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Prova Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente


ID
1972039
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

No artigo de opinião, veiculado em revistas ou jornais, o conteúdo, geralmente, consta de acontecimentos de ordem política, econômica, social, histórica ou cultural, e raramente sobre acontecimentos ou vivências pessoais”.

(KOCH, Ingedore Vilaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006).

Assinale a alternativa que apresenta o trecho contraditório ao exposto no postulado acima.

Alternativas
Comentários
  • “No artigo de opinião, veiculado em revistas ou jornais, o conteúdo, geralmente, consta de acontecimentos de ordem política, econômica, social, histórica ou cultural, e raramente sobre acontecimentos ou vivências pessoais”.

    Assinale a alternativa que apresenta o trecho contraditório ao exposto no postulado acima: ou seja o que o anunciado da questão busca é o trecho do texto em que o autor aborda acontecimentos ou vivências pessoais.


    Letra A: expõe um pensamento do autor,não uma vivência ou experiência.
    Letra B: expõe um pensamento que não é do autor.
    Letra C: apresenta um acontecimento que segundo o autor de fato ocorreu com ele e que a partir desta experiencia pessoal, o autor desenvolveu o texto. Resposta CORRETA.
    Letra D: expõe um pensamento do autor.
     

  • Ótima dica. Obrigada por compartilhar.


ID
1972042
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Considerando apenas o título, pode se levantar a hipótese de que o texto

Alternativas
Comentários
  • a) defenderá a tolerância das “diferenças” e essa dedução se efetiva com os dados apresentados. 
    Trecho que derruba a letra A: “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

    b) fará a defesa das “diferenças” em oposição a sua “tolerância”, o que é confirmado na leitura. 
    Trecho que confirma a letra B: "Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente".

    c) falará simplesmente das “diferenças”, mas essa antecipação não se confirma na leitura. 
    Trecho que derruba a letra C: O título (Contra a mera “tolerância” das diferenças) já expõe que o texto falará não só das diferenças mas também da tolerância.

    d) se debruçará sobre o vocábulo “tolerar”, o que fica evidente quando o termo é definido. 
    Trecho que confirma a letra D: Contra a mera “tolerância” das diferenças


ID
1972045
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Esse tipo de discurso ( ), no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente ( ) dos padrões construídos socialmente ( )”.

A partir do ponto de vista da referenciação e do progresso referencial, classifique os referentes do trecho acima e, em seguida, marque a opção correta. (Alguns números podem ser utilizados mais de uma vez ou não serem utilizados).

(1) Introdução

(2) Retomada

(3) Desfocalização

Alternativas
Comentários
  • Desfocalização: lendo o exemplo, notamos que outro objeto é inserido, ganhando assim o foco do texto.


ID
1972051
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Julgue as assertivas abaixo, a partir das ideias apresentadas pelo texto.

I. No terceiro parágrafo, o autor faz a defesa de que haja a hierarquização entre os que “toleram” em detrimento dos que são “tolerados”.

II. Nos dois últimos parágrafos, há a explicação, onde é elucidada a relação entre o fato e a ideia defendidas pelo autor do texto.

III. A última oração do texto é melhor compreendida quando o leitor assume uma atitude responsiva ativa diante dela.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Julgue as assertivas abaixo, a partir das ideias apresentadas pelo texto.

    I. No terceiro parágrafo, o autor faz a defesa de que haja a hierarquização entre os que “toleram” em detrimento dos que são “tolerados”.

     “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

    Resposta: Não há a defesa. Em momento algum o autor se coloca a favor desta hierarquização. Ele só diz que ela existe. FALSA
    ________________________________________
    II. Nos dois últimos parágrafos, há a explicação, onde é elucidada a relação entre o fato e a ideia defendidas pelo autor do texto.

        Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.
          Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

    Resposta: Há a elucidação entre o fato e a ideia que o autor defende. VERDADEIRO
    ______________________________________
    III. A última oração do texto é melhor compreendida quando o leitor assume uma atitude responsiva ativa diante dela.

    ----A atitude responsiva ativa é, para Bakhtin ([1979]/2003), o que coloca o sujeito numa ativa posição discursiva, tornando-o capaz de concordar, discordar, completar e aplicar os elementos linguísticos da comunicação discursiva, ocorrendo durante todo o processo de compreensão linguística.--

    última oração: ..."isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais".

    Resposta: Ou seja: Faça alguma coisa para mudar isso! VERDADEIRO


ID
1972057
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Classifique as ideias do texto expostas abaixo com os pressupostos de interpretação a seguir. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a classificação correta. (Alguns números podem ser utilizados mais de uma vez ou não serem utilizados).

(1) Fato

(2) Inferência do autor

(3) Opinião do autor


( ) “Tolerar‟ o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir”.

( ) “Tolerar‟, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta”.

( ) “Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura”.

( ) “Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual”.

Alternativas

ID
1972060
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Por certo, esse texto utiliza, como é comum, palavras e expressões que se modificam e têm seus sentidos mais aclarados conforme o contexto. Não foi aplicado com sentido conotativo, o verbete

Alternativas

ID
1972063
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Assinale a alternativa que apresenta um trecho do texto em que o sujeito recebe a ação do verbo.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me explicar essa resposta?

  • ''recebe açao do verbo'' - sujeito paciente, voz passiva.

       A- unica que tem verbo ser+participio

  •  

    Bora lá!!

    “[...] Tolerar não deve ser celebrada e buscada [...]” 

    Quem é o sujeito da frase? O verbo Tolerar.

    O sujeito está recebendo duas ações que é: de não ser celebrada e não ser buscada, ou seja, é voz passiva. O sujeito recebe a ação. 

    No entanto, se o sujeito estivesse praticando a ação seria voz ativa.

     

  • Gabriela OA, e so vc perguntar : quem não pode sofrer a ação de ser celebrada e buscada?? : = Tolerar.

    ..

    logo, e Sujeito Passivo, pois esta sofrendo a açao.

    ..

    GAB - A


ID
1972066
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Segue o mesmo padrão de regência de “...o direito à existência” o exposto em

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra A , pois se trata de uma regência nominal que pede a preposição A. Desse modo segue a mesma regência do enunciado "direito a..."

  • Na verdade a ''b'' tbm pede preposição A porém é acompanhada do verbo IR, enquanto na opção ''a'' é praticamente a mesma estrutura do enunciado, a diferença é que não foi colocado a crase, visto que nesse caso é facultativo onde (a/às) pessoas.

  • O caso exposto apresenta um exemplo de regência nominal, isto é: “relação existente entre um nome e os termos regidos por ele, intermediada por preposição”, onde o termo regido leva artigo junto à preposição (a+a). Nesse sentido, “estava ansioso para o concerto” segue a mesma regra: “ansioso” (nome/adj.) + “para” (prep.) + “o” (artigo). Já em No caso de “nocivo a pessoas cardíacas”, apesar de ser uma regência nominal, a preposição utilizada não vem acompanhada de artigo; por fim, os outros dois casos são de regência verbal.

  • a) nocivo a pessoas cardíacas (regência nominal - NOCIVO exige preposição A, como no enunciado da questão). Garabito!

    b) concordou em ir à rodoviária  (regência verbal - aqui o verbo exige preposição porque é um VTI)

    c) concordará com os seus pais (regência verbal como a anterior)

    d) estava ansioso para o concerto. (regência nominal, porém ANSIOSO exige preposição POR ou PARA)

  • B - concordou em ir à rodoviária. Nesse caso, "Ir" é VI e "à rodoviária" é adjunto adverbial de local.

    Sendo assim, a única opção que ocorre um termo regido pela preposição "a", tal como pedido no enunciado, é na letra A "nocivo a pessoas cardíacas."


