SóProvas



Questões de Classificação dos verbos (Regulares, Irregulares, Defectivos, Abundantes, Unipessoais, Pronominais)


ID
5677
Banca
CESGRANRIO
Órgão
EPE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Memória
Potencial para o futuro


Treinar a memória equivale a treinar os músculos
do corpo ? é preciso usá-la ou ela atrofia. Há duas boas
maneiras para fazer isso: a primeira é a leitura, porque,
no instante em que se lê algo, ativam-se as memórias
visual, auditiva, verbal e lingüística. "A qualidade do que
se lê importa mais que a quantidade, porque gostar do
assunto gera interesse", diz o médico e pesquisador
Iván Izquierdo, diretor do Centro de Memória da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A memória
sofre influência do humor e da atenção, despertada
quando existe interesse em determinado assunto ou
trabalho ? o desinteresse, ao contrário, é uma espécie
de "sedativo", que faz a pessoa memorizar mal. A outra
forma de deixar a memória viva é o convívio com
familiares e amigos, com quem se podem trocar idéias
e experiências. "Palavras cruzadas são inferiores à
leitura, mas também ajudam. Da mesma forma que ouvir
uma música e tentar lembrar a letra ou visitar uma cidade
para onde já se viajou e relembrar os pontos mais
importantes", afirma Izquierdo.
É preciso corrigir o estilo de vida para manter a
memória funcionando bem. "Uma pessoa de 40 anos
só sofre de esquecimento se viver estressada e tiver
um suprimento de informações acima do que é capaz
de processar. Não dá para esperar o mesmo nível de
retenção de informação quando se lê um e-mail enquanto
se conversa ao telefone e é interrompido pela secretária.
É preciso dar tempo para o cérebro", explica o psiquiatra
Orestes Forlenza, da USP.
Segundo Barry Gordon, professor da Johns Hopkins
Medical Institution, a memória "comum" focaliza coisas
específicas, requer grande quantidade de energia mental
e tem capacidade limitada, deteriorando-se com a idade.
Já a "inteligente" é um processo que conecta pedaços
de memória e conhecimentos a fim de gerar novas
idéias. É a que ajuda a tomar decisões diárias, aquela
"luz" que se acende quando se encontra a solução de
um problema. Por exemplo: a comum esquece o
aniversário da mulher; a inteligente lembra o que poderia
ser um presente especial para ela. A comum esquece
o nome de um conhecido encontrado na rua; a
inteligente lembra o nome da mulher dele e onde ele
trabalha, pistas que acabam levando ao nome da
pessoa.

CLEMENTE, Ana Tereza; VEIGA, Aida. Receitas para a inteligência.
Revista Época. 31 out.2005. p.77-78.

O texto apresentado constrói-se de forma impessoal. Em que passagem o(s) verbo(s) NÃO se apresenta(m) de forma impessoal?

Alternativas
Comentários
  • Verbos impessoais são verbos que, não apresentando sujeito, são conjugados apenas na 3.ª pessoa do singular.



    O desinteresse é uma espécie de sedativo

    suj. v. de ligação predicativo do sujeito

  • É só observar que em todas as alternativas com exceção do ítem D estão com verbos no infinitivo,foi assim que consegui resolver se eu estiver errado por favor me corrijam.

  • GAB: LETRA D

    Complementando!

    Fonte: Sandra

    Verbos impessoais são aqueles sobre os quais não se pode atribuir sujeito

    Os casos mais conhecidos são:

    • verbos que indicam fenômenos da natureza

    Ex: Choveu hoje.

    • "haver" no sentido de "existir" ou de tempo decorrido

    Ex: Há muito tempo isso ocorreu.

    Ex: Há dias estamos sem água.

    • "fazer" no sentido de tempo decorrido ou meteorológico

    Ex: Faz calor aqui.

    Ex: Faz tempo que isso ocorreu.

    •  "ser" e "estar" acompanhando palavras que indicam fenômenos naturais ou climáticos

    Ex: Estava frio ontem.

    Ex: Aqui é frio.

    ===

    A - “Treinar a memória equivale a treinar os músculos do corpo ⎯ ” (l. 1-2)

    INCORRETA

    Analisemos a frase:

    "Treinar a memória equivale a treinar os músculos do corpo"

    Quem está fazendo a ação de treinar? Ninguém, não cabe essa pergunta. É uma frase que se propõe como verdade, não havendo sujeito.

     Treinar, nesta frase, é impessoal, pois não apresenta sujeito.  

    ===

    B - “Há duas boas maneiras para fazer isso:” (l. 2-3)

    INCORRETA

    Analisemos a frase:

    "Há duas boas maneiras para fazer isso"

    Quem há? Quem está fazendo essa ação? Não cabe essa pergunta: "Haver" no sentido de existir não tem sujeito, sendo impessoal. 

    ===

    C - “porque gostar do assunto gera interesse’,” (l. 6-7)

    INCORRETA

    Analisemos a frase:

    “porque gostar do assunto gera interesse"

    Nenhum dos verbos ("gostar" e "gera") tem sujeito nesta frase. São, portanto, impessoais. 

    É interessante notar que além dos verbos "haver" no sentido de existir ou de tempo decorrido, "fazer" nas indicações de tempo, "ir" também aplicado a tempo decorrido, "ser" e "estar" indicando fenômeno natural, as frases que apresentam sentido geral também não têm sujeito, sendo apresentadas como verdades (ex: Gostar do assunto gera interesse).

    ===

    D - “o desinteresse, ao contrário, é uma espécie de ‘sedativo’,” (l. 12-13)

    CORRETA

    O verbo "é" não é impessoal porque tem sujeito claroo desinteresse.

    O verbo ser será impessoal (não terá sujeito) quando indicar horas ou tempo:

    Ex: Já são são 12 horas.

    Ex:  É manhã aqui em São Paulo. 

    ===

    E - “Não dá para esperar o mesmo nível de retenção de informação...” (l. 25-26)

    INCORRETA

    Analisemos a frase:

    "Não dá para esperar o mesmo nível de retenção de informação...”

    "" e "esperar" são impessoais, pois não apresentam sujeito. Se perguntarmos " Quem não dá?" Não há um sujeito que esteja praticando essa ação. 

    • É importante saber que além dos conhecidos casos de verbos impessoais, é necessário analisar cada frase, observando se é possível atribuir ao verbo da frase em questão um sujeito.  


ID
206170
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

K. Anders Ericsson, sueco grandalhão, barbudo e entusiástico, é professor de Psicologia na Florida State University, na qual recorre à pesquisa empírica para determinar o quanto do talento é "natural" e o quanto é adquirido. Conclusão: o atributo que em geral denominamos "talento bruto" é muito superesti­mado. "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", diz. "Mas dispomos de muito poucas evidências concretas de que alguém seja capaz de alcançar qualquer espécie de desempenho excepcio­nal sem se dedicar ao autoaperfeiçoamento". Ou, em outros termos, a excelência - no futebol, no piano, na cirurgia ou em programação de computadores - quase sempre é conquistada, não inata.

E é verdade, como sua avó sempre lhe dizia, que a prática realmente faz a perfeição. Mas não só a prática desordeira, ao acaso. O domínio de uma área, a mes­tria, decorre do que Ericsson denomina "prática delibe­rada", o que significa mais que tocar ao piano a escala de C menor 100 vezes ou treinar saques de tênis até deslocar o ombro. A prática deliberada tem três com­ponentes básicos: definição de objetivos específicos, obtenção de feedback imediato e concentração tanto em técnicas quanto em resultados.

As pessoas que se tornam excelentes em determinada área nem sempre são as mesmas que parecem "super­dotadas" quando crianças ou jovens. Isso sugere que, quando se trata de escolher o que fazer na vida, as pessoas devem fazer o que amam - sim, sua avó tam­bém lhe disse isso - porque, se você não amar o que faz, dificilmente se empenhará o suficiente para ser bom no que faz.

LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. Super Freakonomics. O lado oculto do dia a dia. Trad. Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 56-57. (adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta dois verbos defectivos, isto é, aqueles que não possuem a conjugação completa, não podendo ser usados em certos modos, tempos ou pessoas.

Alternativas
Comentários
  • A) Comer - verbo regular; Puir - verbo defectivo (eu -não existe; tu-puis; ele-pui; nós puímos; vós-puís; eles-puem.)

    B) Falir - verbo defectivo (eu-não existe; tu-não existe; ele-não existe; nós-falimos; vós-falis; eles-não existe.); Adequar - verbo defectivo (eu-não existe;tu-não existe; ele-não existe; nós-adequamos; vós-adequais; eles-não existe.)

    C)Abolir-verbo defectivo (eu-não existe; tu-abolis;ele-aboli; nós-abolimos; vós-abolis;eles-abolem.); Chorar - verbo regular.

    D)Extorqui - verbo defectivo (eu-não existe; tu-extorques;ele-extorque;nós-extorquimos;vós-extorquis;eles-extorquem.); matar - verbo regular.

    E) Acontecer - verbo defectivo ( eu -não existe; tu-não existe; ele-acontece; nós-não existe; vós-não existe; eles-acontecem.); Dormir - verbo regular

  • Ué, por que adequar é um um verbo defectivo? Que eu saiba ele tem conjugação completa, não? Alguém pode me ajudar? Desde já, agradeço e perdoem a ignorância rsrs

  • Juliana Lima, eu acertei a questão por eliminação, mas fiquei curioso a respeito do verbo adequar e achei um artigo bem pequeno que também pode te ajudar:

    http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/adequar-um-verbo-defectivo.htm

  • O verbo "adequar" não é mais defectivo. Essa questão está desatualizada.


ID
263749
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

I – __________________ ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral.

II – ___________________ muito, atualmente, sobre política.

III – ___________________ considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto.

As palavras que, na sequência, completam corretamente as frases acima são:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    Debateram-se: as questões foram debatidas (plural)

    Fala-se muito sobre política (alguém fala: singular)

    Devem-se: as ponderações devem ser consideradas (plural)
  • O verbo concorda com o sujeito

    a) sujeito: as questões,
    Debateram-se

    b)  sujeito:  política
    Fala-se

    c) sujeito: as ponderações
    Devem-se
  • Item I - Neste contexto, verbo debater é transitivo direto e indireto (debater o que? as questões / sobre o que? sobre ética e moral) e por isso permite a voz passiva.

    A construção está no voz passiva sintética (Debateram-se as questões...) logo o verbo deve concordar com o sujeito paciente "as questões". Na passiva analítica seria "As questões sobre ética e moral foram debatidas".


    Item II - No contexto o verbo falar é transitivo indireto (Fala-se sobre política), logo não permite a voz passiva, não se flexionando em número.


    Item III - Novamente o verbo, agora em tempo composto, é transitivo direto (considerar o que? as ponderações) e apresenta-se na voz passiva sintética, concordando com sujeito paciente "Devem-se considerar as ponderações". Na passiva analítica seria "As ponderações devem ser consideradas".

    Alternativa A.
  • Vejamos as frases:
    I – DEBATERAM-SE ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral.
    (veja que o sujeito do verbo “debater” é a expressão “as questões sobre ética e moral”, por isso o verbo deve estar conjugado na 3ª pessoa do plural, concordando com seu sujeito).
    II – FALA-SE muito, atualmente, sobre política.
    (veja que o verbo “falar” é transitivo indireto e o “se” é um índice de indeterminação do sujeito, por isso o verbo deve estar conjugado na 3ª pessoa do singular)
    III – DEVEM-SE considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto.
    (veja que o sujeito de “dever considerar” é a expressão “as ponderações que ela tem feito sobre o assunto”, por isso o verbo auxiliar deve estar conjugado na 3ª pessoa do plural, concordando com seu sujeito)
  • PRONOME APASSIVADOR

     

    O “se” é partícula apassivadora ou pronome apassivador quando usado com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos, formando a voz passiva sintética.

     

    ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO

     

    O “se” é índice de indeterminação do sujeito quando usado com verbos que não são transitivos diretos, ou seja, quando usados com verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação.

     

    Quando se usa o “se” como índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve estar sempre conjugado na 3ª pessoa do singular.

     

    DEBATER: verbo transitivo direto (debater alguma coisa). A presença do “se” após esse verbo determina uma estrutura de voz passiva sintética. Esse verbo deve, portanto, concordar com o sujeito.

     

    FALAR: verbo transitivo indireto (falar sobre alguma coisa). A presença do “se” após esse verbo significa que o sujeito a frase está indeterminado. O verbo deve estar conjugado, portanto, na 3ª pessoa do singular.

     

    DEVER: verbo auxiliar da estrutura “dever considerar”. Nesse caso, observamos a regência do verbo “considerar” no contexto apresentado: transitivo direto (considerar alguma coisa). A presença do “se” após o verbo auxiliar determina uma estrutura de voz passiva sintética. Esse verbo deve, portanto, concordar com o sujeito.

     

    Vejamos as frases:

     

    I – DEBATERAM-SE ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral.

     

    (veja que o sujeito do verbo “debater” é a expressão “as questões sobre ética e moral”, por isso o verbo deve estar conjugado na 3ª pessoa do plural, concordando com seu sujeito).

     

    II – FALA-SE muito, atualmente, sobre política.

     

    (veja que o verbo “falar” é transitivo indireto e o “se” é um índice de indeterminação do sujeito, por isso o verbo deve estar conjugado na 3ª pessoa do singular)

     

    III – DEVEM-SE considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto.

     

    (veja que o sujeito de “dever considerar” é a expressão “as ponderações que ela tem feito sobre o assunto”, por isso o verbo auxiliar deve estar conjugado na 3ª pessoa do plural, concordando com seu sujeito)

  • O primeiro verbo deve ficar no plural, porque apresenta sujeito no plural.
    Além disso,
    note que o verbo vem acompanhado da partícula
    apassivadora. Veja:

    Debateram-SE ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral.
    =

    As questões sobre ética e moral foram debatidas ontem na reunião.
    O grande bizu para você não deixar de perceber que o verbo vem
    acompanhado da partícula apassivadora é colocá-lo na voz passiva
    analítica — como fiz acima. Recomendo esta técnica de visualização do SE
    (apassivador)
    .


    No segundo caso, o verbo fica na 3ª pessoa do singular, pois o sujeito é
    indeterminado.
    O SE, neste caso, é um índice de indeterminação do
    sujeito.
    Por favor, não confunda SE (apassivador) com SE (indeterminado
    do sujeito),
    pois o verbo com este não pode ser passado para a voz
    passiva analítica, já o verbo com aquele sim.
    SUPER BUZU!!

    O terceiro caso anula a questão, que não foi anulada (até onde sei). Vou
    explicar por que ela deveria ser anulada. Relaxa. 


    Devem-se considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto”
    ou “Deve-se considerar as ponderações que ela tem feito sobre o
    assunto” são formas corretas na língua culta.


    Na primeira frase, encaramos ‘Devem-se considerar’ como locução verbal,
    cujo sujeito é ‘as ponderações...’, por isso o verbo auxiliar acompanhado
    da partícula apassivadora fica no plural.
    Ou seja: “As ponderações que ela
    tem feito sobre o assunto devem ser consideradas”.


    Na segunda frase, encaramos ‘Deve-se’ como um verbo só (oração
    principal), e ‘considerar’ outro verbo, com função de sujeito oracional do
    verbo dever. Ou seja:
    “Considerar as ponderações que ela tem feito sobre
    o assunto deve-se”. Passando para a voz passiva analítica o verbo dever,
    teremos: “
    Considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto é
    devido”.

    A CESGRANRIO privilegiou a primeira forma (letra A), mas se esqueceu
    de que a segunda forma é também aceita pela norma culta (letra D).


    FERNANDO PESTANA
    GABARITO: A.


ID
263761
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O verbo destacado NÃO é impessoal em:

Alternativas
Comentários
  • Os verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito.
    Há alguns muito usados:
    - verbo “haver” no sentido de “existir"
     - fenômenos da natureza: chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar, estar e fazer (meteorologia).
    - indicam tempo: ser (indicando data, hora, distância) e fazer (tempo).

    Observação: Os verbos impessoais ficam sempre na 3ª pessoa do SINGULAR.

    a) indica tempo
    b) sentido de existir
    c) fenomeno da natureza
    d) indica hora
    e) existe sujeito. Não é impessoal o verbo. Embora (ELE) houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado.
    Observação (Verbo haver no sentido de ter não é verbo impessoal)
  • Letra E

    Embora(ele)houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado.


    Grande abraço e bons estudos.
  • a) o verbo fazer, quando indica TEMPO TRANSCORRIDO, é impessoal, conservando-se na 3ª pessoa de singular.

    b) o verbo haver, quando possui sentido de existir, é impessoal, conservando-se na 3ª pessoa de singular.

    c) o verbo fazer, quando indica FENÔMENO METEOROLÓGICO, é impessoal, conservando-se na 3ª pessoa de singular.

    d) o verbo passar, seguido de preposição, indicando tempo, é impessoal.

    e) O verbo haver só será
     impessoal quando vier no sentido de existir ou quando indicar tempo decorrido, podendo ser substituído por "faz".
  • Letra E

    Olha a dica:
    o verbo HAVER só será impessoal quando estiver no sentido de FERA (Fazer, Existir, Realizar ou Acontecer)

    Bons Estudos para Todos!
  • Alguns outros exemplos do verbo HAVER sendo PESSOAL.

    No Sentido de Pensar, Julgar, Entender, Considerar:
    => Todos me haviam por milionário. [haviam = consideravam]
    => Os professores haviam-no como o melhor da turma.

    No Sentido de Proceder, Portar-se, Desincumbir-se, Sair-se:
    => O soldado houve-se como herói. [houve-se = portou-se]

    No sentido de entender-se, acertar contas, enfrentar, caso em que se constrói com a preposição [com]:
    => Agora o criminoso terá de haver-se com a justiça. [acertar contas]

    []s
  • Sigo aprendendo, mais e mais. Viva os comentários. [É isso. Suedilson]

  • Os verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito. 

    Há alguns muito usados, como o verbo “haver” no sentido de “existir”, como o próprio “há” no início dessa oração. 

  • Porque não é a D?

  • SÃO VERBOS IMPESSOAIS

     

    1) verbo “haver” com sentido de existir ou indicando tempo.

     

    Há muitas coisas para eu fazer.

    Deve haver muitas coisas para eu fazer.

    Há meses que não saio da cidade.

     

    2) verbo “fazer” indicando tempo decorrido ou fenômeno da natureza

     

    Faz três dias que não estudo.

    Vai fazer três anos que estudo nessa escola.

    Fez noites frias esse ano.

     

    3) verbo que indicam fenômeno da natureza

     

    Choveu bastante ontem.

    Ventava toda noite.

     

    4) verbos “ser” indicando horas, datas e distâncias

     

    São duas da tarde.

    São cinco quilômetros da sua casa até aqui.

    É primeiro de março.

    Hoje é três de dezembro. (= Hoje é dia três de dezembro.)

    Hoje são três de dezembro.

     

    5) expressão “passar de” indicando horas

     

    Já passa das dez horas.

     

    6) expressões “chegar de” e “bastar de ” no imperativo

     

    Basta de correria, pessoal

     

     

    Observações importantes: os verbos impessoais, de forma geral, são conjugados nos tempos e modos verbais conforme o contexto em que estão inseridos, mas devem ficar sempre na 3ª pessoa do singular. A exceção a essa regra é o caso do verbo “ser” indicando horas, datas e distâncias: o verbo “ser” concorda com o número que indica a hora, a data ou a distância, podendo ficar no singular (se o número for 1) ou no plural (se o número for maior que 1) – nas datas, existe a possibilidade de flexão no singular ou no plural com números maiores que 1.

     

     

    Vejamos cada alternativa:

     

    (A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor de finanças.

     

    Verbo “fazer” indicando tempo decorrido = verbo impessoal

     

    (B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção.

     

    Verbo “haver” com sentido de existir = verbo impessoal

     

    (C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial.

     

    Verbo “fazer” indicando fenômeno da natureza = verbo impessoal

     

    (D) Já passava das quatro horas quando ela chegou.

     

    Expressão “passar de” indicando horas = verbo impessoal

     

    (E) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado.

     

    Verbo “haver” com sentido ter não é verbo impessoal

  • Os verbos impessoais são aqueles que não têm sujeito.


    O verbo haver (no sentido de existir, ocorrer ou indicando tempo
    decorrido)
    é um deles, mas na letra E não é o caso, pois há um sujeito
    oculto para o verbo haver:
    Embora (ele) houvesse acertado a hora, ele
    chegou atrasado.

    GABARITO: E.

  • Mesmo sendo super antiga, viu responder:

    Fazer indicando tempo ou fenômeno da natureza = impressoal (não tem sujeito)

    Haja é o verbo haver, logo haver no sentido de existir, ocorrer e acontecer = impessoal.

    Passar + de (tempo) = impressoal.

    Gabarito E

    Embora houvesse acertado a hora, quem chegou atrasado?

    Ele (sujeito da oração) .


ID
263998
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O verbo destacado NÃO é impessoal em:

Alternativas
Comentários
  • a) o verbo fazer, quando indica TEMPO TRANSCORRIDO, é impessoal, conservando-se na 3ª pessoa de singular.

    b) o verbo haver, quando possui sentido de existir, é impessoal, conservando-se na 3ª pessoa de singular.

    c) o verbo fazer, quando indica FENÔMENO METEOROLÓGICO, é impessoal, conservando-se na 3ª pessoa de singular.

    d) o verbo passar, seguido de preposição, indicando tempo, é impessoal.

    e) O verbo haver só será
    impessoal quando vier no sentido de existir ou quando indicar tempo decorrido, podendo ser substituído por "faz".

ID
307450
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
TRE-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A "NÃO­ME­TOQUES" ! 

Artur Azevedo 



Passavam­se  os  anos,  e Antonieta  ia  ficando para  tia,  ­  não  que  lhe  faltassem  candidatos, 
mas  ­  infeliz  moça!  ­  naquela  capital  de  província  não  havia  um  homem,  um  só,  que  ela 
considerasse digno de ser seu marido. Ao Comendador Costa começavam a inquietar seriamente as 
exigências  da  filha,  que  repelira,  já,  com desdenhosos muxoxos,  uma  boa  dúzia  de  pretendentes 
cobiçados pelas principais donzelas da cidade. Nenhuma destas se casou com rapaz que não fosse 
primeiramente enjeitado pela altiva Antonieta. 
­- Que  diabo!  dizia  o  comendador  à  sua mulher, D. Guilhermina,  ­  estou  vendo  que  será 
preciso encomendar­lhe um príncipe! 
­-  Ou  então,  acrescentava  D.  Guilhermina,  esperar  que  algum  estrangeiro  ilustre,  de 
passagem nesta cidade.. 
­- Está você bem aviada! Em quarenta anos que aqui estou, só dois estrangeiros  ilustres cá 
têm vindo: o Agassiz e o Herman. 
Entretanto,  eram  os  pais  os  culpados  daquele  orgulho  indomável.  Suficientemente  ricos 
tinham dado à  filha uma educação de  fidalga, habituando­a desde pequenina  a ver  imediatamente 
satisfeitos os seus mais custosos e extravagantes caprichos. 
Bonita, rica, elegante, vestindo­se pelo último figurino, falando correntemente o francês e o 
inglês,  tocando muito  bem  o  piano,  cantando  que  nem  uma  prima­dona,  tinha Antonieta  razões 
sobejas para se julgar um avis rara na sociedade em que vivia, e não encontrar em nenhuma classe 
homem que merecesse a honra insigne de acompanhá­la ao altar. 
Uma grande viagem à Europa, empreendida pelo comendador em companhia da esposa e da 
filha,  completara  a  obra.  Ter  estado  em  Paris  constituía,  naquela  boa  terra,  um  título  de 
superioridade. 
Ao  cabo  de  algum  tempo,  ninguém  mais  se  atrevia  a  erguer  os  olhos  para  a  filha  do 
Comendador Costa, contra a qual se estabeleceu pouco a pouco certa corrente de animadversão. 
Começaram todos a notar­lhe defeitos parecidos com os das uvas de La Fontaine, e, como a 
qualquer indivíduo, macho ou fêmea, que estivesse em tal ou qual evidência, era difícil escapar ali a 
uma alcunha, em breve Antonieta se tornou conhecida pela "Não­me­toques". 

II 

Teria  sido  realmente  amada? Não, mas  apenas  desejada,  ­  tanto  assim  que  todos  os  seus 
namorados se esqueceram dela... 
Todos, menos  o mais  discreto,  o mais  humilde,  o  único  talvez,  que  jamais  se  atrevera  a 
revelar os seus sentimentos. 
Chamava­se  José  Fernandes,  e  era  o  primeiro  empregado  da  casa  do Comendador Costa, 
onde entrara aos dez anos de idade, no mesmo dia em que chegara de Portugal. 
Por  esse  tempo  veio  ao mundo Antonieta.  Ele  vira­a  nascer,  crescer,  instruir­se,  fazer­se 
altiva e bela. Quantas vezes a trouxera ao colo, quantas vezes a acalentara nos braços ou a embalara 
no berço! E, alguns anos depois, era ainda ele quem todas as manhãs a  levava e  todas as tardes ia 
buscá­la no colégio. 
Quando Antonieta chegou aos quinze anos e ele aos vinte e cinco, "Seu José" (era assim que 
lhe  chamavam)  notou que  a  sua  afeição por  aquela menina se  transformava,  tomando um  caráter 
estranho e indefinível; mas calou­se, e começou de então por diante a viver do seu sonho e do seu 
tormento.  Mais  tarde,  todas  as  vezes  que  aparecia  um  novo  pretendente  à  mão  da  moça,  ele 
assustava­se, tremia, tinha acessos de ciúmes, que lhe causavam febre, mas o pretendente era, como 
todos os outros, repelido, e ele exultava na solidão e no silêncio do seu platonismo.
Materialmente, Seu José sacrificara­se pelo seu amor. Era ele, como se costuma dizer (não 
sei com que propriedade) o "tombo" da casa comercial do Comendador Costa; entretanto, depois de 
tantos anos de dedicação e amizade, a sua situação era ainda a de um simples empregado; o patrão, 
ingrato e egoísta, pagava­lhe em consideração e elogios o que  lhe devia em  fortuna. Mais de uma 
vez apareceram a Seu José ocasiões de trocar aquele emprego por uma situação mais vantajosa; ele, 
porém, não tinha ânimo de deixar a casa onde ao seu lado Antonieta nascera e crescera. 

III 

Um dia, tudo mudou de repente. 
Sem  dar  ouvidos  a  Seu  José,  que  lhe  aconselhava  o  contrário,  o  Comendador  Costa 
empenhou a sua casa numa grande especulação, cujos efeitos foram desastrosos, e, para não fechar 
a porta, viu­se obrigado a fazer uma concordata com os credores. Foi este o primeiro golpe atirado 
pelo destino contra a altivez da "Não­me­toques". 
A casa  ia de novo se  levantando, e  já estava quase  livre dos seus compromissos de honra, 
quando  o Comendador Costa,  adoecendo  gravemente,  faleceu, deixando  a  família  numa  situação 
embaraçosa. 
Um  verdadeiro  deus  ex machina  apareceu  então  na  figura  de  Seu  José  que,  reunindo  as 
suadas  economias  que  ajuntara  durante  trinta  anos,  e  associando­se  a D. Guilhermina,  fundou  a 
firma Viúva Costa & Fernandes, e salvou de uma ruína iminente a casa do seu finado patrão. 

IV 

O estabelecimento prosperava a olhos vistos e era apontado como uma prova eloqüente de 
quanto  podem  a  inteligência,  a  boa  fé  e  a  força  de  vontade,  quando  o  falecimento  da  viúva D. 
Guilhermina veio colocar a  filha numa situação difícil... Sozinha, sem pai nem mãe, nem amigos, 
aos trinta e dois anos de idade, sempre bela e arrogante em que pesasse a todos os seus dissabores, 
aonde  iria  a  "Não­me­toques"? Antonieta  foi  a  primeira  a  pensar  que o  seu  casamento  com  José 
Fernandes era um ato que as circunstâncias impunham... [...] 
Começou  então  uma  nova  existência  para  Antonieta,  que,  não  obstante  aproximar­se  da 
medonha casa dos quarenta, era sempre formosa, com o seu porte de rainha e o seu colo opulento, 
de  uma  brandura  de  cisne.  As  suas  salas,  profundamente  iluminadas,  abriam­se  quase  todas  as 
noites para grandes e pequenas recepções: eram  festas sobre festas. Agora  já  lhe não chamavam a 
"Não­me­toques";  ela  tornara­se  acessível,  amável,  insinuante,  com  um  sorriso  sempre  novo  e 
espontâneo  para  cada  visita. Fizeram­lhe  a  corte,  e  ela,  outrora  impassível  diante  dos  galanteios, 
escutava­os  agora  com  prazer.  Um  galã,  mais  atrevido  que  os  outros,  aproveitou  o  momento 
psicológico e conseguiu uma entrevista ­ Esse primeiro amante foi prontamente substituído. Seguiu­ 
se outro, mais outro, seguiram­se muitos... 

