Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme

Do baobá... E cresce n‟alma o vulto

De uma tristeza, imensa, imensamente...


(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Rio, Civilização Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.) 

Em relação ao poema, pode-se fazer qualquer das afirmações a seguir, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GAB E

     

  • Letra E

    Reticências é utilizado, normalmente, para indicar a interrupção de uma ideia. 

    Ex.: Estava pensando bem... Bem, não importa

     

    Gramática: Português para concursos Renato Aquino

  • A reticências são utilizadas em três hipóteses:

    I - Para expressar um pensamento incompleto, sua interrupção ou a dúvida em exteriorizá-lo.

    Exemplo "Estive pensando... Ah, deixa para lá"

     

    II - Na transcrição de um diálogo, para representar um silêncio do interlocutor.

    Exemplo "- Eu sou o máximo, você não acha?"

    "- ..."

     

    III - Em citações de outras obras, para indicar a supressão de trechos sem interesse.

    Exemplo. " A girafa são mamiferos. (...) O filhote cai quase 2 metros de altura ao nascer por elas não..."

     

    Gabarito: E

    Fonte: Manual completo de português para concursos.

     


ID
2022952
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara Municipal de Mariana - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto a seguir. Leia-o com atenção antes de responder a ela.

Dize-me quem consultas...

Sírio Possenti

    

A falta de perspectiva histórica dificulta a compreensão até da possibilidade de diferentes visões de mundo. Imagine-se então a dificuldade de compreender a ideia mais ou menos óbvia de que mesmo verdades podem mudar. Suponho que temos vontade de rir quando ouvimos que os antigos imaginaram que a Terra repousava sobre uma tartaruga, nós que aprendemos, desde o primário, que a Terra gira ao redor do Sol. “Como podem ter pensado isso, os idiotas?”, pensamos.

  

  Você sabia que esta história dos quatro elementos nos quais hoje só acreditam os astrólogos foi um dia a verdadeira física, a forma científica de explicar fatos do mundo, suas mudanças, por que corpos caem ou sobem? Antes da gravidade, os elementos eram soberanos!

    

Já contei aqui, e vou contar de novo, duas histórias fantásticas. A segunda me fez rir mais do que a primeira, que só me fez sorrir. A primeira: na peça A vida de Galileu, Brecht faz o físico convidar os filósofos a sua casa, para verem as luas de Júpiter com sua luneta. Mas, em vez de correrem logo para o sótão a fim de verem a maravilha, os filósofos propuseram antes uma discussão “filosófica” sobre a necessidade das luas... Quando Galileu lhes pergunta se não creem em seus olhos, um responde que acredita, e muito, tanto que releu Aristóteles e viu que em nenhum momento ele fala de luas de Júpiter!

    

A outra história é a de um botânico do início da modernidade que pediu desculpas a seu mestre por incluir num livro espécies vegetais que o mestre não colocara no seu. Ou seja: mesmo vendo espécies diferentes das que constavam nos livros, esperava-se dos botânicos que se guiassem pelos livros, não pelas coisas do mundo. Era o tempo em que se lia e comentava, em vez de observar os fatos do mundo.

   

 Muita gente se engana, achando que esse período terminou, que isso são coisas dos ignaros séculos XVI e XVII. Quem tem perspectiva histórica sabe, aliás, que não se trata de ignorância pura e simples. Trata-se de ocupar uma ou outra posição científica. Mas é interessante observar que o espírito antegalileano continua vigorando. No que se refere às línguas, não cansarei de insistir que devemos aprender a observar os fatos linguísticos, em vez de dizer simplesmente que alguns estão errados. Um botânico não diz que uma planta está errada: ele mostra que se trata de outra variedade. Os leigos pensam que a natureza é muito repetitiva, mas os especialistas sabem que há milhões de tipos de qualquer coisa, borboletas, flores, formigas, mosquitos. Só os gramáticos pensam que uma língua é uniforme, sem variedades.

   

 Eu dizia que não devemos nos espantar – infelizmente – com o fato de que a mentalidade antiga continua viva. Mas eles às vezes exageram. Veja-se: num texto dirigido tipicamente a vestibulandos no qual critica Fuvest e Convest por erros contidos em seus manuais, um conhecido artista da gramática praticamente citou Brecht, provavelmente sem conhecê-lo. A propósito do uso da forma “adequa”, que as gramáticas condenam, e que aparece no manual da Fuvest, seu argumento foi: “Tive a preocupação de consultar todas as gramáticas e dicionários possíveis. Todos são categóricos. “Adequar” é defectivo, no presente do indicativo, só se conjuga nas formas arrizotônicas (adequamos, adequais). Não existe “adequa”.

   

 Não é um achado? O professor de hoje não parece o filósofo do tempo de Galileu, relendo Aristóteles e recusando-se a olhar pela luneta?


POSSENTI, S. A cor da língua e outras croniquinhas de linguista. São Paulo: Mercado de Letras, 2001.

Os efeitos de sentido do título podem ser explicados em:


I. O título faz uma alusão a um adágio popular.


II. As reticências interrompem a continuidade da frase, de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado.


III. O título sugere uma crítica ao ponto de vista prescritivo dos fatos da língua.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • O título não sugere uma crítica... o texto sim! Fumarc sendo fumarc 

  • Concordo Aline Mendes, a questão se refer ao TÍTULO! E ele não sugere crítica alguma.

  • III) O título sugere uma crítica a (Até aqui está correto. Pode ser inferido que o autor fará um juízo de valor com base na pessoa/obra consultada), mas "o ponto de vista prescritivo dos fatos da língua" está errado.

    Pergunto: qual o trecho, do título, faz menção a algum ponto de vista relacionado a fatos da língua?

     

  • Resposta correta "d". De acordo com a banca, o título faz sim uma crítica...Dize-me quem consultas...que eu direi quem tu és...

     

  • Esse é o tipo de questão que favorece a quem não estudou.
  • Discordo de que a resposta correta seja a "D".

    Nenhuma parte do título faz referência aos "fatos da língua".

    Além disso, trata-se de "consultar" quem ou o quê: Um dicionário, um médico, um escritório de contabilidade, um gramático?

    Essa questão caberia recurso.

  • Os três pontinhos se chamam reticências e são usados, num texto, para indicar interrupção do pensamento (por ficar, em regra, facilmente subentendido o que não foi dito), ou omissão intencional de coisa que se devia ou podia dizer, mas apenas se sugere, ou que, em certos casos, indica insinuação, segunda intenção, ...
  • Esse tipo de banca me faz amar a CESPE.

  • Roniele, concordo! kkkkk
  • Galera, não tem nada errado com essa questão. O texto sugere sim uma crítica, ela só não está explícita. A frase é uma advertência que expressa o que virá a ser debatido no texto - existe um juizo de valor sobre a temática


ID
2032717
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                             Texto 1

                                         A QUÍMICA EM NOSSAS VIDAS

                                                                                                        Carlos Corrêa

      Há a ideia generalizada de que o que é natural é bom e o que é sintético, o que resulta da ação do homem, é mau. Não vou citar os terremotos, tsunamis e tempestades, tudo natural, que não têm nada de bom, mas certas substâncias naturais muito más, como as toxinas produzidas naturalmente por certas bactérias e os vírus, todos tão na moda nestes últimos tempos. Dentre os maiores venenos que existem, seis são naturais. Só o sarin (gás dos nervos) e as dioxinas é que são de origem sintética.

      Muitos alimentos contêm substâncias naturais que podem causar doenças, como por exemplo o isocianato de alila (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (defumados, churrascos) causador de câncer do estômago, os cianetos (amêndoas amargas, mandioca) que são tóxicos, as hidrazinas (cogumelos) que são cancerígenas, a saxtoxina (marisco) e a tetrodotoxina (peixe estragado) que causam paralisia e morte, certos taninos (café, cacau) causadores de câncer do esôfago e da boca e muitos outros.

      A má imagem da Química resulta da sua má utilização e deve-se particularmente à dispersão de resíduos no ambiente (que levam ao aquecimento global e mudanças climáticas, ao buraco da camada de ozônio e à contaminação das águas e solos) e à utilização de aditivos alimentares e pesticidas.

      Muitos desses males são o resultado da pouca educação dos cidadãos. Quem separa e compacta o lixo? Quem entrega nas farmácias os medicamentos que se encontram fora do prazo de validade? Quem trata os efluentes dos currais e das pocilgas? Quem deixa toda a espécie de lixo nas areias das nossas praias e matas? Quem usa e abusa do automóvel? Quem berra contra as queimadas mas enche a sala de fumaça, intoxicando toda a família? Quem não admira o fogo de artifício, que enche a atmosfera e as águas de metais pesados?

      Há o hábito de utilizar a expressão “substância química” para designar substâncias sintetizadas, imprimindo-lhes um ar perverso, de substância maldita. Há tempos passou na TV um anúncio destinado a combater o uso do tabaco que dizia: “… o fumo do tabaco contém mais de 4000 substâncias químicas tóxicas, irritantes e cancerígenas…”. Bastaria referir “substâncias”, mas teve de aparecer o qualificativo “químicas” para lhes dar um ar mais tenebroso. Todas as substâncias, naturais ou de síntese, são “substâncias químicas”! Todas as substâncias, naturais ou de síntese, podem ser prejudiciais à saúde! Tudo depende da dose.

      Qualquer dia aparecerá uma notícia na TV referindo, logo a seguir às notícias dos dirigentes e jogadores de futebol, que “A água, substância com a fórmula molecular H2O, foi a substância química responsável por muitas mortes nas nossas praias”… por falta de cuidado! Porque os Químicos determinaram as estruturas e propriedades dessas substâncias, haverá razão para lhes chamar “substâncias químicas”? Estamos sendo envenenados pelas muitas “substâncias químicas” que invadem as nossas vidas?

      A ideia de que o câncer está aumentando devido a essas “substâncias químicas” é desmentida pelas estatísticas sobre o assunto, à exceção do fumo do tabaco, que é a maior causa de aumento do câncer do pulmão e das vias respiratórias. O aumento da longevidade acarreta necessariamente um aumento do número de cânceres. Curiosamente, o tabaco é natural e essas 4000 substâncias tóxicas, irritantes e cancerígenas resultam da queima das folhas do tabaco. A reação de combustão não foi inventada pelos químicos; vem da idade da pedra, quando o homem descobriu o fogo.

      O número de cânceres das vias respiratórias na mulher só começou a crescer em meados dos anos 60, com a emancipação da mulher e o subsequente uso do cigarro. É o tipo de câncer responsável pelo maior número de mortes nos Estados Unidos. Não é verdade que as substâncias de síntese (as “substâncias químicas”) sejam uma causa importante de câncer; isso sucede somente quando há exposição a altas doses. As maiores causas de câncer são o cigarro, o excesso de álcool, certas viroses, inflamações crônicas e problemas hormonais. A melhor defesa é uma dieta rica em frutos e vegetais.

      Há alguns anos, metade das substâncias testadas (naturais e sintéticas) em roedores deram resultado positivo em alguns testes de carcinogenicidade. Muitos alimentos contêm substâncias naturais que dão resultado positivo, como é o caso do café torrado, embora esse resultado não possa ser diretamente relacionado ao aparecimento de um câncer, pois apenas a presença de doses muito elevadas das substâncias pode justificar tal relação.

      Embora um estudo realizado por Michael Shechter, do Instituto do Coração de Sheba, Israel, mostrasse que a cafeína do café tem propriedades antioxidantes, atuando no combate a radicais livres, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, a verdade é que, há meia dúzia de anos, só 3% dos compostos existentes no café tinham sido testados. Das trinta substâncias testadas no café torrado, vinte e uma eram cancerígenas em roedores e faltava testar cerca de um milhar! Vamos deixar de tomar café? Certamente que não. O que sucede é que a Química é hoje capaz de detectar e caracterizar quantidades minúsculas de substâncias, o que não sucedia no passado. Como se disse, o veneno está na dose e essas substâncias estão presentes em concentrações demasiado pequenas para causar danos.

      Diante do que se sabe das substâncias analisadas até aqui, todos concordam que o importante é consumir abundantes quantidades de frutos e vegetais. Isso compensa inclusive riscos associados à possível presença de pequenas quantidades de pesticidas.

CORRÊA, Carlos. A Química em nossas vidas. Disponível em:<http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49746&op=all> . Acesso em 17 Abr 2015. (Texto adaptado) 


                                                              Texto 2

                          CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO

                               QUESTIONAM A VERDADE QUE LHES É VENDIDA

                                                                                                                       Ênio Rodrigo

      Se você é mulher, talvez já tenha observado com mais atenção como a publicidade de produtos de beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem novíssimos "componentes anti-idade" e "micro-cápsulas" que ajudam "a sua pele a ter mais firmeza em oito dias", por exemplo, ou mesmo que determinados organismos "vivos" (mesmo depois de envazados, transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de temperatura) fervilham aos milhões dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos ajudando a regular sua flora intestinal. Homens, crianças, e todo tipo de público também não estão fora do alcance desse discurso que utiliza um recurso cada vez mais presente na publicidade: a ciência e a tecnologia como argumento de venda.

     Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didática da ciência e tecnologia pela Universidade Paris VI e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência pode ser entendida como verdade absoluta. "A visão de que a ciência é a baliza ética da verdade e o mito do cientista como gênio criador é amplamente difundida, mas entra, cada vez mais, em atrito com a realidade, principalmente em uma sociedade informacional, como ( 1 ) nossa", acrescenta.

      Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinâmica da informação, Ricardo Cavallini, consultor corporativo e autor do livro O marketing depois de amanhã(Universo dos Livros, 2007), afirma que, primeiramente, devemos repensar a noção de público específico ou senso comum. "Essas categorizações estão sendo postas de lado. A publicidade contemporânea trata com pessoas e elas têm cada vez mais acesso ( 2 ) informação e é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de lado o paradigma de que o público é passivo", acredita. Silvania concorda e diz que a sociedade começa ( 3 ) perceber que a verdade suprema é estanque, não condiz com o dia-a-dia. "Ao se depararem com uma informação, as pessoas começam a pesquisar e isso as aproxima do fazer científico, ou seja, de que a verdade é questionável", enfatiza.

      Para a professora da UFMG, isso cria o "jornalista contínuo", um indivíduo que põe a verdade à prova o tempo todo. "A noção de ciência atual é a de verdade em construção, ou seja, de que determinados produtos ou processos imediatamente anteriores à ação atual, são defasados".

      Cavallini considera que ( 4 ) três linhas de pensamento possíveis que poderiam explicar a utilização do recurso da imagem científica para vender: a quantidade de informação que a ciência pode agregar a um produto; o quanto essa informação pode ser usada como diferencial na concorrência entre produtos similares; e a ciência como um selo de qualidade ou garantia. Ele cita o caso dos chamados produtos "verdes", associados a determinadas características com viés ecológico ou produtos que precisam de algum tipo de "auditoria" para comprovarem seu discurso. "Na mídia, a ciência entra como mecanismo de validação, criando uma marca de avanço tecnológico, mesmo que por pouquíssimo tempo", finaliza Silvania.

      O fascínio por determinados temas científicos segue a lógica da saturação do termo, ou seja, ecoar algo que já esteja exercendo certo fascínio na sociedade. "O interesse do público muda bastante e a publicidade se aproveita desses temas que estão na mídia para recriá-los a partir de um jogo de sedução com a linguagem" diz Cristina Bruzzo, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que acompanhou ( 5 ) apropriação da imagem da molécula de DNA pelas mídias (inclusive publicidade). "A imagem do DNA, por exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que não o sentido original para a ciência, e transformado em discurso de venda de diversos produtos", diz.

      Onde estão os dados comprovando as afirmações científicas, no entanto? De acordo com Eduardo Corrêa, do Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária (Conar) os anúncios, antes de serem veiculados com qualquer informação de cunho científico, devem trazer os registros de comprovação das pesquisas em órgãos competentes. Segundo ele, o Conar não tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que fica a cargo do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou outros órgãos. "O consumidor pode pedir uma revisão ou confirmação científica dos dados apresentados, contudo em 99% dos casos esses certificados são garantia de qualidade. Se surgirem dúvidas, quanto a dados numéricos de pesquisas de opinião pública, temos analistas no Conar que podem dar seus pareceres", esclarece Corrêa. Mesmo assim, de acordo com ele, os processos investigatórios são raríssimos. 

RODRIGO, Enio. Ciência e cultura na publicidade. Disponível em:<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252009000100006&script=sci_arttext>. Acesso em 22/04/2015. 


                                                     TEXTO 4

                                       PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

                                                                                                        Augusto dos Anjos

                                     Eu, filho do carbono e do amoníaco,

                                       Monstro de escuridão e rutilância,

                                    Sofro, desde a epigênese da infância,

                                    A influência má dos signos do zodíaco.


                                       Profundissimamente hipocondríaco,

                                   Este ambiente me causa repugnância...

                               Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia

                                  Que se escapa da boca de um cardíaco.


                                 Já o verme — este operário das ruínas —

                                     Que o sangue podre das carnificinas

                                   Come, e à vida em geral declara guerra,


                                  Anda a espreitar meus olhos para roê-los,

                                     E há de deixar-me apenas os cabelos,

                                        Na frialdade inorgânica da terra!

ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. 

Marque a opção em que o uso de vírgulas segue uma regra diversa da que foi aplicada aos demais casos.

Alternativas
Comentários
  • Vírgulas utilizadas para separar uma oração apositiva, que exerce função de aposto.

    Exceto na letra C

    Brasil!!


ID
2078251
Banca
USP
Órgão
USP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 Leia atentamente o texto abaixo:

 HUMILDADE (C.Meireles)

“Tanto que fazer!

Livros que não se lêem, cartas que não se escrevem

línguas que não se aprendem

amor que não se dá.

Tudo quanto se esquece.

Amigos entre adeuses,

crianças chorando na tempestade

cidadãos assinando papéis, papéis, papéis...

até o fim do mundo assinando papéis,

E os pássaros detrás de grades de chuvas,

e os mortos em redoma de cânfora.

(E uma canção tão bela!)

Tanto que fazer!

E fizemos apenas isto.

E nunca soubemos quem éramos

nem para quê. 


Considere as seguintes afirmações sobre o uso das reticências em: cidadãos assinando papéis, papéis, papéis... 


I – Foram elas utilizadas como corte de uma frase para nela ser intercalada uma outra.


II – Foram elas utilizadas como recurso de expressão.


III – Foram elas para intensificar a reiteração do termo papéis. 


Alternativas

ID
2156944
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

L.J.C.

— 5 tiros?

— É.

— Brincando de pegador?

— É. O PM pensou que...

— Hoje?

— Cedinho. COELHO, M. In: FREIRE, M. (Org). Os cem menores contos brasileiros do século. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.

Os sinais de pontuação são elementos com importantes funções para a progressão temática. Nesse miniconto, as reticências foram utilizadas para indicar

Alternativas
Comentários
  • Resposta B

    O gênero miniconto, devido às implicações naturais da forma, é marcado por sugestões e elipses, dentre outras características.
    No texto de Marcelo Coelho, as reticências indicam uma informação de conhecimento dos personagens, porém não explicitada na fala.

     

    www.etapa.com.br

  • Aquele viés básico...

  • tudo bem, acertei,mas fiquei com dúvida na letra E. Pq ela está errada?

  • Matheus, não é a letra E porque essa quebra foi intencional e programada pelo falante. O texto induz o leitor a pensar que o ouvinte já sabia a que ele se referia.

  • Sim, Matheus. Poderia ser a E. Aliás, em uma primeira leitura, parece que há uma interrupção brusca.

    Também poderia ser a B: uma informação implícita de "preconceito do policial com a vítima" (o PM pensou que... [até parece que ele pensou...])

    Poderia ser a B por outra informação implícita de "realmente, o policial se equivocou".

    E poderia ser a A por uma fala hesitante por duvidar das intenções do policial.

    Observe que há duas possibilidades de viés ideológico. A que se salva é só a segunda explicação que dei sobre a B... de todos modos, péssima questão, pois dá 4 interpretações diferentes. Daí vamos ao vídeo da professora e ela diz que a fala era de um delegado com um policial. De onde saiu o Delegado nesse conto?!

    Enfim, bola que segue...

  • na produção textual, três pontos, dispostos paralelamente à linha e ao lado de alguma palavra, us. para marcar uma pausa no enunciado, podendo indicar omissão de alguma coisa que não se quer revelar, emoção demasiada, insinuação etc.

  • As reticências indicam que uma informação ficou implícita. No caso, trata-se de deixar implícito aquilo que teria sido pensado por um policial antes de matar alguém acidentalmente.

    Cabe um comentário sobre a alternativa E: existe no texto, de fato, a interrupção de uma ação, no entanto ela não é indicada pelas reticências. A presença desse sinal de pontuação informa que algo ficou implícito, mas não o porquê. Ou seja, é a continuação do diálogo que informa a existência de uma interrupção, e não a pontuação.

  • Marquei E, porém algo dizia: "vai na B"

    Enfim, errei

  • Pensei assim: se fosse uma interrupção, a banca teria ao menos que ajudar, colocando uma exclamação junto à interrogação do "Hoje". Logo, sobrou-me a alternativa B

  • A professora disse que é uma conversa entre um policial e um delegado. E que o policial não precisa deixar claro o que ele pensou porque o DELEGADO já adivinhou o que ele ia falar, por isso a resposta é letra B

    Wtf???

    1- de onde saiu o delegado no conto? só se vc tiver uma bola de cristal pra saber q era um delegado pq não tá explicito na questão ou viajar muito no pensamento.

  • Reticências (...)

    As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase, que tem continuidade. Ou até mesmo indicar uma situação implícita na frase. (algo que não está claro, e pode ser deduzido). 

  • Pra fazer mais sentido é só imaginar o locutor jesticulando e fazendo expressões após a frase: — É. O PM pensou que...

    Ou seja, ele podia ter falado mas preferiu não falar por deixar subentendido o que ele quis dizer, por isso, alternativa B: uma informação implícita.

    Eu marquei a "A" por não deduzir esse detalhe, uma hesitação não teria um subentendimento como nesse diálogo. Exemplo:

    — Que horas são?

    — Acho que são... (não tem subentendimento) 12h... ou 12:30, não sei ao certo.


ID
2163352
Banca
SEGPLAN-GO
Órgão
SEAP-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.

ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

As reticências utilizadas, neste fragmento do texto de Guimarães Rosa, sugerem

Alternativas
Comentários
  • (C)

    Pelo contexto,nota-se incerteza.

    Reticências é um sinal de pontuação que marca uma interrupção, indicando uma suspensão na melodia frásica. São usadas para: - Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

  • As reticências são empregadas para indicar a interrupção da frase,sugerindo:hesitação,surpresa.

  • Por isso que eu prefiro análise sintática............

  • Me parece que em questões desse tipo a interpretação do texto não importa muito. O que vale é decorar a descrição de dicionário do sinal de pontuação...

    Gab: C


ID
2193748
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de João Pessoa - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Somos um povo fútil?

      “No Brasil, tudo vira moda. Até manifestação de rua.”

      Ouvi essa frase de um motorista de táxi durante os acontecimentos de junho, e achei um exagero. Rebati, dizendo que o povo nas ruas tinha um significado imenso e ira propiciar a mudança de várias leis. Ele me olhou pelo retrovisor e respondeu que era verdade, mas que via muitos jovens, a caminho das manifestações, agindo como se estivessem indo para um bloco de carnaval. “É a onda do momento”, insistiu. “Daqui a pouco passa.”

      Em poucas semanas, as manifestações começaram a esvaziar. Os motivos eram muitos: a ação dos black blocks, as depredações, a violência da polícia, as denúncias de interesses escusos por parte de políticos, milicianos, traficantes. Mas não pude deixar de pensar nas palavras do motorista de táxi.

      Tornei a pensar nelas há algumas semanas, ao voltar de uma viagem de quase um mês à Alemanha. Ao desembarcar no Brasil, fui tomada pela sensação de que somos mesmo um país de modismos. Um povo fútil. Sei que é um clichê essa história de ir à Europa e voltar falando de “um banho de civilização”. Sempre fui contra isso. Mas, desta vez – depois de visitar 11 museus, duas exposições, de ir a um concerto de música clássica e de visitar uma feira gigantesca de livros –, alguma coisa aconteceu comigo.

      Acho que uma das razões dessa sensação foi a leitura, durante a viagem, do livro de Mário Vargas Llosa, “A civilização do espetáculo”. Embora em alguns pontos eu discorde do escritor, o livro me chamou a atenção para a destruição da cultura no mundo moderno, em favor do entretenimento. Esse conceito me deixou pensando no Brasil – nesse país que não lê livros, mas onde quase todo mundo tem celular. Onde se veem, nos bairros pobres, antenas parabólicas sobre casas miseráveis, onde há mais televisores do que geladeiras, e onde, em vez de bibliotecas, temos lan houses. País que parece ter passado, em massa, do analfabetismo funcional para o Facebook – sem escalas.

      (....) Voltei da viagem com essa sensação de que somos mesmo fúteis, superficiais, e me lembrei do motorista de táxi.

                                                (Heloísa Seixas, O Globo, 14 de dezembro de 2013)

No início do último parágrafo do texto há a presença de dois parênteses com pontos em seu interior.

Esse sinal gráfico indica que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Para quem não é assinante.

  • Os sinais que refere destinam-se a indicar que há cortes ou supressões no texto que é citado. 

  • que sinais são esse meu povo?

  • Quando não se apresenta a frase completa do autor, podemos usar as reticências entre parênteses ou entre colchetes.

    fonte:

  •   (....) Voltei da viagem com essa sensação de que somos mesmo fúteis, superficiais, e me lembrei do motorista de táxi.

    GAB: LETRA C

  • O uso das reticências também serve para marcar omissão de trecho do texto em transições.

    Exemplo: "(...),logo existo".

    Fonte: Flávia Rita


ID
2240533
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFPEL
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

5 dicas da ciência para você tomar boas decisões

Carol Castro


Quantas vezes você ficou em dúvida sobre o que fazer, tomou uma decisão, mas pouco depois acabou se arrependendo? Bem, talvez a ciência possa te ajudar. Dá só uma olhada nessas cinco dicas científicas para tomar decisões melhores.


    DISTANCIE-SE DO PROBLEMA

    Pense na situação como se ela estivesse acontecendo a amigo ou a um parente. Mas não ocorrendo com você. Isso vai te ajudar a pensar de forma mais racional. Foi o que pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, concluíram ao pedir a voluntários para refletir sobre traição no namoro. A ideia era analisar o cenário caso isso acontecesse com eles ou com outro amigo. Em seguida, tiveram de responder a algumas perguntas – todas elas foram pensadas de acordo com critérios de pensamento coerente e racional: do tipo,reconhecer o limite do outro, considerar as perspectivas do parceiro, motivos que poderiam levar à traição, etc. E quando pensavam nos amigos, eles costumavam tomar decisões mais inteligentes, baseadas na razão e não apenas na emoção. Como fazer isso na prática? Segundo a pesquisa, basta conversar consigo mesmo como se o problema não fosse seu.


