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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2016 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Professor de Ensino Fundamental - Artes Cênicas


ID
1999168
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

A leitura compreensiva do texto evidencia que o principal objetivo do autor é

Alternativas

ID
1999171
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

No dicionário, o significado do substantivo patíbulo é: estrado ou lugar onde os condenados sofrem a pena capital (forca, guilhotina, decapitação). Percebe-se, portanto, que o emprego da palavra no texto situa-se no nível da conotação. Porém, NÃO há conotação em:

Alternativas
Comentários
  • exemplos:

    A menina está com a cara toda pintada.
    Aquele cara parece suspeito.

     

     

    Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:

    Marcos quebrou a cara.

     

    Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.

     

     

    a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.

    b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.


ID
1999174
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar.” (primeiro parágrafo). Essa frase inicia-se por uma oração desprovida de sujeito, e o verbo em destaque é denominado de impessoal. Também é impessoal o verbo da frase:

Alternativas
Comentários
  • Os verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito.

    Há alguns muito usados, como o verbo “haver” no sentido de “existir”, como o próprio “há” no início dessa oração.

    os que exprimem os fenômenos da natureza: chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar, estar e fazer (meteorologia).

    E os que indicam tempo: ser (indicando data, hora, distância) e fazer (tempo).

  • Letra A

     

  • Os verbos pessoais são os que se conjugam em todas as pessoas.

    Os impessoais são os que só se conjugam na 3.ª pessoa do singular, como, por exemplo, os que exprimem fenômenos da natureza ("chover", "trovejar", ventar"): "chove"; "trovejou"; "ventava".

    Além disso, o verbo "haver" é, como já foi abordado, impessoal, quando significa "existir".

     

    http://www.jn.pt/artes/dossiers/portugues-atual/interior/os-verbos-pessoais-impessoais-unipessoais-e-defetivos-3957040.html

     

  • Verbos impessoais são verbos que, não apresentando sujeito, são conjugados apenas na 3.ª pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são o verbo haver (apenas com sentido de existir), o verbo fazer (quando indica tempo decorrido) e verbos que indicam fenômenos da natureza e atmosféricos.

     

     

    Lista de verbos indicativos de fenômenos da natureza e atmosféricos:
    Verbo amanhecer;
    Verbo anoitecer;
    Verbo escurecer;
    Verbo alvorecer;
    Verbo chover;
    Verbo chuviscar;
    Verbo nevar;
    Verbo ventar;
    verbo relampejar;
    verbo trovejar;
    verbo estiar;
    verbo orvalhar; 
    verbo saraivar;
    verbo garoar;
    verbo gear;

     

    Chega de, basta de , passa de também são impessoais.

    Verbos bastar e chegar

    O verbo bastar e o verbo chegar são impessoais quando seguidos da preposição de, indicando que algo é suficiente:

    Basta de confusões!

    Chega de mentiras!

  • GABARITO: LETRA  A

    Os verbos impessoais haver e fazer

    Os verbos impessoais são aqueles que não admitem sujeito e, portanto, são flexionados na 3ª pessoa do singular.

    No sentido de existir ou na idéia de tempo decorrido, o verbo haver é impessoal. Logo, o verbo ficará no singular.

    Exemplo: Há uma cadeira vaga no refeitório. (sentido de existir)
    Há dez dias não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
    Da mesma forma, o verbo fazer no sentido temporal, de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos é impessoal.

    Exemplo: Faz dez dias que não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
    Nesta época do ano, faz muito frio.

    Quando da locução verbal, tanto o verbo haver quanto o verbo fazer exigem que o auxiliar fique na terceira pessoa do singular.

    Exemplos: Deve haver uma forma de amenizarmos esse problema.
    Vai fazer dez dias que não faço exercícios físicos.

    FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/concordancia-verbalcasos-especiais-alguns-verbos.


ID
1999177
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.” (terceiro parágrafo). Entre as duas orações dessa frase se estabelece uma relação lógica que também se verifica em:

Alternativas
Comentários
  • Ideia de compraração.

     

    “A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.”

     

    A aglomeração torna-se muito mais violenta do que os indivíduos em si.

     

  • O enunciado compara a estupidez das duas multidões REAIS X VIRTUAIS.

     

    Orações subordindas adverbiais COMPARATIVAS:  mais (do) que, menos (do) que, como, tão...como, tal qual, tão quanto.