VII 

E quando Seu José, desesperado, fez saltar os miolos com uma bala, deixou esta frase escrita num 
pedaço de papel: 
"Enquanto  foi  solteira,  achava minha mulher  que  nenhum  homem  era  digno  de  ser  seu marido; 
depois de casada (por conveniência) achou que todos eles eram dignos de ser seus amantes. Mato­ 
me”. 

Cor reio da Manhã, 12 de outubro de 1902. 
http://www.dominiopublico.gov.br /download/texto/bi000050.pdf 


No trecho a seguir , os verbos são considerados, respectivamente: “naquela capital de província não havia um homem, um só, que ela considerasse digno de ser seu marido”.

Alternativas
Comentários
  • 1º Verbo:
    Verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito, obrigando o verbo a se restringir à terceira pessoa do singular.

    O verbo Haver no sentido de existir é um verbo impessoal!

    Portanto o "havia" é impessoal. Notem:

    "naquela  capital  de  província não existia um homem, um só..."

    Só para exemplificar, se substituíssemos por "dois homens", o correto seria:

    "naquela  capital  de  província não havia dois homens"

    Repare que o verbo HAVER NÃO flexiona.

    ======
    2º Verbo:
    Já o verbo considerar concorda com o sujeito "ela", ou seja é PESSOAL!

    Repare que se mudasse o "ela" para "elas" o verbo concordaria com a terceira pessoa do plural (e não mais com a terceira do singular)
    "...que elas considerassem....”

    Portanto, alternativa B.

ID
518461
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que todos os verbos são defectivos.

Alternativas
Comentários
  • Verbos defectivos são aqueles que não possuem todas as pessoas, ou seja, conjugação incompleta. Geralmente são verbos de fenômenos da natureza(chover), verbos que representam sons de animais(latir, miar)

     

    Gabarito letra D

    @papirobizurado

  • Embora o verbo computar já tenha sido considerado defectivo, atualmente é conjugado como um verbo regular, em todos os tempos e pessoas verbais.

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-computar/

  • Defectivo é o verbo que, na sua conjugação, não apresenta todas as formas: colorir, precaver-se, reaver, abolir etc. É preciso não confundi-lo com os verbos chamados impessoais e unipessoais, que, como veremos, só se usam nas terceiras pessoas.

    Fonte: Bechara

    Gab: D


ID
528826
Banca
FCC
Órgão
TRT - 11ª Região (AM e RR)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É injustificável a forma plural do verbo haver no caso da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Não haveriam (EXISTIRIAM), meios de alcançar o sucesso de nossas expedições, caso uma empresa não se dispusesse a patrociná-las. É A RESPOSTA: ÚNICO ITEM EM QUE O VERBO HAVER ESTÁ NO SENTIDO DE EXISTIR, NESSE CASO SERÁ IMPESSOAL, OU SEJA, FICA NO SINGULAR. 

     b Mais livros houvessem (= TIVESSEM) sido doados, mais leitores se beneficiariam da nova biblioteca.

     c Que haverão (TERÃO) eles cometido, para despertarem tantos ressentimentos entre os colegas?

     d Que haveriam(TERIAM) de trazer àquela gente simples da aldeia os aventureiros que chegavam com novos hábitos?

     e Não imagino a quem haveriam (TERIAM) de agradecer os meninos pelo equipamento esportivo que receberam.

  • Eu também faço isso fabiana:

    PARA SABER SE O HAVER É OU NÃO EXISTENCIAL BASTA TROCAR:

    -  PELO VERBO EXISTIR: se der certo é IMPESSOAL E NÃO VIA

    - PELO VERBO TER: se der certo é PESSOA E VAIRA

     

     

    GABARITO ''A''

  • GABARITO ''A''

     

    Segue a dica:

    PARA SABER SE O HAVER É OU NÃO EXISTENCIAL BASTA TROCAR:

    -  PELO VERBO "EXISTIR": se der certo é IMPESSOAL E NÃO VARIÁVEL

    - PELO VERBO "TER": se der certo é PESSOAL e VARIÁVEL.

     

     


ID
693784
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
JUCEPE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Viu o sorriso. Sorriso cínico, imoral, de quem se divertia. O sorriso não havia mudado; contra ele nada tinham obtido os especialistas da funerária. Também ela, Vanda, esquecera de recomendar-lhes, de pedir uma fisionomia mais a caráter, mais de acordo com a solenidade da morte. Continuara aquele sorriso de Quincas Berro D’água e, diante desse sorriso de mofa e gozo, de que adiantavam sapatos novos - novos em folha, enquanto o pobre Leonardo tinha de mandar botar, pela segunda vez, meia-sola nos seus - , de que adiantavam roupa negra, camisa alva, barba feita, cabelo engomado, mãos postas em oração? Porque Quincas ria daquilo tudo, um riso que se ia ampliando, alargando, que aos poucos ressoava na pocilga imunda. Ria com os lábios e com os olhos, olhos a fitarem o monte de roupa suja e remendada, esquecida num canto pelos homens da funerária. O sorriso de Quincas Berro D’água.
AMADO, Jorge. A Morte e a morte de Quincas Berro D’água. Ed. Record. 88 ed. 2001. P. 36. 



Ao redigir o texto 02, Jorge Amado infringiu uma das normas gramaticais vigentes. Isso é percebido na alternativa

Alternativas
Comentários
  • Cadê o texto mesmo?

  • Fica difícil sem o contexto.

  • Pessoal o texto está na questão  acima de número 6 ou Q231214 - 

    TEXTO ABAIXO: 

    Viu o sorriso. Sorriso cínico, imoral, de quem se divertia. O sorriso não havia mudado; contra ele nada tinham obtido os especialistas da funerária. Também ela, Vanda, esquecera de recomendar-lhes, de pedir uma fisionomia mais a caráter, mais de acordo com a solenidade da morte. Continuara aquele sorriso de Quincas Berro D'água e, diante desse sorriso de mofa e gozo, de que adiantavam sapatos novos - novos em folha, enquanto o pobre Leonardo tinha de mandar botar, pela segunda vez, meia-sola nos seus - , de que adiantavam roupa negra, camisa alva, barba feita, cabelo engomado, mãos postas em oração? Porque Quincas ria daquilo tudo, um riso que se ia ampliando, alargando, que aos poucos ressoava na pocilga imunda. Ria com os lábios e com os olhos, olhos a fitarem o monte de roupa suja e remendada, esquecida num canto pelos homens da funerária. O sorriso de Quincas Berro D'água. AMADO, Jorge. A Morte e a morte de Quincas Berro D'água. Ed. Record. 88 ed. 2001. P. 36

  • Pronominal: esqueceu de recomendar-lhes. 

  • - A (O certo seria ''recomendá-la'' ) 

  • Esquece algo x Se esquece de algo.

    Correto: Esquecera-se de recomendar-lhe

  • A letra ' d ' também está errada. O uso da vírgula antes do termo: "de quem se divertia" é incorreto.

  • GABARITO LETRA  ===>>>  A.

  • "esquecera" leva uma mesócle aí ;)

  • Esquecera-se

    quem esquece, esquece algo.

    Quem se esquece, se esquece de algo.

  • Errei ;c kkk
    Focoo

  • Opação erra é a leta a, pois os verbos esquecer/lembrar/recordar podem ser VTD ou VTI 
    - como VTD não possuem pronomes 
    ex: Ela esqueceu o livro 
    Ela recordou o fato

    - como VTI, eles vêm acompanhados por pronomes (te, me, se, etc) 
    ex: Ela se esqueceu do livro. 
    Lembrou-se da situação. 
    Recordou-se do fato.

  • esquecer algo

    esquecer-se de algo

  • Quem esquece, esquece algo.

    Quem se esquece, se esquece de algo.

     

  • Para quem marcou letra E.

    Ordem direta:

    " Roupa negra, camisa alva, barba feita, cabelo engomado, mãos postas em oração adiantavam de quê? "

    - O verbo adiantar concorda com o seu sujeito composto, ficando obrigatoriamente no plural.

    ( lembrar que, no sujeito posposto, há concordancia atrativa - pode-se concordar com o sujeito mais próximo ou com todos os núcleos. )

    - As vírgulas isolam termos de mesma função sintática ( sujeito );

    - Temos um assíndeto( supressão de conjunção por vírgulas, comum em textos literários )

    - O verbo poderia-se colocar no singular se houvesse algum aposto resumidor após a enumeração. " (...) tudo isso adiantava de quê? "

  • Vejamos que "esquecer" tem uma preposição acompanhada, logo tem de ser o "esquecer" pronominal.

    Gabarito letra A!

  • Gabarito: A

    Quem esquece, esquece algo.

    Quem se esquece, esquece-se de algo.

    O verbo esquecer com a preposição de é acompanhado do pronome se.


ID
739906
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Dentre os verbos irregulares há aqueles que apresentam alguma variação no radical, ou seja, na “base” da palavra.

Um exemplo de verbo irregular encontra-se no seguinte exemplo do texto:

Alternativas
Comentários
  • verbo SER é irregular por nao apresentar o msm radical nas conjugaçoes:
    eu sou eu fui eu era
    tu és tu foste tu eras
    ele/ela é ele/ela foi ele/ela era
    nós somos nós fomos nós éramos
    vós sois vós fostes vós éreis
    eles/elas são eles/elas foram eles/elas eram
  • Na realidade, o verbo “ser” é um verbo anômalo e não irregular como afirma o enunciado.
    Verbos irregulares possuem pequena alteração em seu radical. Diferentemente, ocorrerão mudanças "radicais" nos verbos anômalos.
     
    Verbos Irregulares
    Verbos: ter, entreter, manter, deter, obter, reter, conter.
    Verbos: por, dispor, supor, depor, repor, compor.
    Verbos: ver, prever, antever, entrever, rever.
    Verbos: vir, intervir, provir, advir, convir.
    Tempo Ter Por Ver Vir
    Presente Eu tenho Eu ponho Eu vejo Eu venho
    Pretérito Perfeito Eu tive Eu pus Eu vi Eu vim
    Pretérito Imperfeito Eu tinha Eu punha Eu via Eu vinha
    Pretérito mais-que-perfeito Eu tivera Eu pusera Eu vira Eu viera
    Futuro do Presente Eu terei Eu porei Eu verei Eu virei
    Futuro do Pretérito Eu teria Eu poria Eu veria Eu viria
     Verbos Anômalos (Irregular dos irregulares)
      Saber Estar Ser Ir
    Presente Sei Estou Sou Vou
    Pretérito Perfeito Soube Estive Fui Fui
    Pretérito Imperfeito Sabia Estava Era Ia
    Pretérito mais-que-perfeito Soubera Estivera Fora Fora
    Futuro do Presente Saberei Estarei Serei Irei
    Futuro do Pretérito Saberia Estaria Seria Iria
  • Para saber se um verbo é irregular,deve-se conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo(tempos primitivos).Se houver qualquer irregularidade,ela se manifestará em um desses dois tempos.Exemplo com o verbo 'pedir':

    Presente do indicativo : eu peç o/tu ped es/ele ped e/nós ped imos/vós ped is/eles ped em

    Pretérito perfeito do indicativo:eu ped i/tu ped iste/ele ped iu/nós ped imos/vós ped istes/eles ped iram

    Nota-se que na primeira pessoa do singular do presente o indicativo,o radical altera-se para peç-;trata-se,portanto,de um verbo irregular.

    Há casos em que a irregularidade do verbo se apresenta não no radical,mas nas desinências.Exemplo:verbo 'estar'-  est ou/es tás/est á/est amos/est ais/est ão

    Curso Prático de Gramática / Ernani Terra
  • O verbo ser é ANÔMALO para a maioria dos gramáticos! Já o verbo escrever tem seu particípio irregular (ESCRITO). Ele deveria ser a resposta certa!

  • Eu discordo do gabarito, verbo ser é anômalo.

  • Verbo SER é considerado Anômalo. Gabarito incorreto.

  • Pessoal, isso é uma simples questão de nomenclatura. Um verbo anômalo é um verbo, simplesmente, muito irregular ou irregular em várias de suas formas, apresentando até mais de um radical. A banca, portanto, não estava de todo errada na formulação da questão. O gabarito está correto.

  • Anômalo é a mesma coisa que Irregular, pelo menos é o que percebi respondendo duas questões já, inclusive anotei esta observação.

  • Letra D.

     

    Comentário:

     

    A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “éramos” modifica o radical: eu sou, tu és, ele é... Naquela época, nós éramos...

    As demais alternativas possuem verbos regulares, pois os radicais não se modificam: “escrev-“, “viv-“, “lev-“, “fal-“.

     

     

     

    Gabarito: D

     

     

    Prof. Décio Terror

  • Verbo Ser é anomalo e nao irregular, banca foi no mínimo irresponsável.

  • A BANCA ERROU VERBO SER ANOMALO E NÃO IRREGULAR

  • Algumas bancas não fazem distinção entre anômalo e irregular, exclusivamente, no que diz respeito aos verbos de ligação. Segue questão mais recente cobrada pelo Instituto AOCP - 2020: Q1166372 - Verbo Irregular = anomalo


ID
851128
Banca
CEPERJ
Órgão
CEDAE-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               DE FORMAÇÃO DE OPINIÃO

Não, não vou falar da moça que estava no Canadá, cujo nome não digo para não me aliar ao tam-tam dos tambores da fl oresta. O que pode nos interessar é a frase emitida pela agência que cuida da sua imagem – sim, já tem agência – dizendo que sua agenciada vai se “posicionar como a formadora de opinião que tem potencial para ser.” E qual é o potencial necessário para ser formador de opinião? No passado, a carteirinha de formador de opinião só era dada em função da sabedoria. Ouviam-se os sábios. Não havendo sábios disponíveis, ouvia-se, emitida pelos mais velhos, a voz da experiência. Um certo saber era necessário, fosse ele específi co ou generalizado. Depois, deixou de ser. Nos anos em que trabalhei em publicidade, fi z várias campanhas imobiliárias com atores. Sempre os mais famosos, os que estavam nas telas da TV. Nenhum deles entendia coisa alguma do mercado de imóveis ou sequer pediu que lhe fosse mostrada e explicada a planta dos apartamentos que estava ajudando a vender. Ainda assim, sua presença era uma garantia de sucesso. Para formar a opinião alheia não é necessário sequer ter uma opinião própria relevante. No lugar da sabedoria entrou a imagem. A imagem não é a pessoa. A imagem não precisa sequer corresponder exatamente à pessoa. A imagem é um replicante, construído, às vezes com grande técnica, a partir da pessoa. Como é, então, que acreditamos nas recomendações feitas por alguém que, em termos de gente, é o equivalente a uma bolsa Vuitton vinda do Paraguai? O mecanismo é fascinante. Se queremos uma opinião jurídica, procuramos um advogado; se queremos uma opinião de saúde, procuramos um médico; e para opinar sobre o projeto de uma ponte fazemos recurso a um engenheiro. Mas na hora de comprar um apartamento ou um carro, dois projetos de peso que empenham parte relevante do nosso orçamento, deixamos que nossa opinião seja formada por uma imagem, um quase fantasma. E seguimos o gosto de fantasmas na compra do sabonete, na preferência por uma marca, na escolha do esmalte de unhas. Não sei se Lilia Cabral já fez publicidade de massa de rejunte para azulejos ou de válvula para descarga de banheiro, sei porém que seria um sucesso, embora todos estejam cientes de que não é ela quem entende de obra e de material de construção, é Griselda, e Griselda só existe na novela e no imaginário das pessoas. Então, o que forma opinião não é sequer a imagem. É a ação da imagem sobre o imaginário. No fi m das contas, tudo se passa na nossa própria cabeça. E o que os marqueteiros fazem é estudar nossa cabeça – não uma por uma, porque isso roubaria o mercado de trabalho dos psicanalistas, mas por amostragens – para criar imagens conformes a ela e aos desejos que a habitam, imagens que aceitaremos de braços abertos, implorando por suas opiniões. E a sabedoria, onde fi ca? Se não vier em roupa de gala, se não avançar no red carpet, se não for muito alardeada antes e durante por todas as mídias sociais e nem tanto, se não estiver no Canadá, coitada!, ninguém a quererá, ninguém dirá para ela ai se eu te pego! Bem pensa Carlinhos Brown, que, no discurso para o possível Oscar, dirá às crianças que não copiem seus ídolos, porque “o conhecimento não está nos ídolos. Ídolo cuida de sua carreira (...). Escutem seus pais!”. Marina Colasanti, (Estado de Minas, 09/02/2012)

Os verbos regulares são aqueles que apresentam radical invariável e suas terminações são coincidentes com a maioria dos verbos da mesma conjugação. A alternativa em que os verbos são regulares é:

Alternativas
Comentários
  • a - verbo PODER (irregular), verbo SER (anômalo)

    b - verbo FAZER (irregular)

    c - verbo QUERER (irregular)

    d - verbo VIR (irregular)

    Gabarito letra E
  • Letra E.

     

    Comentário:

     

    A alternativa (A) está errada, pois o verbo “pode” modifica o radical “pod”: eu posso, tu podes; e o verbo “é” modifica o

    radical: eu sou, tu és...

     

    A alternativa (B) está errada, pois o verbo “saber” modifica o radical “sab”: eu sei, tu sabes; e o verbo “fazer” modifica o

    radical “faz”: eu faço, tu fazes...

     

    A alternativa (C) está errada, pois o verbo “querer” modifica o radical “quer”: talvez eu queira, tu queiras; e o verbo “dizer”

    modifica o radical “diz”: eu digo, tu dizes...

     

    A alternativa (D) está errada, pois o verbo “vir” modifica o radical: eu venho, tu vens...

     

    A alternativa (E) é a correta, pois os verbos “criar” e “habitar” não modificam o radical na flexão em modo e tempo verbal.

     

     

    Gabarito: E

     

    Prof. Décio Terror

  • Macete para responder a questão: "Todos os verbos que têm a forma do infinitivo diferente do fut. do subjuntivo é irregular."

    (A)“O que pode nos interessar é a frase emitida pela agência"

    Poder x puder

    (B)“Não sei se Lilia Cabral já fez publicidade de massa de rejunte"

    Saber x souber

    (C)“ninguém a quererá, ninguém dirá para ela ai se eu te pego!"

    Querer x quiser

    (D)“Se não vier em roupa de gala, se não avançar no red carpet"

    vir x vier

    (E)“para criar imagens conformes a ela e aos desejos que a habitam"


ID
1219186
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Escolha a alternativa CORRETA que apresenta um exemplo de verbo defectivo:

Alternativas
Comentários
  • Verbo defectivo é aquele que não possui todas as formas de conjugação:

    EU - ??? (não existe)
    TU - aboles
    ELE - abole
    NÓS - abolimos
    VÓS - abolis
    ELES - abolem

  • b) Abolir.



    Verbos defectivos -  Os que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos, tempos ou pessoas: abolir, demolir, reaver, precaver, soer, dentre outros.

  •                   CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

    # VERBOS REGULARES - tem conjugação e flexão padrões

    Ex: amar, correr, partir

    # VERBOS IRREGULARES - não obedecem a conjugação e flexão dos verbos regulares

    Ex: dar, estar, poder, trazer, dizer

    # VERBOS ANÔMALOS - são apenas dois: IR e SER. Perdem todo o radical quando conjugados.

    # VERBOS DEFECTIVOS - conjugação incompleta em alguns modos, tempos e pessoas.

    Ex: abolir, demolir, reaver 

    # VERBOS ABUNDANTES - geralmente possuem duas formas no particípio passado.

    Ex: tinha impresso - havia imprimido; elegido - eleito; aceitar - aceito


    Letra b

    Fonte: http://www.fabulasecontos.com.br/VERBOS.pdf


ID
1266430
Banca
FUNCAB
Órgão
PM-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:


      Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
      Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
      Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
      O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
      O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
      Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.

FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.


Analise as afirmativas a seguir, a respeito do segundo parágrafo.

I. Nas quatro ocorrências, a classe gramatical do UM é artigo indefinido.
II. Na segunda ocorrência, o QUE é um pronome relativo.
III. O verbo HAVER, na oração, é impessoal e está no pretérito perfeito do indicativo.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B;

    I - ERRADA; Sobre essa alternativa, o 2º UM do parágrafo é NUMERAL. Perceba no trecho: "Ele possuía apenas apenas um terno velho..." A palavra APENAS inserida na frase dá ideia de número, deixando-a incorreta.

    II- Correta; o QUE é pronome relativo e se refere ao terno velho: ".... um terno velho, que nunca usava..."

    III- Correta; O verbo HAVER no sentido de existir, acontece, ocorrer, suceder, realizar-se, ou indicando tempo é impessoal. E ele realmente se encontra no pretérito perfeito do indicativo.

    Pretérito Perfeito do Indicativo
    eu houve
    tu houveste
    ele houve
    nós houvemos
    vós houvestes
    eles houveram

    Bons estudos! ;)

  • Faça a alteração do QUE na segunda ocorrência pelo O QUAL, assim fica fácil!


ID
1266787
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O aumento do consumo

      Nos últimos cinquenta anos, a população mundial mais do que dobrou, indo de 2,5 bilhões (1950) para 6 bilhões (2000). Durante esse mesmo período, a industrialização permitiu que o consumo aumentasse exponencialmente; como consequência, a poluição e o lixo também aumentaram. Já faz algum tempo que o planeta vem dando sinais de que não pode suportar o nosso modo de vida, e estudos indicam que hoje, mesmo com grande parte da população mundial excluída, já consumimos 20% por ano a mais de recursos naturais renováveis do que o planeta Terra é capaz de regenerar.

             André Trigueiro. Mundo sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação. São Paulo: Globo, 2005. Pág. 39 Fragmento.


“Já faz algum tempo que o planeta vem dando sinais de que não pode suportar o nosso modo de vida”. Nesse trecho o verbo fazer é impessoal, assim como ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    VERBO FAZER IMPESSOAL 

    Da mesma forma que haver, fazer conserva-se na 3ª pessoa do singular quando indica tempo 

    transcorrido ou fenômeno meteorológico. Estando o verbo fazer na função de verbo impessoal 

    (sem sujeito), deve também assumir a forma impessoal o verbo auxiliar que porventura o 

    acompanhar: 

    Faz dois dias que não chove. 

    Dizem que faz 10 meses estão se preparando para o concurso. 

    Quando saí da cidade, fazia 40 graus à sombra. 

    Em julho fez uns dias de verão. 

    Vai fazer cinco anos que eles estão noivos. 

    Poderá fazer três anos sem que ele saia do sanatório. 


    Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/img/colunas/Coluna_N046_2012-10-10.pdf



ID
1268020
Banca
IESES
Órgão
GasBrasiliano
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sabendo da existência de verbos irregulares, analise as proposições a seguir. Depois faça o que se pede:

I. Se o governo manter essa postura, a situação melhorará.
II. Ouçamos com atenção para que não nos vejamos em confusão.
III. Quando você pôr os documentos no correio, por favor, advirta-me.
IV. Se eu a ver, aviso-a da alteração no contrato.

Assinale a alternativa que contenha a análise correta sobre as proposições acima:

Alternativas
Comentários
  • As formas corretas são as que estão entre parênteses:

    I. Se o governo manter (mantiver) essa postura, a situação melhorará. 
    II. Ouçamos com atenção para que não nos vejamos em confusão. 
    III. Quando você pôr (puser) os documentos no correio, por favor, advirta-me. 
    IV. Se eu a ver (a vir), aviso-a da alteração no contrato. 

    Gab: A

  • conjuncao advebrial condicional subordinada == VERBO NO MODO SUBJUNTIVO


ID
1505206
Banca
CONSESP
Órgão
Prefeitura de Ibitinga - SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O verbo acender é classificado como

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe me dizer porque é abundante ? Achei que fosse irregular.

  • acender - acendido/aceso

  • É abundante pois apresenta duas formas de particípio, quais sejam: regular (aceso); irregular (acendido).

  • Unipessoal: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas  nas terceiras pessoas do singular e do plural.

    Irregular:  são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por exemplo: faço,  fiz,   farei , fizesse.

    Defectivo: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em impessoais,unipessoais e pessoais.

    Abundante: são aqueles que apresentam duas formas de utilização, o particípio regular e o irregular. 

  • Lincon, ta trocado os participios aew... regular eh o IDO.

  • ACENDER é um verbo abundante no particípio, ou seja, tem mais de uma forma: acendido (forma regular) ou aceso (forma irregular).

    .

    O particípio regular vem imediatamente depois dos verbos ter ou haver: Tinha acendido a lâmpada. Havia acendido a lâmpada.

    .

    O particípio irregular vem imediatamente depois dos verbos ser ou estar: A lâmpada foi acesa.

    .

    Na frase "A lâmpada tinha sido acesa", observe que, antes do verbo acender, há o verbo ser ("sido" é uma forma do particípio do verbo ser). Logo, o particípio a ser usado deve ser o irregular, e não o regular.

    .

    Outros exemplos: "O documento tinha sido impresso (e não imprimido)", mas "Ele tinha imprimido o documento" (e não impresso). O segredo é ficar de olho no verbo que vem antes desses verbos abundantes no particípio; aí você saberá quando usar a forma regular ou irregular dele.

    Fernando Pestana

  • Questão parece "simples", mas exige um conhecimento mais aprofundado e muito específico.


ID
1505932
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Amor, só de letras

      Conta a história que Dom Pedro II casou-se sem conhecer a sua noiva.Tinha visto um quadro com a cara da princesa. Casamento de interesses políticos lá dos portugueses, fazer o quê? E quando a moça chegou no porto do Rio de Janeiro - consta que - ele fez uma cara emocionada. Pela feiúra da imperial donzela. Mas casou, era o destino, era a desdita.
      Tenho um avô que foi pedir a mão da moça e o pai dela disse:
       - Essa tá muito novinha. Leva aquela.
       E ele levou aquela que viria a ser a minha avó. Ah, a outra morreu solteirona.
      Alguns anos depois do grande boom da imigração japonesa, familiares que lá ficaram mandavam noivas para os que cá aportaram. Tudo no escuro. E de olhinhos fechados, ainda por cima.
      De uns tempos para cá, o conceito da escolha foi mudando. Até namorar antes valia. Ficava-se antes.
      Só que agora, finzinho do finzinho do século, surgiu outro tipo de casamento. O casamento de letras. Letras de textos. O texto - finalmente, digo eu, escritor - virou casamenteiro. Apaixona-se, hoje em dia, pelo texto. Via internet. Via cabo, literalmente. Conheço quatro casos bem próximos. Há gente que desmanchou o casamento de carne e osso por uma aventura no mundo das letras.
      Sim, pela primeira vez nesta nossa humanidade já tão velhinha, as pessoas estão se conhecendo primeiramente pela palavra escrita. E lida, é claro. Já disse, isso envaidece qualquer escritor. Agora, o texto pode levar ao amor. Uma espécie de amor-de-texto, amor-de-perdição.
      A relação, o namoro, começa ali no monitor. Você pode passar algumas horas, dias e até semanas sem saber nada da outra pessoa. Só conhece o texto dela. E é com o texto que vai se fazendo o charme. Você ainda não sabe se a pessoa é bonita ou feia, gorda ou magra, jovem ou velha. E, se não for esperto, nem se é homem ou mulher. Mas vai crescendo uma coisa dentro de você. Algo parecidíssimo com amor. Pelo texto.
      Pouco a pouco, você vai conhecendo os detalhes da pessoa. Idade, uma foto, a profissão, a cor. Inclusive onde mora. Sim, porque às vezes você está levando o maior lero com o texto amado e descobre que ele vem lá da Venezuela. Ou do Arroio Chuí. Mas se o texto for bom mesmo, se ele te encanta de fato e impresso, você vai em frente. Mesmo olhando para aquela fotografia - que deve ser a melhor que ela tinha para te escanear [...] você vai em frente. "Uma pessoa com um texto desses..."
A tudo isso o bom texto supera.
      Quando eu ouvia um pai ou mãe dizendo que o filho ficava horas na Internet, todo preocupado, eu também ficava. Até que, por força do meu atual trabalho, comecei a navegar pela dita suja. E descobri, muito feliz da vida, que nunca uma geração de jovens brasileiros leu e escreveu tanto na vida. Se ele fica seis horas por dia ali, ou ele está lendo ou escrevendo. E mais: conhecendo pessoas. E amando essas pessoas.
      Jamais, em tempo algum, o brasileiro escreveu tanto. E se comunicou tanto. E leu tanto. E amou tanto. No caso do amor ali nascido, a feiúra, o peso, a cor, a idade ou a nacionalidade não importam. O que é mais importante é o texto. O texto é a causa do amor.
      Quando comecei a escrever um livro pela internet, muitos colegas jornalistas me entrevistavam perguntando qual era o futuro da literatura pela Internet. Há quatro meses atrás eu não sabia responder a essa pergunta. Hoje eu sei e tenho certeza do que penso:
      - Essa geração vai dar muitos e muitos escritores para o Brasil. E muita gente vai se apaixonar pelo texto e no texto.
      Existe coisa melhor para um escritor do que concluir uma crônica com isso? Quer uma prova? Estou fazendo um concurso de crônicas no meu site, entre os leitores/escritores. Entre lá e veja o nível. Pessoas que há pouco tempo odiavam escrever redação nas escolas, estão descobrindo o texto. Leiam e me digam se eu não estou certo. E são jovens, muito jovens.
      Como diria Shakespeare, palavras, palavras, palavras. Como diria Pelé, love, love, love.

