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Prova Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Periodontia


ID
1972051
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Julgue as assertivas abaixo, a partir das ideias apresentadas pelo texto.

I. No terceiro parágrafo, o autor faz a defesa de que haja a hierarquização entre os que “toleram” em detrimento dos que são “tolerados”.

II. Nos dois últimos parágrafos, há a explicação, onde é elucidada a relação entre o fato e a ideia defendidas pelo autor do texto.

III. A última oração do texto é melhor compreendida quando o leitor assume uma atitude responsiva ativa diante dela.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Julgue as assertivas abaixo, a partir das ideias apresentadas pelo texto.

    I. No terceiro parágrafo, o autor faz a defesa de que haja a hierarquização entre os que “toleram” em detrimento dos que são “tolerados”.

     “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

    Resposta: Não há a defesa. Em momento algum o autor se coloca a favor desta hierarquização. Ele só diz que ela existe. FALSA
    ________________________________________
    II. Nos dois últimos parágrafos, há a explicação, onde é elucidada a relação entre o fato e a ideia defendidas pelo autor do texto.

        Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.
          Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

    Resposta: Há a elucidação entre o fato e a ideia que o autor defende. VERDADEIRO
    ______________________________________
    III. A última oração do texto é melhor compreendida quando o leitor assume uma atitude responsiva ativa diante dela.

    ----A atitude responsiva ativa é, para Bakhtin ([1979]/2003), o que coloca o sujeito numa ativa posição discursiva, tornando-o capaz de concordar, discordar, completar e aplicar os elementos linguísticos da comunicação discursiva, ocorrendo durante todo o processo de compreensão linguística.--

    última oração: ..."isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais".

    Resposta: Ou seja: Faça alguma coisa para mudar isso! VERDADEIRO


ID
1972072
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Em “hegêmonica” (4º§) há um erro de acentuação. Considerando o necessário para que haja nela correção gramatical, aponte a alternativa que apresenta outro léxico com a mesma regra de acentuação, mas que esteja acentuado de maneira correta dentro de seu contexto discursivo.

Alternativas
Comentários
  • hegêmonica (errado) --> hegemônica (certo) --> Proparoxítona (todas proparoxítonas são acentuadas)

    Lâmpada --> proparoxítona.

  • Valmar Neves, voce esqueceu de reparar que TRÂNSITO tbm é proparoxitona??

     

    Namoral, essas questoes militares sao todas zuadas, nao tem logica!

  • Gustavo Guzzo, existe o substantivo "trânsito" e o verbo "transitar". Analisando o contexto da frase "d", transito é verbo, por isso não é acentuado.

  • O enunciado pediu para considerarmos a correta DENTRO DO SEU CONTEXTO. Embora a palavra ''trânsito'' seja proparoxítona tal como ''hegemônica'', está sendo usado fora do seu contexto. Incorremos em erro crasso ao dizermos ''eu TRÂNSITO muito pelo centro''. A única alternativa correta é a letra B, na qual se encontra uma proparoxítona com seu uso devidamente correto.

     

    Gabarito B

  • A palavra " Hegêmonica " está escrita de forma incorreta sua forma correta é " Hegenica ". Trata-se de uma palavra proparoxítona onde a sílaba tônica é a antepenúltima.

     

    A palavra das opções que se enquadra nessa mesma regra é a palavra " Lâmpada ", no qual a sílaba tônica é Lâm.

     

    GABARITO: LETRA (B)

    FONTE: http://www.silabas.net/index-pt.php?p=hegem%C3%B4nico


ID
1972495
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Assinale a alternativa onde o verbo não segue a mesma regra de regência dos demais, considerando seus contextos

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: A

    As palavras em uma oração são normalmente interdependentes, isto é, relacionam-se entre si. Quando uma serve de
    complemento a outra denomina-se “regência” e, no caso de a ligação ser entre um verbo com seu complemento, ocorre
    a “regência verbal”, sobretudo nos casos em que os verbos são transitivos.

    No caso da questão, “falar” tem transitividade indireta o que solicita uma preposição, no caso “com”, após a locução
    adverbial (“adjunto adverbial”, na esfera sintática).
    De outro modo, as demais alternativas trazem, todas, verbos com transitividade direta, sem a exigência de preposição.
    Assim, seus complementos são palavras de valor substantivo precedidas de seus respectivos artigos (“um” e “o”).
    Fontes:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa: atualizada pelo novo Acordo Ortográfico. 37. ed. Rio de Janeiro:
    Nova Fronteira, 2009;
    CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. Cochar. Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação. Ensino
    Médio. Conforme nova ortografia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009;
    CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro: Lexikon
    Editora Digital, 2013.

