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Prova IBFC - 2016 - MGS - Assistente Social


ID
1986817
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

O texto apresenta uma estrutura cujo o processo de composição predominante é o narrativo. Todos os elementos abaixo são característicos desse tipo de texto, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • Defesa de ponto de vista é para textos ARGUMENTATIVOS

  • "Cujo o", enunciado suspeito!

     

  • Cujo o podre!

  • O uso do artigo após o pronome "cujo"...

  • Letra D.

     

    A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, organizados por uma narração feita por um narrador.
    Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a história.

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/narracao.htm

  • Narração

    Texto ou fragmento de texto que tem por fim relatar uma sequência de fatos ou ações. Ao contrário da descrição – onde os fatos ocorrem simultaneamente –, a narração sugere eventos acontecendo em sucessão. Compara-se a um filme.

    ROSENTHAL

  • Os textos dissertativos-argumentativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações; são marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tenta persuadir o leitor.

  • Defesa de ponto de vista/opiniões a fim de se alcançar a persuasão do leitor = > TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO...

    GABA D

    #rumoooaoTJPE

  • Para responder esse tipo de questão não se faz necessário ler o texto na sua integralidade, haja vista que o canditado iria perder precisosos minutos apenas lendo um texto que não serviria de muita coisa para se chegar a resposta correta. 

  • O cara que elabora esses enunciados da IBFC... sei não hein.

     

    "...cujo o..."

  • Eu aconselho ler o enunciado antes do texto, as vezes a questão pedi algo simples

  • Enunciado.

    Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome.

    A equipe cujo o resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso inadequado)

    Os artigos devem ser unidos ao “cujo”: cujo + o = cujo / cujo + a = cuja / cujo +os = cujos / cujo + as = cujas.

    Exs:

    A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso correto)

    Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois ela não pode ser omitida.

    Exs:

    Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a).

    Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

    Atenção, portanto, ao uso do pronome relativo “cujo”.

  • Defesa de ponto de vista tem haver com o texto Dissertativo Argumentativo .

  • Gabarito D

    CARACTERÍSTICAS DO TEXTO NARRATIVO:

    PERSONAGEM;

    ESPAÇO (ONDE OCORRE AS AÇÕES);

    TEMPO (DURAÇÃO OU PERÍODO DO DIA);

    NARRADOR OU FOCO NARRATIVO (1° OU 3° PESSOA);

    HISTÓRIA OU TRAMA(ENREDO SOBRE O QUE É A HISTÓRIA)

    Fonte: Prof, Noslen

    AVANTE TEMPLÁRIOS. "Porquanto, Deus não nos concedeu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." 2 tIMOTEO 1:7

  • Gabarito: D

    → O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo ou intriga - o encadeamento, a sucessão dos fatos, o conflito que se desenvolve, podendo ser linear ou não.

  • GABARITO: LETRA D

    Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço.

    Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.

    Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.

    Elementos da Narrativa:

    Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador personagem e narrador onisciente.

    Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear, enredo não linear, enredo psicológico e enredo cronológico.

    Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).

    Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.

    Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

    FONTE: WWW.TODAMATÉRIA.COM.BR

  • Textos que apresentam defesa de ponto de vista, é chamada de argumentativos, pois tenta convencer o leitor sobre determinado assunto .

  • O gabarito D se trata de um texto DISSERTATIVO


ID
1986820
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

O texto sugere que a morte de Dario acaba sendo resultado do descaso das pessoas. Assinale a única opção cuja passagem transcrita revele um exemplo desse descaso.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Letra C

     

    A questão pede a única opção a qual a morte de dario seja o descaso. Dentre as opções a única é a letra C, pois o taxista está mais preocupado em quem vai pagar do que na pessoa necessitada. 

    Já a letra D se refere mais para furto. E o comando da questão pede a morte de Dario sendo resultado do descaso das pessoas.

  • Que porcaria de questão. Nem precisa ter lido o texto para achar a resposta.

  • Gabarito oficial: Letra "C".

     

    Ora, o texto descreve que Dario levou 2 horas para morrer. Também fala que 3 horas depois de sua morte o mesmo ainda estava lá à espera do "rabecão", dando um total de 5 horas de descaso.

     

    Notem que, pelo contexto, se as pessoas tivessem concordado em pagar ao taxista para que o personagem pudesse ser socorrido, ao invés de esperar pela ambulância, talvez tivessem salvado o pobre velhinho (possibilidade).

     

    Como não o fizeram, por ser típico de nossa cultura brasileira (infelizmente), acabaram por "ajudar" a matar o velho.

     

    "Tamo junto" e que o Senhor Deus nos ajude sempre!

  • Que texto triste, nossa!

  • Não se trata de interpretação de texto, e sim de humanidade. Coisa triste!!


ID
1986823
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

A partir de uma leitura atenta do texto, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra b

    o texto trouxe diversas referências aos pertences do rapaz que foram sumindo gradativamente.

  • Por exemplo

     

    Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete.
    A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

  • Gente, eu sabia que a banca queria a letra B como gabarito, mas eu me recusei a responder, tendo em vista que não ocorreu roubo, e sim furto. :(

  • Carla, a prova era de português e não de direito penal. Não vou negar que isso tb passou pela minha cabeça, mas não podemos levar esse raciocínio para a prova.

  • Que textooooo?!

    A IBFC simplesmente arrasa nos textos!!!!

  • Jesus amado! Tomar cuidado com os textos da IBFC... Tendenciosos para nos confundir! Mas sao otimos textos!

  • Todas as alternativas apresentam divergências quando comparamos com o texto, Exceto a alternativa B.