                                                                                                        In: marioprataonline.com.br, Acesso em 05 out. 2010. (Adaptado)

No período: “Há gente que desmanchou o casamento de carne e osso por uma aventura no mundo das letras.”, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • O verbo “haver”, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso quer dizer que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito.

  • A) ERRADA. Existe uma oração dependente. Há gente /  que desmanchou o casamento de carne e osso por uma aventura no mundo das letras.

    Existem duas orações e o "que" eu posso substituir por "o qual" logo sera subordinada (dependente) da 1ª.

    B) ERRDA. coordenada são frases independentes, já vimos que ela dependente por causa da conjunção que. 

  • Esse "por" em “Há gente que desmanchou o casamento de carne e osso por uma aventura no mundo das letras.”, é uma conjunção, uma preposição, o que seria? Fiquei na dúvida. Obg!


ID
1516777
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                              Restos do carnaval

       Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Atéque viesse o outro ano. E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate.Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
    No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.
    E as máscaras? Eu tinha medo mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados,pois, era essencial para mim. 
    Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma das minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice. 
    Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha eo nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com as quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira. 
    Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma. 
    Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - à ideia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! Não choveria! Quanto ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.
    Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa. 
    Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e aindasem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vidainfantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava. 
    Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se,minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
    Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa. 

                       (Lispector, Clarice. Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998)

Na construção de uma das alternativas a seguir foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo “haver” em “Mas houve um carnaval diferente dos outros.” (5º§) Indique-a.

Alternativas
Comentários
  • Na alternativa E, o correto enquadramento é o art.3, § 1º São vedados à União o desenvolvimento e a oferta de programas próprios de atendimento.

  • Na alternativa E, o correto enquadramento é o art.3, § 1º São vedados à União o desenvolvimento e a oferta de programas próprios de atendimento.


ID
1517590
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho abaixo e marque, nas assertivas, V para verdadeiro ou F para falso. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

Erupção vulcânica na Islândia impede o tráfego aéreo. Uma nuvem de cinzas vulcânicas cobriu parte da Europa e provocou o cancelamento de voos causando enormes transtornos a muitos setores. Havia muitas pessoas aguardando a possibilidade de abertura dos aeroportos, entretanto, o geofísico islandês Magnus Tumi Gudmundsson afirmou que o processo ainda está em fase ascendente, e não há previsão para que o fenômeno acabe. “Realmente não existe possibilidade de dizer quando a erupção vai parar."

( ) Pode-se trocar o verbo “haver" no período: “Havia muitas pessoas aguardando a possibilidade de abertura dos aeroportos" por “existir", como em “Existia muitas pessoas aguardando a possibilidade de abertura dos aeroportos" sem que haja nenhum problema com relação à norma culta.
( ) No período: “o geofísico islandês Magnus Tumi Gudmundsson afirmou que o processo ainda está em fase ascendente", existe uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
( ) No período: “Realmente não existe possibilidade de dizer quando a erupção vai parar.", não há nenhum dígrafo.
( ) No período: “é possível dizer que a erupção não vai parar", tem-se uma oração subordinada substantiva subjetiva.

Alternativas
Comentários
  • R: Não tem gabarito.

    O verbo ter pode ser usado também no sentido de “existir”. Essa é considerada a flexão informal do verbo “haver”:

    ·        Havia muitas pessoas na fila

    ·        Tinha muitas pessoas na fila.

    ·        Existia muitas pessoas na fila.

    Logo, pode trocar o verbo havia por existia.

    “o geofísico islandês Magnus Tumi Gudmundsson afirmou que o processo ainda está em fase ascendente” - há duas orações, pois, há dois verbos (afirmou e está) – há uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

    ·        Oração principal: o geofísico islandês Magnus Tumi Gudmundsson afirmou

    ·        Oração subordinada substantiva objetiva direta: que o processo ainda está em fase ascendente.

    Possibilidade – dígrafo consonantal (ss).

    “é possível dizer que a erupção não vai parar”, tem-se uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

    ·        Oração principal: é possível dizer

    ·        Oração subordinada substantiva objetiva direta: que a erupção não vai parar.


ID
1521298
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coloque (R) regular e (I) irregular nos parênteses abaixo, de acordo com a classificação do verbo destacado. A seguir, assinale a alternativa com a seqüência correta.

(   ) Diga-me uma coisa, mas fale a verdade, não quero disfarce.
(   ) Sempre folheio um livro, uma revista, antes de levá-los para casa.
(   ) Se ele trouxesse os relatórios, nós pensaríamos no projeto.
(   ) A saudade é como Sol no Inverno: ilumina sem aquecer.

Alternativas
Comentários
  • A

    I, I, I, R

  • Verbo regular:

    Não sofre alterações no radical quando flexionado.

    ex: Partir -> Eu Parto

    Verbo irregular:

    Sofre alterações no radical quando flexionado.

    ex: Ouvir -> Eu Ouço

  • mas o verbo folhear n é regular ? ? 

  • Folhear é regular

  • Folhear é verbo regular, a questão deveria ser anulada!

  • A resposta correta deveria ser a letra B. Folhear é um verbo REGULAR, porque não apresenta, quando conjugado, mudança em seu radical.

  • quetao nivel cleison

  • Folhear é irregular, as desinências mudam do padrão da 1º conjugação.

  • Folhear = irregular. A irregularidade não está no radical mais no paradigma das desinências porque é acrescido vogal +i nas 1ª, 2ª, 3ª singular e 3ª plural do presente do indicativo e derivados.

    Gabarito B

  • o verbo querer e regular?

  • Dica : TODOS os verbos terminados em (-ear-) são irregulares . ex: frear , passear , FOLHEAR, pentear e etc .
  • https://www.conjugacao.com.br/verbo-folhear/
  • Verbo QUERER é irregular:

    verbo QUERER no Pretérito Mais-que-perfeito:

    eu quisera

    tu quiseras

    ele quisera

    nós quiséramos

    vós quiséreis

    eles quiseram

    Não segue o padrão inicial que é o do radical QUER.

  • Folhear segue a mesma regra de bloquear, frear, saborear, pentear...

    Sendo um irregular fraco

    Eu folheio

    Tu folheias

    Ele folheia

    Nós folheamos

    Vós folheais

    Eles folheiam

    Assim como

    Eu bloqueio

    Tu bloqueias

    Ele bloqueia

    Nós bloqueamos

    Vós bloqueais

    Eles bloqueiam

  • folhear é verbo REGULAR!!!

    @lilian pra ser irregular a mudança tem que ser no radical...

  • https://errosnohouaiss.blogspot.com/2009/07/folhear-verbo-regular.html

    Creio que explica a discussão abaixo.

  • verbos- EAR é irregular


ID
1588045
Banca
FUNCAB
Órgão
CRC-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

      A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinqüenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada, Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinqüenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato!

    Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe, Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

    Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 95-97. (Fragmento)


O verbo destacado em “Quando AMANHECEU, o gato da vizinha desceu o muro" é:

Alternativas
Comentários
  • FENÔMENOS DA NATUREZA = ORACÃO SEM SUJEITO ... NINGUÉM AMANHECE... NINGUÉM CHOVE... 
    ( NÃO NO SENTIDO DENOTATIVO )

  • GABARITO: A

    No Português contemporâneo verbos que denotam fenômenos da natureza não possuem sujeito.

    Outros exemplos de verbos impessoais: verbo haver (no sentido de existir ou ocorrer) e fazer (no sentido de tempo transcorrido).

    Curiosidade:

    Em português arcaico utilizava-se o pronome ELLE para a figura do sujeito, cumprindo papel similar ao IT em inglês.

    Eram perfeitamente normais construções como: "Elle chove!" (em inglês: It's rain!). Elle denotava a impossibilidade de expressar concretamente o sujeito.


ID
1612348
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quanto ao emprego dos verbos, marque a alternativa em que HÁ verbo abundante.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    a) ficar -> ficado / prender -> prendido e preso;

    b) ferir -> ferido / sair -> saído;

    c) debater -> debatido;

    d) ir -> ido / haver -> havido.

  • Eu não entendi o que esta questão pediu.

  • Verbos abundantes são aqueles que  apresentam mais de uma palavra correspondente à mesma forma verbal.

    ENCHER - enchido, cheio
    FIXAR - fixado, fixo
    CORRIGIR - corrigido, correto
    ACENDER - acendido, aceso
    ACEITAR - aceitado, aceito
    ELEGER - elegido, eleito
    ENTREGAR - entregado, entregue
    EXTINGUIR - extinguido, extinto
    FRITAR - fritado, frito
    EXPELIR - expelido, expulso
    LIMPAR - limpado, limpo
    MATAR - matado, morto


    http://www.infoescola.com/portugues/verbos-abundantes/

  • Pessoal... Estruturei uma  lista de verbos abundantes para consulta. 


    Segue abaixo:


    Infinitivo                    Particípio regular                Particípio irregular

    Aceitar Aceitado Aceito

    Acender Acendido Aceso

    Assentar Assentado Assento

    Benzer Benzido Bento

    Concluir Concluído Concluso

    Corrigir Corrigido Correto

    Eleger Elegido Eleito

    Emergir Emergido Emerso

    Encher Enchido Cheio

    Entregar Entregado Entregue

    Expressar Expressado Expresso

    Expelir Expelido Expulso

    Exprimir Exprimido Expresso

    Expulsar Expulsado Expulso

    Extinguir Extinguido Extinto

    Enxugar Enxugado Enxuto

    Fixar Fixado Fixo

    Findar Findado Findo

    Frigir Frigido Frito

    Fritar Fritado Frito

    Imergir Imergido Imerso

    Imprimir Imprimido Impresso

    Inserir Inserido Inserto

    Isentar Isentado Isento

    Limpar Limpado Limpo

    Matar Matado Morto

    Misturar Misturado Misto

    Morrer Morrido Morto

    Omitir Omitido Omisso

    Pagar Pagado Pago

    Prender Prendido Preso

    Romper Rompido Roto

    Salvar Salvado Salvo

    Segurar Segurado Seguro

    Soltar Soltado Solto

    Submergir Submergido Submerso

    Suprimir  Suprimido Supresso

    Suspender Suspendido Suspenso

    Tingir Tingido Tinto

    Vagar Vagado Vago



    Bons estudos!!!!!!
  • Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio, que chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, -ido, usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e particípio irregular, com outra terminação diferente, usado na voz passiva, com o auxiliar ser ou estar. 
     

  • Essa questão buscou os verbos que tem mais de uma forma de se apresentarem, isso é muito comum nas apresentações nominais , principalmente no participo, já que se subdividem em Regular/Irregular

    Excluso/Excluido

    Imprimido/Impresso

    Preso/Prendido

  • Ter - Haver - voz ativa - Ido - Ado -> Regular

    Ser como auxiliar + voz passiva -> Irregular

    Ex o aceitar - aceito - aceitado

    O professor tinha aceitado o convite

    O convite foi aceito pelo professor.


ID
1649149
Banca
IESES
Órgão
MSGás
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita. 

 

                           O homem que espalhou o deserto 


       Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia a dia constante, de manhã à noite.  

       Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas. 

       A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas. 

       Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.  

       Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha afugentado os pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado. 

       Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava acostumado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado. 

       Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo. 

       E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar. 

       E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão. 

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras proibidas. São Paulo: Global, 2002. 

Com relação à concordância verbal e nominal, observe os seguintes períodos retirados do texto.


Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras."

“Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro."


I. Existem alguns verbos particulares como haver e fazer que são denominados impessoais e não têm sujeito. Tais verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular.

II. O verbo haver quando empregado com o sentido de existir ou acontecer tem sujeito com o qual, evidentemente, concorda.

III. No segundo período, o adjetivo especializadas concorda com o substantivo mais próximo dele (máquinas). De acordo com a regra, teríamos outra possibilidade de concordância: “tratores e máquinas especializados". Nesse caso, como os substantivos são de gêneros diferentes, prevalece o adjetivo no masculino plural.


Assinale a alternativa correta: 


Alternativas
Comentários
  • No item I a questão generalizou tudo! O verbo 'fazer' no sentido de construir, comporta variação de número, ou não?

    Eles fazem duas casas por mês. <--- Qual o problema aqui?


    Questão estranha...

  • O item I é questionável. O item II também está generalizando. O haver pode concordar com o sugeito: eu havia, eles haviam... Alguém me corrige na conjugação se necessário.

  • RUMO AO TRT

  • GABARITO D

     

     

    GABARITO C

     

    Também concordo que haveria contestação da alternativa A, visto que generalizou e temos exceções à regra.

    Marquei a letra C pela exclusão da alternativa II, MAAAASSSSS a alternativa A é bem esdrúxula.

    _______________________________________________________________________________________

     

    VERBO FAZER NO SENTIDO DE TEMPO TRANSCORRIDO FICARÁ NO SINGULAR.

    VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR SERÁ SEMPRE IMPESSOAL E POR ISSO FICARÁ SEMPRE NO SINGULAR.

     

    bons estudos.

     

     

  • Também pensei o mesmo que os colegas, porém, reparei que, no item I, o trecho "que são denominados impessoais e não têm sujeito" sem o uso da vírgula caracteriza um aposto restritivo, em que o item se refere apenas aos verbos haver e fazer impessoais, e não outras modalidades.

    Bons estudos!

  • Discordo dos colegas, pois a asserção I é clara, uma vez que foi utilizado um pronome demonstrativo trazendo coesão à afirmação.

    "I. Existem alguns verbos particulares como haver e fazer que são denominados impessoais e não têm sujeito. Tais verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular.

    Tais verbos= "tais verbos (ter e haver quando impessoais) ficam sempre na terceira pessoa." Não houve generalização.


ID
1658434
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Paracuru - CE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a opção CORRETA que apresenta um verbo regular.

Alternativas
Comentários
  • Verbo regulares são aqueles que não alteram o radical ao serem conjugados.


    Sumir -> ele some


    Polir -> eu pulo


    Perder -> eu perco


    Vender -> eu vendo (sem alteração no radical. Gabarito.)


    Pedir -> eu peço

  • Acrescentando:

    Perda = substantivo

    Perca = verbo


ID
1717108
Banca
IESES
Órgão
CRM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que a conjugação do verbo adequar está INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Até agora não encontrei o erro...


  • Eu adéquo

    Tu adéquas

    Gab. D

  • Também não encontro erro algum. 

    Acredito que há alguma coisa errada, ou na transposição da questão para o site ou erro da própria banca examinadora.

  • Pessoal, a questão deveria ser anulada, uma vez que o está incorreto é a grafia da palavra na letra d, mas a questão pediu a conjugação verbal.


    A grafia correta é:

    Eu adéquo

    Tu adéquas

  • Também não encontrei nenhum erro. Alías, apenas para corroborar:

    http://www.conjuga-me.net/verbo-adequar

  • Há referencias que consideram a conjugação "adequo, adequas", com acento tônico no -qu- corretas, exemplo Dicionário Houaiss da Lingua Portuguesa. Questão deve ser anulada.

  • "Verbo defectivo é aquele que não apresenta todos os modos, tempos ou pessoas próprios dos verbos. Como o próprio nome já diz, é o verbo que apresenta algum “defeito” em sua conjugação. Podemos citar como exemplo de verbos defectivos “precaver, reaver, demolir, falir, prazer, florir, soer, abolir, ruir, carpir, adir, adequar” etc.

    (...)

    Na língua portuguesa, são defectivos os seguintes verbos e/ou grupos verbais:

    1, 2 e 3 (omissis)

    4. Verbos que, por questões fonéticas (podem provocar confusão com as formas de outro verbo ou apresentam uma sonoridade reprovável), não apresentam as três pessoas do singular e a 3.ª pessoa do plural do presente de indicativo, nem o presente do subjuntivo. No imperativo afirmativo, só apresentam o “vós”. Inexiste, por conseguinte, o imperativo negativo. Pertencem a este grupo os verbos “precaver, aguerrir, adequar, empedernir (petrificar), remir (resgatar), fornir (abastecer, prover), falir, embair (iludir, seduzir), adir (acrescentar, adicionar), renhir (disputar, pleitear)”.

    (...)

    O problema da defectividade verbal deve ser suprido com o emprego de circunlóquios – verbos ou substantivos sinônimos ou de locuções verbais (construções perifrásticas).

    Observe abaixo algumas sugestões:
    a) Eu sempre me adapto bem às novas situações. (para o lugar do verbo “adequar”)

    (...)"

    (Nova Gramática da Língua Portuguesa para concursos - Rodrigo Bezerra - 2015)

  • A questão deveria ser anulada, não há erro em nenhuma das alternativas.

    Apenas corrigindo o comentário dos colegas: o verbo "adequar" não é mais considerado defectivo, mas sim de conjugação completa, além do que ambas as formas "adéquo" e " adequo" estão corretas (vide: http://www.portuguesnarede.com/2009/07/adequo-ou-adequo.html / http://www.conjuga-me.net/verbo-adequar)

  • paroxítona terminada em ditongo deve ser acentuada; só isso. Logo, adéquo, adéquas. 

  • Gente, a questão não deveria ser anulada, vejam um trechinho do livro de fernando pestana acerca desse assunto:



    "O verbo adequar é extremamente polêmico. Uns dizem que ele não é defectivo, sendo conjugado em todas as pessoas do presente do indicativo e do subjuntivo. Outros dizem que é defectivo sim, desde criancinha... e a polêmica continua. No entanto, vou ficar com a visão tradicional, a saber: para a maioria dos nossos gramáticos, o verbo adequar é defectivo. Pois bem... no presente do indicativo só tem a primeira e a segunda pessoa do plural; no presente do subjuntivo não há pessoa alguma."


    Fonte: A Gramática para  Concursos Públicos - Fernando Pestana.

  • Alguns professores falam que questões que trazem discussões não passiveis de anulação.

  • De acordo com o Conjuga-me (site que uso para estudar verbos e recomendo) http://www.conjuga-me.net/verbo-adequar , todas as alternativas estão corretas. Se há essa polêmica sobre verbo ser ou não ser defectivo e não há um entendimento pacífico a respeito, a questão deveria sim ser anulada por ausência de assertiva correta. 

    Já que a banca quis usar um verbo polêmico, deveria ter feito uma alternativa com uma conjugação realmente considerada ERRADA, tipo "eu adecuo" , sei lá, algo realmente ERRADO. Porém, além de usar um verbo polêmico, ela vai e utiliza uma forma considerada CORRETA por muitos especialistas no assunto.(Eu adequo, Tu adequas).   

  • Adequar é defectivo, não tem primeira pessoa. Eu adequo não existe!

  • Essa é uma questão que não deveria estar presente em concursos, visto que é permeada por muita polêmica. Alguns gramáticos consideram a primeira pessoa do verbo ''adequar'' como válida, o que torna a última alternativa correta.


ID
1730662
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pesquisas que ...... a identificar sítios geoturísticos poderão favorecer o turismo em bases sustentáveis. O geoturismo, assim, ...... assumir um grau de importância estratégica para o futuro do desenvolvimento turístico do Brasil, desde que não ...... danos aos sítios geológicos, como a remoção ilegal de fósseis e minerais.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

Alternativas
Comentários
  • Letra (d)


    Na primeira lacuna deve ser empregada a estrutura verbal “se propuserem”; na segunda lacuna a forma verbal “deve” preenche corretamente e que mantém de forma adequada a correlação com a forma “ocorram".


    Acertando a primeira lacuna já poderia validar a letra (d)

  • Letra (d)


    "Se propuserem" o se é atraído pelo pronome relativo que.

  • Já vi o 'QUE' atrativo...eliminei de cara a C e E...por isso que adoro as dicas de vocês 
    Aí ficou fácil e acertei rs

  • Eu aprendo muito com os comentários.

  • Olá vencedores!Questões de conjugação verbal são sempre difíceis, pois nos dá a impressão de que temos de decorar um "mundo" desconhecido e "irregular". Além disso, a questão nos pede atenção em relação às colocações pronominais. Então vamos à solução comentada:


    a. Atende ao critério atrativo da colocação pronominal, porém não atende à forma correta de conjugação do verbo "propor" no futuro do subjuntivo (quando eu propuser, tu propuseres, ele propuser, (Quando) Pesquisas se propuserem;

    b. Mesmo erro do item 'a';

    c. O erro está tanto na flexão do verbo "propor", quanto na colocação pronominal;

    d. Gabarito.  Apesar de não ser uma regra geral, muitos verbos (derivados) 'denunciam' suas flexões pegando-se por base a conjugação de um outro verbo (primitivo - mesma raiz/família) de conjugação um pouco mais simples. 

    Veja: verbo 'por' - se eu pusesse / verbo 'propor', 'opor', 'dispor' - se eu propusesse, se eu opusesse, se eu dispusesse

    Penso que assim facilite um pouco a nossa vida.

    e. O erro está na colocação pronominal, além da flexão do verbo 'ocorrer' que se encontra no presente, causando prejuízo a correta coerência (futuro/presente) do trecho em questão.

    Prof.:  Marcelo Gabriel (RJ)

    97699-5801 (zap)

  • Prezados,

    Essa questão se resumi apenas no verbo propor? teria como encontrar a alternativa correta escolhendo as outras lacunas?

  • GABARITO D.

    Questão que envolveu colocação pronominal e concordância verbal e modo.

  • QUE  atrativo de próclise.

  • Caminhando e apanhando e errando a questão ♫♪(Mas essa eu acertei).

    Língua portuguesa  é o bicho!

  • Além do fator de atração "que", o fator concordância também deve ser observado 

  • LETRA D

     O pronome relativo QUE, é atraí o SE.

    Dessa forma... "Se propuserem". 

     

  • Lucas Moura,

     

    só corrigindo: O pronome relativo QUE atrai o SE (é o SE que muda de lugar por causa do pronome relativo, e não o contrario)

  • O pron. rel. "QUE" atraí o SE (ênclise)

    Para conjugar o verbo "propor": conjugar como se estivesse conjugando o verbo "pôr" e colocar o prefixo.

    Neste caso, conjugar o verbo no presente do subjuntivo: se eles PUSEREM. Logo no verbo "propor", fica, se eles PROPUSEREM.

  • QUE atrai o pronome, logo elimina letra C e E. A base do verbo propor é PUSE, logo letra D.

  • Verbo por e seus derivados devem ter a terminação  PUSER, logo só restam as alternativas D e E.

    Que atrai o pronome, então o Gab é D
     

  • GABARITO D

     

  •  

    PRONOMES

     

    COMPLEMENTO NOMINAL:   LHE, LHES, NOS, VOS, ME, TE

     

    Verbos terminados em:      -R, -S, -Z      +    o, a, os, as  =          Lo, La, Los, Las


    Verbos terminados em:  - M, - ÃO, -ÕE    +     o, a, os, as     =      no, na, nos, nas

     

    VIDE     Q584898  Q720483       Q584065

     

    VERBO TERMINADO “M” ou “ÕE” os pronomes O, A, OS, AS   =   NO, NA, NOS , NAS

     

    TRAGA M  +     o       =  tragam -  NO

     

    P ÕE +  os    =        põe - NOS

     

     

    VERBO TERMINADO  MOS      seguido de NOS  ou VOS retira o “S”

     

    Encontramo - no

    Solicitamo - VOS

     

     

     

    VERBO TERMINADO R, S, Z   =      L     os pronomes  O, A, OS  recebem   “ L

     

    TRAZE   R     +  as       =      traz ê- las

     

    PERDE     S        +  as    =     PERDE-LAS

     

    SEDU   Z  + as   =    sedu-las

    REF I Z       +  o  =        refi-LO

    FIZ            + o      =   FI -LO

    ......................

     

    VERBO TERMINADO  EM “S” SEGUIDO DE LHE, LHES NÃO RETIRA A TERMINAÇÃO “S”

     

    OBEDECEMOS  - LHE cegamente.  OBJETO INDIRETO. MANTÉM O S

     

     

              Q701725

                                                 OBJETO DIRETO =       VTD

     

    -  PRONOMES OBLÍQUOS  =       O, A, Os, As, Lo, La, Los, Las, No, Na, Nos, Nas    funcionam somente como OBJETO DIRETO.

     

     

    -   PRONOMES ÁTONOS =   ME, TE, SE, O, A, NOS, VOS,  OS , AS    =    OBJETO DIRETO  (NÃO TEM  LHE- LHES)       

     

     

                                     OBJETO INDIRETO        =  VTI     

     

    LHE, LHES, SE, TE, ME, NOS, VOS

     

     

     

    Q87913

    EXCEÇÃO:  AO VTI – LHES     esta regra não vale para a FCC, ela é a única banca que admite o lhe substituindo coisa.   


    1 - Verbo ASSISTIR com ideia de VER e PRESENCIAR é Verbo Transitivo Indireto, porém NÃO admite o pronome LHE (pron. obliquo).

    2 - Verbo VISAR no sentido de DESEJAR é Verbo Transitivo Indireto, porém NÃO admite o pronome LHE (pron. obliquo).

    3 - Verbo ASPIRAR no sentido de DESEJAR é Verbo Transitivo Indireto, porém NÃO admite o pronome LHE (pron. obliquo).

     

     

     

     

     

     

     

  • Pesquisas que SE PROPUSEREM a identificar sítios geoturísticos PODERÃO favorecer o turismo [...]

                             Futuro do subjuntivo                                 Futuro do presente do indicativo

     

    Decore isso:

    Futuro do subjuntivo + Futuro do presente do indicativo

     

    FUTURO SUBJUNTIVO

    - R

    - RES

    - R

    - RMOS

    - RDES

    - REM/RAM

     

    FUTURO PRESENTE INDICATIVO

    - REI

    - RÁS

    - RÁ 

    - REMOS

    - REIS

    - RÃO

     

    GAB. D

     

    Se tiver algum erro, favor, avise-me.

  • [...]desde que não OCORRAM danos aos sítios geológicos[...]

     

    1º - "desde que" é um conjunção condicional. Logo, exigirá que o verbo "ocorrer" fique no modo subjuntivo.

    2º - Como o verbo irá ficar no subjuntivo. Então, a vogal será contrária.

     

    Verbos que terminam com:

    AR = E

    OR = A

    ER = A

    IR = A

     

    Exemplo com o verbo "TER" e "AMAR"

    Como eles terminam com "ER" e "AR", temos: 

     

    PRESENTE DO INDICATIVO

    EU tenhO

    EU amoO

     

    PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    (Que) EU tenhA

    (Que) EU AmE

     

    A respeito da colocação pronominal e seu fator de atração, os demais colegas já comentaram. 

     

     

    Se tiver algum erro, favor, avise-me. Bons estudos!!

  • Atenção para os verbos irregulares. Alguns mais cobrados:

     

    1) Compor, propor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integralmente o verbo pôr.

    Ex.: ponho -> componho, imponho, deponho etc.
           pus -> compus, repus, expus etc.

     

    2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o verbo ter.

    Ex.: tivermos -> contivermos, mantivermos etc.
           tiveste -> retiveste, mantiveste etc.


    3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o verbo vir.

    Ex.: vierem -> intervierem, provierem etc.
           vim -> intervim, convim etc


    4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo ver.

    Ex.: vi -> revi, previ etc.

           víssemos -> prevíssemos, antevíssemos etc.

     

    Fonte: Renato Aquino - Português para Concursos 

     

    Bons estudos!

  • Gabarito D

     

     d) se propuserem − deve − ocorram

     

    se propuserem  :

    -Fatores de próclise (atração): Pronomes relativos --->Pesquisas que se propuserem...

    - O verbo “poderão, no futuro do presente do indicativo, combina com o futuro do subjuntivo "propuserem";

    - O verbo Propor é derivado do verbo pôr(puserem) -->propuserem (propor verbo irregular);

     

    Ocorram --> A locução conjuntiva condicional “desde que” exige o verbo no modo subjuntivo.
     

    Pesquisas que se propuserem   a identificar sítios geoturísticos poderão favorecer o turismo em bases sustentáveis. O geoturismo, assim, deve assumir um grau de importância estratégica para o futuro do desenvolvimento turístico do Brasil, desde que não ocorram danos aos sítios geológicos, como a remoção ilegal de fósseis e minerais.

     

     

  • Pronome relativo '' QUE '' chupa o pronome oblíquo ( -SE ). Com isso vc já elimina C e E

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu.

    Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se.

    Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á.


     

    Próclise é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo (PRO = antes)

    Palavras que atraem o pronome (obrigam próclise):

    -Palavras de sentido negativo: Você NEM se preocupou.

    -Advérbios: AQUI se lava roupa.

    -Pronomes indefinidos: ALGUÉM me telefonou.

    -Pronomes interrogativos: QUE me falta acontecer?

