SóProvas



Prova Instituto Consulplan - 2019 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Agente de Combate de Endemias


ID
5384098
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

De acordo com as ideias e reflexões evidenciadas no texto, podemos inferir que o autor:

Alternativas

ID
5384101
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

O título do texto “Todo filho é pai da morte de seu pai” pode ser fundamentado e legitimado pela seguinte afirmativa retratada no texto:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D.

    A frase "todo filho é pai da morte de seu pai" significa que no momento da morte de um pai, há uma troca de papeis em que os filhos se tornam responsáveis pelos pais.


ID
5384104
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

Considerando a significação das palavras dispostas no texto, assinale a relação INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • gabarito para não assinantes: C. Derradeiros = últimos

ID
5384107
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

Em “Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.” (14º§), o termo destacado denota ideia de:

Alternativas
Comentários
  • A questão é de morfologia e quer saber o valor semântico da conjunção destacada em “Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.” (14º§) . Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e fazem que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Escolha.

    Errado.

    Conjunções coordenativas alternativas: têm valor semântico de alternância, escolha ou exclusão.

    São elas: ou... ou, ora... ora, já.. já, seja... seja, quer... quer, não... nem...

    Ex.: Ora estudava, ora trabalhava. Seja concursado, seja concurseiro, todos merecem respeito.

     .

    B) Condição.

    Errado.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     .

    C) Afirmação.

    Errado. Não existe conjunção com valor de "afirmação".

     .

    D) Explicação.

    Certo. "Pois" é uma conjunção

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, pois já é tarde.

     .

    Gabarito: Letra D

  • Conjunções explicativas: pois, porque, visto que, já que, porquanto.

    Gab D


ID
5384110
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

No trecho “Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez.” (7º§), a palavra “curiosamente” exprime circunstância de:

Alternativas
Comentários
  • Modo que se fica.

  • Gab. A

    Advérbio de Modo.

    Desse modo, desse jeito - curiosamente

  • A questão é sobre advérbios e quer saber a circunstância que exprime a palavra "curiosamente" em “Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez.” (7º§) . Vejamos:

     .

    Advérbio: palavra invariável que indica circunstâncias. Modifica um adjetivo, um verbo ou outro advérbio. Pode ser de afirmação, dúvida, intensidade, lugar, modo, tempo e negação.

     .

    A) Modo.

    Certo. "Curiosamente" (= de uma maneira curiosa; com curiosidade) é um advérbio de modo e modifica o verbo "seja".

    Advérbios de modo (indicam como algo acontece): bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, alerta, melhor (= mais bem), pior (= mais mal), aliás (de outro modo), calmamente, livremente, propositadamente, selvagemente, e quase todos os advérbios terminados em -mente.

     .

    B) Dúvida.

    Errado.

    Advérbios de dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, certamente, provavelmente, possivelmente, decerto, certo...

     .

    C) Ordem.

    Errado. Não existe "advérbio de ordem".

     .

    D) Intensidade.

    Errado.

    Advérbios de intensidade (intensificam algo): muito, mui, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, completamente, profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais, nada, ligeiramente, levemente, que, quão, quanto, bem, mal, quase, apenas, como.

     .

    Gabarito: Letra A


ID
5384113
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

Em “Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.” (1º§), os dois-pontos têm como propósito:

Alternativas
Comentários
  • Os dois-pontos servem para explicar, desenvolver e exemplificar o que foi dito anteriormente.

    Gabarito letra D


ID
5384116
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

Em “É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.” (4º§), é correto afirmar que a ação verbal evidencia uma:

Alternativas
Comentários
  • D) Lembrará: futuro do presente do indicativo.


ID
5384119
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

Considerando que sujeito é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita pelo predicado, assinale a afirmativa transcrita do texto que evidencia sujeito elíptico.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

  • Sujeito Elíptico (eu, tu, ele, nós vos)

    (Nós) “Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.” (10º§)


ID
5384122
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

No trecho “Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.” (24º§), a ocorrência da crase é facultativa. Assinale a afirmativa em que tal fato NÃO ocorre.

Alternativas
Comentários
  • CASOS FACULTATIVO S DE CRASE 1. Depois da preposição “até”; 2. Antes dos nomes próprios femininos; 3. Antes dos pronomes possessivos.
  • Casos facultativos:

    # Antes de pronomes possessivos femininos;

    Desejei boa viagem à (a) minha prima.

    # Depois da preposição “até”;

    Devemos ir até a (à) secretaria para pegar a transferência.