ID
1972069
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

A palavra _______________ segue a mesma regra ortográfica de “estigmatizar” (4º§), pois possui um sufixo formador de _______________.

Alternativas
Comentários
  • Desconsiderando o significado da palavra, e se voltando apenas para sua ortografia, estigmatizar é derivada por prefixação (Estigma + tizar) , se tornando assim um verbo, mesmo caso da alternativa A) ... humanizar, que vem do substantivo "humano".

  • Rodolfo Inácio seu comentário está correto, você apenas errou em afirmar que estigmatizar é derivada por prefixação, sendo o correto por sufixação.

  • Discordo plenamente! Eu por exemplo, certa vez, coloquei arquivos em 02 pen drivers diferentes, porém, perdi um pen drive, e para minha sorte o outro que eu deixei guardado, por algum motivo, se corrompeu, resultado... eu não consegui recuperar o documento, mesmo colocando em diretórios diferentes!!!

  • Concordo com você, o problema é que a banca cobra em outras questões com entendimentos diferentes


ID
1972072
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Em “hegêmonica” (4º§) há um erro de acentuação. Considerando o necessário para que haja nela correção gramatical, aponte a alternativa que apresenta outro léxico com a mesma regra de acentuação, mas que esteja acentuado de maneira correta dentro de seu contexto discursivo.

Alternativas
Comentários
  • hegêmonica (errado) --> hegemônica (certo) --> Proparoxítona (todas proparoxítonas são acentuadas)

    Lâmpada --> proparoxítona.

  • Valmar Neves, voce esqueceu de reparar que TRÂNSITO tbm é proparoxitona??

     

    Namoral, essas questoes militares sao todas zuadas, nao tem logica!

  • Gustavo Guzzo, existe o substantivo "trânsito" e o verbo "transitar". Analisando o contexto da frase "d", transito é verbo, por isso não é acentuado.

  • O enunciado pediu para considerarmos a correta DENTRO DO SEU CONTEXTO. Embora a palavra ''trânsito'' seja proparoxítona tal como ''hegemônica'', está sendo usado fora do seu contexto. Incorremos em erro crasso ao dizermos ''eu TRÂNSITO muito pelo centro''. A única alternativa correta é a letra B, na qual se encontra uma proparoxítona com seu uso devidamente correto.

     

    Gabarito B

  • A palavra " Hegêmonica " está escrita de forma incorreta sua forma correta é " Hegenica ". Trata-se de uma palavra proparoxítona onde a sílaba tônica é a antepenúltima.

     

    A palavra das opções que se enquadra nessa mesma regra é a palavra " Lâmpada ", no qual a sílaba tônica é Lâm.

     

    GABARITO: LETRA (B)

    FONTE: http://www.silabas.net/index-pt.php?p=hegem%C3%B4nico


ID
1972081
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Contra a mera “tolerância” das diferenças 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.  

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre as classes de palavras no contexto do texto. A seguir, marque a opção com a sequência correta.

( ) A palavra “este”, utilizada nos 3º e 4º parágrafos, cumpre, nos dois casos, o mesmo papel de pronome demonstrativo.

( ) “Favor” e “bondade”, que ocorrem no 3º parágrafo, são igualmente substantivos. O primeiro masculino e o segundo feminino.

( ) O termo “o”, em suas duas ocorrências, assim como “uma”, ambos no 5º parágrafo, são artigo indefinido e definido, respectivamente.

( ) “Ainda”, nas duas locuções do 5º e do 6º parágrafo, assume o papel de advérbio de tempo.

Alternativas
Comentários
  • C - O termo “o”, em suas duas ocorrências, assim como “uma”, ambos no 5º parágrafo, são artigo indefinido e definido, respectivamente.

    A banca trocou a ordem. O "o" é artigo definido, o "uma" indefinido. 

     

    D -  “Ainda”, nas duas locuções do 5º e do 6º parágrafo, assume o papel de advérbio de tempo.

    Ainda que - assume papel de conjunção. 


    Fonte: Meus estudos. Corrijam, caso esteja errado o meu comentário. 

  • Um favor ou um ato de bondade extrema. (3º Parágrafo)

    Como bondade pode ser substantivo? Antes de preposição? Eu acho que esse gabarito está errado.

  • Também concordo com o Jean, "..ato de bondade..." Acredito que seja uma locução adjetiva!!

    E o que vocês acham?

  • Fui na A por eliminação, mas também acho que ".....ato de bondade...." é locução adjetiva, até dá para substituir por "....ato bondoso...."


ID
1972084
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

A partir da leitura do texto, julgue os itens abaixo.

I. O sujeito que se apresenta pelo texto afirma que, em virtude de seu espírito de perfeição, ele jamais inicia ou termina alguma coisa.

II. Durante o ato de escrita, o sujeito tem a necessidade de falar com outra pessoa que não consigo mesmo.

III. O ato de escrita, para esse sujeito, é um processo penoso e triste, onde ele se perde e se sente isolado do mundo.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
1972087
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Considerando o contexto em que foi aplicada, a palavra “cedência” (1º§) tem o sentido de

Alternativas

ID
1972090
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

No trecho “... aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida” (2º§), as palavras sublinhadas podem ser entendidas por suas estruturas e contexto em que se inserem, significando, respectivamente _______________ e _______________.

Alternativas
Comentários
  • “... aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida” 

    ingremadas vem de íngreme, que é extremamente inclinado com relação ao plano horizontal.

    húmido com dupla gráfia: húmido / úmido sinônimo molhado


ID
1972093
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Avalie as afirmativas abaixo acerca de itens coesivos presentes no texto.


I. Em “Este livro...” (1º§) o termo em destaque se refere ao próprio livro em que o texto foi colocado, uma vez que ele está “próximo”.

II. No trecho “A razão por que tantas...” (2º§) a parte destacada, em verdade, cumpre o sentido da conjunção “porque”.

III. Em “Porém eu perco-me...” e “mas como...” (4º§) os termos em destaque poderiam ser permutados sem ocasionar perda de sentido para o texto.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas

ID
1972096
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

No processamento desse texto, deve-se recorrer, para compreender os meios coesivos utilizados, ao sistema de conhecimento

Alternativas
Comentários
  • Conhecimento linguístico - meios coesivos.


ID
1972099
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

No último parágrafo do texto, o autor afirma que escrever é perder-se e, depois, apresenta uma

Alternativas

ID
1972108
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

O pronome “-la”, em “tê-la” (2º§), se refere a

Alternativas

ID
1972111
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar.”

Como ficariam as palavras destacadas no trecho acima, mantendo a coerência estilística do autor e o mesmo tempo verbal, caso seu sujeito fosse a primeira pessoa do plural?

Alternativas

ID
1972114
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões...” (2º§) as vírgulas que separam “real ou suposto” encontram a mesma correspondência de utilização em:

Alternativas
Comentários
  • eu penso que é um aposto

  • gabarito letra C.

    "real ou suposto" é um aposto.

    o que acontece também na letra C, "Florianópolis"

    na letra A e na letra B, temos vocativos

    na letra E, temos uma oração subordinada.


ID
1972123
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Considere alguns usos da partícula “que”, na coluna da direita, e os classifique morfologicamente conforme a coluna da esquerda. A seguir, marque a alternativa que apresenta a classificação correta.

(1) Pronome

(2) Conjunção


( ) “O que consigo” (1º§).

( ) “comigo que formam” (2º§).

( ) “Mas que seria” (3º§).

