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Prova FACET Concursos - 2018 - Prefeitura de Esperança - PB - Assistente Social


ID
2943175
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Considerando o texto em sua totalidade, aponte a sentença que melhor sintetiza o tema central:

Alternativas
Comentários
  • Letra A)  "E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá." 

  • A

    Animados pelas três virtudes teologais, as pessoas projetam usualmente bons presságios, para si e outrem, com a chegada de cada ano novo.

  • Considerando o texto em sua totalidade, aponte a sentença que melhor sintetiza o tema central:

    Alternativas

    A

    Animados pelas três virtudes teologais, as pessoas projetam usualmente bons presságios, para si e outrem, com a chegada de cada ano novo.

    B

    As constantes frustrações, a cada advento de novo ano, tornam as pessoas céticas na renovação de suas esperanças.

    C

    Ano-Bom é sempre cada ano novo, que normalmente se confirma com o transcurso do tempo.

    D

    No Ano-Bom, as pessoas se impregnam de mais humanidade e do sentimento cristão.

    E

    O mundo seria mais humano se as pessoas vivenciassem, em sua plenitude, as virtudes teologais.


ID
2943178
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

As chamadas “virtudes teologais”, mencionadas no texto, são virtudes que, de acordo com o pensamento cristão e católico, ligam a pessoa humana diretamente a Deus. A estrutura narrativa traz indicações desses três fundamentos religiosos. Quais são essas virtudes?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    Nessa questão nem precisamos ler o texto, vamos pensar em três fundamentos religiosos para chegarmos a uma plenitude:

    A descrença / esperança / amor a Deus

    B cepticismo / agnosticismo / humanidade (ceptismo - ceticismo - Ausência de qualquer tipo de crença)

    C fé / esperança / impiedade

    D cepticismo / esperança / caridade

    E fé / esperança / caridade

    Força, guerreiros(as)!!

  • As chamadas “virtudes teologais”, mencionadas no texto, são virtudes que, de acordo com o pensamento cristão e católico, ligam a pessoa humana diretamente a Deus. A estrutura narrativa traz indicações desses três fundamentos religiosos. Quais são essas virtudes?

    Alternativas

    A

    descrença / esperança / amor a Deus

    B

    cepticismo / agnosticismo / humanidade

    C

    fé / esperança / impiedade

    D

    cepticismo / esperança / caridade

    E

    fé / esperança / caridade


ID
2943181
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Aponte o foco narrativo do texto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Matamos a questão no primeiro parágrafo. 1ª pessoa do plural (nós).

    Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Pessoas gramaticais

    1 pessoa - eu no singular | nós no plural

    2 pessoa - tu no singular | vós no plural

    3 pessoa- ele e ela no singular | eles e elas no plural

  • Aponte o foco narrativo do texto:

    Alternativas

    A

    terceira pessoa do singular

    B

    terceira pessoa do plural

    C

    primeira pessoa do singular

    D

    primeira pessoal do plural

    E

    segunda pessoa


ID
2943184
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Indique a opção INCORRETA, de acordo com o texto:

Alternativas
Comentários
  • Gab B

    "Felizmente não paramos para meditar"

  • LETRA B - INCORRETA

    "A racionalidade impõe que as pessoas reflitam sobre a ilusão e a inverossimilhança do Ano-Bom".

    Trecho que justifica:

    "Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias". 

  • Indique a opção INCORRETA, de acordo com o texto:

    Alternativas

    A

    As pessoas carregarão consigo seus defeitos e suas virtudes, a cada novo ano, ainda que não se apercebam disto.

    B

    A racionalidade impõe que as pessoas reflitam sobre a ilusão e a inverossimilhança do Ano-Bom.

    C

    Devemos ter o desejo sincero de recomeçar, no alvorecer de cada ano novo.

    D

    As pessoas não deverão negar as suas esperanças, devendo cultivá-las com o advento de cada ano novo.

    E

    Cometer os mesmos erros, ano após ano, constitui um traço de humanidade.


ID
2943187
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Releia a passagem e, em seguida, responda: “O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro”. Essa sentença, do ponto de vista semântico, apresenta uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro.

    >>> contrabandista que vende perfume verdadeiro? Que baita ironia.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gab: D

    "Do ponto de vista semântico", apresenta uma relação de:

    Pegadinha do malandro =D

    Se o produto é ilegal não tem como ser verdadeiro.

  • Acredito que a ironia está em acreditar que alguém que age fora da lei pode ter alguma credibilidade, como alguém pode acreditar nas suas palavras?

    O perfume contrabandeado (na verdade descaminho) pode ser original, portanto, entendo não ser esta a justificativa.

    Contrabando pelo código penal se refere a produtos proibidos pela legislação, não é o caso de perfumes.

    Descaminho é entrar com mercadorias sem declarar, sem pagar os impostos (sonegação)

  • Releia a passagem e, em seguida, responda: “O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro”. Essa sentença, do ponto de vista semântico, apresenta uma relação de:

    Alternativas

    A

    consequência

    B

    concessão

    C

    temporalidade

    D

    ironia

    E

    causalidade


ID
2943190
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

As palavras “menino” e “garota” estão empregadas, na narrativa, no grau diminutivo. Identifique a alternativa que indica o sentido sugerido pelo emprego desse grau nas duas palavras:

Alternativas
Comentários
  • -SENTIDO AFETIVO

     Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha;

  • GABARITO: LETRA E

    -SENTIDO AFETIVO

    Quando temos AFETO por alguém, também posso dizer CARINHO por alguém

    geralmente chamamos a pessoa no Grau Diminutivo

    EXEMPLO: Oi meu amorzinho << Grau Diminutivo

    demostrei AFETO pela pessoa.

  • Indo mais além....

    Grau diminutivo é aquele que, além de indicar tamanho diminuído, também suaviza, expressa valor afetivo ou depreciativo. Por exemplo:

    • Os livros usados estão guardados no quartinho dos fundos. (indica tamanho)
    • Por que não vai brincar no seu quartinho? (expressa valor afetivo)
    • Trabalha num jornaleco. (expressa valor depreciativo)

    Fonte: https://www.todamateria.com.br/aumentativo-e-diminutivo/

  • As palavras “menino” e “garota” estão empregadas, na narrativa, no grau diminutivo. Identifique a alternativa que indica o sentido sugerido pelo emprego desse grau nas duas palavras:

    Alternativas

    A

    irônico

    B

    reducionista

    C

    impróprio

    D

    conotativo

    E

    afetivo


ID
2943193
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Releia o trecho e, em seguida, responda: “Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. Pois se o outro não foi!” Há, entre essas duas construções, uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    O pulo dessa questão é que uma "adversidade" não exprime somente ideias contrárias, mas também um CONTRASTE.

    São adversos pois exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração anterior, estabelecendo contraste ou compensação >>> Esse ano Será o bom.... Ano passado foi ruim.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Adversidade: uma é o contrário da outra. Se ano passado foi ruim, este será bom.

  • Peguei uma "rodadazinha" de questões objetivas com dupla interpretação ou viagem da banca que só Jesus na causa.

    O FATO DE o outro ano ter sido ruim FAZ COM QUE ninguém duvide que este seja o ano-bom.

    E aí? Enxergaram relação de consequência ou não?! Como sempre, tem gente p/ dar "amém" p/ esse tipo de questão!!!

    ¬_¬

  • Releia o trecho e, em seguida, responda: “Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. Pois se o outro não foi!” Há, entre essas duas construções, uma relação de:

    Alternativas

    A

    adversidade

    B

    finalidade

    C

    negação

    D

    concordância

    E

    consequência


ID
2943196
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Releia: “...; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar;...”. Qual a sentença que melhor resume a significação dessa estrutura?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Temos que procurar uma significação:

    muitas mães querem filhos (desejam a maternidade) ; muitos filhos querem um lar (não possuem um lar, são órfãos)

    Força, guerreiros(as)!!

  • Arthur Carvalho, suas explicações são excelentes!