     

    a)  Quanto mais a violência é banalizada, mais linchamentos ocorrem.  PROPORCIONAL

    b)  A aglomeração torna-se muito mais violenta do que os indivíduos em si. CORRETA, COMPARATIVA!!

    c)  Algumas pessoas perseguidas e sobreviventes sofrem tanto que ficam loucas.  (essa era a mais difícil, visto que essa conjução é mista, pode ser proporcional e comparativa). No caso em tela é PROPORCIONAL, pois se pode substituir por "ao passo que".

    d)  O Brasil tem uma média de um linchamento por dia, como demonstram certas pesquisas.  CONFORMIDADE

     

     

     


ID
1999180
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

Quanto ao processo de formação da palavra descampado (primeiro parágrafo), observa-se que é formada por parassíntese, processo mediante o qual acrescenta-se simultaneamente um prefixo e um sufixo ao radical da palavra primitiva. O seguinte vocábulo também é formado por derivação parassintética:

Alternativas
Comentários
  • des alma do

  • Bem, eu aprendi que quando se tira o prefixo ou o sufixo e forma uma palavra, não houve derivação parassintética.

  • Exemplos de Derivação Parassintética Abençoar (a- prefixo e -oar - sufixo) Amanhecer (a- prefixo e -ecer - sufixo) Anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo) Entardecer (en- prefixo e -ecer - sufixo) Envelhecer (en- prefixo e -ecer - sufixo) Envernizar (en- prefixo e -izar - sufixo) Enrijecer (en- prefixo e -ecer - sufixo) Entristecer (en- prefixo e -ecer - sufixo) Emagrecer (e- prefixo e -ecer - sufixo) Engaiolar (en- prefixo e -ar - sufixo) Alma substantivo feminino princípio vital ou vida. Questão anulável.
  • Independente dos conceitos, o enunciado diz:

    Quanto ao processo de formação da palavra descampado [...] o qual acrescenta-se simultaneamente um prefixo e um sufixo ao radical da palavra primitiva.

    Logo:

    despreocupado

    desvalorizado

    desalinhado

    desalmado (existe a palavra "almado"?)

  • CREIO QUE UMA QUESTÃO COMO ESSA CABE RECURSO. GABARITO LETRA A

    DES PREOCUP ADO (NÃO TENHO CERTEZA QUAL O RADICAL CORRETO, MAS NESSE CASO NÃO IMPORTA)

    DES VALOR IZADO - (NÃO DEPENDE DO AFIXO)

    DESA LINHA DO - (NÃO DEPENDE DO AFIXO)

    DES ALMA ADO - (NÃO DEPENDE DO AFIXO)


ID
1999183
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade... “ (quinto parágrafo). Nesse segmento de frase, a relação semântica existente entre os complementos do verbo ofender é:

Alternativas
Comentários
  • Guardem isso:

    mas também - ideia de adição

    mas também - ideia de adição

    mas também - ideia de adição

    mas também - ideia de adição

    mas também - ideia de adição

    mas também - ideia de adição

    mas também - ideia de adição

     

    Agora não esqueceremos mais! 

    Vejo isso direto em provas!

  • Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.

  • Não apenas...mas também! ADIÇÃO


ID
1999186
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

Alguns comportamentos inadmissíveis e ideias de teor inaceitável ____ por meio digital e ____ em nossa sociedade. A popularidade das redes sociais as ____ um espaço propício para se ____ férteis discussões; mas, em vez disso, as manifestações de ódio ____ força. Como o agressor não está diante do agredido, o número de ofensas descabidas e acusações infundadas se ____ na rede.

Tendo em vista a concordância, as lacunas do trecho acima são preenchidas corretamente pelas seguintes formas verbais:

Alternativas
Comentários
  • sempre perguntar ao verbo

     

    quem que circulou ?

    Alguns comportamentos inadmissíveis e ideias de teor inaceitável ( sujeito composto = circularam)

     

    quem proliferou ?

    Alguns comportamentos inadmissíveis e ideias de teor inaceitável  ( sujeito composto = proliferam)

     

    quem as torna?

    a popularidade (sujeito = tornou)

     

     

     

     

     

     

  • Gabarito: Letra "D"


ID
1999189
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar.” (terceiro parágrafo). O autor, nessa frase, estabelece uma relação de sentido diferente da que se produz na seguinte reescrita:

Alternativas
Comentários
  • Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.

  •  Conjunçao causal:Uma vez que ,Justificam uma ação.

    Gabarito: C


ID
1999192
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. “(quinto parágrafo). Essa frase é corretamente reescrita, sem alteração do verbo quanto ao tempo e à voz passiva, da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • foram(pretérito perfeito) publicados

    publicaram (pretérito perfeito) - se

     

    Recomendo estudar vozes verbais: isso é lei em provas! verbo tem que está no sangue.

    Fonte: Rodrigo Bezerra

     

  • Gabarito letra c).

     

    Dica para realizar a transposição da voz passiva analítica para passiva sintética ("se").

     

    1°) Para realizar a transposição, deve-se manter os tempos verbais. Ex:  foram (PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO DO VERBO "SER"/"IR") publicados -> publicaram (PRETÉRITO  PERFEITO DO VERBO "PUBLICAR")

     

    2°) Na voz passiva sintética (presença da partícula "se"), não há um objeto direto, pois este se tornou sujeito da voz passsiva.