ID
1986826
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

No 11° parágrafo, tem -se “A última boca repete — Ele morreu, ele morreu”. Nessa passagem, pode-se perceber um exemplo de discurso:

Alternativas
Comentários
  • discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do narrador.

     

    discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens.

     

    http://www.normaculta.com.br/discurso-direto-e-indireto/

  • Letra B.

    São características marcantes no discurso direto o verbo elocutivo que antecipa a fala da personagem, pontuações como dois-pontos, aspas ou travessão marcando a própria fala.

  • No discurso direto,a fala do personagem é acompanhada por um verbo de elocução: dizer, falar,indagar,afirmar...
    seguido de dois pontos, aspas
    exemplo: ´disse-lhes eu `` ,respondeu um deles´`
    No plano expressivo, a força da narração em discurso direto provém de sua capacidade de atualizar o episódio.fazendo emergir da situação
    a personagem,tornando-a viva para o ouvinte. ( José de Nicola )

  • Dsicurso direto:

    “A última boca repete — Ele morreu, ele morreu”

    Discurso indireto:

    Aúltima boca repete que ele havia morrido

    Discurso indireto livre

    Ele morreu

  • Direto:Utilização dos verbos da categoria dicendi ou seja,aqueles que tem relçâo com o verbo"dizer",chamando de "verbo de locução" a saber:falar responder,perguntar,indagar,declara,exclamar,dentre outros.

    Utilizaçâo dos sinaisgraficos:-Travessão,Exclamação!,?,Dois pontos:,Aspas( ).

  • discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do narrador: A última boca repete — Ele morreu, ele morreu.

  • Uso de travessões, aspas, dois pontos => DISCURSO DIRETO..

    GABA B

    #rumooaoTJPE

  • O discurso direto é caracterizado pela utilização de: Travessões, aspas, dois pontos.

  • Discurso indireto livre é uma modalidade de técnica mãe, resultante da mistura dos discursos direto e indireto, sendo um processo de grande efeito estilístico.

    Na frase destacada temos presença dos dois tipos de discurso:

    Indireto: A última boca repete ( Fala do narrador)

    Direto: — Ele morreu, ele morreu” I( Personagem)...

    Portanto.... A correta é letra C.

    Alguém concorda?

  • Fala literal a pessoa que enuncia se expressa.

    Discurso direto:

    - Ele morreu, ele morreu.

    "Ele está aqui"

    Fala indireta, outra pessoa menciona o que falou.

    Discurso indireto:

    Ele disse que vem.

    O general dizia que vivia feliz quando estava aqui.

  • 1. "A última boca repete"

    ( Fala do narrador)

    2. "— Ele morreu, ele morreu”

    ( Personagem)...

    No Discurso Direto, o narrador abre espaço para que o personagem fale por si mesmo.

    Características que confirmam a vigência do Discurso Direto:

    . Verbo Discendi :"repete" = Indicando o momento exato da transcrição entre a fala do Narrador e a fala do Personagem.

    . ( _ ) Uso do travessão = Indicando Discurso Direto do Personagem.

    Gabarito: B


ID
1986829
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

Em “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.” (14°§), considerando as vozes do verbo, pode-se reescrever, corretamente, o trecho em destaque da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

    O toco de vela é apagado pelas primeiras gotas de chuva...

  • Letra a

    " Ele apaga-se" (sintética)

    " Ele é apagado" (analítica)

     

    Enquanto a voz passiva sintética se apresenta com o pronome apassivador "se" somado ao verbo principal, que deverá concordar com o sujeito, a voz passiva analítica é formada pelo verbo ser somado ao particípio [-ado (1ª conjugação) e -ido(2ª e 3ª conjugações)] do verbo principal.

     

     

     

  • Mas o verbo APAGAR-SE nesse caso não é intransitivo e reflexivo? Se assim o é não é possível flexão para voz passiva...

  • MARIANA OLIVEIRA VIAJOU...OLHA A EXPLICAÇAO DA HELEN C.

  •  “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.”

     

    "apaga-se" - Voz Passiva Sintética (verbo principal + pronome apassivador)

     

    Exatamente Frederico. O verbo apagar é geralmente transitivo direto e o pronome apassivador "se" exige a preposiçao "a"; e "as primeiras" é substantivo feminino antecedido do artigo definido "as", daí a crase para que nao haja ambiguidade, pois sao "as primeiras gotas da chuva" quem apaga "o toco de vela" e nao vice-versa.

     

    Podemos transcrever:

     “O toco de vela se apaga às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.” >

      “O toco de vela é apagado {voz passiva analítica ( verbo ser + particípio) } pelas primeiras gotas da chuva, que volta a cair.”

     

    OBS: Geralmente com o verbo SER e ESTAR emprega-se o particípio irregular para formaçao da voz passiva, porém neste caso, o verbo "apagar" nao é um verbo abundante, ele só tem a forma regular.

     

  • Não compreendi muito bem a questão mas discordo dos comentários de alguns colegas.

    O verbo 'apagar' em análise é VTD preposicionado ( por isso há crase em ' às primeiras gotas da chuva ' que é o objeto direto ), sendo assim a partícula ' SE ' é PIS ( Pronome indeterminador do sujeito ) e por isso o verbo se flexiona na terceira pessoa do singular.

    Temos uma oração sem sujeito e na voz ativa.

    A alternativa (A) ' O toco de vela é apagado '  é a mudança da voz ativa ( sem sujeito ) para a voz passiva analítica ( quem tem sujeito passivo )

    Não entendi essa parte. Como é possível uma voz ativa sem sujeito ao ser passada para passiva analítica ter sujeito ?

  • A questão pede, com outras palavras, para passar a oração da voz passiva sintética (verbo na 3ª pessoa + pronome apassivador "se") para a voz passiva analítica (verbo auxiliar "ser" + verbo principal no particípio).