    # Antes de nomes próprios femininos (de pessoas).

    Dirigi-me a (à) Paula no sentido de lhe dar a boa notícia

    Observação: Nos casos em que o nome próprio vier especificado, determinado, haverá o uso da crase:

    Dirigi-me à bela Paula no sentido de lhe dar a boa notícia.

    https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/casos-especiais-facultativos-uso-crase.htm

  • Gabarito correto: B

    NÃO se usa acento grave para indicação de horas após as preposições "até", "após", "desde", "entre" e "para".

    Ex:

    Retornarei após as 17h.

    O passeio está marcado para as 8h.

    Estou esperando desde as 15h30.

    Sairemos de São Paulo entre as 14h e as 18h.

    O supermercado fica aberto até as 22h.

    Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/uso-ou-nao-crase-na-indicacao-horas.htm


ID
5384125
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português

Todo filho é pai da morte de seu pai

    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
    É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
    É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
    É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
    E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
    Todo filho é pai da morte de seu pai.
    Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
    E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
    Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
    Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. 
    A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. 
    Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
    A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
    Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
    Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
    Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
    E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
    Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. 
    No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
    — Deixa que eu ajudo. 
    Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
    Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
    Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. 
    Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
     Embalou o pai de um lado para o outro. 
    Aninhou o pai.
    Acalmou o pai.
    E apenas dizia, sussurrado:
    — Estou aqui, estou aqui, pai!
    O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. 

(Autor desconhecido. Disponível em:
http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Dezembro de 2016.)

Considerando a adequação linguística, assinale a afirmativa grafada INDEVIDAMENTE.

Alternativas

ID
5384128
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Ao ligar um computador, a inicialização de hardware é realizada, passando parâmetros para o sistema operacional. Este parâmetro é o primeiro programa a ser executado em um computador denominado firmware. O tipo de memória, responsável pela inicialização de computadores, denominada:

Alternativas
Comentários
  • GAB -A

    O BIOS também é responsável por carregar a memória RAM, placa de vídeo, teclado, cachê básico e, por fim, possibilitar a inicialização do sistema operacional. Acompanhe em ordem cronológica as etapas que ele percorre: 1. Acessa a memória CMOS, um circuito integrado que grava informações referentes ao hardware.

  • Firmware:

    Bios

    Setup (CMOS)

    Post

  • Memória Rom: gabarito letra B


ID
5384131
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

A internet possui diversos protocolos de rede para troca de arquivos e informações. O protocolo utilizado para transferir arquivos trata-se de:

Alternativas

ID
5384137
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

No Modelo Entidade Relacionamento (MER), as chaves são importantes, pois garantem que cada linha da tabela seja identificável de modo exclusivo, facilitando, assim, a busca e a manipulação dos dados que compõem o banco. Sobre a chave estrangeira, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Chave estrangeira, ou Foreign Key (FK), ou ainda chave externa é a chave que permite a referência a registros oriundos de outras tabelas. Ou seja, é o campo ou conjunto de campos que compõem a chave primária de uma outra tabela.

  • GABARITO: Letra B (equivocado)

    A alternativa apresentada como correta pela banca está equivocada. Não necessariamente a chave estrangeira representa a chave primária de outra tabela. Um exemplo é que a chave estrangeira pode referenciar uma chave candidata de outra tabela ou ainda referenciar a própria tabela.

    Ademais, isso já foi cobrado em outras questões:

    Q268181 A relação entre linhas de tabelas de um banco de dados relacional é implementada por meio de chave. Em um banco de dados relacional, existem, no mínimo, dois tipos de chaves a considerar: a chave primária e a chave estrangeira. A chave primária é uma coluna ou uma combinação de colunas cujos valores distinguem uma linha das demais dentro de uma tabela, enquanto uma chave estrangeira é uma coluna ou uma combinação de colunas, cujos valores aparecem, necessariamente, na chave primária de outra tabela. (ERRADO)

    Q81725 Prova: CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação

    Uma chave estrangeira é um atributo ou uma combinação de atributos em uma relação, cujos valores são necessários para equivaler somente à chave primária de outra relação. (ERRADO)

    Q1227298 Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MEC

    Uma chave estrangeira pode fazer referência à sua própria relação. (CERTO)

    Q113819 Prova: CESPE - 2006 - DATAPREV - Analista de Tecnologia da Informação - Redes

    Chaves estrangeiras são, usualmente, chaves primárias de outras relações. (CERTO)

    Q20402 Prova: CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação

    Chaves estrangeiras podem ser definidas como sendo um conjunto de atributos pertencentes a um esquema de relação que constituem chaves primárias ou candidatas em outros esquemas independentes. (CERTO)


ID
5384143
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma comunidade eclesiástica há um total de 510 membros. Se a razão entre o número de homens e mulheres é 7 : 8, pode-se concluir que nessa comunidade há quantas mulheres a mais do que homens?