     

    Exemplifico abaixo o que foi citado acima fazendo a conversão de uma oração entre as vozes passiva sintética, analítica e ativa.

     

    1) Voz passiva sintética: Para a maioria dos alunos ainda se conservam os momentos mágicos (SUJEITO DA ORAÇÃO) daquela antiga sessão.

     

    2) Voz passiva analítica: Para a maioria dos alunos os momentos mágicos daquela antiga sessão ainda são conservados. 

     

    Obs: A transformação de uma voz passiva para outra não acarreta mudança do sujeito e também não há mudança de semântica.

     

    3) Voz ativa: Conservam os momentos mágicos daquela antiga sessão para a maioria dos alunos. Regra: Flexionar para o plural, para configurar sujeito indeterminado. 

     

    Obs: Nota-se, nesse caso, a transformação do sujeito da voz passiva ("os momentos mágicos") em objeto direto da voz ativa. Acarretando, também, mudança na semântica.

     

     

    Seguindo o disposto acima, tem-se o seguinte:

     

    "Nas semanas seguintes muitos outros textos de ódio (SUJEITO) foram publicados (VOZ PASSIVA ANALÍTICA)."

     

    Voz passiva sintética = Nas semanas seguintes publicaram-se muitos outros textos de ódio (SUJEITO)

     

    Logo, o verbo "publicar" deve se flexionar para o plural para concordar com o sujeito da oração.

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/


ID
1999195
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

De acordo com a norma gramatical para a língua padrão, a frase que NÃO poderia ser reescrita com o pronome pessoal anteposto ao verbo, tanto em Portugal quanto no Brasil, é:

Alternativas
Comentários
  • Nunca, mais nunca! o pronome oblíquo poderá ser inciado em frases! 

    Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros

    Me contaram.... está errado essa escrita isso não pode!

     

     

  • Pronome oblíquo não pode iniciar frases.


ID
1999198
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente...” (quinto parágrafo). Nesse contexto, o termo que introduz a frase explicita a seguinte atitude do autor:

Alternativas
Comentários
  • Porque eles repetem as questões ?


ID
1999201
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

As palavras leem e ideias (quinto e sexto parágrafos) deixaram de receber acento gráfico em decorrência do acordo ortográfico em vigência. A série em que nenhuma das palavras recebe acento gráfico é:

Alternativas
Comentários
  •  

    heroico (ditongo aberto "ei" e "oi" na paroxítona não recebe mais acento) – feiura (depois de ditongo, o "u" e o "i" tônicos, na paroxítona, não recebem mais acento) – odioso (paroxítona terminada em "o" não recebe acento).

  • Na letra A) benefício (Paroxítona) - agradável (Paroxítona) - equilíbrio (Paroxítona) = Todas são acentuadas pois "Benefício" e "Equilíbrio" são Paroxítonas terminadas em ditongo aberto; e "Agradável" é Paroxítona terminada em L.

    Na letra B) paranoia (Paroxítona) - déficit (Proparoxítona) - prejuízo (Hiato) = "Paranoia" não acentua-se pois termina em ditongo aberto "oi".

    Na letra C) conteúdo (Hiato) - voo (Hiato) - crítica (Proparoxítona) = "Voo"' não acentua-se pois termina em "oo".

    Na letra D) heroico (Paroxítona) - feiura (Paroxítona) - odioso (Paroxítona) = "Heroico" não acentua-se pois termina em "oi"; "Feiura" não acentua-se pois não usa-se mais acento no "u" após ditongo

  • Segue a melhor regra do mundo para classificar ditongo em crescente ou decrescente caso vc tenha dúvidas. Atribua valores às vogais, mas elas precisam estar exatamente nesta ordem: A, O, E, I e U.

    A = 5

    O = 4

    E = 3

    I = 2

    U = 1

    Pronto! Se a vogal da direita do ditongo tiver valor maior que a vogal da esquerda, tem-se um ditongo crescente. Se acontecer o contrário, ou seja, a vogal da direita do ditongo tiver valor menor que o da vogal da esquerda, tem-se um ditongo decrescente.

    Nunca mais vc erra para classificar!!!


ID
1999204
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

A preposição é um elemento de ligação que colabora para o sentido do enunciado. Em: “o rapaz pedalava para salvar a vida” (primeiro parágrafo), a preposição traz uma ideia diferente da que expressa em:

Alternativas
Comentários
  • Questão clássica de preposição - para.

    “o rapaz pedalava para salvar a vida” 

    Para - No contexto da frase está nos dando ideia de FINALIDADE.