    -Pronomes relativos: A pessoa QUE te falou isso.

    -Pronomes demonstrativos neutros: ISSO o comoveu demais.

    -Conjunções subordinativas: Chamava pelos nomes, CONFORME se lembrava.

     

    **NÃO SE INICIA FRASE COM PRÓCLISE!!!  “Me dê uma carona” = tá errado!!!

     

    Mesóclise, embora não seja muito usual, somente ocorre com os verbos conjugados no futuro do presente e do pretérito. É a colocação do pronome oblíquo átono no "meio" da palavra. (MESO = meio)

     Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

    Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano. 


    Ênclise tem incidência nos seguintes casos: 

    - Em frase iniciada por verbo, desde que não esteja no futuro:

    Vou dizer-lhe que estou muito feliz.

    Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério. 

    - Nas orações reduzidas de infinitivo:

    Convém contar-lhe tudo sobre o acontecido. 

    - Nas orações reduzidas de gerúndio:

    O diretor apareceu avisando-lhe sobre o início das avaliações. 

    - Nas frases imperativas afirmativas:

    Senhor, atenda-me, por favor!

    FONTE: QC


ID
1731658
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
IF-AL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dadas as afirmativas seguintes sobre o texto abaixo,

“[...] Esse espaço ligado ao culto funerário, essa cidade-pirâmide, não é silenciosa. Ecoa o barulho incessante dos canteiros de obras, além das vozes dos trabalhadores e dos serviços de reparação. As idas e vindas dos sacerdotes, responsáveis pelo culto funerário, e seus empregados, artesãos, criados ou camponeses, fazem desse local dedicado aos mortos um universo bem vivo”

(Larousse das Civilizações Antigas, 2006).

I. O adjetivo “incessante” (2ª linha) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, pelo adjetivo “intenso”.

II. Uma das funções dos pronomes demonstrativos presentes no texto, assim como dos pronomes possessivos, é retomar expressões ou trecho anteriores para garantir a unidade e progressão do tema no texto.

III. A palavra “Ecoa” é um verbo na primeira pessoa do presente do indicativo.

IV. A palavra “pirâmide”, no texto, é um substantivo.

verifica-se que são verdadeiras

Alternativas
Comentários
  • No item III, a palavra ecoa não esta em 1º pessoa, já que não se refere ao narrador.

    No Item IV, a palvra pirâmide esta sendo colocada como um adjetivo de cidade, não sendo a mesma um substantivo.

     

  • Tenho uma dúvida quanto a I: Incessante é sinônimo de intenso?
  • I. O adjetivo “incessante” (2ª linha) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, pelo adjetivo “intenso”.

    Não significa que incessante seja sinônimo de inteso, mas apneas que se substituído não há prejuízo de sentido.

    Incessante quer dizer uma coisa que não cessa, contínuo. Já intenso tem significado semelhante, contínuo. Logo, não há prejuízo  de sentido.

  • O item I não me desce...

    incessante

    que não cessa.

    que não sofre interrupção; contínuo, ininterrupto.

    "as incessantes preocupações fizeram-no adoecer"

    que se faz presente constantemente; assíduo, constante, frequente, incansável.

    "graças aos seus i. cuidados, ele logo se recuperou"

    intenso

    adjetivo

    que se manifesta ou se faz sentir com força, com vigor, com abundância.

    "calor i."

    que ultrapassa as medidas ou o grau habitual; febril, excessivo, árduo.

    "atividade i."

     

    Como o III e o IV estavam evidentemente errados, só sobrava os itens I e II mesmo, mas que achei estranho, achei!!!

     

  • A primeira alternativa não me desce, pois a alternativa fala "prejuízo de sentido". Ora, se eu trocar "incessante" por "intenso", haverá mudança no sentido da frase. Se a alternativa tivesse falado "inadequação à norma culta", eu até entenderia, afinal de contas, é possível fazer essa troca mantendo a linguagem padrão.

  • Incessante = que não cessa; não finda.

    Intenso = profundo; forte.

    A substituição de uma palavra por outra não prejudicaria o sentido do texto, visto que as expressões não se tratam de sinônimos?

  • Dizer que incessante pode ser substituído por intenso sem alteração de sentido é forçação de barra!! Nem tudo que contínuo é intenso, e vice-versa.

  • Questão extremamente opinável; acertei pq eliminando a III q está claramente errada, pode-se descartar 3 opções, a II está certa, faltava escolher entre a A e C, fui na A pq pirâmide não é substantivo no contexto, tem função de adjetivo, pois caracteriza cidade, mas tive q marcar a letra a contra-gosto pq dizer q Incessante por ser substituído por Intenso é, no mínimo, ridículo; algo incessante, isto é, algo q não termina, q não tem fim, q não cessa, não significa necessariamente q seja intenso; deveria existir uma lei q disciplinasse as provas de concursos, estamos muito à mercê de pseudo examinadores, gente q mal sabe se virar e q pretender impor sua limitação aos candidatos.

  • Questão extremamente opinável; acertei pq eliminando a III q está claramente errada, pode-se descartar 3 opções, a II está certa, faltava escolher entre a A e C, fui na A pq pirâmide não é substantivo no contexto, tem função de adjetivo, pois caracteriza cidade, mas tive q marcar a letra a contra-gosto pq dizer q Incessante por ser substituído por Intenso é, no mínimo, ridículo; algo incessante, isto é, algo q não termina, q não tem fim, q não cessa, não significa necessariamente q seja intenso; deveria existir uma lei q disciplinasse as provas de concursos, estamos muito à mercê de pseudo examinadores, gente q mal sabe se virar e q pretender impor sua limitação aos candidatos.

  • Gabarito por que a banca quis!! hahaha


ID
1732435
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Suzano - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Uma conhecida convidou os quatro netos pré-adolescentes para lanchar. Queria passar um tempo com eles, como fazem as avós. Sentaram-se numa lanchonete. Pediram sanduíches e refrigerantes. Daí, os quatro sacaram os celulares. Ficaram todo o tempo trocando mensagens com amigos, rindo e se divertindo. Com cara de mamão murcho, a avó esperou alguma oportunidade de bater papo. Não houve. Agora, ela já prometeu:
– Desisti. Não saio mais com meus netos.
Cada vez mais as pessoas “abandonam" os outros para viver num mundo de relações via celular. Às vezes de maneira assustadora.
Em certos almoços, mesmo de negócios, é impossível tratar do assunto que importa. O interlocutor escolhe o prato com a orelha no celular. Quando desliga, abre para verificar e-mails. Responde. Pacientemente espero. Iniciamos o papo que motivou o almoço. O celular toca novamente. Dá vontade de levantar da mesa e ir embora. Não posso, seria falta de educação. Mas não é pior ficar como espectador enquanto a pessoa resolve suas coisas pelo celular, sem dar continuidade à conversa?
Faço cara de paisagem enquanto a pessoa discute algo que nada tem a ver comigo. Penso: seria melhor, muito melhor, não ter marcado reunião nenhuma. Mais fácil seria, sim, me impor através do celular, porque através dele entro na sala de alguém quando quero, sem marcar hora. O aparelhinho invade até situações íntimas. Se fosse só comigo, estaria traumatizado por me sentir pouco interessante. Mas sei de casos em que, entre um beijo e outro, um dos parceiros atende o celular. Para tudo, sai do clima. Quando termina a ligação, é preciso de um tempo para retomar. Mas aí, pode tocar novamente e... enfim, até nos momentos mais eróticos, o aparelhinho atrapalha.
Ainda sou daquele tempo de ter conversas francas e profundas, de olhar nos olhos. Hoje é quase impossível aprofundar-se nos olhos de alguém. Estão fixados na tela de seu modelo de última geração. Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular. Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele. Eu descobri uma estratégia que sempre funciona, se quero realmente falar com alguém. Convido para jantar, por exemplo. Ela saca o celular. Pego o meu e envio uma mensagem para ela mesma, em frente a mim. Não falha. Seja quem for, acha divertidíssimo. E assim continuamos até o cafezinho. Sem palavras, mas trocando incríveis mensagens pelo celular. Todo mundo acha divertidíssimo.

(Walcyr Carrasco, Má educação e celular. Revista Época. Disponível em: <http://epoca.globo.com>. Acesso em: 27.01.2015. Adaptado)

Observe a seguinte passagem do texto:

– Mais fácil seria, sim, me impor através do celular …

Seguindo o modelo da conjugação do verbo “impor", presente nessa passagem, assinale a alternativa em que a conjugação e a concordância do verbo em destaque estão de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • a) Será mais fácil, sim, se algum de nós nos (dispusermos) dispormos a conversar sem atender o celular. 

    b) Foi mais, fácil, sim, porque se propuseram (propôs) a alguns a ideia de conversar sem atender o celular.

    d) Foi mais fácil, sim, porque o mais velho dos garotos se (predispôs) predispunham a conversar sem atender o celular.

    e) Seria mais fácil, sim, se todos se (propusessem) proporem a conversar sem atender o celular.

  • Gente fica a dica, o verbos que tem por no final se conjugam de acordo com o próprio verbo por.

  • Reescrita somente do que interessa p/ facilitar compreensão:

     

    a  Será fácil se algum se dispor a conversar

    b -Foi fácil, porque se propôs a ideia de conversar......

    c Seria fácil, se mais de um interlocutor se dispusesse a...........

    d Foi fácil, porque o mais velho se predispôs a......

    e Seria fácil, se todos se propusessem a.......

  • Obg professora


    Explicação impecável e muito didática!

  • Assertiva C

     dispusesse "a"


ID
1733812
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão toma por base uma passagem do romance O sertanejo, do romântico brasileiro José de Alencar (1829-1877).

                                                      O sertanejo

      O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e com um modo afável:

      – Fique descansado, camarada, que não o envergonharei levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente! Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.

      O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse mostra de o ter ele entendido, e continuou:

      – Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha, tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes de algodão.

      Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.

      – Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?... Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.

      O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato; chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou um mugido saudoso e desapareceu.

      Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso adeus.

      E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar que ele se iludisse em sua ingênua superstição.

                                                                                           (José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro:

                                                                                  Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado.)

Tomando por base que estresido é particípio do verbo estresir, que significa no texto a passagem da marca da senhora para o peito do vaqueiro por meio de papel, tinta e um instrumento furador, complete a lacuna da seguinte frase com a forma adequada do pretérito perfeito do indicativo do verbo estresir:

A bordadeira___________ o desenho sobre o pano.

Alternativas
Comentários
  • O verbo estresir significa “passar um desenho de um

    papel para outro aplicando pó de lápis ou carvão”. A

    forma do pretérito perfeito do modo indicativo, na 3.ª

    pessoa do singular, é estresiu.


ID
1738609
Banca
FUNCAB
Órgão
CBM-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão
Funcionários exemplares
    Faz exatamente um ano que eles chegaram por ali, sob os olhares desconfiados de quem não via propósito em seu trabalho. Pior: muita gente achava que seriam um problema, não uma solução. Mas agora a equipe de falcões e gaviões do aeroporto internacional tem um número vistoso para exibir: de janeiro a abril de 2013, portanto, antes do início do serviço, foram registrados dezenove incidentes que envolveram aviões e pássaros como fragatas, quero-queros e urubus; neste ano, segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, nesse mesmo período de quatro meses o número de colisões baixou para seis. As aves de rapina estão aprovadas, e parecem valer os 18 000 reais que custam por mês à Infraero. “O resultado tem sido melhor que o observado quando usávamos carros com sirene a todo o volume ou mesmo fogos de artifício para afugentar os pássaros", diz Priscila Souza, diretora da área de meio ambiente do Galeão.
    O grupo, formado por doze animais, acaba de ter seu contrato renovado até agosto e segue espantando dos céus do aeroporto um sem-número de aves que podem se tornar um empecilho ou, mais do que isso, um perigo real para pousos e decolagens: às vezes, batem contra os vidros, obrigam a desvios de rota e são engolidas pelas turbinas de jatos. Por isso são empregados esses animais carnívoros, com poderosas garras e bico afiado, que não comem suas vítimas, apenas as capturam - as presas são catalogadas e transportadas para uma área distante, de características naturais parecidas.
    Sete gaviões e cinco falcões (que alcançam, como um carro de F1, 300 quilômetros por hora) são treinados por falcoeiros do Centro de Preservação de Aves de Rapina, empresa particular baiana que ganhou a licitação para prestar o serviço em 2013. Nos últimos anos, aeroportos de cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre já contrataram trabalhos semelhantes, também com sucesso. Próximo de mangues e da Baía de Guanabara, as pistas de nosso movimentado aeroporto atraem bichos de toda sorte. Isso sem contar os lixões clandestinos no entorno, que também são foco de animais. Ou seja, no Rio a tarefa é redobrada. Contamos com eles.
(Daniela Pessoa, Veja Rio, 4 de junho de 2014.)

Assinale a opção em que a concordância verbal está correta.

Alternativas
Comentários
  • resposta correta e a letra A porque o verbo precisa-se e transitivo indireto.Entao ele ficara no singular mesmo o substantivo esteja no plural

  • Alguém pode dizer por que a letra B está errada?

     

  • Na B: É só fazer a transposição para a voz passiva analítica - turbinas de aviões são reparadas. Assim, o erro está na concordância. (não posso fundamentar, logo aceito a crítica).

     

     

  • Resposta: A  Precisa-se de funcionarios exemplares.

    Precisa-se = (quem precisa, precisa DE alguma coisa) VERBO TRANSITIVO INDIRETO

    De funcionarios exemplares = OBJETO INDIRETO

    B) Repara-se turbinas de aviões de carga.

    Repara-se = VERBO TRANSITIVO DIRETO

    Turbinas de aviões de carga = OBEJTO DIRETO

    REPARAM-SE TURBINAS DE AVIÕES DE CARGA.

    C) De repente surgiu dois pássaros no céu.

    Surgiu = VERBO INTRANSITIVO

    dois pássaros no céu = SUJEITO (nucleo do sujeito = PÁSSAROS)

    De repente = locução adverbial

    DE REPENTE SURGIRAM DOIS PÁSSAROS NO CÉU.

    D) Resolveu-se todos os problemas

    resolveu-se = VERBO TRANSITIVO DIRETO

    todos os problemas = objeto direto

    RESOLVERAM-SE TODOS OS PROBLEMAS.

  • a) GABARITO - Precisa-se VTI + IIS = verbo sempre no singular.

    b) Reparam-se turbinas.

    c) Surgiram dois pássaros.

    d) Resolveram-se todos os problemas.

    e) Desapareceram as aves de rapina.

  • Letra B esta errada porque REPARA-SE ( V.T.D) tem que concordar com o sujeito que esta no plural. Logo, ficaria correto REPARAM-SE.

  • VTI -> PIIS.


ID
1745572
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Suzano - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase em que todas as formas verbais estão empregadas de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa é:

Alternativas
Comentários
  • A- Como se (ele) receasse B- Gabarito C- Eu advirto D- Para que (...) reouvesse E- (Eles) se dispuseram
  • Questão difícil, na minha opinião. Ela julga a sua capacidade de flexionar os verbos de maneira correta. Então vamos: 

    a. O erro está na flexão do verbo "recear" - Se eu receasse, Se tu receasses, Se ele receasse (Imp do Subj);

    b. Gabarito

    c. O erro está na flexão do verbo "advertir" - então fica: Eu advirto (com i), Tuadvertes, Ele adverte (Pres do Indicativo);

    d. O erro está na flexão do verbo "reaver" - então fica: Se eu reouvesse, Se tu reouvesses, Se ele reouvesse (Imp do Subj)

    e. O erro está na flexão do verbo "dispor" - então fica: Nós nos dispusemos, Vós vos dispusestes, Eles (Os integrantes do Juri) se dispuseram. (Pret Perf do Indicativo)

    Espero ter ajudado em seus estudos.

    Aulas Particulares RJ

    Prof.: Marcelo Gabriel - 97699-5801 (zap)

  • Assistam uma ótima aula sobre este assunto: https://www.youtube.com/watch?v=WsmxIQN7F3Q

  • Ele/ela requereu.

    Pretérito Perfeito do Indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado. 

  • Colegas concurseiros, tenho uma dica valiosa : o verbo "requerer", não é derivado do verbo "querer", logo se em uma questão o verbo requerer estiver conjugado igual ao verbo querer, ela estará incorreta!!! .

  • alt(a) ERRADA

     

    Verbos terminados em ear  sendo rizotônicos tem o acréscimo do "i" . Verbo recear ( somente para o presente do indicativo)

    eu receio  (rizotônico)

    tu receias (rizotônico)

    ele receia  (rizotônico)

    nós receamos (arrizotônico)

    vós receais (arrizotônico)

    eles receiam  (rizotônico)

    se ontem ... pretérito do subjuntivo

    eu receasse (arrizotônico)

    tu receasses (arrizotônico)

    ele receasse (arrizotônico)

    nos receássemos (arrizotônico)

    vos receásseis (arrizotônico)

    eles receacem

     

    alt(b) CORRETA

     

    PRESENTE DO INDICATIVO

     

    verbos (imergir, advertir , emergir etc) na Primeiro pessoa do singular  tem a troca do "e" pelo "i" em presente do indicativo

    eu requeri

    tu requereste

    ele requereu

    nos requeremos

    vos requerestes

    eles requereram

     

    Alt(C) ERRADA

    presente do indicativo

     

    eu advirto

    tu advertes

    ele adverte

    nós advertimos

    vós advertis

    eles advertem

     

    alt(d) errada

     

    verbo REAVER = haver segue o modelo do verbo haver

    se ontem... Pretérito do subjuntivo

     

    eu houvesse reouvesse

    tu houvesses reouvesses

    ele houvesse reouvesse

    nos houvéssemos reouvéssemos

    vos houvésseis reouvésseis

    eles houvessem reouvessem

     

    alt(e) ERRADA

     

    verbo dispor  verbo derivado POR 

    Pretérito perfeito do indicativo

     

    eu  dispus

    tu  dispuseste

    ele dispôs

    nós dispusemos

    vos dispusestes

    eles dispuseram

     

     

     

  • A) ''RECEASSE''

    B) Correta

    C) ''REOUVESSE''

    D) ''ADVIRTO''

    E) "DISPUSERAM''

     

    Gabarito B

  • GABARITO: B

     

     a) O policial, como se receasse pôr em risco a vida de seus informantes, optou por omitir seus nomes do relato que integrou o processo que deflagrou a prisão de dez criminosos envolvidos em um esquema internacional de tráfico de entorpecentes.

     

     b) O cônsul requereu os documentos de identidade de cada um dos africanos, para dar início ao processo de inclusão do grupo de refugiados na nova sociedade, facultando-lhes usufruir de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei.

     

     c) Eu, na condição de seu advogado, advirto que, caso se recuse a pagar a pensão alimentícia determinada pelo juiz, poderá receber ordem de prisão, contra a qual há poucos recursos a serem interpostos, com pouca chance de obterem sucesso.

     

     d) Para que tivesse a reintegração de posse e reouvesse os direitos sobre sua propriedade, o fazendeiro teve de esperar mais de um ano para que os invasores se retirassem de suas terras, por meio de ordem judicial e com a escolta da polícia militar.

     

     e) Os integrantes do júri se dispuseram a participar de mais de uma sessão para avaliar minuciosamente o caso, uma vez que se comprometeram a estabelecer critérios morais precisos para julgar o réu com a maior isenção possível.

  • Viessem na letra B, não teria que vir com conjução para esta correto? alguem me ajuda?

  • Galera, 

     

    Por favor, na LETRA B. Eu não entendi por que o verbo usufruir  não fica no plural - usufruirEM.

     

    Qual a classificação da oração facultando-lhes usufruir de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei ?

     

    Alguém me ajuda?

  • Paulo Paulo, acredito que usufruir está no singular porque faz referência ao grupo de refugiados.

  • Alternativa correta: B

    O verbo requerer está empregado no PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO:

    (ONTEM )EU REQUERI

    (ONTEM) TU REQUERESTE

    (ONTEM) ELE/ELA REQUEREU

    (ONTEM) NÓS REQUEREMOS

    (ONTEM) VÓS REQUERESTES

    (ONTEM) ELES/ELAS REQUEREM.

  •  a) O policial, como se receiasse pôr em risco a vida de seus informantes, optou por omitir seus nomes do relato que integrou o processo que deflagrou a prisão de dez criminosos envolvidos em um esquema internacional de tráfico de entorpecentes. (RECEASSE)

     b) O cônsul requereu os documentos de identidade de cada um dos africanos, para dar início ao processo de inclusão do grupo de refugiados na nova sociedade, facultando-lhes usufruir de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei.

     c) Eu, na condição de seu advogado, adverto que, caso se recuse a pagar a pensão alimentícia determinada pelo juiz, poderá receber ordem de prisão, contra a qual há poucos recursos a serem interpostos, com pouca chance de obterem sucesso. (ADVIRTO)

     d) Para que tivesse a reintegração de posse e reavisse os direitos sobre sua propriedade, o fazendeiro teve de esperar mais de um ano para que os invasores se retirassem de suas terras, por meio de ordem judicial e com a escolta da polícia militar. (REOUVESSE)

     e) Os integrantes do júri se disporam a participar de mais de uma sessão para avaliar minuciosamente o caso, uma vez que se comprometeram a estabelecer critérios morais precisos para julgar o réu com a maior isenção possível. (DISPUSERAM)

  •  facultando-LHES usufruir de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei.

    Alguém sabe pq usufruir está no singular?

  • Ajuda Senhor kkk

    Você errou!Em 20/08/20 às 16:28, você respondeu a opção D.

    !

    Você errou!Em 06/02/20 às 17:16, você respondeu a opção B.

    Você errou!Em 25/12/19 às 16:19, você respondeu a opção D.

    !

  • GAB: B

    O cônsul requereu os documentos de identidade de cada um dos africanos, para dar início ao processo de inclusão do grupo de refugiados na nova sociedade, facultando-lhes usufruir de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei.

    Requereu: Pretério perfeito do Indicativo

    Viessem: Pretérito imperfeito do Subjuntivo

    1º passo; encontrar os verbos

    2° passo: saber conjugar no tempo e modo.

  • GAB. B)

    O cônsul requereu os documentos de identidade de cada um dos africanos, para dar início ao processo de inclusão do grupo de refugiados na nova sociedade, facultando-lhes usufruir de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei.

  • Sobre o verbo REQUERER; nos presentes (indicativo [1ª pessoa] e em todo subjuntivo) ditongação (EI)

    Nos outros tempos se conjuga igual ao verbo BEBER

  • a) O policial, como se receiasse pôr em risco a vida de seus informantes, optou por omitir seus nomes do relato que integrou o processo que deflagrou a prisão de dez criminosos envolvidos em um esquema internacional de tráfico de entorpecentes. (RECEASSE) b) O cônsul requereu os documentos de identidade de cada um dos africanos, para dar início ao processo de inclusão do grupo de refugiados na nova sociedade, facultando-lhes usufruir de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei.

     c) Eu, na condição de seu advogado, adverto que, caso se recuse a pagar a pensão alimentícia determinada pelo juiz, poderá receber ordem de prisão, contra a qual há poucos recursos a serem interpostos, com pouca chance de obterem sucesso. (ADVIRTO)

     d) Para que tivesse a reintegração de posse e reavisse os direitos sobre sua propriedade, o fazendeiro teve de esperar mais de um ano para que os invasores se retirassem de suas terras, por meio de ordem judicial e com a escolta da polícia militar. (REOUVESSE)

     e) Os integrantes do júri se disporam a participar de mais de uma sessão para avaliar minuciosamente o caso, uma vez que se comprometeram a estabelecer critérios morais precisos para julgar o réu com a maior isenção possível. (DISPUSERAM)


ID
1759243
Banca
BIO-RIO
Órgão
IF-RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SALTANDO AS MURALHAS DA EUROPA

        De um lado está a Europa da abundância econômica e da estabilidade política. De outro, além do Mediterrâneo, uma extensa faixa assolada pela pobreza e por violentos conflitos. O precário equilíbrio rompeu-se de uma vez com o agravamento da guerra civil na Síria. Da Síria, mas também do Iraque e do Afeganistão, puseram-se em marcha os refugiados. Atrás deles, ou junto com eles, marcham os migrantes econômicos da África e da Ásia. No maior fluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial, os desesperados e os deserdados saltam as muralhas da União Europeia.
        Muralhas? Em tempos normais, os portais da União Europeia estão abertos para os refugiados, mas fechados para os imigrantes. Não vivemos tempos normais. Os países da Europa Centro-Oriental, Hungria à frente, fazem eco à xenofobia da extrema-direita, levantando as pontes diante dos refugiados. Vergonhosamente, a Grã-Bretanha segue tal exemplo, ainda que com menos impudor.
      A Alemanha, seguida hesitantemente pela França, insiste num outro rumo, baseado na lógica demográfica e nos princípios humanitários. Angela Merkel explica a seus parceiros que a Europa precisa agir junta para passar num teste ainda mais difícil que o da crise do euro. “O futuro da União Europeia será moldado pelo que fizermos agora, alerta a primeira-ministra alemã.
(Mundo, outubro 2015)

“O futuro da União Europeia será moldado pelo que fizermos”; a forma inadequada da correspondência entre os tempos verbais sublinhados é:

Alternativas
Comentários
  • A única alternativa que não corresponde é a letra "e" foi/ façam, as outras poderiam ser empregadas corretamente estabelecendo correlação.

  • Letra E.

    Correlação verbal é a articulação temporal lógica entre verbos. foi/façam diferem claramente no tempo, portanto esta alternativa está incorreta. Bons estudos e que Zeus lhe abençoe.



  • Gente...essa foi para ninguém zerar....(brincadeirinha!)

    Não desistam

    Deus está contigo!

  • Essa  foi  uma  pegadinha.

  • Gente, eu errei não havia entendido a questão. Agora não erro mais! 

    A questão era tão simples, não acredito! 

  • Macete: questões fáceis normalmente colocam a última alternativa como gabarito. Principalmente quando a banca é menos conhecida.
  • Ao meu ver essa questão foi mal elaborada. As alternativas pra "fizermos" deveriam estar na primeira pessoa do plural pra haver, de fato, a correlação. A alternativa E é só a mais absurda.

    a) fizéssemos

    b) fazemos

    c) fazíamos

    d) fizemos


  • Correlação verbal.

  • ............forma inadequada.............


ID
1774150
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir é referência para a questão.

    Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí", “até" e “ir" ora denotam espaço, ora denotam tempo. Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem sempre são precisamente especificados no dicionário.
    Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço com a mesma palavra seja o verbo “ir". O sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de raciocínio) do verbo “ir" é de deslocamento: “alguém vai de A a B" quer dizer que alguém se desloca do ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço.
    Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro que a rodovia não se desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do espaço.
    Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. Trata-se de tempo. E o verbo é o mesmo.
POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/analogias>. Acesso em 23 mai. 2014.

Considere as frases abaixo:

1. A numeração deste modelo de tênis vai de 35 a 44.
2. Se alguém perguntar por mim, diga que fui ao cinema.
3. O Canal do Panamá vai do Oceano Atlântico ao Pacífico.
4. No hemisfério Sul, o outono vai de 21 de março a 20 de junho.
5. As linhas de ônibus que partem do terminal 2 vão para a estação central.

O sentido do verbo “ir" fica no domínio do espaço: 

Alternativas
Comentários
  • Olá.

    Conforme o enunciado, compreende-se que:

    As únicas assertivas incorretas são a 1 e a 4, isto porque, quando é tratado sobre a numeração do tênis, o sentido não é de ir, no sentido de espaço.

    A assertiva 4 também está errada, pois não é empregado um sentido de deslocamento.

    As demais assertivas, como a 2, entende-se que o verbo ir é no sentido de espaço, pois a pessoa diz que vai ao cinema. A assertiva 3 também é correta, já que o canal do Panamá abrange dois oceanos. Quando lemos a assertiva 5, entendemos que se trata do sentido de espaço, pois os ônibus vão de um lugar para outro.

    Portanto, a alternativa correta é a letra E.

    Espero ter ajudado!


ID
1789684
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de João Pessoa - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quanto à flexão, os verbos podem ser regulares, irregulares, defectivos e abundantes. Assinale a alternativa que apresenta o verbo que deve ser considerado abundante.

Alternativas
Comentários
  • REGULARES: os verbos que obedecem de maneira precisa a um paradigma de respectiva conjugação.

    IRREGULARES: são classificados assim porque não seguem nenhum paradigma da respectiva conjugação. Esses verbos podem apresentar irregularidades no radical, nas terminações ou em ambos.

    DEFECTIVOS: não são conjugados em determinadas pessoas, tempos ou modos. Ou seja, não flexionam em algumas formas. Os verbos defectivos podem ser impessoais, unipessoais e pessoais.

    ABUNDANTES: apresentam mais de uma forma aceitas pela norma culta. Eles podem ser encontrados em verbos no particípio e, logo, nos tempos compostos em que o verbo principal fica nessa forma nominal.


  • Haver sempre será abundante.