  • Sobre a professora do vídeo.

    Gostei muitooo de sua explicação, você fala com muita clareza e dominio do assunto. Parabéns!

  • voz passiva analitica e sintetica são equivalentes,no caso a frase esta na voz passiva sintetica e a questão pede pra trocar pela voz passiva analitica.

  • Ótima aula da professora, humildade e objetividade na explicação, show de bola!

  • Vozes verbais assunto gostoso, (NÃO CONFUNDA PARTICULA APASSIVADORA VTD,VTDI COM SUJEITO INDETERMINADO VTI,VL,VI, VTD+PREP+SE) . #PMSE

  • Gabarito A

     

     

     

    Apaga-se (Voz passiva sintética: VTD+SE) equivale a “é apagado” (Voz passiva analítica “ser+particípio”). 
    Na letra b, não há voz reflexiva, pois não é a vela que apaga a si mesma. Ela é apagada pela chuva. Pelo mesmo motivo, não poderia ser a letra C, que traz sujeito indeterminado “apagam”. 

     

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • se fosse APAGAM-SE = SÃO APAGADOS

  • O “se” em destaque funciona como partícula apassivadora, pois está ladeado de um verbo que solicita objeto direto (quem apaga apaga algo). Isso configura uma voz passiva do tipo sintética ou pronominal. Convertendo-se essa forma para o formato analítico, tem-se a inserção do auxiliar “ser” flexionado no mesmo tempo do verbo “ser” e concordando com o sujeito paciente “O toco de vela”, acompanhado do verbo principal no particípio.

    Portanto, a conversão para a forma analítica resulta na seguinte construção “O toco de vela é apagado”.

    Resposta: A


ID
1986832
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

No primeiro parágrafo, a oração “Dario vem apressado. guarda-chuva no braço esquerdo.” revela, por meio do adjetivo em destaque, uma característica:

Alternativas
Comentários
  • Apressado é um modo que Dario está numa situação - Circunstância - por isso é um momento passageiro de Dario.

  • Apesar do foco da questão ser o primeiro parágrafo, o texto é muito bom para se ler. Recomendo

  • Ler o texto ajuda muito!!!!

    "Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. "

  • Apressado é o MODO que Dario estava. 

    Dario vem apressado. A alternativa D fala de circunstância, e circunstância é o mesmo que ADVÉRBIO.

  • Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente.

  • Para mim, apressado é um predicativo do sujeito, pois caracteriza Dário naquele momento. Seria um advérbio se fosse apressadamente.

  • Essa alternativa fui por eliminação:

    a) típica de Dario ao longo do texto ERRADA, porque durante o tempo não diz se Dário sempre anda apressado.

     b) comum a todos os demais passantes ERRADA, porque o texto não diz se os passantes andam apressados, logo, não podemos tirar conclusões sem estar explicito o texto.

     c) exclusiva de pessoas que passam mal ERRADA, o texto não diz que quem anda apressado vai passar mal.

     d) circunstancial, momentânea de Dario CORRETA, foi algo momentânea. E na própria questão já diz que é adjetivo, não tem nada de adverbio. Vale lembrar que adjetivo é variável e adverbio é invariável.

    Em relação a palavra variavel:

    Dario vem apressado. Posso dizer também: Renata vem apressada.

    Agora, palavra apressado só seria invariável, se fosse descrita APRESSADAMENTE:

    Dario vem apressadamente. Posso dizer também: Renata vem apressadamente. 

    Nota-se que a palavra apressadamente não foi modifica.

  • Sou leigo em língua portuguesa, mas eu jurava que esse trecho da questão não se tratava de adjetivo mas sim adverbio.

    Pra mim, apressado está associado ao verbo vir (vem).

    Alguém saberia explicar?

     

  • Cristiano Fraga, não é advérbio, pois apressado é variável e advérbio é invariável!

    Exemplo: Ela vem apressadA.

    Porém, se no lugar do apressado fosse "apressadamente", seria advérbio, pois é invariável.

    Gabarito D.

     

    TREINO DURO, A LUTA É FÁCIL!

     

  • Os testos da IBFC é uma merda!!!!

  • "Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar,..."

  • Seria advérbio de modo se fosse "apressadamente". Portanto, trata-se de um adjetivo exercendo a função sintática de predicativo do sujeito. Para quem ficou em dúvida, o predicativo do sujeito pode revelar uma característica inerente ao sujeito ou o estado em que ele se encontra em determinado momento (como nessa circunstância da alternativa). Ex: Dario é apressado. / Dario estava (vinha) apressado. Ou seja, no caso da questão, ele vinha andando e estava apressado. O verbo de ligação "está" ficou implícito na oração. 


ID
1986835
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§) 

Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma “espalha” é:

Alternativas
Comentários
  • SUJEITO SIMPLES

     

    A multidão se espalha.

  • Quem se espalha?

    A multidão.

  • Não pode ser homem como núcleo por causa do pronome indefinido '' um homem''

    Letra C correta

  • a) composto tendo “homem” e “multidão” como núcleos  (ERRADO)  OBS. O sujeito não é Homem, logo não é composto, pois só tem um núcleo.

     

    b)indeterminado e sem referência gramatical explícita.  (ERRADO)  OBS. Tem sujeito, logo é multidão

     

    c)simples e representado pela construção “a multidão”   (CORRETO)

     

    d)desinencial marcado pela terceira pessoa.    (ERRADO)  OBS. Não é sujeito oculto, ou seja, elíptico.