  • Releia: “...; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar;...”. Qual a sentença que melhor resume a significação dessa estrutura?

    Alternativas

    A

    As mães, afastadas de seus filhos, os querem de volta; os filhos, afastados de seus lares, tencionam a eles retornar.

    B

    É paradoxal a relação estabelecida entre o elevado índice de órfãos e o elevado índice de mulheres sem filhos.

    C

    Enquanto muitas mães estão saudosas de seus filhos distantes, estes anseiam regressar ao lar maternal.

    D

    Enquanto há mulheres desejando a maternidade, há muitas crianças na orfandade.

    E

    Havendo muitas crianças órfãs, a geração de mais filhos aumenta a orfandade.


ID
2943199
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

As palavras “defeito” e “virtude”, que aparecem no texto, são:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B (Antônimas)

  • Letra B

    Antônimas: quando apresentam significados opostos.

  • Pessoal,

    O gabarito deu como B (antônimas).

  • as palavras são contrarias por isso são antônimas GABARITO=B

  • a) sinonimo: possui o mesmo significado

    b) gabarito

    c) apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados diferentes (absorver, absolver)

    d) se dividem em homógrafos, homófonos e perfeitos.

    e) som igual, escrita diferente, significado diferente (conserto, concerto)

  • GABARITO: LETRA B

    Palavras antônimas são palavras que apresentam um significado contrário na representação de uma ideia. Além de contrariedade e oposição, os antônimos podem também estabelecer correlação e complementaridade.

    A antonímia é habitualmente estabelecida entre palavras diferentes, com radicais diferentes, mas os antônimos podem ser formados também por prefixos de negação, como: in-, des-, a-. Os antônimos podem ainda ser representados por palavras que já apresentam prefixos cujos significados são contraditórios.

    FONTE: WWW.NORMACULTA.COM.BR

  • As palavras “defeito” e “virtude”, que aparecem no texto, são:

    Alternativas

    A

    sinônimas

    B

    antônimas

    C

    parônimas

    D

    homônimas

    E

    homófonas


ID
2943202
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Releia o trecho e, em seguida, responda: “... os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém!”. Há, nessa construção, um recurso semântico de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    >>> A gradação consiste em: aumento ou diminuição de maneira gradativa, contínua, de grau em grau.

    os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte.

    >>> ano, dia, hora. Observamos que houve uma gradação decrescente de ideias.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gabarito " C "

    A gradação que também é conhecida como clímax, a principal função é propor uma sequência de palavras ou expressões, como é o caso da questão.

    Até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte.

  • gb c

    PMGO

  • gb c

    pmgoo

  • Releia o trecho e, em seguida, responda: “... os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém!”. Há, nessa construção, um recurso semântico de:

    Alternativas

    A

    intensificação

    B

    ironia

    C

    gradação

    D

    sinonímia

    E

    antonímia


ID
2943205
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

De acordo com as regras vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, a palavra “viúvo”, presente no texto, apresenta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    >>> Temos um hiato --- viúvo - vi-ú-vo (acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh". Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gabarito letra B: Hiato.

  • letra "i" ou "u", em sílaba separada.... Existe exceções

  • Isso é ensino superior?

  • VI-Ú-VO----> HIATO, HIATO É DUAS VOGAIS EM SILABAS DIFERENTES

  • @ARTHUR ATÉ assustei com seu ''gabarito''.

    Excelente explicação !!!

    gb \ ''b''

  • De acordo com as regras vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, a palavra “viúvo”, presente no texto, apresenta:

    Alternativas

    A

    ditongo

    B

    hiato

    C

    tritongo

    D

    encontro consonantal

    E

    desinência modo-temporal

  • A questão é de fonologia e quer que classifiquemos a palavra “viúvo”. Vejamos:

     .

    A) ditongo

    Errado.

    Ditongo: é a combinação de uma vogal + uma semivogal (V + SV), ou vice-versa (SV + V), na mesma sílaba. Ex.: pai, rei, sou, pão, fui, herói, sério, quando.

    Ditongo crescente: (semivogal + vogal): gênio, pátria, série, quatro, aguentar, quantia, tênue, vácuo etc.

    Ditongo decrescente: (vogal + semivogal): pauta, meu, riu, constitui, dói, ouro, jeito etc.

     .

    B) hiato

    Certo. Em "vi-ú-vo" há o hiato "i-u".

    Hiato: é o encontro de duas vogais pronunciadas em dois impulsos distintos, formando sílabas diferentes: Sa-a-ra, fa-ís-ca, po-di-a, sa-ú-de, ci-ú-me, pre-en-cher, cru-el, fre-ar, ju-í-zo, a-or-ta, do-er, vo-o, cre-em, pas-se-e-mos, po-ei-ra, me-ei-ro, fu-i-nha, la-go-a, fri-ís-si-mo.

    Regra dos hiatos:

    Acentuam-se as vogais "i" e "u" tônicas dos hiatos, quando aparecem sozinhas na sílaba ou acompanhadas de "s".

     .

    C) tritongo

    Errado.

    Tritongo: é conjunto semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba. O tritongo pode ser: a) oral: iguais, averiguei, averiguou, delinquiu, sequoia, Uruguai. b) nasal: quão, saguão, saguões, mínguam (mínguão).

     . 

    D) encontro consonantal

    Errado.

    Encontro consonantal é a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos numa palavra. Ou seja, é o encontro de duas ou mais consoantes numa palavra, sem existir uma vogal no meio delas. Ex.: brado, creme, plano, regra, ciclo, atleta, atrás, transtorno, psíquico...

    O encontro consonantal pode ocorrer:

    • na mesma sílaba: cli-ma, flo-res, du-plo, bra-do, re-pre-sa, le-tra, czar, pseu-dô-ni-mo... (São encontros consonantais inseparáveis, mais frequentemente formados de consoante + ou r)
    • em sílabas diferentes: ad-ven-to, ob-tu-so, ap-to, pac-to, suc-ção, naf-ta, sub-lo-car...(São encontros consonantais separáveis. Ocorrem sempre no interior das palavras e geralmente são formados de duas consoantes)

     .

    E) desinência modo-temporal

    Errado.

    Desinência modo-temporal: indica o modo e o tempo do verbo. Na forma andáSSEmos, por exemplo, o elemento destacado denota o pretérito imperfeito do subjuntivo.

     .

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

     .

    Gabarito: Letra B


ID
2943208
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

De acordo com as regras de acentuação gráfica constantes do sistema ortográfico vigente na língua portuguesa, as palavras “vigário” e “funcionário”:

Alternativas
Comentários
  • (A)


    Ambas as palavras são  paroxítonas (cuja sílaba tônica é a penúltima) e terminadas em ditongo (no caso o ditongo é o "io").


    #FAVOR MANTER A VERSÃO ANTIGA DO SITE#

  • GABARITO: LETRA A

    >>> Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s). (vigárIO, funcionárIO)

    >>> logo as palavras são acentuadas pela regra das paroxítonas, salientando que tem bancas que a consideram como uma proparoxítona acidental ou eventual.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GABARITO: LETRA A.

    Vigário/Funcionário.

    >>> Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s). (vigárIO, funcionárIO)

    >>> logo as palavras são acentuadas pela regra das paroxítonas, salientando que tem bancas que a consideram como uma proparoxítona acidental ou eventual.

  • Letra A

  • Gabarito''A''.

    vi--rio / fun-ci-o--rio ===>As palavras são paroxítonas quando a penúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica:Regra de acentuação: Maioritariamente, as palavras paroxítonas não são acentuadas graficamente. Apenas são acentuadas graficamente as palavras paroxítonas terminadas em o-r, -l, -n, -x, -ps, -ã(s), -ão(s), -um(ns), -om(ns), -us, -i(s), -ei(s).

