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Prova Instituto Excelência - 2019 - Prefeitura de Tremembé - SP - Inspetor de Alunos


ID
3935404
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda a questão.

O Homem Nu 


Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscarse a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...

Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: 

— Maria, por favor! Sou eu! 

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso. 

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: 

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava.

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha! 

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão. 

Assinale a alternativa CORRETA referente ao texto acima.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ✓ Esta crônica demostra que o homem tinha uma dívida, uma prestação da televisão, mas planejava desculpas para não ter de encarar o cobrador da televisão. Contudo, não obteve sucesso com sua possível desculpa, tendo que encarar o cobrador.

    ➥ CORRETO. O trecho a seguir apresenta a dívida e o plano do homem: — Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum. — Explique isso ao homem — ponderou a mulher. — Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

    O trecho a seguir mostra que o homem não obteve sucesso e que teve que encarar o cobrador: Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta. — Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir. Não era: era o cobrador da televisão.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
3935407
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda a questão.

O Homem Nu 


Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscarse a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...

Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: 

— Maria, por favor! Sou eu! 

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso. 

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: 

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava.

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha! 

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão. 

Assinale a alternativa CORRETA para a classe de palavras dos termos sublinhados.

“ Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava”.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

    “Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava”.

    ➥ O termo "elevador" é um substantivo, pois nomeia uma máquina que se movimenta na vertical e serve para transporte de passageiros e carga. Substantivo: classe de palavras com que se atribui nome aos seres, ações, objetos, características, sentimentos, estados. Exemplo: "minha geladeira está cheia."

    ➥ O termo "entre" é uma preposição, já que conecta os termos da oração. Preposição: palavra invariável que liga dois elementos numa oração, ou frase, criando e mantendo uma relação entre esses dois termos. Exemplo: "minha geladeira está cheia de refrigerante".

    ➥ O termo "parar" é um verbo, pois exprime uma ação.

    ➥ O termo "momentânea" é um adjetivo, pois qualifica o substantivo "ilusão".​ Adjetivo: termo que qualifica, caracteriza ou classifica o substantivo. Exemplo: na frase "minha geladeira está cheia.", o termo em destaque caracteriza o substantivo "geladeira".

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • estranho o A MOMENTANEA --- este a não torna momentânea como substantivo não ?

  • Gabarito provavelmente está incorreto tendo em vista que palavras depois de artigos, necessariamente virará substantivo.

  • "momentânea" é um adjetivo, está qualiicando, caracterizando o nome "ilusão"

    "A ilusão é que momentânea".

    Gabarito letra C!

  • O gabarito está correto.

    “ Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava”.

    Temos respectivamente um substantivo, uma preposição, um verbo e um adjetivo. A única classificação que pode ensejar alguma duvida é a do termo "momentânea". Percebam que embora este esteja precedido de artigo, o termo substantivo está localizado logo após, de modo que "momentânea" é um adjetivo anteposto ao substantivo que qualifica. Tal fato pode ser facilmente percebido pela possibilidade da troca de posição do adjetivo sem alteração da construção, " para ter a ilusão momentânea de que sonhava”.

    Guilherme Rodrigues, não. Não existe regra que prescreva a substantivação obrigatória de adjetivos pela simples existência de artigo. Nos casos em que tivermos adjetivo anteposto ao substantivo não há que se falar em substantivação.

    O gabarito é corretamente a assertiva C.

  • É que, na verdade, há uma troca na ordem do período, por isso o artigo permanece ali antes do adjetivo. Como o verbo ter aqui é transitivo direto, você está certo que só artigo depois dele. Ilusão é objeto direto e momentânea caracteriza o momento, ou seja um adjunto adnominal e não complemento nominal, já que não há preposição. Posso estar errada sobre o adjunto, claro, mas percebo desta maneira. Veja quanto à ordem:

    Respirou fundo para ter a ilusão momentânea de que sonhava, fechando os olhos.

    Ou seja, a personagem teria uma ilusão em curto tempo, no momento, naquele instante. Mesma coisa o exemplo: "Os estilhaçados cacos de vidros no chão... Que lástima!" (Você entende que são os cacos de vidro que estão estilhaçados no chão certo? Ainda assim o artigo permanece na frente do adjetivo, tal como a questão)

  • Macete simples para distinguir entre Adjetivo e Substantivo. Usar o TÃO vs TANTO.