  • THAIS OLIVEIRA, acho que o fato de ter vindo pronome indefinido antes não quer dizer que não possa ter sujeito. Olha essa explicação a partir de 11:05:

    https://www.youtube.com/watch?v=4MROFf0z-oM

     

  • Quem é que se espalha? A multidão.

    Neste caso, o SE é um pronome reflexivo, pois a multidão promove e sofre a ação do verbo "espalhar".

  • thais oliveira,

     

    pronome indefinido não é preoposição. 

     

    O que não é permitido é sujeito preposicionado e não sujeito posposto a artigo indefinido.

     

    Bons estudos! AVANTE

     

  • a multidão se espalha,  A MULTIDÃO É ESPALHADA. 

  • Note a presença do pronome reflexivo SE, acompanhando a forma verbal espalha“”, que tem como sujeito o coletivo “multidão”. Trata-se de um sujeito simples.

  • Quem se espalha?A multidão


ID
1986838
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias.” (12°§)

O emprego do vocábulo “Apenas” sugere, em relação ao homem morto:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra a. No caso da oração do enunciado, o apenas é um advérbio de exclusão ou limitação e poderia ser substituído sem alterar a correção e o sentido do texto por somente. Substituindo por somente, sentido de irrelevância proposto pelo enunciado fica bem marcado.

  • Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.
    Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

  • Advérbio de exclusão – apenas, exceto, só, somente... Ex.: Todos foram à praia, exceto João. ROSENTHAL

  •  IRRELEVÃNCIA - Característica ou particularidade do que não possui relevância; ausência de importância.
    Um homem qualquer.

  • Apenas => É SÓ um homem morto..Ideia de irrelevância!

    GABA A

    #rumooaoTJPE

  • GABARITO: LETRA A

    Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
1986841
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma Vela para Dario
(Dalton Trevisan)
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. 

“Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.” (12°§). O termo em destaque é um conectivo que, ao relacionar orações, introduz o sentido de:

Alternativas
Comentários
  • Com todo respeito: questão para não zerar a prova! 

    Onde - é um conectivo que nos dá ideia de lugar , geralmente.

    Se a espuma sumiu, ela foi para algum lugar? Onde? 

  • Onde retoma idéia de lugar !

  • fácil demais!

  • ONDE: indica LUGAR pode ser substituido por em que.

    AONDE : se pedir complemento preposicionado A; 

                    e der um ideia de movimento (regra)

  • Onde é conectivo para indicar um antecedente que é lugar.

  • ONDE equilave = EM QUE/ NO QUAL/ NA QUAL

  • Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

  • Prova de ensino fundamental.

  • Questão dada! 

  • E ninguém zerou a prova...

  • Umas dez dessa na prova pmse....
  • onde=lugar

    quando=tempo

    como=modo 

    por que=causa

  • GABARITO: LETRA B

    Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em queno qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.

    Por Exemplo:

    Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.

    Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.

    FONTE: SÓPORTUGUÊS.COM

  • PRA TESTAR A SANIDADE DA PESSOA...

  • Amigo, ele quis se referir a ação por completo. De você ir la, apertar o .exe do word. É mais rápido essa ação pelo atalho do que a ação pelo caminho original indo lá no ProgramFiles -> Office-> Word.exe


ID
1986844
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Ao encerrar uma correspondência oficial, deve-se considerar o emprego:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

     

    Na verdade, não é que seja algo "usual" a utilização do fecho "Atenciosamente", pois, conforme o MRPR, os fechos têm suas utilidades específicas:

     

    Atenciosamente -> Quando a correspondência é endereçada para autoridades de mesma hierarquia ou inferior .

    Respeitosamente -> É utilizado quando a correspondência é dirigida para autoridades de hierarquia superior.

     

     

    Como diz o Prof. Pablo Jamilck:

     

    Se é para autoridades de mesma hierarquia ou inferior "NÃO PRECISA DÁ ATENÇÃO" = Atenciosamente,

    Mas se é para autoridades de hierarquia superior tem que "TRATAR COM RESPEITO" = Respeitosamente.

     

    Pow, já recebi vários ofícios, inclusive de Tribunais, que contiam o seguinte:

     

    "Sem mais para o momento, reiteramos os mais altos e elevados votos de estima e apreço". e a respectiva assinatura abaixo. . .e eu fico a me perguntar: "cadê o fecho? isso é sério"???? kkkkkkkkkkkkk

     

     

    Dá vontade de, na hora responder, colocar o fecho em negrito. #OssosDoOfício

  • Por eliminação Letra A

  • Essa foi por eliminação.

  • "usualmente, emprega-se a construção Atenciosamente"

    E Assim vamos dançando conforme a música das Bancas... Opção menos errada, Gab A.

  • Usualmente é dose. Formula direito ou não formula, dona banca. Deixa de enfeite.

  • Se ela tivesse feito distinção de cargo superior ou inferior, ai o usualmente estaria errado. Como n fez, o termo usualmente esta correto. Tem q focar no comando da questão,  a banca usa esses termos pra confudir a mente dos desatentos ou dos q gosta de complica o descomplicado, ai o cara erra por besteira.

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

                                    Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

                                    Atenciosamente,

     

  • Essa palavra "usualmente" me deixou confuso e acabei indo na que parecia menos errada. No caso a letra "A"

  • Atensiosamento: MESMA HIERARQUIA OU INFERIOR

    Respeitosamente: SUPERIOR

  • Gabarito: A

  • Sério que A é a resposta?


ID
2047297
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O planejamento estratégico é um elemento relevante na elaboração de planos, programas e projetos, conforme Cury (2001). Considerando, por conseguinte, o planejamento estratégico, avalie as afirmativas abaixo:

I. O planejamento estratégico, dada a sua natureza técnica, veda a participação da população.

II. Ao realizar o planejamento estratégico o profissional deve adivinhar ou prever o futuro para que possa,nele intervir.