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Gabarito : A

    São acentuadas paroxítonas terminadas em ditongo crescente ou decrescente

  • Vigário: vi-gá-rio ou vi-gá-ri-o

    Fun-cio-ná-rio ou fun-ci-o-ná-ri-o

    As duas palavras podem ser admitidas como proparoxítona eventual. Sendo assim, ambas seriam polissílabas.Mas, vai na regra mais comum, digamos assim. Não obstante, que seria possível seria. E essa é a construção que está nos dicionários.

  • paroxítona terminada em ditongo crescente.

    #pas

  • De acordo com as regras de acentuação gráfica constantes do sistema ortográfico vigente na língua portuguesa, as palavras “vigário” e “funcionário”:

    Alternativas

    A

    obedecem à aplicação da mesma norma de acentuação.

    B

    são, ambas precisamente proparoxítonas.

    C

    são, ambas, oxítonas.

    D

    são, ambas, polissílabas

    E

    são classificadas de forma distinta, quanto à aplicação das regras de acentuação.


ID
2943211
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

De acordo com as regras vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, as palavras “embrulho” e “sossego”, presentes no texto, apresentam, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Embrulho- Dígrafo

    Sossego - Dígrafo

    Alternativa E

  • GABARITO: LETRA E

    A questão foi muito bem elaborada, ela pede de acordo com as palavras e respectivamente.

    >>> “EMBRULHO” e “SOSSEGO” --- êbrulo --- sosego --- logo temos: um dígrafo nasal EM (possui um som) --- BR (encontro consonantal perfeito --- na mesma sílaba) > SS (dígrafo --- somente um som)

    >>> eliminamos o hiato pois não temos hiato, ficamos entre D e E, como a questão pede respectivamente, vamos na letra "e", em que diz: dígrafo (ME) e dígrafo (SS).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Da série: questões mal feitas.

  • Embruyo

    y = lh

    Soçego

    ç = ss

  • Só acertei porque respondi uma questão da mesma banca recentemente e errei por falta de atenção. Essa banca costuma cobrar desse jeito desorganizado mesmo.

  • Em "embrulho" temos dígrafo vocálico: EM, encontro consonantal: BR e dígrafo consonantal: LH.

    Se eu estiver errado podem falar.

  • Vale salientar que a palavra EMBRULHO além de possuir 2 dígrafos (EM: dígrafo vocálico e LH: dígrafo consonantal) também possui um encontro consonantal "BR", pois trata-se de um encontro consonantal perfeito e inseparável.

     Obs: Jamais devemos confundir dígrafo com encontro consonantal, pois o dígrafo acontece quando duas letras formam apenas um som, podendo ser dígrafo consonantal (som de consoante ex: ss, rr, ch, nh, lh...) e dígrafo vocálico (vogal+m/n ocorrendo nasalisação). Já o encontro consonantal acontece com o encontro de duas consoantes, ambas pronunciadas.

    São nesses casos que temos marcar a alternativa que mais evidencia, como nessa palavra possui mais dígrafos do que encontro consonantal, marcamos a "menos errada" que é a alternativa E.

    Bons estudos!

  • EMBRULHO----> E-BRU-LYO ( TEMOS 2 DÍGRAFOS E 1 ENCONTRO DE CONSOANTES)

    GABARITO LETRA E

  • Essa questão é mais raciocínio lógico do que português. Na segunda palavra já sabemos que têm dígrafo, logo sobra só ítens D e E Como na primeira palavra não tem hiato sobra só a E, que é o Gabarito.
  • De acordo com as regras vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, as palavras “embrulho” e “sossego”, presentes no texto, apresentam, respectivamente,

    Alternativas

    A

    encontro consonantal e ditongo

    B

    ditongo e hiato

    C

    dígrafo e hiato

    D

    hiato e dígrafo

    E

    dígrafo e dígrafo


ID
2943214
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

A construção adiante transcrita servirá de base para a questão: “Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...”

De acordo com a observância das normas de colocação pronominal, a expressão verbal “nos negar” contém:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Mas não vamos nos negar esperanças, >>> PRÓCLISE --- antes do verbo >>> lembrando que o advérbio de negação "não" foi o fator atrativo do pronome.

    Dar-lhe-ia a rosa mais bela do universo >>> MESÓCLISE --- no meio do verbo >>> verbos no futuro.

    Amo-te por todos os dias >>> ÊNCLISE ---- depois do verbo. >>> regra primordial de colocação pronominal > não iniciamos frases com pronome.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Olá, Amigos!

    “Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...” 

    Temos uma locução verbal "vamos negar". Com locuções vale destacar:

    NÃO é palavra atrativa de Próclise somente para o primeiro verbo: NÃO NOS VAMOS NEGAR. Só estaria errado se houvesse hífen ligando o verbo ao pronome: NÃO VAMOS-NOS.

    Negar é verbo infinitivo e admite tanto a Próclise, quanto a Ênclise - como verbos no infinitivo NÃO há prevalência da próclise! Assim, como o pronome está solto (não ligado por hífen) é possível duas formas: Vamos NOS NEGAR (Pronome em próclise com o verbo Negar) ou Vamos negar-nos (Pronome em ênclise com o verbo Negar).

    RESUMO:

    NÃO NOS VAMOS NEGAR. CERTO

    NÃO VAMOS-NOS NEGAR. ERRADO

    NÃO VAMOS NOS NEGAR. CERTO

    NÃO VAMOS NEGAR-NOS. CERTO

    BONS ESTUDOS!

    VISITE MEU PERFIL DE ESTUDOS NO INSTAGRAM: @alineconcurseiraa

  • optou-se pela próclise em decorrência da palavra atrativa NÃO (advérbio de negação)

  • Palavra Atrativa

  • Perfeito o comentário da Aline Merilene!

  • A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:

    1 - Autor pela obra: 

    Gosto de ler Machado de Assis(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 

    2 - Inventor pelo invento: 

    Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.)

    3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: 

    Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.)

    4 - Lugar pelo produto do lugar: 

    Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.)

  • A construção MAS NÃO VAMOS NOS NEGAR está correta?

    Segundo Fernando Pestana (2013),

    Em locuções verbais, quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois do verbo principal (com hífen).

    Devo-lhe esclarecer o ocorrido. / Devo lhe esclarecer o ocorrido. / Devo esclarecer-lhe o ocorrido.

    Estavam-me chamando pelo rádio. / Estavam me chamando pelo rádio. / Estavam chamando-me pelo rádio.

    Havendo palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

    Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. / Não lhe posso esclarecer mais nada.

    Não estavam chamando-me. / Não me estavam chamando. 

    Dessa forma, o correto não seria?

    Mas não nos vamos negar ... / Mas não vamos negar-nos ...

  • às vezes afirmamos coisas com tanta voracidade, mas não vamos nos negar , outrossim, não vamos negar-nos que português é a causa de variados pontos de vista.... inclusive dos gramáticos.

  • GABARITO: LETRA D

    COMPLEMENTANDO:

    Próclise é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo (PRO = antes)

    Palavras que atraem o pronome (obrigam próclise):

    -Palavras de sentido negativo: Você NEM se preocupou.

    -Advérbios: AQUI se lava roupa.

    -Pronomes indefinidos: ALGUÉM me telefonou.

    -Pronomes interrogativos: QUE me falta acontecer?

    -Pronomes relativos: A pessoa QUE te falou isso.

    -Pronomes demonstrativos neutros: ISSO o comoveu demais.

    -Conjunções subordinativas: Chamava pelos nomes, CONFORME se lembrava.

    **NÃO SE INICIA FRASE COM PRÓCLISE!!!  “Me dê uma carona” = tá errado!!!

     

    Mesóclise, embora não seja muito usual, somente ocorre com os verbos conjugados no futuro do presente e do pretérito. É a colocação do pronome oblíquo átono no "meio" da palavra. (MESO = meio)

     

    Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

    Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano. 

    Ênclise tem incidência nos seguintes casos: 

    - Em frase iniciada por verbo, desde que não esteja no futuro:

    Vou dizer-lhe que estou muito feliz.

    Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério. 