    Coloque-os antes das palavras que têm dúvidas. Em adjetivos, o tão fará sentido e para substantivos o tanto.

    >Ex.: A bela corrida de amanhã será imperdível. (Tão bela - adjetivo ) / (Tanta corrida - substantivo )

    "(...) para ter a momentânea ilusão de que sonhava." (Tão momentânea - adjetivo)

  • Essa banca: só Deus.


ID
3935410
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda a questão.

O Homem Nu 


Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscarse a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...

Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: 

— Maria, por favor! Sou eu! 

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso. 

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: 

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava.

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha! 

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão. 

Assinale a alternativa CORRETA para a tipologia textual do texto em estudo.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

     O texto apresentado é do gênero crônicaCrônica: narrativa histórica que expõe fatos que acontecem em nosso cotidiano, em nosso dia a dia... Os autores desse tipo de texto costumam, de um modo diferente (poético, digamos), descrever eventos, ora com intenção crítica, ora com intenção poética.

    ➥ Note que a crônica se refere a uma tipologia textual narrativa. Por isso, a letra B é a opção correta.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Personagens, enredo,espaço, tempo,clímax, desfecho >>>>> características de um texto narrativo.

    Alô você!!

    GABARITO LETRA B

  • >>LETRA B -> Refere-se a tipologia textual narrativa.

    Tipo textual narrativo - O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.

    Toda narração tem um enredo, personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo).

    Características principais:

    • O tempo verbal predominante é o passado.

    • Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da história – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história – onisciente).

    • Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em prosa, não em verso.


ID
3935413
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda a questão.

O Homem Nu 


Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscarse a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...

Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: 

— Maria, por favor! Sou eu! 

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso. 

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: 

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava.

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha! 

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão. 

Assinale a alternativa CORRETA para sinônimos e antônimos dos termos sublinhados respectivamente.
“ Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho”.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ✓ “Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho”.

    ➥ O termo "respectivamente" significa "nessa ordem". Portanto, a questão quer um sinônimo do adjetivo "infeliz" e um antônimo do verbo "vestir".

    Sinônimo é uma palavra que tem o mesmo significado de outra palavra. Por exemplo, o "bonito" é sinônimo de "belo"; da mesma forma, o "quente" é sinônimo de "esquentado".

    Antônimo é uma palavra que tem um significado contrário em relação a outra palavra. Por exemplo, o "amor" é antônimo de "ódio"; da mesma forma, o "quente" é antônimo de "frio".

    ➥ Vejamos os principais sinônimos de infeliz: deprimido, consternado, amargurado, azarado, danado, desafortunado, desaventurado, desditoso, desfavorecido, desgraçado, desventurado.

    ➥ Vejamos os principais antônimos de vestir: desvestir, despir, desnudar, descalçar, desenvergar, tirar, desenfiar, desenfronhar, desentrapar, desenroupar.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
3935416
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA para a divisão silábica.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

     a) Bal-búr-di-a, ig-nó-bil, in-có-lu-me, tungs-tê-ni-o → CORRETO. As palavras "balbúrdia" e "tungstênio" têm a separação silábica controvérsia. Quando o ditongo não é bem marcado, na fala pode assumir o lugar de um hiato (proparoxítona aparente/novo Acordo, Base XI). É por isso que alguns dicionários empregam dois-pontos (:) nesse tipo de ditongo, em vez de utilizarem o hífen ou apenas um ponto como é usual na separação silábica, his.tó.ri:a, por exemplo. 

     b) Car-ros-sel, trans-al-pi-no, an-te-passa-do, a-dá-gio → INCORRETO. As sílabas das palavras "transalpino" e "antepassado" foram separadas indevidamente. A separação correta seria: tran-sal-pi-no, an-te-pas-sa-do.
     c) Cir-cuns-cre-ver, bur-ro, pe-dá-gio, mag-ni-fi-co → INCORRETO. Provavelmente, a banca só considerou a forma "pe-dá-gi-o" como correta.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • para mim essa questão está incorreta!! Porque não é letra C ?? Porque a letra A ta correta ?