( ) “mais que o esforço” (3º§)

Alternativas

ID
1972438
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Seria possível articular o segundo parágrafo ao terceiro, considerando possíveis adaptações sintáticas, mas mantendo-se o valor semântico da articulação, com o operador organizacional

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: C

    Os segundo e terceiro parágrafos iniciam-se com recorrência de termos, mas sem elementos coesivos explícitos que
    articulem um ao outro e os operadores organizacionais serviriam à articulação entre as partes do texto.
    Nesse sentido, “em outras palavras” orienta a leitura para que não haja quebra no conteúdo informado, sinalizando que
    o tópico ainda é o mesmo.
    “Em segundo lugar”, é um operador “de espaço e tempo textual”, que acrescenta uma informação ao tema geral, no
    entanto, no caso em discussão, tópico continua o mesmo, sendo explicado; já “Com o propósito de” é um operador
    argumentativo de “finalidade”, da mesma forma que “para”; e, por fim, “Mais do que” é um operador com sentido de
    “comparação”.
    Fontes:
    MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008;
    KOCH, Ingedore Vilaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.


ID
1972444
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Marque a alternativa que apresenta o mesmo valor semântico do contexto em que foi aplicada a expressão "Com efeito" (6º§).

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: A

    “Com efeito” é uma locução adverbial de modo, que, do ponto de vista linguístico-textual e da coesão, funciona para
    retomar e confirmar as ideias lançadas anteriormente. Ele tem o mesmo sentido de “em verdade” (“de maneira
    verdadeira”), “para que não reste dúvidas” e “de fato” (“de modo factual”, que pode ser comprovado pelos fatos).
    Por sua vez, “às vezes” é uma locução adverbial de tempo, com sentido de “nem sempre”; “em síntese” é uma locução
    adverbial de modo, mas com sentido de “resumindo”; e “ao contrário” é uma locução adverbial de modo, mas com
    sentido de “contrariamente”, “em sentido contrário”.
    Fontes:
    MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008;
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa: atualizada pelo novo Acordo Ortográfico. 37. ed. Rio de Janeiro:
    Nova Fronteira, 2009;
    CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. Cochar. Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação. Ensino
    Médio. Conforme nova ortografia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009;
    CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2010;
    CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro: Lexikon
    Editora Digital, 2013;
    GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna: Aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 27. ed. Rio de
    Janeiro: FGV, 2010.

  • Significado de Com efeito. locução adverbial De maneira efetiva; na verdade, na realidade; de fato; efetivamente, verdadeiramente, realmente: a paz mundial é difícil, com efeito, mas é possível.

     

    Jean Vinicius, apesar de seu raciocínio ser viável, o autor preferiu utilizar um conectivo não com significação conclusiva, mas apenas um conectivo coesivo. Ele pode até ter apresentado idéias conclusivas e sintéticas do restante do texto, mas o conectivo utilizado tem sua significação própria.


ID
1972495
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Assinale a alternativa onde o verbo não segue a mesma regra de regência dos demais, considerando seus contextos

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: A

    As palavras em uma oração são normalmente interdependentes, isto é, relacionam-se entre si. Quando uma serve de
    complemento a outra denomina-se “regência” e, no caso de a ligação ser entre um verbo com seu complemento, ocorre
    a “regência verbal”, sobretudo nos casos em que os verbos são transitivos.

    No caso da questão, “falar” tem transitividade indireta o que solicita uma preposição, no caso “com”, após a locução
    adverbial (“adjunto adverbial”, na esfera sintática).
    De outro modo, as demais alternativas trazem, todas, verbos com transitividade direta, sem a exigência de preposição.
    Assim, seus complementos são palavras de valor substantivo precedidas de seus respectivos artigos (“um” e “o”).
    Fontes:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa: atualizada pelo novo Acordo Ortográfico. 37. ed. Rio de Janeiro:
    Nova Fronteira, 2009;
    CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. Cochar. Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação. Ensino
    Médio. Conforme nova ortografia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009;
    CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro: Lexikon
    Editora Digital, 2013.

  • interromper está, nesse contexto, bitransitivo: "A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem".

    logo, não tem resposta certa


ID
1972600
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Com relação ao uso da crase em “dirijo-me à luz” (2º§), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • O verbo dirigir (no sentido de aproximar-se) é regido por preposição.

  • O verbo dirigir (no sentido de aproximar-se) é regido por preposição.


ID
1978843
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Considerando Storpirtis (2011), associe as duas colunas relacionando as seguintes definições com seus respectivos fenômenos.

DEFINIÇÃO

(1) Interação por adição

(2) Interação por somação

(3) Incompatibilidade medicamentosa


FENÔMENO

( ) dois fármacos atuam simultaneamente, promovendo mesmo efeito, porém por mecanismos diferentes.

( ) ocorre quase sempre fora do organismo, às vezes na seringa de injeção, quando se misturam dois ou mais medicamentos para uma aplicação única.

( ) associação de dois fármacos que promovem efeitos semelhantes e por mecanismos de ação também semelhantes.

A sequência correta dessa classificação é

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, têm-se as seguintes definições:  
    Interação por Adição e por Somação 

    Interação por adição é o fenômeno decorrente da associação de dois fármacos que promovem efeitos semelhantes e 
    por mecanismos de ação também semelhantes. É o caso da associação de analgésicos inibidores da ciclooxigenase. 
    Seus efeitos são aditivos. 

    A interação por somação é aquela que dois fármacos atual simultaneamente, promovendo mesmo efeito, porém por 
    mecanismos diferentes. A codeína e o ácido acetilsalicílico são dotados de atividade analgésica. Assim, administração 
    concomitante desses fármacos resulta na somação de seus efeitos analgésicos. Entretanto, a ação da codeína se faz 
    no sistema nervoso central, enquanto a do ácido acetilsalicílico é predominantemente periférica.  Outro exemplo seria um analgésico forte, como o paratram. Formado pela associação do tramadol com paracetamol.

    A incompatibilidade medicamentosa difere das interações medicamentosas, pois ocorre quase sempre fora do 
    organismo, às vezes na seringa de injeção, quando se misturam dois ou mais medicamentos para uma aplicação única. 
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 

  • ADIÇÃO: MECANISMOS DE AÇÃO =; EFEITO =

    SOMAÇÃO: MECANISMOS DE AÇÃO DIFERENTE; EFEITO =

  • Observação: sabendo apenas o conceito incompatibilidade dava pra responder a questão.


ID
1978846
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Sobre o esquema Geral de um setor de Farmacotécnica Hospitalar, associe as duas colunas relacionando As Áreas de formas Farmacêuticas com seus respectivos componentes.

ÁREAS DE FORMAS FARMACÊUTICAS

(1) Estéreis

(2) Não-Estéreis


COMPONENTES

( ) central de Preparo e Diluição de Misturas Intravenosas.

( ) reenvase e diluição de anti-sépticos e germicidas.

( ) preparo de venóclises e outras preparações estéreis.

( ) fracionamento de produtos farmacêuticos.

( ) preparações extemporâneas.

( ) nutrição Parenteral.

( ) quimioterapia.

Alternativas
Comentários
  • Área de Formas Farmacêuticas Estéreis: 
    - Central de Preparo e Diluição de Misturas Intravenosas; 
    - Nutrição Parenteral; 
    - Quimioterapia; 
    - Preparo de venóclises e outras preparações estéreis. 
    Área de Formas Farmacêuticas Não-Estéreis: 
    - Preparações extemporâneas; 
    - Fracionamento de produtos farmacêuticos; 
    - Reenvase e diluição de anti-sépticos e germicidas. 
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 

     


ID
1978849
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

O extrato seco de Passiflora edulis é padronizado para conter pelo menos 20% (p/p) de flavonóides. Desse modo, quanto de flavonóide é ingerido a cada dose de 120mg de Passiflora edulis ?