    - Nas orações reduzidas de infinitivo:

    Convém contar-lhe tudo sobre o acontecido. 

    - Nas orações reduzidas de gerúndio:

    O diretor apareceu avisando-lhe sobre o início das avaliações. 

    - Nas frases imperativas afirmativas:

    Senhor, atenda-me, por favor!

    FONTE: QC

  • A questão exige conhecimento de colocação pronominal e que que digamos em qual classificação se encontra o pronome da frase em destaque.

    “Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...”

    a) uma metonímia

    A questão é sobre colocação pronominal, metonímia nada tem a ver com o assunto, é uma figura de palavra. INCORRETA.

    b) uma próclise e uma ênclise

    O pronome ou está em próclise ou em ênclise, agora está nas duas posições ao mesmo tempo não é possível. INCORRETA.

    c) uma mesóclise

    Não é mesóclise, pois acontece isso quando o pronome está intercalado com o verbo. INCORRETA.

    d) uma próclise

    Na frase temos um caso de locução verbal. Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo, havendo palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Contudo para o gramático Domingos Paschoal Cegalla é possível o uso em próclise entre os verbos quanto tiver palavra atrativa. CORRETA.

    Não vamos negar-nos

    Não nos vamos negar.

    Não vamos nos negar (como está a frase em tela, em próclise)

    e) uma ênclise

    Não temos o caso de ênclise no exemplo, para isso ocorrer o pronome deveria estar após o verbo. INCORRETA.

    GABRITO D

  • A construção adiante transcrita servirá de base para a questão: “Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...”

    De acordo com a observância das normas de colocação pronominal, a expressão verbal “nos negar” contém:

    Alternativas

    A

    uma metonímia

    B

    uma próclise e uma ênclise

    C

    uma mesóclise

    D

    uma próclise

    E

    uma ênclise


ID
2943217
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Ano Bom   

                                                      (Sérgio Porto)
 
       Felizmente somos assim, somos o lado bom da humanidade, a grande maioria, os de boa-fé. Baseado em nossa confiança no destino, em nossas sempre renovadas esperanças, é que o mundo consegue funcionar regularmente, deixando-nos a doce certeza – embora nossos incontornáveis amargores – de que viver é bom e vale a pena. E nós – graças às três virtudes teologais, às quais nos dedicamos suavemente, sem sentir, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; graças a elas, achamos sinceramente que o ano que entra é o Ano-Bom, tal como aconteceu no dezembro que se foi e tal como acontecerá no dezembro que virá. 

      Todos com ar de novidade, olhares onde não se esconde a ansiedade pela noite de 31, vamos distribuindo os nossos melhores votos de felicidades: 

      - Boas entradas no Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      E os dois que se reciprocaram tão belas entradas seguem os seus caminhos, cada qual para o seu lado, com um embrulho de presentes debaixo do braço e um mundo de planos na cabeça.  

      Ninguém duvida de que este, sim, é o Ano-Bom. 

      Pois se o outro não foi! 

      E mesmo que tivesse sido, já não interessa mais – passou. E como este é o que vamos viver, este é o bom. Ademais, se é justo que desejemos dias melhores para nós, nada impede àqueles que foram felizes de se desejarem dias mais venturosos ainda. Por isso, lá vamos todos pródigos em boas intenções, distribuindo presentes para alguns, abraços para muitos e bons presságios para todos. 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      A mocinha comprou uma gravata de listras, convencida pelo caixeiro de que o patrão era discreto. O rapaz comprou o perfume que o contrabandista jurou que era verdadeiro. Senhoras, a cada compra feita, tiram uma lista da bolsa e riscam um nome. Homens de negócios se trocarão aquelas cestas imensas, cheias de papel, algumas frutas secas, outras não, e duas garrafas de vinho, se tanto. Ao nosso lado, no lotação, um senhor de cabeça branca trazia um embrulho grande, onde adivinhamos um brinquedo colorido. De vez em quando ele olhava para o embrulho e sorria, antegozando a alegria do neto. 

      No mais, os planos de cada um. Este vai juntar dinheiro, aquele acaricia a possibilidade de ter o seu longamente desejado automóvel. Há ainda uma jovem que ainda não sabe com quem, mas quer casar. Há um homem e o seu desejo, uma mulher e a sua esperança. Uma bicicleta para o menininho, boneca que diz “mamãe” para a garotinha; letra “O” para o funcionário; viagens para Maria; uma paróquia para o senhor vigário; um homem para Isabel – a sem pecados; Oswaldo não pensa noutra coisa; o diplomata quer Paris; o sambista um sucesso; a corista uma oportunidade; muitos candidatos vão querer a presidência; muitas mães querem filhos; muitos filhos querem um lar; há os que querem sossego; d. Odete, ao contrário, está louca pra badalar; fulano finge não ter planos; por falta de imaginação, sujeitos que já têm, querem o que têm em dobro, e, na sua solidão, há um viúvo que só pensa na vizinha. 

      Todos se conhecem com maior ou menor grau de intimidade e, quando se encontram, saúdam-se: 

      - Boas entradas de Ano-Bom! 

      - Igualmente, para você e todos os seus. 

      Felizmente somos assim. Felizmente não paramos para meditar, ter a certeza de que este não é o Ano-Bom porque é um ano como outro qualquer e que, através de seus trezentos e sessenta e cinco dias, teremos que enfrentar os mesmos problemas, as mesmas tristezas e alegrias. Principalmente erraremos da mesma maneira e nos prometeremos não errar mais, esquecidos de nossos defeitos e virtudes, os defeitos e virtudes que carregaremos até o último ano, o último dia, a última hora, a hora de nossa morte... amém! 

      Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; nem nos neguemos o arrependimento de nossos erros, embora, no ano novo, voltemos a errar da mesma forma, o que é mais humano ainda. 

      Recomeçar, pois – ou, pelo menos, o desejo sincero de recomeçar -, a cada nova etapa, com alento para não pensar que, tão pronto estejam cometidos todos os erros de sempre, um outro ano virá, um outro Ano-Bom, no qual entraremos arrependidos, a fazer planos para o futuro, quando tudo acontecerá outra vez. 

      Até lá, no entanto, teremos fé, esperança e caridade bastante para nos repetirmos mutuamente: 

      - Boas entradas de Ano-Bom!

      - Igualmente, para você e todos os seus.
 
Porto, Sérgio. O homem ao lado: crônicas / Sérgio Porto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

A construção adiante transcrita servirá de base para a questão: “Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...”  

 


A conjunção “porque” estabelece, entre as orações da construção, uma relação de: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano; >>> observamos que pode ser substituído por "pois" e está explicando algo dito anteriormente.

    Porém, as classificações causal e explicativa são justamente de ordem semântica e interpretativa. Incluem as conjunções porque, pois, porquanto, que no conjunto das conjunções coordenativas explicativas, com a descrição «ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira»; as mesmas conjunções são classificadas como subordinativas causais e elas «iniciam uma oração subordinada denotadora de causa».

    A) Eu fiquei sonolento, porque trabalhei muito na noite anterior. – O fato de eu ter trabalhado muito gerou uma consequência: eu fiquei sonolento. Se gerou consequência, posso dizer que é uma causa.

    (B) Aquele rapaz deve trabalhar de madrugada, porque está sempre sonolento durante o dia. – Ele trabalhar de madrugada não é uma consequência de ele estar sempre sonolento, mas apenas uma constatação. A oração iniciada pela conjunção apenas explica o porquê de ter-se chegado a tal constatação.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GAB C

    Porque (junto) = explicação

  • pois antes do verbo explicativa

    pois depois do verbo conclusiva

  • Porque ou pois em início de oração tem função de explicação.

  • Gabarito''C''.

    Porque (junto, sem acento): É uma conjunção, portanto estará ligando duas orações, indicando causa (= já que), explicação (= pois) ou finalidade (= para que).

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Aprendi aqui com os mestres do QC... e nunca mais errei...

    pois entre virgulas,CONCLUSIVO!

    pois sem virgula, EXPLICATIVO!