  • Em 2020, não faz nenhum sentido deixar de considerar as duas formas de separação silábica de palavras como "pedágio", "indústria", etc. Todas as bancas grandes fazem isso.

  • essa questão me deixou confusa!!!

  • Ai não dá, é uma paroxítona terminada em ditongo crescente, affs

  • A meu ver a questão é passível de anulação, pois está muito confusa.

    Tudo bem a banca reconhecer a utilização das proparoxítonas eventuais. Mas na alternativa C a separação silábica da palavra pedágio não está errada.

    Apenas uma opinião.

    Bons estudos a todos.

  • Em minha humilde opinião, proparoxítonas eventuais não admitem divisão gráfica, somente fonética.

    #ruannpinheirodecarvalhobatera10, o mais lindo!

  • Acredito que a alternativa C foi considerada incorreta pela banca pois magnífico está sem acento.

  • Não é só estudar colegas. Temos que ter conexão com Jesus tbm.

  • Se a banca considerou a regra da A (bal-búr-di-a) deveriam considerar também a C (pe-dá-gi-o).

  • O gabarito está errado!

  • Agora temo que adivinhar quando a banca considera paroxítona ou proparoxítona aparente/eventual

  • Questão passível de anulação.

  • famoso es - ta -gi - á - rio fazendo questão pra banca

  • gabarito: correto é a letra "C" para considera proparoxítona aparente ela tinha que ter pedido.


ID
3935419
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA para o uso da crase.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

     a) Essa mochila pertence à Thiago → INCORRETO. Segundo os cânones gramaticais, NÃO pode haver crase diante de palavras masculinas. Logo, a construção correta seria "Essa mochila pertence a Thiago".
     b) Iremos à São Paulo → INCORRETO. A expressão "São Paulo" NÃO aceita o artigo definido feminino "a". Você volta DE São Paulo, e não da São Paulo. Como não há junção de preposição "a" com artigo "a", não deve haver crase.

     c) O curso terá início às 8 horas → CORRETO. Uma das regras acerca do acento grave diz que haverá crase na indicação de horas. Exemplos:Viajarei às 22 horas. Ela começou a estudar às 5 horas.​ O curso terá início às 8 horas.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Crase com hora determinada.
  • A questão em tela versa sobre o uso da crase. Irei expor o conceito da crase abaixo. Vejamos:

    "Emprega-se o acento grave nos casos de crase e aqueles indicados em emprego do à acentuado.

    1.º) Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo o ou pronome demonstrativo o: à (de a+a), às (de a+as).

    2.º) Na contração da preposição a com o a inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, e aquilo ou ainda da mesma preposição com compostos aqueloutro e suas flexões: àquele(s), àquela(s), àquilo, àqueloutro(s), àqueloutras(s).

    3.º) Na contração da preposição a com os pronomes relativos a qual, as quais: à qual, às quais.

    Agora é importante sabermos quando não ocorre a crase. Inspecionemos:

    Não ocorre a crase nos seguintes casos principais:

    Diante substantivos masculinos

    Não assisto a filme de guerra.

    Diante de substantivos femininos usados em sentido geral e indeterminado

    Não vai a festa nem a reuniões

    Diante de nomes de parentescos precedidos de pronomes possessivos.

    Recorri a minha mãe.

    Na correlação (ou simetria de construção) das preposições “de... a” , se houver determinante (artigo ou pronome) contraído com “de” , haverá artigo contraído com a preposição “a” , resultando na crase

    A padaria funciona de segunda à quinta, de 9h às 16h. (inadequado)

     A padaria funciona da segunda à quinta, das 9h às 16h. (adequado)

    Não há crase antes da palavra terra (em oposição a bordo, no contexto frasal). Se estiver especificada, há crase sempre. Afora isso, pode haver crase.

    Os marinheiros tinham descido a terra para visitar a cidade (sem crase)

    Os astronautas voltaram a terra (com crase).

    Diante de palavra de sentido indefinido: certa, uma, cada, qualquer, toda…

    Diante dos pronomes relativos: que (quando o a anterior for uma preposição), quem, cuja:

    Ali vai a criança a quem disseste a notícia.