III. Planejar estrategicamente requer ao profissional calcular, influir no futuro.

IV. O planejamento estratégico também demanda que todos os atores envolvidos no projeto participem do processo de elaboração.

Estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A: 
    Planejamento e Estratégia = A administração (ou gestão) estratégica é um conceito abrangente e novo. De acordo com Pearce e Robinson,1
    é um processo que consiste no conjunto de decisões e ações que visam proporcionar uma adequação competitivamente superior entre a organização e seu ambiente, de forma a permitir que a organização alcance seus objetivos.
    Desse modo, a administração estratégica é um conceito que é mais abrangente do que um simples planejamento estratégico. Existem algumas diferenças entre a doutrina com relação à ordem das fases principais, mas os principais modelos separam essa gestão em três fases: o planejamento estratégico, a execução (ou implementação) estratégica e o controle estratégico. Já Sobral e Peci citam mais fases do processo de Administração Estratégica.2 Eles fazem um “desdobramento” das fases do planejamento estratégico: diagnóstico da situação atual, análise estratégica, formulação estratégica, implementação estratégica e controle estratégico.

  • Galera,

     

    Após pesquisa, creio que a bibliografia utilizada pela IBFC é a seguinte.

     

    CURY, Maria Christina Holl. Elaboração de projetos sociais. In: ÁVILA, Célia M. de (Coord.). Gestão de projetos sociais. São Paulo: AAPCS, 2001. p. 37-58.

  • Adivinhar o futuro > Mãe Dináh

  • IV. O planejamento estratégico também demanda que todos os atores envolvidos no projeto participem do processo de elaboração. = seria o Brainstorming ?

  • Alguém me explica? 
    O planejamento estratégico também demanda que [todos os atores envolvidos no projeto] participem do processo de elaboração.

  • A II está errada pelo advinhar.

  • O sujeito que planeja está incluído no objeto planejado! Este por sua vez é constituído por outros sujeitos/atores que também fazem planos e desenvolvem estratégias. De nada vale uma estratégia sem considerar a influência de quem a executa...
  • I – Errada. O planejamento que possui natureza técnica é a tática e não a estratégica, e esse (planejamento tático), não veda a participação da população.

    II – Errada. O erro é dizer que o profissional tem de adivinhar.

    III – Correta. Planejar estrategicamente é requerer que o profissional calcule as alternativas, para que possa escolher a melhor estratégia para a organização.

    IV – Correta. No planejamento estratégico, é importante que todos os envolvidos na elaboração participem. Isso não quer dizer que toda a organização vai participar, desde o jardineiro ao presidente, mas sim que os diretores de todas as áreas estejam em colaboração para o desenvolvimento de um melhor planejamento estratégico.

     

    Gabarito A

  • I) ERRADA. "Uma aliada fundamental do planejamento da cidade é a participação popular. Ao construir uma via de mão dupla entre governo e sociedade, estabelece-se um método em que as políticas públicas ajuda a sociedade a se organizar e esta ajuda o governo a governar. Assim, a participação popular e cidadã configura-se num princípio importante para um salto de qualidade na gestão governamental. Por isso, as metodologias de planejamento utilizadas pelo gestor público devem fomentar e ampliar a participação política efetiva da população, levando o cidadão para o centro do governo, dando-lhe oportunidade e poder de decisão sobre qual o projeto estratégico da cidade que se quer, sobre onde aplicar os investimentos e quais as melhores políticas públicas." PAULO ECCEL

     

    II) ERRADA. Conforme Oliveira (1996), planejamento pode ser definido como um processo que considera os aspectos destacados pelas dimensões anteriormente demonstradas, no sentido de alcançar uma situação desejada de maneira mais eficiente e efetiva, com a melhor concentração de esforços e recursos pela organização. Maximiano (1995) afirma que o planejamento compreende os fatores tempo e incerteza, bem como o fator decisorial.

     

    III) CORRETA. O planejamento estratégico prevê o futuro da empresa, no longo prazo. Segundo Peter Drucker, o planejamento estratégico é um processo contínuo e sistemático, que possui o maior conhecimento possível acerca do futuro.

     

    IV) CORRETA. Para sua efetividade, o planejamento estratégico deve ser concebido da forma adequada, ouvindo-se os prováveis atores envolvidos no processo de execução e sintonizando-se com os objetivos da empresa, de maneira que sejam exploradas as "condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos" e aplicados "os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos" (Hitt; Ireland; Hoskisson, 2007).

  • O colega Rodrigo Rodriguez está certo!

    **Acertivas II e III estão nesta passagem do artigo:

    "Planejar estrategicamente não é, portanto, adivinhar ou predizer o futuro, mas sim calcular, influir no futuro, pois, ainda que não tenhamos o controle total sobre os resultados de nossas ações, podemos tentar criá-lo, prevendo possibilidades e dificuldades, descobrindo e antecipando respostas.

    ***Acertivas I e IV:

    Partindo do pressuposto de que planejamento, implementação e avaliação não devem ser separados, o planejamento deve ser pensado sempre como um processo coletivo, grupal. É preciso garantir que, independentemente do método utilizado, todos os atores envolvidos no projeto participem do processo, com seus conhecimentos específicos, com suas práticas diferenciadas e suas diferentes leituras da realidade.

  • Concordo que o gabarito seja letra A, no entanto no site da IBFC o gabarito esta letra B e não encontrei pedido de recurso de alteração dele. 