  • Repare: o ''porque'' está dando uma ideia de ''pois''

    Nesse caso é possível resolver a questão com a seguinte ideia

    Oração por coordenação sindética

    Conclusiva: Ideia de conclusão ( logo, portanto por isso...)

    Explicativa: Ideia de explicação

    Há um conectivo utilizado pelos dois: ''Pois''

    Quando saber se é ''pois'' conclusivo ou explicativo?

    Simples! Veja que...

    Explicativa: ''Pois'' quando vem antes da segunda oração

    Conclusiva: ''Pois'' quando aparece depois da segunda oração

    Ora, mas por quê a resposta não é a letra ''C''?

    Resposta: Na questão é encontrado o verbo ''ir''(vamos) antes do verbo negar que nos remete a lembrar sobre locuções verbais. O verbo ''ir'' é um verbo auxiliar e se está antes de um verbo, teremos uma locução verbal. Logo, teremos apenas 1 VERBO.

    Ex: ''Tive que ir na rua para comprar maçãs''

    Ir (verbo auxiliar) + comprar = Locução verbal

    Frase do texto :

    '' Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...”

    Ir +negar = locução verbal

    ''Porque'' com função de ''pois'' está antes da segunda oração cuja o verbo é: ''' (ser)

    Aqui tenho alguns dos verbos auxiliares:

    Ter/ Haver/ Dever/Ir/ Ser/Poder/Começar/ Chegar/Voltar

    Só mais uma dica: Eu não sei vocês, mas acho muito difícil criar associações mnemônicas para decorar alguns termos. Infelizmente eu ainda não consegui ou achei com os verbos auxiliares, mas eu achei uma com os principais verbos de ligação.

    Verbos de ligação: CAFESPP

    C - continuar

    A - andar

    F - ficar

    E - estar

    S - ser

    P - parecer

    P - permanecer

    Bom, espero ter ajudado. Bons estudos!

  • GABARITO::::::::C) explicação

  • A questão é sobre o uso do porque e quer saber a relação que a conjunção estabelece em "Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...". Vejamos:

     .

    A) finalidade

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    B) conclusão

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) explicação

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     .

    D) negação

    Não há conjunção com valor de negação.

     .

    E) consequência

    Conjunções subordinativas consecutivas: têm valor semântico de consequência, resultado, produto...

    São elas: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...

    Ex.: Estudou tanto que passou na prova.

     .

    Gabarito: Letra C

  • A construção adiante transcrita servirá de base para a questão: “Mas não vamos nos negar esperanças, porque assim é que é humano;...”  

     

    A conjunção “porque” estabelece, entre as orações da construção, uma relação de: 

    Alternativas

    A

    finalidade

    B

    conclusão

    C

    explicação

    D

    negação

    E

    consequência


ID
2943220
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Numa apreensão histórica, sabe-se que o Serviço Social emerge como uma profissão com aportes mais doutrinários que científicos. A ação profissional dirige-se, num primeiro momento, ao desenvolvimento moral da família operária, concebida enquanto “clientela” do Serviço Social. Sobre as bases que informam as origens da profissão no Brasil, assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) Dentre as principais referências desse período, destacam-se o discurso humanista-conservador, a filosofia neotomista e os documentos da Doutrina Social da Igreja.

( ) O sujeito-alvo da intervenção profissional era composto, fundamentalmente, por mulheres e crianças.

( ) Logo nos primórdios, a profissão incorpora a necessidade da formação (doutrinária e social) enquanto alternativa profissionalizante às atividades do apostolado social.

( ) Atuando através do Estado e de entidades filantrópicas privadas, o Serviço Social orientava-se, à época, por uma análise totalizante da proteção legal e assistencial.

Qual das alternativas abaixo corresponde à sequência correta?

Alternativas
Comentários
  • Verdadeiro Dentre as principais referências desse período, destacam-se o discurso humanista-conservador, a filosofia neotomista e os documentos da Doutrina Social da Igreja.

    Verdadeiro O sujeito-alvo da intervenção profissional era composto, fundamentalmente, por mulheres e crianças.

    Verdadeiro Logo nos primórdios, a profissão incorpora a necessidade da formação (doutrinária e social) enquanto alternativa profissionalizante às atividades do apostolado social.

    Falso Atuando através do Estado e de entidades filantrópicas privadas, o Serviço Social orientava-se, à época, por uma análise totalizante da proteção legal e assistencial. 


ID
2943223
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A trajetória do Serviço Social brasileiro entre as décadas 1930 e 1950 aponta para o predomínio de um comportamento essencialmente conservador. Somente no trânsito 1950-1960 é que se registram as primeiras polêmicas de relevo no meio profissional, cujas posições questionavam o status quo e a prática profissional em voga, isto é, o Serviço Social “tradicional”. A propósito dos elementos históricos que compõem esse momento da profissão, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Vale lembrar que nesse período o serviço social sofreu influências da ala progressista da Igreja Católica ligada à Teologia da Libertação, movimento que conferiu uma nova configuração à relação religião e politica.

  • Letra C está correta

    No plano político interno, essas polêmicas no interior da profissão não coincidem com a intensificação da radicalização política que encontra em seu desfecho uma expressiva alteração na correlação de forças com o Golpe de Estado de 1964.

  • Eu nunca tinha ouvido falar dessa ''esquerda cristã'', se alguém souber me falar a referência disto, fico grata.


ID
2943226
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

José Paulo Netto, em Ditadura e Serviço Social (1990), identifica três direções intrínsecas ao processo de renovação profissional no Brasil. São elas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    Os três direcionamentos construídos por grupos de assistentes sociais no Brasil, registram três momentos que condensam suas reflexões teóricas: na segunda metade dos anos de 1960 desenvolveu-se a perspectiva modernizadora; em meados da década de 1970 registra-se a reatualização do conservadorismo; na abertura dos anos de 1980 encontram se sistematizações da intenção de ruptura com o Serviço Social tradicional.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Modernizadora - Positivista

    Reatualização- Fenomenológica

    Intenção de ruptura- Marxismo

  • Art. 7.

    ''§2, I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;

    § 6 A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.''


ID
2943229
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A perspectiva de “intenção de ruptura” emerge, inicialmente, do quadro universitário na primeira metade dos anos 1970. Possui como substrato nuclear uma crítica sistemática ao desempenho tradicional e aos suportes teóricos, metodológicos e ideológicos até então utilizados pelo Serviço Social brasileiro. Sobre essa vertente do processo de renovação profissional, analise os seguintes itens:
 
I. Desenvolve-se com maior ênfase a partir da crise da Ditadura Empresarial-Militar.

II. Amplia sua inserção na profissão nos anos 1980, em sintonia com a dinâmica geral processada na relação entre Estado e sociedade no Brasil.

III. Exprime as aproximações do Serviço Social à tradição fenomenológica.

IV. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil , publicado em 1982, de autoria de Marilda V. Iamamoto e Raul de Carvalho, constitui um marco teórico do amadurecimento da “intenção de ruptura”.

 
Estão CORRETOS os itens: 

Alternativas
Comentários
  • SR. ARTHUR,

    PERSPECTIVA MODERNIZADORA= POSITIVISTA

    REATUALIZAÇÃO: FENOMENOLÓGICA

    INTENÇÃO DE RUPTURA: MARXISMO

    SERIA BOM SE TODOS OS CONTRIBUINTES REVISASSEM SUAS RESPOSTAS. ACABA CONFUNDINDO.

  • O Arthur respondeu correto, ele colocou em vermelho a única questão incorreta.

  • III. Exprime as aproximações do Serviço Social à tradição fenomenológica. (marxismo)

  • Paula Natalice, a Cinha Figueiredo está correta. O Artur corrigiu afirmando que a fenomenologia é na perspectiva modernizadora. Porém a fenomenologia acontece na perspectiva de retualização do conservadorismo.

  • Estão CORRETOS os itens:

    I, II e IV.