Alternativas
Comentários
  • %p/p – quantidade de massa em (g) contida em 100 g da preparação. 
    Exemplo: Um creme contém 0,25 % de hidrocortisona, significa que existem 0,25 g de hidrocortisona em cada 100 g de
    creme.  
    Desse modo, na questão apresentada, 20 % p/p de flavonoides, significa que existem 20 g de flavonoides em 100 g de
    extrato seco. Assim, em 120 mg, existem 24 mg de flavonoides. 
    Fonte: 
    ANSELH C.; STOKLOSA, I.M. Cálculos Farmacêuticos. 12 ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 


ID
1978852
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Qual a quantidade de álcool ingerida a cada dose de 15mL de Elixir de Malva, que é preparado com 10% v/v de extrato fluido, que contém cerca de 15% v/v de álcool?

Alternativas
Comentários
  • Em 15 ml de elixir, cerca de 10% é extrato fluido, ou seja, 15 x 0,1 = 1,5 mL. Porém desse volume, cerca de 15% é álcool, logo 1,5 x 0,15 = 0,225 ml.


ID
1978855
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Com base na Resolução RDC n° 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinas para Uso Humano em farmácias, o medicamento Carbamazepina utilizado no tratamento de episódios epiléticos, se utilizado concomitantemente com determinado medicamento pode ter sua ação e efeitos tóxicos aumentados. A esse medicamento, dá-se o nome de

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a referida resolução, a Carbamazepina pode ter sua ação e efeitos tóxicos aumentados por: cimetidina, 
    claritromicina, diltiazem, verapamil, eritromicina e propoxifeno; pode ter aumentados os riscos de reações adversas com 
    felbamato; pode aumentar os riscos de toxicidade do fígado com isoniazida e pode aumentar os riscos de reações 
    adversas graves com: IMAO (inibidor da monoamina-oxidase), incluindo a furazolidona e a procarbazina (aguardar pelo 
    menos 14 dias de intervalo entre o uso desses produtos e a carbamazepina). 
    Fonte: 
    _____. _____. Resolução RDC n. 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre as boas práticas de manipulação de 
    preparações magistrais e oficinas para uso humano em farmácias e seus anexos.  Diário Oficial [da] República 
    Federativa do Brasil, Brasília, DF, 09 out. 2007. Atualizada pela RDC nº 87/2008. 

  • A Cimetidina reduz a atividade da CYP3A4, diminuindo a metabolização da Carbamazepina.


ID
1978858
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias, quanto ao recebimento de matéria-prima e materiais de embalagem, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa com sequência correta.

( ) Caso a farmácia fracione matérias-primas para uso próprio, está dispensada a utilização da embalagem do produto original.

( ) Todos os materiais devem ser mantidos em quarentena, imediatamente após o recebimento, até que sejam liberados pelo controle de qualidade.

( ) Os materiais reprovados na inspeção de recebimento devem ser segregados e devolvidos ao fornecedor, atendendo a legislação em vigor.

( ) Os rótulos das matérias-primas fracionadas devem conter identificação que permita a rastreabilidade desde a sua origem.

Alternativas
Comentários
  • A primeira afirmativa é falsa:  Segundo a referida resolução, de acordo com o item 7. MATÉRIAS-PRIMAS E 
    MATERIAIS DE EMBALAGEM e subitem 7.2.9. Caso a farmácia fracione matérias-primas para uso próprio, deve 
    garantir as mesmas condições de embalagem do produto original. 
    A segunda afirmativa é verdadeira:  Subitem 7.2.7. Todos os materiais devem ser mantidos em quarentena, 
    imediatamente após o recebimento, até que sejam liberados pelo controle de qualidade.  
    A terceira afirmativa é verdadeira: Subitem 7.2.8. Os materiais reprovados na inspeção de recebimento devem ser 
    segregados e devolvidos ao fornecedor, atendendo a legislação em vigor.  
    A quarta afirmativa é verdadeira:  Subitem 7.2.10. Os rótulos das matérias-primas fracionadas devem conter 
    identificação que permita a rastreabilidade desde a sua origem. 
    Fonte: 
    BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas 
    Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinas para Uso Humano em farmácias. 


ID
1978861
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Considerando Storpirtis (2011), sobre os estudos de coortes, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Nos estudos de coortes  parte-se  da causa para observar 
    os efeitos.  Um  grupo de pessoas que utiliza e  outro que não 
    utiliza determinado medicamento é  seguido no tempo com o 
    intuito de determinar quais de seus componentes desenvolvem 
    reações adversas e se a exposição prévia ao medicamento está 
    relacionada à ocorrência da doença. 

     

    Fonte: Storpirtis, 2011.

  • A) parte-se da causa para observar os efeitos. CORRETO

    B) permite que seja calculado o risco absoluto. ERRADO - RISCO RELATIVO

    C) a medida da associação é dada pela odds ratio. ERRADO - ODDS RATIO (RAZÃO DE CHANCES) É A MEDIDA DADA PARA ESTUDOS DE CASO-CONTROLE

    D) são limitados quanto à determinação de reações adversas raras. ERRADO - SÃO INDICADOS PARA A DERTEMINAÇÃO DE RAM's RARAS


ID
1978864
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Em Storpirtis (2011) é possível observar alguns critérios utilizados para atribuir causalidade em Farmacovigilância, organizados por Meyboom et. al. (1997). Dessa forma, assinale a alternativa incorreta quanto a um desses critérios.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, [...] Causalidade ou relação de causa-efeito entre dois eventos significa que a 
    presença de um deles contribui para a presença do outro. [...] apresentam sete critérios utilizados para atribuir 
    causalidade em Farmacovigilância: 
      Força da associação 
      Consistência dos dados 
      Relação exposição-resposta 
      Plausibilidade biológica 
      Resultados experimentais 
      Analogia 
      Natureza e qualidade dos dados 
    A alternativa incorreta não tem relação com o enunciado. 
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 


ID
1978867
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

De acordo com Storpirtis (2011), os Estudos de Utilização de Medicamentos (EUM), definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são ferramentas que permitem

I. observar o uso de fármacos através do tempo.

II. identificar problemas potenciais associados a seu uso.

III. avaliar os efeitos de intervenções reguladoras e educativas.

Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, todas as afirmativas estão corretas. 
    Os estudos de utilização de medicamentos (EUM) foram definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 
    1977, como “a comercialização, a distribuição, a prescrição e o uso de medicamentos em uma sociedade, com ênfase 
    especial sobre as consequências médicas, sociais e econômicas resultantes” [...]. São ferramentas valiosas para (I.) 
    observar o uso de fármacos através do tempo, (II.) identificar problemas potenciais associados a seu uso e (III.) avaliar 
    os efeitos de intervenções reguladoras e educativas. Focam-se nos fatores e eventos que influenciam a prescrição, a 
    dispensação, a administração e o uso dos medicamentos. 
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 


ID
1978870
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Segundo Storpirtis (2011), a administração de medicamentos logo após uma refeição plena é prejudicial à absorção de fármacos. Porém, algumas exceções merecem destaque, como por exemplo:

I. o diazepam, dicumarol, griseofulvina, hidroclortiazida, metoprolol, nitrofurantoína, propranolol que, na presença de alimentos ricos em carboidratos e gordura, são mais bem absorvidos.

II. certos antibióticos e antiinflamatórios acompanhados de ingestão alimentar, por exemplo de leite, além de terem sua absorção melhorada, têm seus efeitos colaterais, particularmente irritação gastrintestinal, reduzidos.