  • GABARITO: LETRA A

    COMPLEMENTANDO:

    O planejamento estratégico é o mais amplo, abrangendo toda a organização. Apresenta as seguintes características:

     é projetado no longo prazo, tendo seus efeitos e consequências estendidos a vários anos pela frente;

     envolve a empresa como uma totalidade, abrangendo todos os recursos e áreas de atividade, e preocupa-se em atingir os objetivos em nível organizacional; e

     é definido pela cúpula da organização (no nível institucional) e corresponde ao plano maior ao qual todos estão subordinados.

    FONTE: Estratégia Concursos


ID
2047300
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas

A gestão social tem sido um dos dispositivos utilizados para gerenciar projetos desenvolvidos tanto na iniciativa pública, quanto na iniciativa privada. Considerando o conceito de gestão social, conforme nos indica Souza (2001), avalie as afirmativas abaixo, atribuindo à elas os valores verdadeiro (V) ou falso (F).

( )A gestão social demanda uma visão prospectiva das necessidades no campo social e das ações requeridas para seu atendimento.

( )Na gestão social o gestor deve buscar capacitar profissionalmente seu quadro de pessoal

( )Na gestão social não é permitido formar parcerias e atuar por meio de redes.

( )A prática em gestão social requer a busca de legitimidade e maior visibilidade a partir da divulgação de suas ações.

Após sua análise, assinale a alternativa que apresenta a sequencia correta atribuída as afirmativas, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Gestão administrativa e financeira de projetos sociais, por Maria Rosária de Souza (2001):

    (...) " as organizações deverão, primordialmente:

    • ter uma visão prospectiva das necessidades no campo social e das ações requeridas para seu atendimento; (1ª- VERDADEIRA)

    buscar a legitimidade e maior visibilidade a partir da divulgação de suas ações, dos resultados de seu trabalho e de sua capacidade gerencial e administrativa; (4ª - VERDADEIRA)

    formar parcerias e atuar por meio de redes como forma de melhorar a utilização dos recursos e das habilidades pessoais e o atendimento das necessidades de cada parceiro; (3ª - FALSA)

    • buscar a participação interna e externa como forma de gerar compromissos a partir da formação de uma visão compartilhada do problema social;

    capacitar profissionalmente seu quadro de pessoal; (2ª- VERDADEIRA)

    • criar mecanismos que possibilitem avaliar o impacto de suas ações;

    • buscar meios de garantir sua sustentabilidade.


ID
2047303
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Pereira (2011) analisando o desenvolvimento da ação estatal, a partir do século XIX, indica a existência de três conjuntos inter-relacionados de intervenção pública. Selecione, dentre as afirmativas abaixo, aquela que representa, corretamente,o padrão de intervenção pública a partir do século XIX.

I. A introdução do seguro social.

II. A restrição do gasto social.

III. A extensão da cidadania.

IV. O crescimento do gasto social.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • A questão fala da intervenção pública estatal no período do welfare state.
  • I. A introdução do seguro social.

    III. A restrição do gasto social.

    IV. O crescimento do gasto social.

  • A questão se refere ao estabelecimento do sistema de seguridade social alemão, instituído no final do século XIX, o modelo Bismarckiano e não ao fenômeno do welfare state, o qual está associado ao contexto pós- Segunda Guerra (1945).

    Até a Posse!


ID
2047306
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Analisando o desenvolvimento histórico das políticas sociais no Brasil Behring;Boschetti (2011) nos dizem que o ano de 1923 foi extremamente relevante posto que foi nele que tivemos a promulgação da lei Eloy Chaves. Considerando as colocações das autoras sobre a referida legislação avalie os itens abaixo destacados:

I. A lei Eloy Chaves instituiu a obrigatoriedade da criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs).

II. A lei Eloy Chaves entendeu o direito previdenciário para os trabalhadores rurais e para os empregados domésticos.

III. As categorias de trabalhadores que tiveram direito a organização das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) eram as que estavam inseridas, diretamente, no processo de produção e circulação de mercadorias.

IV. Conforme a lei Eloy Chaves somente tinham direito de organizaras Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) somente os trabalhadores da burocracia pública.

Estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com Behring e Boschetti (2011, p.80) “o ano de 1923 é chave para a compreensão do formato da política social brasileira no período subsequente: aprova-se a Lei Eloy Chaves, que institui a obrigatoriedade de criação de Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) para algumas estratégicas de trabalhadores, a exemplo dos ferroviários e marítimos, dentre outros. Por que estratégicas, e consequentemente com maior poder de pressão? Naquele momento, o Brasil tinha uma economia basicamente fundada na monocultura do café voltada para a exportação [...] produto responsável por cerca de 70% do PIB nacional. Por isso os direitos trabalhistas e previdenciários foram reconhecidos por aquelas categorias de trabalhadores inseridas diretamente no processo de produção e circulação de mercadorias”.

    Gabarito: B


ID
2047309
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Adotando como referência o conceito de ação afirmativa, comum em políticas dessa natureza, julgue as alternativas abaixo:

I. A ação afirmativa surgiu nos anos 70 nos Estados Unidos e recomendava que o Estado construísse dispositivos legais para melhoria da qualidade de vida da população indígena.

II. O conceito de ação afirmativa surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos e exigia que o Estado viesse também a assumir uma postura ativa para a melhoria das condições da população negra.

