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Prova CIEE - 2019 - SPTrans - Estagiário - Ensino Técnico


ID
3221710
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Considerando as informações textuais, podemos inferir que a ficção:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.

    ? Ou seja, não tem muita relação com o real, com as experiências vividas, a ficção cria um mundo livre para o autor criar, segundo a sua ambição de pensamentos.

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  • O erro da C está em afirmar que a ficção permite uma análise concreta do mundo real. Linhas 71, 72 e 73: "Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar."


ID
3221713
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

No excerto “Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis: (...)” (11º§), a expressão “reminiscências” pode ser substituída, sem alteração semântica, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis [...]

    ? O substantivo em destaque tem como sinônimo (=significado semelhante) imagem lembrada do passado, lembrança, recordação.

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ID
3221716
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Em “O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo: (...)” (4º§), considerando o contexto textual, a expressão “perplexo” significa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Contou?me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer?lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo: ? Caroço de manga? Que brincadeira é essa?

    ? O adjetivo equivale a alguém que fica sem reação; indeciso; irresoluto; abismado; assombrado; espantado.

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ID
3221719
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

No trecho “Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas.” (3º§), podemos afirmar que o antônimo do termo destacado é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas.?

    ? Queremos o antônimo da palavra em destaque, o contrário, "esquisito" equivale a algo incomum, o contrário é exatamente algo "comum".

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ID
3221722
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Em “Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites: (...)” (6º§), a palavra destacada pode ser definida morfologicamente como um(a):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Discou para lá ? mas só conseguiu colher vagos palpites: (...)? 

    ? Temos uma conjunção coordenativa adversativa "mas".

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3221725
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Em “No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga.” (18º§), a expressão “no entanto”, pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo ? vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga.

    ? Temos uma conjunção coordenativa adversativa, outras com esse mesmo valor: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, só que, ainda assim; lembrando que não poderia ser usado o "mas" devido a vírgula presente, só pode usar vírgula após o "mas" se for na intercalação de algum termo.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Conjunções adversativas: expressam contraste ou oposição de pensamento - mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, não obstante.

  • Conjunções adversativas: mas, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante. 

  • A Aliás.

    É um conectivo que indica explicitação e exemplificação, assim como isto é, ou seja, quer dizer, a saber, aliás, como se pode ver, por exemplo, a exemplo de, quer isto dizer, por outras palavras...

    B Entretanto.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Era vegetariana, mas cozinhava carne para os filhos.

    C Além disso.

    Significa "além do mais". Equivale a além do mais, além de que, além do que, além disto, além de tudo, para mais, de mais a mais, aliás, ademais, demais, mais, também, e depois, depois, ainda, fora, outrossim, ora.

    Ex.: Ele não é de confiança e, além disso, não estou interessada.

    D Nada obstante.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: (muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Nada obstante a falta de integração na equipe, ia trabalhar todos os dias com vontade e alegria.

    .

    Em relação à questão, no entanto”, pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por "entretanto".

    Gabarito: Letra B


ID
3221728
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

No trecho “— Não acho nada: preciso saber com exatidão.” (8º§), os dois-pontos foram empregados para:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?? Não acho nada: preciso saber com exatidão.? 

    ? Os dois-pontos introduzem uma informação importante relacionada com o fato de não se achar nada, traz um valor de explicação também, tanto que a pontuação pode ser substituída adequadamente pela conjunção coordenativa explicativa "pois".

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  • Por que não a alternativa A ? Não está sendo fechada a declaração "Não achar nada" ?

  • Pq dois pontos não fecha nada, ao contrário ele introduz.

    https://www.portugues.com.br/gramatica/dois-pontos-usar-para-que.html


ID
3221731
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Em Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura.” (6º§), o termo assinalado evidencia ideia de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Como insistisse, informaram?lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse ? um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura.?

    ? Temos uma conjunção subordinativa causal, a mesma equivale a "já que", exprime matiz semântica de causa, a razão de um efeito.