  • verbo haver tem duas formas havemos/hemos, sendo que a segunda é pouco utilizada

  • Verbos  abundantes são aqueles que têm duas ou  mais  formas equivalentes, ainda que uma delas aos poucos deixe de ser empregada. É o caso do  verbo  haver em suas formas havemos/hemos, em que a segunda é pouco utilizada.

  • Computar = regular(obs: não é defectivo).

    Estar = irregular.

    Chover = regular.

    Haver = irregular e abundante.

    Manter = irregular.

  • Verbos adundantes possuem duas ou mais formas na mesma parte da conjugação. Geralmente isso ocorre no particípio. 

    Ex.: havemos ou hemos, haveis ou heis (haver); construis ou constróis (construir); destruis ou destróis (destruir); comprazi ou comprouve (comprazer-se) etc.

    Fonte: A gramática para concursos - Fernando Pestana
     

  • TER/HAVER - terminação DO

    ex: Tenho pagado minhas dívidas

    SER/ESTAR - outras terminações

    ex: O boleto foi pago em dinheiro vivo/ estive suspenso

  • GAB: D

     

     

     

    Abundante: Verbo com mais de uma conjugação.

     

    As questões específicas de portugues da FGV, como essa para professor de língua portuguesa, estão mais fáceis que todo o restante, inclusive nível médio. Vai entender......

  • Gabarito D.

    1. Verbos abundantes: São os verbos que apresentam mais de uma forma com mesmo valor. Ex: constróis ou construis; havemos ou hemos (haver).

  • Gab. D

    havemos/hemos

  • Verbos Abundantes 

    Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio, que chamaremos de PARTICÍPIO REGULAR, terminado em -ado, -ido, usado na VOZ ATIVA, com o auxiliar ter ou haver, e PARTICÍPIO IRREGULAR, com outra terminação diferente, usado na VOZ PASSIVA, com o auxiliar ser ou estar.

    Exemplos de verbos abundantes:

    Infinitivo     Part. Regular      Part. Irregular 

     Aceitar           aceitado            aceito

    Acender          acendido            aceso

    Contundir       contundido           contuso

    Eleger            elegido             eleito 

    Entregar         entregado           entregue

    Enxugar         enxugado            enxuto

    Expulsar         expulsado           expulso

    Imprimir        imprimido           impresso 

    Limpar          limpado             limpo

    Murchar        murchado           murcho

    Suspender      suspendido         suspenso 

    Tingir            tingido              tinto

     * Diante dos verbos auxiliares TER ou HAVER, devemos usar a forma regular, constituída da terminação “-ado” ou “-ido” (voz ativa). Observe o exemplo.:

    Os alunos tinham entregado o trabalho em tempo hábil.

     * Diante dos verbos auxiliares SER ou ESTAR, devemos fazer uso da forma irregular (voz passiva). Eis o enunciado a seguir:

    Os trabalhos foram entregues em tempo hábil

    Observação: os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver e vir só possuem o particípio IRREGULAR aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto e vindo. Os particípios regulares gastado, ganhado e pagado estão caindo ao desuso, sendo substituídos pelos irregulares gasto, ganho e pago.

  • *O VERBO, NO CASO DE NOMES PRÓPRIOS PLURAIS, CONCORDARÁ COM O ARTIGO, QUANDO TIVER. PORTANTO, "TER" DEVERÁ FLEXIONAR PARA O PLURAL, PARA CONCORDAR COM "OS".


ID
1791292
Banca
FUNCAB
Órgão
Faceli
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Atenção ao Sábado

    Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
    No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
   Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
   De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
    Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
    No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde.
    Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
    Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
    Domingo de manhã também é a rosa da semana.
    Não é propriamente rosa que eu quero dizer. ]

LISPECTOR, Clarice. Para não Esquecer. São Paulo: Editora Siciliano, 1992. 

O tempo verbal está indevidamente identificado em: 

Alternativas
Comentários
  • Chovia = Pretérito Imperfeito do Indicativo

    Choveria = Futuro do Pretérito do Indicativo


  • Essa questão caberia recurso simplesmente pelo fato do comentário do nosso amigo acima

  • Que nada Romario, a questão está correta. http://www.conjuga-me.net/verbo-chover 


    Gabarito letra C

  • A Letra E também está errada?

  • Direto ao Ponto
     
      a) era: pretérito imperfeito do indicativo. - CORRETO
      b) foi: pretérito perfeito do indicativo - CORRETO
      c) chovia: futuro do pretérito do indicativo. ERRADO - "chovia" = Pretérito imperfeito do indicativo. Para ser "futuro do pretérito", deveria ser "choveria".
      d) despeja: presente do indicativo - CORRETO
      e) farejarão: futuro do presente do indicativo - CORRETO

    ____________
    foco força fé


ID
1806415
Banca
NC-UFPR
Órgão
PM-PR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí", “até" e “ir" ora denotam espaço, ora denotam tempo. Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem sempre são precisamente especificados no dicionário.

      Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço com a mesma palavra seja o verbo “ir". O sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de raciocínio) do verbo “ir" é de deslocamento: “alguém vai de A a B" quer dizer que alguém se desloca do ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço.

      Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro que a rodovia não se desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do espaço.

      Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. Trata-se de tempo. E o verbo é o mesmo.

POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em:<http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/analogias>. Acesso em 23 mai. 2014

Considere as frases abaixo:

1. A numeração deste modelo de tênis vai de 35 a 44.

2. Se alguém perguntar por mim, diga que fui ao cinema.

3. O Canal do Panamá vai do Oceano Atlântico ao Pacífico.

4. No hemisfério Sul, o outono vai de 21 de março a 20 de junho.

5. As linhas de ônibus que partem do terminal 2 vão para a estação central.

O sentido do verbo “ir" fica no domínio do espaço: 

Alternativas
Comentários
  • Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. Trata-se de tempo. 

    Fiquei na duvida na 1, mas, nesta não há deslocamento, logo, trata de tempo.

    1. A numeração deste modelo de tênis vai de 35 a 44. Tempo

    2. Se alguém perguntar por mim, diga que fui ao cinema. Há deslocamento

    3. O Canal do Panamá vai do Oceano Atlântico ao Pacífico. Há deslocamento

    4. No hemisfério Sul, o outono vai de 21 de março a 20 de junho. tempo

    5. As linhas de ônibus que partem do terminal 2 vão para a estação central. Há deslocamento

  • Massa essa questão!

  • massa ne

  • O verbo “ir” indica movimento/deslocamento espacial ( domínio de espaço)

    a) Referência de limite de números . Incorreto.

    b) Correto.

    c) Correto.

    d) Referencia temporal. Incorreto.

    e) Correto.

  • O próprio texto já entrega a resposta kkkkk

  • quem fala que e fácil, espero que morra.


ID
1815319
Banca
VUNESP
Órgão
SAP-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não consegue se explicar com velocidade suficiente,_____as denúncias e as suspeitas de espionagem eletrônica contra governos de países com que os EUA______ relações cordiais. O episódio mais recente ocorreu na Alemanha. Desde junho, já_____ suspeitas de que o governo alemão era alvo de espionagem americana, por causa de denúncias feitas por Edward Snowden, ex-consultor da Agência Nacional de Segurança dos EUA.
(Época, 28.10.2013. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

Alternativas
Comentários
  • A primeira oração está no presente do indicativo, um bom exemplo : NÃO CONSEGUE.

    OS EUA : pode ser tanto 3ª pessoa do plural ( por causa do "OS")

    quanto na 3 ª  do singular caso nao venha antecedida de ARTIGO.

     

    presente do indicativo

    eu prolifero tenho 

    tu proliferas tens

    ele prolifera tem

    nos proliferamos temos

    vos proliferais tendes

    eles proliferam têm SUJEITO

    As denúncias(elas) proliferam

     

    VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR/OCORRER  SERÁ IMPESSOAL E INFLEXÍVEL, LOGO USA-SE 3ª PESSOA DO SINGULAR.

     

    ALT(D)

  • lembrando que haver so permanece no singular

     

  • Gabarito letra d).

     

    Colocando na ordem direta a frase:

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não consegue se explicar com velocidade suficiente, as denúncias e as suspeitas de espionagem eletrônica contra governos de países com que os* EUA têm (EXPLICAÇÃO ABAIXO)  relações cordiais proliferam**. Desde junho, já havia/existiam (EXPLICAÇÃO ABAIXO) suspeitas de que o governo alemão era alvo de espionagem americana, por causa de denúncias feitas por Edward Snowden, ex-consultor da Agência Nacional de Segurança dos EUA.

    *O VERBO, NO CASO DE NOMES PRÓPRIOS PLURAIS, CONCORDARÁ COM O ARTIGO, QUANDO TIVER. PORTANTO, "TER" DEVERÁ FLEXIONAR PARA O PLURAL, PARA CONCORDAR COM "OS".

    **QUEM PROLIFERA? RESPOSTA: as denúncias e as suspeitas de espionagem eletrônica.

     

     

    Regra do acento diferencial:

    Sujeito na 3° pessoa do singular + verbos "ter" e "vir = "tem" e "vem". Derivados de "ter" e "vir" = acento agudo. Ex: Ele mantém/ Ela advém.

    Sujeito na 3° pessoa do plural + verbos "ter" e "vir = "têm" e "vêm". Derivados de "ter" e "vir" =  acento circunflexo. Ex: Eles mantêm/ Elas advêm.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono12.php

     

     

    Regra de concordância com nomes no plural: 

    http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI106149,71043-Nomes+proprios+plurais

     

     

    O verbo “proliferar”, que significa “propagar-se, crescer em número”, é intransitivo. Ex: Os animais proliferam, os micróbios proliferam, as gerações de jovens proliferam.

    Fontes: 

    http://chicovianaporumtextomelhor.blogspot.com.br/2015/08/o-verbo-proliferar.html

    http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/proliferar-nao-requer-o-pronome-se.jhtm

    http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u234.jhtm

     

     

    O verbo HAVER, no sentido de “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”, é IMPESSOAL (=sem sujeito); por isso só deve ser usado no SINGULAR:

    “Nesta competição não HÁ titulares ou reservas.” (=existem)

    “Já HOUVE vários acidentes nesta curva.” (=ocorreram, aconteceram)

    “HAVIA meses que não nos víamos.” (=tempo decorrido)

     

    Observação: O verbo HAVER pode ser usado no plural, desde que não tenha o sentido “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”:

    “Os professores HOUVERAM por bem adiar as provas.” (=decidiram)

    “Os alunos se HOUVERAM bem na defesa de tese.” (=se apresentaram, “se deram”, “se saíram”)

     

    O verbo EXISTIR é pessoal (=com sujeito) e deve concordar com o seu sujeito:

    “EXISTEM no Brasil dois tipos de caipiras.” (=sujeito plural)

    “Na Polícia Federal não EXISTEM fotos dos traficantes.”

    “Ainda PODEM EXISTIR dúvidas para serem resolvidas.”

     

    *Obs: os verbos OCORRER e ACONTECER também são pessoais:

    “Nesta rua, já ACONTECERAM muitos acidentes.” (=sujeito plural)

    “Neste julgamento, PODEM OCORRER algumas injustiças.”

     

    Fonte: http://redeglobo.globo.com/sp/tvtribuna/camera-educacao/platb/2013/09/12/concordando-ou-nao-concordancia-verbal-com-haver-e-existir/

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • as denúncias e as suspeitas de espionagem proliferam. Ou seja,aumentaram.

    os EUA têm relações cordiais ( como os EUA está no plural ,o 'tem' tbm ficará no plural, levando o acento circunflexo, ficando 'têm' .

    Desde junho, já (existiam,havia) suspeitas ... ( o verbo Haver no sentido de EXISTIR é impessoal e não tem plural)

    Resposta correta D

  • Os Estados Unidos: Plural.

    Estados Unidos: Singular.

  • verbo haver no sentido de existir é impessoal, proliferam e têm apenas concordam com o plural. questão facil.

  • Verbo haver no sentido de existir é impessoal.

    .....as denúncias Proliferam 

    .....EUA______ relações...... têm 

    .....já_____ suspeitas havia

    Gab; D

  • Proliferam ... têm ... havia

  • *O VERBO, NO CASO DE NOMES PRÓPRIOS PLURAIS, CONCORDARÁ COM O ARTIGO, QUANDO TIVER. PORTANTO, "TER" DEVERÁ FLEXIONAR PARA O PLURAL, PARA CONCORDAR COM "OS".


ID
1824538
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Discursos masculinos sobre prevenção e promoção da saúde do homem
Matheus Trilico, Gabriela R. de Oliveira, Marinei Kijimura, Sueli M. Pirolo

     A promoção da saúde é uma proposta de política mundial, contemporânea na saúde pública e disseminada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de 1984. Aprovada na Carta de Ottawa, traz a saúde em seu conceito amplo, relacionando-a com qualidade de vida decorrente de processos complexos interligados a fatores como alimentação, justiça social, ecossistema, renda e educação. Também trabalha com o princípio de autonomia dos indivíduos e das comunidades, reforçando assim o planejamento e o poder local. 
     Nesse mesmo sentido, a Declaração de Alma-Ata, em 1978 , estabelece a proposta da ‘atenção primária à saúde’ e amplia a visão do cuidado à saúde: sai da visão hierárquica do conhecimento especializado, incentiva o envolvimento da população e destaca os fatores necessários para propiciar a qualidade de vida e o direito ao bem-estar social. A atenção primária à saúde está estreitamente vinculada à ‘promoção da saúde’ e à prevenção de enfermidades, não abandonando as dimensões setorial e técnica e incluindo outras dimensões.
    No Brasil, a Estratégia Saúde da Família responde a essa ampliação do cuidado ao buscar a promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que geram riscos, por meio de ações programáticas abrangentes e ações intersetoriais. Nessa perspectiva, entende-se importante a Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem.
    Criada em 2009, essa política procura incluir a masculinidade nas questões clínica e epidemiológica, oferecendo uma proposta singular de cuidado de promoção e recuperação da saúde. Ela se fundamenta na idiossincrasia do gênero masculino - termo que, para o campo da pesquisa, refere-se apenas a áreas estruturais e ideológicas que envolvem relação entre os sexos, delimitando então um novo terreno evidenciam na literatura que os homens sofrem influência dessa representação da masculinidade, imprimindo a idealização de sucesso, poder e força.
     Estudos comparativos entre homens e mulheres comprovam que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e morrem mais precocemente que as mulheres.A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de atenção básica.
    Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, o homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima. A prevalência de dependentes de álcool também é maior para o sexo masculino: 19,5% dos homens são dependentes de álcool, contra 6,9% das mulheres. Em relação ao tabagismo, os homens usam cigarros também com maior frequência do que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade a doenças cardiovasculares, cânceres, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças bucais e outras.
    A masculinidade hegemônica seria aquela ligada à legitimidade do patriarcado, que garante a dominação dos homens e a subordinação das mulheres. Ela não diz respeito a um estilo de vida, mas a configurações que formam as relações de gênero. Novos grupos podem desafiar antigas soluções e construir uma nova hegemonia. Hoje, essa demonstração de força, controle e não vulnerabilidade cede espaço, tirando do homem moderno toda essa supremacia.
    No bojo dessas representações de masculinidade, busca-se o subjetivo contido na discussão de masculinidade e saúde e a consequente importância para tal, quando atribuída às políticas específicas de saúde pública voltada para o gênero masculino. Torna-se, então, necessário compreender suas representações no contexto do diálogo relacional ao gênero masculino, visando à promoção de saúde articulada ao princípio de autonomia dos indivíduos.

Texto adaptado. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462015000200381&lng=pt&nrm=iso

Assinale a alternativa que apresenta um verbo classificado como irregular.

Alternativas
Comentários
  •  Trazer =  verbo anômalo: Sofre alteração no radical quando conjugado

     

  • Trazer, gab B.

  • LETRA B

    Regulares: são aqueles em que o radical permanece o mesmo em toda a conjugação.
    Exemplo: verbo cantar.

     Irregulares: são os verbos cujos radicais se alteram ou cujas terminações não seguem o modelo da conjugação a que pertencem.
    Exemplo: verbo ouvir.

    Anômalos: verbos que apresentam mais de um radical ao serem conjugados.
    Exemplo: verbo ser e ir.
    No verbo ser ocorrem radicais diferentes, note pela diferença entre: seja, era.
    No verbo ir, da mesma forma: vou, fui, irei.

  • Não sei por que o verbo buscar não foi o gabarito, pois temos a conjugação busquei e outros que fazem dele irregular. Deveria ser anulada essa questão.

  • Verbo Buscar:

    Gerúndio: buscando 

    Particípio passado: buscado 

    Infinitivo: buscar

    Tipo de verbo: regular

    Transitividade: transitivo

    Separação silábica: bus-car

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-buscar/

  • Eu TRAGO

    Tu Trazes

    Ele traz

    Nós trazemos

    Vós trazeis

    Eles trazem

    LETRA B

  • trazer típico verbo irregular, mas no site https://www.conjugacao.com.br/verbo-referir/, mostra que o verbo Referir é irregular.

    "O verbo referir apresenta alternância vocálica de e para i nas formas rizotônicas do presente do indicativo, presente do subjuntivo e imperativo: eu refiro, que ele refira, refiram eles,...

    Gerúndio: referindo

    Particípio passado: referido

    Infinitivo: referir

    Tipo de verbo: irregular"

  • O verbo buscar também pode ser considerado irregular, observem:

    que eu busque

    que tu busques

    que ele busque

    que nós busquemos

    que vós busqueis

    que eles busquem

  • Onde tu tá vendo mudança de radical aí, Carlos?

  • Que povo dúbio

  • GABARITO: B

    O verbo "TAZER" é anômalo: Sofre alteração no radical quando conjugado.

  • Os verbos fingir, corrigir, embarcar, tocar, buscar, pegar, picar, colocar, dançar, desfazer são regulares, apesar de alterar-se o radical em algumas conjugações feitas por motivos fonéticos.


ID
1827958
Banca
FGV
Órgão
AL-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ser autor

   O processo de iniciação à escrita deve ser cercado de alguns cuidados. Talvez o principal seja o de estimular a criança a assumir a autoria dos seus primeiros textos. Uma fase prévia de reprodução é inevitável. Experiências pedagógicas mostram o entusiasmo da meninada, ao ver, no papel, seus primeiros desenhos gráficos a falarem de alguma coisa. Outras experiências já provam que tal entusiasmo vai arrefecendo a partir da terceira série. O que parece acontecer, pelo que andei lendo (as palavras são minhas), é que os alunos vão sendo freados em seus intentos comunicativos. Como? Por um lado, surgem os ditongos, os hiatos, os tritongos (e a semivogal!), listas de aumentativos e de diminutivos de menos ou nenhuma valia, de superlativos eruditos (amaríssimo, dulcíssimo, macérrimo, que tal?), enfim, muita memorização, para nada, de palavras isoladas, fora de um contexto, como costumam dizer os estudiosos da linguagem. Boas puxadas de orelha levei, porque, ao decorar certos verbos considerados irregulares, não tinha guardado a forma caibo!  Um amigo me contou que, ao escrever uma carta, vacilou no plural de anão e apelou para esta inusitada expressão: “um anão e outro anão”! Por outro lado, nasce cedo para os estudantes a cultura do erro, que marca ainda o ensino e que impregna a nossa sociedade, sem que ela se dê conta do processo.

(Carlos Eduardo Falcão Uchoa)

O autor cita o verbo caber como vergo irregular; a gramática portuguesa mostra uma extensa classificação dos verbos. Entre as alternativas a seguir, aquela que exemplifica verbos inadequados à classificação é

Alternativas
Comentários
  • 1. Verbos abundantes: São os verbos que apresentam mais de uma forma com mesmo valor: constróis ou construis; havemos ou hemos.

    2. Verbos anômalos: São verbos que apresentam mais de um verbo ao serem conjugados, dependendo do tempo ou da pessoa verbal: IR - eu vou, eu fui, nós fomos, tu irás, ...

    3. Verbos defectivos: São verbos que apresentam conjugação incompleta, isto é, não apresenta certas formas. Os verbos reaver, abolir e falir enquadram-se nesse caso. Observe o verbo reaver: Presente do Indicativo Eu -------; Tu -------; Ele/Ela -----; Nós reavemos; Vós reaveis, Eles/Elas -----.

    4. Verbos Auxiliares: é todo verbo que forma locução verbal com outro verbo (denominado verbo principal) e que formam apenas uma oração. Exemplos: ser, estar, ter, haver, andar, deixar, tornar, poder, ir, começar, acabar, querer, dever.

    5. Verbos unipessoais: São aqueles que só se empregam na terceira pessoa do singular, ou na terceira pessoa do singular  e na terceira pessoa do plural. Fazem parte deste grupo:
    a) os verbos que exprimem fenômenos da natureza (chover, ventar, anoitecer) - só se empregam na terceira pessoa do singular.
    b) os verbos que exprimem vozes de animais (latir, miar, urrar, coaxar) - só se empregam na terceira pessoa do singular e na terceira pessoa do plural.

    Gabarito: Letra E - colorir e reaver são verbos defectivos e não unipessoais.


  • Cara, tá errado. Tenho certeza que eé a letra B

  • Construis é tenso, mano.

    Parece francês.

  • caber e doer são defectivos?

     

  • VERBO CABER NÃO É DEFECTIVO!


    Questão errada....

  • R E A V E R É DEFECTIVO

    ESSA FGV USA UM PERGAMINHO AO ELABORAR AS QUESTÕES DA PROVA

  • Fui pela conjugação do COLORO, é defectivo.

    não é eufônico a conjugação.

  • Os verbos classificam-se em:

    01) Verbos Regulares 

    Verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações no radical, Ex. cantar, vender, partir.

    02) Verbos Irregulares 

    Verbos irregulares são aqueles que sofrem pequenas alterações no radical. Ex. fazer = faço, fazes; fiz, fizeste

    03) Verbos Anómalos 

    Verbos anómalos são aqueles que sofrem grandes alterações no radical. Ex. ser sou, é, fui, era, serei.

    04) Verbos Defectivos 

    Verbos defectivos são aqueles que não possuem conjugação completa. Ex. falir, reaver, precaver não possuem as 1ª, 2ª e 3ª pes. do presente do indicativo e o presente do subjuntivo inteiro).

    05) Verbos Unipessoais 

    Verbo unipessoais são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se APENAS nas TERCEIRAS pessoas, do SINGULAR e do PLURAL, São unipessoais os verbos constar, convir e ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais ( cacarejar, cricrilar, miar, latir, piar ).

    * Observação os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada 

    Teu irmão amadureceu bastante.

    O que é que aquela garota está cacarejando?

    Principais verbos unipessoais: 

    1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer e ser (= preciso, necessário): 

    Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante) 

    Parece que vai chover (Sujeito: que vai chover) 

    É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

    2. fazer e ir. em orações que dão ideia de tempo, SEGUIDA da conjunção "que".

    Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa) 

    Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

    * Observação todos os sujeitos apontados são ORACIONAIS


ID
1847815
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em “Embarcaremos amanhã, então, vimos dizer-lhe adeus, hoje.", a alternativa que classifica corretamente a conjugação modo-temporal do verbo destacado no fragmento é

Alternativas
Comentários
  • PRESENTE DO INDICATIVO

    Eu venho

    Tu vens

    Ele vem

    Nós vimos

    Vós vindes

    Eles vêm

  • Tem logo depois da frase "hoje". Daí se vc não soubesse conjugar era só olhar

  • melzinho na pepeta

  • O verbo vir é um verbo irregular, por isso poderia ser que muitos tivessem duvidas:

    A

    Pretérito Perfeito do Indicativo=viemos

    B

    Futuro do Presente do indicativo=viremos

    C

    Presente do Indicativo=vimos

    D

    Imperativo Afirmativo=venhamos

    E

    Pretérito Imperfeito do Indicativo=vínhamos

  • Palavra no presente e não exprime ideia de ordem, letra C


ID
1849741
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Escolha a alternativa em que todos os vocábulos são classificados como verbos abundantes.

Alternativas
Comentários
  • VERBOS ABUNDANTES são aqueles verbos irregulares que apresentam mais de uma forma de conjugação, ou seja, apresentam duas ou mais formas equivalentes para o mesmo tempo e pessoa.

    A incidência de verbos abundantes se dá especialmente na forma do particípio do verbo, pois temos dois tipos de particípio, um com a forma regular, ou seja, com as terminações ADO, IDO, ADA e IDA, e um com a forma irregular, ou seja, com terminações diferentes destas previstas.

    Vejamos alguns exemplos de verbos que possuem duas formas no particípio, ou seja, VERBOS ABUNDANTES:

    ENCHER - enchido, cheio
    FIXAR - fixado, fixo
    CORRIGIR - corrigido, correto
    ACENDER - acendido, aceso
    ACEITAR - aceitado, aceito
    ELEGER - elegido, eleito
    ENTREGAR - entregado, entregue
    EXTINGUIR - extinguido, extinto
    FRITAR - fritado, frito
    EXPELIR - expelido, expulso
    LIMPAR - limpado, limpo
    MATAR - matado, morto

     

     

    letra d

  • Verbos Abundantes são aqueles que apresentam mais do que uma forma aceita pela norma culta no particípio, uma forma regular e uma irregular.

     

    Infinitivo                            Particípio Regular                 Particípio Irregular

     

    Absolver                              Absolvido                               Absolto

     

    Abstrair                                Abstraído                               Abstrato

     

    Aceitar                                  Aceitado                                Aceito

     

    Benzer                                  Benzido                                 Bento

     

    Cobrir                                   Cobrido                                  Coberto

     

    Completar                            Completado                           Completo

  • A banca deu como gabarito D mas alguém poderia nos apresentar o particípio irregular do verbo arrepender citado na letra D? Todos os outros se encaixam nos particípios regular e irregular mas arrepender não consigo achar sua forma no particípio irregular.

    expressar - expressado - expresso

    pagar - pagado - pago

    arrepender - arrependido - ?????????*

    desenvolver - desenvolvido - desenvolto

    inserir - inserido - inserto

    Desde já obrigado.

  • Arrepender não seria verbo regular?

  • O particípio irregular de ARREPENDER é repeso/arrepeso.

  • Questãozinha pá fudê com a vida do indivíduo, PARTICIPIO DE ARREPENDER pra mim só existe ARREPENDIDO

  • Dependendo da bibliografia adotada pela banca, o vb PAGAR só tem um particípio: pago

    Para o Celso Cunha, estes verbos só têm 1 forma de particípio:

    GANHAR -> ganhado, GASTAR -> gasto, PAGAR -> pago

  • Abundantes são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado e -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).

    Gabarito D


ID
1850725
Banca
UNA Concursos
Órgão
Prefeitura de Flores da Cunha - RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.". 

                                        Pitangueira inspiradora 

      As árvores daquele bosque tornavam o residencial ainda mais atraente e harmonioso. Em pouco tempo, a pitangueira passou a mesclar o verde das folhas com vários tons de vermelho das frutinhas. Os pássaros sentiam-se em casa, como que num grande refeitório. As duas meninas, Luisa e Mariana, gostavam de brincar no bosque. Naquela manhã, sem nenhum ruído estrondoso, _________ uma fantástica ideia: colher pitangas e vender aos moradores. Colhidas as frutas, tocaram …...... campainha dos apartamentos: três pitangas por um real. Os rendimentos seriam destinados ao Projeto Mão Amiga, que _________ crianças em situação de vulnerabilidade social.

      Senti uma grande emoção quando recebi um saquinho com as moedas arrecadadas com a comercialização das pitangas. Um gesto que ultrapassou a quantidade para elevar a solidariedade. Pensei comigo: o mundo não está perdido, como alguns pensam. Quando crianças de sete anos colhem algumas frutinhas para ajudar outras crianças, em situação menos favorável, a esperança de um mundo novo deixa de ser distante e anônima. Nem os pais sabiam do incrível plano de ação fraterna. A alegria contagiou os presentes. O fato não sai da lembrança. Um aprendizado e tanto.

      Toda vez que meus olhos alcançarem uma pitangueira recordarei do doce coração das duas meninas que comercializaram pitangas, para auxiliar outras crianças em situação social desfavorável. Onde está alguém fazendo o bem, a emoção se torna incontida. Evidente que esses gestos deveriam estar multiplicados nos diversos ambientes de convivência humana. Afinal, a bondade nunca deixou de ser significativa. Talvez os humanos andaram um tanto esquecidos de tal prática. Aprender com as crianças é alcançar a essência.

      Nem todos levam jeito para comercializar pitangas. Porém, todos podem usar da criatividade que é inerente …...... bondade. Faz bem fazer o bem. Se não …...... nada para ser ofertado, ainda assim restam muitas opções: escutar quem necessita desabafar, abraçar quem já não tem motivos para continuar a caminhada, sorrir para quem foi tomado pela tristeza, acolher quem está sem rumo, amar quem nunca provou da gratuidade do amor. Antes que a pitangueira _________ novamente, é importante dar-se conta que somente um coração de criança é capaz de entender que a fraternidade é possível e que a solidariedade é um fruto encontrado em todas as estações. 