III. A política de cotas é uma das ações que está ligada à prática de ações afirmativas.

IV. A política de cotas é a única política de ação afirmativa executada na contemporaneidade.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Políticas de Ação Afirmativa nos EUA  Decreto 10925, assinado pelo Pres. Kennedy em 1961 é o momento em que o termo ação afirmativa aparece no contexto da luta pelos direitos civis requer que os prestadores de serviço para o governo “adotem ação afirmativa para assegurar que os candidatos sejam empregados e que os empregados sejam tratados sem discriminação de raça, credo, cor ou origem nacional”.Em meados dos anos 60: amplia-se a idéia de que a legislação anti-discriminatória não é suficiente para combater os efeitos historicamente acumulados da discriminação.  Medidas adicionais são necessárias para remediar a discriminação passada e prevenir situações futuras de discriminação

    http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/pdf/apresentacoes/politicas_de_acoes_afirmativas1.pdf

     

  • O termo ação afirmativa foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos, na década de 60 do século XX, para se referir a políticas do governo para combater as diferenças entre brancos e negros. Antes mesmo da expressão, as ações afirmativas já eram pauta de reivindicação do movimento negro no mundo todo, além de outros grupos discriminados, como árabes, palestinos, kurdos, entre outros oprimidos.

    No Brasil, as ações afirmativas integram uma agenda de combate a herança histórica de escravidão, segregação racial e racismo contra a população negra.

    Para compreender a necessidade de uma ação afirmativa, é preciso, antes de tudo, compreender o contexto social vivido por um país, por isso o que gera preconceito por parte de setores da sociedade em muitos casos é analisar uma ação afirmativa sem antes entender o histórico que precedeu a política pública.

    Ao debater as cotas para negros nas universidades, por exemplo, é preciso retornar ao Brasil colonial e perceber como o processo de escravidão criou desigualdades sociais que são presentes até hoje, mesmo após 127 anos da abolição da escravidão. A partir de dados estatísticos que demonstram a diferença entre negros nas universidades comparados com o percentual desta população no total de brasileiros, o governo comprova a necessidade de criar uma política para compensar séculos de desigualdades.

     

    http://www.seppir.gov.br/assuntos/o-que-sao-acoes-afirmativas

  • II. O conceito de ação afirmativa surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos e exigia que o Estado viesse também a assumir uma postura ativa para a melhoria das condições da população negra.

    III. A política de cotas é uma das ações que está ligada à prática de ações afirmativas.


ID
2047312
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Seguridade Social brasileira foi criada a partir da Constituição de 1988 inaugurando uma nova ótica para a política social em nosso país. Teixeira (2006), recorrendo ao texto constitucional, especialmente ao artigo 194, indica como objetivos da Seguridade Social:

I. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.

II. Participação da comunidade.

III. Universalidade da cobertura e do atendimento.

IV. Irredutibilidade do valor dos benefícios.

Representam objetivos da Seguridade Social, conforme o artigo 194 da Constituição Federal os citados nas afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

    Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

    I - universalidade da cobertura e do atendimento;

    II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

    III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

    IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

    V - eqüidade na forma de participação no custeio;

    VI - diversidade da base de financiamento;

    VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

  • BO@ T@RDE!

    Essa questão me chamou a atenção pelo detalhe que compartilharei com os colegas. Embora a banca IBFC, não tenha considerado o item “II, Participação da comunidade”, como correto, já vi questões, banca (FCC), considerar como gabarito.

    Vejam a questão:

     

     (FCC / TRF - 3ª/ Analista Judiciário - Serviço Social/2014) A Constituição Federal de 1988 entende por Seguridade Social um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Nesse sentido, compete ao Poder Público organizar a Seguridade Social com base em vários objetivos. Dentre os objetivos existentes, três deles são: 

    Resposta letra “D” - Participação da comunidade na gestão administrativa, diversidade da base de financiamento e equidade na participação do custeio. 

     

    Para melhor esclarecer, a banca fez uma inferência do inciso II, ART.196. CF/88 - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 

  • letra A    bons estudos

  • Seção II
    DA SAÚDE

     

    Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

    Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

    Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

    II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

    III - participação da comunidade.

     

    Fonte: CF/88

  • as duas primeiras opções são diretrizes do Sus

ID
2047315
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Observe o artigo 194 da Constituição Federal:

“A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à _________ , à previdência e à ____________ ”

(BRASIL, 1988. Disponível em http://app1.sefaz.mt.aov.br/Sistema/ Ieaislacao/constituicaof.nsf/9e97251be30935ed03256727003d2d92/4ddaf 343a364a5010325675400672374?QpenDocument. Acesso: 30 out. 2015.

E, selecione, dentre as afirmativas abaixo, aquela que completa, de maneira correta, as lacunas presentes no artigo supra citado:

Alternativas
Comentários
  • LEI Nº 8.212/ 1991

     

    Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

  • ótimo professor sobre o assunto é o Eduardo Tanaka

  • Deus desejo uma questão dessa na prova do concurso da Semsa Manaus.

  • Questão exige do candidato conhecimento sobre a Seguridade Social, disposta na Constituição Federal de 1988 (CF 88).

    Vejamos o diploma constitucional:

    Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

    Observe que a seguridade social se destina a assegurar os direitos relacionados à saúde, a previdência social e a assistência social. Tenha bem fixado esses três direitos. As bancas adoram injetar outros direitos, principalmente os citados no Art. 6º da CF para induzir o candidato ao erro. Quais são os direitos do Art. 6º? Vejamos:

    Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

    Perceba que, com extrema frequência, o examinador irá retirar um dos direitos sociais do Art. 6º e o introduzirá como um dos relacionados à seguridade social. Não caia nessa!

    MACETE >>> P - A - S

    P revidência

    Assistência social

    S aúde

    Com essa contextualização, vejamos as alternativas:

    A) Assertiva errada, habitação social não é um direito relacionado à seguridade social;

    B) Assertiva errada, habitação não é um direito relacionado à seguridade social;

    C) Assertiva errada, educação não é um direito relacionado à seguridade social;

    D) Assertiva correta, devendo ser assinalada pelo candidato, conforme o Art. 194.

    Fonte: CF 88.