    PENSE EM OUTRO IDIOMA

    Em inglês, espanhol, tanto faz, desde que não seja seu idioma nativo. Segundo pesquisa americana, quando pensamos sobre algo usando uma língua estrangeira, o lado racional se sobrepõe ao emocional. É como se a língua gringa removesse a conexão emocional que talvez você pudesse ter ao pensar em português.


    TRABALHE SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

    Se você é do tipo que entende e lida bem com as emoções (as suas e as alheias), é mais provável que não deixe motivos irracionais que nada tem a ver com a situação influenciarem nas tomadas de decisões. É o que garante uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Toronto. E isso envolve todos os tipos de emoções: da empolgação à ansiedade e estresse. “Pessoas emocionalmente inteligentes não excluem todas as emoções na hora de tomar decisões. Eles retiram só as emoções que não têm a ver com a decisão”, explica Stéphane Côté, autora da pesquisa.


    APAGUE A LUZ

   Ok, essa dica é bem estranha, mas vamos lá.

    Pesquisadores canadenses levaram voluntários para comer ou ler em ambientes diferentes. E quem esteve em salas bem iluminadas tendia a achar o molho mais apimentado, os personagens fictícios mais agressivos e as pessoas mais atraentes. É que ambientes iluminados parecem amplificar o lado emocional das pessoas – e, claro, influenciar nas impressões e decisões.


    DÊ UM TEMPO

    Esqueça o problema, nem que seja só por alguns poucos segundos. É o que garantem pesquisadores americanos. Segundo eles, na hora de tomar uma decisão, o cérebro reúne um monte de informações. Só que não consegue distinguir rapidamente o que é relevante ou não. Então, se houver algo contraditório, é possível que você não perceba e escolha o caminho errado. Mas quando você dá um tempo extra para que o cérebro consiga reunir outras informações e analisá-las melhor, os riscos diminuem. E nem precisa esperar tanto tempo assim: “adiar a decisão por, no mínimo, 50 milissegundos permite ao cérebro focar atenção nas informações mais relevantes e bloquear as distrações”, explica Jack Grinband, um dos autores do estudo.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/5-dicas-daciencia-para-voce-tomar-boas-decisoes/

Em “Pense na situação como se ela estivesse acontecendo a um amigo ou um parente. Mas não ocorrendo com você.”, há uma inadequação gramatical quanto à

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO Nº 02 RESULTADO DA ANÁLISE: Questão Anulada. JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos, temos a esclarecer que a questão será anulada, tendo em vista que a ausência da preposição “a” na transcrição do excerto do texto, no enunciado da questão: “Pense na situação como se ela estivesse acontecendo a um amigo ou “a” um parente. Mas não ocorrendo com você.”, causou dúvidas e gerou confusão entre os candidatos no momento de assinalar a resposta correta. Portanto recurso deferido.

  • qual seria a resposta correta p banca?

ID
2258227
Banca
REIS & REIS
Órgão
Prefeitura de Cipotânea - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia as afirmações abaixo:
I - A locução adjetiva de fogo corresponde ao adjetivo ígneo.
II - Na frase: “Considerei inviável a dimensão daquele projeto” a palavra destacada classifica-se sintaticamente como “predicativo do sujeito”.
III - Na frase “Recuso que outrem modifique o trabalho que fiz”, o termo destacado classifica-se morfologicamente como “pronome indefinido”.
IV - Em “Não fui eu. Logo...” o emprego das reticências indica a suspensão do pensamento.
V - O sujeito da frase Aconteceram coisas inexplicáveis classifica-se como “indeterminado”.
É correto o que se afirma em:

Alternativas

ID
2300737
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Vivendo e...

    Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude.

    Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei que jeito é esse. [...]

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)

Utilize o Texto I para responder a questão.

O emprego das reticências no título, sugere:

Alternativas
Comentários
  • "Vivendo e ..." está fazendo referência ao ditado "vivendo e aprendendo". No entanto, no texto são expostas ideias que contradizem o ditado popular, convidando o leitor para refletir sobre o tema.

    Gab. C

    a) a incapacidade do autor em completar a ideia.

     b) a caracterização de uma enumeração infinita.

     c) um convite para que o leitor refita sobre o tema.

     d) a sinalização de um questionamento do leitor.

     e) a representação de uma ideia polêmica.

  • A opção "c)" foi escrita errada era pra ser reflita e não refita

  • Gabarito C

     

    SÓ COMPLEMENTANDO...

     

    Sobre RETICÊNCIAS

     

    Usa-se para:

     

    ● indicar dúvida ou hesitação do falante;

     

    ● interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta;

     

    ● o fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia;

     

    ● indicar supressão de palavras numa frase transcrita

    Ex.: "Quando penso em você (...) menos a felicidade."

     

    BONS ESTUDOS.

  • porque não está certa a letra D? alguém sabe?

  • Pelo o contexto, poderia se empregar os seguintes enunciados para o texto:

     

    Vivendo e desaprendendo 

    Vivendo e esquecendo como se faz 

    Vivendo e não aprendendo

     

    Diz-se, em um cognição imeadita, a inequívoca pretensão do autor de contrariar um dizer popular,  c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.

  • Acertei a questão, mas confesso que fiquei em dúvida entre a B, D e E '-' 

    Gab: C

  • Renata Lima, também marquei a D, mas, pensando melhor, como o autor poderia saber o que se passa na cabeça do leitor? O autor pode ter a intenção de fazer com que o leitor se questione, mas não podemos afirmar que é "a sinalização de um questionamento do leitor". Entretanto, podemos afirmar que a intenção do autor foi UM CONVITE à reflexão do leitor, como afirma a alternativa C. 

  • (...)  - Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor.

  • A alternativa C é a correta.

    Uma das finalidades das reticências é a intenção de sugerir o prolongamento de ideia (um convite para que o leitor reflita sobre o tema).

  • RESPOSTA c) [                                                             RETICÊNCIAS

    as reticências marcam  uma interrupção da sequência lógica da frase.

    Podem ser usadas:

    1)COM VALOR ESTILÍSTICO, ISTO É, COM INTENÇÃO DELIBERADA  DE PERMITIR AO LEITOR COMPLEMENTAR O PENSAMENTO QUE FOI SUSPENSO.

    Não vou dizer  mais nada. Você já deve ter percebido... ]

  • Para os não-assinantes:

     

    "Vivendo e ..." está fazendo referência ao ditado "vivendo e aprendendo". No entanto, no texto são expostas ideias que contradizem o ditado popular, convidando o leitor para refletir sobre o tema.

    Gab. C

    a) a incapacidade do autor em completar a ideia.

     b) a caracterização de uma enumeração infinita.

     c) um convite para que o leitor refita sobre o tema.

     d) a sinalização de um questionamento do leitor.

     e) a representação de uma ideia polêmica.

     

    Colaboração: Sheyla R2 

  • Ele nos convida a refletir.

    Coisas que ele sabia quando criança, e que já não sabe mais.

    Vivendo e aprendendo?

    Será?

  • a) a incapacidade do autor em completar a ideia. Kkkkkkkkkkkkkkk


ID
2489080
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

              Fui criado com princípios morais comuns

                                                                                (Arnaldo Jabor)

      Fui criado com princípios morais comuns: Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.

      Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?

      Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

                          (http://pensador.uol.com.br. Acesso em 6/12/2011) 

O uso das reticências, no texto, demonstra um sentimento de

Alternativas

ID
2498968
Banca
IBFC
Órgão
CBM-BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                                       A janta


      A pior hora era a do jantar.

      Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.

      Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.

       Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...

       E ela ali, fngindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.

       De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.

       A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.

       Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.

(AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) 

Ao final do quarto prágrafo, a forma verbal “Demorando” é empregada seguida de reticências. O emprego desse sinal de pontuação sugere em relação à ação:

Alternativas
Comentários
  • Gerúndio ideia de continuidade e prolongamento.

  • O próprio gerúndio já é caracterizador de prolongamento e as reticências reforçam ainda mais

  • USAM-SE AS RETICÊNCIAS

    1 supressão de um trecho;

    2 interrupção;

    3 ou dar ideia de continuidade.


    GABARITO C

  • USAM-SE AS RETICÊNCIAS - No final da frase ficou clara a expressão indicando uma continuição, um prologamento.

  • Verbo no GERÚNDIO nôs dá uma ideia de prolongamento, algo inacabado.

    GABARITO: C

  • EASY


ID
2553070
Banca
IBADE
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Papo sobre o óbvio

      Uma coisa que faço com frequência é descobrir o óbvio. Isto é, óbvio para os outros, porque, de repente, percebo ali algo inexplicável e fascinante. Difícil é expressá-lo.

      Um troço que me deixa surpreso é descobrir que uma menininha, de uns poucos anos, fala. Você pode retrucar - e daí? Gato mia antes de apreender a andar. É verdade, mas miar é uma coisa e falar é outra. Não me diga que o nosso falar equivale ao miado do gato, pois esse é um argumento que não aceito, uma que falar, diferente de miar, implica raciocinar, e foi isso que subitam ente me surpreendeu: a menina fala, pensa...

      Vou ver se me explico. Aquela menininha, que agora fala e sabe o que quer, faz pouco tempo era um bebezinho que só esperneava, bracejava e grunhia. E foi assim que, inesperadamente, me perguntei: mas de onde vem isso? Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...

      É certo que não foi aquela menina que inventou essa linguagem, mas a verdade é que, tivesse ela nascido no Japão ou na Austrália, em Angola ou no Chile, falaria do mesmo modo -noutra língua, claro -, usaria uma linguagem que implica raciocinar, julgar, opinar, negar, afirmar, inventar.

      Não sei se estou me fazendo entender, mas o certo é que me deixo ficar fascinado e perplexo por esse fato, ou seja, que diferente de todos os outros animais, eu e você somos capazes de construir um mundo de idéias, valores e opiniões. E mais: somos capazes de elaborar conceitos que buscam dar sentido à existência.

      Está claro agora? Talvez sim e talvez não. Adificuldade é que estou tentando explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo. O que acabo de dizer, quanto à capacidade das pessoas é certo e é sabido. E óbvio mesmo, o que não corresponde ao que me parece maravilhoso, que percebi quando ouvi a menina falar: nasceu com ela a capacidade de pensar?

      A gente diz que ensinamos as crianças a falar. Sim, mas elas só aprendem porque são animais falantes. Duvido que alguém ensine um gato a falar. Conheci uma família que tinha um filho caçula, que já com dois anos não falava. Por mais que a mãe insistisse e o fizesse repetir “minha mãe gosta do Zezinho”. Ele ouvia, sorria e não falava nada. A mãe começou a se desesperar, temendo que o filho fosse mudo. E não é que, certo dia, ele disparou a falar? Sabia o nome de tudo, construía as frases perfeitamente, deixando a família inteira boquiaberta.

      É que, na verdade, a criança aprende a língua do país em que ela nasceu. Mas o falar mesmo, que implica ser capaz de formular pensamentos e comunicar-se com os outros, isso nasce com a pessoa, é uma qualidade específica do bicho humano. Pensando melhor, digo que é mais que isso: a criança fala porque pensa e, por pensar, constrói uma compreensão da vida e do mundo. Isso já está latente nas primeiras palavras que a criança balbucia.

      Claro, dirá você, isso é o óbvio - e é, mas é nele que reside a nossa espantosa capacidade de inventar a vida, de inventar o mundo, já nas paredes das cavernas, quando desenharam-se as primeiras imagens do bisão.

      Mas o que me espanta não é exatamente isso e, sim, de onde vem isso, essa capacidade que já está latente no recém-nascido (ou no embrião?), que ainda nem mesmo enxerga. Entendo que alguns acham que foi Deus que nos criou assim e, portanto, não há por que se espantar. Mas há quem, ainda assim, se espante.

      Já me vi espantado até mesmo com as aranhas, conforme já falei aqui nesta coluna. Como explicar que ela produza uma teia que é transparente para que sua possível presa - uma mosca, que seja - não a veja; e que essa teia seja pegajosa para impedir que o inseto que cair ali consiga se safar? Tudo como tem que ser. E ela, a aranha, depois de estender a teia como uma armadilha num ponto estratégico da parede, coloca-se no centro dela e ali fica, dias e dias, semanas, meses, esperando que a presa caia na armadilha e ela possa comê-la.

      E quem contou à aranha que ali há moscas, que as moscas voam e que cedo ou tarde cairão na teia? A verdade é que com uma invejável capacidade artesanal e plena consciência do que faz, está ela ali, confiando no acaso que, para alguns, é Deus.

GULLAR. Ferreira. Papo sobre o óbvio. Folha de S.Paulo, 18 maio 2014. Extraído do site:<www1folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2Q14/G5/1455377- papo-sobre-o-obvio.shtml>.

Em “Sim, porque macaco é inteligente, mas não dispõe de uma linguagem logicamente construída, com sujeito, verbo, objeto...” as reticências foram usadas para:

Alternativas
Comentários
  • Meu Deus!!! 

  • Queria entender

    optei pela letra d 

    (

  • "em suspense" ?? What?!

  • de acordo com a gramatica 

     a reticencias podem indicar suspensao ou interrrupçao do pensamneto 

    ex acreditei que....

  • suspense?! Ohh! Será que o macaco fala, e nós não sabemos!

    ta de brincadeira neh!

  • A falta de atenção me levou a erra a questão. Mesmo assim, questão bo
  • COMENTÁRIOS DOS PROFESSORES, POR FAVOR. É DE GRANDE VALIA PARA NÓS CONCURSEIROS.

  • LETRA: E

    E) deixar o discurso em aberto, em suspense

    As reticências são usadas para:

    - Transmitir na linguagem escrita sentimentos e sensações típicas da linguagem falada, como hesitações, dúvidas, surpresa, ironia, suspense, tristeza, ironia,…

    Fonte:

    Flávia Neves/Professora de Português

    Como diz Fernando Pestana: "Não deixa a peteca cair!"


ID
2573656
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Vou Te Encontrar

Paulo Miklos

Compositor: Nando Reis


Olha, ainda estou aqui

Perto, nunca te esqueci

Forte, com a cabeça no lugar

Livre, livre para amar


Sofro, como qualquer um

Rio, quando estou feliz

Homem, dessa mulher

Vivo, como você quer


Nas ondas do mar

Nas pedras do rio

Nos raios de sol

Nas noites de frio


No céu, no horizonte

No inverno, verão

Nas estrelas que formam

Uma constelação


Vou te encontrar...

Vou te encontrar


Olha, eu fiquei aqui

Perto, está você em mim

Forte, pra continuar

Livre, livre para amar


Sofro, como qualquer um

Rio, porque sou feliz

Homem, de uma mulher

Vivo, como você quer


No beijo da moça

No alto e no chão

Nos dentes da boca

Nos dedos da mão


No brilho dos olhos

Na luz da visão

No peito dos homens

No meu coração


Vou te encontrar...

Vou te encontrar

Em “Vou te encontrar… vou te encontrar”, o emprego das reticências indica:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito está C.

     

    Marquei E porque houve repetição do trecho "vou te encontrar" em seguida, aí pensei que as reticências tivessem demarcado uma reflexão.

  • Eu também marquei por esse motivo

  • Essa questão deveria ser anulada. O próprio Nando Reis disse que o gabarito tava errado, que na verdade não era nenhuma dessas respostas.

  • marquei letra a

    mas pode ser letra e também

    quem achou essa prova de fundamental mais difícil que outras de médio/superior da PR-4 em 2017?

  • Me parece que as reticências indicam continuidade da ação. Portanto, a sensação de certeza. Ele parece dizer que quer tanto encontrar que vai, fatalmente, consegui-lo.

    Pus letra D.

    Hesitação não me parece. Questão polêmica. A interpretação do autor da banca me parece bem particular e fora do contexto da letra da canção. 

  • Segundo o Nando Reis a resposta deveria ser D, a ideia que queria passar era de certeza. Porém, de qualquer maneira, as reticências não existem na letra original da música.

     

    Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2017/12/14/internas_viver,734664/nando-reis-discorda-de-questoes-de-concurso-com-letra-dele-deveriam.shtml

  • acho que era mais para a gramática que intrepretação; vejam:

     

    Reticências ( ... )

    As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato.

    Por Exemplo:

     

    O tempo passa...

     

    - Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

    Por Exemplo:

     

    Vim até aqui achando que...

     

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

    Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?
    – Vamos...Não...Pois vamos."
    Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

    - Para realçar uma palavra ou expressão.

    Por Exemplo:

    Não há motivo para tanto...mistério.

    - Para realizar citações incompletas.

    Por Exemplo:

    O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro:
    "Deitado eternamente em berço esplêndido..."

     

  • Fiquei em dúvida entre C e D no dia da prova, e errei. Rezando pra essa ser anulada!

  • Aço que fosse certeza, deveria haver uma exclamação e não reticências. Descartei a alternativa com base nisso.
  • Jurava que era reflexão. kkkk lendo quadrinhos demais!

  • Fui crente na letra D de "devo continuar estudando, pois errei."

  • Não entendi, por que não a letra(A).?

  • Sabe Deus onde o examinador viu qualquer sinal de hesitação neste texto. 

  • essa questão está sem sentido!!!

  • No meio do período, para indicar certa hesitação ou breve interrupção do pensamento. porque ... não sei porque .... Porque é a minha sina ..... Fonte a gramática do concursando José Almir fontella Dornelles
  • Ou esse professor viajou demais na "maionese", ou esse gabarito foi posto de maneira equívoca.


    além da expressão " Vou te encontrar" o corpo do texto mostra o desejo de encontrá-la.

  • Essa questão que o cara foi  no insta do Nando e fez a pergunta , e ele explicou na gramatica kkkkk


ID
2584093
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Fui criado com princípios morais comuns

                                                                                            (Arnaldo Jabor) 

      Fui criado com princípios morais comuns: Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.

      Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?

      Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar-no-olho. Quero a olho esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

                                      (http://pensador.uol.com.br. Acesso em 6/12/2011)

O uso das reticências, no texto, demonstra um sentimento de

Alternativas

ID
2586409
Banca
IBFC
Órgão
SEE-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Namorados


O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:

- Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara.

A moça olhou de lado e esperou.

- Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?

A moça se lembrava:

- A gente fica olhando...

A meninice brincou de novo nos olhos dela.

O rapaz prosseguiu com muita doçura:

- Antônia, você parece uma lagarta listrada.

A moça arregalou os olhos, fez exclamações.

O rapaz concluiu: - Antônia, você é engraçada! Você parece louca.

(Manuel Bandeira, Libertinagem, 1930.)

Em relação aos comentários linguísticos abaixo, feitos sobre o texto II, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta Letra b.

    O sexto verso indica que a ação de olhar foi prolongada através do uso das reticências.

  • O gabarito aqui do site está marcando letra C e não B....

  • O gabarito dessa prova ta todo bagunçad!

     

  • Letra B.

     

     a) O locutor do texto faz uso exclusivo da variante informal da língua. - Usa formalidade também, perceba: "A moça arregalou os olhos, fez exclamações."

     b) As reticências, no sexto verso, revelam um prolongamento da ação verbal. - Certo.

     c) No sétimo verso percebe-se uma caracterização objetiva dos olhos. - É subjetiva, perceba: "A meninice brincou de novo nos olhos dela."

     d) Ocorre impessoalidade no discurso dos personagens. - Têm sujeitos, é pessoal.

  • Eita que essas propagandas em comentários já tá me dando agonia


ID
2753995
Banca
FGV
Órgão
COMPESA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


A Política de Tolerância Zero


Suas vozes frágeis e seus corpos miúdos sugerem que elas não têm mais de 7 anos, mas já conhecem a brutal realidade dos desaventurados cuja sina é cruzar fronteiras para sobreviver. O drama dessas crianças tiradas dos braços de seus pais e mães pela “política de tolerância zero” do governo americano tem comovido o mundo e dividido o país do presidente Donald Trump. Os relatos são de solidão e desespero para essas famílias divididas, que, não raro, mal podem se comunicar com o mundo exterior e não conseguem informações sobre o paradeiro de seus parentes após terem cruzado a fronteira do México para os EUA em busca de uma vida menos difícil. Em vez de encontrarem a realização de seu “sonho americano”, elas vêm sendo recebidas por essa prática de hostilidade reforçada na zona fronteiriça, que já separou mais de 2300 crianças de seus pais desde abril.

Época, nº 1043. Adaptado.


Texto 2


“Isso é inacreditável. Autoridades do governo Trump estão enviando bebês e crianças pequenas... desculpem... há pelo menos três...”. Foi o que conseguiu dizer Rachel Maddow, âncora da MSNBC, antes de se render às lágrimas ao tentar noticiar esse drama infantil latino-americano, num vídeo que já viralizou”.

Época, nº 1043, p. 11.

“Isso é inacreditável. Autoridades do governo Trump estão enviando bebês e crianças pequenas... desculpem... há pelo menos três...”.
As reticências nesse segmento do texto 2 mostram

Alternativas
Comentários
  • soh acho que se você não viu o video, e sabe que a reporta chora ao ler a noticia, e sua reação, fica um pouco difícil de eliminar alternativas

  • Acredito que pode ser anulada, pois a reporter expressa sua emoção...

    FGV estranhamente... 

  • Marquei a B, porém, com a 'sensação do" gabarito ser a D, já que a FGV é doida. Kkkkkkk

  • Não é necessário ver vídeo, o comentário da fala deixa isso claro: "Foi o que conseguiu dizer Rachel Maddow, âncora da MSNBC, antes de se render às lágrimas ao tentar noticiar esse drama infantil latino-americano, num vídeo que já viralizou”.

  • acertei uma kkkkkkk

  • uso das reticências:  marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional 

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato; 

    - Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento ;

    Para realçar uma palavra ou expressão

  • Nao estaria extrapolando o texto afirmar que ela leu a notícia? Ela não poderia simplesmente estar dizendo sem um texto pronto?

  • a galera viaja nos comentários. É a letra D a correta

  • Gabarito Bravo. Para ser Delta só se a FGV tivesse viajado muiito na maconha,

  • Quando a questão te força a imaginar como a repórter estava noticiando a notícia kkkkkkk

  • FGV = FUNDO GRAVITACIONAL DA VIAGEM

    =D

  • Tipo de questão que foge do padrão FGV. Não no padrão de elaborar mal as questões, mas sim na interpretação.

    A alternativa "A" e "B" poderiam estar certas.

    Porém a alternativa "B" afirma que a repórter estava lendo a notícia e isso não está no texto.

    A alternativa "A" não tem qualquer ponto que faça com que esteja errada, pois não afirma que está lendo ou utilizando as próprias palavras para noticiar.

    Normalmente é esse pequeno detalhe que faz com que uma alternativa seja certa ou errada na FGV. Quem acertou essa questão provavelmente errou muitas outras desta banca.

  • Em regra uma repórter Âncora fica na bancada lendo as noticias ..Ex. William boner ....

  • Essas questões de reticências tinham que ser anuladas, pois a maioria é subjetiva não dá para eu saber o que se passou na cabeça da pessoa que formulou a questão para eu saber a resposta.

  • Questão que confunde o candidato. Na minha opinião interpretativa, ele também tem dificuldades em pôr em palavas o drama vivido pelas crianças

  • O gabarito oficial é a letra B. As reticências, de forma direta, apontam interrupções na fala da âncora. Percebe-se pelo contexto que tais interrupções advém do estado emocional desta. Pra mim, afirmar que as reticências por si só mostram emoção já é forçar um pouquinho a barra, dizer que estas mostram coisas ainda mais específicas como ''dificuldade pra pôr em palavras'' ou ''raiva incontida com políticas'' então seria uma forçação muito grande. Por isso marquei a B mesmo, mas entendo quem não gostou da questão rs

  • "isso é inacreditável". isso não pode ser um tom de revolta tmbm ? Achei uma questao bem esdrúxula.

  • Eu não lembro se assisti ao vídeo, mas como vou saber se ela estava lendo ou apenas expressando a opinião dela (falando)? Tentei extrair essa informação dos textos e isso me fez errar, visto que no texto 2 está expresso "Foi o que conseguiu DIZER Rachel Maddow (...)".

  • GABARITO B

    Apesar de a A e a B me parecerem igualmente corretas, a banca considerou apenas a B como correta.

  • ao ler o texto e possível sentir a emoção da repórter nas suas palavras, gab B

  • RESPOSTA: B) a emoção da repórter na leitura da notícia

  • Letra b ) A amoção da repórter na leitura da notícia.

    Questão de pura pontuação + interpretação , confesso até que eu sentir a emoção do repórter !

    Estuda Guerreiro ♥️

    Estudando que se passa !

    Obrigada Jesus

  • Neste caso foi usada para demonstrara interrupção na fala da reporter que estava emocionada com a situação.

    A) não é dificuldade de por em palavras o drama das crianças, mas a dificuldade de expor suas próprias palavras dada a emoção que ela sente

    B) Certa.

    C) Não seria raiva necessariamente o sentimento.

    D) Não é caso de incompreensão do texto, mas da emoção que ela sente

    E) Ela pode estar até revoltada, mas não se nega a notificar um fato. Ela o faz, apesar da dificuldade envolvendo o assunto.

  • Afinal, quem se emocionou, a ancora ou a repórter???

  • A militante travestida de âncora da MSNBC se emocionou...

  • Dica: Quem achar uma questão fácil por favor não responda. ok. vc pode atrapalhar quem não acha fácil

  • Questão subjetiva. A letra ''a" está correta: ela tem dificuldade de por em palavras o drama, por isso que não concluiu a reportagem. A letra "c" também é correta: ela não conseguiu conter a raiva e, como consequência, interrompeu a reportagem.

  • "Foi o que conseguiu dizer Rachel Maddow". Não dá pra adivinhar se ela está falando "improvisado" ou lendo o TP...

  • Não há o que se dizer em relação a FGV. Essa banca leva muito em consideração à leitura e entendimento de mundo.

    Como a colega Lara Diniz mencionou: "Fica um pouco dificil de eliminar as alternativas após vizualizar o video." Mas observe bem o que a banca diz:

    “Isso é inacreditável. Autoridades do governo Trump estão enviando bebês e crianças pequenas... desculpem... há pelo menos três...”. Foi o que conseguiu dizer Rachel Maddow, âncora da MSNBC, antes de se render às lágrimas ao tentar noticiar esse drama infantil latino-americano, num vídeo que já viralizou”.

    Gabarito: Letra B - A emoção da repórter na leitura da notícia.

    VIDEO: https://youtu.be/DKuIjT-k-C8

    PMCE 2021 SOMOS IMPARAVEIS!!!!!!!!!!!

  • Foi o que conseguiu dizer Rachel Maddow, âncora da MSNBC, antes de se render às lágrimas ao tentar noticiar esse drama infantil latino-americano, num vídeo que já viralizou”.