  • interromper está, nesse contexto, bitransitivo: "A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem".

    logo, não tem resposta certa


ID
1972504
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões...” (2º§) as vírgulas que separam “real ou suposto” encontram a mesma correspondência de utilização em:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: C

    O trecho “real ou imposto” amplia o esquema referido no texto, cumprindo papel sintático de aposto. Da mesma forma
    que em “Em minha cidade...”, onde “Florianópolis” aclara a cidade da qual se fala.
    Nas outras afirmativas ocorrem vocativos (termo sintático que serve para nomear um interlocutor ao qual se dirige a
    palavra): “Larissa, me procure...” e “Cuidado, Matheus, para...”; e oração subordinada (onde há presença de verbo:
    “César, antes de ir à...”.
    Fontes:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa: atualizada pelo novo Acordo Ortográfico. 37. ed. Rio de Janeiro:
    Nova Fronteira, 2009;
    CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. Cochar. Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação. Ensino
    Médio. Conforme nova ortografia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009;
    CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2010;
    CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro: Lexikon
    Editora Digital, 2013.


ID
1972540
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Por certo, esse texto utiliza, como é comum, palavras e expressões que se modificam e têm seus sentidos mais aclarados conforme o contexto. Não foi aplicado com sentido conotativo, o verbete

Alternativas

ID
2065648
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

“No artigo de opinião, veiculado em revistas ou jornais, o conteúdo, geralmente, consta de acontecimentos de ordem política, econômica, social, histórica ou cultural, e raramente sobre acontecimentos ou vivências pessoais”.

(KOCH, Ingedore Vilaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006).

Assinale a alternativa que apresenta o trecho contraditório ao exposto no postulado acima.

Alternativas
Comentários
  • O artigo de opinião dificilmente parte de uma experiência e/ou relato pessoal, esse  é um atributo de gêneros como a 
    “crônica”. No entanto, em “Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem-
    intencionada, fico indignado” (1º§), o autor parte de vivências para expor o seu ponto de vista acerca do assunto 
    discutido no texto. 
    Observe-se, nesse sentido, que as demais alternativas apontam para trechos que dialogam com a noção do gênero 
    “artigo de opinião”, quer seja: citação de acontecimentos; argumentos para convencimento do interlocutor; e exposição 
    de ponto de vista.  

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065651
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Considerando apenas o título, pode se levantar a hipótese de que o texto

Alternativas
Comentários
  • O ato de levantar hipóteses orienta o leitor para a produção de sentido do texto. Em outros termos, é se chegar a certas 
    ideias a partir de informações explicitadas nele. Sendo assim, no caso em discussão, o título do texto apresenta uma 
    construção sintático-semântica que aponta para a defesa das diferenças, em contraponto a apenas sua “tolerância”. Tal 
    antecipação colocada pelo título, se substancia com a leitura integral do texto. 

    De outro modo, o texto não discorre apenas sobre as “diferenças” e o título não aponta para isso, desde o início: “Contra 
    a mera...”; também não defenderá a “tolerância”, em verdade, a condena; a construção sintático-semântica do título não 
    permite que se leve a crer que o texto terá caráter “instrucional”, dissertando sobre o verbete “tolerar”, mesmo porque o 
    que se aponta entre aspas, no título, é um substantivo. 

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065654
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

“Esse tipo de discurso ( ), no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente ( ) dos padrões construídos socialmente ( )”.

A partir do ponto de vista da referenciação e do progresso referencial, classifique os referentes do trecho acima e, em seguida, marque a opção correta. (Alguns números podem ser utilizados mais de uma vez ou não serem utilizados).

(1) Introdução

(2) Retomada

(3) Desfocalização

Alternativas
Comentários
  • O trecho é iniciado com a retomada, de maneira pronominal, do referente principal (“construído” pelo/no) do texto, quer 
    seja: “É preciso tolerar a diversidade” (retomado depois como “tolerar”). Após, há a desfocalização  desse referente 
    quando se coloca a existência de outro ser, representado pela forma “do que é” (isto é: “aquele que é”). E, por fim, se 
    retoma o referente principal, a partir da ideia do “padrão” (ou seja: construídos socialmente por aquele que “tolera”) – é 
    de se salientar que esta é uma retomada mais sofisticada, no sentido de uma “recuperação indireta” 

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065657
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Seria possível articular o segundo parágrafo ao terceiro, considerando possíveis adaptações sintáticas, mas mantendo-se o valor semântico da articulação, com o operador organizacional

Alternativas

ID
2065663
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Marque a alternativa que apresenta o mesmo valor semântico do contexto em que foi aplicada a expressão "Com efeito" (6º§).