  • Gab.: LETRA A

    A Suelen está correta! O Arthur de fato se confundiu, o correto seria que a FENOMENOLOGIA ocorre na REATUALIZAÇÃO DO CONSERVADORISMO.


ID
2943232
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No que diz respeito ao conhecimento científico, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A questão pede a afirmativa incorreta.

    Idade Média e Idade Moderna construíram um mesmo entendimento sobre o conhecimento científico, praticando-o da mesma forma.

    >>> o entendimento foi construído de formas distintas.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2943235
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A teoria é , para Marx , a reprodução ideal do movimento real do objeto pelo sujeito que pesquisa: pela teoria, o sujeito reproduz em seu pensamento a estrutura e a dinâmica do objeto que pesquisa. E estar e produção ( que constitui propriamente o conhecimento teórico ) será tanto mais correta e verdadeira quanto mais fiel o sujeito for ao objeto”. (NETTO, 2009, p 07).


Em concordância com o conteúdo dessa citação, no que alude à concepção teórico-metodológica de Marx, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A teoria é a reprodução, no plano do pensamento do movimento real do objeto. Não movimento ideal.

  • A teoria é a reprodução, no plano do pensamento, do movimento ideal (REAL) do objeto.


ID
2943238
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O positivismo moderno, entendido enquanto tradição do pensamento e método científico, é filho legítimo da “filosofia das luzes”. Emerge contra o controle do conhecimento pela classe dominante da época e desenvolve-se no seio da modernidade. Atenciosamente, leia as seguintes assertivas sobre essa corrente do pensamento:

I. A hipótese fundamental do pensamento positivista é a de que a sociedade humana é regulada por leis naturais, ou por leis que têm todas as características de leis naturais, invariáveis, independentes da vontade e da ação humana.

II. Os métodos e os procedimentos para conhecer a realidade devem ser exatamente os mesmos utilizados para conhecer a natureza, com base na ideia de “harmonia natural”. Portanto, a metodologia das ciências sociais deve ser análoga à das ciências da natureza.

III. A concepção positivista é aquela que afirma a necessidade e a possibilidade de uma ciência social construir vínculos com as classes sociais, com as posições políticas, com os valores morais, ideologias e visões de mundo.

IV. Valores ou posições ideológicas, no pensamento positivista, são vistos como prejuízo à verdade científica.


Indique a alternativa que corresponde às afirmações CORRETAS:

Alternativas

ID
2943241
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O exercício profissional do/a assistente social configura-se, hoje, pela articulação entre três dimensões: teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa. Esta última, a técnico-operativa, é entendida por Guerra (2012) como a razão de ser da profissão, pois remete de modo direto às competências instrumentais pelas quais a profissão é reconhecida e legitimada. A propósito da dimensão técnico - operativa , é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    Vamos pontuar alguns traços da instrumentalidade, tão bem esmiuçada por Guerra:

    >>> depende da realidade apresentada.

    >>> instrumentos e técnicas pertencem ao campo da "instrumentalidade", porém é algo que vai mais além.

    >>> possui um caráter crítico em favor de uma classe desfavorecida pelo capitalismo, logo nega completamente um caráter neutro.

    >>> deve ser considerada em um conjunto com todas as dimensões: ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2943244
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

“O Assistente Social atua no campo social a partir de aspectos particulares da situação de vida da classe trabalhadora, relativos a saúde, moradia, educação, relações familiares , infraestrutura urbana etc . É a partir dessas expressões concretas das relações sociais no cotidiano da vida dos indivíduos e grupos que o profissional efetiva sua intervenção” (IAMAMOTO, 2011, p. 123).

Das alternativas abaixo, assinale a que NÃO CORRESPONDE à apreensão histórico-crítica do cotidiano contida na reflexão de Iamamoto (2011):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A compreensão teórica do cotidiano se reduz aos aspectos mais aparentes e rotineiros da ação profissional.

    >>> não se reduz somente aos aspectos aparentes, devemos apreender a realidade em sua totalidade, sendo profissionais críticos e propositivos, capazes de descortinar os fatos aparentes, indo além.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2943247
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Constituem princípios fundamentais do atual Código de Ética da/o Assistente Social, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Defesa intransigente dos direitos humanos, do arbítrio e do autoritarismo.

    >>> A alternativa abrange que devemos defender também o autoritarismo e o arbítrio >>> pelo contrário, devemos combater constantemente.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Letra B

    Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;

  • RENÚNCIA DE RECEITA

    Art. 14 da LRF – Haverá renúncia de receita sempre que se fizer presente algum benefício de natureza fiscal ou tributária, cujo resultado seja a redução dos ingressos nos cofres públicos.

    Condições para que a Administração Renuncie Receitas:

    a) Deve Apresentar Estimativa de Impacto Orçamentário Financeiro – O objetivo é demonstrar que a perda de determinado nível de receita não irá impactar negativamente o orçamento, e mais, esse demonstrativo deve considerar o impacto no período médio, que não abranja unicamente o exercício de concessão da renúncia, mas também os 2 seguintes.

    b) Deve ser observada a LDO, essa exigência visa a garantia de que as metas e objetivos da administração para o exercício seguinte sejam cumpridos, bem como essa exigência tem como objetivo de que a necessidade da receita renunciada não afete as diretrizes estabelecidas para a elaboração da LOA.

    São Duas Condições que devem estar presentes conjunta ou separadamente (e/ou):

    Demonstrar que a Renúncia está contemplada na LOA, não havendo prejuízo às metas estabelecidas no anexo da LDO (anexo de metas fiscais).

    Criação de Medidas de Compensação. Essas Medidas de Compensação em razão do aumento de receita, proveniente do aumento ou instituição do tributo. Neste caso, o benefício que resultar na renúncia de receita apenas entrará em vigor a partir do momento que implementada a medida de compensação, a partir do momento em que é implementado o tributo.

    NÃO haverá necessidade de observar os Requisitos para Renúncia de Receita, quando:

    a) Houver alteração de alíquota de impostos extrafiscais;

    b) Caso de Cancelamento de Débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.


ID
2943250
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre os direitos e as responsabilidades gerais da/o assistente social, em conformidade com os princípios ético-político que hoje direcionam a profissão, analise as assertivas abaixo, indicando V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Constitui direito do/a assistente social a inviolabilidade do local de trabalho e de seus respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional.

( ) É direito do/a assistente social o pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população.

( ) É facultado ao profissional em exercício utilizar seu número de registro no Conselho Regional (CRESS).

( ) É vedado ao/à assistente social praticar e ser conivente com condutas antiéticas, crimes ou contravenções penais na prestação de serviços profissionais, com base nos princípios do atual Código de Ética, mesmo que estes sejam praticados por outros/as profissionais.

A sequência correta é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    É facultado ao profissional em exercício utilizar seu número de registro no Conselho Regional (CRESS).

    >>> Errado: É OBRIGATÓRIO e não facultado.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2943253
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Constituem atribuições privativas do/a assistente social, conforme a lei de regulamentação da profissão (8662/92), EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    Temos, na letra "e", uma competência (os assistentes sociais realizam, mas outros profissionais também podem realizar).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

           I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;

           II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;

           III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;

           IV - ;

           V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;

           VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;

           VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;

           VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo;

           IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;

           X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social;

           XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.

  • Vamos começar de trás para frente. Pela letra “e”.

    Planejar, organizar e administrar benefícios.

    Essa poderia ser uma competência, mas não uma atribuição privativa. Visto que não necessariamente se deve ser assistente social para planejar um benefício. Existem outras variáveis além da social para serem consideradas.

    Todas as outras alternativas estão de acordo com o art. 5º da lei 8662/93.

