Em 1915, Freud apresenta uma exposição completa e sistemática de suas teorias psicológicas quinze anos após haver apresentado um relato ampliado desses conceitos no sétimo capítulo de A Interpretação dos Sonhos, que, de certa forma, incorpora o que ele já teria proposto em seu “Projeto para uma Psicologia Científica”.
Os cinco artigos meta-psicológicos, apresentados entre 1915 e 1917, formam uma série interligada, cuja intenção, segundo o editor, é proporcionar um fundamento teórico estável à psicanálise. No primeiro artigo, “Os instintos e suas vicissitudes”, Freud inicia sua argumentação assinalando que, com freqüência, ouvimos a afirmação de que as ciências devem ser estruturadas em conceitos básicos claros e bem definidos. Todavia, nenhuma ciência, nem mesmo a mais exata, começa com tais definições. Ressalta, ainda, que o primeiro objetivo de uma atividade científica, que consiste na descrição do fenômeno, não poderá evitar que nele se apliquem certas idéias abstratas, isto é, como diz textualmente, “idéias vindas daqui e dali” (Freud, [1915] 1974, v. XVI, p. 137).
Nesse artigo, Freud nos revela a forma como compreendia o trabalho da ciência, assinalando que o avanço do conhecimento não tolera qualquer rigidez, inclusive em se tratando de definições. Sabia, desde sempre, que contaria com o repúdio e a resistência às suas idéias, pois, afinal, seria esse o destino inexorável da ciência que inventou.
Em 1915, Freud apresenta uma exposição completa e sistemática de suas teorias psicológicas quinze anos após haver apresentado um relato ampliado desses conceitos no sétimo capítulo de A Interpretação dos Sonhos, que, de certa forma, incorpora o que ele já teria proposto em seu “Projeto para uma Psicologia Científica”.
Os cinco artigos meta-psicológicos, apresentados entre 1915 e 1917, formam uma série interligada, cuja intenção, segundo o editor, é proporcionar um fundamento teórico estável à psicanálise. No primeiro artigo, “Os instintos e suas vicissitudes”, Freud inicia sua argumentação assinalando que, com freqüência, ouvimos a afirmação de que as ciências devem ser estruturadas em conceitos básicos claros e bem definidos. Todavia, nenhuma ciência, nem mesmo a mais exata, começa com tais definições. Ressalta, ainda, que o primeiro objetivo de uma atividade científica, que consiste na descrição do fenômeno, não poderá evitar que nele se apliquem certas idéias abstratas, isto é, como diz textualmente, “idéias vindas daqui e dali” (Freud, [1915] 1974, v. XVI, p. 137).
Nesse artigo, Freud nos revela a forma como compreendia o trabalho da ciência, assinalando que o avanço do conhecimento não tolera qualquer rigidez, inclusive em se tratando de definições. Sabia, desde sempre, que contaria com o repúdio e a resistência às suas idéias, pois, afinal, seria esse o destino inexorável da ciência que inventou.
PARTE II
A PSICANALISE É UM TIPO DE CIÊNCIA, COM SUAS ESPECIFICIDADES: Chegou a hora de discutir que tipo de ciência é a psicanálise, que tipo de fundamentação ela exige e quais os critérios de externalidade que sua teoria da prova pode apresentar, tanto como método clínico quanto como análise de discurso12. Assim, a variedade de formas assumidas pela psicanálise poderá então ser melhor reconhecida de modo a contemplar a própria conflitiva epistemológica no interior do campo psicanalítico.
QUANTO A QUESTÃO DA ÉTICA ELA É REFERIDA PARA AFIRMAR QUE A ÉTICA DA PSICANÁLISE NÃO É UMA ÉTICA MORAL, MAS UMA ÉTICA DO DESEJO, DO DESEJO DO SUJEITO.
A LETRA B ESTÁ ERRADA NÃO PORQUE ESTÁ DIZENDO QUE A PSICANALISE É UMA CIÊNCIA, POIS ELA É SIM, MAS PORQUE ESTÁ DIZENDO QUE CENTRA SEU FOCA NA RACIONALIDADE E É JUSTAMENTO O CONTRÁRIO, A PSICANALISE OPERA UMA DIVISÃO SUBJETIVA QUANTO AO SUJEITO DA RAZÃO DE DESCARTES, MOSTRANDO QUE O INDIVÍDUO É CINDIDO, QUE EXISTE UM SABER QUE NÃO SE SABE E QUE ELE GOVERNA NOSSAS MOTIVAÇÕES E AÇÕES, QUE É O INCONSCIENTE:
No texto metapsicológico "O Inconsciente#&34; (1980/1915a), Freud defende a tese da existência de processos psíquicos inconscientes, demonstrando que a equivalência convencional entre psíquico e consciente é completamente inadequada e calcada numa superestima outorgada à consciência. Com a descoberta do inconsciente, ele opera uma verdadeira revolução, denominada por Lacan (1985) de "copernicana#&34; (p. 14). De fato, ao afirmar que o inconsciente pensa, Freud desaloja a consciência de seu lugar de centro, alterando assim o privilégio conferido aos pensamentos conscientes. O cerne de sua descoberta vem demonstrar que os processos de pensamentos inconscientes se produzem à margem da consciência e dela independem.
Freud coloca em cena a concepção de um sujeito dividido, não centrado em torno da consciência. O que ele descobre é a ausência de um eixo à volta do qual os processos psíquicos se ordenam. O sujeito é descentrado, isto é, carente de um centro ordenador. As elaborações efetuadas na primeira tópica colocam em cena a idéia de um sujeito caracterizado pela ruptura, pelo estiramento. A formulação do aparelho psíquico composto por três sistemas – o consciente, o pré-consciente e o inconsciente – remetem precisamente à noção de divisão e descentramento do sujeito.