Alternativas
Comentários
  • “Com efeito” é uma locução adverbial de modo, que, do ponto de vista linguístico-textual e da coesão, funciona para 
    retomar e confirmar as ideias lançadas anteriormente. Ele tem o mesmo sentido de “em verdade” (“de maneira 
    verdadeira”), “para que não reste dúvidas” e “de fato” (“de modo factual”, que pode ser comprovado pelos fatos). 
    Por sua vez, “às vezes” é uma locução adverbial de tempo, com sentido de “nem sempre”; “em síntese” é uma locução 
    adverbial de modo, mas com sentido de  “resumindo”; e “ao contrário” é uma  locução adverbial de modo, mas com 
    sentido de “contrariamente”, “em sentido contrário”.

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065666
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Classifique as ideias do texto expostas abaixo com os pressupostos de interpretação a seguir. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a classificação correta. (Alguns números podem ser utilizados mais de uma vez ou não serem utilizados).

(1) Fato

(2) Inferência do autor

(3) Opinião do autor


( ) “'Tolerar' o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir”.

( ) “'Tolerar', segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta”.

( ) “Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura”.

( ) “Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual”.

Alternativas

ID
2065672
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Assinale a alternativa que apresenta um trecho do texto em que o sujeito recebe a ação do verbo.

Alternativas
Comentários
  •  “É preciso tolerar a diversidade”.

     

    Pode-se reescrever com facilidade ''a diversidade precisa ser tolerada''. Nessa reformulação da frase, vê-se claramente que a diversidade (o sujeito) recebe a ação de ser tolerada. 

     

    Gabarito A

  • Basta procurar o sujeito paciente.

    A diversidade precisa ser tolerada

  • Quando o sujeito recebe a ação do verbo temos uma frase na voz passiva. Essa voz só ocorre com verbos VTD ou VTDI, existem as seguintes passivas: voz passiva sintética (verbo + se pronome apassivador) e a voz passiva analítica ( ser/estar + verbo particípio).

    A partir desses conceitos podemos eliminas as alternativas da seguinte forma:

    b) se trate de - o SE não é PA, pois o verbo é VTI, o SE nesse cado é índice de indeterminação do sujeito.

    c) o SE nessa alternativa não é PA, mas sim uma conjunção condicional.

    d) nessa alternativa não temos nem verbo + se nem ser/estar + verbo, logo a expressão não está na passiva

    Portanto, a resposta é letra A,


ID
2065675
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Segue o mesmo padrão de regência de “...o direito à existência” o exposto em

Alternativas
Comentários
  • Regência Nominal A única com mesmo padrão é a alternativa "A"

ID
2065678
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

A palavra _______________ segue a mesma regra ortográfica de “estigmatizar” (4º§), pois possui um sufixo formador de _______________.

Alternativas
Comentários
  • A

  • explicações??
  • A palavra estigamatizar vem de "estigma", logo passa pelo processo de derivação imprópia. Saiu de um subsatantivo pra um verbo.

    ESTIGMA => ESTIGMATIZAR , sufixo formador de verbo na primeira conjugação.

    O mesmo acontece na palavra humanizar.

    HUMANO => HUMANIZAR;


ID
2065687
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Assinale a alternativa que apresenta todas as separações silábicas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Letra D: PRO-GRES-SIS-TA / CON-SEN-TI-MEN-TO / DIS-CUR-SOS

  • * Diversidade: di-ver-si-da-de/Atribuir: a-tri-bu-ir/Significa: sig-ni-fi-ca;

    * Defronto: de-fron-to/Aparentemente: a-pa-ren-te-men-te/Construídos: con-stru-í-dos;

    * Desigualdades: de-si-gual-da-des/Benevolente: be-ne-vo-len-te/Consiste: con-sis-te; 

    * Progressista: pro-gres-sis-ta/Consentimento: con-sen-ti-men-to/Discursos: dis-cur-sos. (é a letra correta)

  • cons-tru-í-dos

  • a) di-ver-si-da-de / A-TRI-BU-IR / sig-ni-fi-ca

    B) de-fron-to / a-pa-ren-te-men-te / cons-tru-Í -dos

    C) de-SI-gual-da-des / be-ne-vo-len-te / con-sis-te

    E) pro-gres-sis-ta / con-sen-ti-men-to / dis-cur-sos


ID
2065690
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre as classes de palavras no contexto do texto. A seguir, marque a opção com a sequência correta.

