PRECIPITAÇÃO
As técnicas de imunoprecipitação,
baseadas na quantificação de precipitados formados pela reação
antígeno-anticorpo, começaram em 1897, Rudolf Kraus, em Viena, ralatou a
precipitação que ocorria pela interação de antígenos solúveis e seus anti-soros
correspondentes e, em 1905, Bechhold, na Alemanha, apresentou seus experimentos
sobre imunoprecipitados em géis.
A
quantidade de precipitado formado quando, a uma concentração constante de
anticorpo, se vai adicionando antígeno é caracterizada por uma curva
parabólica, descrita por Heidelberger e Kendall em 1935. Essa quantidade de
precipitado depende de vários fatores físico-químicos e imunológicos, mas
principalmente das concentrações relativas do antígeno e do anticorpo. Quando
as quantidades de antígeno e de anticorpo são equivalentes, a precipitação é
máxima, decrescendo quando há excesso de antígeno ou de anticorpo. Precipitados
já formados podem se dissolver quando expostos a um excesso de um dos
reagentes, devido à reversibilidade da ligação antígeno-anticorpo. O fenômeno
de prozona ocorre quando há um excesso de anticorpo e pode causar um erro de
interpretação dos resultados, sendo necessário que se faça uma titulação do
anticorpo com quantidades fixas de antígeno, para evitar tais erros.
AGLUTINAÇÃO
A reação de aglutinação
caracteriza-se pela formação de agregados visíveis como resultado da interação
de anticorpos específicos e partículas insolúveis que contêm determinantes
antigênicos em sua superfície.
A
aglutinação pode ocorrer tanto com partículas que apresentam determinantes
antigênicos naturais em sua superfície (hemácias, bactérias, protozoários,
etc.) como com partículas inertes (partículas de látex, poliestireno,
bentonita, etc.), ou mesmo com células antigenicamente não relacionadas (hemácias,
bactérias) às quais se adsorvem ou se fixam antígenos solúveis. No primeiro
caso, a reação é dita aglutinação direta, e no segundo, aglutinação indireta ou
passiva.
As
reações de aglutinação são muito empregadas para o diagnóstico laboratorial de
doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e fungos, doenças
auto-imunes, na detecção de hormânios, na tipagem de grupos sanguíneos dos
sistemas ABO e Rh, etc.
Os
testes de aglutinação podem ser realizados em tubos ou placas. Se o soro
possuir um elevado título de anticorpos aglutinantes, pode-se observar o
fenômeno de prozona, obtendo-se falsos resultados negativos. Esse efeito é
eliminado empregando-se diluições seriadas do soro.
Fonte: http://sitebiomedico.br.tripod.com/infeccoes.htm