    Gabarito da questão: D


ID
2047318
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Montano;Durriguetto (2011) discutem em sua obra uma série de conceitos, dentre os quais o conceito de ideologia. De acordo com a definição desses teóricos, a ideologia pode ser compreendida como:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão foi retirada do livro DURRIGUETTO, Carlos; MONTANO, Carlos. Estado, classe e movimento social. São Paulo: Cortez, 2011.


ID
2047321
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Um dos autores que discutiu a diferença entre as classes sociais, foi, segundo Montano; Duriguetto (2011) Max Weber. Weber construiu o conceito de estratificação social, compreendendo-o com base em três dimensões. Selecione, dentre as afirmativas abaixo, a que indica, corretamente, as dimensões contidas na análise de Weber sobre estratificação social.

I. Dimensão do Capital.

II. Dimensão da Riqueza.

III. Dimensão do Poder.

IV. Dimensão do Lucro.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Dimensões contidas na análise de Weber sobre estratificação social.

    I. Dimensão da Riqueza.

    II. Dimensão do Poder.


ID
2047324
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A análise de lamamoto (2001) discute o papel que a instituição assume na prática profissional do Assistente Social. Conforme a autora, a instituição:

Alternativas
Comentários
  • Embora regulamentao como profissão liberal na sociedade, o Serviço Social não se realiza como tal. Isso significa que o assistente social não detém todos os meios necessários para a efetivação de seu trabalho:finaceiros, técnicos e humanos necessários ao exercício profissional autônomo. Depende de recursos previstos nos programas e projetos da instituição que o requisita e o contrata, por meio do qual é exercido o trabalho especializado. Em outros termos, parte dos meios ou recursos materiais, financeiros e organizacionais necessários ao exercício desse trabalho são fornecidos pelas entidades empregadoras.(...)Ainda que dispondo de relativa autonomia na efetivação de seu trabalho, o assistente social depende, na organização da atividade, do Estado, da empresa, entidades não governamentais que viabilizam aos usuários o acesso a seus serviços, fornecem meios e recursos para sua realização, estabelecem prioridades a serem cumpridas, intereferem na definição de papéis e funções que compõem o cotidiano do trabalho institucional. Ora, se assim é, a instituição não é um condicionante a mais do trabalhodo assistente social. Ela organiza o processo de trabalho do qual ele participa.

     

    Referência: Iamamoto, Marilda Vilela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional,Cortez, 2008.p.63

  •  BO@ T@RDE!

     

    O Assistente Social não detém todos os meios necessários para a efetivação de seu trabalho: financeiros, técnicos e humanos necessários ao exercício profissional autônomo. Ainda que disponha de relativa autonomia na efetivação de seu trabalho, o Assistente Social depende, na organização da atividade, das instituições que o contratam. Portanto, a instituição não é um condicionante a mais do trabalho do Assistente Social, ou um obstáculo. Aquela organiza o processo de trabalho do qual esta participa.
     O Serviço Social é socialmente necessário porque ele atua sobre questões que dizem respeito à sobrevivência social e material dos setores majoritários da população trabalhadora. Tem uma objetividade que não é material, mas é social.
     Conclusão: o Serviço Social é um trabalho especializado, expresso sob a forma de serviços, que tem produtos: interfere na reprodução material da força de trabalho e no processo de reprodução sociopolítica ou ídeopolítica dos indivíduos sociais.

     

    Prof.º Renato Veloso.

  • nao organiza o processo de trabalho do qual o Assistente Social participa.

     b)

     nao é um condicionante a mais do trabalho do Assistente Social.

     c)

     É um condicionante a mais do trabalho do Assistente Social. ela nao é 

    Representa o objeto de trabalho do Assistente Social. Iamamoto (2000, p. 62) O objeto de trabalho (...) é a questão social. É ela em suas múltiplas expressões, que provoca a necessidade da ação profissional junto à criança e ao adolescente, ao idoso, a situações de violência contra a mulher, a luta pela terra etc. Essas expressões da questão social são a matéria-prima ou o objeto do trabalho profissional.

  • "Em outras palavras, o assistente social não dispõe de todos dos meios necessários à realização do seu trabalho, ou seja, não possui processo de trabalho próprio, mas se insere em processos pré-estabelecidos pela instituição empregadora. Em cada espaço ocupacional, terá uma demanda ─ expressão da questão social ─ diferente a enfrentar, precisará de um arsenal de conhecimentos específico em cada política setorial, e instrumentos particulares de trabalho de acordo com cada campo. Além disso,

     

    Ainda que disponha de relativa autonomia na efetivação de seu trabalho, o assistente social depende, na organização da atividade, do Estado, da empresa, entidades não governamentais que viabilizam aos usuários o acesso a seus serviços, fornecem meios e recursos para sua realização, estabelecem prioridades a serem cumpridas, interferem na definição de papéis, e funções que compõem o cotidiano do trabalho institucional. Ora, se assim é, a instituição não é um condicionante a mais do trabalho do assistente social. Ela organiza o trabalho do qual ele participa. (IAMAMOTO, 2005 p. 63).

     

    Porém, a forma como estas instituições organizam o processo de trabalho do Assistente Social esta dentro de uma lógica capitalista de organização e controle do processo de trabalho nos tempos modernos, porque asseguram a real subordinação do trabalho e a sua desqualificação, além de engendrarem modos de obter um comportamento desejado no trabalho."

     

    Fonte: O SERVIÇO SOCIAL COMO TRABALHO: AFIRMAÇÃO QUE AINDA PROVOCA DEBATES NO INTERIOR DA PROFISSÃO

    http://cress-mg.org.br/hotsites/Upload/Pics/45/45362b02-bd65-405d-95d4-d8a37de5c2f1.pdf