Alternativas
Comentários
  • SOMA A RAZÃO

    7+8=15

    DEPOIS DIVIDE PELO TOTAL

    510/15  = 34

  • 7/8=15

    510/15=34

    34*8=272

    34*7=238

    272-238= 34

    GAB: B

  • Homem é7

    mulher é 8


ID
5384146
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere as informações que contextualizam a questão. Leia-as atentamente.


O benefício previdenciário de aposentadoria pago por um município a seus servidores é uma progressão aritmética em que o 1º termo representa a porcentagem do salário a ser paga ao servidor com um ano de contribuição; o 2º termo representa a porcentagem do salário a ser recebida pelo servidor com dois anos de contribuição e, assim, por diante. A sequência é dada por: (4; 6,4; 8,8; 11,2; ...).

Quantos anos de contribuição o servidor desse município deve ter para conseguir uma aposentadoria com 100% de seu salário?

Alternativas
Comentários
  • 36 Anos e 88%

    100x que da 41 anos


ID
5384149
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere as informações que contextualizam a questão. Leia-as atentamente.


O benefício previdenciário de aposentadoria pago por um município a seus servidores é uma progressão aritmética em que o 1º termo representa a porcentagem do salário a ser paga ao servidor com um ano de contribuição; o 2º termo representa a porcentagem do salário a ser recebida pelo servidor com dois anos de contribuição e, assim, por diante. A sequência é dada por: (4; 6,4; 8,8; 11,2; ...).

Qual das alternativas representa a porcentagem “P” do benefício recebido pelo servidor em função da quantidade de anos de contribuição “x” (com x ≥ 1)?

Alternativas

ID
5384152
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere as informações que contextualizam a questão. Leia-as atentamente.


O benefício previdenciário de aposentadoria pago por um município a seus servidores é uma progressão aritmética em que o 1º termo representa a porcentagem do salário a ser paga ao servidor com um ano de contribuição; o 2º termo representa a porcentagem do salário a ser recebida pelo servidor com dois anos de contribuição e, assim, por diante. A sequência é dada por: (4; 6,4; 8,8; 11,2; ...).

Um servidor que opte por se aposentar com 26 anos de contribuição receberá qual porcentagem de seu salário?

Alternativas
Comentários
  • Uma questao vc responde a outra

    Se 36 anos conresponde a 88% entao 26 é X que da 64 por cento.


ID
5384155
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere as informações que contextualizam a questão. Leia-as atentamente.


O benefício previdenciário de aposentadoria pago por um município a seus servidores é uma progressão aritmética em que o 1º termo representa a porcentagem do salário a ser paga ao servidor com um ano de contribuição; o 2º termo representa a porcentagem do salário a ser recebida pelo servidor com dois anos de contribuição e, assim, por diante. A sequência é dada por: (4; 6,4; 8,8; 11,2; ...).

Um servidor que tenha se aposentado com uma porcentagem salarial de 88% contribuiu por quantos anos para a previdência municipal?

Alternativas

ID
5384158
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Três amigos – André, Bruna e Camila – foram a uma churrascaria e dividiram a conta, de tal modo que André pagou metade do valor que Bruno pagou e Camila pagou o dobro do valor pago por Bruno. Considerando que o valor pago por André é R$ 78,00 a menos que o valor pago por Camila, qual é o valor total da conta paga na churrascaria?

Alternativas

ID
5384161
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Ana e Beto estão grávidos de um casal de gêmeos. Eles resolveram nomear seus filhos, utilizando dois conjuntos de letras, denominados H para o menino e M para a menina, de tal modo que H ∩ M = Ø. Qual das alternativas representa uma possível combinação de nomes a serem dados para os filhos de Ana e Beto?

Alternativas
Comentários
  • Gab B

    H ∩ M = Ø → Nenhuma letra que existir no Conjunto H pode existir no Conjunto M, já que a intersecção desses dois conjuntos é vazio Ø.

    Conjunto M → Bárbara ∩ Conjunto H → Felipe = Ø

    •Nenhuma letra que está em um conjunto se repete no outro.