  • Gabarito: B

    , ''antes de se render às lágrimas ao tentar noticiar esse drama infantil latino-americano, num vídeo que já viralizou”.

    da para concluir a partir desse trecho

  • errei por falta de atenção .

  • lagrimas = emoção kkkkj mds olha minhas justificativas

  • Fui ver o vídeo e era em ingles.....kkkkkkkkkkkk

  • GABARITO - B

    Alguns usos de reticências.

    I) interrupção do pensamento.

    O Chefe está ciente ....

    II) prolongamento da fala

    Você já vai......

    III) Para indicar hesitação, suspense ou breve interrupção de pensamento.

    Eu não a beijava porque... porque... eu tinha vergonha!

    Bons estudos!

  • A questão é fácil. Não é uma repórter que está em campo fazendo um link ao vivo ou uma reportagem. Mas é uma repórter âncora. Então, obviamente, está lendo uma notícia.

  • Mesmo que o enunciado dê um trecho, SEMPRE voltem ao texto. No caso desta questão o restante do parágrafo ajudaria a responder.

    Gab: B - a emoção da repórter na leitura da notícia.

  • FGV e suas questões de esquerdopatas.


ID
2821615
Banca
MPE-GO
Órgão
MPE-GO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia as proposições seguintes e responda à questão sobre pontuação:


I. Sinal de pontuação que deve ser empregado para separar os núcleos de um termo, para isolar o aposto, para isolar o vocativo, para isolar adjuntos adverbiais deslocados, para indicar a elipse do verbo e para isolar determinadas expressões explicativas.

II. Sinal de pontuação empregado entre orações coordenadas que já apresentam vírgulas, entre orações coordenadas longas e entre itens de leis, decretos, regulamentos etc.

III. Sinal de pontuação empregado para iniciar uma enumeração, introduzir a fala de uma pessoa e esclarecer ou concluir algo já explicitado.

IV. Sinal de pontuação empregado para indicar indecisão, surpresa ou dúvida na fala de uma pessoa, indicar, em um diálogo, a interrupção de uma fala, sugerir ao leitor que complete um raciocínio e indicar a exclusão de trechos de um texto.

V. Sinal de pontuação empregado para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

Alternativas
Comentários
  • A) vírgula - ponto e vírgula - dois-pontos - reticências - travessão;

  • Vírgula- Sinal de pontuação que deve ser empregado para separar os núcleos de um termo, para isolar o aposto, para isolar o vocativo, para isolar adjuntos adverbiais deslocados, para indicar a elipse do verbo e para isolar determinadas expressões explicativas.

    Ponto e vírgula- Sinal de pontuação empregado entre orações coordenadas que já apresentam vírgulas, entre orações coordenadas longas e entre itens de leis, decretos, regulamentos etc.

    Dois pontos- Sinal de pontuação empregado para iniciar uma enumeração, introduzir a fala de uma pessoa e esclarecer ou concluir algo já explicitado.

    Reticências- Sinal de pontuação empregado para indicar indecisão, surpresa ou dúvida na fala de uma pessoa, indicar, em um diálogo, a interrupção de uma fala, sugerir ao leitor que complete um raciocínio e indicar a exclusão de trechos de um texto.

    Travessão- Sinal de pontuação empregado para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.


ID
2836960
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3

A Rua dos Cataventos

VII

(Para Dyonélio Machado)


Recordo ainda… e nada mais me importa…

Aqueles dias de uma luz tão mansa

Que me deixavam, sempre, de lembrança,


Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança

Soprando cinzas pela noite morta!

E eu pendurei na galharia torta


Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui… Mas, ai,

Embora idade e senso eu aparente,


Não vos iluda o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!

Sou um pobre menino… acreditai...

Que envelheceu, um dia, de repente!


Quintana, Mario, Quintana de Bolso/ Mario Quintana – Porto Alegre: L&PM, 2009, p.13.

Analise as proposições em relação ao Texto 3, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.


( ) Infere-se da leitura do poema que o sinal de pontuação - reticências - indica os momentos de divagação do poeta quando sente saudades da infância.

( ) No verso 5 a palavra “Desesperança” está grafada com letra maiúscula para enfatizar a transição da infância para a adolescência do poeta.

( ) Da leitura do poema, depreende-se, principalmente dos versos “Mas veio um vento de Desesperança” e “Soprando cinzas pela noite morta”, um sentimento de tristeza/morte, uma vez que representam, simbolicamente, o estado emocional em que se encontra o eu-poético.

( ) Da leitura do poema, depreende-se uma mensagem nostálgica, uma vez que o poeta relata saudades da infância dele.

( ) No verso “Que envelheceu, um dia, de repente” a expressão destacada, sintaticamente, é classificada como adjunto adverbial, logo pode ser deslocada para o final da oração sem que haja alteração de sintaxe ou de sentido no texto, respeitando-se a pontuação.


Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • (V) Infere-se da leitura do poema que o sinal de pontuação - reticências - indica os momentos de divagação (perambulação,ou seja, está vagando em torno do sentimento) do poeta quando sente saudades da infância.


    Pode-se inferir isso da leitura do texto,


    Divagação:

    substantivo feminino, ação de divagar, de andar sem rumo, percurso com voltas e sinuosidades.Exemplo "divagações do rio"


    Sinônimos: Passeio sem rumo: passeio, perambulação, peregrinação, vadiação, vadiagem, vagueação.





    (F) No verso 5 a palavra “Desesperança” está grafada com letra maiúscula para enfatizar a transição da infância para a adolescência do poeta.


    É sempre complexo interpretar poemas, mas na minha opinião o autor diz que fica velho ''Embora idade e senso eu aparente, Não vos iluda o velho que aqui vai ''


    Não se pode inferir que ele está em sua adolescência, ele já pode estar em sua vida adulta ou terceira idade, vislumbrando a saudade da infância e dos presentes à sua porta.

  • GABARITO LETRA E (V) Da leitura do poema, depreende-se, principalmente dos versos “Mas veio um vento de Desesperança” e “Soprando cinzas pela noite morta”, um sentimento de tristeza/morte, uma vez que representam, simbolicamente, o estado emocional em que se encontra o eu-poético.


    Claro ! triste por ter envelhecido e não viver mais a época da infância. Creio que esses versos representam a inevitável idade a qual o autor chegou.





    (V) Da leitura do poema, depreende-se uma mensagem nostálgica, uma vez que o poeta relata saudades da infância dele.

    Nostalgia significa o estado de profunda tristeza causado pela falta de algo. É a sensação de saudade originada pela lembrança de um momento vivido no passado ou de pessoas que estão distantes.


ID
2869726
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um relatório do Fórum Econômico Mundial de 2016 afirma que, em 2050, teremos mais plástico nos oceanos do que peixes. Segundo o documento, a cada ano despejamos 8 milhões de toneladas de plástico. É uma caçamba de caminhão de lixo sendo jogada nas águas por minuto. Se nada for feito, a expectativa é de que pule para duas por minuto em 2030 e para quatro em 2050. Hoje, diz o relatório, temos mais de 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.

(Estevão Bertoni. Galileu. https://revistagalileu.globo.com. 29.08.2018. Adaptado)

No que se refere à pontuação, o trecho “Hoje, diz o relatório, temos mais de 150 milhões...” está corretamente reescrito em:

Alternativas
Comentários
  • Frase A

    Não se coloca vírgula entre verbo e complemento. O relatório diz que temos hoje, mais de 150 milhões...

    Complemento do Verbo Temos


    Frase B

    Não Separa o Verbo do Complemento ... O relatório diz que hoje, temos, mais de 150 milhões...


    Frase C

    Não Se põe vírgula logo após " QUE"funcionando como conjunção subordinativa


    Frase D - Gabarito


    Frase E

    Não Separa Verbo do Complemento. Mesmo caso da Frase B

  • * GABARITO: "d";

    ---

    * COMENTÁRIO: a ESTRUTURA DIRETA das frases é a seguinte: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO ADVERBIAL.

    Como o adjunto adverbial de tempo ("hoje") está no meio da estrutura da frase, deve vir entre vírgulas para expor que foi deslocado.

    ---

    Bons estudos.

  • A frase “Hoje, diz o relatório, temos mais de 150 milhões .

    uma explicação simples pra você entender seria , um adjunto separado da frase por vírgula , então quando formos reescrever tem que estar separado por vírgula.

    abraços do Brook yoyoyoyoyoyo!

  • S.V.C não se separa!

    Regra S.V.C.

    Sujeito

    Verbo

    Complemento

  • PMESP 2021!!!


ID
2877844
Banca
INAZ do Pará
Órgão
CREFITO-16ª Região (MA)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   O segredo da vida

                                       (Marcelo Tas)


      Desde jovem, ganho a vida fazendo perguntas. Primeiro como repórter, depois entrevistador e cutucador de dúvidas em várias mídias. Acredito piamente que o ponto mais importante na vida do ser humano é o ponto de interrogação.

      Entre as dúvidas da vida, a maior de todas é, sem dúvida, a razão da nossa própria existência. Qual o segredo da vida? Ao longo do curto espaço de tempo que passamos no mundo, perseguimos essa questão e ela implacavelmente nos persegue de volta. A chegada dos filhos coloca uma lente de aumento no assunto.

      Recentemente, em um evento empresarial, tive o privilégio de entrevistar o filósofo Mário Sergio Cortella e não perdi a oportunidade de passar a batata quente para ele.

      – Filósofo, qual o segredo da vida?

      Sem pestanejar, com a generosidade e a barba característica dos filósofos, Cortella respondeu com uma pausa dramática e seu vozerão grave em dolby stereo.

      – O segredo da vida é que... vaca não dá leite!

      As palavras do filósofo iluminaram a minha infância. Quando criança, fui ajudante mirim do meu avô João na fazenda, onde se tirava leite das vacas. Que trabalheira louca é tirar leite de uma vaca, lembrei. Acorda-se de madrugada, entra-se num curral forrado de puro excremento de vaca, confere-se as vacas, chama-se o bezerro correspondente a cada vaca pelo nome, o bicho vem doido para mamar, impede-se que ele mame tudo de uma vez, amarra-se o bezerro com uma cordinha nas pernas traseiras da mãe, amarra-se o rabo da vaca também na cordinha (senão ele vira um espanador de bosta fresca na cara da gente...). Até que, finalmente, agachado, numa posição desajeitada, o cidadão encarregado do trabalho inicia a tarefa de apertar com destreza uma a uma as quatro tetas da vaca, para que o jato de leite seja direcionado para dentro de um balde equilibrado entre suas pernas. Segue-se a repetição exaustiva do gesto até que o balde encha, para depois ser derramado dentro de um grande latão metálico de 50 litros. O final do processo é colocar os latões – uns três ou quatro, no caso da fazenda do meu avô – na caminhonete para ser entregue no laticínio da cidade. Um trabalhão.

      Graças a esse ritual que acompanhei tantas vezes, adquiri ainda criança a clara noção do esforço gasto por tanta gente para que eu possa despejar o precioso líquido branco na xícara do café da manhã.

      A plateia do evento corporativo, cerca de 2 mil gerentes de um grande banco, estava tão surpresa quanto eu com a resposta do filósofo. Cortella explicou que aquela foi a forma que encontrou de alertar os filhos dele para as virtudes do esforço para conquistar as coisas na vida. Prometeu aos filhos que, quando cada um completasse 13 anos de idade, o papai filósofo iria revelar o segredo da vida. Dito e feito.

      No dia de completar 13 anos, o filho mais velho acordou Cortella bem cedo.

      – Papai, hoje é o dia do meu aniversário.

      – Parabéns, filho!

      – Hoje faço 13 anos. É dia de você me revelar o segredo da vida.

      – O filósofo encarou carinhosamente o menino e concluiu o ensinamento.

      – O segredo da vida é que... vaca não dá leite, você tem que tirar.

Disponível em: https://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Marcelo-Tas/noticia/2015/08/o-segredo-da-vida.html. Acesso em: 15/04/2018.

No trecho “ – O segredo da vida é que... vaca não dá leite, você tem que tirar”, as reticências foram empregadas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - LETRA "D".

    OBS: LETRA "A". GERALMENTE, UTILIZA-SE ASPAS OU VÍRGULA, DEPENDENDO DO CASO.

  • Gabarito: D.

    Para dar um suspense antes de terminar a frase.

  • Reticências pode servir para:  "dar um certo suspense"

    Autor da Pérola:  Inaz do Pará

  • Só acertei porque já comprei minha bola de cristal


ID
2887078
Banca
INAZ do Pará
Órgão
CORE-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Solidão Coletiva – uma crônica sobre o vazio de uma cidade grande


      Se pararmos para pensar, a solidão nos persegue. Sempre estamos tão juntos e, ao mesmo tempo, tão sozinhos.

      O simples fato de estarmos rodeados por dezenas, centenas ou milhares de pessoas, não nos garante que pertençamos ao grupo.

      A cidade é um dos maiores exemplos. Trem, metrô, ônibus em horário de pico. Homens ou mulheres. Jovens ou velhos. Gordos ou magros. Trabalho ou estudo. Cada um do seu jeito, indo cuidar da sua própria vida. Não há conversa ou um sorriso amigável. Rostos sérios e cansados sem ao menos se preocupar em lhe desejar um bom dia. Parece que ninguém está tendo um bom dia.

      Na rua, todos têm pressa. Mochila à frente do corpo, senão você é roubado. Olhar no chão para manter o ritmo do passo, ou logo à frente, como quem quer chegar logo sem ser importunado.

      Um braço estendido me tira do devaneio. É alguém sentado no chão, com um cobertor fino, pedindo algumas moedas. Como boa integrante de uma multidão fria e apressada, ignoro e continuo meu caminho. Essa é uma visão tão rotineira que se torna banal e, assim como eu, ninguém ali observou aquele cidadão com olhos sinceros. Não me julgue, eu sei que você faz o mesmo. O calor humano não parece suficiente para aquecer corações.

      É um mar de gente. Mas não me sinto como mais uma onda, que compõe a beleza do oceano. Sinto-me em um pequeno barco à vela, perdida em alto mar. Parada no meio da multidão, sinto sua tensão constante, como se a qualquer momento fosse chegar um tsunami. Sinto-me naufragando.

      Você já pegou a estrada à noite? É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo. Carros a perder de vista em qualquer horário, com luzes que compõem uma beleza única. Porém, esquecemos que em cada carro não existe somente uma pessoa ou outra, mas sim histórias.

      Para onde cada um está indo é um mistério. Neste momento, percebo que, assim como eu enxergava alguns minutos atrás, ninguém ali me vê como ser humano. Veem-me como mais um carro, mais uma máquina que atrapalha o trânsito de um local tão movimentado. Só eu sei meu próprio caminho e para onde vou. Estou sozinha entre centenas de pessoas.

      Mesmo assim, muitas dizem preferir a cidade ao campo. Morar no interior não é uma opção para a maior parte das multidões – elas dizem que lá não há nada de interessante acontecendo e o silêncio da natureza as faz sentir muito distantes do mundo.

Por Beatriz Gimenez Disponível em: https://falauniversidades.com.br/cronica-solidao-cidade-grande/

Os travessões utilizados pela autora no título e no último parágrafo do texto poderiam ser substituídos, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Basta sabe a regra geral do uso das pontuações que daria para responder.

    Travessões apenas podem ser substituídos por vírgula, parênteses ou dois pontos.

  • GABARITO> E

    Solidão Coletivauma crônica sobre o vazio de uma cidade grande

    Morar no interior não é uma opção para a maior parte das multidões ( elas dizem que lá não há nada de interessante acontecendo..)

  • GABARITO> E

    Solidão Coletiva : uma crônica sobre o vazio de uma cidade grande

    Morar no interior não é uma opção para a maior parte das multidões ( elas dizem que lá não há nada de interessante acontecendo..)

  • É um sentido explicativo, reparem que a autora explica os termos antes das pontuações, perfeitamente poderíamos colocar vírgulas, dois, pontos ou entre parenteses.

  • É um sentido explicativo, reparem que a autora explica os termos antes das pontuações, perfeitamente poderíamos colocar vírgulas, dois, pontos ou entre parenteses.

  • É um sentido explicativo, reparem que a autora explica os termos antes das pontuações, perfeitamente poderíamos colocar vírgulas, dois pontos, travessão, ou entre travessões e parenteses.

  • Gabarito E

    DOIS PONTOS :

    ·       Antes de citação. Indignada, a jovem ruiva respondeu-lhe: "Não aceitaria nisso.

    ·       Antes de enumeração. Ex.: Ela teve três filhos: Godofredo, Godogildo e o Godomundo.

    ·       Antes de aposto. Ex.: Só fiz um pedido: que me amasse para sempre.

    ·       Antes de explicação. Ex.: Deveria estar frio: todos estavam de casaco.

    ·       Explicitação. Ex.: Os rapazes pareciam uniformizados: quase todos sem camisa, descalços e de bermudas.

    PARÊNTESES  ()

    ·       São sinais de pontuação que marcam um momento intercalado no texto, onde há acréscimo de informação acessória.

    ·       Desdobrar expressão anterior;

    ·       usado para explicar melhor algo que já dito, ou para fazer uma simples indicação.


ID
2887969
Banca
UFGD
Órgão
UFGD
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    O JARGÃO

                                                                                   Luís Fernando Veríssimo


      Nenhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada, mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe o jargão. Mas inventa.

      - Ó Matias, você que entende de mercado de capitais...

      - Nem tanto, nem tanto...

      (Uma das características do Falso Entendido é a falsa modéstia.)

      - Você, no momento, aconselharia que tipo de aplicação?

      - Bom. Depende do yield pretendido, do throwback e do ciclo refratário. Na faixa de papéis top market – ou o que nós chamamos de topimarque –, o throwback recai sobre o repasse e não sobre o release, entende?

      - Francamente, não.

      Aí o Falso Entendido sorri com tristeza e abre os braços como quem diz “É difícil conversar com leigos...”.

      Uma variação do Falso Entendido é o sujeito que sempre parece saber mais do que ele pode dizer. A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um discreto silêncio. Até que alguém pede a sua opinião, e ele pensa muito antes de se decidir a responder:

      - Há muito mais coisa por trás disso do que você pensa...

      Ou então, e esta é mortal:

      - Não é tão simples assim...

      Faz-se aquele silêncio que precede as grandes revelações, mas o falso informado não diz nada. Fica subentendido que ele está protegendo as suas fontes em Brasília. E há o falso que interpreta. Para ele, tudo o que acontece deve ser posto na perspectiva de vastas transformações históricas que só ele está sacando.

      - O avanço do socialismo na Europa ocorre em proporção direta ao declínio no uso de gordura animal nos países do Mercado Comum. Só não vê quem não quer.

      E se alguém quer mais detalhe sobre a sua insólita teoria, ele vê a pergunta como manifestação de uma hostilidade bastante significativa a interpretações não ortodoxas, e passa a interpretar os motivos de quem o questiona, invocando a Igreja medieval, os grandes hereges da história, e vocês sabiam que toda a Reforma se explica a partir da prisão de ventre de Lutero?

      Mas o jargão é uma tentação. Eu, por exemplo, sou fascinado pela linguagem náutica, embora minha experiência no mar se resume a algumas passagens em transatlânticos onde a única linguagem técnica que você precisa saber é “Que horas servem o bufê?”. Nunca pisei num veleiro, e se pisasse seria para dar vexame na primeira onda. Eu enjôo em escada rolante. Mas, na minha imaginação, sou um marinheiro de todos os calados. Senhor de ventos e velas e, principalmente, dos especialíssimos nomes da equipagem.

      Me imagino no leme do meu grande veleiro, dando ordens à tripulação:

      - Recolher a traquineta! 

      - Largar a vela bimbão, não podemos perder esse Vizeu.

      O vizeu é um vento que nasce na costa ocidental da África, faz a volta nas Malvinas e nos ataca a boribordo, cheirando a especiarias, carcaças de baleia e, estranhamente, a uma professora que eu tive no primário.

      - Quebra o lume da alcatra e baixar a falcatrua!

      - Cuidado com a sanfona de Abelardo!

      A sanfona é um perigoso fenômeno que ocorre na vela parruda em certas condições atmosféricas e que, se não contido a tempo, pode decapitar o piloto. Até hoje não encontraram a cabeça do Comodoro Abelardo.

      - Cruzar a spínola! Domar a espátula! Montar a sirigaita! Tudo a macambúzio e dos quartos de trela senão afundamos, e o capitão é o primeiro a pular.

      - Cortar o cabo de Eustáquio! 

VERÍSSIMO, Luís Fernando. As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, pp. 69-71 (Adaptado).

Com base nas regras vigentes de ortografia e nos sinais de pontuação da língua portuguesa, marque a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • As aspas são usadas para destacar…

    Citações:

    Como disse Júlio César “Veni, vidi, vici”.

    Transcrições:

    “Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso querer ser nada. / À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo” (Álvaro de Campos).

    Nomes de obras literárias ou artísticas:

    Você já leu “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera?

    Estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares:

    A empresa responsável pelo “coffee break” ainda não chegou.

    Palavras e expressões com ironia ou ênfase:

    “Lindo” serviço, meu amigo, “lindo” serviço!

  • ESTA QUESTÃO ESTÁ NO ASSUNTO ERRADO.

  • Gabarito D

    USO DE RETICÊNCIAS(...)

    ·       Sugerir continuidade: Comprou livros, revistas, folhetos...

    ·       Indicar hesitação do falante (narrativa literária): Ela quis... que..., de repente, eu fosse seu marido.

    ·       Indicar supressão de ideia contextual previsível: Foi levado ao hospital com vida, mas..

    DOIS PONTOS:

    ·       Antes de citação. Indignada, a jovem ruiva respondeu-lhe: "Não aceitaria nisso.

    ·       Antes de enumeração. Ex.: Ela teve três filhos: Godofredo, Godogildo e o Godomundo.

    ·       Antes de aposto. Ex.: Só fiz um pedido: que me amasse para sempre.

    ·       Antes de explicação. Ex.: Deveria estar frio: todos estavam de casaco.

    ·       Explicitação. Ex.: Os rapazes pareciam uniformizados: quase todos sem camisa, descalços e de bermudas.

    PARÊNTESES [ ( ) ]

    ·       São sinais de pontuação que marcam um momento intercalado no texto, onde há acréscimo de informação acessória.

    ·       Desdobrar expressão anterior;

    ·       usado para explicar melhor algo que já dito, ou para fazer uma simples indicação.

    experiência - paroxitona/ as demais proparoxitona

    Os hiatos "oo" e "ee" não serão mais acentuados.


ID
2949379
Banca
FGR
Órgão
Prefeitura de Cabeceira Grande - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere os espaços em branco e os sinais de pontuação. Em seguida, associe-os ao seu respectivo emprego e marque a alternativa da sequência CORRETA dessa associação:


SINAL DE PONTUAÇÃO

(1) Travessão

(2) Parênteses

(3) Reticências

(4) Aspas


EMPREGO

( ) __Santa__ madrasta! Assim pensava o enteado.

Dar destaque a uma palavra.

( ) –Corra, garota! __Aí vem o cachorrão__

Quebrar a sequência na fala do personagem.

( ) Gênio, veloz, imbatível __Pelé, o melhor!

Isolar uma frase.

( ) A sopa __mal servida__ ficou toda no prato.

Intercalar um comentário.

Alternativas
Comentários
  • C

    (4); (3); (1); (2).

  • Ao identificar a primeira sentença que justifica-se para "dar destaque", já se nota de cara a letra C por ser a única que inicia pelo 4.

  • a segunda fiquei na dúvida com relação às reticências antes ?? mas por eliminação ok

  • FICA ASSIM:

    "SANTA" Madrasta!

    Aí vem o cachorrão...

     Pelé, o melhor!  

    A sopa (mal servidaficou toda no prato.

    LETRA C

  • Gabarito C

    PONTUAÇÃO

    ASPAS( " )

    ·       Antes e depois de citações ou transcrições textuais;

    o  Discurso direto: Enunciador reproduz literalmente as falas citadas.

    ·       Para representar nomes de livros ou legendas;

    ·       Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia;

    ·       Ressaltar o tom pejorativo;

    ·       Para realçar uma palavra ou expressão.

    USO DE RETICÊNCIAS(...)

    ·       Sugerir continuidade: Comprou livros, revistas, folhetos...

    ·       Indicar hesitação do falante (narrativa literária): Ela quis... que..., de repente, eu fosse seu marido.

    ·       Indicar supressão de ideia contextual previsível: Foi levado ao hospital com vida, mas..

    PARÊNTESES [ ( ) ]

    ·       São sinais de pontuação que marcam um momento intercalado no texto, onde há acréscimo de informação acessória.

    ·       Desdobrar expressão anterior;

    ·       usado para explicar melhor algo que já dito, ou para fazer uma simples indicação.

    VÍRGULA( , )

    POIS precedido de vírgula e ANTES do verbo   =  EXPLICATIVO

    POIS entre vírgulas e DEPOIS do verbo    =  CONCLUSIVO

    USA-SE VÍRGULA

    ·       Nas enumerações. Ex.: Era uma pessoa bonita, inteligente e simpática.

    ·       Para separar orações ligadas por conjunções coordenativas. Ex.: A prova foi fácil, mas ninguém gabaritou.

    ·       Antes da conjunção E somente quando os sujeitos das duas orações forem diferentes. Ex.: Chegamos cedo, e todos ficaram surpresos.

    ·       Para separar orações subordinadas adverbiais e adjuntos adverbiais deslocadas. Ex.: Aberta a sessão, o secretário abriu a ata. Obs.: Após advérbio até 3 palavra é facultativo.

    ·       Para isolar aposto. Ex.: Janjão, o zagueiro, está muito fora de forma.

    ·       Para separar ou isolar vocativo. Ex.: Janjão, vá falar com sua avó.

    ·       Para separar quaisquer outros elementos intercalados. Ex.: Veja-se, por exemplo, o que dizem os jornais de hoje.

    ·       Para separar orações adjetivas explicativas. Ex.: O Fusca, que foi considerado carro do ano, possui várias soluções mecânicas econômicas.

    ·       Para indicar a supressão de um verbo. Ex.: Eu cuido das crianças; tu, das malas.

    ·       Para separar, nas datas, o nome do lugar. Ex.: Porto Alegre, 31 de outubro de 2009.

    NÃO USA-SE VÍRGULAS

    ·       Entre verbo e sujeito. Ex.: O diretor da Faculdade de Educação foi a Brasília.

    ·       Entre o verbo e seus complementos. Ex.: Aos amigos dedicados oferecemos esta prova de afeto e gratidão

    ·       Antes de oração subordinada substantiva. Ex.: Lembrei-me de que teria de ir a uma reunião do clube.

    ·       Antes de complemento nominal. Ex.: Ensinei-lhes o respeito aos valores culturais.

    ·       Antes de termos de significação restritiva. Ex.: O juiz de futebol Armando Marques goza de grande conceito.


ID
2968693
Banca
IF-GO
Órgão
IF Goiano
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Obrigado eu

Nesses tempos modernos, eu me pergunto: o que pode essa língua? 


            Tinha eu quatorze anos de idade, quando o meu pai começou a implicar com o meu jeito de falar. Ele não entendia o tal do “falou, bicho”, já que bicho não fala. Quando eu dizia “é isso aí, amizade”, ele me perguntava se eu era mesmo amigo daquela pessoa. 

            Com a jovem guarda, uma enxurrada de palavras novas começaram a se espalhar pelos quatro cantos do país e cada novidade que eu trazia pra casa era motivo de quase briga. Ele não entendia o que era “papo furado” tampouco “é uma brasa, mora”. Toda vez que eu falava brasa, ele resmungava: Onde é que está quente? Na verdade, eu achava tudo isso um saco.

            Essas novidades na língua portuguesa não começaram com Roberto Carlos. São mais velhas que o rei, acredite. O meu pai falava “supimpa”, por exemplo, e eu nem ligava. 

         Bom, aí o tempo foi passando, o mundo girando e novas palavras aparecendo. Apareceram as palavras deletar, postar, escanear, digitalizar, essas coisas todas. Teve a onda do inglês que transformou o estagiário em trainee, o entrega em domicílio em delivery, a liquidação em sale e o retorno em feedback. Inventaram o pet shop, internet banking e o smartphone.

            Minhas filhas, quando adolescentes, tive de engolir o “mó legal” e o “sussa”. Sem contar o “então”, depois de qualquer pergunta: 

            – Que horas são?

            – Então...

            – Você vai pra praia no final de semana?

            – Então...

            Mas passou como tudo tende a passar, como tudo tem de passar. 

            Na escrita, já me acostumei com o blz no lugar de beleza, com o vc no lugar de você, abs no lugar de abraços e com o tks no lugar do thank you. Já me acostumei com as risadas que viraram rs rs rs, hahaha ou hehehe.

            O que está me deixando implicado agora, do mesmo jeito que o meu pai implicava com o bicho e a brasa, é o que vem depois do obrigado. Eu sempre falei de nada, mas agora é diferente.

            – Obrigado.

            – Imagine...

            Mas isso não é nada. O pior de tudo é quando você diz obrigado e a pessoa responde:

            – Obrigado eu.  


VILLAS, Alberto. Obrigado eu. Disponível em: <http://www.cartacapital.-com.br/cultura/obrigado-eu-6844.html>. Acesso em: 7 abr. 2015. (Adaptado). 

No texto, nas respostas dadas pelas filhas adolescentes, o termo “então” é seguido por reticências. Essas reticências indicam

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    – Você vai pra praia no final de semana?

    – Então...

    -------> por ter dúvidas, a filha hesita em responder, o quê é marcado pelas reticências.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gabarito D

    USO DE RETICÊNCIAS(...)

    ·       Sugerir continuidade: Comprou livros, revistas, folhetos...

    ·       Indicar hesitação do falante (narrativa literária): Ela quis... que..., de repente, eu fosse seu marido.

    ·       Indicar supressão de ideia contextual previsível: Foi levado ao hospital com vida, mas..

  • Então...... = Não sei......


ID
2975311
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
SAAE de Itabira - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho a seguir.


[...] Uma coisa é pôr ideias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e sangue, de mil-e-tantas misérias... Tanta gente – dá susto de saber – e nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo, se casando, querendo colocação de emprego, comida, saúde, riqueza, ser importante, querendo chuva e negócios bons... De sorte que carece de se escolher: ou a gente se tece de viver no safado comum, ou cuida de só religião só. Eu podia ser: padre sacerdote, se não chefe de jagunços; para outras coisas não fui parido.

Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas. Disponível em:<http://relendorosa.blogspot. com/2010/12/grande-sertao-veredas.html> . Acesso em: 13 fev. 2019. [Fragmento].


A respeito dos artifícios linguísticos empregados por Guimarães Rosa no trecho anterior, analise as afirmativas a seguir.

I. O uso das reticências intenciona mostrar a hesitação e as pausas características da linguagem oral.

II. Pela escolha de vocabulário e pela progressão do texto, pode-se afirmar que Rosa pretende representar um registro informal do português brasileiro.

III. Os dois-pontos em “eu só podia ser:” anunciam uma enumeração explicativa.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    I. O uso das reticências intenciona mostrar a hesitação e as pausas características da linguagem oral. ----> correto, é uma característica da linguagem oral, a hesitação.

    II. Pela escolha de vocabulário e pela progressão do texto, pode-se afirmar que Rosa pretende representar um registro informal do português brasileiro. -----> correto, Guimarães Rosa apoia-se em uma linguagem coloquial, marcando o registro do dia a dia.

    III. Os dois-pontos em “eu só podia ser:” anunciam uma enumeração explicativa -----> correto, enumera uma explicação daquilo que ele poderia ser.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Pra mim, reticências sempre representou uma continuidade de pensamento a deixar para o leitor. Nada a ver com hesitação. Questãozinha merda essa aí, hein.

  • Uso de Reticências:

    Sugerir continuidade: Comprou livros, revistas, folhetos...

    Indicar hesitação do falante (narrativa literária): Ela quis... que..., de repente, eu fosse seu marido.

    Indicar supressão de ideia contextual previsível: Foi levado ao hospital com vida, mas...

    Professora Flávia Rita

  • A questão 3 não estaria errada?

    - No enunciado está: 'Eu só podia ser':...; enquanto que no texto está: 'Eu podia ser':...;

    Este erro não invalidaria a questão?

  • E as reticências no início do texto?
  • Pra mim não tem nada de registro informal aí.

  • -> Reticências [...] quer dizer que há um trecho anterior a esse que não vemos.

    -> A linguagem informal pode ser vista, por exemplo, no trecho: "... nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo, se casando, querendo colocação de emprego...". Ou seja, colocação pronominal como normalmente as pessoas conservam no dia a dia. O mais adequado seria isto: sossega-se; casando-se.

  • Igor, o que me fez ter certeza de que é um registro informal foi a palavra "parido"


ID
2975401
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
SAAE de Itabira - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             O jeitin mineiro de falar


Já disse o cronista Felipe Peixoto Braga Netto, “Sotaque mineiro: é ilegal, imoral ou engorda?”. É... Nós mineiros temos um jeitinho de falar que é só nosso, assim como os gaúchos, os cariocas, os baianos e os paulistas. Mas somente os mineiros, tem esse “jeitim bunitim” de falar que deixa todo mundo de boca aberta! Qué vê só?

Aqui em Minas sempre se termina uma frase com “sô” e é impressionante como se consegue colocar o “uai” em quase tudo. O emprego do “uai” é uma ciência. Não é todo mundo que sabe a hora de encaixar o “uai” numa frase. Num é assim não, uai! Cêbêsta sô! O mesmo acontece com o trem. Esta palavra significa tudo. [...]

Disponível em: <http://www.soubh.com.br/materias/turismo/o-jeitin-mineiro-de-falar/>. Acesso em: 23 jan. 2019. 

A respeito dos elementos empregados na elaboração do texto lido, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • É possível um pronome feminino se referir a um termo masculino?

    Alguém por favor explica por que o pronome "ESTA" retoma o termo "TREM" e não o termo "PALAVRA".

  • DISCORDO DO GABARITO

    A) CORRETA

    B) CORRETA

    C) ERRADA - O equívoco desta alternativa é dizer que exige uma relação obrigatória de grau entre substantivo e adjetivo.

    Exemplo: É possível dizer "jeitinho bonito" ou "jeito bonitinho" sem alterar a coesão e a semântica.

    D) CORRETA, SEGUNDO A BANCA. PORÉM O GABARITO É QUESTIONÁVEL

    O pronome demonstrativo é utilizado em um texto para fazer referência a um termo anterior ou posterior.

    O pronome 'este" é utilizado de forma catafórica (faz referência a um termo posterior).

    Notem:

    “O mesmo acontece com o trem. Esta palavra significa tudo.”

    A banca considerou que o pronome "esta" está fazendo referência à "palavra". A meu ver, o pronome está ligado à "trem"....Esta palavra, qual palavra? Trem. Portanto, deveria ser utilizado o "essa".

  • GABARITO: LETRA C

    A) No trecho “É... Nós mineiros temos um jeitinho de falar que é só nosso”, as reticências foram utilizadas como forma de emular uma pausa no encadeamento da fala, típica da oralidade. ----> correto, é uma marca das reticências (usadas como uma pausa na fala).

    B) No trecho “Mas somente os mineiros, tem esse ‘jeitim bunitim’ de falar que deixa todo mundo de boca aberta”, a vírgula separa o sujeito do predicado, em desacordo com a norma-padrão da língua portuguesa. ------> correto, sujeito "os mineiros" separado do verbo, além disso o verbo "tem" está incorreto, deveria ser "têm", pois o sujeito está no plural.

    C) Na construção “jeitim bunitim”, o autor emula o diminutivo “jeitinho bonitinho”, que, de acordo com a norma-padrão, exige concordância obrigatória de grau entre substantivo e adjetivo. -----> incorreto, podia ser: jeito bonitinho ou jeitinho bonito.

    D) No trecho “O mesmo acontece com o trem. Esta palavra significa tudo.”, é utilizado um pronome demonstrativo para retomar o termo “trem” sem repeti-lo. ------> segundo os mestres Evanildo Bechara, Celso Cunha, Maria Helena de Moura Neves o pronome demonstrativo "esta" pode retomar algo dito anteriormente (tendo valor anafórico), logo o uso está correto.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Esta se refere a palavra sim e palavra se refere a trem, nada a ver quem está discordando do gabarito, não existe "Este palavra"

  • Pronomes Demonstrativos

     Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

    No espaço:

    Compro este carro (aqui). 
    O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.

    Compro esse carro (aí). 
    O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.

    Compro aquele carro (lá). 
    O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

    Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.

    Exemplos:

    Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária).

    Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem).

    No tempo:

    Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.

    Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.

    Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.

    - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:

    Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).

    Invariáveis: isto,  isso, aquilo.

    - Também aparecem como pronomes demonstrativos:

    o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Por exemplo:

    Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)

    Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)

    mesmo (s), mesma (s):

    Por exemplo:

    Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.

    próprio (s), própria (s):

    Por exemplo:
    Os próprios alunos resolveram o problema.

    semelhante (s):

    Por exemplo: 
    Não compre semelhante livro.

    tal, tais:

    Por exemplo
    Tal era a solução para o problema.

    FONTE: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf48.php

  • enfim galera... diante de tanta discordância, QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO, tendo em vista que nem os próprios gramáticos decidiram sobre os pronomes "ESTE" e "ESSE" nas formas Anáforas e Catáforas.

  • Concordo com os colegas, mas o texto está em uma linguagem informal, na oralidade muitas pessoas usam o ESTA e ESSA de forma errada, e pelo contexto é possível compreender claramente que ESTA está retomando TREM.

  • Vão reto para o comentário do Arthur Carvalho, fod$rastico do português, "é noiiix broow"

  • Discordo de quem disse que "este" é elemento anafórico, não é. Na frase deveria ser utilizado "esse" para retomar o termo "trem". Mas isso não inválida a alternativa porque ela não menciona isso, ela apenas diz que o termo é um pronome demonstrativo retomando termo e é isso que ele faz, independentemente de o uso estar certo ou errado.

  • indiquem pra comentário.

  • A intenção era não repetir a palavra trem, só isso.

  • Está assim escrito na gramática para concursos do F. Pestana:

    "Este(a/s), isto referem-se normalmente a algo que será dito ou apresentado (valor catafórico). Pode também retomar um termo ou ideia antecedente (valor anafórico), segundo ensinam Bechara e Celso Cunha. "

    sempre vi aceitarem essas duas posições.

    A gramática para concursos, pág, 114.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Não existe concordância de grau, apenas concordância de gênero e número.

    Por isso, habitualmente, quando falamos "concordo com vc em gênero, número e grau", incorremos em erro: o correto é falar "concordo com vc em gênero e número".

  • João, Maria e Ricardo estão todos empregados. Aquele há 3 anos, esse há 2 anos e este há 1 ano... Podemos usar o "este" com função anafórica também.

    aquele = João

    esse = Maria

    este = Ricardo

  • A alternativa D está correta por apresentar uma exceção anafórica. "ESTA" exceção (por coincidência estou usando esse caso) serve para termos CONCATENADOS, ou seja como a palavra "trem" está próxima ao pronome demonstrativo deve-se usar sempre: ESTE (s) ESTA (s) ISTO.

    exemplo: Elas viram os meninos, ESTES não as cumprimentaram.

  • Alternativa D, porque:

    A concordância em grau (aumentativo ou diminutivo) é optativa. Não é uma forma de flexão, e sim de derivação. Isto significa que não é porque um substantivo está no diminutivo que o adjetivo precisa acompanhá-lo.

    Confira:

    Não houve necessidade de levar “pobre” para diminutivo para que a frase estivesse correta.

    E nada impede que o adjetivo apareça no diminutivo, mesmo o substantivo estando no grau normal.

  • Assertiva C

    Na construção “jeitim bunitim”, o autor emula o diminutivo “jeitinho bonitinho”, que, de acordo com a norma-padrão, exige concordância obrigatória de grau entre substantivo e adjetivo.


ID
3017419
Banca
COPESE - UFT
Órgão
Câmara de Palmas - TO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         A carteira …


      De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:

      — Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.

      — É verdade, concordou Honório envergonhado.

      Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.

      — Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.

      — Agora vou, mentiu o Honório.

      A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por desgraça perdera ultimamente um processo, em que fundara grandes esperanças. Não só recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo caso, andavam mofinas nos jornais.

      D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher, bons ou maus negócios. Não contava nada a ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um mar de prosperidades. Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política. [...]

      Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. Ao enfiar pela Rua da Assembleia é que viu a carteira no chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi andando.

      Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, – enfiou depois pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.

      Tudo isso antes de abrir a carteira. Tirou-a do bolso, finalmente, mas com medo, quase às escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. Tinha dinheiro, muito dinheiro; não contou, mas viu duas notas de duzentos mil-réis, algumas de cinquenta e  vinte; calculou uns setecentos mil réis ou mais; quando menos, seiscentos. Era a dívida paga; eram menos algumas despesas urgentes. Honório teve tentações de fechar os olhos, correr à cocheira, pagar, e, depois de paga a dívida, adeus; reconciliar-se-ia consigo. Fechou a carteira, e com medo de a perder, tornou a guardá-la.

      Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o dinheiro. Contar para quê? era dele? Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos... Mas por que não havia de crer neles? E voltava ao dinheiro, olhava, passava-o pelas mãos; depois, resolvia o contrário, não usar do achado, restituí-lo. Restituí-lo a quem? Tratou de ver se havia na carteira algum sinal.

      "Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-me do dinheiro," pensou ele.

      Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu, bilhetinhos dobrados, que não leu, e por fim um cartão de visita; leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a carteira?... Examinou-a por fora, e pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior; achou mais dous cartões, mais três, mais cinco. Não havia duvidar; era dele.

      A descoberta entristeceu-o. Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo. Todo o castelo levantado esboroou-se como se fosse de cartas. Bebeu a última gota de café, sem reparar que estava frio. Saiu, e só então reparou que era quase noite. Caminhou para casa. Parece que a necessidade ainda lhe deu uns dous empurrões, mas ele resistiu.

      "Paciência, disse ele consigo; verei amanhã o que posso fazer."

      Chegando a casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado e a própria D. Amélia o parecia também. Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma cousa.

      — Nada.

      — Nada?

      — Por quê?

      — Mete a mão no bolso; não te falta nada?

      — Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabes se alguém a achou? — Achei-a eu, disse Honório entregando-lha.

      Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo. Esse olhar foi para Honório como um golpe de estilete; depois de tanta luta com a necessidade, era um triste prêmio. Sorriu amargamente; e, como o outro lhe perguntasse onde a achara, deu-lhe as explicações precisas.

      — Mas conheceste-a?

      — Não; achei os teus bilhetes de visita.

      Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou novamente a carteira, abriu-a, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor.

Fonte: adaptado de: ASSIS, Machado. Disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000169.pdf>  Acesso em: 6 fev. 2018.

Leia o trecho a seguir.


“Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o dinheiro. Contar para quê? era dele? Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos... Mas por que não havia de crer neles? E voltava ao dinheiro, olhava, passava-o pelas mãos; depois, resolvia o contrário, não usar do achado, restituí-lo. Restituí-lo a quem? Tratou de ver se havia na carteira algum sinal”.


Leias as afirmativas.


I. No trecho, predominam marcas de discurso direto porque a personagem fala diretamente com o leitor.

II. Em: “Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis”, os dois pontos são empregados para introduzir uma oração com o objetivo de esclarecer ou explicar a ideia anterior.

III. Em: “Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos...”, o emprego das reticências sugere suspensão ou interrupção do pensamento.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    I. No trecho, predominam marcas de discurso direto porque a personagem fala diretamente com o leitor. → incorreto: Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. → temos marca de discurso indireto livre (transcrição da fala e marcas de uma terceira pessoa),

    II. Em: “Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis”, os dois pontos são empregados para introduzir uma oração com o objetivo de esclarecer ou explicar a ideia anterior. → correto: introduz uma explicação, dizendo o que foi contado.

    III. Em: “Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos...”, o emprego das reticências sugere suspensão ou interrupção do pensamento. → correto, o pensamento de Honório é interrompido.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻


ID
3021793
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

“[...] Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…”


Nesse trecho, as reticências indicam

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

    A criança agitou-se, choramingando.

    → a mulher ia continuar contando a história, porém ela foi INTERROMPIDA pela criança que se agitou e começou a chorar.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Essa é a típica questão que é necessário retornar ao texto para entender o contexto da frase. Nesse caso, a continuação do relato foi bem clara, assim como o comentário do Arthur R. Carvalho.

  • Quando a coisa é bem escrita, te prende, é impressionante! Mas na hora da prova não há tempo a perder

  • Que texto bom :D

  • Confundi...pensei que a questão se referia às reticências iniciais [...], e não às finais.

  • Ao menos deveriam indicar o número do parágrafo na alternativa.


ID
3024082
Banca
UFMT
Órgão
UFT
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               PINACOTECA E FILATELIA


Dia desses me contaram uma ótima piada, que eu não ouvia há muitos anos.

O japonês chegou todo feliz para registrar seu filho no Brasil, mas não sabia que nome ia escolher.

- Que tal Pedro?

O japonês não gostou.

- Que tal Paulo?

Também não.

Aí o escrivão pensou, pensou e falou:

- Eu sugiro...

- Sugiro é um bom nome! – gritou o japonês.

Mas o leitor não fique aí, rindo dos japoneses, porque nós, brasileiros, temos nomes mais malucos do que esse da piada. O Guia dos curiosos, por exemplo, garante que já existiram coisas do tipo Açafrão Fagundes, Errata de Campos, Restos Mortais de Catarina, Um Dois Três de Oliveira Quatro. Acredito que o Marcelo Duarte, organizador do Guia, tenha conferido um por um.

O pior é que sempre aparece um gaiato querendo ser mais realista do que o rei (ou mais cartorial do que o cartório) e inventa que conheceu gêmeas chamadas Pinacoteca e Filatelia, ou trigêmeas chamadas Naída, Navinda e Navolta Pereira. Como não é fácil verificar a autenticidade desse tipo de coisa, muitos desses “causos” acabam se espalhando por aí. Viram lendas urbanas.

          (CUNHA, Leo. Ninguém me entende nessa casa. São Paulo: FTD, 2011.)

Sobre o uso de sinais de pontuação no texto, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • alguém pode explicar o item D ?

  • GABARITO: LETRA A

    A) Em - Eu sugiro..., as reticências indicam suspensão de uma fala; nesse texto, da fala do escrivão pelo japonês. → correto, o escrivão ia sugerir um nome e foi suspenso pela fala do Japonês.

    B) O ponto de exclamação, em - Sugiro é um bom nome! – gritou o japonês., exprime indignação frente a uma situação. → exprime surpresa, satisfação em ter achado o nome, exaltação.

    C) No penúltimo período do texto, a vírgula foi empregada para separar orações intercaladas. → Como não é fácil verificar a autenticidade desse tipo de coisa, muitos desses “causos” acabam se espalhando por aí. → oração subordinada causal DESLOCADA da ordem direta e não intercalada.

    D) Em Acredito que o Marcelo Duarte, organizador do Guia, tenha conferido um por um., as vírgulas separam uma oração de caráter explicativo. → incorreto, não é uma oração (não há verbo), é somente um aposto explicativo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Uma dica é observar que o aposto, geralmente, não possui verbo.

  • Se não é um verbo, qual é a classe do termo "organizador"?????? 

    Faz parte de uma locução adjetiva?

  • Complementando comentário: a vírgula é facultativa no ITEM D, pois ela está na ordem direta da oração.

  • Pessoal, organizador não é verbo! Consequentemente não é oração. Organizador é diferente de organizar.


  • reticencias ... (usado para causar pausa na fala) ou surpresa...  


    b) ponto de exclamação usado para demonstrar surpresa


    c) ordem direta  SUJEITO VERBO COMPLEMENTO

    COMO NAO E FÁCIL VERIFICAR A AUTENCIDADE DESSE TIPO DE COISA..MUITOS DESSES CAUSOS ACABAM SE ESPALHANDO POR AÍ...


    MUITOTOS DESSES CAUSOS ACABAM SE ESPALHANDO POR AÍ PORQUE NÃO É FÁCIL VERIFICAR A AUTENTICIDADE DESSE TIPO DE COISA..
    ORDEM DIRETA SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO...

    D)ORGANIZADOR NAO É ORAÇÃO POIS NAO É VERBO!! TEMOS UM APOSTO EXPLICATIVO!!!! 

    ORGANIZAR = VERBO
    ORGANIZADOR = SUBSTANTIVO!]]

    DICA: APOSTO NAO TEM VERBO!!!    

    SE TIVER VERBO AI SIM É PRA INTERCALAR ORAÇÃO!!
     

  • NO ITEM D) = AS VÍRGULAS FORAM USADAS PARA ISOLAR APOSTO EXPLICATIVO.

  • GABARITO LETRA A

  • Em Acredito que o Marcelo Duarte, organizador do Guia, tenha conferido um por um., as vírgulas separam uma oração de caráter explicativo.

    ,organizador do Guia, - temos aqui um aposto explicativo, que não usa verbo. Não sendo assim uma oração.

    Aposto tem natureza substantiva.

  • Acredito que o erro da alternativa D seja o fato de estar separado por vírgulas para indicar restrição e não explicação.

    ''Acredito que o Marcelo Duarte, organizador do Guia, tenha conferido um por um.'' As vírgulas empregadas têm caráter restritivo.


ID
3134386
Banca
VUNESP
Órgão
SAAE de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

(In)Civilidade no trânsito

    A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.
    A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.
    Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.
    Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.
    Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado) 

Retirando-se os dois-pontos (:) da passagem – … é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano. –, a redação permanece com o sentido compatível com o do texto original em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ? ? é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano. ? os dois-pontos trazem um valor causal, exprimem a razão, o efeito.

    ? ? é uma expressão dos nossos piores vícios, visto que cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano ? conjunção subordinativa causal trazendo esse valor que procuramos, temos a nossa resposta.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3221284
Banca
AMEOSC
Órgão
Prefeitura de São José do Cedro - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sabendo que (V) é verdadeiro e (F) é falso, julgue as afirmativas a seguir e assinale a alternativa contendo a ordem correta das respostas, de cima para baixo:

(__) - Pausa indicativa de uma frase não concluída: vírgula, travessão, parêntese, ponto e vírgula, dois pontos;
(__) - Pausa indicativa do término de um discurso: ponto final, ponto de exclamação e ponto de interrogação;
(__) - Pausa indicativa de um estado emotivo ou intenção: ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências, ponto e vírgula e travessão.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    (V) - Pausa indicativa de uma frase não concluída: vírgula, travessão, parêntese, ponto e vírgula, dois pontos; 

    (V) - Pausa indicativa do término de um discurso: ponto final, ponto de exclamação e ponto de interrogação; 

    (F) - Pausa indicativa de um estado emotivo ou intenção: ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências, ponto e vírgula e travessão. ? incorreto, pois ponto e vírgula e travessão marcam uma frase não concluída e não um estado emotivo.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Esse QC está muito fraco. Não encontro nenhuma questão comentada pelos professores. Assim fica difícil de continuar pagando!

  • Vírgula como pausa de frase não concluída?


ID
3308725
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
ARISB - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão. 


“[...]

— Famigerado?

— “Sim senhor…” – e, alto, repetiu, vezes, o termo, enfim nos vermelhões da raiva, sua voz fora de foco. E já me olhava, interpelador, intimativo – apertava-me. Tinha eu que descobrir a cara. – Famigerado? Habitei preâmbulos. Bem que eu me carecia noutro ínterim, em indúcias. Como por socorro, espiei os três outros, em seus cavalos, intugidos até então, mumumudos. Mas, Damázio:

— “Vosmecê declare. Estes aí são de nada não. São da Serra. Só vieram comigo, pra testemunho…”

Só tinha de desentalar-me. O homem queria estrito o caroço: o verivérbio.

— Famigerado é inóxio, é “célebre”, “notório”, “notável”…

— “Vosmecê mal não veja em minha grossaria no não entender. Mais me diga: é desaforado? É caçoável? É de arrenegar? Farsância? Nome de ofensa?”

— Vilta nenhuma, nenhum doesto. São expressões neutras, de outros usos…

— “Pois… e o que é que é, em fala de pobre, linguagem de em dia-de-semana?”

— Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece louvor, respeito…

— “Vosmecê agarante, pra a paz das mães, mão na Escritura?”

Se certo! Era para se empenhar a barba. Do que o diabo, então eu sincero disse:

— Olhe: eu, como o sr. me vê, com vantagens, hum, o que eu queria uma hora destas era ser famigerado – bem famigerado, o mais que pudesse!…

— “Ah, bem!…” – soltou, exultante.

[...]”

Guimarães Rosa – Famigerado. Disponível em:<https://contobrasileiro.com.br/famigerado-conto-de-guimaraes-rosa/>. Acesso em: 12 jul. 2019.

Leia o trecho a seguir.


“— Olhe: eu, como o sr. me vê, com vantagens, hum, o que eu queria uma hora destas era ser famigerado – bem famigerado, o mais que pudesse!…”


Assinale a alternativa que melhor justifica o uso das reticências no trecho apresentado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ? Olhe: eu, como o sr. me vê, com vantagens, hum, o que eu queria uma hora destas era ser famigerado ? bem famigerado, o mais que pudesse!? ? ?Ah, bem!?? ? soltou, exultante.

    ? Uma inflexão está relacionada com uma determinada entonação ou acento na pronúncia de uma frase; tom, isso é marcado principalmente pelo uso do ponto de exclamação.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Para mim, reticências servia para interromper uma ideia que era expressa.

    Não entendi esse gabarito não.