     

    a)  Não havia nada que pudesse fazer para  (FINALIDADE) o ajudar. 

    b) o homem que ergue a mão para  (FINALIDADE) se proteger da pancada

    d) Aqueles que se juntam a multidões virtuais  para  (FINALIDADE) ameaçar ou troçar de alguém

  • BIZU QUE PEGUEI AQUI NO QC

    FINALIDADE ( PREPOSIÇÃO + VERBO) quer dizer que na maioria das vezes o *para* quando indicar finalidade, estará antes de verbo.

    voltando para a questão:

    a única alternativa que não possui verbo depois da preposição para é:

    C) a emergência de um novo patíbulo para os linchadores

    *CONFIE EM DEUS*


ID
1999207
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Palavras (...) não racham cabeças, (...) não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder” (terceiro parágrafo). Os verbos em destaque estão flexionados no presente do modo indicativo. Considerando o contexto, é correto afirmar que esse tempo verbal foi empregado para:

Alternativas
Comentários
  • Presente - Expressa um fato atual.

    Por exemplo:

    Eu estudo neste colégio.

     

    Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado.

    Por exemplo:

    Ele estudava as lições quando foi interrompido.

     

    Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.

    Por exemplo:

    Ele estudou as lições ontem à noite.

     

    Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.

    Por exemplo:

    Tenho estudado muito para os exames.

     

    item A

    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf61.php


ID
1999210
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento.” (primeiro parágrafo). Assim como nessa frase, o uso da preposição a é necessário e correto, tendo em vista as normas estabelecidas para a língua padrão quanto à regência verbal, na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • http://www.revisoeserevisoes.pro.br/gramatica/regencias/

    (Gabarito D)

    Regências iniciadas por R - recorrer a

  • Gabarito letra D. Quem recorre, recorre a alguém.

  • Gabarito letra D.

     

    a) Pior do que ser destratado por desconhecidos é sê-lo por aqueles ____ quem confiávamos. ERRADO. Quem confia, confia em.

     

    b) Participo de uma comunidade virtual com pessoas ____ quem só posso me orgulhar. ERRADO. Quem se orgulha, orgulha-se de.

     

    c) O adversário virulento de hoje pode ser o homem ____ quem um dia nos casamos. ERRADO. Quem se casa, casa-se com.

     

    d) Cultivo amigos sinceros ____ quem recorro para me apoiar em decisões difíceis. CORRETO. Quem recorre, recorre a.

     

     

    Atenção para a próclise.

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  •  a) Pior do que ser destratado por desconhecidos é sê-lo por aqueles ____ quem confiávamos. (Confiamos EM)

     b) Participo de uma comunidade virtual com pessoas ____ quem só posso me orgulhar. ( Nos Orgulhamos DE)

     c) O adversário virulento de hoje pode ser o homem ____ quem um dia nos casamos. (Nos casamos COM)

     d) Cultivo amigos sinceros ____ quem recorro para me apoiar em decisões difíceis. ( Recorremos A)

  • Questão igual a Q727891


ID
2011483
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

“Nos últimos anos do século XIX ocorreram dois fenômenos, ambos resultantes da revolução tecnológica, de uma importância decisiva para a evolução do espetáculo teatral, na medida em que contribuíram para aquilo que designamos como o surgimento do encenador.”

Esta afirmação é de Jean-Jacques Roubine e os dois fenômenos aos quais ele se refere são respectivamente:

Alternativas

ID
2011486
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Identifique entre os artistas abaixo aquele que, segundo JeanJacques Roubine, é considerado o primeiro encenador moderno:

Alternativas
Comentários
  • André Antoine foi um ator, autor, diretor de teatro, cineasta e crítico francês, considerado o inventor da moderna mise en scène na França e um dos pais do naturalismo no cinema.


ID
2011489
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Diversos encenadores modernos se debruçaram sobre a música e a utilizaram como instrumento na busca de uma teatralidade que ratificasse seus conceitos artísticos. Bertold Brecht focou nos chamados songs. O principal objetivo do encenador e teórico alemão ao se utilizar dos songs foi:

Alternativas

ID
2011492
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Grotowski encena Kordian, na Polônia na década de sessenta. O espaço teatral é um hospício, dividido em compartimentos, por estrados de camas de metal, por onde circulam os intérpretes e onde o público está sentado. Eles se veem, uns aos outros, como figuras componentes do universo do hospíio. A colocação do público “dentro da cena” e a “recusa da visão frontal” tão difundida pelo palco italiano têm alguns objetivos no teatro de Grotowski, um deles é:

Alternativas

ID
2011495
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Os Comediantes, em 1943 estreiam “Vestido de Noiva”, de Nélson Rodrigues sob a direção de Ziembinski. É o marco do início do teatro moderno brasileiro. O cenário de Santa Rosa, para esta montagem, era formado por praticáveis que intercomunicavam três planos:

Alternativas

ID
2011498
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

O crítico e pesquisador Sábato Magaldi organiza a obra de Nélson Rodrigues em três grandes grupos: peças psicológicas, peças míticas e as tragédias cariocas. A sequência de peças que correspondem a esta classificação é, respectivamente:

Alternativas

ID
2011501
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

“O universo popular dos cordelistas, dos mamulengos, da linguagem dos folguedos como o reisado e o bumba-meuboi, está presente na obra de Suassuna, somado a influências do teatro religioso medieval e das tradições da Commedia dell’Arte”.

