Leia o trecho inicial da crônica de Moacyr Scliar para responder à questão.
Um dia na vida do cartão inteligente
“Preço menor viabiliza cartão inteligente.”
(Folha de S. Paulo, 26 ago.1999)
Não eram ainda dez horas quando ele recebeu, pelo correio especial, o seu novo cartão inteligente. Foi com emoção
que ele abriu o envelope – não tinha a menor ideia de como
seria esse novo cartão, que, dizia a publicidade, inovava tudo
o que se conhecia em matéria de cartões de crédito.
E era diferente mesmo. Não apenas pelo formato – um
pouco maior do que os cartões comuns – como também pelo
mostrador, semelhante ao das calculadoras. Havia ali uma
mensagem: “Bom dia. Sou o seu cartão inteligente. Aqui estou
para lhe prestar todos os serviços de que necessite”.
Entusiasmado, ele resolveu ir às compras. Foi ao shopping,
passou por diversas lojas. De repente, avistou um belo paletó, um paletó importado, elegantíssimo. Entrou, experimentou.
Caiu-lhe muito bem. Sacou do bolso o cartão inteligente e já ia
entregá-lo ao vendedor, quando no mostrador apareceu uma
mensagem: “Não compre esse paletó. Você não precisa dele.
Você já tem muitos paletós e, além disso, o preço está exagerado. Não compre”.
Perturbado, guardou o cartão no bolso, deu uma desculpa qualquer ao intrigado vendedor e bateu em retirada.
[...]
(O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013.)
Considere o seguinte trecho:
Entusiasmado, ele resolveu ir às compras. Foi ao
shopping, passou por diversas lojas. De repente, avistou um belo paletó, um paletó importado, elegantíssimo.
Entrou, experimentou. Caiu-lhe muito bem. Sacou do
bolso o cartão inteligente [...] (3º parágrafo)
Acerca das formas verbais, destacadas, é correto afirmar
que