A Educação Física que se ensinava nesse período era baseada nos métodos europeus — o
sueco, o alemão e, posteriormente, o francês —, que se firmavam em princípios biológicos. Faziam
parte de um movimento mais amplo, de natureza cultural, política e científica, conhecido como
Movimento Ginástico Europeu, e foi a primeira sistematização científica da Educação Física no
Ocidente.
Apenas em 1937, na elaboração da Constituição, é que se fez a primeira referência explícita
à Educação Física em textos constitucionais federais, incluindo-a no currículo como prática educativa obrigatória (e não como disciplina curricular), junto com o ensino cívico e os trabalhos manuais, em todas as escolas brasileiras. Também havia um artigo naquela Constituição que citava o adestramento físico como maneira de preparar a juventude para a defesa da nação e para o cumprimento dos deveres com a economia.
Do final do Estado Novo até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de
1961, houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro. Nessa lei ficou determinada a
obrigatoriedade da Educação Física para o ensino primário e médio. A partir daí, o esporte passou
a ocupar cada vez mais espaço nas aulas de Educação Física. O processo de esportivização da
Educação Física escolar iniciou com a introdução do Método Desportivo Generalizado, que
significou uma contraposição aos antigos métodos de ginástica tradicional e uma tentativa de
incorporar esporte, que já era uma instituição bastante independente, adequando-o a objetivos e
práticas pedagógicas.
FONTE: PCN
P.20
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.pdf