    Resposta: LETRA E


ID
2943256
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A elaboração do Código de Ética de 1993, em vigor até os dias de hoje, fez recurso à uma determinada concepção teórico-metodológica. Isto se expressa no conteúdo de prescrições legais contidas no principal documento que norteia a ação profissional. Assinale a alternativa condizente a essa referência:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Na última vertente do movimento de Reconceituação temos um modelo denominado: intenção de ruptura, marcado pelos pensamentos da teoria social crítica elabora por Marx, teoria que foi responsável pela ideologia predominante e que fez nascer o código de ética de 1993. Importante apontar que é marcado por um pluralismo, logo não temos somente esse pensamento, ou seja, ele não é hegemônico.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Letra B

    Teoria Social Crítica


ID
2943259
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As respostas das classes dominantes à crise capitalista contemporânea têm readequado a seguridade social – as políticas de assistência, previdência e saúde – às novas necessidades do grande capital. Segundo Mota (2010), esta é a razão maior da definição de um conjunto de prescrições intituladas de “ajustes” e “reformas”, particularmente nos países periféricos, como é o caso do Brasil. Assinale a alternativa que reflete tendências da seguridade social nos anos 2000:

Alternativas
Comentários
  • https://youtu.be/_EEcR_cYRi4

  • https://youtu.be/_EEcR_cYRi4

  • Privatização-mercantilização dos serviços sociais e despolitização das desigualdades sociais de classe.

  • "A tendência atual das políticas públicas é a da privatização e mercantilização dos serviços públicos nos setores saúde, previdência (reformas) e educação, e a expansão da assistência social, particularmente dos programas de renda mínima de sobrevivência. Nesta perspetiva, os investimentos em programas assistenciais focalizados e condicionados se fazem em oposição aos gastos com políticas sociais universais e estão longe de indicar um novo modelo de desenvolvimento social para o Brasil e demais países latinoamericanos, mas têm sido úteis na dinamização dos mercados internos, na legitimidade social da classe dominante e na administração dos conflitos sociais."

    Fonte:

  • As políticas que integram a seguridade social brasileira, longe de formarem um amplo e articulado mecanismo de proteção, adquiriram a perversa posição de conformarem uma unidade contraditória: enquanto a mercantilização da saúde e da previdência precariza o acesso aos benefícios e serviços, a assistência social se amplia, transformando-se num novo fetiche de enfrentamento à desigualdade social.

    Ao conhecer o discurso do Estado e das organizações empresariais e de trabalhadores, deparamo-nos com dois argumentos centrais: o da privatização e a defesa da expansão da assistência social. Considerado o lapso de tempo decorrido desde a realização daquela pesquisa é possível constatar que aquela tendência dos anos 1990 se concretizou.

    Desde então, vimos acompanhando o surgimento das mediações políticas que permitiram tal ocorrência e que se expressam em discursos eivados de recorrências morais como “reparar injustiças”, “combater marajás da seguridade”, “acabar com a fome”, “incluir os excluídos”, todos em nome da cidadania, da democracia e da justiça social, plasmando o que Neves conceituou de repolitização da política pelas classes dominantes e seu Estado.

    Mas não é isso que a realidade está apresentando: de um lado, o mercado passa a ser uma mediação explícita; de outro, a expansão da assistência recoloca duas novas questões: o retrocesso no campo dos direitos já consolidados na esfera da saúde e da previdência e a relação entre trabalho e assistência social em tempos de desemprego e precarização do trabalho.

    Sob esta perspectiva, aloja-se a despolitização das lutas e do caráter classista das desigualdades sociais, que passam a ser entendidas ora como exclusão, ora como evidência da desfiliação em relação à proteção estatal, ambas confluindo na defesa de estratégias de inclusão e inserção, permitindo que o existente se transforme em “ideal” e sitiando, assim, a construção de projetos societais.

    MOTA, A. E. Serviço Social e Seguridade Social: uma agenda recorrente e desafiante.


ID
2943262
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Nos termos da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. É considerado um serviço da proteção básica:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    O SCFV é um serviço da Proteção Social Básica do SUAS que é ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias realizado por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) e do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).

    O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) realiza atendimentos em grupo. São atividades artísticas, culturais, de lazer e esportivas, dentre outras, de acordo com a idade dos usuários.

    É uma forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais, coletivas e familiares.

    Força, guerreiros(as)!!

  • https://youtu.be/_EEcR_cYRi4

  • São considerados serviços de proteção Social básica:

    • Programa de Atenção Integral às Famílias.

    • Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento da pobreza.

    • Centros de Convivência para Idosos.

    • Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar, ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos das crianças.

    • Serviços socioeducativos para crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 6 a 24 anos, visando sua proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

    • Programas de incentivo ao protagonismo juvenil, e de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

    • Centros de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos.

    São considerados serviços de média complexidade:

    • Serviço de orientação e apoio sociofamiliar.

    • Plantão Social.

    • Abordagem de Rua.

    • Cuidado no Domicílio.

    • Serviço de Habilitação e Reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência.

    • Medidas socioeducativas em meio-aberto (Prestação de Serviços à Comunidade – PSC e Liberdade Assistida – LA).

    Os serviços de proteção social especial de alta complexidade são:

    • Atendimento Integral Institucional.

    • Casa Lar.

    • República.

    • Casa de Passagem.

    • Albergue.

    • Família Substituta.

    • Família Acolhedora.

    • Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, internação provisória e sentenciada).

    • Trabalho protegido.


ID
2943265
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

 “A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas ” ( BRASIL , 1993).
 
 
Considerando as prerrogativas legais contidas na Lei Orgânica da Assistência Social (nº 8742/93), assinale a alternativa que NÃO corresponde aos objetivos de organização e gestão da assistência social: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Questão para o candidato marcar rindo:

    Desintegrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social. >>> não, pessoal. Vamos integrar e não desintegrar.

    Força, guerreiros(as)!!

  • L8742

    Art. 6 A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos:

    I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva;           

    II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6-C;

    III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social;

    IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;

    V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;

    VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e

    VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. 

  • com atenção e muita cautela as coisas acontecem em uma prova de concurso simples assim


ID
2943268
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Assegurado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), o Benefício de Prestação Continuada (BPC) consiste:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    De acordo com a Lei 8742/93 (LOAS):

    O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.

    Força, guerreiros(as)!!

  • na garantia de um salario mínimo ate a reforma da previdência bpc


ID
2943271
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A noção de cidadania não nasceu no mundo moderno, embora tenha encontrado nele sua máxima expressão, tanto teórica quanto prática. Segundo Coutinho (1999), as primeiras noções de cidadania, sobre o que significa ser cidadão, surgiram na Grécia Clássica, nos séculos V e IV a.C. No entanto, a teoria e a prática da cidadania entre os gregos clássicos estava longe de possuir uma dimensão universal . Sobre o desenvolvimento histórico da cidadania, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Nessa época na Grécia eram cidadães atenienses apenas os homens brancos eles decidiam a vida politica, com a luta pelo voto foi que a cidadania começou a ser debatida pelas classes de minorias... Houve a garantia legal desse direito para os demais indivíduos.

    Fonte: algum material de ética que eu li...


ID
2943274
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em conformidade com as Leis Orgânicas da Saúde, são princípios do Sistema Único de Saúde (SUS):

Alternativas
Comentários
  • Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no , obedecendo ainda aos seguintes princípios:

    I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

    II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

    III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

    IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

    V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

    VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;

    VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;

    VIII - participação da comunidade;

    IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:

    a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;

    b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;

    X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

    XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

    XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e

    XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

    XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a .          

  • fácil essa letra b


ID
2943277
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre a trajetória da previdência social brasileira, analise as assertivas abaixo:

( ) A Lei Elói Chaves, de 1923, representa um marco na história da previdência social brasileira. Esta normativa instituiu a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões, beneficiando categorias especificas da classe trabalhadora.

( ) O surgimento dos Institutos de Aposentadorias e Pensões data dos anos 1930, no governo de Getúlio Vargas. Com a criação dos Institutos, o governo mantinha sob o seu controle a concessão e as arrecadações das poupanças que resultavam nas aposentadorias e pensões.

( ) A Lei Orgânica da Previdência Social, de 1960, foi sancionada pelo Presidente Médici.

