Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
5 – Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
10 – O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
LEMINSKI, Paulo. Melhores poemas. Seleção Fred Góes;
Álvaro Marins. São Paulo: Global, 1999. p. 133.
O poema expressa, de forma coloquial, o ofício do sujeito poético e a sua possível motivação.