III. o chá e alimentos que contêm taninos, são recomendados por impedirem a precipitação de certos fármacos, tipo alcaloides, na forma de tanatos.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, tem-se: 
    Os alimentos, através de seus nutrientes, interferem na ação de fármacos, alterando consequentemente os efeitos de 
    medicamentos. Como regra geral, a administração de medicamentos logo após uma refeição plena é prejudicial à 
    absorção de fármacos. Entretanto, há exceções, como é o caso de (I.) diazepam, dicumarol, griseofulvina, 
    hidroclortiazida, metoprolol, nitrofurantoína, propranolol etc., que na presença de alimentos ricos em carboidratos e 
    gordura, são mais bem absorvidos. (II.) Também certos antibióticos e antiinflamatórios acompanhados de ingestão 
    alimentar, por exemplo de leite, além de terem sua absorção melhorada, têm seus efeitos colaterais, particularmente 
    irritação gastrintestinal, reduzidos.  
    (III.) [...] Da mesma forma, o chá e alimentos que contêm taninos devem ser evitados durante a medicação, por causa 
    da precipitação de certos fármacos, tipo alcaloides, na forma de tanatos. Entre as interações clássicas de fármacos-
    alimentos, citam-se as de tetraciclinas com alimentos ricos em minerais, cálcio, ferro, cobre, manganês, zinco, onde se 
    formam quelatos insolúveis que são excretados com as fezes. 
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

  • De acordo com a bibliografia:

    O chá e alimentos que contêm tanatos devem ser evitados durante a medicação, por conta da precipitação de farmacos tipo alcalóides na forma de tanatos.

    A ingestão de suco de frutas cítricas como laranja e grapefruit devem ser evitadas por conta de possíveis alterações no pH e também por conta da inibição do PTAO.


ID
1978873
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre Análise Minimização de Custo (AMC).

Alternativas
Comentários
  • Exemplo de uma AMC (Análise de Minimização de Custos)

    Posted in Uncategorized on 21 de março de 2010 by madeiraleandro

    Item de Custo                                                   Antibiótico A                            Antibiótico B

    Eficácia                                                                   96%                                          95%

    Tempo de Resposta                                                 5 dias                                         7 dias

    Preço de 1 frasco                                                     R$59,00                                   R$ 56,00

    Posologia                                                      1 frasco / 4h (6 por dia)             1 frasco / 6h (4 por dia)

    Custo do medicamento                            R$ 59,00 x 6 x 5 = R$ 1770,00                    R$ 56,00 x 4 x 7 =  R$ 1568,00

    Custo da Internação                               R$ 100,00 x 5 dias = R$ 500,00                   R$ 100,00 x 7 dias =  R$ 700,00

    Custo de exames                          1 hemograma/dia R$ 5,00 x 5 dias = R$ 25,00      1 hemograma/dia R$ 5,00 x 7 dias = R$ 35,00

    Custos de Infusão                       R$ 10 x 6 aplicações x 5 dias = R$ 300,00               R$ 10 x 6 aplicações x 7 dias = R$ 280,00

    Custos Totais                                               R$ 2.595,00                                                                 R$2.583,00

    Análise Crítica

    Com o Antibiotico B tem-se R$ 12,00 economia. Caso a população tratada fosse de 1 milhão de pessoas, serão 12 milhões de reais economizados! Porém, o Antibiótico B (mais barato) resulta em 2 dias a mais de internação por paciente. Quanto custa uma diária? Além disso, mais tempo internado maior possibilidade de contrair infecção hospitalar, aumentando morbi-mortalidade e aumentando os custos.  Ainda temos que dois dias a mais internados podem causar insatisfação do paciente e também, 2 dias a menos de produtividade.

  • e acordo com a obra de referência, tem-se: 
    Análise Minimização de Custo (AMC) 
    Este tipo de análise pode ser realizado na comparação de duas ou mais opções terapêuticas que têm o mesmo impacto 
    sobre a saúde, ou seja, em ambas as eficácias ou as efetividades são iguais. Portanto, somente os custos são 
    confrontados. Os estudos de AMC são úteis na comparação de dosagens e formas de apresentação  ou equivalente 
    genérico para os quais os efeitos são absolutamente semelhantes, selecionando-se o de menor custo. 
    As demais alternativas se referem: 
    Análise Incremental (AI) 
    Permite mostrar qual o custo adicional para se obter uma unidade extra de efetividade, quando uma opção terapêutica é 
    comparada com a anterior, de custo mais elevado e maior efetividade. 
    Análise Custo-Efetividade (ACE) 
    Tem como finalidade avaliar o impacto de distintas opções e permitir melhorar os resultados do tratamento em troca do 
    uso de mais recursos. 
    Análise Custo-Benefício (ACB) 
    É cada vez menos utilizada devido à dificuldade de transformar dimensões intangíveis (sofrimento, morte, dor) em 
    unidades monetárias.  
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 

     


ID
1978876
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

É aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar.

(RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007.)

O trecho acima remete a uma preparação, conforme a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Assinale a alternativa que identifica corretamente essa preparação.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o documento em questão, tem-se: 
    Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a
    um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de
    usar. 
    Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em 
    Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA.  
    Quanto às designações preparação comum e matriz, não constam no referido documento.  
    Fonte: 
    _____. _____. Resolução RDC n. 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre as boas práticas de manipulação de 
    preparações magistrais e oficinas para uso humano em farmácias e seus anexos.  Diário Oficial [da] República 
    Federativa do Brasil, Brasília, DF, 09 out. 2007. Atualizada pela RDC nº 87/2008. 

  • Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar.

    Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA.

    Matriz: forma farmacêutica derivada, preparada segundo os compêndios homeopáticos reconhecidos internacionalmente, que constitui estoque para as preparações homeopáticas.

  • Preparação OFICINAL, feita conforme o Ofício, o compêndio oficial, ou seja, formulário terapêutico Nacional

    Preparação MAGISTRAL, feita conforme o mestre...

    As definições adequadas estão nos outros comentários,

    É bobo, mas é como eu lembro


ID
1978879
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Segundo a Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998, nos casos dos medicamentos contendo a substância Anfepramona, deverá constar, em destaque, no rótulo e bula, a frase chamando a atenção para o fato de que, tal medicamento pode provocar

Alternativas
Comentários
  • Conforme Portaria 344/1998:

     

    Art. 82 Nos casos dos medicamentos contendo a substância Anfepramona (lista "B2", psicotrópicos-anorexígenos) deverá constar, em destaque, no rótulo e bula, a frase: "Atenção: Este Medicamento pode causar Hipertensão Pulmonar". 


ID
1978882
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

De acordo com a Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998, dentre as substâncias a seguir, qual delas é um entorpecente de uso permitido somente em concentrações especiais?

Alternativas
Comentários
  • Conforme portaria 344/1998:

     

    LISTA - A2 - LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES DE USO PERMITIDO SOMENTE EM 
    CONCENTRAÇÕES ESPECIAIS 
    (Sujeitas a Notificação de Receita "A") 
     
    1. ACETILDIIDROCODEINA 
    2. CODEÍNA 
    3. DEXTROPROPOXIFENO 
    4. DIIDROCODEÍNA 
    5. ETILMORFINA 
    6. FOLCODINA 
    7. NALBUFINA 
    8. NALORFINA 
    9. NICOCODINA 
    10. NICODICODINA 
    11. NORCODEÍNA 
    12. PROPIRAM 
    13. TRAMADOL 

  • A)Diidrocodeína - ENTORPECENTES EM CONCENTRAÇÕES ESPECIAIS A2

    B)Atomoxetina - PSICOTRÓPICOS ESTIMULANTES A3 (INCLUÍDA PELA RDC nº 36, de 03/08/2011)

    C) Anfetamina- PSICOTRÓPICOS ESTIMULANTES A3

    D) Catina - PSICOTRÓPICO ESTIMULANTE A3


ID
1978885
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Conforme previsto pela Resolução n° 585, de 29 de agosto de 2013, dentre as atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à saúde, nos âmbitos individual e coletivo, analise as afirmativas abaixo.

I. Participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada com os demais membros da equipe de saúde.

II. Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento.

III. Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com o propósito de prover cuidado ao paciente.