( ) Na trajetória da previdência social brasileira, os trabalhadores urbanos sempre tiveram os mesmos direitos que os trabalhadores rurais.

Assinale a sequência CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A Lei Orgânica da Previdência Social, de 1960, foi sancionada pelo Presidente Médici. ERRADO. FOI POR GETÚLIO VARGAS

  • FOI SANCIONADA PELO PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHEK. ONDE ESTE SE ENCONTRAVA NO PODER 31 de janeiro de 1956 – 31 de janeiro de 1961

  • Opção1: CORRETA

    Opção 2: CORRETA

    Opção 3: ERRADA> A Lei Orgânica da Previdência Social, de 1960, foi sancionada pelo Presidente Juscelino Kubitscheck (Lei 3.807/60).

    Médici (1969-1974), Tal figura fez parte do processo histórico do governo militar (1964-1985).

    Opção 4> ERRADA> Na trajetória da previdência social brasileira, os trabalhadores urbanos NÃO tiveram os mesmos direitos que os trabalhadores rurais.

    Referência acerca da trajetória da Previdência Social no Brasil: Previdência Social no Brasil de Maria Lucia Lopes da Silva

    Gabarito: A


ID
2943280
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

São benefícios previdenciários assegurados por lei, EXCETO:

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  • GABARITO: LETRA E

    Benefícios operacionalizados pela previdência:

    Aposentadoria por invalidez

    Aposentadoria por idade

    Aposentadoria por tempo de contribuição

    Aposentadoria especial

    Auxílio-doença

    Salário-família

    Salário-maternidade

    Auxílio-acidente

    Pensão por morte

    Auxílio-reclusão

    Reabilitação profissional

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2943283
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A ação organizada dos movimentos sociais, no campo e na cidade, confere visibilidade às denúncias sobre as contradições sociais e econômicas vivenciadas por certa sociedade. No Brasil, uma dessas contradições mais alarmantes é o elevado nível de concentração de terras. Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) diagnosticam a expansão dos latifúndios. Em 2003, 58 mil propriedades concentravam 133 milhões de hectares improdutivos. Em 2010, eram 69,2 mil propriedades improdutivas, controlando 228 milhões de hectares. Um conjunto de movimentos sociais do campo reage a esse quadro. Suas pautas remetem à condição do trabalhador rural, à reforma agrária e algumas outras importantes transformações sociais. São exemplos desses movimentos sociais do campo:

Alternativas

ID
2943286
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A dimensão ética informa um dos pilares do Serviço Social brasileiro. Com referência numa abordagem histórico-crítica, entende-se que as determinações dessa dimensão “[...] são mediadas pelo conjunto de necessidades e possibilidades, de demandas e respostas que legitimam a profissão na divisão social do trabalho da sociedade capitalista, marcando a sua origem e a sua trajetória histórica” (BARROCO, 2009, p. 12).

Sobre os fundamentos da ética profissional, analise as assertivas abaixo:

I. A ética profissional se objetiva como ação moral , através da prática profissional, como normatização de deveres e valores , através do Código de Ética Profissional, como teorização ética, através das filosofias e teorias que fundamentam sua intervenção e reflexão e como ação ético - política .

II. A moral profissional diz respeito à relação entre a ação profissional do indivíduo singular (derivada de comportamento prático objetivador de decisões, escolhas, juízos e ações de valor moral), os sujeitos nela envolvidos e o produto concreto da intervenção profissional.

III. O que afere materialidade à consciência ética dos profissional é o pertencimento a um projeto profissional que possa responder aos seus ideais, projeções profissionais e societárias, enquanto profissionais, cidadãos e categoria organizada.

IV. A ética também se objetiva através do Código de Ética, entendido enquanto um conjunto de valores e princípios, normas morais, direitos, deveres e sanções. Normativa instrutora do comportamento individual dos profissionais, dirigido à regulamentação de suas relações éticas com a instituição de trabalho, com outros profissionais, com a população usuária e com o conjunto das entidades da categoria profissional.

Assinale a sequência correta:

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  • GABARITO LETRA A


ID
2943289
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Ocorrida em 1986, entrou para a história como um dos momentos cruciais da luta pela universalização da saúde no Brasil. Contou com a participação de diversos segmentos sociais implicados na transformação dos serviços de saúde. Reuniu pesquisadores, profissionais da área de saúde, movimentos populares, movimento sindical, dentre outros. Trata-se de um evento que impulsionou a reforma sanitária, angariando maior legitimação com a promulgação da Constituição Federal de 1988:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    "As Conferências de Saúde sempre foram fundamentais para a democratização do setor. Em 1986 foi realizada a histórica 8ª Conferência Nacional de Saúde, cujo relatório final serviu como subsídio para os deputados constituintes elaborarem o artigo 196 da Constituição Federal - "Da Saúde". A partir da promulgação da Constituição, em 1988, a saúde ganhou rumos diferentes com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 28 de dezembro de 1990, a Lei n.° 8.142 instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde, instâncias de Controle Social."

    http://conselho.saude.gov.br/apresentacao/historia.htm

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2943292
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Esperança - PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No interior das elaborações da tradição marxista no Serviço Social, tornou-se praticamente consensual o entendimento de que a “questão social” expressa o conjunto das desigualdades (sociais, políticas, econômicas e culturais) resultantes do modo pelo qual o capitalismo produz e distribui a riqueza socialmente produzida. Iamamoto (2009), tomando por base essa afirmação, assinala que a inserção do neoliberalismo no Brasil e no mundo provocou:

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  • GABARITO: LETRA B

    Primeiro: não existe "nova questão social." Existem o agudizamento da questão social gerando novas expressões e não uma nova questão social.

    Desse modo, as transformações ocorridas se expressam na intensificação da exploração do trabalho, caracterizada por novos ritmos de trabalho e pela flexibilização, nas inovações tecnológicas com introdução de novos padrões e hábitos de consumo, assim como as metamorfoses nos processos e relações de trabalho.

    É neste terreno árido e conflituoso que subsiste a exigência de novas requisições para a classe trabalhadora, corroborando para a radicalização da questão social em suas diversas expressões.

    Força, guerreiros(as)!!

  • "As transformações ocorridas se expressam na intensificação da exploração do trabalho, caracterizada por novos ritmos de trabalho e pela flexibilização, nas inovações tecnológicas com introdução de novos padrões e hábitos de consumo, assim como as metamorfoses nos processos e relações de trabalho.

    É neste terreno árido e conflituoso que subsiste a exigência de novas requisições para a classe trabalhadora, corroborando para a radicalização da questão social em suas diversas expressões."

    Fonte: QUESTÃO SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS DO TRABALHO PROFISSIONAL

  • Significado de Radicalizar

    Tornar algo, alguém ou a si mesmo radical, de atitudes ou consequências extremas: os advogados radicalizaram seus argumentos; os trabalhadores radicalizaram e começaram uma greve; as reivindicações não foram atendidas e a manifestação radicalizou-se.

     

    FONTE: https://www.dicio.com.br/radicalizar/

     

     

    1. Refluxo

    Significado de Refluxo Por Dicionário inFormal 

    S.m.
    1. Ato ou efeito de refluir


    2. Movimento de volta da maré, se afastando da margem
    3. [Medicina] Distúrbio que consiste no retrocesso de um líquido para o canal natural: refluxo esofagiano.
    4. Figurado. Retrocesso

     

    FONTE: https://www.dicionarioinformal.com.br/refluxo/

  • GAB. B

    A inserção do neoliberalismo no Brasil e no mundo, em um contexto de mundialização do capital sob a hegemonia financeira, trouxe significativas alterações nas relações de trabalho, a desigualdade entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social, entre a expansão das forças produtivas e as relações sociais na formação capitalista.

    Assim, o que se observa é uma disparidade: a modernidade das forças produtivas do trabalho social convive com padrões retrógrados nas relações no trabalho, o que faz com que haja uma radicalização da questão social.

    FONTE;ESTRATÉGIA.