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  • GABARITO A

    "como" no início da frase é causal.

  • Como no início de frase = Já que = Causal

  • troca por já que


ID
3221734
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Levando em consideração as seguintes afirmativas, o acento indicativo de crase é facultativo em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Volto à minha salamandra.? (18º§)

    ? Volto a alguma coisa (preposição "a") + uso facultativo do artigo definido "a" antes do pronome possessivo adjetivo "minha" (=à minha OU a minha).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • antes de pronome possessivo feminino> minha> crase facultativa

  • Crase Facultativa

    a) Diante de nomes de pessoas do sexo feminino:

    Ex: Ela fez referência a (à) Sandra

    b) Diante de pronomes possessivos femininos

    Ex: Obedeço a (à) minha mãe

    c) Depois da preposição até

    Ex: Fomos até a(à) feira.

  • Diante de pronome possessivo feminino, a crase é facultativa.

  • Diante de pronome possessivo feminino, a crase é facultativa.

  • A questão alude o assunto crase e que que o candidato encontre a única opção que a crase é facultativa. Vejamos:

    a) Em “Volto à minha salamandra.”, o verbo VOLTAR rege a preposição "a", e o pronome possessivo feminino no singular torna a crase facultativa quando o verbo tiver a regência. CORRETA.

    b) Em "À noite", em locução adverbial temos a presença da crase obrigatória. INCORRETA.

    c) Em "Refiro-me às mangas", o verbo REFERIR, exige a preposição e a palavra MANGAS aceita o artigo "a", com isso faz a junção criando o evento obrigatório da crase. INCORRETA.

    d) Em "“Um ficcionista às vezes", ocorre a crase obrigatoriamente em locução adverbial. INCORRETA.

    Todas levam a crase, mas somente a letra a é facultativa.

    GABARITO A


ID
3221737
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Considerando a adequação linguística, assinale a afirmativa que evidencia ERRO de concordância.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    Tratavam-se de episódios importantes de ficção.

  • GABARITO: LETRA A

    ? Tratavam-se de episódios importantes de ficção.

    ? O correto é "tratava-se de" ? terceira pessoa do singular + índice de indeterminação do sujeito (verbo transitivo indireto) ? sujeito indeterminado.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO A

    Tratavam-se de episódios importantes de ficção.

    "SE" --> Índice de Indeterminação do Sujeito, caracterizado pela preposição "de", não apresenta concordância.

    faz anos que neste local havia pés de mangas e romãs.

    Faz é impessoal, não variando, não transmite a ideia de tempo transcorrido ou fenômeno meteorológico.

    Elas mesmas levavam os caroços de manga para germinar.

    "mesmo" concordando com elas, variando em gênero e número da forma correta.

    Para a novela, é necessária a informação questionada.

    A palavra "necessário" concorda com o substantivo precedido de artigo ou pronome.

  • Lembrando : (verbo de ligação,intransitivo e transitivo indireto ) + se = índice de indeterminação do sujeito.

    Obs: O verbo sempre ficará na terceira pessoa do singular.

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    O segredo do sucesso é nunca desistir !!!

  • a preposição transforma o se em indice de indeterminação do sujeito, o verbo vai pro singular


ID
3221740
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Considerando o trecho “Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?” (17º§), o termo destacado exprime circunstância de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?? 

    ? Qual modo a economia é apresentada? Essencialmente agrícola, o modo essencial que a constitui é um modo agrícola.

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  • MACETE

    Palavras terminadas em ''MENTE" em 99% dos casos irá exprimir circunstância de MODO.

    Fonte: PDF do estratégia concursos.

  • GABARITO LETRA=A

    COMPLEMENTANDO

    Os advérbios de modo, em sua maioria, são terminados pelo sufixo -mente. Este sufixo se junta à forma feminina dos .

    Provavelmente, a carga tributária continuará se elevando.

    É certamente difícil a disputa em concursos públicos.