IV. Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente, a fim de proceder a avaliação farmacêutica.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o documento em questão, todas as afirmativas estão corretas. 
    (CAPÍTULO I – DAS ATRIBUIÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO) 
    Art. 7º - São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à saúde, nos âmbitos individual e coletivo:  
    [...] 
    (I.) VI – Participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada com os demais membros da equipe de 
    saúde;  
    (II.) VII  - Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro ambiente adequado, que garanta a 
    privacidade do atendimento; 
    (III.) VIII - Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com o propósito de prover cuidado ao 
    paciente;  
    [...] 
    (IV) X  -  Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente, a fim de proceder à avaliação 
    farmacêutica; 
    Fonte: 
    CONSELHO FEDERALDE FARMÁCIA. Resolução n° 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições 
    clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 26 de setembro de 2013.


ID
1978888
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

De acordo com Storpirtis (2011), quanto aos erros nos cálculos das doses de medicamentos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, há dois tipos de erros de cálculos de dose, sendo o primeiro aquele em que o 
    médico não dispõe, não solicita ou deixa de levar em conta, para os cálculos da dose, informações importantes sobre o 
    paciente, como função renal e hepática, peso e idade. O outro é aquele em que houve erro no cálculo matemático 
    propriamente dito. São, de fato, mais comuns na pediatria, porém, com medicamentos usados por via intravenosa. 

  • A) Pode ocorrer em função da ausência de informações relevantes a respeito do paciente, que devem ser consideradas para calcular a dose do medicamento. EXEMPLOS: FUNÇÃO RENAL, HEPÁTICA, PESO E IDADE.

    B) Resulta de problemas relacionados às informações constantes na rotulagem e embalagem dos medicamentos. NÃO É UMA CAUSA DE ERRO DE CÁLCULO, MAS SIM ERRO DE TROCA

    C) Decorre de algumas semelhanças existentes entre medicamentos, como por exemplo, concentração e cor.NÃO É UMA CAUSA DE ERRO DE CÁLCULO, MAS SIM ERRO DE TROCA

    D) São mais comuns em pediatria e com medicamentos usados por via INTRAVENOSA.


ID
1978891
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Tendo por base Storpirtis (2011), dentre as características apresentadas a seguir, assinale aquela que diz respeito ao inventário rotativo.

Alternativas
Comentários
  • Inventário rotativo 
      Sem grandes esforços, com custos distribuídos. 
      É possível continuidade de atendimento com almoxarifado de portas abertas. 
      Incremento da produtividade, com ações preventivas, que, em consequência, reduzem falhas. 
      Almoxarifes tornam-se especialistas no processo e no ajuste. 
      A  retroalimentação imediata eleva a qualidade, havendo motivação e participação geral; sendo as divergências 
    rapidamente identificadas e corrigidas. 
      Aprimoramento contínuo da confiabilidade.  


ID
1978894
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Considerando Storpirtis (2011), informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre o impacto das condições ambientais em relação à estabilidade dos medicamentos. A seguir, marque a opção com a sequência correta.

( ) Em alguns casos, a cada 10ºC de elevação na temperatura, a velocidade de reação de degradação é acelerada de duas a cinco vezes.

( ) A umidade pode ocasionar reações de hidrólise, como também alterar as propriedades de alguns medicamentos que são higroscópicos.

( ) A exposição à luz provoca influência na velocidade de reações de oxidorredução da maioria dos fármacos.

( ) Medicamentos nas formas farmacêuticas de comprimidos, cápsulas gelatinosas e pós são propícios a absorver umidade, tornando-se impróprios para administração.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, os fatores que atuam nas reações de degradação são: 
    A primeira afirmativa é verdadeira:  Temperatura:  A elevação de temperatura pode afetar a estabilidade de 
    muitos medicamentos. Em alguns casos, a cada 10ºC de elevação na temperatura, a velocidade de reação de degradação é acelerada de duas a cinco vezes. Outros medicamentos, por outro lado, podem ser afetados por 
    temperaturas baixas, tornando-se inativos nessas condições. 
    A segunda afirmativa é verdadeira: Umidade  – Pode ocasionar reações de hidrólise, como também alterar as 
    propriedades de alguns medicamentos que são higroscópicos.  
    A terceira afirmativa é falsa: Luz – A exposição à luz tem influência na velocidade de reações de fotodegradação 
    de fármacos susceptíveis. 
    A quarta afirmativa é verdadeira: Umidade – Medicamentos nas formas farmacêuticas de comprimidos, cápsulas 
    gelatinosas e pós podem absorver umidade, tornando-se impróprios para administração.  
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 

  • (V)

    (V)

    (F) A exposição à luz provoca influência na velocidade de reações de FOTODEGRADAÇÃO da maioria dos fármacos.

    (V)


ID
1978897
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Baseando-se na Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998, assinale a alternativa correta quanto à classificação das substâncias

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o documento em questão, tem-se: "A1" e "A2" (entorpecentes de uso permitido); "A3", "B1" e "B2" 
    (psicotrópicos de uso permitido); "D1" (precursores de uso permitido); "F1" (entorpecentes de uso proscrito). 
    Art. 23 A importação das substâncias constantes das Listas "A1" e "A2" (entorpecentes de uso permitido), "A3", "B1" e 
    "B2" (psicotrópicos de uso permitido), "D1" (precursores de uso permitido), "F1" (entorpecentes de uso proscrito), "F2" 
    (psicotrópicos de uso proscrito) e "F3" (precursores de uso proscrito) da Portaria SVS/MS nº 344/98, e de suas 
    atualizações, destinadas exclusivamente para fins de ensino e/ou pesquisa, análises e utilizadas como padrão de 
    referência, dependerá da emissão de Autorização de Importação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e terá 
    validade de 1 (um) ano contados a partir da data de sua emissão. 
    Cota Suplementar de Importação  - Quantidade de substância constante das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", 
    "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" (imunossupressores) e "D1" (precursoras) deste Regulamento Técnico ou de suas 
    atualizações, que a empresa é autorizada a importar, em caráter suplementar à cota anual, nos casos em que ficar 
    caracterizada sua necessidade adicional, para o atendimento da demanda interna dos serviços de saúde, ou para fins 
    de exportação. 
    Fonte: 
    _____. _____. Portaria n. 344, de 12 de maio de 1998 e suas atualizações. Aprova o Regulamento  Técnico sobre 
    substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 
    DF, 1 fev. 1999. Disponível em:

  • A ) "A1" e "A2" (entorpecentes de uso permitido).

    B) "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicos).

    C) "F1" (ENTORPECENTES de uso proscrito). F2 SÃO OS PSICOTRÓPICOS PROSCRITOS

    D) "D1" (precursores DE ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICOS)


ID
1978900
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Dentre os termos utilizados em farmacoeconomia, há aquele que diz respeito aos resultados ou consequências de intervenções terapêuticas, e que na avaliação da terapia medicamentosa, usualmente relaciona-se à mortalidade, eventos adversos, tempo de hospitalização, razão de cura, índice de cura, adesão do paciente, qualidade de vida, entre outros.

Assinale a alternativa correta quanto ao termo em questão.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, o  termo outcome diz respeito aos resultados ou consequências de intervenções 
    terapêuticas. Na avaliação da terapia medicamentosa, usualmente são utilizados outcomes concernentes à mortalidade, 
    eventos adversos, tempo de hospitalização, razão de cura, índice de cura, adesão do paciente, qualidade de vida, entre 
    outros.  
    [...] 
    Os demais termos também são utilizados em farmacoeconomia, e  estão muito presos ao significado econômico, 
    distinguindo-se, assim, do conceito de outcome.  

