"As estatinas são os fármacos mais usados para tratamento das hiperlipidemias em prevenção primária e secundária, com o propósito
de diminuir os níveis de lipoproteínas plasmáticas ricas em
colesterol e reduzir os riscos de DAC. Estes efeitos são resultantes
da atividade inibidora das estatinas sobre a enzima HMG-CoA
redutase (hidroximetilglutaril-CoA redutase), com a propriedade de
bloquear a conversão do substrato HMG-CoA em ácido mevalônico,
inibindo os primeiros passos da biossíntese de colesterol. Estas substâncias,
capazes de mimetizar o substrato natural, podem ser divididas
em naturais e sintéticas e diferem fundamentalmente em termos
de potência, perfil farmacocinético, interação farmacológica e
efeito indesejado relacionado à miotoxicidade."
"Atualmente, diversos dados da literatura mostram que as
estatinas não só promovem diminuição de LDL-colesterol e aumento
de HDL-colesterol, como também conduzem à diminuição dos
níveis de triglicerídeos . De forma geral, as estatinas causam redução
dos níveis de triglicerídeos, mas este efeito parece ser observado
apenas em pacientes hipertrigliceridêmicos. Os valores praticamente
constantes obtidos da relação triglicerídeos/LDL-colesterol,
nestes estudos, mostram que quanto maior a atividade de estatina
para diminuir o LDL-colesterol, maior será o efeito na diminuição
dos níveis de triglicerídeos."
Vanessa Leiria Campo e Ivone Carvalho. ESTATINAS HIPOLIPÊMICAS E NOVAS TENDÊNCIAS TERAPÊUTICAS. Quim. Nova, Vol. 30, No. 2, 425-430, 2007