    Mais investimento em educação é uma iniciativa extremamente importante.

    Crianças em situação de risco ficam em condições terrivelmente cruéis.

    Porém, não podemos esquecer de enfatizar que nem todas as palavras terminadas em -mente são advérbios de modo.

    ................................................................................................................................................................................

    Além dos Advérbios de modo, também podem terminar em -mente os advérbios:

     (provavelmente, possivelmente);

    de intensidade (excessivamente, demasiadamente);

    de tempo (imediatamente, diariamente);

     (certamente, realmente);

    de ordem (primeiramente, ultimamente).


ID
3221743
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A minha salamandra

    Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
    Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
    Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira, chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
    Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou simplesmente perplexo:
    — Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
    Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
    — Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
    — Não acho nada: preciso saber com exatidão.
    — Por quê?
    — Bem, porque...
    Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
    — Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me lembro...
    — Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam de itamaracá.
    — O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
    Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
    — Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência. 
    O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para germinar um caroço de manga?
    Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras, quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas duas, podem sustentar o universo — vertiginoso universo onde as sensações germinam bem mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais misteriosos que a salamandra, salamandras...
(SABINO, Fernando. As melhores crônicas. 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Considerando que a linguagem figurada é usada para dar mais expressividade ao discurso, para tornar mais amplo o significado de uma palavra, assinale a afirmativa transcrita do texto que evidencia tal particularidade.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra ? quatro, ou seis ? nada acrescentam ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. 

    ? Aqui foi usada uma linguagem figurada para trazer mais amplitude ao significado do substantivo "pernas", marcando a ideia que se refere a algo que vai além ao mero significado denotativo de "pernas".

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ID
3221746
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A melancia, além de ser uma fruta rica em nutrientes, também possui um alto teor de água, sendo composta por 92% de água e o restante de polpa. É correto afirmar que uma melancia de 6,5 kg possui quantos gramas de poupa?

Alternativas
Comentários
  • 92% é água, logo 8% é poupa.

    Apenas tire 8% da quantidade de kg da fruta.

    8% de 6, 5kg = 0,52Kg

    Mas a questão pediu em outra unidade (gramas). Muito simples! Apenas multiplique por 100.

    100x0,52= 520g

    GAB:B

  • RESPOSTA B

    6,5 x 0,92 = 5,98

    6,5 - 5,98 = 0,52


ID
3221749
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma empresa, onde 70% dos funcionários são mulheres e 30% dos homens não são solteiros, trabalham um total de 200 pessoas. Quantos homens solteiros há entre os funcionários desta empresa?

Alternativas
Comentários
  • 70% MULHERES EQUIVALEM A 140 MULHERES DO TOTAL

    30% HOMENS EQUIVALEM A 60 HOMENS NO TOTAL

    DOS 60 HOMENS 30% NÃO SÃO SOLTEIROS

    60.30/100= 1800/100= 18 HOMENS NÃO SOLTEIROS

    A QUESTÃO QUER O NÚMERO DE SOLTEIROS, ENTÃO DIMINUA O NÚMERO TOTAL DE (HOMENS) - (O NÚMERO DE HOMENS NÃO SOLTEIROS) 60-18=42

    GABARITO LETRA A :)


ID
3221752
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Na operação de um número inteiro evidenciada a seguir, o símbolo $ representa um algarismo. Observe.

2$$0 x 7 = 16$10

Qual é o valor de $ + $?

Alternativas

ID
3221755
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Roberto e Carlos possuem uma quantia total de R$ 870,00 para fazer uma festa. Se Roberto gastar R$ 60,00 de sua parte e Carlos gastar R$ 90,00, ambos ficarão com a mesma quantia. Desse modo, pode-se concluir que a quantia que Carlos possui é:

Alternativas

ID
3221758
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Ana caminha diariamente em volta do parque de seu bairro, que possui formato retangular e perímetro 345 metros. Sabendo que o comprimento do parque é de 77 metros, quanto mede sua largura?