  • parece mais difícil do que realmente é. basta olhar quais os nomes em que as letras estão em um deles e não no outro.

ID
5384170
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um atleta que corre 4 horas diariamente percorre uma distância de 100 km em dois dias. De quantos dias este atleta precisa para completar uma distância de 200 km, se ele correr 5 horas por dia?

Alternativas
Comentários
  • 4x200/5x100=1,6x2= 3,2

    3 dias não terminara a corrida,pois 3,2 logo são 4 dias


ID
5384173
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

José, servidor público da Prefeitura Municipal de Pitangueiras, foi requisitado para trabalhar em outra localidade. Segundo a Lei nº 1.904, de 10 de dezembro de 1997, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
5384176
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

João, servidor público municipal, é investido em cargo na administração pública através de concurso público. Durante o período de estágio probatório, o cargo de João é extinto. Nesse caso, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
5384179
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Francisco é servidor público municipal aposentado, acometido de moléstias mentais que determinaram o seu afastamento. Após ser submetido a tratamento médico e recuperado a sua saúde, foi determinado por junta médica oficial que ele retornasse ao cargo. Tal ato denomina-se:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    Reversão

    Retorno do Aposentado

    Não completado 70 anos

    De ofício – Declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez/ incapacidade permanente.

    Sem cargo vago -excedente

    A pedido/Requerimento- No interesse da Adm.

    ·        Aposentadoria

    ·        Estável

    ·        Haja cargo vago

    ·        Prazo – 5 anos

  • É facultativo concordar com a porcentagem ou a dívida.

  • A questão exigiu conhecimento acerca da Lei 8.112/90 (Estatuto do Servidor Público Federal).

    A- Correta. Art. 25 da Lei 8.112/90: “Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.”   

    B- Incorreta. Art. 29 da Lei 8.112/90: “Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

    I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

    II - reintegração do anterior ocupante.”

    C- Incorreta. Art. 24 da Lei 8.112/90: “Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.”

    D- Incorreta. Art. 28 da Lei 8.112/90: “A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.”

    GABARITO DA MONITORA: “A”

  • A questão indicada está relacionada com a Lei nº 8.112 de 1990.

    - Formas de provimento (artigo 8º, da Lei nº 8.112 de 1990): nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução.

    - Dados da questão:

    Francisco – servidor público municipal aposentado; moléstias mentais (afastamento); após passar por tratamento e recuperado foi determinado o retorno ao cargo.

     

    A)     CORRETA. De acordo com o artigo 25, Inciso I, da Lei nº 8.112 de 1990, a reversão se refere ao retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

     

    B)     INCORRETA. Com base no artigo 29, da Lei nº 8.112 de 1990, a recondução pode ser entendida como o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.

     

    C)     INCORRETA. Com base no artigo 24, da Lei nº 8.112 de 1990, a readaptação se refere à investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental conforme apurado em inspeção médica.

     

    D)    INCORRETA. De acordo com o artigo 28, da Lei nº 8.112 de 1990, a reintegração pode ser entendida como a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando for invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, sendo ressarcido de todas as vantagens.

     

    Gabarito do Professor: A) 
  • "Reveizão" para memorizar...

    retorno do velho/vei/coroa ao trabalho.


ID
5384182
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo a Lei nº 1.904, de 10 de dezembro de 1997, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Púbicos do Município de Pitangueiras, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Em relação ao ato de investidura do cargo é correto afirmar, EXCETO:

Alternativas

ID
5384185
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Maria, servidora municipal, acaba de adquirir estabilidade e requer, à administração pública, licença para tratar de assuntos particulares. Neste caso, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
5384188
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

Quanto aos recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), analise as afirmativas a seguir.

I. Serão alocados como despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta.
II. Serão alocados os investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde.
III. Serão alocados investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional.
IV. Serão alocados em projetos experimentais determinados pelo Conselho de Saúde.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
5384191
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

“É a capacidade que um agente biológico tem em produzir efeitos graves ou fatais. Está relacionada com a sua capacidade de multiplicação no organismo infectado, produção de toxinas, dentre outros fatores.” O trecho citado anteriormente trata-se de:

Alternativas
Comentários
  • conCeito

  • seria interesante ver o conceito de conseito kk

  • A- Virulência: É a capacidade que um agente biológico tem em produzir efeitos graves ou fatais. Está relacionada com a sua capacidade de multiplicação no organismo infectado, produção de toxinas, dentre outros fatores.