    Diante de verbo:

    Ficou a ver navios.

    Diante de pronome pessoal e expressões de tratamento como: V. Ex.ª, V.S.ª, V. M., etc.:

    Não disseram a ela e a você toda a verdade.

    Nas expressões formadas com a repetição de mesmo termo (ainda que seja um nome feminino), por se tratar de pura preposição: frente a frente, cara a cara, face a face, gota a gota…

    Diante da palavra casa quando desacompanhada de adjunto:

     Irei a casa logo mais (cf. Entrei em casa; Saí de casa)."

    Após as explanações acima podemos analisar as alternativas.

    a) Essa mochila pertence à Thiago.

    Incorreta. Não ocorre crase antes de nomes masculinos

    b) Iremos à São Paulo.

    Incorreta. O nome do topônimo acima não aceita artigo definido.

    Fomos a São Paulo/ voltamos de São Paulo se fosse "da" em vez "de", ocorreria a crase.

    c) O curso terá início às 8 horas.

    Correta. Nas locuções adverbiais de tempo indicativas de “hora” (do relógio), pois juntam a preposição A+ A artigo que determina as horas e formam a crase.

    d)-------------

    Referência bibliográfica: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 39 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019

    GABARITO: C

  • Gab - C

    O curso terá início às 8 horas. --> Temos assim o uso de crase especificando horas.

  • Corrigindo o colega Arthur...

    Quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Isso vale para "São Paulo" também. Veja:

    Iremos a São Paulo.

     → Iremos à São Paulo dos Bandeirantes.

    Irei a Salvador.

     → Irei à Salvador de Jorge Amado.

    Bons estudos!


ID
3935422
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA para o emprego de S, SS, Z, Ç, CH, X, J e G.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

     a) Excessão, limpeza, açafrão, fixa, jiboia, beringela → INCORRETO. O correto é, respectivamente, exceção e berinjela. 
     b) Hortênsia, opressão, frieza, inchaço, trouxe, passagem → CORRETO. A palavra "Hortênsia" deriva do latim "Hortensia"; a palavra "opressão" deriva de oprimir (substantivos derivados de verbos terminados em -gredir, -primir, -mitir, -cutir, -ceder devem ser grafados com SS); a palavra "frieza" se forma com o acréscimo do sufixo -eza à palavra primitiva "frio". A palavra "inchaço" se forma com o acréscimo do sufixo -aço à palavra primitiva "inchar". Além disso, usa-se X após ditongo, o que justifica o uso da forma "trouxe". Já a palavra "passagem" se forma com o acréscimo do sufixo -agem à palavra primitiva "passar".

     c) Seiscentos, miçanga, burguesa, xicara, jente, mangericão → INCORRETO. Somente as três últimas palavras foram grafadas incorretamente. O termo "xícara" deve receber acento gráfico, já que se trata de um vocábulo proparoxítono. A palavra "gente" deriva do latim "gentem", forma já grafada com G. Já a palavra "manjericão" tem origem desconhecida, mas é registrada com J.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Eu ia errando por causa da jogadora de basquete, mas aprendi que...

    Hortênsia com S: é a flor.

    Hortência com C: é a atleta.

    #ficaadica

  • Hortênsia (SEMPRE COM "S" quando for para nomes de pessoas)


ID
3935425
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA para a acentuação gráfica.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

     a) Corrói, magôo, heroico → INCORRETO. As palavras "corrói" e "heroico" estão corretas. Mas o termo "magoo" está acentuado incorretamente. Antes da reforma ortográfica de 2009, as palavras terminadas em “oo(s)” e as formas verbais terminadas em “-eem” recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, enjôos, abençôo, magôo; crêem, dêem, lêem, vêem, revêem, relêem, prevêem. Com a reforma, esse acento foi ABOLIDO. Agora essas palavras são grafadas sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, magoo; creem, deem, leem, veem, reveem, releem, preveem.

     b) Pu, fóssil, paranoia → CORRETO. A palavra "purê" é acentuada com base na seguinte regra: acentuam-se as oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em, -ens. Ex.: sofá(s), poderá(s), bambolê(s), bongô(s), ninguém, vinténs, etc. Apenas a palavra "fóssil" é uma paroxítona terminada em L. Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em L. Ex.: revólver, fácil, difícil. Sobre a palavra paranoia: antes da reforma ortográfica de 2009, acentuavam-se TODAS as palavras que apresentam ditongos abertos (“éu”, “éi” e “ói”)ÉU: troféu, réu, chapéu, etc. ÉI: anéis, papéis, assembléia, etc. ÓI: heróico, dói, esferóide, etc. Com a reforma, esse acento foi ABOLIDO nas paroxítonas (SOMENTE NAS PAROXÍTONAS que apresentam ditongo aberto): ideia, jiboia, heroico, paranoia, boia, esferoide

     c) Plateia, geléia, tonica → INCORRETO. Como vimos acima, o acento foi ABOLIDO nas PAROXÍTONAS que apresentam ditongo aberto: ideia, jiboia, heroico, paranoia, plateia, geleia, boia, esferoide, etc. Além disso, o vocábulo "tônica" deve ser acentuado por se tratar de uma palavra PROPAROXÍTONA. Acentuam-se TODAS as palavras proparoxítonas. Ex.: córrego, rápido, lógico, física, química, tônico, tóxico.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
3935428
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português

Assinale a alternativa CORRETA para os pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação.

Alternativas

ID
3935431
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA para a concordância nominal e verbal.

I-Laura e Paulo saíram juntos.

II-Eu tenho aversão a réptil.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito DA BANCA: A

    I - Laura e Paulo saíram juntos → O verbo sair está no plural para concordar com o sujeito composto "Laura e Paulo". Por isso, trata-se de um caso de concordância verbal.

    II - Eu tenho aversão a réptil → Inegavelmente, o verbo ter está na primeira pessoa do SINGULAR para concordar com o pronome "eu". Então, temos um caso de concordância verbal. O termo "aversão" funciona como objeto direto do verbo ter. O objeto direto não precisa concordar com o verbo. A expressão "a réptil" funciona como complemento nominal do substantivo aversão. O complemento nominal não precisa concordar com o nome. Posso tranquilamente pronunciar as duas frases: Eu tenho aversão a réptil. Eu tenho aversão a répteis.

    ➥ PARA MIM, SERIA LETRA D). CONCONDÂNCIA VERBAL EM AMBOS CASOS, COMO NÃO TEMOS ESSA ALTERNATIVA, VAMOS DE D): Nenhuma das alternativas. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Fui na D pelo mesmo motivo do Arthur!

  • questão estranha! acertei, por eliminação!

  • CUIDADO

    A questão é nula.

    I-Laura e Paulo saíram juntos. - Temos concordância verbal, "saíram", verbo, concorda com o sujeito composto; e concordância nominal, "juntos", adjetivo, concorda com um referende plural.

    II-Eu tenho aversão a réptil. - Temos concordância verbal, "tenho", verbo, concorda com o sujeito simples singular; Não há que se falar em concordância nominal.

    Havendo duas possibilidades de classificação para a alternativa I, C ou D seriam gabaritos corretos, embora discutíveis por motivos lógicos, a questão é nula.

    O gabarito da banca, assertiva A, não é um gabarito possível.


ID
3935434
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um jardineiro estava fazendo um canteiro para plantar um jardim na forma de um triângulo retângulo. Os dois lados menores do triângulo retângulo mediam 80 centímetros e 60 centímetros. Quantos centímetros deve ser o terceiro lado desse canteiro?

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra B

    aplicamos o teorema de Pitágoras

    80² + 60² = x²

    6400 + 3600 = x²

    10000 = x²

    √10000 = x

    100 =x

    bos estudos


ID
3935437
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Gabriel abriu um pet shop, e para ajudar na divulgação pediu para dois amigos ajuda-lo a distribuir alguns panfletos, e assim cada um distribuiu 55 panfletos. Se ele tivesse chamado 4 amigos para a distribuição dos panfletos, quantos panfletos cada um distribuiria?

Alternativas

ID
3935443
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um campeonato de futebol de uma escola Rafael, Igor e Felipe estavam disputando para ver quem fazia mais gols no campeonato, o número de gols que Rafael fez é o número que é solução da equação 3x + 5 =16 , o número de gols que o Igor fez, é a solução par da equação x2 - 13x + 36 = 0,  o números de gols que Felipe fez é a solução ímpar da equação  x2 - 13x + 36 = 0. Dessa forma, qual dos três amigos fizeram mais gols?

Alternativas
Comentários
  • TRATA-SE DE UMA QUESTÃO SIMPLES DE EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU, ONDE PODEMOS UTILIZAR A TECNICA DE SOMA E PRODUTO.__*__=C e __+__=-B

    SENDO ASSIM: RAFAEL FEZ: 3,3, OU SEJA 3 GOLS.

    IGOR: 4

    FELIPE: 9

    ENTÃO, FELIPE FEZ MAIS GOLS.

    GAB:B

    "NEM SEMPRE LUTAR É CONSEGUIR, MAS TODOS QUE CONSEGUIRAM FOI PORQUE LUTARAM"!

  • Acredito que a equação do rafael é 3x -5 = 16 ---> x= 7 gols

    Aí faz sentido, não tem como ser 3,3 gols


ID
3935446
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Maria comprou um produto da internet em que o prazo de entrega era de 15 dias, esse produto iria chegar em uma quarta feira. Mas, aconteceu um imprevisto, e esse produto demorou 40% a mais do tempo que chegaria. Dessa forma, qual o dia que o produto chegou?

Alternativas
Comentários
  • 100% ------15

    40% ------X

    40.15 = 100.X

    600 =100X

    X= 600/100

    X= 6 (DIAS)

    15+6 = 21. (O dia 21 cairá numa terça - feira).

  • 40% de 15 =

    Bizu basta multiplicar 40 por 15 iremos achar 600.

    podemos deduzir retirando os zeros o numero 6

    depois e só conta a encomenda chegaria na quarta-feira, porem nao chegou e so somar mais 6 dias que encontraremos a respostas ...

    GAB: A

  • 15

    x 0,40

    = 6 + 15

    = 21

    15 QUARTA FEIRA

    16 QUINTA

    17 SEXTA

    18 SÁBADO

    19 DOMINGO

    20 SEGUNDA

    21 TERÇA- FEIRA

  • Maria comprou um produto pela internet. Como o prazo inicial de entrega era de 15 dias, previa-se que o produto fosse entregue em uma quarta-feira. Entretanto, aconteceu um imprevisto e a entrega de tal produto demorou 40% a mais do tempo inicialmente previsto. Dessa forma, em qual dia da semana o produto chegou?

    Alô, Instituto Excelência, precisa de um revisor? Contrata nóis! (usei o nóis pra ver se eles me entendem)


ID
3935452
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Francisco tem um celular que cada porcentagem de bateria do celular fica uma hora e quinze minutos ligados, dessa forma, se Francisco vai viajar durante oito horas e quarenta e cinco minutos sem poder carregar o celular, qual a porcentagem mínima que o seu celular deve estar para poder passar a viagem sem que acabe a bateria?

Alternativas
Comentários
  • Se fosse 7%, então quando ele chegasse iria desligar o aparelho. Porém, caso for mais de 7%, então ele terá uma folga até achar uma tomada.

    0,34 a mais, seria a cerca de 25 minutos, porém nunca vi um celular carregar porcentagem quebrada,..

    Qualquer equivoco, por favor, comunique.

  • 115×7.43 por cento
  • errei de bobeira cheguei a 7


ID
3935455
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um casal tinha uma divida em um banco, e para poder quitar a divida o banco fez um acordo com o casal, eles pagariam a divida em cinco parcelas começando por R$ 612,00 e diminuiria 2% por mês, dessa forma, qual o valor aproximado que o casal iria pagar no último mês?