Alternativas

ID
3221761
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Caio gastou um total de R$ 126,00 com teatro no último mês. Considere que o preço do ingresso na segunda-feira é a metade do preço do ingresso no sábado. Se Caio foi ao teatro, neste último mês, três segundas-feiras e dois sábados, qual é o preço do ingresso na segunda-feira?

Alternativas

ID
3221764
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Larissa precisa pintar uma caixa em formato cúbico de aresta 45 cm. Para isso, ela irá utilizar uma caneta capaz de pintar a área de um quadrado de lado 50 cm. Quantas canetas Larissa deverá comprar para pintar a caixa completamente?

Alternativas

ID
3221767
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A média da idade de uma turma com 40 alunos é 12 anos. Caso sejam matriculados nesta turma dois novos alunos com idades de 12 e 13 anos, a média da idade da turma irá:

Alternativas

ID
3221770
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Alfredo está lendo um livro que possui 285 páginas. Ele já leu um número x de páginas e ainda resta ler uma quantidade y de páginas que corresponde ao triplo da metade de x. Quantas páginas deste livro Alfredo já leu?

Alternativas
Comentários
  • x+y=285

    y=3*x/2

    Substitui

    x+3*x/2=285

    mmc

    2x+3x=570

    5x=570

    x=570/5

    x=114

  • Livro = 285 páginas

    Leu = x páginas ==> x = ?

    Não leu = y páginas => y = 3/2x

    Logo:

    x + y = 285

    x + 3/2x = 285

    5/2x = 285

    x = 114 páginas

    Gabarito: A


ID
3221773
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sejam os números inteiros:

a = 4; b = 6 e c = 10 e x dado por:
x = a³ – (a – b) + c

Qual é a soma dos algarismos que compõe o número x?

Alternativas

ID
3221776
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um retângulo, o perímetro mede 54 cm. A medida da base deste triângulo equivale ao triplo da sua altura mais 3. Qual é a medida da sua altura?

Alternativas
Comentários
  • Tem que decidir se é triangulo ou retângulo né!

    Dica: não é o triangulo.

    é cada uma.... Será que o erro é da banca ou do qc?

  • Excelente seu exemplo kkk nunca mais vou esquecer


ID
3221779
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Yan é um atleta entusiasta de atividades extremas. Por isso, ele deve manter uma dieta rígida com consumo diário de 4.500 calorias. Considerando que um adulto comum e que não pratica atividades físicas regularmente necessita de 2.000 calorias diárias, qual é o percentual de calorias que Yan consome em relação ao consumo de um adulto comum durante o período de um mês?

Alternativas
Comentários
  • 1º) Basta descobrir a diferença, em porcentagem, entre a pessoa comum e do atleta.

    4500-2000= 2500.

    >> Transforme o resultado em porcentagem agora.

    2000 — 100%

    2500 — X

    2000X= 100 . 2500. (elimine os ∅)

    X= 10 . 25 / 2

    X= 125 %

    2º) 125% é o tanto de calorias a mais que o atleta precisa. Somando com 100% (pessoa normal) = 225%

    Gab: C


ID
3221782
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A economia da Argentina entrou, oficialmente, em recessão entre julho e setembro, após ter apresentado dois trimestres consecutivos de declínio econômico, de acordo com dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) do país. A Argentina foi obrigada a pedir ajuda à(ao):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A economia da Argentina entrou, oficialmente, em recessão entre julho e setembro, após ter apresentado dois trimestres consecutivos de declínio econômico, de acordo com dados apresentados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país.

    O país fechou, no final de setembro, pacote de socorro com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Ou seja, o Fundo está socorrendo o país em US$ 57 bilhões

    Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,argentina-entra-oficialmente-em-recessao-apos-resultado-do-pib-do-3-trimestre,70002650930


ID
3221785
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Milhares de pessoas, a maioria delas de Honduras, retomaram no domingo sua marcha rumo aos Estados Unidos. Logo no início do dia, a enorme caravana saiu de Ciudad Hidalgo, a caminho da fronteira do _________ com o território americano. Elas dizem fugir da violência e da pobreza em seu país, em busca do que acreditam que ser uma vida melhor.
(Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/mundo. Publicado em: 21/10/2018.)

Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Ciudad Hidalgo, ou simplesmente Hidalgo, é uma cidade e município no extremo nordeste do estado de Michoacán, no México

    Fonte: Wikipedia


ID
3221788
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Com mais de 57 milhões de votos, Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil ao derrotar Fernando Haddad (PT) no segundo turno. O presidente eleito nomeou o Juiz Sérgio Moro como Ministro

Alternativas
Comentários
  • gabarito A

  • Os dois principais ministros do governo Bolsonaro são:

    - Sérgio Moro, Ministro da Justiça e Segurança Pública; e

    - Paulo Guedes, Ministro da Economia.

    Resposta: A

  • vem uma dessa no meu concurso kkk

  • SERGIO MORO MINISTRO DA JUSTIÇA.

  • Assistir noticiários  faz com que conseguimos resolver estas questões facilmente.

  • O Ex-Juiz parcial de Curitiba é Ministro da 'injustiça' Brasileira! 

  • Ministro SÉRGIO MORO, o herói da nação brasileira!

  • Ex- juiz que queria preservar sua biografia, mas acabou destruindo ela de vez.

  • Não precisa nem assistir tv pra saber essa kkkkk, o assunto teve uma repercussão giganteeeeeesca.


ID
3221791
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O hexa não veio. Os brasileiros comandados por Tite caíram em Kazan diante da Bélgica por 2 a 1 no dia 6 de julho de 2018. Com o craque Neymar voltando de lesão e com atuações marcadas por disputas com a equipe de arbitragem, a seleção canarinho fez uma campanha pouco brilhante. A Copa do Mundo de 2018 foi disputada na

Alternativas
Comentários
  • A Copa do Mundo de 2018 foi realizada na Rússia.

    Já a Copa do Mundo de 2022 será realizada no Catar.

    Resposta: B

  • A Copa do Mundo de Futebol de 2018 foi disputada na Rússia, o maior país do mundo, entre os dias 14 de junho e 15 de julho.

  • Assistir noticiários  faz com que conseguimos resolver estas questões facilmente. 


ID
3221794
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Os quase 8.400 médicos cubanos que atendiam no Brasil começaram a deixar o pais. O governo cubano rompeu com Brasil após as declarações “ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que anunciou modificações “inaceitáveis” no projeto. Os médicos cubanos atuavam no

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Os quase 8.400 profissionais cubanos que atendem o programa Mais Médicos, do governo federal, começam a deixar o Brasil no próximo dia 25 e devem estar fora do país até 25 de dezembro.

    Segundo nota do Ministério da Saúde Pública de Cuba, o motivo do rompimento foram as declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), "fazendo referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos", além de "declarar e reiterar que modificará termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao conveniado por ela com Cuba, ao pôr em dúvida a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no programa a revalidação do título e [ter] como única via a contratação individual".

    Fonte: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2018/11/15/cuba-anuncia-que-profissionais-do-mais-medicos-saem-do-brasil-ate-o-natal.htm?cmpid=copiaecola


ID
3221797
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Adélio Bispo de Oliveira foi preso em flagrante, após esfaquear Jair Bolsonaro. O agressor foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo crime de “atentado pessoal por inconformismo político”, previsto no artigo 20, da Lei de Segurança Nacional. O fato mencionado ocorreu na cidade de

Alternativas
Comentários
  • gabarito C

  • JUIZ DE FORA

  • JUIZ DE FORA

  • Durante sua campanha eleitoral para a presidência do Brasil, o então candidato Jair Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018, sofreu um atentado contra a sua vida. O crime ocorreu na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, e teve como autor Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, natural de Montes Claros/MG, que desferiu um golpe de faca no candidato.

    Resposta: C