Chicó e João Grilo são os personagens principais da trama “O Auto da Compadecida” e são os chamados “amarelinhos”. Eles ludibriam seus patrões, usam de esperteza para angariarem vantagens, da mesma forma, como os criados da Commedia dell’Arte:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B - Arlechino e Briguella. 


ID
2011504
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

O grupo Oficina, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, encena em 1967 O Rei da Vela, de Oswald de Andrade. Tornado um manifesto pelo grupo, O Rei da Vela inaugura um novo movimento artístico, aglutinando em forma de espetáculo, aquilo que nascia na música, nas artes plásticas e no cinema. É o início do seguinte movimento:

Alternativas
Comentários

  • "O Rei da Vela" leva o tropicalismo a Oswald

    DA REPORTAGEM LOCAL 

    Em 29 de setembro de 1967, o teatro Oficina, reconstruído após incêndio no ano anterior, reabre com planta desenhada por Flávio Império e com a estréia de "O Rei da Vela". A peça de Oswald de Andrade (1890-1954) foi escrita 33 anos antes, mas nunca ganhou encenação. O Oficina decide bancar o texto e sintonizá-lo com a cena tropicalista da época. Há quem aponte aquela polêmica montagem como das mais inovadoras na trajetória de Zé Celso.
    "O Rei da Vela acabou virando manifesto para comunicarmos no Oficina, através do teatro e do anti-teatro, a chacriníssima realidade nacional", escreveu o diretor após a estréia, ele que procurou subverter forma e conteúdo no projeto.


ID
2011507
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Augusto Boal em sua passagem pelo Arena, sobretudo na montagem de Arena Conta Zumbi e depois em Arena Conta Tiradentes, propõe o que chamou de “sistema coringa” conforme o fragmento abaixo:

“(…) O sistema coringa foi imaginado por Boal como uma “saída” para um teatro em crise econômica, como uma “solução” estética – a um só tempo dramatúrgica e de espetáculo, destinada a viabilizar a cena possível naquele momento.(…)”

O “sistema coringa” revela-se como o afunilamento de sistemas pregressos como as esquetes do Centro Popular de Cultura – CPC – e também:

Alternativas

ID
2011510
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

No livro Teatralidades Contemporâneas, ao analisar o trabalho da companhia paulista O Teatro da Vertigem, Sílvia Fernandes destaca um ponto específico das pesquisas empreendidas pelo grupo, conforme transcrição abaixo.

“(…) A marca mais radical desta proposta é a concepção do teatro como pesquisa coletiva de atores, dramaturgo e encenador em busca de respostas a questões urgentes do país, especialmente das grandes metrópoles brasileiras (…) mantém a criação conjunta, mas preserva as diferenças, como se cada criador – ator, dramaturgo ou diretor – não precisasse abdicar de uma leitura própria do material experimentado em conjunto.(…)”

A principal técnica utilizada pelo grupo para montagens como Apocalipse 1,11 e O Livro de foi:

Alternativas

ID
2011513
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Samuel Beckett foi um dos maiores expoentes do Teatro do Absurdo. Um dos seus mais criativos textos -- Fim de Jogo -- narra as relações entre os personagens principais Clov e Hamm.

Jean-Pierre Ryngaert ao propor uma análise possível da obra diz que a verdadeira questão da peça é:

Alternativas

ID
2011516
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

“É a representação de uma ação nobre, levada a seu termo e tendo certa extensão por meio de uma linguagem temperada com variadas especiarias utilizadas separadamente, conforme as partes da obra; a representação é efetuada pelos personagens do drama e não recorre a narração; e representando a piedade e o pavor, ela realiza uma depuração desse gênero de emoções”.

Com base no texto, o gênero é:

Alternativas
Comentários
  • A tragédia é uma forma de peça de teatro, cujo fim é excitar o terror ou a piedade, baseada no percurso e no destino do protagonista ou herói, que termina, quase sempre, envolvido num acontecimento sinistro. GABARITO: LETRA B.


ID
2011519
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

“(…) a imitação da realidade, ou melhor, sua representação (...) supõe a existência de dois objetos – o modelo e o objeto criado –, que mantém entre si uma relação complexa de similitude e de dessemelhança.”

Marie-Claude Hubert se refere ao conceito de:

Alternativas

ID
2011522
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Marie-Claude Hubert, ao analisar a dramaturgia clássica, afirma:

“A ação dramática não pode começar nem terminar ao acaso. Ela só seria coerente ao satisfazer a exigência do verossímil e do necessário. (…) A unidade de ação só é crível para o espectador, se os fatos se encadearem de acordo com um princípio lógico de causalidade.”