Alternativas
Comentários
  • 1ª parcela: 612 reais

    ________________________________

    2ª parcela: 2% de 612 = 12,24

    612 - 12,24 = 599,76 reais

    ________________________________

    3ª parcela: 2% de 599,76 = 11,9952 ≅ 12

    599,76 - 12 = 587,76 reais

    ________________________________

    4ª parcela: 2% de 587,76 = 11,7552 ≅ 11,8

    587,76 - 11,8 = 575,96 reais

    ________________________________

    5ª parcela: 2% de 575,96 = 11,5192 ≅ 11,52

    575,96 - 11,52 = 564,44 reais

    ________________________________

    (a mais próxima de 564,48 reais)

    Resposta: C


ID
3935458
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

Qual das opções abaixo não apresenta duas soluções reais?

Alternativas

ID
3935461
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para fazer a apresentação na sala de aula, uma professora de matemática disse que a sua idade é a diferença entre o maior e o menor resultado da operação √576 . Dessa forma, qual a idade da professora?

Alternativas
Comentários
  • Se o cara acertou essa aí já pode virar é professor

  • mn verdade, essa estava difícil.

  • acertei essa na inocência, a raiz quadrada de 576 é 24 e não tem outro valor além desse só se simplificasse mas aí iria dar um valor nada a ver


ID
3935464
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais

Assinale a alternativa que apresenta que NÃO faz fronteira com o Brasil .

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Brasil faz fronteiras com a Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O Equador e Chile são os únicos países da América do Sul que não fazem fronteiras com o Brasil.

    FONTE: https://www.bb.com.br/portalbb/


ID
3935467
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Sobre os principais climas do Brasil assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "A" São 6 tipos de climas: Clima Equatorial, localido na Amazônia. Clima Semi árido, interior de nordeste. Clima Tropical Úmido Atlântico, localizado na mata atlântica. Clima Tropical semi-úmido, localizado no Cuiabá. Clima Tropical de Altitude, localizado no sudeste do país, SP. Clima sub-tropical, localizdo no Sul do país. Espero ter ajudado e bons estudos!! Foco na missão! APMBB.
  • Sobre os climas brasileiros, temos que existem 6 principais tipos de climas no Brasil: Equatorial, Tropical, Tropical Semiárido, Tropical de Altitude, Tropical Litorâneo e Subtropical.

    Resposta: A

  • gabarito A de Aprovado!

    explicação:

    Em virtude da imensidão do território brasileiro, são identificados 6 tipos de climas, sendo:

    • Equatorial;
    • Tropical;
    • O Tropical de Altitude;
    • O Tropical Atlântico;
    • Semiárido;
    • Subtropical.

  • GAB-A

    Existem 6 principais tipos de climas no Brasil: Equatorial, Tropical, Tropical Semiárido, Tropical de Altitude, Tropical Litorâneo e Subtropical.

    1. Equatorial;
    2. Tropical;
    3. O Tropical de Altitude;
    4. O Tropical Atlântico;
    5. Semiárido;
    6. Subtropical.

    O LEÃO DA MONTANHA ESTÁ AQUI.


ID
3935470
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia o trecho abaixo e complete a lacuna: No dia ____________, um incêndio destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. O museu abrigava 20 milhões de peças entre as quais o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas. O prédio tinha um valor histórico, pois foi residência de Dom João VI, da família imperial brasileira e foi sede da primeira assembleia constituinte do país. Chamado de Palácio de São Cristóvão foi aberto como museu em 1918.

Alternativas

ID
3935473
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia o trecho abaixo e complete a lacuna: Em 2018 acontece a 21ª edição da Copa do Mundo. Pela primeira vez, o evento esportivo tem lugar na Rússia, sendo disputado entre os dias 14 de junho e 15 de julho.
A competição foi ganha pela ______após derrotar a Croácia por 4 x 2. O Brasil saiu nas quartas de final quando foi eliminado pela Bélgica por 2 x 1.

Alternativas

ID
3935476
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Tremembé - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Observe a estrofe referente ao Hino Nacional Brasileiro:

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade”

Quem escreveu a letra do Hino Nacional Brasileiro?

Alternativas
Comentários
  • A letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada e a música elaborada por Francisco Manuel da Silva.

  • Que questãozinha ridícula!

  • A letra do hino nacional do Brasil foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Tornou-se oficial no dia 1 de setembro de 1971, através da lei nº 5700.