( ) A palavra “este”, utilizada nos 3º e 4º parágrafos, cumpre, nos dois casos, o mesmo papel de pronome demonstrativo.

( ) “Favor” e “bondade”, que ocorrem no 3º parágrafo, são igualmente substantivos. O primeiro masculino e o segundo feminino.

( ) O termo “o”, em suas duas ocorrências, assim como “uma”, ambos no 5º parágrafo, são artigo indefinido e definido, respectivamente.

( ) “Ainda”, nas duas locuções do 5º e do 6º parágrafo, assume o papel de advérbio de tempo.

Alternativas
Comentários
  • v Este - assume forma de pronome demonstrativo, uma vez que "este"substitui os termos "quem tolera" e "discurso".

    v Favor e bondade - funcionam igualmente como substantivos.

    F o - é artigo definido e uma- artigo indefinido, o que não condiz com a alternativa, que diz respectivamente.

    F Ainda que- locução adverbial.

  • A primeira afirmativa é verdadeira: Os dois usos de “este” no texto lembram ao leitor do que já foi mencionado, em 
    função anafórica. 
    A segunda afirmativa é verdadeira: No que se refere à função das palavras, o substantivo serve de núcleo, dentre 
    outros, do objeto direto e do indireto, como é o caso de “favor” e “bondade”. 
    A terceira afirmativa é falsa: Pois o artigo “o” é definido e “uma” é indefinido, o contrário da afirmação. 

    A quarta afirmativa é falsa:  Em verdade,  “ainda” procedida da partícula “que”  forma uma locução conjuntiva, com 
    sentido de “embora”.

     

    Fonte: Banca CIAAR.

     


ID
2065693
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

A partir da leitura do texto, julgue os itens abaixo.

I. O sujeito que se apresenta pelo texto afirma que, em virtude de seu espírito de perfeição, ele jamais inicia ou termina alguma coisa.

II. Durante o ato de escrita, o sujeito tem a necessidade de falar com outra pessoa que não consigo mesmo.

III. O ato de escrita, para esse sujeito, é um processo penoso e triste, onde ele se perde e se sente isolado do mundo.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO (D)

    I. O sujeito que se apresenta pelo texto afirma que, em virtude de seu espírito de perfeição, ele jamais inicia ou termina alguma coisa.

    R.: Falso. Os verbos utilizados para se referir à inibição que o deveria impedir de acabar ou começar estão no futuro do pretérito do indicativo, assim sendo, são hipóteses que não ocorrem. Por fim, no quarto período do primeiro parágrafo, o autor diz simplesmente fazer (acabar algo que ele iniciou).

    • Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. (...) O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço.

    II. Durante o ato de escrita, o sujeito tem a necessidade de falar com outra pessoa que não consigo mesmo.

    R.: Certo. É exatamente o que se fala no segundo período do segundo parágrafo.

    • Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, (...).

    III. O ato de escrita, para esse sujeito, é um processo penoso e triste, onde ele se perde e se sente isolado do mundo.

    R.: Certo. É como ele conclui o seu texto no último parágrafo.

    • Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não (...).

    --------------------------

    Boa sorte e bons estudos.


ID
2065696
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Considerando o contexto em que foi aplicada, a palavra “cedência” (1º§) tem o sentido de

Alternativas

ID
2065699
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

No trecho “... aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida” (2º§), as palavras sublinhadas podem ser entendidas por suas estruturas e contexto em que se inserem, significando, respectivamente _______________ e _______________.

Alternativas
Comentários
  • casas ingremadas (de íngreme)


ID
2065702
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Avalie as afirmativas abaixo acerca de itens coesivos presentes no texto.

I. Em “Este livro...” (1º§) o termo em destaque se refere ao próprio livro em que o texto foi colocado, uma vez que ele está “próximo”.

II. No trecho “A razão por que tantas...” (2º§) a parte destacada, em verdade, cumpre o sentido da conjunção “porque”.

III. Em “Porém eu perco-me...” e “mas como...” (4º§) os termos em destaque poderiam ser permutados sem ocasionar perda de sentido para o texto.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas

ID
2065705
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

No processamento desse texto, deve-se recorrer, para compreender os meios coesivos utilizados, ao sistema de conhecimento

Alternativas
Comentários
  • “Processamento textual” são as estratégias para compreensão do texto. Diante de um texto, o leitor realiza passos 
    interpretativos  com uma finalidade específica. Dessa forma, o “conhecimento linguístico” abrange o conhecimento 
    gramatical e lexical  (como os conectivos/meios coesivos); “Conhecimento enciclopédico” se liga aos conhecimentos 
    gerais sobre o mundo; “Conhecimento interacional” é a forma de interação com a linguagem colocada; e “conhecimento 
    ilocucional” está contido em “conhecimento interacional” e diz respeito ao reconhecimento aos objetivos do autor do 
    texto. 

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065708
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

No último parágrafo do texto, o autor afirma que escrever é perder-se e, depois, apresenta uma

Alternativas
Comentários
  • A “comparação” é o ato de examinar dois ou mais dados para lhes determinar semelhança, diferença ou relação. Nesse 
    sentido, ela serve para aclarar melhor ideias postuladas pelo autor do texto, através do cotejo com uma ideia mais 
    próxima de seu leitor. É o que ocorre no seguimento textual em análise, onde o autor coloca que ele se perde, mas não 
    como  (unidade lexical denotadora de comparação) “o rio na foz...”, mas sim  como  “o lago feito...”, isto é, duas 
    hiponímias de “água”. 
    Por sua vez, a “hipótese” é o ato preliminar e não final no texto, isto é, uma ideia a ser ainda explanada e não concluída 
    e a “inferência” está ligada ao “deduzir”, por meio de evidências, o que não se aplica já que o autor expõe um ponto de 
    vista. 
    Por fim a “conclusão” caracteriza-se por chegar um ponto através do raciocínio ou de um conjunto de elementos 
    concretos e/ou abstratos. Sob determinada ótica, poderia se considerar que o autor, além da comparação, realiza uma 
    conclusão, mesmo em virtude de ser o parágrafo final. No entanto, a alternativa afirma que ele conclui que da água do 
    rio não há regresso, quando em verdade, o que o texto coloca é que a água formadora do “lago feito na praia” jamais 
    “regressa ao mar”. 

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065711
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Em “...é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora”, a palavra destacada tem como sinônimo:

Alternativas
Comentários
  • A “sinonímia” é o fato de haver mais de uma palavra com semelhante significação, podendo uma estar no lugar da outra 
    em determinado contexto. Logo, há de se considerar sempre o contexto de aplicação do léxico.  
    Assim sendo, “porta”, no texto em análise, apresenta sentido de “passagem”, pois é o “por onde” o sujeito passa para 
    fugir. De outro modo, “esconderijo” e “morada”, no contexto, são “locais” onde se chegaria após a fuga e não o meio 
    pelo qual se foge. 
    Já “recurso” não se aplica, uma vez que é sinônimo de “porta” apenas quando esta tem sentido de “expediente” (um 
    expediente para...). Em outros termos, no caso em análise, o léxico é uma metáfora de “por onde” e não “como” se 
    transita (onde poderia se usar “recurso”, como expediente). 

    Fonte: Banca CIAAR.

     


ID
2065717
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

O pronome “-la”, em “tê-la” (2º§), se refere a

Alternativas
Comentários
  • Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; 

    gab: A


ID
2065720
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar.”

Como ficariam as palavras destacadas no trecho acima, mantendo a coerência estilística do autor e o mesmo tempo verbal, caso seu sujeito fosse a primeira pessoa do plural?

Alternativas
Comentários
  • A

    Pasmamos / acabamos / desolamo-nos / nosso / inibirmo-nos / acabar.

  • Letra A:

    Verbos no presente do indicativo, na 1 pessoa do plural ganham os sufixos: "amos, emos e imos", de acordo com a sua conjugação. O pronome possessivo MEU na primeira pessoa do plural fica NOSSO.


ID
2065726
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

O aspecto tipológico ao qual está filiado esse texto é o ______________. Assim, através do _______________, ele representa, pelo discurso, experiências vividas.

Alternativas
Comentários
  • Através da competência metagenérica é possível perceber que o texto em anál ise pertence a tipologia do relatar, dentre 
    outros, por documentar e memorizar ações humanas. E, continente a essa tipologia, se enquadra no gênero ensaio pela 
    composição aparentemente despretensiosa, mas que concatena uma exposição lógica, com rigor textual e filosófico. 

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065729
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Com relação ao uso da crase em “dirijo-me à luz” (2º§), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Ela ocorre em virtude da junção da preposição solicitada pelo verbo “dirigir” com o artigo feminino admitido por “luz”.

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  • No caso colocado na questão, o verbo “dirigir” (com sentido de “encaminhar-se”) é transitivo indireto, solicitando 
    preposição e, uma vez que “luz” admite ser precedida de artigo, há a junção dos dois termos em “à” (= a (prep.) +a 
    (art.)).  
    Não obstante: seu uso não é estilístico e sim gramatical e, além disso, o sinal grave não é utilizado para marcação de 
    tonicidade; “a” não é pronome demonstrativo; e a incorreção gramatical ocorreria em contextos onde “dirigir” assume 
    transitividade direta, o que não é o caso. 

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065732
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Considere alguns usos da partícula “que”, na coluna da direita, e os classifique morfologicamente conforme a coluna da esquerda. A seguir, marque a alternativa que apresenta a classificação correta.

(1) Pronome

(2) Conjunção


( ) “O que consigo” (1º§).

( ) “comigo que formam” (2º§).

( ) “Mas que seria” (3º§).

( ) “mais que o esforço” (3º§).

Alternativas

ID
2065735
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me...” (2º§).

Os sujeitos de “formam” e “dirijo”, no trecho acima, são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • (eu)Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam(o quê que formam as palavras deste livro? as conversas) as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me...”

    fiz assim,n sei se está certo este modo,mas acertei a questão.

  • Sujeito preposicionado...

    Não entendi nada.

  • Passei uns 10min analisando pra tentar entender o pq desse sujeito preposicionado. Alguém sabe se foi anulada?

  • Acredito que o sujeito de formam é o pronome relativo QUE, esse pronome retoma o termo conversas

  • Questão muito mal formulada. Acertei por interpretar da maneira menos errada. Além da incoerência na primeira oração, o sujeito da segunda é elíptico e não "eu".


ID
2071627
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O diagnóstico das condições do tecido periodontal de cada dente na dentição pode ser dado a partir do uso de um critério geral. Diante do exposto, associe as duas colunas relacionando o diagnóstico e o seu critério geral.

DIAGNÓSTICO

(1) Periodontite Superficial

(2) Gengivite

(3) Periodontite Profunda

(4) Periodontite Inter-radicular


CRITÉRIO GERAL

( ) sangramento à sondagem (BoP); não há perda da PAL nem de osso alveolar; profundidade da bolsa à sondagem (PPD) ≤ 3mm; pseudobolsas.

( ) profundidade da bolsa à sondagem (PPD) horizontal ≤ 3mm: Fl superficial; profundidade da bolsa à sondagem (PPD) horizontal > 3mm: Fl profunda.

( ) profundidade da bolsa à sondagem (PPD) ≤ 5mm independentemente da morfologia da lesão periodontal; perda óssea angular e/ou horizontal.

( ) profundidade da bolsa à sondagem (PPD) ≥ 6mm independentemente da morfologia da lesão periodontal; perda óssea angular e/ou horizontal.

A sequência correta dessa classificação é

Alternativas

ID
2071630
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Tendo em vista a subclassificação da periodontite agressiva em formas localizada e generalizada, associe as duas colunas relacionando essa subclassificação com suas respectivas características.

SUBCLASSIFICAÇÃO

(1) Periodontite Agressiva Localizada (LAP)

(2) Periodontite Agressiva Generalizada (GAP)


CARACTERÍSTICA

( ) normalmente afeta pessoas abaixo de 30 anos, mas pode acometer pacientes com mais idade.

( ) apresentação localizada no primeiro molar/incisivo com perda de inserção interproximal em pelo menos dois dentes permanentes.

( ) perda de inserção interproximal generalizada afetando pelo menos três dentes permanentes.

( ) forte resposta do anticorpo sérico a agentes infectantes.

( ) natureza episódica pronunciada da destruição da inserção e do osso alveolar.

( ) resposta insuficiente do anticorpo sérico a agentes infectantes.

( ) acometimento circumpuberal.

A sequência correta dessa classificação é

Alternativas

ID
2071633
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Sobre o periodonto e suas estruturas, pode-se afirmar que

Alternativas

ID
2071636
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre o sorriso gengival. A seguir marque a opção com a sequência correta.

( ) Na presença de um sorriso gengival, é mais estético que a gengiva marginal dos molares esteja no mesmo nível.

( ) Um sorriso é tido como gengival se mais de 3mm de gengiva é visível durante um sorriso moderado.

( ) Uma quantidade excessiva de tecido mole é antiestética em si, pois a maneira cujo excesso tecidual está disposto em relação aos dentes e aos lábios diz respeito à estética.

( ) É o paciente que deve considerar se o sorriso gengival é feio em função de sua própria concepção, da opinião de seu meio de convívio etc.

Alternativas

ID
2071639
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Analise as afirmativas abaixo sobre a mucosa perimplantar, tecido mucoso que circunda os implantes dentários.

I. Suas características são estabelecidas durante o processo de cicatrização da ferida que ocorre posteriormente ao fechamento do retalho mucoperiosteal, após a instalação do implante (procedimento de 1 estágio) ou após a conexão do pilar (procedimento de 2 estágios).

II. Sua cicatrização resulta no estabelecimento de uma inserção de tecido mucoso (inserção transmucosa) ao implante, que serve como um selo que impede que produtos provenientes da cavidade oral alcancem o tecido ósseo, garantindo, assim, a osseointegração e rígida fixação do implante.

III. A gengiva em dentes e a mucosa em implantes dentários têm as mesmas características quanto à composição do tecido conjuntivo, ao alinhamento dos feixes de fibras colágenas e à distribuição de estruturas vasculares no compartimento apical da barreira epitelial.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
2071642
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Analise as afirmativas a abaixo sobre alguns dos sinais e sintomas clínicos das doenças periodontais.

I. As formas de doença periodontal se caracterizam pelas alterações de cor, textura gengival, vermelhidão e exsudato, assim como por um aumento da tendência de sangramento à sondagem no sulco gengival/bolsa periodontal.

II. Os tecidos periodontais podem exibir resistência reduzida à sondagem, aumentando a profundidade clínica de sondagem e/ou recessão tecidual.

III. Estágios avançados de periodontite também podem estar associados ao aumento da mobilidade dentária, assim como à migração ou perda do dente.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
2071645
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Considerando o diagnóstico diferencial entre a doença periodontal necrosante (NPD) e a gengivoestomatite herpética primária (PHG), qual característica a seguir pode confirmar o diagnóstico de NPD?

Alternativas

ID
2071648
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Segundo Lindhe et al. (2010), Ainamo et al. (1982) desenvolveu um índice que, embora não tenha sido planejado com propósitos epidemiológicos, é bastante utilizado. Trata-se do Índice

Alternativas

ID
2071651
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Essa espécie foi primeiramente reconhecida como um possível patógeno periodontal devido à sua presença frequente e em números elevados em lesões de periodontite agressiva localizada em comparação com amostras de placa provenientes de outras condições clínicas, incluindo periodontite, gengivite e saúde periodontal.”

(LINDHE, Jan; KARRING, Thorkild; LANG, Niklaus Peter. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.)

O excerto acima se refere ao patógeno causador de doença periodontal

Alternativas

ID
2071654
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O eritema gengival linear é

Alternativas

ID
2071657
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre o Lúpus Eritematoso bucal. A seguir, marque a opção com a sequência correta.

( ) Inclui duas formas tradicionais maiores: o LE discoide (DLE) e o LE sistêmico (SLE).

( ) São características das lesões bucais, as alterações epiteliais.

( ) Apresenta como agente etiológico causador o HSV-2.

( ) É um grupo de desordens autoimunes do tecido conjuntivo.

Alternativas

ID
2071660
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

De acordo com alguns estudos, embora tenha sido constatada a relação entre o tabagismo e a doença periodontal, não se pode afirmar sobre a condição periodontal do fumante que ele

Alternativas

ID
2071663
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

O sangramento característico da cirurgia periodontal é normalmente controlado por compressão (gaze estéril umedecida com solução salina). Porém, em caso de pequenas hemorragias, recomenda-se utilizar ______________ e ______________.

Alternativas

ID
2071666
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Analise as assertivas a abaixo, sobre fatores que afetam os resultados clínicos da regeneração tecidual guiada (RTG) em furcas.

I. Evidências significantes têm demonstrado que o tratamento de envolvimentos de furca grau II maxilares e grau III maxilares e mandibulares com RTG é imprevisível.

II. Melhoras clínicas podem ser esperadas no tratamento de furcas grau II mandibulares e furcas grau III maxilares.

III. A grande variabilidade nos resultados, após tratamento de furcas grau II mandibulares com RTG, provavelmente está relacionada aos fatores relativos aos defeitos infra-ósseos.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
2071669
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Em linhas gerais, é o objetivo do enxerto gengival

Alternativas

ID
2071672
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta sobre a mucosite periimplantar

Alternativas

ID
2071675
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Sobre a utilização dos cimentos cirúrgicos, analise as afirmativas abaixo.

I. Protege a ferida após a cirurgia.

II. Proporciona conforto para o paciente.

III. Favorece a formação de tecido de granulação.

IV. Obtém e mantém a adaptação do retalho ao osso subjacente.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas

ID
2071678
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A progressão da doença pode ser rápida e resultar em necrose de pequenas ou grandes áreas do osso alveolar. Esse tipo de alteração é particularmente evidente em pacientes com imunossupressão grave, incluindo indivíduos soropositivos para o HIV. O osso necrótico, indicando essa alteração, inicialmente está aderido com firmeza, mas, após algum tempo, pode perder tal característica, podendo, em algumas circunstâncias, ser removido sem anestesia com um fórceps. ”

(LINDHE, Jan; KARRING, Thorkild; LANG, Niklaus Peter. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara gan, 2010.)

A periodontite necrosante é caracterizada pelo

Alternativas

ID
2071681
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Tendo em vista alguns instrumentais utilizados em cirurgia periodontal, associe as duas colunas relacionando corretamente o procedimento cirúrgico periodontal com seu respectivo instrumento.

PROCEDIMENTO

(1) Incisão e excisão

(2) Remoção de tecido ósseo

(3) Raspagem e alisamento radicular

(4) Afastamento e reposicionamento do retalho


INSTRUMENTO

( ) pinça-goiva, cinzéis, limas.

( ) descoladores de periósteo.

( ) bisturis periodontais.

( ) curetas.

A sequência correta dessa classificação é:

Alternativas

ID
2071684
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Considerando a relação entre Diabetes Mellitus (DM) e doença periodontal, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, marque a opção correta.

( ) Os pacientes com DM tipo 1 apresentam risco menor de desenvolver doença periodontal com a idade e com a duração de seu diabetes.

( ) Os indivíduos com diabetes malcontrolados podem se queixar de diminuição do fluxo salivar e queimação na boca ou língua.

( ) Os diabéticos que utilizam agentes hipoglicêmicos orais podem sofrer de xerostomia, a qual pode predispor a infecções oportunistas com Candida Albicans.

( ) A perda da inserção periodontal tem sido encontrada mais frequentemente em pacientes com a doença bem controlada, do que em indivíduos com diabetes moderado e malcontrolado, tanto no DM tipo 1 quanto no DM tipo 2.

Alternativas
Comentários
  • As manifestações orais do diabetes melito são em geral limitadas aos pacientes com diabetes tipo I. Os problemas incluem a doença periodontal, que ocorre mais e progride mais rápido do que nos pacientes sem diabetes. A cicatrização após a cirurgia pode ser demorada e a probabilidade de infecção provavelmente aumenta. Em pacientes diabéticos não controlados ou descontrolados, têm sido descritos aumento e eritema da gengiva inserida. Além disso, esses pacientes parecem ser mais suscetíveis à candidíase oral, em suas variadas formas clínicas. (Neville, 2016)


ID
2071687
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Sobre as técnicas de sutura mais utilizadas em cirurgia periodontal, no que diz respeito à sutura interdental interrompida, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2071690
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

De acordo com alguns estudos, as mesmas células presentes no começo do desenvolvimento dos tecidos periodontais, no início da fase embrionária, possivelmente permanecem no periodonto adulto, participando do processo de renovação local do tecido, nas células

Alternativas

ID
2071693
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

A partir de Lindhe et al. (2010), observa-se que o método utilizado para a análise epidemiológica da periodontite difere entre os estudos realizados na década de 1950 e os que começaram a se desenvolver na década de 1980. A descrição tradicional dos valores médios da profundidade de bolsa e dos níveis de inserção clínica por indivíduo, por exemplo, passou a ser complementada pela noção de

Alternativas

ID
2071696
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

É o agente causador da infecção gengivoestomatite herpética

Alternativas

ID
2071699
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Assinale o sistema de implantes que pode ser associado à osseointegração.

Alternativas

ID
2071702
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre a periimplantite.

Alternativas

ID
2071705
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Com relação ao reconhecimento radiográfico, a periodontite pode ser reconhecida por uma perda óssea que pode ser definida como “horizontal” ou “angular”. No caso de se observar defeitos ósseos angulares, estes são o resultado da perda óssea que se desenvolveu em diferentes níveis ao redor das superfícies dentárias, definida como perda óssea “vertical” ou

Alternativas

ID
2071708
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

O agente químico menos eficaz para o controle do desenvolvimento da placa e da gengivite é o que se apresenta em:

Alternativas

ID
2071711
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Conforme Lindhe et al. (2010), pacientes “acometidos por câncer oral são frequentemente candidatos à instalação de implantes endósseos, visto que as próteses para restaurar porções perdidas dos maxilares necessitam ser ancoradas a implantes. ” Nesse sentido, é importante observar se as drogas quimioterápicas não comprometem o sucesso dos implantes, interferindo no processo de

Alternativas

ID
2071714
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Do ponto de vista da estética do periodonto, a linha horizontal que serve de referência para a orientação do plano oclusal e do plano incisal é

Alternativas