  • A) Outcome. - diz respeito aos resultados (DESFECHO) ou conseqüências de intervenções terapêuticas. Na avaliação da terapia medicamentosa, usualmente são utilizados outcomes concernentes à mortalidade, eventos adversos, tempo de hospitalização , razão de cura, índice de cura, adesão do paciente, qualidade de vida , entre outros.

    B) Custos fixos. - são aqueles que não se alteram e são independentes do nível de atividade do hospital , tal como ocorre

    com salários, encargos administrativos, aluguéis, depreciação de equipamentos, entre outros.

    C) Custos diretos. - são relacionados diretamente ao produto, serviço ou atividade, sendo de fácil identificação e mensuração.

    D) ustos intangíveis. - são de difícil mensuração monetária, como, por exemplo, dor, sofrimento, perda de membro. Embora muito importantes para os pacientes, necessitam, ainda, de significado econômico.

    FONTE: STORPIRTIS, 2008


ID
1978903
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os medicamentos antineoplásicos, em virtude de suas características químicas e toxicológicas, que visam garantir e proteger tanto a esterilidade dos medicamentos quanto a segurança dos manipuladores, devem ser preparados em câmaras de fluxo laminar, que obrigatoriamente devem apresentar as seguintes características: Câmara de fluxo laminar__________, classe __ tipo __.

Alternativas
Comentários
  • A câmara de fluxo laminar vertical, classe II tipo B tem 100% de exaustão externa e zero de recirculação de ar, sendo 
    indicada para o manuseio de agentes biológicos, substância química tóxica e radionucleotídeo.  
    Fonte: 
    GOMES, Maria José Vasconcelos de Magalhães; REIS, Adriano Max Moreira.  Ciências Farmacêuticas: uma 
    abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2006. 

  • Sala de Manipulação  - deve estar  localizada em ãrea restrita 
    exclusiva e  lívre de correntes de ar. O  ar deve ser filtrado 
    segundo  requisitos para áreas  limpas. A pressão deve ser 
    negativa para evitar possível saída de contaminantes para a 
    ante-sala. A SOBRAFO preconiza que a sala seja classificada 
    como área  limpa, classe 10.000 ou 100.000 pela USP. Requer 
    dutos de exaustão para instalação da cabine de segurança 
    biológica, classe II,  vertical  tipo B2 com 100% de exaustão 
    (PIJ\1TO;  KANEKO; BUCHARA,  2002); 

  • !! MANIPULAÇÃO DE ANTINEO !!

    SALA COM PRESSÃO NEGATIVA

    Cabine de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2, SEMESTRALMENTE QUALIFICADA

    sala exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com área mínima de cinco m² por CSB

  • As Câmaras de Seguran ça Biológica, classe II, tipo B2, são sistemas eletromecânicos, com pressão negativa de exaustão e filtragem absoluta do ar descendente e/ou ascendente capazes de criar ambiente de fluxo laminar vertical, em pequenas áreas de trabalho, independentemente das condições do meio. As câmaras classe II são as que possuem fluxo laminar vertical.

    classe ll , tipo A → não possui exaustão externa

    classe lI , tipo B → possui sistema de exaustão externa

    A classe lI , tipo B, está dividida em Bl, B2 e B3, dependendo do volume de ar recirculado e exaurido. A Câmara de Segurança Biológica, classe II tipo B2, tem 100% de exaustão e zero de recirculação do ar.


ID
1978906
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Em relação à Infra-estrutura da Farmácia Hospitalar, no que tange à garantia da base material necessária à atuação do farmacêutico e ao cumprimento de sua missão, inclui, entre outros o(a):

Alternativas
Comentários
  • Segundo os padrões Mínimos para Farmácia Hospital, redigidos pela  Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, 
    dentre os pontos relacionados a infra-estrutura necessária ao seu funcionamento, tem-se: 
    A disponibilidade de equipamentos e instalações adequadas  ao gerenciamento (logística de suprimentos) de 
    medicamentos, saneantes e produtos para saúde; embalagem, reenvase e unitarização de doses de medicamentos; a 
    manipulação de produtos estéreis e não-estéreis; 
    A implantação de um sistema de gestão informatizado; 
    A disponibilidade de recursos para a informação e comunicação; 
    A disponibilidade de salas para prática de atividades farmacêuticas, respeitando suas necessidades técnicas; 
    A disponibilidade de serviços de manutenção, para assegurar o pleno funcionamento das tecnologias disponíveis e 
    instalações físicas; 
    A implantação e manutenção de sistemas de arquivo. 
    Fonte: 
    GOMES, Maria José Vasconcelos de Magalhães; REIS, Adriano Max Moreira.  Ciências Farmacêuticas: uma 
    abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2006.

  • O COMANDO DA QUESTÃO É SOBRE "Infra-estrutura da Farmácia Hospitalar", a única alternativa correspondente é "implantação de um sistema de gestão informatizado"


ID
1978909
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

São grupos de atribuições essenciais da Farmácia Hospitalar, segundo o que reconhece a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) os apresentados abaixo, exceto:

Alternativas
Comentários
  • A SBRAFH reconhece seis grandes grupos de atribuições essenciais da Farmácia Hospitalar: 
    Gestão; Desenvolvimento de infra-estrutura; Preparo, distribuição, dispensação e controle de medicamentos e produtos 
    para saúde; Otimização da terapia medicamentosa; Informação sobre medicamentos e produtos para saúde; Ensino, 
    educação permanente e pesquisa. 

    Fontes: 
    GOMES, Maria José Vasconcelos de Magalhães; REIS, Adriano Max Moreira.  Ciências Farmacêuticas: uma 
    abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2006.  
    FERRACINI, Fábio Teixeira; BORGES FILHO, Wladimir Mendes. Farmácia Clínica: segurança na prática hospitalar.
    São Paulo: Atheneu, 2011. 

  • Atualmente, na última publicação da SBRAFH, "Padrões mínimos para a Farmácia Hospitalar e Serviços de saúde", em 2017, as atribuições ESSENCIAIS da FH são:

    1.Gestão

    2.Desenvolvimento de infraestrutura

    3.Logística Farmacêutica e Preparo de Medicamentos

    4.Otimização da terapia medicamentosa

    5.Farmacovigilância e Segurança do Paciente*

    6.Informações sobre medicamentos e produtos para saúde

    7.Ensino, educação permanente e pesquisa.

    *ESSE FOI ACRESCENTADO NA 3ª EDIÇÃO(2017)


ID
1978912
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A Farmácia Hospitalar e de serviços de saúde deve ser localizada em área que facilite a provisão de serviços a pacientes e às unidades hospitalares. Ela deve contar com recursos de comunicação e transporte eficientes.

Nesse sentido, um ambiente imprescindível para o funcionamento da Farmácia Hospitalar é a Área

Alternativas
Comentários
  • Para o funcionamento de uma unidade de Farmácia Hospitalar devem existir, no mínimo, os seguintes ambientes: 
     Área para administração; Área para armazenamento; Área de dispensação e orientação farmacêutica. Havendo outros 
    tipos de atividades (manipulação magistral e oficinal, manipulação de desinfetantes, fracionamento, produção de kits, 
    manipulação de antineoplásicos, nutrição parenteral e de outras misturas intravenosas; manipulação de radiofármacos, 
    controle de qualidade,  serviço de informação e outras) deverão existir ambientes específicos para cada uma destas 
    atividades, atendendo a legislação pertinente. 
    Fonte: 
    GOMES, Maria José Vasconcelos de Magalhães; REIS, Adriano Max Moreira.  Ciências Farmacêuticas: uma 
    abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2006.  
    FERRACINI, Fábio Teixeira; BORGES FILHO, Wladimir Mendes. Farmácia Clínica: segurança na prática hospitalar. 
    São Paulo: Atheneu, 2011. 


