Erros Sistemáticos
Denominam-se erros sistemáticos as flutuações originárias de falhas de método empregado ou de defeitos do operador.
Por exemplo:
calibração errônea de uma régua ou escala de instrumento; um relógio descalibrado que sempre adianta ou sempre atrasa; a influência do potencial de contato numa medida de diferença de potencial elétrico (voltagem); o tempo de resposta de um operador que sempre se adianta ou sempre se atrasa nas observações; o operador que sempre superestima ou sempre subestima os valores das medidas. Nas medidas em que o verdadeiro valor é desconhecido, as flutuações de origem sistemática quase sempre passam desapercebidas. Em geral, os erros sistemáticos não são revelados se um operador repete diversas vezes a mesma medida, pois tais flutuações independem do operador (mas é certo que um bom operador é capaz de diminuir bastante os erros sistemáticos).
Por sua natureza de erros ou flutuações de origem sistemática, são de amplitudes regulares e influem na medida sempre num mesmo sentido: ou para mais ou para menos.
Por exemplo, devido à dilatação a escala de uma régua, a extensão de 1 mm marcada na escala não corresponde realmente a 1 mm. Medidas com esta régua ficarão sujeitas a erros sistemáticos que influirão no resultado sempre num mesmo sentido e com a mesma amplitude.
Erros Acidentais ou Aleatórios
Chamam-se erros acidentais ou aleatórios aqueles cujas causas são fortuitas, acidentais e variáveis. Suas amplitudes estão compreendidas dentro da aproximação dos instrumentos.
Um operador, repetindo diversas vezes a medida de uma grandeza física, mesmo que tenha muitos cuidados, pode não obter valores repetidos iguais. Isto ocorre devido as flutuações que podem estar relacionadas:
à imperícia do operador; à variação na capacidade de avaliação (por exemplo, o número de medidas efetuadas, cansaço etc.); ao erro de paralaxe na leitura de uma escala; a reflexos variáveis do operador (por exemplo, no caso de apertar um cronômetro ou de pressionar o tambor de um micrômetro, etc.). O erro que se comete na avaliação da fração da menor divisão da escala é acidental ou aleatório, pois ele pode ocorrer em diversas amplitudes e em qualquer sentido, tanto para mais como para menos. Os erros acidentais podem ser minimizados pela perícia do operador, mas jamais eliminados por completo.
Aos erros acidentais ou aleatórios são aplicadas a teoria dos erros ou a estatística aplicada aos erros.