         (Frei Jaime Bettega – Jornal Correio Riograndense – 18/11/2015 – adaptado)

Qual alternativa preenche correta e respectivamente as lacunas tracejadas ( _______ ) do texto?

Alternativas
Comentários
  • As duas meninas, Luisa e Mariana, gostavam de brincar no bosque. Naquela manhã, sem nenhum ruído estrondoso, _Tiveram________ uma fantástica ideia


    A jogada está no verbo gostavam - pretérito imperfeito do  indicativo

    Tiveram - pretérito imperfeito do  indicativo

    auxilia


    floresça 


    Letra A

  • Gabarito letra A.

    tiveram - auxilia - floresça

  • Bom dia a todos!

    O verbo "tiveram" concorca com o sujeito plural de meninas; já o verbo "auxilia" concorda com o sujeito Projeto mão amiga que está no singular.

  • Conhecimentos interligados, notaram que o 'que' próximo a segunda lacuna é pronome relativo e RETOMA O SUBSTANTIVO PROJETO MÃO AMIGA?

     Por isso o verbo tem de estar no singular. 

  • Que texto lindo! <3

  • Lindo e inspirador, assim como a Pitangueira.


ID
1851139
Banca
UNA Concursos
Órgão
Prefeitura de Flores da Cunha - RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.". 


                                               Aprender a desfazer

    O mundo tem aprendido que desfazer pode ser bem mais complicado que fazer. Pode ser mais difícil desfazer o aquecimento global. Pode ser impossível desfazer a destruição de uma floresta. Pode ser bem complicado desfazer o desaparecimento de uma espécie.

    No campo da tecnologia, entretanto, ainda estamos engatinhando. Quem não terá em casa um equipamento eletrônico antigo que não sabe a quem dar porque ninguém quer, nem onde descartar porque não há um local apropriado e muito menos desmontar, porque quase nunca aprendemos a desfazer, de maneira econômica, aquilo que fizemos em tecnologia?

     Funciona assim: quando um equipamento fica velho, pode ter muita riqueza dentro dele para ser reaproveitada. Com a ajuda da internet, você vai conseguir estimar quanto tem de plástico, vidro, metais comuns e preciosos até com boa aproximação. Feitas as contas, descobre-se rapidamente três grandes verdades da tecnologia de descaracterização de equipamentos:

1) Sem escala não há negócio. Não estamos falando de desmontar um celular, mas milhares deles;

2) O custo em tempo para desmontar o equipamento precisa ser muito menor que o valor que houver nele, caso contrário, não valerá a pena;

3) É preciso aproveitar tudo o que houver no equipamento para que a desmontagem seja, de verdade, rentável e não agrida o meio ambiente.

    O nome da matéria que trata do assunto? Eco Design ou Design Ecológico e, no Brasil, universidades como a de São Carlos fazem um belo trabalho a respeito. Gosto de definir o assunto como a arte de projetar coisas, pensando em desfazê-las de forma simples e não agressiva, quando não forem mais úteis.

      Como um exemplo vale mais que mil parágrafos, vou contar uma história. Corriam os idos dos anos noventa. Duas da manhã, eu virava uma noite de sexta-feira em um cliente na cidade do Rio de Janeiro, longe de casa, mais de uma semana, como na música.

      Estávamos eu e um funcionário local, o grande Najan, que de cliente já havia se tornado amigo, tanto que viramos noites juntos no trabalho. De repente, desespero total. Na máquina em que eu trabalhava, um moderníssimo PC 386, não havia um leitor de disquetes de 5 ¼ de polegada. Era gravar um disquete e ganhávamos a liberdade, eu para voltar para casa e encontrar a família e ele direto para a praia ou algum outro merecido prazer da cidade maravilhosa.

       - Deixa comigo, diz o Najan! Vou desmontar a unidade daquela máquina ali e trazer para cá, apontando para um equipamento modelo XT de marca que prefiro não dizer, já velho e perto da aposentadoria.

      Caixa de ferramentas em punho, eu de cá animado e compilando os programas para gravar e mandar para a produção, ele de lá começa a desmontagem . E é aí que você vai entender um pouco de design ecológico. Vinte minutos depois, saio correndo da minha cadeira para segurar o Najan. Ele, martelo de borracha na mão e desespero nos olhos estufados, dava pancadas, de leve é verdade, na velha máquina e dizia:

       - Um pai... Uma pancada... Paga escola a vida inteira... Outra pancada... Para um filho! Se sacrifica! Mais uma pancada... Pra ele projetar uma porcaria dessa. Pancada final.

      Na mesa jaziam todas as peças do computador, totalmente desmontado para permitir a remoção de uma simples unidade de disco. Desnecessário dizer que o dia amanheceu antes que a gente terminasse todo o serviço e a devolvêssemos a seu jazigo eterno no seio daquele velho XT.

       Se você olhar em volta na sua empresa e perceber que desmontar todos os equipamentos que estão lá vai ser complicado assim, passo o telefone do velho amigo Najan. Talvez ele ainda tenha o bom e velho martelo de borracha.

                                                  (Roberto Francisco Souza – Revista Ecológico – adaptado) 

O verbo “desfazer" empregado no título do texto é:

Alternativas
Comentários
  • Verbos regulares são todos os verbos que ao serem conjugados, não sofrem alterações em seu radical. Exemplo: O verbo falar (radical: fal-) pode ser conjugado em qualquer tempo e pessoa, sem que seu radical se modifique: faleifalassem, falariam.

    Verbos defectivos são verbos que não são conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos: A defectividade acontece por diversos motivos, como: formas parecidas de verbos diferentes que se confundem e. cacofonia (resultam sons desagradáveis).

    Verbos Irregulares são todos os verbos que ao serem conjugados sofrem alterações em seu radical, ou nas suas terminações, não seguindo os modelos de conjugação, ao contrário do que acontece com os Verbos Regulares. Exemplos: O verbo dizer (radical diz-) muda seu radical ao ser conjugado: digo, disser e direi. O verbo dar apresenta alterações na sua terminação: dou, dás, dá.

    VERBOS ABUNDANTES são aqueles verbos irregulares que apresentam mais de uma forma de conjugação, ou seja, apresentam duas ou mais formas equivalentes para o mesmo tempo e pessoa. A incidência de verbos abundantes se dá especialmente na forma do particípio do verbo, pois temos dois tipos de particípio, um com a forma regular, ou seja, com as terminações ADO, IDO, ADA e IDA, e um com a forma irregular, ou seja, com terminações diferentes destas previstas.

    Assim, acredita-se que a resposta deva ser letra "a".

  • Gabarito errado, Desfazer é verbo irregular!

  • Ele é regular porque não altera o seu RADICAL ao ser conjugado. Prestem atençao ao radical  e não às  terminações!!!!!

    Presente do Indicativo 
    eu desfaço
    tu desfazes
    ele desfaz
    nós desfazemos
    vós desfazeis
    eles desfazem

    Pretérito Perfeito 
    eu desfiz
    tu desfizeste
    ele desfez
    nós desfizemos
    vós desfizestes
    eles desfizeram

    Pretérito Imperfeito do Indicativo 
    eu desfazia
    tu desfazias
    ele desfazia
    nós desfazíamos
    vós desfazíeis
    eles desfaziam

    Pretérito Mais-que-Perfeito 
    eu desfizera
    tu desfizeras
    ele desfizera
    nós desfizéramos
    vós desfizéreis
    eles desfizeram

    Futuro do Presente 
    eu desfarei
    tu desfarás
    ele desfará
    nós desfaremos
    vós desfareis
    eles desfarão

    Futuro do Pretérito 
    eu desfaria
    tu desfarias
    ele desfaria
    nós desfaríamos
    vós desfaríeis
    eles desfariam

    Presente do Subjuntivo 
    eu desfaça
    tu desfaças
    ele desfaça
    nós desfaçamos
    vós desfaçais
    eles desfaçam

    Pretérito Imperfeito do Subjuntivo 
    eu desfizesse
    tu desfizesses
    ele desfizesse
    nós desfizéssemos
    vós desfizésseis
    eles desfizessem

    Futuro do Subjuntivo 
    eu desfizer
    tu desfizeres
    ele desfizer
    nós desfizermos
    vós desfizerdes
    eles desfizerem

    Imperativo Afirmativo 
    desfaze tu
    desfaça ele
    desfaçamos nós
    desfazei vós
    desfaçam eles

    Infinitivo Pessoal 
    eu desfazer
    tu desfazeres
    ele desfazer
    nós desfazermos
    vós desfazerdes
    eles desfazerem

    Gerúndio 
    desfazendo

    Particípio 
    desfeito

  • Verbo Desfazer

    Gerúndio: desfazendo 
    Particípio passado: desfeito 
    Infinitivo: desfazer

    Tipo de verbo: regular
    Transitividade: transitivo, intransitivo e pronominal
    Separação silábica: des-fa-zer

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-desfazer/ 

  • gabarito errado, o verbo é IRREGULAR.

    fonte.: http://www.conjugador.com.br/?pesquisa=1&verbo=desfazer

  • Também errei essa pois achei que seria como o verbo FAZER que é considerado irregular.

    Mas olhei no site e realmente é REGULAR.

     

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-fazer/

     

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-desfazer/

  • como que 'fazer' é irregular e 'desfazer' não é? '-'

  • banca não sabe o que é verbo regular

  • Nessas questões que geram controvérsias seria de grande ajuda a explicação do professor!! Não está fazendo diferença nenhuma ser assinante do site!!

  • No título do texto ele é regular, isto é, um infinitivo regular, era isso a pergunta no enunciado

  • É osso viu, radical dessa palavra é "desf" então? pro cara saber é complicado

  • Peçam o comentário do professor, pessoal!


ID
1851268
Banca
IBAM
Órgão
Prefeitura de Santo André - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta quanto à ortografia oficial.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : Letra A

    B - Isso não tem nada a ver comigo.

    C - Hoje fiquei menos cansada que outro dia.

    D - O chinelo estava embaixo da cama.

    Bons estudos.!

  • Palavras com "ee" e "oo" perderam o acento circunflexo a partir do novo acordo ortográfico.

  • SÓ SE USA "EM BAIXO" SE NA MESMA ORAÇÃO, FRASE OU PERÍODO ESTIVER PRESENTE "EM CIMA". DO CONTRÁRIO USA-SE "EMBAIXO". LETRA D INCORRETA.

    GABARITO: A

  • Eles vem= No sentido de chegar

    Eles veem = NO sentido de ver ( dois e) dois olhos. Macete .

  • certa  A

     

  • Correções:

    a) CERTO. Note que na nova ortografia a forma plural dos verbos 'CRE-DE-LE-VE' perderam o acento. Exemplos: Ele crê. Eles creem. Ele vê. Eles veem.

    b) ERRADO. O termo correto é: 'nada a ver', e não 'haver'. 

    c) ERRADO. O termo 'menos' é um advérbio que por sua natureza não varia conforme o genêro (masculino/feminino). Então independente da palavra anterior, o termo será sempre 'menos'. Exemplo: Estou menos cansado que ontem. (MASCULINO). Estou menos cansada que ontem (FEMININO).

    d) ERRADO. Note que existem 'em baixo' e 'embaixo' na língua português, e ambos estão corretos e possuem sentidos diferentes. Embaixo = advérvio, significado em termos de posição. Exemplo: O gato embaixo da mesa derrubou o vaso. Já o termo 'em baixo' é um adjetivo e caracteriza 'algo.' Exemplo: Fale em tom em baixo, para não acordar minha mãe.

  • Faça um V da vitória com os dois dedos da mão: EMBAIXO é junto e EM CIMA é separado.

  • Rsrsrs

  •  Complementando :

     O verbo haver é VTD / impessoal.

    Tendo como significados :

    Existir - há livros na sala.
    Ocorrer- não houve aula hoje.
    Decorrer - há dois dias parei de beber.
    Presenciar - havia uma pessoa na cozinha 
    Restar - não havia o que fazer.

     

  • Eu vejo /Ele vê/eles veem

    eu venho/ele vem/eles vêm

     

  • FICO IMAGINANDO O SUJEITO QUE SE ACHA O TAL, O estupido, O IDIOTA, QUE NÃO RESPEITA OS COLEGAS.

    O estudioso se liga aqui é para comentar as questões, não para ficar tirando os colegas.....

  • Complementando os colegas:

    Isso não tem nada a ver comigo = ter relação

    Não tenho nada haver = ter a receber

  • Em baixo ou embaixo

    forma correta de escrita da palavra é embaixo, escrito junto, quando se referir a um advérbio de lugar. 

    O advérbio embaixo transmite uma ideia de posição de inferioridade, ou seja, de algo que está em lugar inferior a outro: abaixo, debaixo, inferiormente. Pode significar também uma posição de inferioridade no sentido de alguém não possuir recursos e prestígio, estando acabado, arruinado, fracassado, por baixo.

    Embaixo X Em baixo

    A expressão em baixo, escrita de forma separada, existe, mas é usada apenas quando a palavra baixo assume a função de um adjetivo, caracterizando algo.

    Exemplos com em baixo

    Esta coluna está decorada em baixo relevo.

    Continuarei falando em baixo tom de voz.

  • Macete:

    ELE:          CRÊ      DÊ        LÊ       VÊ

    ELES:   CREEM - VEEM - LEEM - VEEM

  • Bem menas né gente kkkk...a maioria que responde a letra C não observa direito o enunciado,quero acreditar nisso kkkkkk

  • Não tem acento:

    Mnemonico: creem, veem, deem, leem.

    QUEM LER E CRER VERÁ A DEUS.

  • Quando quiser dizer que algo não tem relação a outro, use “a ver”. O verbo “haver” surge quando alguém precisa receber dinheiro de alguém ourecuperar algo que perdeu: Preciso haver meu dinheiro.

  • A alternativa certa é a A. 

    Verbo ver, conjugado na terceira pessoa do plural (elas/ elas), no presente do indicativo. Para lembrar:após o acordo ortográfico de 2009, o "veem" perdeu o acento circunflexo. Assim como creem, deem, leem. 

    Sobre o nada haver... Forma errada para este caso.

    O certo é nada a ver. Nesse sentido algo não está relacionado, não correspondendo ou não dizendo respeito a outra coisa. Exemplo: A letra desta música não tem nada a ver comigo.

    Atenção! Apesar de ser pouco usada a forma "nada a haver" existe. É a forma negativa da expressão ter a haver. Faz referência a  não ter nada a receber, nada a reaver, se referindo ao ato de não ter quantias monetárias para serem recebidas.

    https://duvidas.dicio.com.br/nada-a-ver-ou-nada-haver/

     

    Boa sorte e bons estudos!

  • Iago Machado MITOU

  •  menas é uma “palavra fantasma”, por isso, deve ter seu uso eliminado, pois de acordo com a norma padrão, seu uso é inadequado. ... Então, para não errar, lembre-se de que a palavra menos é invariável, logo menas não existe. Portanto, atenção para não se equivocar.

  • Gabarito Letra A.

    Eles veem problema em tudo.


  • Palavras com repetições ''ee'' e ''oo'' não são mais acentuadas.

    EX: VEEM

  • Port ibam acentos diferenciais e embaixo X em baixo

    B) fiquei tão preocupada com isto X isso, q nem vi o "haver"

    D) Colega lucas tem boa explicação - Resumindo:

    embaixo da mesa x em CIMA da mesa (advérbios de lugar)

    Em baixo relevo, tom x em ALTO relevo, tom (adjetivos).

    A) Após reforma ortográfica, 5 acentos diferenciais continuam existindo: Fôrma Pôde Pôr na TV

    Forma x Fôrma

    Pode x Pôde

    Por x Pôr

    Tem x Têm

    Vem x Vêm (verbo vir)

    ATÇele detém, ele intervém

    ********

    Palavras com repetições ''ee'' e ''oo'' NÃO são mais acentuadas.

     CRE DE LEVE - duplica vogal, mas deixou de ter acento diferencial.

    Isto é, NÃO tem mais circunflexo na 3° pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo em CREem, DEem, LEem, VEem e seus derivados (não deixa o corretor do celular te enganar!)

    Eles creem

    Que eles deem

    Eles leem

    Eles veem (verbo ver)


ID
1853992
Banca
UNA Concursos
Órgão
Prefeitura de Portão - RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.".  

                                              A fragilidade da vida  

      A ideia de que a vida é frágil demais nos assusta .......... cada instante!

      Remete-nos à reflexão importante sobre o modo de ser do homem contemporâneo. Este homem que trabalha, trabalha e trabalha e que nunca se encontra realizado profissionalmente, vivendo em uma busca constante, em sua __________ profissional e pessoal. Cada vez mais vivemos numa sociedade da técnica, sociedade esta, digitalizada, em que tudo parece previsível, passível de transformação numérica. E é justamente no íntimo dessa convicção sobre o exato, que o inesperado faz sua intromissão devastadora, deixando marcas na história da humanidade. Na forma brutal, de um acidente fatal, onde a morte aproxima-se no recôndito do corpo de pessoas que estavam em um avião, que se abate sobre um edifício, causando-nos tamanha perplexidade e um sentimento enorme de impotência.  

      O desenvolvimento científico dos últimos anos, em progressão geométrica, __________ criado condições para uma vida saudável e uma idade avançada, um prolongamento da expectativa de vida que não conhecíamos .......... alguns poucos decênios passados. Somos com isso induzidos a uma segurança absoluta. O __________ torna-se permanente até que o inesperado acontece e leva-nos .......... ter uma nova concepção de vida. O tempo tem nova dimensão na velocidade dos acontecimentos que passam por nós numa sucessão ininterrupta, tudo reduzindo ao instante presente como se fosse eterno. Os dias não __________ fim com o por do sol, prolongando-se pelas noites que se estendem até o raiar do sol. 

      No entanto, apesar de tudo isso, é terrível constatar que a vida humana é muito frágil. Nossos dias passam velozes. Não nos adianta toda a segurança do mundo, toda a riqueza e poder. Estamos sujeitos sempre aos incômodos, incluindo-se as doenças e .......... morte. Portanto, devemos viver nossos dias com sabedoria, pois, a vida é uma só, uma única e poderosa oportunidade para realizarmos projetos grandiosos e enobrecedores, capazes de produzir efeitos enriquecedores nos outros e principalmente em nós mesmos. Para isso, olhe ao seu redor, perceba o reflexo que causa nos demais, perceba como se sente perante os mesmos e todos os dias perante você próprio. Faça uma autoanálise de como está vivendo.  

      O que me fez ficar pensando hoje foi o fato de a vida ser tão frágil. Em um momento estamos aqui bem, e em outro, em um piscar de olhos, não estamos mais. Tal fato contribuiu e muito para que eu refletisse e decidisse a viver cada momento, aproveitar cada oportunidade, ficar junto de quem gosto o máximo de tempo possível. Sei que é difícil, mas acho que tenho que parar de esperar que as coisas melhorem, que o trabalho diminua, que eu tenha mais dinheiro, que eu encontre um grande amor para aproveitar o que a vida está me oferecendo agora.

      Não sei se estarei aqui daqui a um dia, daqui a um mês, daqui a um ano. Estarei aqui o tempo que me for permitido e quero que esse seja o melhor tempo de todos.  

      (Marizete Furbino – disponível em www.portaldafamilia.org/artigos - adaptado) 

Leia o trecho:

“Para isso, olhe ao seu redor, perceba o reflexo que causa nos demais, perceba como se sente perante os mesmos e todos os dias perante você próprio."

Sobre o período, afirma-se que:

I – As formas verbais “olhe" e “perceba" são da 1ª e 2ª conjugação, respectivamente.

II – O verbo “causa" é transitivo.

III – Em “como se sente" o pronome “se" foi usado procliticamente ao verbo.  

Estão corretas:  

Alternativas
Comentários
  • 1ª Conjugação: verbos terminados em AR (ex.: olhar)
    2ª Conjugação: verbos terminados em ER (ex.: perceber)
    3ª Conjugação: verbos terminados em IR (ex.: sorrir)

     

    Causar => VTDI => causar algo em alguém ou a alguém

     

    Próclise = pronome oblíquo antes do verbo

    Mesóclise = pronome oblíquo no meio do verbo

    Ênclise = pronome oblíquo após o verbo

     

     

     

  •  d) Todas.

    *Para meus amiguinhos que não são assinantes!

  • I – As formas verbais “olhe" e “perceba" são da 1ª e 2ª conjugação, respectivamente.

    ("olhe", presente do subjuntivo, 1ª pessoa, "perceba", imperativo afirmativo, 2ª pessoa).

    II – O verbo “causa" é transitivo.

    (correto).

    III – Em “como se sente" o pronome “se" foi usado procliticamente ao verbo.

    (Próclise = pronome oblíquo antes do verbo).

  • Por que olhe não pertence a 2° pessoa do imperativo afirmativo?


ID
1855810
Banca
IBEG
Órgão
Prefeitura de Mendes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 01

Cresce o número de casos de microcefalia

por André de Souza / Antonio Werneck, 29/12/2015 16:36 / Atualizado 29/12/2015 16:54

      RIO E BRASÍLIA - O número de bebês suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika no Estado do Rio aumentou 25,6%, revelou o Ministério da Saúde ao divulgar, nesta terça-feira, o último boletim epidemiológico do ano sobre a doença. Segundo o ministério, os casos subiram de 82 para 103 em relação ao último boletim divulgado na semana passada. A quantidade de municípios com registros de microcefalia também aumentou: passou de 18 para 19.

      Até o último sábado, o Brasil registrou 2.975 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika, distribuídos por 656 municípios de 20 unidades da federação. Um aumento de cerca de 7% no número de casos em relação ao último informe. Além disso, há 40 possíveis mortes ligadas à doença que estão sob investigação. Os números fazem parte de boletim divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. No boletim anterior, liberado na terça passada, eram 2.782 casos e 40 óbitos suspeitos. Em 2014, em todo o Brasil, foram registrados 147 casos suspeitos de microcefalia.

      A microcefalia é uma malformação em que os bebês nascem com a cabeça menor do que o tamanho normal e, em 90% das vezes, está associada a retardo mental. O Ministério da Saúde comprovou a relação da epidemia da doença com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor de outras duas doenças: dengue e chikungunya. Os sintomas da febre zika são manchas vermelhas na pele, febre intermitente, conjuntivite, dores nas articulações, nos músculos e de cabeça. Mas em alguns casos, ela é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não apresenta sintomas.

      O estado de Pernambuco continua sendo o que tem o maior número de casos suspeitos: 1.153. Em seguida vêm outros do Nordeste: Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134) e Alagoas (129). Depois aparece o Rio de Janeiro: 103 casos suspeitos. Apenas sete estados não têm casos suspeitos: Acre, Amapá, Amazonas, Paraná, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

      Quando se trata de óbitos suspeitos, Bahia e Rio Grande do Norte ficam no topo da tabela, com dez casos cada. Em seguida vêm Paraíba (5), Sergipe (5), Pernambuco (3) e Minas Gerais (2).

      O Ministério da Saúde continua recomendando que as gestantes adotem medidas para reduzir a presença do mosquito transmissor. Isso inclui eliminação de criadouros, usos de calças e camisas de manga comprida, aplicação de repelentes e, se possível, instalação de telas nas janelas.

As palavras desempenham basicamente dois papéis gramaticais num texto, que podem ser analisados morfológica e/ou sintaticamente. Para cada análise existem certas regras que devem ser observadas, mas que podem variar de acordo com a função que a palavra exerce na oração. Sobre a função sintática que as palavras exercem no texto, marque a única opção correta a seguir:

Alternativas
Comentários
  • GAB: E


    a) exerce função de objeto direto.


    b) o verbo suspeitar pode ser transitivo direto, ou transitivo indireto. Neste caso ele é transitivo indireto.


    c) verbo de ligação. Verbos de ligação: Ser, estar, continuar, andar, parecer, permanecer, ficar, tornar-se.


    d) exercem a função de aposto enumerativo.


    e) Correta.

  • Verbo haver com sentido de existir é impessoal.

  • pão pão queijo queijo


ID
1856644
Banca
IESES
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o verbo ver está corretamente conjugado no futuro do subjuntivo:

Alternativas
Comentários
  • http://www.conjuga-me.net/verbo-ver

  • Letra D : 

    Futuro do Subjuntivo

    quando eu vir
    quando tu vires
    quando ele vir
    quando nós virmos
    quando vós virdes
    quando eles virem

  • VER -> futuro do subjuntivo é VIR

    VIR -> futuro do subjuntivo é VIER
     

  • Gabarito letra d).

     

    Segue uma dica para não confundir ver e vir no futuro do subjuntivo:

     

    1°) Conjugar suas formas verbais na 3° pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo: eles/elas viram    eles/elas  vieram

    2°) Retirar o "am" e tem-se a forma no futuro do subjuntivo -> ver = vir      vir = vier

    *Obs: Essa regra vale para seus derivados.

     

    Fonte: http://www.conjuga-me.net/verbo-ver

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Graças a Deus e a professora Isabel Vega eu entendi sobre os verbos VIR e VER


ID
1863289
Banca
BIO-RIO
Órgão
IABAS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2

“Cabe ressaltar que a falta de educação, saúde, segurança pública, de políticas públicas, de conselhos comunitários eficazes (integrando os adolescentes às atividades da comunidade), de efetividade dos direitos fundamentais e de aparelhamento nos institutos de internação de menores são algumas das causas imediatas e mediatas desse fenômeno que é a delinquência infanto-juvenil. Por isso, não devemos conceber apenas o lado da penalidade aos jovens. Tem-se, de longas décadas, a omissão do poder público no tocante à prática de atos concernentes à viabilização das normas constitucionais garantidoras de direitos essenciais, tendo em vista que grande parte da população é excluída do digno convívio social. Isso enaltece o desnivelamento de classes e por via refletiva afrontando a dignidade da pessoa humana, surgindo, ainda que não justificante, uma camada criminalizada da população, constituindo-se em um núcleo de violência que atinge toda a sociedade."

                         (Revista Visão Jurídica, Sande Nascimento de Arruda)

“Surgindo" e “constituindo" são formas de gerúndio; a forma verbal abaixo que NÃO pertence a esse modo verbal é:

Alternativas
Comentários
  • Atenção com o "VINDO"

    O verbo "VINDO": pode ser identificado como PARTICÍPIO ou GERÚNDIO.

     

    1º) O particípio geralmente está acompanhado de verbos auxiliares:

    1.1)Particípio Regular: TER e HAVER

    1.2)Particípio Irregular: SER e ESTAR

     

    2º) Substituir o verbo "VINDO" por:

    2.1) IDO -> se permanecer coerente a frase o verdo é pasticípio;

    2.2) INDO -> se permanecer coerente a frase o verdo é gerúndio; 

     

    3º)Exemplo:

    3.1) A diretora já tinha vindo atender os alunos. / A diretora já tinha ido atender os alunos. ( VINDO = particípio)

    3.2) A diretora já está vindo atender os alunos. /  A diretora já está indo atender os alunos. ( VINDO = gerúndio)

     

    4º) Seguindo o orientação, vamos à resolução: Diante das alternativas é possível considerar gerúndio as letras: A, C, E

    4.1) Os juízes tinham intervindo na discussão. / Os juízes tinham IDO ou INDO na discussão. (Resposta: IDO, logo é particípio)

    4.2)Os delinquentes estão vindo para a casa de correção. / Os delinquentes estão IDO ou INDO para a casa de correção. (Resposta: INDO, logo é gerúndio)

     

    Questão: A forma verbal que NÃO pertence ao gerúndio é: Letra "B"

     

     

     

     

     

     

     

  • Gerúndio representa uma ação continuada. A única que não representa isso é a letra B.

  • Se não me engano a conjugação certa é tinham intervido, e não intervindo com n.  O verbo ter exige particípio regular (terminado em ADO ou IDO)

  • Conjugação do verbo intervir

     

    Pretérito mais-que-perfeito composto

     

    eu tinha intervindo
    tu tinhas intervindo
    ele tinha intervindo
    nós tínhamos intervindo
    vós tínheis intervindo
    eles tinham intervindo

  • Não entendi o que você quis dizer com esta conjugação, já que o detalhe está no verbo principal e não no auxiliar.

  • Não sei se está 100% certa minha análise, mas funciona !

     

    1º Dos exercícios que fiz sobre particípio x gerúndio a confusão é sempre no tempo composto.

    Tempo composto é uma locução formada por ter / haver + particípio   (não gerúndio)

     

    Gerúndio só irá aparecer no tempo composto se :

    1) for o verbo auxiliar  (havendo decorado a tabela

    ou

    2) na voz passiva (a tabela tem sido decorada);

     

    Assim, na letra b) é o único caso de tempo composto. Gerúndio não pode ser o verbo principal no tempo composto, então temos um PARTICÍPIO.

    Além disso, sei que o verbo VIR tem o mesmo particípio e gerúndio.

     

  • Os juízes tinham intervindo na discussão.

    O verbo INTERVIR assume a mesma forma "INTERVINDO" tanto no particípio como no gerúndio.

    Para saber qual caso se trata, a única forma é analisar a frase!

    No caso, não se trata de uma ação contínua, mas sim de algo que já aconteceu. Portanto, não é gerúndio.


ID
1867777
Banca
ESAF
Órgão
ANAC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção cujas palavras completam com correção gramatical as lacunas do texto a seguir.

A versão oficial e clássica da Independência tem sido infelizmente por demais simplista e esquemática. Resolve-se sumariamente em torno de dois termos de uma oposição: Brasil colônia e Portugal metrópole. No contraste desses dois polos divergentes ______(1)______ situar todo o movimento da nossa emancipação política, sem levar em conta o sem-número de ações e reações ______(2)______ no seio e interior de cada qual.

Caio Prado Júnior, “O Tamoio e a política dos Andradas”, em: O Brasil no pensamento brasileiro. Brasília: Senado Federal 1998, p. 297

Alternativas
Comentários
  •  costuma-se // que se processam

    [Gab. B]

    Bons estudos!

  •  costuma-se concordando com "situar todo movimento"

    "o sem-número de ações e reações" não pede preposição DE e nem A,

    logo,eliminamos as acertivas A,C e E.

    Na alternativa D, se lermos o texto veremos que

    ao se colocar " Habituamos a" irá fugir do sentido original do Texto.

    "Fé sempre em sua caminhada"

    Bons Estudos.

  • a) (1) costumam-se (2) a se desenrolarem - ERRADA - costuma está concordando com No Contraste, portanto singular; desenrolar é VTD, não precisa dessa preposição A.

     b) (1) costuma-se (2) que se processam - CORRETA.

     c) (1) é hábito (2) de que ocorrem - ERRADA - ocorrer é VTD, não precisa dessa preposição DE.

     d) (1) habituamos a (2) que desenvolvem - ERRADA - o 1 não concorda com No contraste.

     e) (1) habituamos-nos  (2) a que instauram - ERRADA - o 1 deveria estar escrito sem o S, ou seja, habituamo-nos, mesmo assim não concordaria com No contraste; instaurar é VTD, não precisa dessa preposição A.

  • No contraste desses dois polos divergentes COSTUMA-SE situar todo o movimento da nossa emancipação política, sem levar em conta o sem-número de ações e reações QUE SE PROCESSAM no seio e interior de cada qual. 

     

    Na frase, uma vírgula imediatamente da palavra divergente seria muito mais importante para a compreenção do período, assim ficaria:

     

    No contraste desses dois polos divergentes, COSTUMA-SE [situar todo o movimento da nossa emancipação política] ISSO. 

     

    Costuma-se isso. Sujeito oracional, por isso que o verbo esta no singular.

     

     

     ...sem levar em conta o sem-número de ações e reações _____ no seio e interior de cada qual. 

     

    SUJEITO : o sem-numero de ações E o sem-numero de reações.

    Por isso é "QUE SE PROCESSAM" empregado. Ahhhh, quando tiver um QUE, relativo normalmente, sempre olhe para o nome anterior ou o verbo subsequente para ver se tem regência, e no nosso caso não.

     

     

     

    Posso estar errado, e muito... mas foi a forma que vi. Além de não concorda com a explicação de que o constuma-se está no sintugar por concordar com NO CONTRASTE...kkk...morro mas admito. Se alguém tiver algo a acrescentar, por favor.

     

     

    GABARITO "B"

  • sim, de fato   "constuma-se" está concordando com o "situar todo o movimento...". 

    e "açoes e reaçoes" processam.. o "se" está anterior pois acredito que o pronome relativo "que" enseja próclise ao verbo. 

     

  • Por que há enclise em:

    No contraste desses dois polos divergentes constuma-se situar...?

  • Brilhante explicação Eliel

  • Lucas, "costumaAR" verbo no infinitivo, logo usa-se ênclise

  • Minha gente eu posso estar totalmente errada, por favor, pensem comigo. Eu entendi assim...

    Se observarmos direitinho, o sujeito está deslocado. A ordem correta seria assim:

    --> Todo o movimento de nossa emancipação política costuma-se situar no contraste desses dois polos divergentes

    - Não existe sujeito oracional aqui, ao contrário do que alguns falaram. A próclise é obrigatória quando há termo atrativo (advébio, pronome demonstrativo, palavras negativas...), o que não acontece aqui. A ênclise tem precedência. O se é pronome reflexivo. É como se dissesse que costuma situar a si mesmo... no contraste de dois polos divergentes.

    --> sem levar em conta o número de ações e reações que se processam no seio e interor de cada qual

    que se processam no seio e interior de cada qual = oração subordinada adjetiva restritiva  

    O verbo na oração subordinada é intransitivo. No seio e interior de cada qual é adjunto adverbial. Como o verbo não pede preposição, nenhuma das alternativas que me apresentam preposição estariam corretas.

    --> Alguém concorda comigo?! 

  • O verbo “costumar” tem estrutura clássica de trazer como objeto direto um verbo no infinitivo: Eu costumo estudar. Eles costumam viajar.

    Dessa forma, temos que ler o período da primeira lacuna nessa ordem:

    Todo o movimento da nossa emancipação COSTUMA se situar. Então, o verbo tem que estar no singular. Não há termo no plural que pudesse concordar com ele.

    Na segunda lacuna, há voz passiva analítica: “que se processem”=”que sejam processadas”.

    Na letra C, não há nenhum termo que demande essa preposição “DE”. Na letra d, falta um objeto para “desenvolvem”: desenvolvem o quê? Na letra e, falta a preposição “a”: habituamos-nos “a” alguma coisa. Gabarito letra b.

  • aff! comprei esse plano só pra aprender português,ai vcs só colocam esse professor pra resolver as questões!!
    não compro mais nem um mês!!

  • b) (1) costuma-se (2) que se processam


ID
1869895
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Poá - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Em 1956, John McCarthy, um cientista da computação do Dartmouth College, então com menos de 30 anos, cunhou a expressão inteligência artificial (IA). De forma simples como os aros pesadões de seus óculos, ele definiu o novo campo de estudos: “A engenharia de fabricar máquinas inteligentes".

      A ambição de criar robôs dotados de esperteza é anterior, remete aos mitos da Grécia antiga, tal qual o de Talo, o gigante de bronze criado pelos deuses. Mas foi só a partir de meados do século passado, com o trabalho de estudiosos como McCarthy, que a chance de produzir androides come- çou a ser levada a sério. Rapidamente brotaram medos exagerados e possibilidades descabidas, refletidas na ficção em obras da literatura. O exemplo mais evidente é o clássico Eu, Robô, de Isaac Asimov – no qual se apresentaram as Três Leis da Robótica, que controlariam a IA e, desrespeitadas, gerariam monstros de ferro e alumínio nas veias. Hoje, sabe- -se que não passa de bobagem a mirabolante visão de um futuro de guerras fratricidas contra nossas crias.

      A IA progrediu e, silenciosamente, está perto de superar a capacidade mental humana, principalmente em tarefas padronizadas e exatas, como nos cálculos financeiros ou na promessa de carros sem motorista. Não há o conflito desenhado, a não ser no cinema. É cada um na sua. As máquinas não param de evoluir, mas estritamente como máquinas. Os humanos serão cada vez mais humanos, com fraquezas, inseguranças e imperfeições.

      Pedir a um software capaz de pintar como Van Gogh que cortasse a própria orelha deixaria os algoritmos tontos, perdidos, incapazes de entender o comando suicida.

(Felipe Vilic, Raquel Beer e Rita Loiola, Cada um na sua. Veja, 22.07.2015, p. 78. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a pontuação e o emprego de pronomes e verbos estão de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • a) Não ocorre o emprego de vírgula em oração subordinada substantiva.

     Ex: Seu desejo| era que todos o visitassem.
    Or. principal     | oração subordinada substantiva predicativa.

     

    B) Os robos afiguram-se a seres monstruosos 

     Não há vpirgulas entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), mesmo que o objeto indireto se anteponha ao objeto direto.

    Ex: Entreguei |aos clientes| os pedidos.
                          O. Indireto  | O. Direto.

     

    C) advem.  A ideia advem ( além do erro de concordância verbal  não poderiam ser separados SUJEITO/VERBO)

    D) Já perto de superar a capacidade humana, etc.

    E) Segundo período faz alusão ao primeiro. O termo "cujo" está funcionado como adjunto adnominal, indicando posse : O trabalho é dele (McCarthy). CORRETA.

     

  • a) Sabe-se hoje, que: não passa de bobagem a mirabolante visão, onde se delineia um futuro de guerras, fratricidas, contra até, nossas crias.

       Sabe-se hoje que não passa de bobagem a mirabolante visão, da qual se delineia um futuro de guerras fratricidas contra até nossas crias.

     

    b) Na concepção literária onde o objetivo não é científico, os robôs afiguram-se, a seres monstruosos compostos somente de: ferro e alumínio.

        Na concepção literária cujo objetivo não é científico, os robôs afiguram-se a seres monstruosos compostos somente de ferro e alumínio.

    OBS: Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome "cujo". (Uso inadequado)

              Fonte: http://escreverbem.com.br/saiba-usar-corretamente-o-pronome-relativo-cujo/

     

    c) A ideia de criar robôs não é recente; advêm da antiguidade grega, que os mitos dela (como o de Talo), já haviam criado um gigante de bronze.

       A ideia de criar robôs não é recente, advém da antiguidade grega, que os mitos dela (como o de Talo) já haviam criado um gigante de bronze.

     

    d) Já perto de superar a capacidade, humana a IA evolue em tarefas padronizadas o qual é exemplo: o cálculo financeiro.

       Já perto de superar a capacidade humana, a IA evolue em tarefas padronizadas da qual é exemplo: o cálculo financeiro.

     

    e) De McCarthy, cujo trabalho no campo da ciência da computação foi pioneiro, proveio a famosa expressão “inteligência artificial". CORRETA!

     

    Editado em 11/01/2017

    Colegas,

    Meus posts são meramente opinativos...Fiquem à vontade para corrigir-me quando eu estiver equivocada.

    Correção EXATA somente dos professores, então, na dúvida, indiquem para comentário!

    Bons estudos a todos!!!

     

    https://duvidas.dicio.com.br/o-qual-do-qual-no-qual-ou-pelo-qual/

  • O verbo provir (originar-se) é frequentemente confundido com o verbo prover (abastecer).

    Verbo vir e provir no pretério perfeito do indicativo

    Eu vim - provim 

    Tu vieste - provieste

    Ele veio - proveio

    Nós viemos - proviemos

    Tu viestes - proviestes

    Eles vieram - provieram

     

  • Não concordo com as respostas da Camila, se alguém puder opiniar:

     

    a) Camila = Sabe-se hoje que não passa de bobagem à mirabolante visão, a qual se delineia um futuro de guerras fratricidas contra até nossas crias.

    Sabe-se hoje que não passa de bobagem - QUAL BOBABEGM, QUE BOBAGEM (NÃO TEM PREPOSIÇÃO, LOGO, SEM CRASE)

    de bobagem a mirabolante visão, ( VISÃO DE QUÊ? DE QUE SE DELINEIA UM FUTURO...)

     

     

    B) Camila = Na concepção literária, a qual o objetivo não é científico, os robôs afiguram-se a seres monstruosos compostos somente de ferro e alumínio.

    Na concepção literária cujo o objetivo (o objetivo da concepção literária não é científico)

     

    c) concordo com a explicação - o correto seria advém porque " a idéia advém"

     

    d) Camila = Já perto de superar a capacidade humana, a IA evolue em tarefas padronizadas a qual é exemplo: o cálculo financeiro.

    Quem é exemplo, é exemplo de que alguma coisa e não a alguma coisa, o correto seria (...a IA evolue em tarefas padronizadas de que é exemplo: o cálculo financeiro.)

     

     

    Estou aberta a discussões,

     

    Obrigada

  • Gostaria que os professores comentassem as questões mais difíceis como esta. Já indiquei para comentário.

  • Proveio me pegou, proveio do capiroto essa questão.

  • GABARITO LETRA E

    CONSEGUI ACERTAR SOMENTE PELAS VÍRGULAS. PRA QUEM SABE PONTUAÇÃO, NÃO TEM ERRO.

    BOM ESTUDO A TODOS.

  • A ideia advém.


ID
1873810
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CBM-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia este texto.

O conto do vicário

O verbo vicário é também chamado de pronominal, porque substitui o verbo que vem antes

Por José Augusto Carvalho

A palavra “vicário” veio do latim vicariu por via erudita (a forma “vigário” veio por via popular). Vicariu, em latim, significa “substituto”. [...] O verbo vicário é também chamado de pronominal, porque substitui o verbo que vem antes. Os verbos “fazer” e “ser” são os dois verbos vicários do português. [...]


Disponível em: . Acesso em 11 fev. 2016. [Fragmento]


Com base nessa informação, leia as frases a seguir e identifique aquelas em que o verbo destacado é vicário.


I. Os índios pescam, mas fazem-no com arco e flecha.

II. Eles sabiam a resposta, mas era só com o livro aberto.

III. A moça cantava, mas fazia-o com tristeza no coração.

IV. João Pedro vai casar, mas é na polícia!

Há verbos vicários em:

Alternativas
Comentários
  • O poeta romântico utiliza a prosa, não o "soneto".

  • Caracteristicas do Romantismo:
    * Individualismo; Subjetivismo; Sentimentalismo.

  • O enunciado da questão facilita o trabalho do candidato, já que conceitua o termo "vicário", palavra que, em Português atual, tem a ver com "vice", e o "vice" é aquele que substitui.   Nas quatro construções apresentadas, observa-se o verbo vicário.  Vejamos:
    I. Os índios pescam, mas fazem-no (isto é: pescam) com arco e flecha.
    II. Eles sabiam a resposta, mas era (isto é: sabiam a resposta) só com o livro aberto.
    III. A moça cantava, mas fazia-o (isto é: cantava) com tristeza no coração.
    IV. João Pedro vai casar, mas é (isto é: vai casar) na polícia!
    A resposta é a alternativa (D), sem dúvida.
    Duas observações complementares: 1) é comum o verbo vicário substituir não apenas o verbo em si, mas um termo a este relacionado. É o que se observa, por exemplo, no item II. 2) também é comum o verbo vicário vir acompanhado de pronome, ambos em função harmônica, coesiva e anafórica, conforme se observa, por exemplo, nos itens I e III.
    Por ora é só.  Abraços.
  • Conforme informado pelo enunciado da questão, verbo vicário substitui o verbo anterior (nada mencionando sobre substituição de locução verbal). Assim, os mais atentos à lógica do comando da questão poderiam desconsiderar o item IV pois o verbo "é" não seria vicário da locução "vai casar".


    Mas, verbo vicário substitui verbos isolados e, também, o verbo principal de locuções verbais. Assim, o item IV também está correto, levando à escolha da alternativa D como correta.


ID
1894825
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Aragoiânia - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase:


_____ anos que não se _______ mais estes eletrodomésticos.

Alternativas
Comentários
  • "FAZ" inicando tempo é impessoal

  • O primeiro 'FAZ' é impessoal (idéia de tempo decorrido), sendo assim não se pode conjuga-lo, ficando sempre na terceira pessoa. Já o segundo uso do 'FAZ' não é impessoal, sendo obrigado a conjuga-lo com o sujeito.

  • Gab. A

     

  •  Quando o verbo FAZER se refere a tempo transcorrido, ele é impessoal. Ou seja, ele não tem sujeito com quem concordar e então deve ser empregado sempre no singular. Faz!

     

    http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/duvidas-eternas-faz-ou-fazem-2-semanas.html


ID
1898536
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta que apresenta um exemplo de verbo impessoal e de oração sem sujeito explícito.

Alternativas
Comentários
  • letra (e) Fenômeno da natureza é impessoal

  • GABARITO: LETRA E

    → Anoiteceu repentinamente.

    → temos um fenômeno da natureza (anoitecer), marcando uma oração sem sujeito, sujeito inexistente.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
1899352
Banca
NUCEPE
Órgão
Prefeitura de Teresina - PI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O verbo haver NÃO É impessoal em:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra d)

    Em todas as outras alternativas é possível substituir o verbo "haver" pelo "existir". 

    Já na letra d), além de ficar sem sentido essa substituição (afinal de contas, a expressão "nada a fazer" não é passível de existência como um país, como uma pessoa), fica evidente que o sujeito da oração é "nada a fazer".

    O que não tinha? Nada a fazer.

  • Emprega-se o verbo haver como impessoal – isto é, sempre na 3ª pessoa do singular – quando tem o sentido de existir. Este é um dos casos de “oração sem sujeito”. Exatamente por isso o verbo haver fica neutro, impessoal, pois ele não tem um sujeito com quem concordar. Os substantivos que complementam o verbo haver são considerados seu objeto direto.

     

     

    Fonte: Língua Brasil

  • Alguém pode explicar melhor essa questão??

  • Luciana, é basicamente o que "A Concurseira" disse.
    O verbo Haver quando tem sentido de: Existir, Acontecer, ocorrer, realizar-se; são Impessoais. Portanto, a alternativa que não tem o Haver como  verbo impessoal é a alternativa D.

    Fonte: Português começando do Zero, Com Rodrigo Bezerra.

  • Acho que pode substituir a letra "d" por existir sem alterar a semântica, mas só parecerá diferente porque a gente geralmente não fala assim.

  • ao ler todas as frases substituído por existir, se percebe que na letra D não encaixa existir...assim eu encontrei a resposta...isso ajuda como macete ...

  • Eu troco por TINHA..se funcionar : VERBO HAVER NÃO É IMPESSOAL.

     

    GABARITO ''D''

  • Verbo haver no sentido de existir é impessoal.

    Gabarito "D"

  • Essa técnica de substituir por "existir" não funciona se compararmos essa questão com a Q633414 :


    “Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar.” (primeiro parágrafo). Essa frase inicia-se por uma oração desprovida de sujeito, e o verbo em destaque é denominado de impessoal.


    Praticamente a mesma oração que a alternativa D : “... não havia nada a fazer”. 


    E agora José?


  •  Alternativa D

    Cuidado Pessoal, na pergunta diz assim “NÃO É impessoal”, tirando as duas negações o NÃO E O IM e você vai ver que a questão que o verbo haver que são PESSOAL.

    Agora é só lembra da regra que deixa o verbo HAVER impessoal, que é quando ele tem sentido de EXISTIR/ OU INDICANDO TEMPO DECORRIDO.

    Temos que a única expressão que não tem esse sentido do verbo haver é na Alternativa D, deixando-o pessoal 

  • Hum... deveria ser anulada, até porque como comentou a Sara Augusta na questão citada (Q633414), é confirmado no enunciado da questão que o verbo aparece como impessoal:

    “Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar.” (primeiro parágrafo). Essa frase inicia-se por uma oração desprovida de sujeito, e o verbo em destaque é denominado de impessoal. Também é impessoal o verbo da frase:"

    E agora José não... e agora um professor do QC para comentar essa joça, já que no quesito disciplinas não ligadas ao Direito, o site está deixando muito a desejar...

  • A leitura que se deve fazer é a seguinte: o verbo haver é imperssoal sempre, ele foi criado para ser imperssoal. no entanto exitem uma possibilidades dele vim a ser pessoal que é quando ele torna-se auxiliar e nao principal. isso ocorrem em duas situações: 1 o verbo haver vem antes de participio, 2 o verbo haver vinher antes de infinitivo preposicionado.

    Res: D

    justificativa: o verbo haver vem antes de infinitivo preposicionado.

    sobre o fato de se trocar por existiré o seguinte: isso foi uma maneira didatica que os professores encontraram, mas ele não é o argumento correto, pois não dar certo em todos os casos, mas na maioria da certo. o que vocês precisam mentalizar é que o haver foi feito para ser imperssoal sempre, no entanto se ele vinher precedido de participio ou infinitivo preposicionado ai nesses casos ele sai do seu papel de principal e passa a ser auxiliar podendo ser flexicionado normalmente. " aprender pequeno é melhor não apredender"

  • Verbo HAVER no sentido de ocorrer, fazer, existir, realizar-se e acontecer, são impessoais. Na alternativa D o verbo HAVER tem sentido de TER.

  • kkkkkkkk povo ta conjugando certinho o verbo "vir"


ID
1899412
Banca
FAUEL
Órgão
CISMEPAR - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O assassino era o escriba


Paulo Leminsky

                   

                       Meu professor de análise sintática era o tipo do

                                         sujeito inexistente.

                     Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,

                       regular como um paradigma da 1ª conjugação.

                         Entre uma oração subordinada e um adjunto

                                                 adverbial,

                       ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito

                           assindético de nos torturar com um aposto.

                                     Casou com uma regência.

                                                   Foi infeliz.

                                Era possessivo como um pronome.

                                           E ela era bitransitiva.

                                         Tentou ir para os EUA.

                                                   Não deu.

                        Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.

                           A interjeição do bigode declinava partículas

                                                    expletivas,

                        conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.

                       Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

No texto, o autor faz menção ao fato do sujeito ser “regular como um paradigma da primeira conjugação”. A respeito dos paradigmas de conjugação verbal, considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que NÃO corresponde corretamente às funções, características e modos desse tópico gramatical.

Alternativas
Comentários
  • ''Verbos regulares e irregulares são iguais em suas formas'' a alternativa C inicia-se com uma afirmação absurda, incorrendo em erro crasso ao realizá-la. É prescindível dizer que verbos regulares e irregulares diferem estruturalmente.

     

    Gabarito C

  • Letra C.

    Verbos Regulares e Irregulares

    Os verbos regulares e irregulares são as duas flexões de verbos pautadas nas formas de conjugação as quais pertencem. Assim, importante destacar que os verbos são divididos em 3 tipos de conjugação de acordo com o término da palavras, ou seja, os verbos das primeira conjugação são terminados em – ar, os da segunda são terminados em – er e os da terceira em – ir.

    Feita essa consideração, os verbos regulares são aqueles que seguem o modelo de conjugação, caracterizados por conjugações invariáveis, ou seja, não alteram seu radical e suas desinências, uma vez que, nesses casos, seguem o paradigma; enquanto que os verbos irregulares não seguem esse modelo, alterando, dessa forma, seus radicais e suas desinências.

     

    https://www.todamateria.com.br/verbos-regulares-e-irregulares/

  • irregulares e regulares nunca serao iguais nas formas

     

  • Classificação dos verbos:

     

    Existem padrões de flexões para cada tipo de conjugação de verbos. Estes padrões são chamados de paradigmas. Os verbos podem ser classificados de acordo com o seu comportamento em relação ao paradigma de sua conjugação, podendo ser:

     

    Regulares – Seguem o paradigma de conjugação.

     

    Irregulares – Não seguem o paradigma de conjugação, apresentam irregularidades nos radicais ou nas terminações.

                 Anômalos: Verbos irregulares que têm variações em seu radical.

     

    Defectivos: Não são conjugados em algum tempo, modo ou pessoa.

     

    Abundantes: Conjugam-se de mais de uma forma em algum tempo, modo, número ou pessoa.

  • discordo desse gabarito! Podem ser iguais no tocante à estrutura morfológica, mas o que difere os verbos regulares dos irregulares é a conjugação. No primeiro utiliza-se sempre os mesmos morfemas para indicar que está em determinada pessoa, número, tempo e modo, sendo que no segundo não seguem a mesma regularidade, alterando os morfemas para adptação com o tempo e modo, pessoa etc.

  • VERBO IRREGULARES

    -APRESENTAM ALTERAÇÕES EM SEU RADICAL DURANTE A CONJUGAÇÃO:

    EX.: SENTIR/ SINTO

     

    -NÃO ADMITEM AS TERMINAÇÕES PRÓPRIAS DE SUA CONJUGAÇÃO:

    EX.: ESTAR/ ESTOU

     

    -APRESENTAM AKTERAÇÕES NOS DOIS ELEMENTOS (RADICAL E TERMINAÇÃO)

    EX.: TRAZER/ TROUXE

  • alternativa C

    Verbos Regulares: aqueles que não apresentam mudanças no seu radical quando conjugados.

    exemplo: FALAR (eu falo, tu falas, ele fala..)

    RADICAL - FAL VOGAL TEMÁTICA - A DESINÊNCIA MODO TEMPORAL - R

    Verbos Irregulares : aqueles os quais apresentam mudanças no seu radical.

    exemplo: FAZER ( eu faço, tu fazes, ele faz..)

    RADICAL - FAZ VOGAL TEMÁTICA - E DESINÊNCIA MODO TEMPORAL - R

  • Verbos regulares mantêm a sua forma, enquanto os irregulares não.

  • GABARITO LETRA C)

    Dizemos que um verbo é irregular quando o paradigma de conjugação é irregular, ou seja, aquele verbo não obedece as variações das terminaçõs -ar, -er, -ir dos outros verbos.


ID
1900246
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Texto: Patíbulos virtuais


      Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

      Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

      O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

      Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

      Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura.Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

      Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

      Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

               

  •   José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016.
  • Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

No dicionário, o significado do substantivo patíbulo é: estrado ou lugar onde os condenados sofrem a pena capital (forca, guilhotina, decapitação). Percebe-se, portanto, que o emprego da palavra no texto situa-se no nível da conotação. Porém, NÃO há conotação em:

Alternativas
Comentários
  • A questão pede a alternativa em que há DENOTAÇÃO:

     

    A) "A multidão mergulhou sobre ele" - Ao meu ver aqui também há denotação, mas com uma forçada de barra, dá para inferir que mergulhou sobre(acima) ele. 

     

    B) "Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme" - Sem denotação.

     

    C) GABARITO "era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereiras" Ora, não existe sereias, muito menos intérpretes delas - DENOTAÇÂO

     

    D) "este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos " - Sem denotação

  • Dimas, mas se não existe sereias e, consequentemente, intérprete delas, há conotação, não?

    Marquei letra B, se alguém puder explicar a suposta conotação nessa alternativa, agradeço.

    Vamos na fé.

  • Também não entendi quanto ao "interprete de sereias".

    Se possível, alguem poderia explicar por gentileza???

  • Olá, pessoal!

    Fiquei em dúvida também a respeito do "intérprete de sereias" e fui pesquisar:

     

    Kilamba é uma das quatro entidades que constituem os ministros do culto desse fenômeno sócio-cultural africano que se convencionou chamar de Religião Tradicional Africana.

     

    O kilamba é o intérprete das sereias, ou seja, o SACERDOTE do culto de tais entidades”. Kilamba faz parte do corpo de ministros do culto tradicional, é uma pessoa física.

     

    A primeira foi aquela palavra de ordem que Agostinho Neto pronunciou na cidade de Malanje, no dia 21 de Agosto de 1979, na sua despedida final ao Povo angolano, pois ele (devido à sua sensibilidade extrema transmitida pelas sereias que conferem a Kilamba o dom da clarividência) (...)

     

    - Até hoje não foi comprovado que existam sereias.....apesar de alguns acreditarem naquele documentário fake do Discovery ou do History...rsrs!

     

    Logo, não há conotação pois se refere ao sacerdote.  Gab.: C

     

    Acho que é isso! Qualquer coisa é só mandar mensagem! :D

  • para começar a brincadeira  :

    - a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.

     - a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.

     

     

    DICA : D_ enotativo = D_ icionario

    GABARITO "C"

  • Denotação

    Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado original, independentemente do contexto frásico em que aparece.

    Exemplos:

    O elefante é um mamífero.

    Já li esta página do livro.

    A empregada limpou a casa.

    Conotação

    Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que aparece.

    Exemplos:

    Você é o meu sol!

    Minha vida é um mar de tristezas.

    Você tem um coração de pedra!

    Fonte - https://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/

  • Denotativo = Dicionário

  • Para o cara saber que "interprete de sereias'" significa Sacerdote, o nível de cultura do cara é extremamente alto...kkkkk

  • Eu fui na letra D, justamente porque me deixei enganar pela letra C, que fala de intérprete de sereias, e pensei comigo mesmo "nossa haja sentido figurado".

    Respondendo errado e recorrendo ao Gabarito, percebi que de fato a letra C não tinha nada de conotação, e sim DENOTAÇÃO!

    É preciso ler o texto, para saber o sentido de "intérprete de sereias."

    GABARITO : C


ID
1900249
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Texto: Patíbulos virtuais


      Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

      Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

      O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

      Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

      Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura.Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

      Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

      Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

               

  •   José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016.
  • Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar.” (primeiro parágrafo). Essa frase inicia-se por uma oração desprovida de sujeito, e o verbo em destaque é denominado de impessoal. Também é impessoal o verbo da frase:

Alternativas
Comentários
  • Verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito.

     

    A) GABARITO. 

     

    B) Errado. O verbo bastaria tem como sujeito desavença

     

    C) Errado. O verbo sobrou tem como sujeito "agressão"

     

    D) Errado. Existirá tem como sujeito "insatisfação"

     

     

  • Os verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito. 
    Há alguns muito usados, como o verbo “haver” no sentido de “existir”, como o próprio “há” no início dessa oração. 
    Podemos citar ainda: os que exprimem os fenômenos da natureza: chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar, estar e fazer (meteorologia). 
    E os que indicam tempo: ser (indicando data, hora, distância) e fazer (tempo). 
    Os verbos impessoais ficam sempre na 3ª pessoa do SINGULAR. 