Esta afirmação confirma o pensamento aristotélico que privilegia:

Alternativas

ID
2011525
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

O teatro de bonecos nos foi trazido pelos colonizadores europeus nos séculos XVI e XVII. A popularidade dos bonecos, inicialmente, está ligada às festas religiosas, tornando-se depois cada vez mais descontraído e profano, conforme pode-se verificar no comentário de Ana Maria Amaral e Valmor Beltrame.

“(…) Os bonecos são predominantemente de luva, com cabeças esculpidas em madeira: os traços faciais são marcados por narigões, bocas e lábios salientes pintados em cores vivas e sem preocupações naturalistas. Porém, são as características de conduta e caráter que os assemelham: são irreverentes, justiceiros, desafiam as autoridades, principalmente as judiciais, eclesiásticas e políticas, buscam provocar o riso na plateia e resolvem seus conflitos quase sempre com o recurso da pancadaria.(...)”

Os pesquisadores referem-se, especificamente, ao teatro de:

Alternativas
Comentários
  • Mamulengo é um teatro de características inteiramente populares, onde os atores são bonecos que falam, dançam, brigam e quase sempre, morrem. Muito difundido em alguns Estados do Nordeste do Brasil e principalmente em Pernambuco, tem raízes históricas e origens vinculadas ao teatro medieval europeu.

    Guardando elementos vinculados à tradição dos folguedos ibéricos e sendo remanescentes dos espetáculos da Commedia dell´Arte, o Mamulengo baseia-se na improvisação livre do ator (mamulengueiro). Conquanto tenha um roteiro básico para a história, que não é escrita, os diálogos são criados no momento mesmo do espetáculo, de acordo com as circunstâncias e com a forma de reação do público.

    Geralmente, o mamulengo utiliza a modalidade do boneco de luva. Mas encontramos também os mamulengueiros que preferem brincar – realizar apresentações - com bonecos de vara.


ID
2011528
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

O conceito de “quarta parede”, tão difundido nas escolas de teatro, foi forjado por Diderot, como ferramenta dramatúrgica para uso dos autores e também como indicação de representação.

Tal preocupação é resultado de um gênero que pretende “oferecer a sociedade um espelho fiel”, característico do:

Alternativas
Comentários
  • Na França do Séc. XVIII surgiu um novo gênero de teatro, o drama burguês, no qual se pretendia unir as linguagens próprias da tragédia e da comédia. A proposta mais conhecida nas teorias do teatro é a de , que em seus discursos sobre o teatro daquele momento, dizia que seria necessária a produção de uma estética que expressasse a realidade contemporânea da época, a criação de personagens que produzissem um elo de identificação com o cidadão comum, para que desta forma a ação dramática fosse interessante para este espectador


ID
2011531
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Constantin Stanislavski é um dos grandes nomes do teatro mundial. Dedicou parte de sua vida artística na elaboração de um método de interpretação que auxiliasse o ator na constru- ção de seus personagens. Marie-Claude Hubert ao analisar a imaginação do ator, segundo Stanislavski escreve:

“ Ele constrói seu personagem por meio do “reviver”, conceito stanislavskiano que podemos definir como a descoberta, na interpretação, de uma forte analogia entre a situação dramática contida no texto e o passado emocional pessoal.”

Para ajudar ao ator nesse processo, o diretor russo sugere que o intérprete pergunte a si mesmo qual seria a sua reação se ele se encontrasse na situação do personagem que encarna. O mestre russo está utilizando uma de suas técnicas, chamada:

Alternativas

ID
2011534
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Os trechos, abaixo, são de três grandes pensadores do Teatro. Identifique-os:

I - “Se o teatro essencial é como a peste não é por ser contagioso, mas porque, como a peste, é a revelação, a exposição, o impulso para fora, de um fundo de crueldade latente pelo qual se localizam num indivíduo ou num povo todas as possibilidades perversas do espírito.”

II - “É por isso que nossa arte requer que um ator experimente as angústias de seu papel, que chore todas as lágrimas de seu corpo em casa ou durante os ensaios, de maneira a obter calma, de maneira a se libertar de todos os elementos alheios ao seu papel ou que possam prejudicá-lo.”

III - “É preciso fazer desaparecer no ator o gesto comum, o gesto cotidiano, que obscurece o “impulso puro”. Nos momentos de grande alegria ou de grande sofrimento, o homem, arrebatado pelo “entusiasmo”, no sentido etimológico, utiliza signos rítmicos, põe-se a cantar ou a dançar. É essa expressão elementar que o ator deve tentar reencontrar, é ‘o signo orgânico’.”

Alternativas
Comentários
  • O teatro essencial é de Denise S. Pegadinha essa questão.

  • Cuidado aqui, hein!

    • o superávit financeiro é apurado no balanço patrimonial do EXERCÍCIO ANTERIOR.

    Melhor seria conferir a fonte do comentário para evitar problema.

  • Cuidado aqui, hein!

    • o superávit financeiro é apurado no balanço patrimonial do EXERCÍCIO ANTERIOR.

    Melhor seria conferir a fonte do comentário para evitar problema.


ID
2011537
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

“O jogo é psicologicamente diferente em grau, mas não em categoria, da atuação dramática. A capacidade de criar uma situação imaginativamente e de fazer um papel é uma experiência maravilhosa, é como uma espécie de descanso do cotidiano que damos ao nosso eu, ou as férias da rotina de todo o dia. Observamos que essa liberdade psicológica cria uma condição na qual tensão e conflito são dissolvidos, e as potencialidades são liberadas no esforço espontâneo de satisfazer as demandas da situação.”

Ao citar Neva Boyd, Viola Spolin aproxima o jogo da atuação dramática. Segundo a autora, as regras do jogo são estabelecidas por decisão grupal que visa resolver um “problema”. A energia liberada para resolver o “problema” cria uma explosão ou, em outras palavras, a:

Alternativas

ID
2011540
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Brecht escreve que a característica principal de seu teatro épico é:

“dirigir menos à afetividade do espectador do que à sua razão. O espectador não deve viver o que vivem os personagens, mas questionar estes últimos.”

O encenador deseja produzir um efeito de:

Alternativas

ID
2011543
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Segundo os Parâmetros Curriculares — PCN’s — de Arte do MEC — terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental, ao definir a importância do teatro na educação, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a)

    “o teatro favorece aos jovens e adultos a possibilidade de compartilhar descobertas, ideias, sentimentos, atitudes, ao permitir a observação de diversos pontos de vista, estabelecendo a relação do indivíduo com o coletivo e desenvolvendo a socialização.”


ID
2011546
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

“Toda proposta de Teatro-Educação se debate em torno da definição do binômio que constitui seu fundamento. Até que ponto o orientador de um grupo de crianças ou adolescentes deve encaminhar o trabalho para o lado artístico ou até que ponto o ensino artístico é de menor importância, considerando-se que está lidando em primeiro lugar com uma atividade de caráter formativo?”

Essa citação é de Ingrid Dormien Koudela. Segundo a autora Elliot Eisner distingue duas categorias de justificativas para o ensino da arte que têm determinado sua função educacional. Identifique-as:

Alternativas

ID
2011549
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Considere as citações abaixo:

I- “Saber improvisar e atuar nas situações de jogos, explorando as capacidades do corpo e da voz.”

II – “Estar capacitado para criar cenas escritas ou encenadas, reconhecendo e organizando os recursos para sua estruturação.”

III – “Estar capacitado para emitir opiniões sobre a atividade teatral, com clareza e critérios fundamentados, sem discriminação estética, étnica ou de gênero.”

Essas afirmações dizem respeito aos:

Alternativas
Comentários
  • criterios de vavaliação

  • Critérios de avaliação

    • Compreender o teatro como ação coletiva

    Compreender e estar habilitado para se expressar na linguagem dramática

    Compreender e apreciar as diversas formas de teatro produzidas nas culturas 


ID
2011552
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Os conteúdos de teatro, segundo os PCN’s – terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental – dividem-se em três: teatro como comunicação e produção coletiva; teatro como apreciação e teatro como produto histórico-cultural.

A alternativa que está diretamente relacionada ao conteúdo teatro como produto histórico-cultural, é:

Alternativas

ID
2011555
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Segundo Richard Courtney, o jogo mereceu atenção especial de Freud que afirmava: “o jogo é a forma do simbolismo secundário com o qual a criança tenta ordenar a realidade de acordo com o pensamento simbólico de seu inconsciente.”

Isso acontece por meio da:

Alternativas

ID
2011558
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

A pesquisadora Ivone Mendes Richter chama a atenção para a conceituação dos termos multiculturalidade e interdisciplinaridade em artigo de mesmo nome, que faz parte do livro “Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte”, de Ana Mae Barbosa. Segundo a pesquisadora “multidisciplinar, indica a existência de um trabalho entre muitas disciplinas, sem que estas percam suas características ou suas fronteiras”. Já o conceito de interdisciplinaridade indica:

Alternativas

ID
2011561
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Ingrid Dormien Koudela ao analisar o jogo sob a ótica de Piaget, afirma:

“Enquanto as crianças de três anos usavam blocos de madeira para simbolizar xícaras quando brincavam de casinha, as crianças de sete anos já querem que as xícaras sejam de verdade, que os botões de sua TV girem, que o seu telefone tenha um disco. Elas se preocupam com detalhes precisos na representação. (…) Enquanto o jogo sensório-motor se inicia nos primeiros meses e o jogo simbólico no segundo ano de vida, a fase que vai dos sete/oito aos onze/doze anos, caracteriza-se, segundo Piaget, pelo declínio do jogo simbólico (…)”.

Embora o fim do jogo simbólico varie, enormemente, devido à intervenção do fator cultural, Piaget acredita que ele chegue ao fim, em sua maioria, junto com a infância, para dar lugar ao seguinte jogo:

Alternativas

ID
2011564
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Os termos utilizados por Viola Spolin em seu livro “Improvisação para o Teatro” que corresponderiam ao cenário, personagem e ação de cena, são, respectivamente:

Alternativas

ID
2011567
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Segundo Viola Spolin “A realidade só pode ser física. Nesse meio físico ela é concebida e comunicada através do equipamento sensorial.”

A pesquisadora cria o termo “fisicalização” como parte de seu método de teatro improvisacional, um teatro com pouco ou nenhum material de cena, figurino ou cenário. A “fisicalização” é fundamental para o ator:

Alternativas

ID
2011570
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Artes Cênicas
Assuntos

Analise a afirmação abaixo:

“ (1) Ele ajuda a isolar segmentos de técnicas teatrais complexas (necessárias para o espetáculo) para que sejam completamente exploradas. (2) Ele dá o controle, a disciplina artística em improvisação, onde a criatividade não canalizada poderia ser uma força mais destrutiva do que estabilizadora. (3) Ele propicia ao aluno o foco num ponto único (“Olhe para a bola”) dentro do problema de atuação, e isto desenvolve sua capacidade de envolvimento com o problema e relacionamento com seus companheiros na solução do problema. (…) (4) Esta singularidade de foco num ponto, usado na solução de um problema (…) libera o aluno para a ação espontânea e é veículo para uma experiência orgânica e não cerebral”.

Viola Spolin defende a utilização do:

Alternativas
Comentários
  • O Foco é apresentado por Spolin, como o ponto de concentração para onde o aluno/jogador deve dirigir toda a sua atenção no momento do jogo. Com a atenção direcionada para determinado ponto, o aluno consegue, com maior facilidade, manter a concentração durante todo o desenvolvimento do jogo, pois sua energia está direcionada. 


ID
2011573
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em uma determinada escola, no início do ano, professores se organizavam para planejar a proposta pedagógica para o ano letivo. Um grupo de professores entregou à Coordenação Pedagógica sua listagem de conteúdos que seriam desenvolvidos ao longo do ano e preparava-se para ir embora. A direção da escola solicitou que permanecessem para a reunião de planejamento com todo o corpo docente. A diretora tomou essa iniciativa baseada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394, de 20 de novembro de 1996, que anuncia em seu Art. 13, que docentes incumbir-se-ão de:

Alternativas
Comentários
  • Resposta :     A

  • Letra D tb está correta!!

    Questao com duas respostas!

     

  • Anderson, a letra D também esta prevista nas imcubencias dos docentes. No entanto, a questão está cobrando qual imcubencia garante que o professor deve permanecer na reunião.

    A letra D garante que o docente deve elaborar e cumprir o plano de trabalho; Já a letra A garante que ele deve participar integralmente, não somente dos planejamentos e avaliações, mas também de todo desenvolvimento profissional (esta incluso as reuniões, entrega de boletins, etc).


ID
2011579
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Parecer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação nº 04 de 1998 esclarece que os sistemas de ensino possuem autonomia para desenvolver suas áreas curriculares. Contudo, deixa claro que as propostas pedagógicas das escolas devem integrar bases teóricas que favoreçam a organização dos conteúdos do paradigma curricular da Base Nacional Comum e sua Parte Diversificada, visando ser coerente:

Alternativas

ID
2011582
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia o fragmento abaixo:

“Normalmente, quando nos referimos ao desenvolvimento de uma criança, o que buscamos compreender é até onde a criança já chegou, em termos de um percurso que, supomos, será percorrido por ela. Assim, observamos seu desempenho em diferentes tarefas e atividades, como por exemplo: ela já sabe andar? Já sabe amarrar sapatos? Já sabe construir uma torre com cubos de diversos tamanhos? Quando dizemos que a criança já sabe realizar determinada tarefa, referimo-nos à sua capacidade de realizá-la sozinha. Por exemplo, se observamos que a criança já sabe amarrar sapatos, está implícita a ideia de que ela sabe amarrar sapatos, sozinha, sem necessitar de ajuda de outras pessoas.”

OLIVEIRA, Martha Kolh de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento; um processo sóciohistórico. São Paulo: Scipione, 1991. Pág. 11

O trecho apresenta uma das categorias de análise usada por Vygotsky ao estudar o desenvolvimento humano, que é:

Alternativas

ID
2011585
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

José Carlos Libâneo, em seu livro Didática, declara:

(...) A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo; é, antes, a atividade consciente de previsão das ações docentes (...)

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990. Pág.222

Nesse trecho, o autor destaca uma das características do planejamento pedagógico, que é:

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