    B- Infectividade: é o nome que se dá à capacidade que tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção.

    C- Patogenicidade: é a capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível.

    D- Imunogenicidade: A imunogenicidade é a capacidade de uma substância estranha, como um antígeno, de provocar uma resposta imune no corpo de um ser humano ou de outro animal.


ID
5384194
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Considerando que os determinantes, no modelo processual, são classificados como fatores contribuintes ou determinantes parciais, que, em sua articulação e provável sinergia, propiciam a atuação do estímulo patológico, “defecar próximo a mananciais sem tratamento, gerando fator de esquistossomose ou hábitos alimentares perigosos, são atos considerados determinantes _____________”. Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • DETERMINANTES - No modelo processual (ver Epidemiologia), são “fatores contribuintes ou determinantes parciais, que em sua articulação e provável sinergia propiciam a atuação do estímulo patológico”.

    Temos,

    -Determinantes econômicos: miséria, privações;

    -Determinantes culturais: defecar próximo a mananciais sem tratamento como fator de esquistossomose ou hábitos alimentares perigosos;

    -Determinantes ecológicos: desequilíbrios produzidos – poluição atmosférica- ou não

    pelo homem;

    -Determinantes psicossociais: stress como imunodepressor; agressividade e desemprego como fatores importantes nos homicídios e biológicos.

    Fonte: Sheila Duarte Pereira - 2004


ID
5384197
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

“Denomina-se _____________________ a ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo período (temporalmente ilimitado), e que mantém uma incidência relativamente constante, permitindo variações cíclicas e sazonais.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • “Denomina-se ENDEMIA a ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo período (temporalmente ilimitado), e que mantém uma incidência relativamente constante, permitindo variações cíclicas e sazonais.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.


ID
5384200
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A Leishmaniose visceral é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. É conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun. Sobre a Leishmaniose está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • ''que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem.'' A questão forçou muito a barra


ID
5384203
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Em relação aos tipos de indicadores mais utilizados na epidemiologia, a Proporção, Índice ou Distribuição Proporcional, é a:

Alternativas

ID
5384206
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

O controle de endemias foi descentralizado para os municípios, adotando-se a prevenção e a estratégia de Controle Integrado da Doença, com prioridade no cuidado ao indivíduo com diagnóstico precoce e preciso, além de tratamento imediato e adequado. São consideradas atribuições do Agente de Combate de Endemias em relação ao controle da Dengue, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Não é atribuição do agente de endemias, repassar remédios o uso de medicamentos a população.

  • Quem pode medicar, é só o médico.

ID
5384209
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito:

Alternativas
Comentários
  • A - Anopheles: transmite malária

    B - Flebótomo: transmite leishmaniose.

    C - Culex quinquefasciatus: vetor da filariose

    D - Haemagogus e Sabethes: transmite febre amarela silvestre.


ID
5384212
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

“Criadouro” é todo recipiente utilizado para finalidade específica, que armazene ou possa vir a armazenar água, seja pela ação da chuva ou pela ação do homem, e que esteja acessível à fêmea do Aedes aegypti para postura dos seus ovos. Depósitos domésticos que possam armazenar água como, por exemplo, vasos e frascos com plantas, pratos e pingadeiras colocados sob o vaso, alguidar, gamelas, bacias e outras peças utilizadas em cerimônias religiosas, recipientes de degelo sob geladeiras, recipientes de coleta de água em bebedouros, pequenas fontes ornamentais, bebedouros de pequenos animais, caixa de ar condicionado, dentre outros, são considerados recipientes:

Alternativas

ID
5384215
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Considerando a atividade dos Agentes de Combate de Endemias, assistida por profissional de nível superior e condicionada à estrutura de vigilância epidemiológica e ambiental e de atenção básica a participação, analise as afirmativas a seguir.

I. Na necropsia de animais com diagnóstico suspeito de zoonoses de relevância para a saúde pública, auxiliando na coleta e no encaminhamento de amostras laboratoriais, ou por meio de outros procedimentos pertinentes.
II. Na investigação diagnóstica laboratorial de zoonoses de relevância para a saúde pública.
III. Na coleta de animais e no recebimento, no acondicionamento, na conservação e no transporte de espécimes ou amostras biológicas de animais, para seu encaminhamento aos laboratórios responsáveis pela identificação ou diagnóstico de zoonoses de relevância para a saúde pública no Município.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas