A banca utilizou o protocolo de cuidados de enfermagem ao paciente com TCE descrito por Veiga et al (2007) em seu artigo, porém é possível perceber que a alternativa D também encontra-se correta. A questão deveria ter sido anulada.
1. Protocolo de avaliação neurológica
2. Manter vias aéreas pérvias: quando necessário, aspiração orotraqueal para manter boa oxigenação. Se lesões faciais: não aspirar narinas. Oximetria de pulso, para detecção precoce de qualquer nível de hipoxemia. Avaliação da respiração e ventilação. Antes da aspiração: sedação de acordo com o valor da PIC. Utilização de cânula de Guedel se mordedura ou queda da base da língua, retirar assim que possível. Capnógrafo: manter pCO2 entre 30-35mmHg
3. Manter acesso venoso calibroso ou cateter venoso central, para quantificação da volemia. Realizar balanço hídrico de 1 em 1 hora.
4. Imobilização da coluna até descartar trauma raquimedular (colar cervical, prancha rígida e mobilização em bloco).
5. manutenção de pressão arterial média em 90mmHg.
6. Passagem de sonda nasogástrica para descompressão gástrica. Em caso de lesão facial ou trauma de base de crânio (confirmado ou suspeita), é contraindicada a passagem nasogástrica, devendo ser feita orogástrica.
7. Sonda vesical de demora para controle do balanço hídrico.
8. Controle de glicemia capilar na admissão e de 3/3 horas. Se necessidade de bomba de insulina, glicemia capilar de 1/1 hora.
9. Manter cabeça alinhada e decúbito elevado a 30 º
10. Controle da temperatura (manter normotérmico). Se necessário: utilizar antitérmicos ou hipotermia.
12. Evitar uso de soro glicosado.
13. Atentar para crise convulsiva e utilizar protetores nas laterais da cama.
14. Avaliar distensão, hematoma e dor em região abdominal.
15. Proteger os olhos entreabertos aplicando creme protetor ocular (Epitezan®) na pálpebra inferior a cada oito horas.
16. Cuidados com a pele: - descartado trauma raquimedular, realizar mudança de decúbito a cada duas horas. Se hipertensão intracraniana: manobras descompressivas utilizando coxins - colchão perfilado, protetores de calcâneos e de cabeça. - proteger proeminências ósseas com bóia-gel ou coxins. - manter a pele hidratada com creme hidratante. - inspecionar couro cabeludo, genitálias, membros inferiores e superiores, condutos auditivos e narinas para pesquisa de abaulamentos, ferimentos corto-contusos e saída de secreções.
17. Profilaxia de trombose venosa profunda: ver protocolo de TVP.
Fonte: VEIGA, Viviane Cordeiro et AL. Traumatismo Cranioencefálico. Disponível no site www.ineti.med.br/pdf/diretrizes/diretrizes13.pdf. Acesso dia 25/10/2016.