ID
3321841
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“[...]
O de amendoim
que se chamava midubim e não era torrado era cozido
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca

Foi há muito tempo...
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada

A vida com uma porção de coisas que eu não entendia
bem
Terras que não sabia onde ficavam
Recife...
Rua da União...
A casa de meu avô...
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife...
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro
como a casa de meu avô.”

(Evocação do Recife – Manuel Bandeira). Disponível em:
<https://www.escritas.org/pt/t/9074/evocacao-do-recife>.
Acesso em: 1º ago. 2019.

Nos versos “Recife... / Rua da União... / A casa de meu avô...”, as reticências desempenham a função de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem Terras que não sabia onde ficavam Recife... Rua da União... A casa de meu avô... Nunca pensei que ela acabasse!

    ? As reticências marcam a continuação do pensamento do eu-lírico, fazem alusão à casa do avô, mencionando que ela está localizada em Recife, na rua União.

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  • a) indicar que a ideia expressa pelos versos se perpetua no pensamento do eu lírico e não termina com o fim da frase - pelo contexto, é possível intuir que no pensamento do eu lírico ecoam aquelas imagens, já que ele não sabia bem onde ficavam e eram as poucas coisas que ele conhecia.


ID
3322066
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

“[...]

O de amendoim
que se chamava midubim e não era torrado era cozido
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca

Foi há muito tempo...
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada

A vida com uma porção de coisas que eu não entendia
bem
Terras que não sabia onde ficavam
Recife...
Rua da União...
A casa de meu avô...
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife...
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro
como a casa de meu avô.”

(Evocação do Recife – Manuel Bandeira). Disponível em:
<https://www.escritas.org/pt/t/9074/evocacao-do-recife>.
Acesso em: 1º ago. 2019.

Nos versos “Recife... / Rua da União... / A casa de meu avô...”, as reticências desempenham a função de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem Terras que não sabia onde ficavam Recife... Rua da União... A casa de meu avô... Nunca pensei que ela acabasse!

    ? As reticências marcam a continuação do pensamento do eu-lírico, fazem alusão à casa do avô, mencionando que ela está localizada em Recife, na rua União.

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  • Qual o erro da B?


ID
3342865
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Senilidade e a invisibilidade social

    (...) A maioria dos idosos no Brasil encontra-se em condição de invisibilidade social, política e muitas vezes familiar. Morte social? Morte familiar? Estão vivos, mas não possuem lugar. A visão sobre o ancião mudou, do patriarca para... para o quê? Em muitas famílias não há o espaço para o idoso. Há alguns anos atrás o idoso era tido como patriarca, que era dotado de sabedoria. (...)
    O ancião era o guia familiar, os mais novos pediam conselho e ouviam as suas orientações. Eles exerciam um papel que, após o término da sua função de produtividade, assumiam o de líderes familiares. O idoso saía do lugar de provedor, cargo este assumido por seus filhos, para ocupar o de orientador. A sabedoria nada tinha a ver com estudos, era o arquivo das experiências da vida.
    Hoje, algumas famílias encontram-se cada vez mais fechadas e mais focadas na produção, aquele que não produz não tem espaço. O idoso dessa forma perde o seu lugar na família e na sociedade. No entanto, acredito que, assim como os jovens conseguiram, ao longo da história, mudar sua posição social e familiar, tornando-se importante foco da sociedade, a senilidade conseguirá novamente o respeito.
   Como? Se cada família jovem conseguir compreender que, em determinado momento, precisará cuidar de seus idosos, irá construir em seus filhos a mesma compreensão. Se conseguir sair das justificativas capitalistas, conseguir valorizar o saber, sobrepondo o valor da produção, irá reconstruir o valor do idoso. Se pais, filhos e netos assimilarem o ciclo vital e conseguirem ressignificar os papéis familiares, todos terão direito e lugar na sociedade.
    (...) A população está envelhecendo e precisamos modificar o nosso olhar, a nossa educação e o respeito por aqueles que fizeram parte da história.

(Disponível em: http://camilamacielpolonio.blogspot.com.br/search/label/Senilidade. Acesso em: abril de 2016.)

No primeiro parágrafo, o uso de reticências em “patriarca para... para o quê?” tem por objetivo

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ?  A visão sobre o ancião mudou, do patriarca para... para o quê? Em muitas famílias não há o espaço para o idoso. Há alguns anos atrás o idoso era tido como patriarca, que era dotado de sabedoria. (...)

    ? As reticências estão marcando uma inflexão subjetiva do autor (=uma mudança de posição, expressando um valor de indignação, insatisfação).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Inflexão = 1. mudança da direção ou da posição normal; desvio.

    2. determinada entonação ou acento na pronúncia de uma frase; tom. "percebia-se-lhe uma leve inflexão de ironia"

     Subjetivo = que pertence ao sujeito pensante e a seu íntimo.


ID
3381346
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Senilidade e a invisibilidade social

    (...) A maioria dos idosos no Brasil encontra-se em condição de invisibilidade social, política e muitas vezes familiar. Morte social? Morte familiar? Estão vivos, mas não possuem lugar. A visão sobre o ancião mudou, do patriarca para... para o quê? Em muitas famílias não há o espaço para o idoso. Há alguns anos atrás o idoso era tido como patriarca, que era dotado de sabedoria. (...)
    O ancião era o guia familiar, os mais novos pediam conselho e ouviam as suas orientações. Eles exerciam um papel que, após o término da sua função de produtividade, assumiam o de líderes familiares. O idoso saía do lugar de provedor, cargo este assumido por seus filhos, para ocupar o de orientador. A sabedoria nada tinha a ver com estudos, era o arquivo das experiências da vida.
    Hoje, algumas famílias encontram-se cada vez mais fechadas e mais focadas na produção, aquele que não produz não tem espaço. O idoso dessa forma perde o seu lugar na família e na sociedade. No entanto, acredito que, assim como os jovens conseguiram, ao longo da história, mudar sua posição social e familiar, tornando-se importante foco da sociedade, a senilidade conseguirá novamente o respeito.
    Como? Se cada família jovem conseguir compreender que, em determinado momento, precisará cuidar de seus idosos, irá construir em seus filhos a mesma compreensão. Se conseguir sair das justificativas capitalistas, conseguir valorizar o saber, sobrepondo o valor da produção, irá reconstruir o valor do idoso. Se pais, filhos e netos assimilarem o ciclo vital e conseguirem ressignificar os papéis familiares, todos terão direito e lugar na sociedade.
    (...) A população está envelhecendo e precisamos modificar o nosso olhar, a nossa educação e o respeito por aqueles que fizeram parte da história.

(Disponível em: http://camilamacielpolonio.blogspot.com.br/search/label/Senilidade. Acesso em: abril de 2016.)

No primeiro parágrafo, o uso de reticências em “patriarca para... para o quê?” tem por objetivo

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? A visão sobre o ancião mudou, do patriarca para... para o quê? Em muitas famílias não há o espaço para o idoso. Há alguns anos atrás o idoso era tido como patriarca, que era dotado de sabedoria. (...)

    ? As reticências estão marcando uma inflexão subjetiva do autor (=uma mudança de posição, expressando um valor de indignação, insatisfação).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Inflexão = 1. mudança da direção ou da posição normal; desvio.

    2. determinada entonação ou acento na pronúncia de uma frase; tom. "percebia-se-lhe uma leve inflexão de ironia"

     Subjetivo = que pertence ao sujeito pensante e a seu íntimo.

    Reticencias:

    - Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Por Exemplo:

    Vim até aqui achando que...

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. Por Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?

    – Vamos...Não...Pois vamos." Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

  • Casos comuns de reticências:

    1) Assinalar interrupção do pensamento. – O Presidente da República está ciente...

    2) Indicar partes que são suprimidas de um texto

    3) O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos...

    4) Para sugerir o prolongamento da fala.

    5) Para indicar hesitação, suspense ou breve interrupção de pensamento.

    – Eu não a beijava porque... porque... eu tinha vergonha!

    6) Para realçar uma palavra ou expressão, normalmente com malícia, ironia ou outro sentimento.

    – Ela é linda...!

    Bons estudos!

  • Agora o chute nessa foi de trivela

  • Na gramática, flexão ou inflexão é a modificação de uma palavra para expressar diferentes categorias gramaticais, como modo, tempo, voz, aspecto, pessoa, número, gênero e caso.


ID
3401845
Banca
IBFC
Órgão
TRE-PA
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto abaixo para responder à questão.

Sem direito e Poesia

    Eis me aqui, iniludível. Incipiente na arte da escrita, desfraldo sentimentos vestindo-os com as palavras que lhes atribuem significado. Às vezes dá vontade ser assim, hermético. Talvez, porque eu sinta que o mundo não me entende ou porque, talvez, eu não me encaixe harmonicamente no mundo, é que sinto esta liberdade em não me fazer entender. É que, talvez, a vida seja mesmo um mal entendido.
    Portanto, despiciendo as opiniões e me faço prolixo. Suasório para o intento de escrever em uma língua indecifrável ao homem comum. Meu vocabulário, quando quero, é um quarto cerrado e, nele me tranco e jogo fora a chave do entendimento. Dizem-me que as palavras devem ser um instrumento para comunicar-se e que isto é fazer-se entender. Mas eu, que do mundo nada entendo, por que razão deveria me fazer entender?
    Sinto o decesso aproximar-se, pelo esvair-se do fluido vital, e, sem tempo para o recreio desejado, com os ombros arcados pelos compromissos assumidos, tenho no plenilúnio um desejo imarcescível de que haja vida no satélite natural. Talvez, após o decesso, eu possa lá estabelecer morada e, vivendo em uma sociedade singular, haja o recreio em espírito. Na realidade. Na iniludível realidade, meu recreio é uma sala ampla. Teto alto. Prateleiras rústicas com farta literatura e filosofia. Nenhuma porta ou janela aberta a permitir à passagem do tempo. Uma poltrona aveludada. Frio. Lareira acesa. Vinho tinto seco, Malbec.
    O amor? O entregar-se? Não!
    Tratar-se-ia apenas de amor próprio. Sem entrega. Apenas eu. Apenas eu e o tempo. Cerrado na sala cerrada. Divagando sobre o nada e refletindo sobre tudo. Imarcescível seria tal momento. Mas a vida. A vida é singular ao tempo, pois que o tempo é eterno, e a criatura humana é botão de rosa, matéria orgânica falível na passagem do eterno. Sigo... Soerguendo-me... Sobrevivo...
(Fonte: Nelson Olivo Capeleti Junior/ Artigos13/04/2018 - JUS Brasil)

Analise as regras para o uso de reticências e assinale a alternativa que apresenta corretamente a norma utilizada no enunciado a seguir: "Sigo... Soerguendo-me... Sobrevivo..."

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? A vida é singular ao tempo, pois que o tempo é eterno, e a criatura humana é botão de rosa, matéria orgânica falível na passagem do eterno. Sigo... Soerguendo-me... Sobrevivo...

    ? As reticências estão marcando um encadeamento de ações que expressam um valor subjetivo (=particular, pessoal).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O trecho apresentado foi retirado do último parágrafo do texto: “Mas a vida. A vida é singular ao tempo, pois que o tempo é eterno, e a criatura humana é botão de rosa, matéria orgânica falível na passagem do eterno. Sigo... Soerguendo-me... Sobrevivo...”

    Segundo o dicionário, soerguer significa: "erguer(-se) um pouco, levantar(-se), reerguer(-se)". Assim, o texto expõe que o homem é como um botão de rosa que segue..., levanta..., sobrevive... durante o tempo. Note que o uso de reticências transmite um caráter subjetivo do autor, ou seja, através da reticência é apresentada uma pausa prolongada, mostrando que há uma sequência nessas ações.

  • Gradação ?


ID
3412930
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
DMAE - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir, retirado da obra Gabriela, cravo e canela para responder à questão .


TEXTO III


— Bié...

— Seu Nacib...

— Por que “seu” Nacib? Sou seu marido, não seu patrão...

Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços. Ele tomou-lhe da mão, repreendeu:

— Não pode mais não, Bié...

— O que?

— Andar sem sapatos. Agora você é uma senhora.

Assustou-se:

— Posso não? Andar descalça, de pé no chão?

— Pode não.

— E por que?

— Você é uma senhora, de posses, de representação.

— Sou não, seu Nacib. Sou só Gabriela...

— Vou te educar – tomou-a nos braços, levou-a pra cama.

— Moço bonito...

AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958. 

As reticências presentes no excerto foram usadas para

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ? Bié... ? Seu Nacib... ? Por que ?seu? Nacib? Sou seu marido, não seu patrão... Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços. Ele tomou-lhe da mão, repreendeu: ? Não pode mais não, Bié...

    ? As reticências estão marcando uma continuidade da ideia textual (=elas indicam a continuidade de um fato).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  •  Reticências ( ... ) - Funções

     

    a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.

    Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.

    b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.   

    Ex: - Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

    c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia.

    Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)

    d) indicar supressão de palavra (s) - numa frase transcrita.

    Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)


ID
3414229
Banca
VUNESP
Órgão
EBSERH
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Prazeres da “melhor idade”


      A voz no aeroporto de Congonhas anunciou: “Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.”. Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a “melhor idade” – algo entre os 60 anos e a morte.

      Para os que ainda não chegaram a ela, “melhor idade” é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro*, a uma modalidade olímpica.

      Privilégios da “melhor idade” são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da “melhor idade”, estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.

      Outra característica da “melhor idade” é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de estimulantes e antidepressivos que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar. Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: “Voltando da farra, Ruy?”. Respondi, eufórico: “Que nada! Estou voltando da farmácia!”. E esta, de fato, é uma grande vantagem da “melhor idade”: você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.

                                    (Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 29.01.2012. Adaptado)

*João Ubaldo Ribeiro: escritor baiano, autor, entre várias obras, de Viva o povo brasileiro.

Assinale a alternativa em que a pontuação pode ser modificada de acordo com a norma-padrão e sem alterar o sentido do texto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.

    ? Temos, em destaque, uma expressão conformativa separada por vírgulas (=as vírgulas são perfeitamente cambiáveis pelos travessões: ? segundo o João Ubaldo Ribeiro ?).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • E as outras alternativas?

  • A) Segundo Pashoalin &Spadoto utilizamos ";" quando presente vírgula no interior do período.

    ex: não gostem, abrandem-se ; Não gostem , e quebrantem-se; Não gostem, e frutifiquem.

    b) Não separamos por pontuação verbos ou nomes de seus complementos ou adjuntos.

    2) Entre verbo e seus complementos Ex: O trabalho , custou sacrifício aos realizadores. 3) Entre nome e complemento nominal e entre nome e adjunto adnominal Ex: A intrigante resposta ,do mestre ao aluno despertou reações

    C) Os travessões são utilizados, dentre tantas funções, quando temos termos de ordem explicativa..

    Neste caso podendo da lugar a vírgulas ou travessões.

    d) o ponto final é uma pausa maior em frases exclamativas ou declarativas ..neste caso, em alguns casos alteramos o sentido substituindo por vírgulas.

    e)As reticências podem ser utilizadas para

    I. Indicar continuidade de ação:

    O balão foi subindo...

    II.Suspensão ou interrupção de pensamento:

    Trabalhei tanto que...

    III. Transmitir na linguagem escrita sentimentos e sensações típicas da linguagem falada, como hesitações, dúvidas, surpresa, ironia, suspense, tristeza, ironia,…

    Eu… eu não sei… não sei o que podemos fazer agora… assim, não sendo correta a sua utilização.

    Sucesso,bons estudos não desista!

  • Ponto e Vírgula: marcar uma pausa maior do que a da vírgula

    1) Separar orações coordenadas assindéticas, normalmente entre trechos já separados por vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando uma enumeração.

    Ex: Em criança, era um menino tímido mas inteligente; quando moço, era esperto e alegre; agora, como homem maduro, tornou-se um chato.

    2) Separar vários itens de uma enumeração (frequente em leis).

    3) Separar orações coordenadas cuja conjunção “implícita” é facilmente percebida.

    Ex: Comeu muito na festa, exageradamente; não conseguiu ir à aula de hoje. (= Comeu muito na festa, exageradamente, por isso não conseguiu ir à aula hoje.)

    4) Separar orações coordenadas adversativas e conclusivas com conectivo deslocado.

    Ex: Ficarei com esta; não posso pagá-la à vista, porém.

    Ex: Finalmente vencemos; fiquemos, pois, felizes com nossa conquista!

    Fonte: Pestana, Fernando - A gramática para concursos públicos - (2013)

  • Filho, entendi foi nada. bora pra próxima.

  • Parece ser difícil, mas quem está acostumado com a banca já deve ter visto umas dessas... Pra responder é simples: Retorne ao texto ( isso eles não falam na pergunta) kkkkkk

    Agora faça a análise das alterações q eles fizeram e verá que a única possível é a C

  • o travessão foi utilizado para marcar o início da fala de um discurso direto. pode ser trocado por aspas.

    difícil mesmo é estudar pontuação lendo Machado de assis.


ID
3485836
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Juatuba - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


    Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim… do companheirismo vivido.

    Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

    Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe… nos e‐mails trocados.

    Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens… aí os dias vão passar, meses… anos… até este contato tornar‐se cada vez mais raro.

    Vamos nos perder no tempo… um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: “Quem são aquelas pessoas?”

    Diremos… que eram nossos amigos. E… isso vai doer tanto!

    Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito.

    Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente…

    Quando o nosso grupo estiver incompleto… nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos.

    Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.

    E nos perderemos no tempo… Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades…

    Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

(Disponível em:<http://astexis.wordpress.com/2008/04/20/sobre‐as‐amizades‐texto‐completo‐de‐fernando‐pessoa/>. Adaptado.)

No trecho “Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente…” (8º§), as reticências foram utilizadas para

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente

    ➥ As reticências estão marcando uma continuidade de pensamento, marca a ideia de que o que está sendo declarado não foi finalizado e irá continuar. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Reticências: são empregadas para indicar continuidade supressão de ideia.


ID
3658729
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Farroupilha - RS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

Eloquência Singular


Mal iniciara seu discurso, o deputado embatucou:

— Senhor Presidente: eu não sou daqueles que...

O verbo ia para o singular ou para o plural? Tudo indicava o plural. No entanto, podia perfeitamente ser o singular:

— Não sou daqueles que...

Não sou daqueles que recusam... No plural soava melhor. Mas era preciso precaver-se contra essas armadilhas da linguagem — que recusa?

— ele que tão facilmente caia nelas, e era logo massacrado com um aparte. Não sou daqueles que... Resolveu ganhar tempo:

— ...embora perfeitamente cônscio das minhas altas responsabilidades como representante do povo nesta Casa, não sou...

Daqueles que recusa, evidentemente. Como é que podia ter pensado em plural? Era um desses casos que os gramáticos registram nas suas questiúnculas de português: ia para o singular, não tinha dúvida. Idiotismo de linguagem, devia ser.

— ...daqueles que, em momentos de extrema gravidade, como este que o Brasil atravessa...

Safara-se porque nem se lembrava do verbo que pretendia usar:

— Não sou daqueles que...

Daqueles que o quê? Qualquer coisa, contanto que atravessasse de uma vez essa traiçoeira pinguela gramatical em que sua oratória lamentavelmente se havia metido de saída. Mas a concordância? Qualquer verbo servia, desde que conjugado corretamente, no singular. Ou no plural:

— Não sou daqueles que, dizia eu — e é bom que se repita sempre, senhor Presidente, para que possamos ser dignos da confiança em nós depositada...

Intercalava orações e mais orações, voltando sempre ao ponto de partida, incapaz de se definir por esta ou aquela concordância. Ambas com aparência castiça. Ambas legítimas. Ambas gramaticalmente lídimas, segundo o vernáculo:

— Neste momento tão grave para os destinos da nossa nacionalidade.

Ambas legítimas? Não, não podia ser. Sabia bem que a expressão "daqueles que" era coisa já estudada e decidida por tudo quanto é gramaticoide por aí, qualquer um sabia que levava sempre o verbo ao plural:

— ...não sou daqueles que, conforme afirmava...

Ou ao singular? Há exceções, e aquela bem podia ser uma delas. Daqueles que. Não sou UM daqueles que. Um que recusa, daqueles que recusam. Ah! o verbo era recusar:

— Senhor Presidente. Meus nobres colegas.

A concordância que fosse para o diabo. Intercalou mais uma oração e foi em frente com bravura, disposto a tudo, afirmando não ser daqueles que...

— Como?

Acolheu a interrupção com um suspiro de alívio:

— Não ouvi bem o aparte do nobre deputado.

Silêncio. Ninguém dera aparte nenhum.

— Vossa Excelência, por obséquio, queira falar mais alto, que não ouvi bem — e apontava, agoniado, um dos deputados mais próximos.

— Eu? Mas eu não disse nada...

— Terei o maior prazer em responder ao aparte do nobre colega. Qualquer aparte.

O silêncio continuava. Interessados, os demais deputados se agrupavam em torno do orador, aguardando o desfecho daquela agonia, que agora já era, como no verso de Bilac, a agonia do herói e a agonia da tarde.

— Que é que você acha? — cochichou um.

— Acho que vai para o singular.

— Pois eu não: para o plural, é lógico.

O orador seguia na sua luta:

— Como afirmava no começo de meu discurso, senhor Presidente...

Tirou o lenço do bolso e enxugou o suor da testa. Vontade de aproveitar-se do gesto e pedir ajuda ao próprio Presidente da mesa: por favor, apura aí pra mim, como é que é, me tira desta...

— Quero comunicar ao nobre orador que o seu tempo se acha esgotado.

— Apenas algumas palavras, senhor Presidente, para terminar o meu discurso: e antes de terminar, quero deixar bem claro que, a esta altura de minha existência, depois de mais de vinte anos de vida pública...

E entrava por novos desvios:

— Muito embora... sabendo perfeitamente... os imperativos de minha consciência cívica... senhor Presidente... e o declaro peremptoriamente... não sou daqueles que...

O Presidente voltou a adverti-lo que seu tempo se esgotara. Não havia mais por que fugir:

— Senhor Presidente, meus nobres colegas!

Resolveu arrematar de qualquer maneira. Encheu o peito de desfechou:

— Em suma: não sou daqueles. Tenho dito.

Houve um suspiro de alívio em todo o plenário, as palmas romperam. Muito bem! Muito bem! O orador foi vivamente cumprimentado.

Fernando Sabino

O uso das reticências em “Não sou daqueles que...” demonstra que o personagem:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    ✓ Mal iniciara seu discurso, o deputado embatucou: — Senhor Presidente: eu não sou daqueles que... O verbo ia para o singular ou para o plural? Tudo indicava o plural. No entanto, podia perfeitamente ser o singular: — Não sou daqueles que... Não sou daqueles que recusam... No plural soava melhor. Mas era preciso precaver-se contra essas armadilhas da linguagem — que recusa? — ele que tão facilmente caia nelas, e era logo massacrado com um aparte. Não sou daqueles que... Resolveu ganhar tempo

    ➥ As reticências marcam a indecisão do personagem, visto que ele não sabia se utilizava o plural ou o singular.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Haja paciência para ler um texto desse.

  • Rapaz se eu não leio o texto eu tinha ido com tudo na B kkk

  • Não sou daqueles que recusam... No plural soava melhor. Mas era preciso precaver-se contra essas armadilhas da linguagem — que recusa?

    ele que tão facilmente caia nelas, e era logo massacrado com um aparte. Não sou daqueles que... Resolveu ganhar tempo:

  • Não sou daqueles que recusam... No plural soava melhor. 

    TINHA RECEIO DE FALAR ERRADO .

  • Texto bonzão kkkkkkkkkkkk

  • Não precisava ler o texto todo, logo no início dele já tem a frase hesitante, basta descer mais duas linhas que já deixa explícito o motivo da hesitação, o receio de falar errado.

    Galera, 99% das questões de português dessa banca não precisa ler o texto pra responder, no enunciado já tem tudo, prestem atenção.


ID
3737680
Banca
FAUEL
Órgão
Câmara de Assaí - PR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia um trecho do poema de Fernando Pessoa a seguir e responda à questão:


Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
[…]
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
[…]
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Assinale a alternativa que apresenta corretamente a função do sinal gráfico das reticências entre colchetes “[…]”, presente duas vezes no poema.

Alternativas
Comentários
  • QUANDO USAR PARÊNTESES

    Referências bibliográficas.

    Retirar trechos de textos "(...)".


ID
3794434
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Manuel Bandeira, e ao Texto 1.


I. Nos versos “Será a idade que pareces” (verso 2) e “Tivesses a que tivesses” (verso 3) a palavra destacada, em relação à morfossintaxe, classifica-se em artigo/adjunto adnominal e pronome demonstrativo/objeto direto, sequencialmente.

II. No verso “Que exíguo o teu talhe! E penso” (verso 5) se as palavras destacadas forem substituídas, respectivamente, por pequeno e porte o sentido e a coerência, no texto, são mantidos.

III. O sinal de pontuação de reticências nos versos “Dão os dois uma mancheia...” (verso 10) e “Faz cinza de desenganos...” (verso 12) é usado para reforçar o sentido dos termos assinalados.

IV. O poema é marcado por elementos linguísticos como, reticências e interrogação, ponto de exclamação, dois pontos, vocativo, para configurar a função que o autor deseja: registrar a emoção, a expressividade por meio da expressão oral.

V. Nos versos “Que idade tens, Colombina” (verso 1) e “Perdão, perdão, Colombina” (verso 33) a palavra destacada, em relação à morfologia, é substantivo próprio nos dois versos e, quanto à sintaxe, no verso 1 é vocativo e no verso 33, sujeito.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3892897
Banca
Marinha
Órgão
Comando do 6º Distrito Naval
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 

“[...] O fascínio que a linguagem sempre exerceu sobre o homem vem desse poder que permite não só nomear/criar/transformar o universo real, mas também possibilita trocar experiências, falar sobre o que existiu, poderá vir a existir e até mesmo imaginar o que não precisa nem pode existir. A linguagem verbal é, então, a matéria do pensamento e o veículo da comunicação social. Assim como não há sociedade sem linguagem, não há sociedade sem comunicação. Tudo o que se produz como linguagem ocorre em sociedade, para ser comunicado e, como tal, constitui uma realidade material que se relaciona com o que lhe é exterior, com o que existe independentemente da linguagem. Como realidade material - organização de sons, palavras, frases - a linguagem é relativamente autônoma; como expressão de emoções, idéias, propósitos, no entanto, ela é orientada pela visão de mundo, pelas injunções da realidade social, histórica e cultural de seu falante. [...]"

(Margarida Petter)

Fonte: FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística. São Paulo: Contexto, 2012.

O trecho “Como realidade material - organização de sons, palavras, frases - a linguagem é relativa mente autônoma.” pode ser reescrito, sem nenhum prejuízo ao sentido original e à correção gramatical por:

Alternativas

ID
3894085
Banca
Marinha
Órgão
Comando do 1º Distrito Naval
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“[...] O fascínio que a linguagem sempre exerceu sobre o homem vem desse poder que permite não só nomear/criar/transformar o universo real, mas também possibilita trocar experiências, falar sobre o que existiu, poderá vir a existir e até mesmo imaginar o que não precisa nem pode existir. A linguagem verbal é, então, a matéria do pensamento e o veículo da comunicação social. Assim como não há sociedade sem linguagem, não há sociedade sem comunicação. Tudo o que se produz como linguagem ocorre em sociedade, para ser comunicado e, como tal, constitui uma realidade material que se relaciona com o que lhe é exterior, com o que existe independentemente da linguagem. Como realidade material - organização de sons, palavras, frases - a linguagem é relativamente autônoma; como expressão de emoções, idéias, propósitos, no entanto, ela é orientada pela visão de mundo, pelas injunções da realidade social, histórica e cultural de seu falante. [...]"

(Margarida Petter)

Fonte: FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística. São Paulo: Contexto, 2012.

O trecho “Como realidade material - organização de sons, palavras, frases - a linguagem é relativa mente autônoma.” pode ser reescrito, sem nenhum prejuízo ao sentido original e à correção gramatical por:

Alternativas

ID
3961366
Banca
Prefeitura de Contagem - MG
Órgão
Prefeitura de Esmeraldas - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO IV


Ouça um bom conselho...

    Uma das formas mais comuns e contraditórias de buscar transmitir experiência e proferir conselhos conclusivos a partir de uma vivência presumidamente autorizada e consistente é aquela expressa nas máximas e aforismos. Todos -desde pequenosouvimos dos mais idosos do que nós, independentemente da faixa etária, muitos provérbios e sentenças presentes nas fábulas, nos livros religiosos ou até nos parachoques de caminhões. Passamos a vida em contato com ditados e definições que carregam um conceito moral ou de conduta e cuja finalidade central, ao serem expressos, é ensinar ou advertir, seja pela sabedoria acumulada ou, especialmente, pela carga de repreensão e impacto contidos.

    Há uma forte suposição por trás do ensinamento ou da admoestação apoiados nas máximas: a eficácia da transmissão de uma experiência alheia já testada, degustada e corroborada, estando, assim, próxima do indiscutível. Caberia ao presenteado com o conselho proverbial apenas aquiescer e seguir obsequiosamente, louvando a sabedoria milenar à qual foi apresentado e salvo de ter de dolorosamente provar por si mesmo.

    Para evitar um dogmatismo que, muitas vezes, cumpre uma função doutrinadora e indutora de fragilidade mental, é preciso ir colocando incômodos pontos de interrogação ao final de muitas das máximas. De fato, quem espera sempre alcança? A pressa é inimiga da perfeição? A vingança tarda, mas não falha? Cada um sabe onde aperta o sapato? Deus ajuda quem cedo madruga? O silêncio é de ouro? Quem não deve não teme? Vaso ruim nunca quebra? Cão que ladra não morde? Tal pai, tal filho? Quem viver verá? O hábito faz o monge? Quem parte e reparte fica com a melhor parte? Perdido por um, perdido por cem? Duvidemos um pouco...

    Impossível transferir experiências! Daí, inclusive, a fraqueza contida nas boas intenções das frases que se iniciam com um "eu, se fosse você..." ou "olha, no seu lugar eu faria..." ou ainda "se eu estivesse na sua situação". É por isso que o dramaturgo espanhol Jacinto Benavente, não por acaso um especial usuário das ideias de Freud no teatro e na literatura da Espanha das décadas iniciais do século 20, foi tão enfático ao dizer que "ninguém aprende a viver pela experiência alheia; a vida seria ainda mais triste se, ao começarmos a viver, já soubéssemos que viveríamos apenas para renovar a dor dos que viveram antes".

    Ademais, o mundo dos provérbios na literatura foi majoritariamente um domínio masculino na convicção de que tais verdades são fruto de uma reflexão e vivência sobre as quais mulheres teriam um alcance limitado. Se "lugar de mulher é na cozinha" e "cada macaco no seu galho", a produção de máximas ou sentenças foi quase sempre privilégio de escritores ou políticos. Raríssimas foram as mulheres que se arvoraram a adentrar em um terreno que se supôs fora das fronteiras da vacuidade ou indigência cruelmente atribuídas à mente feminina.

     Uma das raras audaciosas a publicar um livro com aforismos foi a austríaca Marie von EbnerEschenbac, pertencente à nobreza do século 19 (e, por isso, com obras de cunho social censuradas pelo governo do imperador Francisco José). Essa mulher, a primeira na história a receber um doutorado honoris causa da Universidade de Viena, em 1900, teve reconhecida sua capacidade em um ambiente homocêntrico e não perdeu a chance de dizer que "ter experimentado muitas coisas ainda não quer dizer que se tem experiência".

    Alguns, em nome da profusão de coisas sofregamente vividas, são reféns de muitas e exageradas certezas! Mais vale um pássaro na mão do que dois voando? Melhor ficar livre, leve e solto com o iluminado Mário Quintana que, no seu "Poeminha do Contra", ensinou: "Todos esses que aí estão / atravancando meu caminho, / eles passarão... / eu passarinho!".


(CORTELLA, Mario Sergio. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0602200320.htm>. Acesso em: 12 dez. 2016)

Considerando as estratégias textuais empregadas pelo autor, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ❌ As reticências no título do texto explicitam a ironia do autor em relação ao tratamento do tema.

    Ouça um bom conselho...

    ➥ INCORRETO. As reticências estão marcando a continuidade da ideia; não indicam ironia.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Mas bah


ID
4044157
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão.


    No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

    Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.

[...]

    Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.

    Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!

(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)

“Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons...”. No trecho acima, o desejo de fraternidade do personagem 35 é amplificado pelo uso

Alternativas

ID
4055110
Banca
Exército
Órgão
CMSP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Água doce, doce água

De mar é feita a terra,

De água é feita a gente.

Abaixo o desperdício!

Poupar água: coisa urgente!


Clara, doce ou gelada,

Verde, azul ou transparente,

Sem a água não há nada.

Nem floresta, nem semente.


Água doce mata a sede,

Água doce é a que lava.

Cachoeira, rio ou fonte…

Só não pode ser salgada.


Tanto bate até que fura,

Diz ditado popular…

Cuida dela! Você jura?

Vamos economizar!


Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/poemas-sobre-a-agua/ Acesso em 18 Outubro 2019

Sabe-se que os sinais de pontuação podem assumir diversos objetivos na linguagem escrita. Escolha a alternativa em que o sinal de pontuação aponta para a ideia de protesto.

Alternativas
Comentários
  • poxa, ai ta na carakkkkkkkk


ID
4090702
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Ouvidor - GO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Meu Destino

Cora Coralina

Nas palmas de tuas mãos

leio as linhas da minha vida.

Linhas cruzadas, sinuosas,

interferindo no teu destino.

Não te procurei, não me procurastes –

íamos sozinhos por estradas diferentes.

Indiferentes, cruzamos

Passavas com o fardo da vida…

Corri ao teu encontro.

Sorri. Falamos.

Esse dia foi marcado

com a pedra branca

da cabeça de um peixe.

E, desde então, caminhamos

juntos pela vida…

De acordo com o contexto, as reticências foram empregadas em duas situações no poema para

Alternativas

ID
4166980
Banca
FAEPESUL
Órgão
Prefeitura de Morro da Fumaça - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:

O homem não é o único animal...
... que constrói casa, mas é o único animal que precisa de fechadura
... que foge dos outros, mas é o único que chama de retirada estratégica
... que se ajoelha, mas é o único que faz isto voluntariamente
... que trai, polui a aterroriza, mas é o único que se justifica depois
... que engole sapo, mas é o único que não faz isso pelo valor nutricional
... que faz sexo, mas é o único que precisa de manual de instruções.

**Luis Fernando Verissimo
(** Poesia numa hora dessas?. Porto Alegre: L&PM. p.19)

Quanto aos sinais de pontuação, o uso de reticências teve qual intenção na construção do poema?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - C

    O homem não é o único animal...

    ... que constrói casa, mas é o único animal que precisa de fechadura

    Estamos utilizando reticências para evitar repetições.

    São finalidades das reticências

    1) Assinalar interrupção do pensamento. – O Presidente da República está ciente... – Um aparte, por favor...

    2) Indicar partes que são suprimidas de um texto (pode vir entre parênteses ou colchetes).

    – O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... (ou (...), ou [...]) Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos... 

    3) 3) Para sugerir o prolongamento da fala

    -------------------------------------------------------------------------

    Créditos: Pestana, Professor José Maria, Pontuação.

  • GAB [C] AOS NÃO ASSINANTES .

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.


ID
4823950
Banca
INAZ do Pará
Órgão
Prefeitura de Magalhães Barata - PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“AO CABO DO MUNDO”: NO INÍCIO ERA O CÉU E A TERRA


     "Neste mesmo dia, à hora das vésperas, avistamos terra! ”: era o dia 22 de abril de 1500, e um monte alto e redondo acusou solo novo no Atlântico meridional. Para os homens habituados a velejar ao Norte do equador, o céu azul substituiu o esbranquiçado dos outonos e invernos. Em lugar dos campos cultivados, a capa verde da mata se espreguiçava ao longo das praias. O sol dourava a pele, em vez do astro frio que, salvo no verão, mal esquentava os corpos. Pássaros coloridos cruzavam os ares com sua música, diversa do grito estridente das aves marinhas. Do interior da massa verde de troncos e folhas se ouviam silvos, urros, sons de animais desconhecidos. A beleza da paisagem, que mais parecia uma visão do paraíso, interpelava os recém-chegados.
        No aconchego do abrigo mais tarde batizado de baía Cabrália, as caravelas deixavam para trás a fronteira entre o medo e a miragem: o Atlântico. Um caminho de águas que transportava homens, armas e mercadorias a serviço da ambição da monarquia católica de encontrar uma passagem para as cobiçadas Índias. Mas seria mesmo nova a terra que se avistava? Certamente não. Os espanhóis já conheciam suas regiões ao Norte, e é de se perguntar quantas vezes emissários de D. João II, filho de D. Henrique, o Navegador, depois de chegar à Madeira e aos Açores, não teriam se aproximado das costas brasileiras. À sua maneira, os portugueses dominavam a extensão, a cor e as vozes do mar que os convidava a olhar além do horizonte. E agora, superadas as dificuldades da viagem, eram recompensados pela atração do sol, da luminosidade e… do lucro possível.
      No início, para os aqui desembarcados, não era o Verbo, mas sim o nada. Apenas matas, medo e solidão. E um vasto litoral, desconhecido, que mais ameaçava do que acolhia. Um espaço aparentemente desabitado – a palavra já existia e designava o locus desérticos –, o lugar sem viva alma. Além das praias, o desconhecido gentio: escondido, armado e perigoso – e que, na maior parte das vezes, podia receber estranhos com uma chuva de flechas. E no interior, terras incultas, cobertas de densas matas, difíceis de trabalhar. Frente à paisagem infinita, pairava a pergunta que lançara os portugueses à aventura ultramarina: que extraordinárias oportunidades os aguardavam?
    Nada se sabia sobre os habitantes dessa terra ensolarada. Seria gente como eles ou criaturas estranhas, bizarras, desnaturadas? Como adentrar essa terra desconhecida, que ultrapassava a imaginação e provocava ao mesmo tempo angústias e exaltação? Acreditava-se, então, na existência de povos desconhecidos, descritos em relatos de outras viagens, mas também saídos de imagens que a tradição supunha existir nos confins da Terra. O Paraíso Terreal teria ali sua porta de entrada? Encontrariam, por acaso, a temida Mantícora, fera da Índia, forte como um tigre, gulosa de carne humana? Mulheres barbadas, que portavam pedras preciosas nos olhos e cauda que lhes saía do umbigo? Altas montanhas de ouro guardadas por formigas, grandes como cachorros? Vales perdidos, onde se ouvia o ruidoso barulho das hostes demoníacas? Não se podia duvidar de nada. Afinal, o próprio Santo Agostinho dissera que Deus enchera céus e terras de inúmeros milagres e raças monstruosas, guardiãs das Portas do Éden.
      Ao olharem a imensidão desconhecida, os viajantes nelas projetavam informações que circulavam o Ocidente cristão. Sonhavam sonhos de riquezas, como as que sabiam existir nas Índias Orientais: pedras preciosas, sedas, madeiras raras, chá, sal e especiarias. Ideavam cidades de ouro e prata, pois nomes como Ofir e Cipango circulavam, embora as minas sul-americanas só tenham sido descobertas em 1520. Presumiam crescer a preciosa pimenta ou a noz-moscada, iguais às do Oriente, descrito por Marco Polo, mas temiam também só encontrar doença, fome e morte. Sob temperaturas amenas, deviam se lembrar das palavras de São Boaventura, que informava Deus ter situado o paraíso junto à região equinocial, região de “temperança de ares”. Ou aquelas de São Tomás, mais incisivo ainda: o jardim ameno estaria na zona tórrida para o sul. Seria ali? Afinal, o sonho e a ambição sempre tiveram parte nas viagens ultramarinas.



PRIORE, MARY DEL. Histórias da gente brasileira: volume I: colônia. São Paulo: LeYa, 2016. 

A autora se utiliza das reticências em “E agora, superadas as dificuldades da viagem, eram recompensados pela atração do sol, da luminosidade e… do lucro possível” a fim de:

Alternativas
Comentários
  • gab d

  • Questão pegada.. Pede comentário ai colegas!

    abçs

  • coloquei a alternativa B) Prolongar uma ideia, não entendi o erro

  • Reticências (...) são usadas para indicar hesitação, suspensão de pensamento, continuação da ação/fala, etc.

    GAB: D

  • Questão confusa. KKK

    Reticencias - assinala interrupção de pensamento, parte suprimida de texto, prolongamento de fala ( que é o caso da questão ) e realçar palavra.

    Gab - D

  • CUIDADO

    A questão não possui gabarito. As reticências são utilizadas na construção como forma de destacar o último termo da enumeração, causando um efeito de quebra na expectativa, visto o último termo ser destoante frente aos demais.

    O gabarito da banca não se justifica, tornando a questão nula.


ID
4862551
Banca
AMEOSC
Órgão
Prefeitura de Princesa - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa com erro de pontuação:

Alternativas
Comentários
  • Tez = cútis, epiderme, camada fina da pele

  • GABARITO B

    Não é correto separar sujeito do verbo por meio de vírgulas.

    Os pais dos alunos( , )compareceram à reunião.

    Bons estudos!!!


ID
4877950
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    É difícil pensar na finitude humana, por trazer à tona a visão escatológica do fim do mundo da nossa tradição judaico-cristã. Ela representa sinais inevitáveis de que todos os seres vivos são finitos, todos vamos morrer e temos um final, mas o medo da morte dispara o nosso mecanismo de defesa contra o absurdo de não querer morrer. No fundo, ninguém acredita em sua própria morte, como disse Freud: “no inconsciente cada um de nós está convencido de sua própria imortalidade”. Apesar dessa negação, a morte nos dá sinais com frequência, porque está em nós o medo do abandono, da doença, da velhice, da violência e das incertezas da vida e seus conflitos.
    Então, para superar a negação da morte, precisamos aceitar que ela é um fenômeno impossível de não acontecer, que não se importa se somos religiosos, ateus, pobres e ricos ou menos ainda se alguém será enterrado como indigente ou em um mausoléu construído para sepultar uma figura importante. Entretanto, podemos aprender a lidar com isso de maneira pacífica: buscando o conforto na fé e nas crenças que acreditam na continuação da vida depois da morte, ou encontrar na sabedoria e na espiritualidade não apenas respostas sobre a finitude, mas sobre o sentido da vida, com seus encantos e desencantos.
    Hoje, em nossa civilização, estão presentes duas grandes forças antagônicas, segundo o psicanalista Erich Fromm: a orientação necrófila (amor à morte) e a orientação biófila (amor à vida). A primeira considera a morte de estranhos e de inimigos um fato insólito, exaltando as enfermidades, os desastres, os homicídios, etc., que causam mortes. A orientação biófila, porém, revela-se nos seres humanos que celebram que todos os organismos vivos ______ direito ____ vida. Eles lutam para preservar a vida e compreender a morte como processo da nossa biofilia. Além disso, as pessoas biófilas amam a vida e são atraídas pela sua energia beneficiente e beleza em todas as dimensões, preferindo a pacificação à destruição.
    Assim, passamos a ter a percepção de finitude humana, mas não pela razão fria e calculista que estabelece a condição niilista de vida e morte, presente em criaturas que prefaciam não existir tempo suficiente para concretizar todos seus desejos e ambições, vivendo a sensação feral e débil diante da vida. A finitude e seus sinais se impõem pela nossa realidade involuntária de haver nascido e ter que morrer. Contudo, nascemos livres para dar sentido à vida e entender os dilemas da existência humana. É como afirmou Leon Tolstói: “quando se pensa na morte, a vida tem menos encantos, mas é mais pacífica”.
    Enfim, para nos desprender da tensão entre a vida e a morte, é necessária a capacidade de transcender, de se elevar acima dessa dicotomia, já que temos a potência para desenvolver a nossa consciência e sentimentos, que nutrem de significados a nossa existência nos planos material e espiritual.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em:
https://www.contioutra.com/quando-se-pensa-na-morte-a-vida-tem-
menos-encantos-mas-e-mais-pacifica/. Acesso em: 17/07/2019.)

Sobre alguns sinais de pontuação empregados no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.



( ) Se o segundo parágrafo fosse concluído com reticências em vez de ponto final, o autor poderia estar indicando que a ideia ali expressa não se completa com o término gramatical da frase, devendo ser suprida com a imaginação do leitor.


( ) No excerto “É como afirmou Leon Tolstói: ‘quando se pensa na morte, a vida tem menos encantos, mas é mais pacífica.’,” (5º§) os dois pontos são utilizados para anunciar a fala de um ser ficcional.


( ) Além de servir para marcar uma pausa longa, o ponto é o sinal que se emprega depois de qualquer palavra escrita abreviadamente, como “etc.” (3º§)


A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Acertei a questão, mas discordo que "o ponto é o sinal que se emprega depois de qualquer palavra escrita abreviadamente". Exemplo: ANCINE é a abreviação de Agência Nacional de Cinema e, nem por isso, há ponto após tal abreviação.

    Corrijam-me se eu estiver equivocado.

    Gabarito letra A.

  • ANCINE acredito que seja a sigla de Agência Nacional de Cinema e não abreviação.

  • Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim de uma frase declarativa de um período simples ou composto. O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia, etc. = et cætera.

    Fonte: livro gramatica do pestana..


ID
4911691
Banca
FAFIPA
Órgão
Prefeitura de Arapongas - PR
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Infância


Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.

Minha mãe ficava sentada cosendo.

Meu irmão pequeno dormia.

Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé,

comprida história que não acaba mais.


No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu

a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu

chamava para o café.

Café preto que nem a preta velha

café gostoso

café bom.


Minha mãe ficava sentada cosendo

olhando para mim:

- Psiu... Não acorde o menino.

Para o berço onde pousou um mosquito.

E dava um suspiro... que fundo! 


Lá longe meu pai campeava

no mato sem fim da fazenda.


E eu não sabia que minha história

era mais bonita que a de Robinson Crusoé.


Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. Rio de Janeiro:Record,2000 p. 67



Assinale a alternativa CORRETA sobre a pontuação empregada no poema:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo as alternativas:

    B) As reticências foram usadas para dar uma continuidade de ação da mãe. Desta forma: "Psiiiiiiiu"

    C) Os dois pontos foram usados para iniciar um discurso direto.

    D) TODAS? generalizou, cheirinho de coisa errada.

    Neste caso: "Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais." Acredito que a vírgula foi usada para separar um aposto.

    E) O ponto de exclamação foi usado para exaltar o suspiro, e não, com sentimento de tristeza.

    ✦ GAB: A.

  • GABARITO - A

    A) O uso mais comum do travessão é marcar o discurso direto. Para esse fim, pode-se utilizar também as aspas.

    Exemplo:

    Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

    – Anda, condenado do diabo! – gritou-lhe o pai.

    Observe que a passagem intercalada pelos travessões “Anda, condenado do diabo!” está em discurso direto e, por isso, intercalada por travessões.

    Embora ambos os sinais de pontuação (travessão e aspas) tenham a mesma finalidade, é mais comum que se usem travessões em diálogos, visto que dão ao texto mais fluidez.

    --------------------------------------------------

    B) Segundo Fernando Pestana, um dos usos de reticências é Para sugerir o prolongamento da fala.

    Perceba o prolongar : PSIUUUUUUU....

    -----------------------------------------------

    C) Seguindo a linha do mesmo autor, Um dos usos de dois pontos  é no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos. (909)

    ------------------------------------------------

    D) Não são todas!

    Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé,

    comprida história que não acaba mais.

    E) Trata-se de um suspiro

    Fontes:

    https://www.portugues.com.br/gramatica/travessao.html

    Fernando P.

  • Não sabia que o travessão poderia ser substituído por aspas. Ademais, nunca vi também um escritor utilizá-los para tal fim. Qconcursos ensinando mais do que a escola.

  • Pra mim, só tem um problema: há mais de um travessão no texto. E esse, como fica?

    "No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu

    a ninar nos longes da senzala e nunca se esqueceu

    chamava para o café."

  • -O travessão [ — ] é um sinal de pontuação usado, maioritariamente, no início das 

    falas no discurso direto. É também usado para substituir a vírgula ou os parênteses em orações intercaladas ou no destaque de alguma parte da frase.

    -RESUMO SOBRE ASPAS:

    É utilizada para:

    1) Indicar fala ( discurso direito) ou citação

    Ex: " Penso, logo existo"

    2) Indicar estrangeirismo, neologismo, gírias

    Ex: Isso é " imexível"

    3) Indicar ironia

    Ex: Ele é muito "simpático".

    4) Atribuir SENTIDO CONOTATIVO/ figurado/ mudança de significação

    Literalmente = sentido denotativo, real.

    Literariamente = sentido conotativo, figurado.

    Ex: Estudei tanto que fiquei " louca".

    5) realce

    6) destacar palavra pouco usada

  • pq a letra -c tá errada?

  • A questão é sobre pontuação e quer saber qual afirmação está correta. Analisemos:

    a) Correta.

    Pelo que o enunciado diz, acredito que a passagem seja esta: ( - Psiu... Não acorde o menino). Temos um discurso direto que é a reprodução de uma fala de forma integral, quando ocorrer esse evento, o travessão e as aspas são intercambiáveis.

    b) Incorreta.

    As reticências foram usadas para prolongar o que está sendo dito, e não para dar destaque à fala da mãe.

    E dava um suspiro... que fundo! 

    c) Incorreta.

    Os dois-pontos foram usados para apresentar o início de uma fala, e não para dar ênfase ao discurso direto.

    olhando para mim: - Psiu... Não acorde o menino.

    d) Incorreta.

    "Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé,

    comprida história que não acaba mais." Está separando um aposto oracional que explica a "a história de Robinson Crusoé". Portanto, não se pode afirmar que todas as vírgulas separam uma enumeração.

    e) Incorreta.

    O ponto de exclamação marca uma respiração forte e prolongada da mãe (suspiro), e não marca o sentimento de tristeza na fala da mãe como afirma a assertiva.

    E dava um suspiro... que fundo! 

    GABARITO: A

  • Não confunda hífen com travessão.

  • Daenerys targaryen, ao meu ver os dois pontos não são para dar "ênfase" mas sim para abrir o discurso. eu acho que é isso.

ID
4924045
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder às questão.


Consciência do consumo no ambiente digital


Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta


Hélio Mattar


    Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

    A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

    Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

    Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

    Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

    Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

    Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

    Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-amaturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

    Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

    Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

    Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

    Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

    Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

    O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!


Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumono-ambiente-digital.shtml> Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

No que se refere ao emprego da pontuação, considere as afirmativas a seguir:


I. No 1º parágrafo, em “...passa, por dia, mais de quatro horas conectado...”, as vírgulas são empregadas para intercalar expressão adverbial deslocada sintaticamente.

II. No 8º parágrafo, as reticências são utilizadas para indicar suspensão do pensamento.

III. No 10º parágrafo, as aspas são empregadas para indicar citação do discurso alheio.

IV. No 12º parágrafo, empregam-se os travessões para indicar informação acessória.

V. No 13º parágrafo, em “Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim.”, a vírgula é necessária para indicar pausa.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Sabendo que a afirmativa I está certa e a segunda está errada, pela eliminação já dá pra acertar: a letra B.

  • Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim.”, a vírgula é necessária para indicar pausa.

    oque é algo ruim ? o e-commerce. vírgula incorreta.

  • GABARITO -B

    I. No 1º parágrafo, em “...passa, por dia, mais de quatro horas conectado...”, as vírgulas são empregadas para intercalar expressão adverbial deslocada sintaticamente. ( CORRETO )

    O termo está deslocado : passa, por dia, mais de quatro horas conectado ...

    passa mais de quatro horas conectado por dia.

    ---------------------------------------------------------------------------------------

    II. No 8º parágrafo, as reticências são utilizadas para indicar suspensão do pensamento. ( ERRADO )

    Está sendo utilizada para Indicar partes que são suprimidas de um texto.

    – O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos...

    ----------------------------------------------------------------------------------------

    III. No 10º parágrafo, as aspas são empregadas para indicar citação do discurso alheio. ( CORRETO )

    Um dos usos de Aspas é antes e depois de citações textuais. – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64

    ----------------------------------------------------------------------------------------

    IV. No 12º parágrafo, empregam-se os travessões para indicar informação acessória. ( correto )

    Segundo Pestana ( 2020 ) esse é um dos usos.( pág . 913 )

    Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

    ----------------------------------------------------------------------------------------

    V. No 13º parágrafo, em “Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim.”, a vírgula é necessária para indicar pausa.

    Na verdade ousaria dizer que a vírgula separa sujeito de verbo e , portanto, inadequada.

    o que acham, amigos?

    ---------------------------------

    Fontes: F.Pestana, 913.

    P. José Maria, material complementar.

  • Em relação à assertiva V, ainda destaco que a regência verbal está incorreta.

    O verbo implicar no sentido de provocar, causar, acarretar, originar, é verbo transitivo direto. Dessa forma, o correto seria: “Isso não implica dizer que o e-commerce, é algo ruim.”


ID
4977976
Banca
COPESE - UFT
Órgão
MPE-TO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os enunciados a seguir para responder à questão.

I. Se você gosta de comida mexicana, anote esse nome: Lasca do Zé e da Maria.
II. Abajur de porcelana e bronze: uma peça glamourosa e tropical.
III. “Brigadeiro puxa-puxa, feito raspa de panela, enroladinho feito bala...”
IV. Ela enfeitiçou os nobres espanhóis em 1878 e agora desembarca no Brasil para agitar nosso verão. Madame Cloá, o champanhe da vinícula familiar Martan, à venda na Joyce & Cia, nas versões rose e brut.

Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • No caso, o uso de crase no último item é obrigatório, correto?

  • Sim, locução adverbial, se n me engano.

  • Em à venda e a venda, o acento grave indicador de crase tem como principal função transmitir clareza na leitura do enunciado.

