1) Emissor (remetente, transmissor, 1a pessoa do discurso, locutor, falante etc.): aquele que envia uma mensagem.
2) Receptor (destinatário, recebedor, 2a pessoa do discurso, interlocutor, ouvinte etc.): aquele que recebe uma mensagem.
3) Mensagem: aquilo que é transmitido pelo emissor.
4) Código: signos (palavras/imagens) compartilhados pelo emissor e pelo receptor.
5) Referente (contexto): é o assunto da mensagem.
6) Canal (contato): é o meio, o veículo transportador da mensagem.
1) Função Emotiva (Expressiva): o “eu” do texto é o centro da mensagem, na qual ele destaca seus próprios sentimentos, expressa suas emoções, impressões, atitudes, expectativas etc. É a linguagem das músicas românticas, dos poemas líricos e afins.
Exemplo: “Eu não tinha este rosto de hoje / assim calmo, assim triste, assim magro (…)” (Cecília Meireles)
2) Função Conativa (Apelativa): nessa função o receptor é o centro da mensagem, na qual ele é estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.. No Enem essa linguagem costuma vir representada nas músicas e dos poemas românticos, das propagandas e afins.
Exemplo: “Mel, tua boca tem o mel / E melhor sabor não há / Que loucura te beijar (…)” (Belo)
3) Função Poética: a mensagem por si é posta em relevo; mais do que seu conteúdo, o destaque dela se encontra na forma como ela é construída e criativa. Essa função usa vários recursos gramaticais: figuras de linguagem, conotação e polissemia, por exemplo. É a linguagem dos poemas e prosas poéticas (literária) e da publicidade criativa.
Exemplo: Amar: / Fechei os olhos para não te ver / e a minha boca para não dizer… / E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, / e da minha boca fechada nasceram sussurros / e palavras mudas que te dediquei… / O amor é quando a gente mora um no outro. (Mário Quintana)
4) Na Função Metalinguística, o código usado para estabelecer comunicação é o centro da mensagem, ele explica a si mesmo. Essa função terá o propósito de esclarecer, refletir, discutir num ato de comunicação em que se usa a linguagem para falar sobre ela própria. É a linguagem das bulas de remédios, dos dicionários, etc.
Exemplos:
“Samba, / Eterno delírio do compositor / Que nasce da alma, sem pele, sem cor (…)” (Fundo de Quintal)
5) Função Referencial (Informativa/Denotativa): nessa função o referente será o centro da mensagem. É marcada pela impessoalidade, precisão, frases declarativas etc. Essa função é predominantemente em textos jornalísticos, científicos e didáticos.
Exemplo: “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou o governo com avaliação recorde de 87% para seu desempenho pessoal, conforme pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Instituto Sensus divulgada nesta quarta-feira. Em setembro deste ano, essa percepção era de 80,7%.” (Site de notícias)
6) Função Fática: é a função na qual o canal (contato) é o centro da mensagem. Estabelece a conversa entre o emissor e o receptor (saudações, cumprimentos etc.). É caracterizada por algumas marcas linguísticas: “Bom dia/tarde/noite”, “Oi”, “Olá”, “Fala…”, “Sei…”, “Fui”, “Valeu”, “Tchau” entre outras.