ID
1978915
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os Cálculos Farmacêuticos fazem parte do dia a dia do Farmacêutico Hospitalar, com auxílio desta ferramenta é possível a esse profissional produzir diluições, preparar soluções e converter fórmulas, por exemplo. Neste contexto, o conhecimento de como se expressa as concentrações é imprescindível. Desse modo, a descrição correta do significado da abreviatura mOsm/L expressa a quantidade de

Alternativas
Comentários
  • mOsm/l – Expressa a quantidade de “partículas”, dissociadas ou não, presentes numa solução. 
    Exemplos: 
    1 mmol de NaCl representa 2 mOsm (Na + Cl); 
    1 mmol de CaCl2 
    representa 3 mOsm (Ca + 2Cl). 
     
    Fonte: 
    ANSELH C.; STOKLOSA, I.M. Cálculos Farmacêuticos. 12 ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 


ID
1978918
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Baseando-se em Storpirtis (2011), assinale a alternativa correta sobre os estudos clínicos controlados.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a obra de referência, os estudos clínicos controlados são geralmente planejados para determinar a eficácia de um novo medicamento, mas também podem detectar reações adversas. Nesse tipo de investigação, os indivíduos são distribuídos ao acaso em um grupo tratado com o fármaco estudado e um grupo controle que pode ser tratado com placebo ou com medidas tradicionais. [...]. Dessa forma, pretende-se distinguir o efeito do medicamento pesquisado de possíveis efeitos causados por outros fatores, como a evolução natural da doença ou a  influência psicológica da própria administração do tratamento. Não há referências quanto à possibilidade de, a partir desse estudo, identificar funções vitais do corpo que possam ser prejudicadas pelos efeitos colaterais do fármaco. [...]. Estes estudos são realizados na fase pré-comercialização, [...]. 


ID
1978921
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Segundo Storpirtis (2011), um dos principais métodos para obtenção de informações acerca de reações adversas a medicamentos (RAM) é a

Alternativas
Comentários
  • Sistemas de notificação voluntária de reações adversas a medicamentos: Um dos principais métodos para obtenção de 
    informações acerca de reações adversas a medicamentos (RAM) é a notificação voluntária ou espontânea realizada por 
    profissionais de saúde.  
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.  


ID
1978924
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Ao se referir a Castro (2000), Storpirtis (2011) destaca que a Dose Diária Definida (DDD) é definida como a dose média de manutenção diária para determinado fármaco na sua indicação principal em adultos, cuja referência de peso é de

Alternativas
Comentários
  • Segundo os autores referidos, a DDD é definida como a dose média de manutenção diária para determinado fármaco 
    na sua indicação principal em adultos (a referência de peso é de 70 kg) [...]. 
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.  


ID
1978927
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Storpirtis (2011) ao referir Meyboom; Lindquist; Egberts (2000), observa que as Interações Medicamentosas (IM) podem ser classificadas como reações adversas de tipo

Alternativas
Comentários
  • Segundo os autores referidos, as IM podem ser classificadas como reações adversas do tipo A pois, por exemplo, elas
    podem ocasionar respostas terapêuticas exageradas em decorrência de efeitos farmacológicos primários, tais como 
    hemorragia por anticoagulantes.  
    Fonte: 
    STORPIRTIS, Silvia et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.  

  • Tipo A: Efeito farmacológico aumentado, mas que é considerado qualitativamente como normal.

    Tipo B: Efeito qualitativamente bizarro quanto aos efeitos farmacológicos


ID
1978930
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Segundo a Resolução-RDC nº 31, de 11 de agosto de 2010, Estudo de Equivalência Farmacêutica, pode-se considerar como ensaio informativo para fins de equivalência farmacêutica

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o documento em questão: 
    Art. 13. São considerados ensaios informativos para fins de equivalência farmacêutica:  
    I - aspecto;  
    II - viscosidade;  
    III - densidade;  
    IV - valor do peso médio; ou  
    V – valor do volume médio. 
    Fonte: 
    BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 31, de 11 de agosto de 2010. Dispõe sobre a 
    realização dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução Comparativo (ou atualização). Diário 
    Oficial [da] União, Brasília, DF, 12 de agosto de 2010.

  • Art 13 ensaios informativos:

    I - aspecto

    II viscosidade

    III densidade

    IV valor do peso médio

    V valor do volume médio


ID
2065687
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                       Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

Assinale a alternativa que apresenta todas as separações silábicas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Letra D: PRO-GRES-SIS-TA / CON-SEN-TI-MEN-TO / DIS-CUR-SOS

  • * Diversidade: di-ver-si-da-de/Atribuir: a-tri-bu-ir/Significa: sig-ni-fi-ca;

    * Defronto: de-fron-to/Aparentemente: a-pa-ren-te-men-te/Construídos: con-stru-í-dos;

    * Desigualdades: de-si-gual-da-des/Benevolente: be-ne-vo-len-te/Consiste: con-sis-te; 

    * Progressista: pro-gres-sis-ta/Consentimento: con-sen-ti-men-to/Discursos: dis-cur-sos. (é a letra correta)

  • cons-tru-í-dos

  • a) di-ver-si-da-de / A-TRI-BU-IR / sig-ni-fi-ca

    B) de-fron-to / a-pa-ren-te-men-te / cons-tru-Í -dos

    C) de-SI-gual-da-des / be-ne-vo-len-te / con-sis-te

    E) pro-gres-sis-ta / con-sen-ti-men-to / dis-cur-sos


ID
2065711
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Em “...é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora”, a palavra destacada tem como sinônimo:

Alternativas
Comentários
  • A “sinonímia” é o fato de haver mais de uma palavra com semelhante significação, podendo uma estar no lugar da outra 
    em determinado contexto. Logo, há de se considerar sempre o contexto de aplicação do léxico.  
    Assim sendo, “porta”, no texto em análise, apresenta sentido de “passagem”, pois é o “por onde” o sujeito passa para 
    fugir. De outro modo, “esconderijo” e “morada”, no contexto, são “locais” onde se chegaria após a fuga e não o meio 
    pelo qual se foge. 
    Já “recurso” não se aplica, uma vez que é sinônimo de “porta” apenas quando esta tem sentido de “expediente” (um 
    expediente para...). Em outros termos, no caso em análise, o léxico é uma metáfora de “por onde” e não “como” se 
    transita (onde poderia se usar “recurso”, como expediente). 

    Fonte: Banca CIAAR.

     


ID
2065726
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

O aspecto tipológico ao qual está filiado esse texto é o ______________. Assim, através do _______________, ele representa, pelo discurso, experiências vividas.

Alternativas
Comentários
  • Através da competência metagenérica é possível perceber que o texto em anál ise pertence a tipologia do relatar, dentre 
    outros, por documentar e memorizar ações humanas. E, continente a essa tipologia, se enquadra no gênero ensaio pela 
    composição aparentemente despretensiosa, mas que concatena uma exposição lógica, com rigor textual e filosófico. 

    Fonte: Banca CIAAR.


ID
2065735
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

      Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.

      A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.

      Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].

      Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)

Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me...” (2º§).

Os sujeitos de “formam” e “dirijo”, no trecho acima, são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • (eu)Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam(o quê que formam as palavras deste livro? as conversas) as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me...”

    fiz assim,n sei se está certo este modo,mas acertei a questão.

  • Sujeito preposicionado...

    Não entendi nada.

  • Passei uns 10min analisando pra tentar entender o pq desse sujeito preposicionado. Alguém sabe se foi anulada?

  • Acredito que o sujeito de formam é o pronome relativo QUE, esse pronome retoma o termo conversas

  • Questão muito mal formulada. Acertei por interpretar da maneira menos errada. Além da incoerência na primeira oração, o sujeito da segunda é elíptico e não "eu".