    O acento grave é essencial para promover a desambiguação de sentidos, distinguindo o ato de vender de outros sentidos da palavra venda, como uma tira de pano ou um estabelecimento comercial.

    • Colocar à venda = pôr à disposição para ser vendido.
    • Colocar a venda = pôr uma tira de pano.

  • A) Os dois pontos foram introduzidos para esclarecer ou explicar.

    B) Não se separa o sujeito do predicado.

    C) O pronome ‘Ela’, no item IV refere-se à Madame Cloá, o champanhe da vinícola familiar Martan.

    D) Gabarito

    E) Locução adverbial formada por palavra feminina, portanto crase obrigatória.


ID
5035942
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Frecheirinha - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Preencha as lacunas da afirmativa a seguir. Caso não haja necessidade de sinal de pontuação, Ǿ indicará essa inexistência.

Quando passar a pandemia __ os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença __ retomarão__ os relacionamentos sociais e familiares__.

Assinale a opção que preenche CORRETA e respectivamente as lacunas.

Alternativas
Comentários
  • gaba D

    Quando passar a pandemia, os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença retomarão os relacionamentos sociais e familiares?

    temos uma oração adverbial temporal deslocada com mais de 2 elementos o que se faz obrigatório o uso da vírgula!

    pertencelemos!

  • GABARITO - D

    Quando passar a pandemia ( , ) 1 os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença ( , ) 2 retomarão( , ) 3 os relacionamentos sociais e familiares ? (4)

    1) Usamos vírgulas diante de orações adverbiais deslocadas. ( Temporal )

    2) Não podemos usar vírgulas entre o sujeito e o verbo.

    3) Não usamos vírgulas entre os verbos e os seus complementos.

    4) Usamos interrogação quando queremos introduzir uma pergunta.

  • A questão exige conhecimento sobre vírgula. Devemos preencher a lacuna de forma correta. Vejamos:

    Quando passar a pandemia (1º) , os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença (2º) retomarão (3º) relacionamentos sociais e familiares? (4º)

    O 1º termo isolado pela vírgula é uma oração subordinada adverbial temporal e, por isso, está isolado pela vírgula.

    O 2º termo não pode ser virgulado, porque jovens e idosos são núcleos do sujeito da conjugação verbal "retornarão".

    O 3º termo não pode receber a vírgula, porque relacionamentos é o núcleo do complemento verbal do verbo anterior.

    O 4º termo recebe o ponto de interrogação para introduzir uma pergunta.

    A sequência correta é: vírgula – Ǿ – Ǿ – interrogação.

    GABARITO: D

  • A primeira virgula foi usada para isolar uma oração subordinada adverbial; A ausência de virgula no segundo e terceiros espaços é porque sujeito e predicado não podem ser separados por virgulas, bem como o Verbo Transitivo dos seus complementos. O ponto de interrogação no final do período é usado por se tratar de uma pergunta. O período ficará assim:

    "Quando passar a pandemia ( , ) os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença ( )retomarão ( )os relacionamentos sociais e familiares (?).

    GABARITO: D

    INSTAGRAN: @simplificandoquestoescombizus (Jefferson Lima)

  • "Quando passar a pandemia ( , ) oração subordinada adverbial temporal 

     os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença ( ) nao existe virgula entre o sujeito e o verbo

    retomarão ( ) nao existe virgula entre o verbo e o complemento.

    os relacionamentos sociais e familiares (?). por eliminação só sobrou a interrogação na questão.

  • Quando passar a pandemia, os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença retomarão os relacionamentos sociais e familiares?

    temos uma oração adverbial temporal deslocada com mais de 2 elementos o que se faz obrigatório o uso da vírgula!

    gabarito letra ''d''

  • Galera, há oito semanas, comecei utilizar os MAPAS MENTAIS PARA CARREIRAS POLICIAIS, e o resultado está sendo imediato, pois nosso cérebro tem mais facilidade em associar padrões, figuras e cores.

    Estou mais organizado e compreendendo grandes quantidades de informações;

    Retendo pelo menos 85% de tudo que estudo;

    E realmente aumentou minha capacidade de memorização e concentração;

     Obs.: Alguns mapas mentais estão gratuitos o que já permite entender essa metodologia.

    Super método de aprovação para carreiras policiais, instagram: @veia.policial

    “FAÇA DIFERENTE”

    SEREMOS APROVADOS EM 2021!

  • tem questao que vc so responde com a biblia na mao...

  • Impressão minha ou essas questões de 2021 que foram adicionadas à plataforma estão meio confusas?

  • como eu iria saber que isso era uma pergunta? paciência viu...

  • GABARITO: LETRA D

    • Quando passar a pandemia (oração subordinada adverbial temporal)
    • os jovens e os idosos isolados pelo risco da doença (proibido separar SVC)
    • retomarão (proibido separar SVC)
    • os relacionamentos sociais e familiares (uma pergunta)

ID
5050189
Banca
GS Assessoria e Concursos
Órgão
Prefeitura de Jardinópolis - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A/o ________________ é um sinal de pontuação que exerce três funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da voz na leitura; enfatizar e ou separar expressões e orações, impedir qualquer ambiguidade.

Assinale a alternativa que preenche corretamente o espaço em branco.

Alternativas
Comentários
  • [GABARITO: LETRA B]

    A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e orações; impedir qualquer ambiguidade.

    FONTE: WIKI.

  • gaba B

    A/o VÍRGULA é um sinal de pontuação que exerce três funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da voz na leitura; enfatizar e ou separar expressões e orações, impedir qualquer ambiguidade.

    pertencelemos!

  • GABARITO B

    Um adendo: A vírgula, na escrita, não necessariamente é uma pausa na fala, mas leva em conta a sintaxe.

    se for pela lógica da respiração não vai se dar bem, rs.

    Quando não usar - Regras básicas:

    1) A vírgula não pode ser usada entre o sujeito e logo após o seu verbo.

    – Todos os alunos daquele professor, entenderam a explicação

    2) A vírgula não pode ser usada entre o verbo e logo após o seu complemento (objeto direto, indireto (em forma de oração, inclusive)) ou predicativo do sujeito.

    – Os alunos entenderam, toda aquela explicação do professor sobre vírgula

    3) A vírgula é facultativa entre o complemento de um verbo e logo após um adjunto adverbial. – Nossos alunos ficaram exercitando questões de vírgula ontem à noite.

    4) A vírgula não pode ser usada entre um substantivo e seu complemento nominal ou adjunto adnominal. – Todos os alunos, daquele professor entenderam a explicação.

    5) A vírgula não pode ser usada entre a locução verbal de voz passiva e o agente da passiva. – Todos os alunos foram convidados, por aquele professor para a Feira

  • Isso o ponto-e-vírgula também faz.

  • Muito incompleto o enunciado.

    A vírgula também separa termos coordenados (como enumeração).

  • Galera, há oito semanas, comecei utilizar os MAPAS MENTAIS PARA CARREIRAS POLICIAIS, e o resultado está sendo imediato, pois nosso cérebro tem mais facilidade em associar padrões, figuras e cores.

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    Retendo pelo menos 85% de tudo que estudo;

    E realmente aumentou minha capacidade de memorização e concentração;

     Obs.: Alguns mapas mentais estão gratuitos o que já permite entender essa metodologia.

    Super método de aprovação para carreiras policiais, instagram: @veia.policial

    “FAÇA DIFERENTE”

    SEREMOS APROVADOS EM 2021!


ID
5069134
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEED-PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5A1-I


    As palavras têm um poder tremendo. Repito com assertividade: as palavras têm um poder tremendo. Há palavras que edificam, outras que destroem; umas trazem bênção, outras, maldição. E é entre estas duas balizas que a comunicação vai moldando a nossa vida.
   Há palavras que deviam ser escondidas num baú fechado a sete chaves. Porque não edificam, porque magoam, porque destroem… Há uns tempos fui fazer um exame médico. Após o questionário clínico habitual, a médica prosseguiu: “Agora, vou fazer-lhe umas maldades”. Nesse instante, o meu corpo sucumbiu e o desmaio tornou-se iminente. Ora, a palavra maldade magooume mais do que o próprio exame. Teria sido muito sensato ter escondido tal palavra num quarto escuro. Não teria magoado tanto.
     Mas voltemos às palavras amigas, as que mimam, as que confortam, as que aquecem o coração.
    Sabiam que podem mudar o dia de alguém com uma calorosa saudação? “Bom dia, como está?” Experimentem, sempre que comunicam, escolher palavras com carga afetiva positiva! Por exemplo, se substituírem a palavra “problema” por “situação”, o problema parece tornar-se mais pequeno, não parece? Ou então acrescentar adjetivos robustos quando agradecem a alguém: “Obrigada pela sua preciosa, valiosa ajuda”.
     Se queremos relações pessoais e profissionais mais saudáveis e felizes, usemos e abusemos das palavras positivas na nossa vida. E não nos cansemos de elogiar. Palavras de louvor e honra trazem felicidade não só a quem as recebe, mas também, e sobretudo, a quem as oferece. 

Sandra Duarte Tavares. O poder das palavras. In: Visão, ed. 1298, 2017.
Internet: <visao.sapo.pt> (com adaptações)

No texto 5A1-I, o emprego de reticências no trecho “Porque não edificam, porque magoam, porque destroem…” expressa a ideia de

Alternativas
Comentários
  • Apresenta uma ideia que não foi finalizada, pois há mais elementos que podem ser listados.

    Gabarito: letra B

    Bons estudos

  • #simplificando

    Letra: B

    Existe a possibilidade de mais informações serem adicionadas por isso a ideia de está incompleta.

  • poderia ser completado por quase infinitas palavras

  • Da a mesma ideia do ETC (entre outras coisas). Em um texto, posso usar o "..." como o "etc." (etc sempre seguido de ponto final).

    Resumindo: Ideia de que têm mais coisas por ai, mas você entendeu.. Portanto, incompletude.

    E pelo amor de Deus CESPE, coloca numeração nessas linhas aeeeeeeeeeeee

  • As reticências indicam que possuem elementos a ser inseridos no texto, ou seja, não temos uma ideia finalizada.

    incompletude. Significado de Incompletude. substantivo feminino Qualidade de incompleto, do que não está acabado, completo, perfeito. [Por Extensão] Em ...

  • Acredito que o gabarito também poderia ser a letra C.

    Se algo tem sentido de incompleto é porque o autor de alguma forma interrompeu sua continuidade e isso acabou gerando uma incompletude. Acredito que as duas coisas estão amarradas.

  • Reticências:

    Indica uma interrupção de algo que iria continuar;

    Supressão da parte do texto(...).

  • Pra mim tava mais pra incompletude. Mudei de opção e me Ferrei.

    GABA B

  • Reticências

    As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

    - Para indicar continuidade de uma ação ou fato Por Exemplo:

    O tempo passa...

    - Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Por Exemplo:

    Vim até aqui achando que...

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. Por Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?

    – Vamos...Não...Pois vamos." Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

    - Para realçar uma palavra ou expressão. Por Exemplo:

    Não há motivo para tanto...mistério.

    - Para realizar citações incompletas. Por Exemplo:

    O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro: "Deitado eternamente em berço esplêndido...

    - Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor. Por Exemplo: 

    "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)

  • descontinuidade

    substantivo feminino

    1. qualidade do que é descontínuo.
    2. interrupção da continuidade.

    Na minha visão a C também poderia ser. Questão passiva de anulação.

  • As questões da Cespe para o cargo de professor de Português são muitos mais fáceis a questões para outras áreas , afs!

  • qual a diferença de incompletude e descontinuidade?

  • "ReticênciasDenotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo (...)

    Postas no fim do enunciado, as reticências dispensam o ponto final, como se pode ver nos exemplos acima.

    Se as reticências servem para indicar uma enumeração inconclusa, podem ser substituídas por etc.

    Na transcrição de um diálogo, as reticências indicam a não resposta do interlocutor.

    Numa citação, as reticências podem ser colocadas no início, no meio o no fim, para indicar supressão no texto transcrito, em cada uma dessas partes. Quando há supressão de um trecho de certa extensão, costuma-se usar uma linha pontilhada. Depois de um ponto de interrogação ou exclamação podem aparecer as reticências."

    Fonte: Gramática do Bechara

  • excelentes comentários

  • Aprendendo que as reticências têm valor de "etc.", ou seja, valor de descontinuidade, de que há uma lista ainda maior de elementos.

  • Gabarito B

  • Gabarito: b

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Retic%C3%AAncias

    --

    Reticência: A utilização deste gênero de pontuação indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar (incompletude) e que transmite, por parte de quem exprime esse conteúdo, reticência, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não é. Geralmente indica uma omissão intencional de uma palavra, sentença ou seção inteira de um texto sem alterar seu significado original.

  • ... (e por aí vai)

  • CESPE ...

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  • Ideia de continuidade, incompletude, não finalizada.

    "Quando eu passar no concurso, irei comprar um carro novo, viajar..."

  • Acertei esta questão!.. mas por faze-la com atenção!.. pois o "CEBRASPE", esta inovando tanto!.. que trocou o termo "continuação de pensamento" por "incompletude"...

  • Aquele tipo de questão q o gabarito é a gosto da banca

  • o português nao tem fim

  • "As reticências denotam interrupção ou incompletude do pensamento ou hesitação em enunciá-lo."

    Fonte: PDF - Gran Cursos

  • incompletude:

    1. qualidade ou estado do que é ou está incompleto.

    Fonte: Definições de Oxford Languages

    A autora não terminou a frase, ela poderia ter continuado com infinitas outras palavras, como "porque entristecem, porque desagradam...".

  • Minha contribuição.

    Reticências: são usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar a ideia de continuidade ao segmento.

    Ex.: O amor na humanidade é uma mentira! E é por isso que na minha vida...

    Ex.: Então, ele entrou na sala e...

    Ex.: Eu até acho você aceitável, mas...

    Fonte: Jamilk

    Abraço!!!

  • USO DAS RETICÊNCIAS

    → Indicam uma interrupção de algo que ia continuar;

    → Sinaliza uma ideia não concluída algo que o escritor deixa no ar.

    Letra B

  • Viu reticências ...

    significa que não foi dito tudo , o pensamento não foi concluído, algo incompleto .

    Gab: B

  • Idéias que não se completaram. Tem também os [...] usados em monografias e TCC's, que ai é pra reduzir o número de caracteres, resumir o pensamento.

  • Vai nessa rsrsrsrsrs vai pensando !

  • GABARITO: B

    Lê o trecho comigo, com calma, olha:

    "Há palavras que deviam ser escondidas num baú fechado a sete chaves. Porque não edificam, porque magoam, porque destroem"

    ... porque fazem mal, porque maltratam, porque são tóxicas...

    As reticências nos dão a ideia de há mais motivos para uma palavra ser escondida dentro de um baú e não só aqueles citados no fragmento. Entretanto, o autor não quis pontuar todos os motivos, mas apenas alguns exemplos, sem esgotá-los.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

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ID
5094868
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Alumínio - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


Tecnologia


       Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. [...]

      Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. [...]

     Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. 


(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em http://pensador.uol.com.br/

contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)

Considere o trecho do texto:

Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável.

Outro modo de reescrever e pontuar corretamente esse trecho, mantendo o sentido, é:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A

    1° Vírgula: Ponto pode ser substituído por vírgula quando vem seguido de conjunção adversativa.

    2° Vírgula Separa oração coordenada adversativa (iniciada com "mas") da oração subordinada condicional (Iniciada com "se") intercalada.

    3°Vírgula: finaliza oração intercalada e a separa da continuidade da oração coordenada ( que havia sido iniciada por "mas")

    Se eu errei em alguma coisa, me mandem mensagem, por favor.

  • Na letra A, o "mas" está intercalado, a letra A não estaria errada?

  • Felipe, eu entendi que esta vírgula depois do mas na verdade está intercalando a oração se apenas ignorasse, tanto é que se ela for descolada não muda o sentido.

  • A) Simplesmente ignora você, mas, se apenas ignorasse, ainda seria suportável.

    pessoal sempre que virem um "mas" intercalado, antes de julgar a questão como errada, analise se a frase, oração ou palavra QUE VEM depois dele não está intercalada, pois caso seja isso a segunda virgula (após o "mas") não é dele

    letra: A

  • cópia perfil mesmo comédia
  • Questão de pontuação eu simplesmente acerto sem entender o porquê. Parando pra pensar agora, acho que se deve ao fato de eu ler uma quantidade razoável de livros por mês. Vamos ler mais galera, tudo para ajudar na posse.

  • Se as questões de português viessem com "justifique sua resposta" eu estaria lascado rsrs Ou, responderia como Chicó "Não sei, só sei que foi assim".


ID
5097208
Banca
NC-UFPR
Órgão
FOZPREV
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a pontuação deixa claro que a amiga de Carlota se chama Juraci.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA C: Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    OBS: tirei a parte destacado em vermelho rsrsrs...

  • Realmente, não entendi essa questão. Inclusive, marquei a letra "D" , pois para mim é essa a alternativa em que se evidencia que a amiga de Carlota é a Juraci. Pessoal, se alguém puder meexplicar agradeço demais.

  • Pra quem marcou a letra D: Perceba que se juntar as frases, desconsiderando o termo isolado, ficaria sem sentido. Repare:

    Minha amiga! Está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Mas por que fica sem sentido? Note que na oração, a Carlota não conversa diretamente com a Juraci, e sim com outra pessoa falando sobre a Juraci, que é sua amiga.

    A letra C realmente é o gabarito. Façamos a mesma coisa na oração acima:

    Minha amiga, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Perceba que a Juraci é o aposto explicativo, formando uma ideia lógica de sentido.

  • A Juraci (APOSTO)

  • só li o começo e ''esqueci'' o restante da frase, ou melhor, ignorei, por isso errei.

  • Por que não é letra A ?, por favor alguém me explica.

  • PM-PR NA VEIA

  • Nossa que questão fácil.. Rumo a PCPR!
  • Minha amigadisse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Qual amiga? a Juraci.

    Nota-se que Carlota enfatiza em dizer que a amiga que citou é a famigerada Juraci. Deste modo, podemos aferir que tal alternativa é a correta.

  • A questão pede a alternativa que deixa claro que a amiga de Carlota se chama Juraci:

    A) Minha amiga - disse Carlota a Juraci - está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Nesta alternativa, a Carlota está falando algo a Juraci, em nenhum momento Carlota deixa claro que é amiga da Juraci.

    B) Minha amiga disse: “Carlota, a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”.

    Nesta alternativa, uma frase de uma terceira pessoa está sendo citada entre aspas, ainda assim, não tem o que a questão pede.

    C) Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Esta frase está pedindo o que a questão falou, pois ela deixa claro que a Carlota é amiga da Juraci, a qual está com ótimas ideias para a loja, ou seja, "a Juraci" é aposto do "Minha amiga" no início da frase.

    D“Minha amiga!”, disse Carlota a Juraci, “está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”.

    Aqui, igual na alternativa A, é uma conversa em que Carlota cita outra pessoa a Juraci.

    E) Minha amiga disse, Carlota: a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    Igualmente à alternativa B, outra pessoa é quem está falando, não deixando claro que Carlota é amiga de Juraci.

    Para fazer este tipo de questão, é necessário analisar bem as frases e saber interpretar aquilo que foi pedido, quem tem o hábito de ler, normalmente não sente muitas dificuldades. Não desista!

  • UFPR ama cobrar aposto

  • Existe uma teoria que Deus deixou o Diabo criar uma coisa, estou achando que foi a UFPR

  • Eu amo uma banca de concursos...
  • Questão bisonha! Ou eu estou moscando até agora!!!!!

  • Primeira coisa: se atenha, RESTRITAMENTE, ao que a questão pede.

    Assinale a alternativa em que a pontuação deixa claro que a amiga de Carlota se chama Juraci.

     

    A.   Minha amiga - disse Carlota a Juraci - está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação. – aqui a Carlota está falando com Juraci sobre sua amiga (da Carlota). Juraci não é necessariamente amiga de Carlota, é apenas a ouvinte.

     

    B.    Minha amiga disse: “Carlota, a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”. – aqui é uma fofoca, vc contando a alguém que sua amiga falou isso (não dá pra saber também se a Carlota é amiga de Juraci)

     

    C.    Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação. – um pouco truncado, mas perfeito. “Minha amiga, a Juraci (aposto explicando que a Juraci é de fato amiga)”, e quem disse isso foi Carlota. Logo, Carlota é amiga de Juraci. Ressaltando que isso fica BEM CLARO no texto.

     

    D.   “Minha amiga!”, disse Carlota a Juraci, “está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação”. – aqui em primeiro momento fiquei na dúvida. Mas se vc voltar para o enunciado da questão, tem que marcar a alternativa em que A PONTUAÇÃO DEIXA CLARO QUE A AMIGA DE CARLOTA SE CHAMA JURACI.

     

    Na alternativa: “Minha amiga! (vocativo) Está com ótimas ideias...”

    - aqui concluímos que Carlota é amiga de Juraci, mas isso NÃO FICA CLARO no texto que a amiga de Carlota se chama Juraci, nós é que deduzimos pelo vocativo feito pela Carlota.

    - além disso, há outro erro: segundo PESTANA (pg. 692, A gramática para concursos públicos), as aspas são usadas “antes e depois de citações textuais”, sendo que essa 2ª citação está solta, sem qualquer explicação. Estaríamos inferindo que se trata de uma fala da Carlota para Juraci (e que se trata de oração sem sujeito).

     

    E.    Minha amiga disse, Carlota: a Juraci está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação. – aqui tem erro do uso dos dois pontos. E não tem como concluir que Carlota é amiga de Juraci.

  • gab c!

    O travessão tem várias funções, mas nesse caso ele somente marca o autor da frase do diálogo. (ele marca quem falou). Só Por isso ele ta ai. Por isso tem uma vírgula depois dele. A vírgula que está no comando de deixar ''Juliana' como um aposto.

    Minha amiga – disse Carlota –, a Juraci, está com ótimas ideias para nossa loja explorar na próxima estação.

    portanto:

    Minha amiga, A Juraci, está com ótima ideias. (A juraci = aposto) Entre vírgulas, como todo aposto.

  • UFPR vem pra te mostrar que seu ensino médio foi um lixo.

  • é muita dro-ga na cabeça prum fi du-ma é-gu-a elaborar uma questão dessa!

  • pesado

  • UFPR cobra bastante gramática, quem estava estudando somente CESPE se dá mal aqui

  • pense numa banquinha carniceira [C]✓

ID
5174881
Banca
FAUEL
Órgão
Prefeitura de Catanduvas - PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o poema a seguir, escrito por Vinicius de Moraes e Tom Jobim, para responder a próxima questão.

“Tristeza não tem fim
Felicidade sim…

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar.

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor.

A felicidade é uma coisa louca
Mas tão delicada, também
Tem flores e amores de todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo isso ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato sempre dela muito bem”.

Logo no início do poema, ao fim do segundo verso, aparece o sinal de pontuação denominado reticências (…). Nesse caso, esse sinal de pontuação é empregado para:

Alternativas
Comentários
  • ....

    dar ao leitor uma sensação de prolongamento no tempo.

    SERIO?????

    Se fosse prolongamento no termo acho que eu teria acertado

  • N se moldem por questões desse tipo, acertei pq foi a Mais "certa"

  • A questão mobiliza conhecimentos sobre pontuação e, mais especificamente, sobre o uso das reticências. O enunciado aborda o seguinte trecho do poema: “Tristeza não tem fim / Felicidade sim…"

    O poema é construído a partir da noção de que a felicidade é algo muito breve e delicado em comparação à tristeza. As imagens criadas indicam essa condição de delicadeza e de difícil equilíbrio: pluma, gota, orvalho em uma pétala de flor, ninho de passarinhos, entre outras. A ideia de ironia não é presente na obra. Logo, a alternativa A pode ser descartada.

    Não é possível depreender também uma citação ou um diálogo a partir do poema apresentado. Sendo assim, as alternativas B e D também podem ser excluídas.

    As reticências são empregadas para exprimir a ideia de que o pensamento não se completa com o final da frase, dando, portanto, ao leitor a ideia de que ele pode preencher/ prolongar o sentido inicial apresentado. A alternativa que indica a função das reticências é a letra C.

    Gabarito da Professora: Letra C.

ID
5221498
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IBGE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1A1-I

  Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou, como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de caças abatidas por cada um deles.
   Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente, as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco na categoria das inúteis.
    Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
   Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito. 
Luiz Ruffato. Meus romances preferidos.
Internet: <brasil.elpais.com> (com adaptações).

No segundo parágrafo do texto 1A1-I, o emprego das reticências indica que

Alternativas
Comentários
  • GAB B

    Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... (Não acaba aqui, tem mais)

    EXAUSTIVA = que esgota ou se destina a esgotar; que abrange até os mínimos pormenores.

    • Logo, "não é exaustiva" significa falar que "não" se esgota.
  • O mesmo que dizer: a lista de metas apresentada não é TAXATIVA.

  • Gabarito: LETRA B

    Apresenta uma ideia que não foi finalizada, pois há mais elementos que podem ser listados.

    Da a mesma ideia do ETC (entre outras coisas). Em um texto, posso usar o "..." como o "etc." (etc sempre seguido de ponto final).

    NÃO EXAUSTIVO:

    Ideia de que têm mais coisas por ai, você entendeu.. Portanto, incompletude.

  • alguém me explica a diferença entre a B e D?

  • Gab: B

    Acredito que a diferença entre a B e a D para acertar a questão, seria que a letra D extrapola ao falar que não tem fim, sendo que no contexto do texto, sabemos que ele colocou alguns exemplos que são usados naquelas listas.

    "Aaaaah, mas se você olhar no dicionário exaustivo significa que abrange até os mínimos pormenores"

    Isso! abrange até os mínimos pormenores não quer dizer que NÃO TEM FIM.

  • Não é exaustiva é o mesmo que se exaurir ", terminar

  • E de lascar o candidato.

  • Caraca,poderia ser mais outras alternativas ai...ficou a critério da banca ué!!

  • Que loucura é essa ? Não entendi nada desse gabarito.

  • Fui olhar a banca, então aceitei.

  • Se ela NÃO ACABA na reticências também não se entende que o autor NAO CONCLUIU SEU pensamento?
  • RETICÊNCIAS

     

    o emprego de reticências no trecho “Porque não edificam, porque magoam, porque destroem…” expressa a ideia de INCOMPLETUDE.

  • Letra B.

    Família, não exaustivo significa que a lista não se acaba ali, há outras opções e alternativas. Os colegas que estudam direitos sabem bem o significado de, por exemplo, uma característica de um direito não ser exaustivo, por exemplo, direitos humanos, direitos estes que não se esgotam em si mesmos; estão sempre evoluindo... sempre há uma nova interpretação, um novo direito.

  • Gabarito equivocado! Passivo de recurso.

  • CABE RECURSO FACILMENTE.

  • Calma pessoal! Já liguei para o meu avô, ele está em DOHA com Paulo Guedes. Quando ele voltar, ele irá resolver isso!

  • Foi mais uma cobrança de interpretação de texto do que de pontuação.

  • A o autor não quis revelar todas as suas metas para o novo ano. ERRADO As metas são das pessoas e não do autor "Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas "

    Ba lista de metas apresentada não é exaustiva. CERTO: Percebe-se que tinha mais metas a serem listadas, mas não foram.

    C o autor mudou de ideia entre uma frase e outra. ERRADO até pode ser que ele está citando isso, mas não é a função principal das reticências.

    D a lista de metas para o ano novo não tem fim. ERRADO: não é possível garantir isso, seria uma extrapolação. Até posso garantir que a lista não é exaustiva, mas não que ela seja infinita.

    E o autor não conclui seu pensamento. ERRADO: ele conclui ao comentar sobre a ultima meta citada "Essa elenco na categoria das inúteis."

  • Banca FDP!!!

  • Siceramente não entendi

  • A CESPE já considerou estrapolação por muito menos que isso, mas ok.

  • Significado de Exaustivo:

    Que extenua ou fatiga; que esgota, esmiúça até aos últimos detalhes; detalhado, pormenorizado.

    Contudo, não podemos afirmar que é infinito.

  • Essa prova de Agente de Pesquisas foi realmente difícil.

  • SE NÃO FOSSE EXAUSTIVA, NÃO TERIA FIM. LOGO, VC IRIA CANSAR DE LER A LISTA DE METAS.

  • b) Exaustiva é o feminino de exaustivo. O mesmo que: detalhada, pormenorizada.

    ... não quer detalhar a lista

  • que doideira kk fiquei mais perdido do que o ciclope usando binóculo.
  • prova mais difícil que a da PF

  • As alternativas B e D pra mim, têm o mesmo significado.

    Não ser exaustivo e não ter fim não seria a mesma coisa ? Pqp viu

  • Valeu, DIREITO CONSTITUCIONAL!! Tmj

  • Como mencionou anteriormente o colega Iago Martins, para esta questão caberia anulação pois traz duas respostas que podem ser consideradas como corretas. Letras B e D

  • é de esgotar o candidato kkkk
  • Rapaz, não é desculpa de aluno que erra a questão não, mas pra mim ela não mede o conhecimento do aluno com esses tipos de pergunta, pois o examinador pode colocar tanto a letra B como a D como corretas, pois ambas coadunam com as regras gramaticais para o uso das reticências.

  • No começo eu não entendi e o final parecia o começo!
  • Parabéns aos que não foram tão bem mas que em vez de reclamar estão estudando para melhorar. São esses os futuros aprovados nas próximas provas.

    Já o povo do choro/reclamação vai estar aqui de novo pra reclamar nas próximas hehehe

  • Acredito que houve uma extrapolação no item D, entre dizer que algo não é finito ou é infinito, dado o contexto e a questão, acredito que se encaixe melhor a letra B

  • A diferença entre a B e a D é bem simples, é ÓBVIO que a lista tem fim galera, ninguém fica escrevendo uma lista pra sempre com os objetivos para o ano novo, já a letra B diz que a lista é exaustiva, ou seja, há mais objetivos do que aqueles exemplificados, mas em momento nenhum diz que a lista não tem fim.

    Forçação da banca? Sim, eu concordo totalmente que foi forçado

  • cabe Recurso

    B e D, ao meu ver afirmam a mesma coisa.

    Mas pela banca o GAB = B

  • Essa prova superou a da PRF !

    Aveeee Maria

  • Iago, exaustiva significa que os exemplos não se exaurem apenas nos citados no texto. A letra B afirma que a lista de metas para o ano novo é infinita quando diz "não tem fim", porém, está incorreta, porque na verdade ela é não exaustiva. Por isso a letra B está correta.

  • A meu ver o autor não concluiu o seu pensamento, apenas fez um adendo em relação a última meta. Mas estamos falando de cespe. Pra mim a mais adequada seria a alternativa "e".

    GABA B

  • Pessoal, "não exaustiva" e "infinita (não ter fim)" não são a mesma coisa. Pelamor...

    NÃO EXAUSTIVA - FORAM CITADOS ALGUNS CASOS, MAS HÁ MAIS (podem ser mais 10, podem ser mais 20... por aí vai)

    NÃO TEM FIM - CERTAMENTE HÁ UM NÚMERO ILIMITADO

  • Se a lista e não exaustiva é o mesmo que dizer que ela não tem fim. Logo, a questão tem duas respostas: B e D.

  • Se a lista e não exaustiva é o mesmo que dizer que ela não tem fim. Logo, a questão tem duas respostas: B e D.

  • Se a lista e não exaustiva é o mesmo que dizer que ela não tem fim. Logo, a questão tem duas respostas: B e D.

  • Letra B

    Exatamente, é uma lista meramente exemplificativa.

    Veja que o autor elenca exemplos do que ele considera uma lista inútil.

  • EAI CONCURSEIRO!!!

    Me diz uma coisa, esta fazendo só questões e esta esquecendo de treinar para a REDAÇÃO!?

    Por que não adianta de nada passar na prova objetiva e reprova na redação, se isso acontece contigo vai ser um trauma para o resto da vida.

    Pensando nisso deixo aqui minha indicação de um curso de redação que tem me ajudado muito na preparação, quem tiver interesse em melhorar na discursiva é uma boa opção.

    Link do site: https: //go.hotmart.com/D49209586D

  • Letra B é a resposta.

    Com relação a letra D, temos que considerar a logica de uma lista né. Se ela for infinita, como vamos selecionar aquilo que queremos? Como vamos saber o que é importante dentre um conjunto de Coisas ? Logo, a lista pode ser extensa, mas é finita.

    Ex: Pense nas matérias do seu concurso. Você fará um lista do que cai mais em prova com base nos editais passados. Não é viável fazer uma lista infinita com todas as questões de todas as bancas e de todos os anos. Não atenderá ao que é pretendido com a lista

    Corroborando com esse raciocínio, o autor introduz seu texto com: Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou, como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de caças abatidas por cada um deles..

    Perceberam? As listas tem finalidade específicas.

  • Não numerus clausus = não taxativo = exemplificativo kkkkkk

  • detalhe sutil, tomei nokuKKKKK gostei
  • Para acertar a afirmativa o mais importante é saber o significado de (Exaustivo) = .que esgota ou se destina a esgotar; que abrange até os mínimos pormenores. No texto, as reticencias apontam que essa lista não se acaba ali.

  • Esta é uma questão sobre o uso da pontuação, especificamente, sobre uso das reticências. De acordo com o texto, há dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Após enumerar uma série de listas inúteis, o autor emprega as reticências. Como recurso de expressão, qual seria o sentido agregado por essa opção no texto?

    As reticências são empregadas em algumas situações:
    1) Para marcar a interrupção da fala de um personagem por outro;
    2) Para indicar uma divagação na fala do narrador ou de algum personagem;
    3) Para marcar uma suspensão por razão de dúvida ou surpresa;
    4) Para indicar uma reflexão de natureza emocional;
    5) Para assinalar que a reflexão expressa não se conclui com a frase e que, portanto, deve ser completada na interlocução com o leitor.

    No texto, as reticências encerram uma enumeração de metas de ano novo, consideradas pelo autor como inúteis inicialmente e depois necessárias. A frase parece, portanto, não se encerrar após a enumeração, pois ela pode ser completada pelo interlocutor. Afinal, as resoluções de ano novo são recorrentes na sociedade e são também particulares, porque cada um tem uma lista própria de metas. Logo, se ela termina para um leitor, ela pode não terminar para outro. 

    Vejamos as alternativas incorretas:
    A) o autor não quis revelar todas as suas metas para o novo ano. Incorreto, o objetivo do texto não era revelar as metas do autor para o ano novo.
    C) o autor mudou de ideia entre uma frase e outra. Incorreto, não é possível afirmar que há uma modificação de ideia entre uma frase e outra.
    E) o autor não conclui seu pensamento.  
    Incorreto, a conclusão do pensamento é expressa na frase seguinte (“Essa elenco na categoria das inúteis"). 

    As alternativas possíveis são:
    B) a lista de metas apresentada não é exaustiva.  
    De acordo com a banca, essa alternativa é o gabarito oficial. O adjetivo “exaustivo/-a" designa aquilo que se esgota, além do sentido corrente de fatigante. Sendo assim, a lista de metas apresentada não se esgota. Essa alternativa encontra respaldo no texto. Pelo sentido mais restrito desse adjetivo, a alternativa agrega uma camada de dificuldade. Embora essa alternativa esteja em diálogo com o texto, as reticências também podem demonstrar uma interlocução com o leitor.

    Uma outra interpretação possível é que as reticências foram empregadas para indicar que a ideia não se completa com o término da frase e que o sentido deve ser completado na interlocução com o leitor. Essa interlocução é representada de forma recorrente ao longo do texto, como vemos no uso de “nosso antepassado", “se formos propor" e “nossos desejos". Sendo assim, é possível interpretar o uso das reticências como uma indicação de que a lista de metas para o ano novo não tem fim, porque cada leitor vai preencher de maneira diferente essa lacuna.


    D) a lista de metas para o ano novo não tem fim. 
    Pelo uso expressivo das reticências, essa alternativa também é uma alternativa válida. As reticências empregadas se enquadrariam na justificativa 5 para o uso das reticências: “Para assinalar que a reflexão expressa não se conclui com a frase e que, portanto, deve ser completada na interlocução com o leitor".

    Gabarito da Banca: Letra B .

    Gabarito da Professora: Letra D .
  • Mais uma que o gabarito pode ser A, B ou D e o examinador escolhe o que lhe convém e pronto.

  • Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... 

    O autor exemplifica as metas, e alternativa B diz que a lista não é exaustiva.

    Não exaustiva = exemplificativa

  • Eles tiram no carteado, após o expediente, a alternativa correta em questões assim.

  • Direito constitucional me salvando nessa questão. NUmmm creditooo kkkkkkk

  • GENTEEEEEEEEE ?? p quem nao é da área do direito q se lasque né

  • Fala concurseiro! Se seu problema é redação, então o Projeto Desesperados é a Solução. O curso é completo com temas, esqueleto, redações prontas, resumos em áudio, entre outras vantagens. Link: https://go.hotmart.com/A51646229K  
  • Não exaustiva = exemplificativa

  • Errei pela banca e acertei pelo comentário da professora.

  • O pessoal do direito acertou essa

  • Questão comédia, essa é a definição perfeita pra ela.

  • Isso foi uma prova para testar uma pessoa que vai ficar o dia inteiro no telefone ligando pra empresas. Detalhe: é temporário o contrato. Que maldade isso.

  • Discordo totalmente da Banca. As reticências podem ter mais de uma interpretação, dependendo de cada leitor. Elas podem facilmente uma ideia de exaustão e por isso foi usada para não cansar o leitor. Pode ainda dar uma ideia de que não tem fim. Na minha opinião isso foi uma ditadura da BANCA.

  • Quem marcou D acerto, quem marcou B já conhecia a questão ou leu na ordem e marcou logo, e também acertou.

  • Vai de mal a pior essas provas do CESPE. Nunca errei tanto. Estou apavorada.

  • Questão injusta com o candidato, muito subjetiva. Mas eu entendo que a letra D está extrapolando a ideia do texto, não dá para inferir se a lista tem ou não fim (obviamente ela tem), ela pode ser apenas muito extensa ao ponto de que o autor não queira citar tudo. Como as reticências indicam que há mais do que está ali presente no texto, então é de se concluir que a lista não é exaustiva.

  • Se não é exaustiva , poderia dizer que é infinita não ? Exemplificativa kkk . Acertei essa questão , mas essa banca e uma piada
  • Pedro trovador, em um texto conciso conseguiu trasmitir uma explicação melhor, mais direta e objetiva do que o professor do QC. Obg :)

  • Outra sobre reticências.

    Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEED-PR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEED-PR - Professor - Língua Portuguesa

    No texto 5A1-I, o emprego de reticências no trecho “Porque não edificam, porque magoam, porque destroem…” expressa a ideia de:

    b) incompletude.

  • Todo dia um choro diferente ao estudar pontuação para a banca cespe.... :/

  • GABARITO B

    exaustivo e a mesma coisa que taxativo.

    Taxativo relação de temas que tem caráter final.isto é que ja esta completo.

    E nao taxativo temas que não estão completos que ainda falta alguma coisa.

    Exemplo Artigo 144 da Constituição Federal órgãos de Segurança Pública é um rol taxativo não podem ser criado outros órgãos segurança que estão Nesse artigo da Constituição Federal.

    https://youtu.be/vFiR4EB6KeM

    a lista de metas apresentada não é taxativa ou não exastiva. Porquê ainda falta.

    Questão barril assunto uso das reticências e interpretação .


ID
5236261
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 01
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

O lixo nosso de cada dia
Após o feriado de São Sebastião, dia 20 de janeiro, a Comlurb recolheu 40 toneladas de lixo das areias da Praia de Copacabana. Os resíduos ficaram expostos para chamar a atenção da população. No início do ano, a queima de fogos nas praias do Rio durante os festejos do Réveillon resultou em 700 toneladas de lixo na orla carioca. [...] Mais um retrato do mau hábito de descartar lixo em local impróprio, ainda tão inserido na população, e de suas consequências para as finanças municipais e para o ambiente. [...]
É equivocado o pensamento de que limpeza urbana é um problema unicamente do poder público. Em muitos países, a população já compreendeu que o descarte e o tratamento do lixo também são de responsabilidade de quem o produz. Garantir que ele chegue ao destino adequado é uma questão de cidadania e respeito ao futuro.
Em Tóquio, por exemplo, não existe a necessidade de instalação de lixeiras nas ruas. Os moradores entendem que possuem a obrigação de levar o lixo para casa e separá-lo para a coleta seletiva. [...]
Já em terras cariocas, mais de 1,2 milhão de toneladas de lixo é recolhido por ano nas ruas da cidade, mais do que o dobro do que é lançado nas vias de países desenvolvidos, segundo dados da própria prefeitura. O grande impacto da sujeira para o orçamento fez com que a poder municipal chegasse a uma atitude extrema: a de multar aqueles que jogarem lixo nas ruas.
A medida [...] é eficiente, mas precisa ser aliada a campanhas de conscientização. [...] É preciso despertar o interesse em viver em um ambiente mais limpo e saudável, e a consciência de que é necessário cumprir nossos deveres de cidadão, como descartar o lixo corretamente. [...]

Fonte (adaptada): https://oglobo.globo.com/opiniao/o-lixo-nosso-de-cada-dia-11445133

Os colchetes foram usados no texto para:

Alternativas

ID
5236837
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 01
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

O lixo nosso de cada dia
Após o feriado de São Sebastião, dia 20 de janeiro, a Comlurb recolheu 40 toneladas de lixo das areias da Praia de Copacabana. Os resíduos ficaram expostos para chamar a atenção da população. No início do ano, a queima de fogos nas praias do Rio durante os festejos do Réveillon resultou em 700 toneladas de lixo na orla carioca. [...] Mais um retrato do mau hábito de descartar lixo em local impróprio, ainda tão inserido na população, e de suas consequências para as finanças municipais e para o ambiente. [...]
É equivocado o pensamento de que limpeza urbana é um problema unicamente do poder público. Em muitos países, a população já compreendeu que o descarte e o tratamento do lixo também são de responsabilidade de quem o produz. Garantir que ele chegue ao destino adequado é uma questão de cidadania e respeito ao futuro.
Em Tóquio, por exemplo, não existe a necessidade de instalação de lixeiras nas ruas. Os moradores entendem que possuem a obrigação de levar o lixo para casa e separá-lo para a coleta seletiva. [...]
Já em terras cariocas, mais de 1,2 milhão de toneladas de lixo é recolhido por ano nas ruas da cidade, mais do que o dobro do que é lançado nas vias de países desenvolvidos, segundo dados da própria prefeitura. O grande impacto da sujeira para o orçamento fez com que a poder municipal chegasse a uma atitude extrema: a de multar aqueles que jogarem lixo nas ruas.
A medida [...] é eficiente, mas precisa ser aliada a campanhas de conscientização. [...] É preciso despertar o interesse em viver em um ambiente mais limpo e saudável, e a consciência de que é necessário cumprir nossos deveres de cidadão, como descartar o lixo corretamente. [...]

Fonte (adaptada): https://oglobo.globo.com/opiniao/o-lixo-nosso-de-cada-dia-11445133 

Os colchetes foram usados no texto para:

Alternativas

ID
5237131
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 01
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

O lixo nosso de cada dia
Após o feriado de São Sebastião, dia 20 de janeiro, a Comlurb recolheu 40 toneladas de lixo das areias da Praia de Copacabana. Os resíduos ficaram expostos para chamar a atenção da população. No início do ano, a queima de fogos nas praias do Rio durante os festejos do Réveillon resultou em 700 toneladas de lixo na orla carioca. [...] Mais um retrato do mau hábito de descartar lixo em local impróprio, ainda tão inserido na população, e de suas consequências para as finanças municipais e para o ambiente. [...]
É equivocado o pensamento de que limpeza urbana é um problema unicamente do poder público. Em muitos países, a população já compreendeu que o descarte e o tratamento do lixo também são de responsabilidade de quem o produz. Garantir que ele chegue ao destino adequado é uma questão de cidadania e respeito ao futuro.
Em Tóquio, por exemplo, não existe a necessidade de instalação de lixeiras nas ruas. Os moradores entendem que possuem a obrigação de levar o lixo para casa e separá-lo para a coleta seletiva. [...]
Já em terras cariocas, mais de 1,2 milhão de toneladas de lixo é recolhido por ano nas ruas da cidade, mais do que o dobro do que é lançado nas vias de países desenvolvidos, segundo dados da própria prefeitura. O grande impacto da sujeira para o orçamento fez com que a poder municipal chegasse a uma atitude extrema: a de multar aqueles que jogarem lixo nas ruas.
A medida [...] é eficiente, mas precisa ser aliada a campanhas de conscientização. [...] É preciso despertar o interesse em viver em um ambiente mais limpo e saudável, e a consciência de que é necessário cumprir nossos deveres de cidadão, como descartar o lixo corretamente. [...]

Fonte (adaptada): https://oglobo.globo.com/opiniao/o-lixo-nosso-de-cada-dia-11445133

Os colchetes foram usados no texto para:

Alternativas
Comentários
  • D

    Indicar omissões de partes na transcrição de um texto.


ID
5243527
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Brejetuba - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Análise o período abaixo:


“Carmem foi a Paris e comeu croissant, petit gâteau, macarons...” 


As reticências usadas:

Alternativas

ID
5305558
Banca
FAUEL
Órgão
Prefeitura de Centenário do Sul - PR
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O poema a seguir também foi escrito por Mário Quintana. Considere-o para responder a próxima questão.

Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente”. 

No antepenúltimo verso do poema, o autor emprega um sinal de pontuação representado por três pontos. Marque a alternativa que indica o nome desse sinal.

Alternativas
Comentários
  • As reticências são, na escrita, uma sequência de três pontos no início, meio, ou fim de uma frase. A utilização deste gênero de pontuação indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte de quem exprime esse conteúdo, reticência, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não é

  • Kkkkkkkkkkkkkk

  • kkkkkkkkkkkkkkkkk ta de sacanagem


ID
5317996
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o diálogo abaixo.


— Será que, depois de tudo que aconteceu, o Zeca vai se atrever a vir aqui.

— Eu acho que... Não sei... Creio que sim. Se a necessidade for maior que o escrúpulo...

— Tem gente de todo tipo neste mundo mesmo!


Quanto à pontuação, quais falas estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • A primeira está errada pois a vírgula quebra o sentido do texto.

  • Gab A

    Acredito que o erro na primeira fala é o fato de se tratar de uma pergunta e não ter o ponto de interrogação no final da oração:

    — Será que, depois de tudo que aconteceu, o Zeca vai se atrever a vir aqui?

  • poxa EEAR considerava como interrogativa indireta kkkkkkkkk não fod*

  • A questão requer conhecimento sobre o emprego dos sinais de pontuação.

    No 1º diálogo, faltou apenas o ponto de interrogação, dado que se trata de uma pergunta feita pela personagem.

    No 2º diálogo, as reticências foram muito bem empregadas, visto que estas marcam a interrupção da mensagem e, numa conversa informal, geralmente estas interrupções acontecem. Já o ponto final marcou o encerramento de um período completo.

    No 3º diálogo, o ponto de exclamação foi empregado para exprimir um estado emotivo do enunciador.

    Diante disso, as falas que estão corretas quanto à pontuação são a segunda e a terceira.

    Gabarito da Professora: Letra A.

  • Questão maldosa kkkkkkkkkk

  • Ainda bem que não errei pelas vírgulas...

  • Em 26/02/22 às 08:17, você respondeu a opção A.

    Você acertou!

    Em 27/01/22 às 04:48, você respondeu a opção D.

    Você errou!

    Em 19/01/22 às 14:11, você respondeu a opção D.

    Você errou!


ID
5344999
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Guarulhos - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Achados e perdidos


    Generalizando, e dando ao caso um toque emocional de exagero, levo metade do dia a procurar o que se extraviou na véspera.

    Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se trata de joias e, se por acaso eu as houvesse herdado, não teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco a pouco.

    O que eu perco são coisas imponderáveis, suspiros não, mas pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes me borboleteia na cuca e que procuro transfixar no papel, antes que um súbito buzinar ou britadeira as mate de nascença.

    E, enquanto procuro traçá-las a lápis no papel, pois graças a Deus não pertenço intelectualmente à era mecânica, às vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu um garrancho, ou, antes, um gancho, que faz pender a linha destas escrituras e por conseguinte a linha do pensamento.

    Estão vendo? De que era mesmo que eu estava falando? Ah! era dos papeis escritos, extraviados, esquecidos.     

    Quem sabe lá como seriam bons!

    Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências...

    Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.

    Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos misteriosos foram a maior conquista do pensamento ocidental...


(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)

Ao afirmar “Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências”, o autor exprime a ideia de que elas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    ➥ Geralmente, as reticências são empregas para sugerir o prolongamento da fala, indicar suspense, realçar uma palavra etc.

    No texto o autor as emprega para apontar a sugestão de várias possibilidades de sentido.

    "Quanto a este (papel), que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências... (colocar as reticências ao final do papel)

    Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.

    Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos misteriosos foram a maior conquista do pensamento ocidental..."

    Veja que, ao utilizar as reticências, podemos ter várias possibilidades de sentido. Ficará sempre aquela dúvida: O que ele quis dizer com isso? Por que você desconfia de que os três pontinhos foram a maior conquista do pensamento ocidental? Nunca saberemos, pois o pensamento foi interrompido pelo uso desta pontuação.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • Seus comentários são sensacionais
  • Pensa naquela briga com sua namorada (o), manda um

    já faz muito tempo que não temos essa química...

    ou

    Vamos correr até o shopping e depois vemos até onde a vida irá nos levar...

    De qual quer forma, nessas construções há um certo teor de dúvida, e de várias possibilidades

  • Gabarito aos não assinantes: Letra B.

    Revisando um pouco sobre o uso das reticências.

    Essencialmente as reticências evidenciam a interrupção de algo que ia continuar, isto é, representam interrupções no texto.

    Ademais, as reticências também indicam ideias não concluídas, algo que fica vago, "no ar". Aqui se encaixa o gabarito da questão.

    Quando o autor ressalta " Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.", ele "aponta para várias possibilidades de sentido.". Ou seja, a ideia ficou "no ar", ficou vago.

    ___

    Bons estudos!

  • O Lucas é diferenciado, Deus abençoe cada vez mais.

  • As reticências são usadas nos seguintes casos:

    1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine:

    a) Ele disse que não queria, mas...

    b) Nada disso teria acontecido se... você sabe.

    2. Para indicar hesitações comuns na oralidade:

    a) Daí ele pegou...ele pegou...como se diz mesmo...uma boina.

    b) Não sei se você vai, mas...mas...não sei...penso que será muito bom!

    3. Em trechos suprimidos de um texto:

    a) (...) não existe texto incoerente em si, mas texto que pode ser incoerente em/para determinada situação comunicativa. (...) (Ingedore Villaça – A coerência textual)

    b) (...) Dada a gravidade dos acontecimentos, em um último gesto, Collor reivindicou que a população brasileira saísse às ruas com o rosto pintado de verde e amarelo, em sinal de apoio ao seu governo. Em resposta, vários cidadãos, principalmente estudantes, passaram a sair nas ruas com os rostos pintados. Além do verde amarelo, utilizaram o preto em sinal de repúdio ao governo. Tal movimento ficou conhecido como “Caras Pintadas”. (…) (Rainer Sousa – “O fim do governo Collor”)

    4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê:

    a) (...) 'Stamos em pleno mar... Dois infinitos

    Ali se estreitam num abraço insano,

    Azuis, dourados, plácidos, sublimes...

    Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

    'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas

    Ao quente arfar das virações marinhas,

    Veleiro brigue corre à flor dos mares,

    Como roçam na vaga as andorinhas... (...)

  • B

    Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências...

        Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências. ( AQUI ELE JÁ DEIXOU CLARO QUE EXISTEM MUITAS POSSIBILIDADES )

        Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos misteriosos foram a maior conquista do pensamento ocidental...

    >>>> RETICÊNCIAS CRIA UM LEQUE DE POSSIBILIDADE, MAS VC NÃO QUER COLOCAR ETC, ENTÃO COISA OS 3 PONTINHOS...

    INFORMÁTICA TÊM TANTOS ASSUNTOS...

  • A questão requer interpretação textual e conhecimento sobre o emprego dos sinais de pontuação, especialmente as reticências.



    Primeiramente, faz-se necessário saber quando empregar as reticências. Elas são usadas para marcar, geralmente, uma interrupção da frase e servem, ainda, para realçar palavra ou expressão.


    Alternativa (A) incorreta - No último parágrafo, o autor diz que as reticências foram a maior conquista do pensamento ocidental; então, significa que elas são sinais de pontuação com reconhecida utilidade prática.


    Alternativa (B) correta - Quando o autor afirma: “Quanto a este (papel), que tive o cuidado de não perder, o melhor será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências..." (7º parágrafo) e “Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências" (8º parágrafo), ele exprime a ideia de que esses sinais de pontuação permitem aos interlocutores interpretarem sob vários pontos de vista, ou seja, abre-se “um leque" de possibilidades de sentido àquilo que foi suprimido.


    Alternativa (C) incorreta - As reticências, quando marcam a interrupção de uma frase, deixam a ideia vaga, portanto não são empregadas com preciso conhecimento de sua finalidade.

    Alternativa (D) incorreta - Não determinam a sequência dos textos.


    Alternativa (E) incorreta - Não prejudicam a compreensão do texto, apenas marcam aquilo que, talvez, não seja tão importante ou que não queira ser mencionado.

    Gabarito da Professora: Letra B.

  • Por que a A está errada?