    Veja alguns exemplos: 
    a) Havia fatos que precisavam ser resolvidos. 
    b) Há motivos para que eu vá. 
    c) Faz muito tempo que não a vejo. 
    d) Amanheceu muito frio hoje.

  • Isso é bem importante para, na hora de falar com a gatinha, não vacilar com o uso incorreto do FAZER.

     

    Culto e pegador :E ai coisa linda, faz anos que te procurava. ahahh -> CORRETO

    Mané: Fazem anos que te procuro, gata.

     

    GABARITO "A"

  • GABARITO: A

    O verbo haver e fazer são impessoais, portanto, não admitem sujeito e são flexionados na terceira pessoa do singular. O verbo haver é impessoal quando tem sentido de existir e também de tempo decorrido.


ID
1901146
Banca
FGV
Órgão
MPE-RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 – Problemas Sociais Urbanos


                    Brasil escola


      Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.

      Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.

      A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue.


PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm. Acesso em 14 de abril de 2016. 

Os verbos de estado indicam: estado permanente, estado transitório, mudança de estado, aparência de estado e continuidade de estado. A frase do texto 1 que mostra um verbo de estado com valor de mudança de estado é:

Alternativas
Comentários
  • Os verbos de ligação exprimem características distintas em relação ao sujeito:

     

    * estado permanente: verbos ser, viver

    * estado transitório: verbos estar, andar, achar-se, encontrar-se

    * estado mutatório: verbos ficar, virar, tornar-se, fazer-se

    * estado de continuidade: verbos continuar, permanecer

    * estado aparente: verbo parecer

     

    fonte: http://m.portugues.uol.com.br/gramatica/os-verbos-ligacao-suas-minuciosidades.html

  • Aquele momento que você procura a pegadinha insistentemente! rs

  • Significado do verbo:  Tornar

     Alterar; modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora. 
     Regressar; retornar ao local de onde se estava: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
     Devolver; retornar algo a alguém: tornou o cão ao dono.
     Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
     Reconduzir; guiar novamente: o guarda tornou o motorista à igreja.

     Voltar; regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
     Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.

     Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
     Responder; dar como resposta: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
     Apelar; pedir ajuda: sozinho, não tinha a quem se tornar.
    (Etm. do latim: tornare)

     Sinônimos de Tornar

     Tornar é sinônimo de: revir, voltar, retornar, regressar, responder, apelar, modificar, alterar,devolver, reconduzir

     Definição de Tornar

     Classe gramatical: verbo bitransitivoverbo intransitivoverbo pronominalverbo transitivo diretoverbo transitivo direto  predicativo e verbo transitivo indireto
     Tipo do verbo tornar: regular
     Separação das sílabas: tor-nar

     

    GABARITO "B" 

    BONS ESTUDOS

  • ALTERNATIVA B

     

    (A) “áreas que antes eram baratas e de fácil acesso”;

    Verbo “ser” indicando estado permanente no passado. CUIDADO! Não indica mudança de estado, ainda que as áreas citadas no texto tenham ficado mais caras com o passar dos anos.

    (B) “tornam-se mais caras”;

     O verbo “tornar-se” é do tipo que marca mudança de estado. Esse foi o processo pelo qual passaram as áreas citadas no texto: tornaram-se mais caras. Eis o nosso gabarito!

    Nas alternativas C, D e E encontramos verbos que NÃO são de ligação, portanto, não expressam estado.

     

    Fonte : Estratégia Concursos

     

  • caí na pegadinha da letra A)

  • Verbos de estado são os mais conhecidos como de LIGAÇÃO 
    O verbo de ligação pode expressar: 


    ----estado permanente: expressa o que é habitual, o que não se modifica. Verbos SER e VIVER. 
    ------Exemplo: Anita é bonita. 

    ---estado transitório: expressa o que é passageiro. Verbos ESTAR, ANDAR, ACHAR-SE, ENCONTRAR-SE. 
    -----Exemplo: Antônio anda preocupado. 
    -----A criança está doente. 

    ---mudança de estado: revela transformação. Verbos FICAR, TORNAR-SE, ACABAR, CAIR,. 
    -----Exemplo: A pintura ficou bonita 

    ---continuação de estado: Verbos CONTINUAR, PERMANECER. 
    ----Exemplo: O computador permaneceu desligado. 
    ----José continua febril. 

    ---estado aparente: VERBO PARECER. 
    ----Exemplo: A sobremesa parece saborosa.

  • Errei, fui na (A) :/

  • Questão que levanta dúvidas entre os itens "a)" e "b)", porém vamos analisar o "mais correto". Verbo tornar tem uma matiz de sentido que indica mudança, subentende-se que ocorreu alguma mutação.

    Em relação a letra a) passa uma idéia mais temporal do que de mudança, quando se lê as frases, que stão no primeiro parágrafo, conseguimos chegar a essas conclisões.

  • mas tornar não é verbo de ação? O enunciado pediu um verbo de estado, por isso marquei a A.

  • tem que ir lendo a frase no texto, caso contrario nao conseguirá achar o verbo no sentido de mudança...

  • Quando a FGV falar de mudança de estado quer saber a variação semântica do verbo de ligação.

  • Gabarito B

     

     

    Falou em “verbos de estado”, pode caçar os verbos de ligação mais tradicionais,“ser”, “estar”, “permanecer”, “continuar”, “tornar-se”.

     

    A) “eram”, o verbo “ser” indica estado permanente.

    B) “tornam-se” indica que houve mudança de um estado anterior para um posterior. (gabarito)

    C)são” indica estado permanente.

    D)  e E) “crescem” e “busque” são verbos nocionais,ou seja, de ação.

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • Gabarito letra B.

    Falou em “verbos de estado”, pode caçar os verbos de ligação mais tradicionais, “ser”, “estar”, “permanecer”, “continuar”, “tornar-se”.

    Na letra A, “eram”, o verbo “ser” indica estado permanente. Na letra B, “tornam-se” indica que houve mudança de um estado anterior para um posterior.

    Na letra c, “são” indica estado permanente. Na letras D e E, “crescem” e “busque” são verbos nocionais, de ação, não de estado. 

  • As provas de Analista andam mais fáceis que as de Técnico.

    Espiem só....

  • Falou em “verbos de estado”, pode caçar os verbos de ligação mais tradicionais, “ser”, “estar”, “permanecer”, “continuar”, “tornar-se”.

    Na letra A, “eram”, o verbo “ser” indica estado permanente.

    Na letra B, “tornam-se” indica que houve mudança de um estado anterior para um posterior.

    Na letra c, “são” indica estado permanente.

    Na letras D e E, “crescem” e “busque” são verbos nocionais, de ação, não de estado.

    Gabarito letra B.

    Fonte: Professor Felipe Luccas

  • Veida, verdade. Mas acredito que seja pq a prova de técnico tem menos conteúdo e é bem mais facilitada nas questões específicas, normalmente muita gente fecha as específicas. Então eles tem que eliminar no português

  • Queria compreender que sentido há em replicar as mesmas explicações, sem se quer inovar.

  • C Pinheiro, eu juro que se fosse no instagram ou face eu não diria nada, é um lugar de muita exposição. Aqui como o foco é excelência no português, sem querer corrigir gratuitamente... sequer e não se quer

  • ATENÇÃO: Os verbos que indicam estado permanente, estado transitório, mudança

    de estado, aparência de estado e continuidade de estado são verbos de ligação.

    [GABARITO] Alternativa "b": Se se tornam mais caras, significa que não

    eram tão caras, houve mudança d~ estado. Outro

    exe:nplo para entender melhor: Tornou-se estudioso

    por necessidade. Ele não era estudioso.

    Alternativa ~a" - O verbo "ser" indica permanência de estado. Exemplo: Ele é estudi~so.

    Alternativa "c" - São trabalhadores: estado permanente; sofrer indica ação -verbo transitivo indireto no contexto: sofre por algo

    Alternativa "d"- Crescer indica ação e não estado

    ~verbo intransitivo.

    Alternativa "e"- Buscar Indica ação e é transitivo

    indireto no contexto (buscar por algo).

  • Verbos de ligação que expressa estados: 

    >>Estado Circunstancial

    • Estar . Exemplo: Estou exausta!
    • Parecer . Exemplo: Ela parece feliz com os resultados.
    • Andar . Exemplo: Desde aquele episódio, andamos sempre contentes.

    >>Estado Permanente

    • Ser . Exemplo: Eles são capazes de finalizar tudo até amanhã?
    • Viver . Exemplo: Vivem doentes.

    >>Mudança de Estado

    • Ficar . Exemplo: Fico feliz com a notícia!
    • Tornar-se . Exemplo: Ela se tornou um exemplo de vida.
    • Virar . Exemplo: Depois de tudo, virou um santo...

    >>Continuidade do Estado

    • Permanecer . Exemplo: Ele permaneceu calado.
    • Continuar . Exemplo: Ela continuou atenta ao trabalho.

ID
1903504
Banca
FUNCAB
Órgão
SEGEP-MA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A Repartição dos Pães

      Era sábado e estávamos convidados para o almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos. Cada um fora alguma vez feliz e ficara com a marca do desejo. Eu, eu queria tudo. E nós ali presos, como se nosso trem tivesse descarrilado e fôssemos obrigados a pousar entre estranhos. Ninguém ali me queria, eu não queria a ninguém. Quanto a meu sábado - que fora da janela se balançava em acácias e sombras - eu preferia, a gastá-lo mal, fechá-la na mão dura, onde eu o amarfanhava como a um lenço. À espera do almoço, bebíamos sem prazer, à saúde do ressentimento: amanhã já seria domingo. Não é com você que eu quero, dizia nosso olhar sem umidade, e soprávamos devagar a fumaça do cigarro seco. A avareza de não repartir o sábado, ia pouco a pouco roendo e avançando como ferrugem, até que qualquer alegria seria um insulto à alegria maior.

      Só a dona da casa não parecia economizar o sábado para usá-lo numa quinta de noite. Ela, no entanto, cujo coração já conhecera outros sábados. Como pudera esquecer que se quer mais e mais? Não se impacientava sequer com o grupo heterogêneo, sonhador e resignado que na sua casa só esperava como pela hora do primeiro trem partir, qualquer trem - menos ficar naquela estação vazia, menos ter que refrear o cavalo que correria de coração batendo para outros, outros cavalos.

      Passamos afinal à sala para um almoço que não tinha a bênção da fome. E foi quando surpreendidos deparamos com a mesa. Não podia ser para nós...

      Era uma mesa para homens de boa-vontade. Quem seria o conviva realmente esperado e que não viera? Mas éramos nós mesmos. Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos.

      A mesa fora coberta por uma solene abundância. Sobre a toalha branca amontoavam-se espigas de trigo. E maçãs vermelhas, enormes cenouras amarelas [...]. Os tomates eram redondos para ninguém: para o ar, para o redondo ar. Sábado era de quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem primeiro chegasse.

      Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher que lavava pés de estranhos pusera - mesmo sem nos eleger, mesmo sem nos amar - um ramo de trigo ou um cacho de rabanetes ardentes ou uma talhada vermelha de melancia com seus alegres caroços. Tudo cortado pela acidez espanhola que se adivinhava nos limões verdes. Nas bilhas estava o leite, como se tivesse atravessado com as cabras o deserto dos penhascos. Vinho, quase negro de tão pisado, estremecia em vasilhas de barro. Tudo diante de nós. Tudo limpo do retorcido desejo humano. Tudo como é, não como quiséramos. Só existindo, e todo. Assim como existe um campo. Assim como as montanhas. Assim como homens e mulheres, e não nós, os ávidos. Assim como um sábado. Assim como apenas existe. Existe.

      Em nome de nada, era hora de comer. Em nome de ninguém, era bom. Sem nenhum sonho. E nós pouco a pouco a par do dia, pouco a pouco anonimizados, crescendo, maiores, à altura da vida possível. Então, como fidalgos camponeses, aceitamos a mesa.

      Não havia holocausto: aquilo tudo queria tanto ser comido quanto nós queríamos comê-lo. Nada guardando para o dia seguinte, ali mesmo ofereci o que eu sentia àquilo que me fazia sentir. Era um viver que eu não pagara de antemão com o sofrimento da espera, fome que nasce quando a boca já está perto da comida. Porque agora estávamos com fome, fome inteira que abrigava o todo e as migalhas. [...]

      E não quero formar a vida porque a existência já existe. Existe como um chão onde nós todos avançamos. Sem uma palavra de amor. Sem uma palavra. Mas teu prazer entende o meu. Nós somos fortes e nós comemos.

      Pão é amor entre estranhos.

         LISPECTOR, Clarice. A legião estrangeira. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, leia as afirmações sobre os verbos destacados em “Cada um FORA alguma vez feliz”/ “Os tomates ERAM redondos para ninguém”/ “Nas bilhas ESTAVA o leite”.

I. As três formas verbais constituem o núcleo do predicado das orações a que pertencem.

II. As três flexões indicam que o núcleo verbal é intransitivo, ou seja, completa-se por si só.

III. A três form as destacadas formam um conjunto limitado e indicam basicamente conceptualização do estado das coisas.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Letra A.

     

    “Cada um FORA alguma vez feliz”/ “Os tomates ERAM redondos para ninguém”/ “Nas bilhas ESTAVA o leite”.

    I. As três formas verbais constituem o núcleo do predicado das orações a que pertencem. - Errado. Os núcleos são: Feliz/ Redondos.

    II. As três flexões indicam que o núcleo verbal é intransitivo, ou seja, completa-se por si só. - Errado. A última flexão não é VI, pois o verbo "estar" está com sentindo de "conter", por isso exige complemento verbal (OD).

    III. A três formas destacadas formam um conjunto limitado e indicam basicamente conceptualização do estado das coisas. - Correto.

  • Para matar essa questão é só você saber que Bilhar é um Vaso, geralmente de cerâmica. Portanto, A última flexão não exprime um estado ou característica do sujeito, '' estar '' é VTD. Pegaram pesado nessa prova em !!

  • FORA, ERAM e ESTAVA só indicam conceito de estado das coisas.

    Letra A

  •  

    Gabarito "A."

     

    Eu pensei assim: 

     

    “Cada um FORA alguma vez feliz”/ “Os tomates ERAM redondos para ninguém”/ “Nas bilhas ESTAVA o leite”.

     

    I. As três formas verbais constituem o núcleo do predicado das orações a que pertencem. - Errado.  predicativo é o que se fala do sujeito, no caso do sujeito (cada um),o predicativo é feliz e no (tomates), o predicativo é a palavra redondos.

     

    II. As três flexões indicam que o núcleo verbal é intransitivo, ou seja, completa-se por si só. - Errado. eram é verbo de ligação .

     

    III. A três formas destacadas formam um conjunto limitado e indicam basicamente conceptualização do estado das coisas. - Correto.

  • II - ERRADO. (ERAM e ESTAVAM são verbos de ligação).

    Os verbos de ligação não indicam ação. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características.

     

     

  • Com relação ao item "I"...para que o verbo seja núcleo do predicado, o verbo não pode ser verbo ligação(copulativo), deve ser verbo nocional. Verificando isso, também se poderia eliminar o item "II", já que os verbos são de ligação, e não intransitivos.


ID
1925284
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
PM-PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 01 

                         Devemos viver a vida ou capturá-la?

      Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais. Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas. [...]

      Há um aspecto disso tudo que faz sentido: todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto, geralmente desconsiderado, que é o aproveitamento real do que acontece naquele momento. Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, saindo do seu foco, ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?

      Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da Universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse", pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita de foco e de um comprometimento total de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.

      Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.

      O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo e a gratificação (quantos “curtir" a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.

      Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento, porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O'Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. [...]

      Entendo o que elas sentem. É como palestrar usando o PowerPoint, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, apenas para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser. Disponível em: http://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiser-deveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la. Acesso em: 20/03/2016. Adaptado.

Observe o emprego de um verbo irregular no seguinte trecho: “Quando você vir um, vai entender o porquê.” Assinale a alternativa na qual um verbo irregular foi CORRETAMENTE empregado.

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas e reescrevendo-as corretamente:
    A – errada – “Se você vier para a cerimônia, por favor, não traga o celular‟
    B – errada – “Todos os artistas se opuseram quando…”
    C – errada – “…mesmo se as pessoas fizerem confusão.”
    D – Correta
    E – errada – “Os convidados se entretiveram mais…”
    Gabarito: D

  • entretiveram matou!

    quando vi "entreteram", eu interpretei como entretenimento, esquecendo-me que o assunto é verbo 

  • marquei a D .. affff. entreteram..

  • Vier

    Opuseram

    Fizerem

    Gabarito

    Entretiveram.


ID
1935988
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A ÚLTIMA CRÔNICA

      A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

      Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar- se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

      Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê- lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho — um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

      A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

      São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você. . .“ Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo, O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1972

Assinale a opção que apresenta a forma verbal na terceira conjugação.

Alternativas
Comentários
  • A palavra mune é uma flexão verbal do verbo MUNIR

    LETRA (C)

  • VEJO--- VER

     compõem---- COMPOR

    MUNI--- MUNIR

    GAB. LETRA C

  • Vogal temática a - primeira conjugação - Ex.: cantar

    Vogal temática e - segunda conjugação - Ex.: vender

    Vogal temática i - terceira conjugação - Ex.: partir

    gabarito: C

    mune - munir


ID
1965910
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

BICHO-CARPINTEIRO
Há mais de um século a expressão “ter (ou estar com) bicho-carpinteiro” significa “ser muito inquieto, não parar no lugar”. Faz pouco tempo, porém, os reformadores da fraseologia começaram a espalhar a seguinte tese fraudulenta: “O certo é ter bicho no corpo inteiro”. Errado. O dislate parte assumidamente da ignorância de um fato básico da língua: o de que existe uma criatura chamada bicho-carpinteiro. Segundo o Houaiss, ele é o nome popular e genérico de “diversas espécies de besouro, especialmente das famílias dos buprestídeos e cerambicídeos, que durante o estágio larvar brocam troncos e cascas de árvores”. Como se vê, a ideia da velha expressão é propor uma metáfora: a de que, como as árvores sob a casca, a pessoa irrequieta tem sob a pele as larvas desses insetos a se remexer constantemente, fazendo cócegas e não a deixando sossegada.
Sobre palavras. Revista Veja. Edição 2.347/ Ano 46/ Nº 46. 13 nov. 2013. 

A impessoalidade que ocorre na forma verbal da oração “Há mais de um século [...]” é também percebida em

Alternativas
Comentários
  • Resposta D

    ----------------------------------

    Você sabe o que são verbos impessoais? Os verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito. 

    ----------------------------------

    s verbos impessoais ficam sempre na 3ª pessoa do SINGULAR. 
    Veja alguns exemplos: 
    a) Havia fatos que precisavam ser resolvidos. 
    b) Há motivos para que eu vá. 
    c) Faz muito tempo que não a vejo. 
    d) Amanheceu muito frio hoje. 

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/verbos-impessoais.htm

    #UAB2018 #UFAL #reaprendendoEnsinoMédio

  • Resposta D


ID
1968583
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Escolha a alternativa CORRETA que apresenta um exemplo de verbo defectivo:

Alternativas
Comentários
  • Verbo abolir não é conjugado na 1° pessoa do singular do Presente do Indicativo.

    -Não apresenta Presente do subjuntivo

    - Não tem imperativo negativo

    - Apresenta apenas as 2°s pessoas do Imperativo Afirmativo (Tu e  Vós ).

  • Não existe a conjugação verbal "Eu abolo"

    ~> Singular

    1ª (não tem)

    2ª tu aboles

    3ª ele abole

    ~> Plural

    1ª nós abolimos

    2ª vós abolis

    3ª eles abolem

    Bons estudos!

  • Os verbos abolir, demolir, reaver, doer, precaver, banir, colorir, falir são defectivos.


ID
1978963
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Classifique os verbos da estrofe abaixo em regulares ou irregulares e assinale a seqüência correta.

Cavaleiro das armas escuras,

Onde vais pelas terras impuras?

Com a espada sangüenta na mão?

Por que brilham teus olhos ardentes

E gemidos nos lábios frementes

Vertem fogo do teu coração?

Alternativas
Comentários
  • Verbos do texto: ir (vais), brilhar (brilham), vertem (verter).

    Brilhar e verter são regulares, pois seu radicias não se alteram. Veja:

    Brilhar tem o radical BRILH.

    Verter tem o radical VERT.

    O verbo ir pra mim tá mais para anômalo, mas já que não tem a opção marca com irregular. Logo o gabarito será a letra C.

    Vamo que vamo, ano que vem é nos na EEAR carollho.

  • eu virto ou eu verto?

    eu verto eh estranho

    anulada

  • é eu verto mesmo


ID
1998202
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a classificação do verbo grifado na frase está correta.

Alternativas
Comentários
  • Verbo semear é REGULAR.

  • É cabível de recurso tranquilamente. Semear é um verbo regular.

  • A e B estão corretas, marquei errado, pois fiquei confuso, como a questão pede UM correto e da duas alternativas q estão certas.

    Fico me pergutando como está questão n foi anulada.

  • VERBO REGULAR

    Cantar – Infinitivo.  RD: cant-

    eu canto, tu cantas, ele canta,

    nós cantamos, vós cantais, eles cantam.

     

    VERBO IRREGULAR

    Sentir  - Infinitivo.  RD: sent-

    eu  sinto, tu sentes, ele sente,

    nós sentimos, vós sentis, eles sentem.

  • De acordo com as regras da norma culta, todos os verbos com terminações em "EAR", serão classificados como IRREGULARES.

  • O verbo adequar-se, mais comumente citado como defectivo, é também um verbo regular, uma vez que seu radical se mantém inalterado nas pessoas em que ele é conjugado.

    Os demais verbos têm as seguintes corretas classificações:

    - semeou: verbo irregular (recebe um “i” nas formas rizotônicas: eu semeio, tu semeias, ele semeia, nós semeamos, vós semeais, eles semeiam);

    - chegou: não é verbo abundante, pois só apresenta o particípio regular chegado (o pretenso particípio irregular chego é coloquial e não tem acolhida na gramática);

    - trocaram: verbo regular, o seu radical não se altera em nenhum momento da conjugação.

  • Todos os verbos terminados em -EAR serão irregulares, recebendo o ditongo -ei nas suas formas rizotônicas (acento/silaba tônica no radical) que são 1º/2º/3º p. do singular e a 3º p. do plural.

    Exemplo: recear

    Eu Receio Tu Receias Ele Receia Nós Receamos Vós Receais Eles Receiam

    Todos os verbos terminados em -IAR serão regulares, exceto os verbos MARIIO (mediar, ansiar, remediar, intermediar, odiar, incendiar) que são irregulares e recebem o ditongo -ei nas suas formas rizotônicas (acento/silaba tônica no radical) que são 1º/2º/3º p. do singular e a 3º p. do plural.

    obs: somente os irregulares recebem o ditongo -ei.

    Exemplo: Remediar

    Eu Remedeio Tu Remedeias Ele Remedeia Nós Remediamos Vós Remediais Eles Remedeiam

  • como fica a conjugação do verbo trocar?

    se o radical ele nao se altera

  • SEMEAR é verbo REGULAR.

  • Eu semeio

    Tu semeia

    Ele / Ela semeia

    Nós semeamos

    Não há regularidade aí não.

  • Não poderia ser a letra B pois, apesar de existir um bom número de estudiosos que já aceitam a conjugação completa do verbo ADEQUAR, a maioria dos nossos gramáticos o verbo ainda o consideram defectivo por não ter as três pessoas do singular e a 3a do plural (=eu, tu, ele e eles) do presente do indicativo e, consequentemente, nada no presente do subjuntivo.

    PRESENTE DO INDICATIVO /  PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    Eu       -                                               -

    Tu       -                                               -

    Ele      -                                               -

    Nós adequamos                                  -

    Vós adequais                                       -

    Eles     -                                              -

    FONTE: G1 (https://bityli.com/AYYUD)


ID
1999159
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Os astrônomos

      O lugar de estudo era isso. Os alunos se imobilizavam nos bancos: cinco horas de suplício, uma crucificação. Certo dia vi moscas na cara de um, roendo o canto do olho, entrando no olho. E o olho sem se mexer, como se o menino estivesse morto. Não há prisão pior que uma escola primária do interior. A imobilidade e a insensibilidade me aterram. Abandonei os cadernos e as auréolas, não deixei que as moscas me comessem. Assim, aos nove anos ainda não sabia ler. [...]

      Emília respondeu com uma pergunta que me espantou. Por que não me arriscava a tentar a leitura sozinho?

      Longamente lhe expus a minha fraqueza mental, a impossibilidade de compreender as palavras difíceis, sobretudo na ordem terrível em que se juntavam. Se eu fosse como os outros, bem; mas era bruto em demasia, todos me achavam bruto em demasia.

      Emília combateu a minha convicção, falou-me dos astrônomos, indivíduos que liam no céu, percebiam tudo quanto há no céu. [...] Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, por que não conseguiria eu adivinhar a página aberta diante dos meus olhos? Não distinguia as letras? Não sabia reuni-las e formar palavras?

      Matutei na lembrança de Emília. Eu, os astrônomos, que doidice! Ler as coisas do céu, quem havia de supor? E tomei coragem, fui esconder-me no quintal, com lobos, o homem, a mulher, os pequenos, a tempestade na floresta, a cabana do lenhador. Reli as folhas já percorridas. E as partes que se esclareciam derramavam escassa luz sobre os pontos obscuros. Personagens diminutas cresciam, vagarosamente me penetravam a inteligência espessa. Vagarosamente.

      Os astrônomos eram formidáveis. Eu, pobre de mim, não desvendaria os segredos do céu. Preso à terra, sensibilizar-me-ia com histórias tristes, em que há homens perseguidos, mulheres e crianças abandonadas, escuridão e animais ferozes.

(Graciliano Ramos (1892/1953). “Os astrônomos”, in: Infância. Rio de Janeiro: Record, 2006. Adaptado.) 

O emprego do verbo “haver”, no último parágrafo, torna-o impessoal, de acordo com o significado apresentado. O mesmo ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • Verbo Haver = normalmente é impessoal (sem sujeito), porém, com sentido de ter (ex.: Eles haviam/tinham chegado cedo.), obter (ex.:Houveram/obtiveram do juiz a comutação da pena. ), considerar (ex.: Nós o havemos/consideramos por honesto. ) e comportar-se (ex.:Eles se houveram/comportaram com elegância diante das críticas.) é pessoal. Portanto, é no sentido de “existir” e de “ocorrer”, bem como na indicação de tempo decorrido (Há dois anos...), que o verbo “haver” permanece invariável/impessoal.

  • d)

    Havia ótimas razões para suspeitarmos dele. 

  • Letra D

    d) Havia ótimas razões para suspeitarmos dele. - Em se tratando de verbo haver no sentindo de existir, ele fica na forma impessoal.

  • Veja, “haver” no sentido de “existir" = impessoal, outro detalhe, verbos impessoais SEMPRE VEM NO SINGULAR, ou seja, já descarta a letra A.

  • Basta substituirmos o verbo haver pelo seu sinônimo existir. Caso faça sentido, a oração torna-se impessoal, isto é, sem sujeito.


ID
1999174
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Patíbulos virtuais

     Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.

     Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.

     O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.

    Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]

    Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.

    Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.

    Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.

José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY 

“Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar.” (primeiro parágrafo). Essa frase inicia-se por uma oração desprovida de sujeito, e o verbo em destaque é denominado de impessoal. Também é impessoal o verbo da frase:

Alternativas
Comentários
  • Os verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito.

    Há alguns muito usados, como o verbo “haver” no sentido de “existir”, como o próprio “há” no início dessa oração.

    os que exprimem os fenômenos da natureza: chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar, estar e fazer (meteorologia).

    E os que indicam tempo: ser (indicando data, hora, distância) e fazer (tempo).

  • Letra A

     

  • Os verbos pessoais são os que se conjugam em todas as pessoas.

    Os impessoais são os que só se conjugam na 3.ª pessoa do singular, como, por exemplo, os que exprimem fenômenos da natureza ("chover", "trovejar", ventar"): "chove"; "trovejou"; "ventava".

    Além disso, o verbo "haver" é, como já foi abordado, impessoal, quando significa "existir".

     

    http://www.jn.pt/artes/dossiers/portugues-atual/interior/os-verbos-pessoais-impessoais-unipessoais-e-defetivos-3957040.html

     

  • Verbos impessoais são verbos que, não apresentando sujeito, são conjugados apenas na 3.ª pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são o verbo haver (apenas com sentido de existir), o verbo fazer (quando indica tempo decorrido) e verbos que indicam fenômenos da natureza e atmosféricos.

     

     

    Lista de verbos indicativos de fenômenos da natureza e atmosféricos:
    Verbo amanhecer;
    Verbo anoitecer;
    Verbo escurecer;
    Verbo alvorecer;
    Verbo chover;
    Verbo chuviscar;
    Verbo nevar;
    Verbo ventar;
    verbo relampejar;
    verbo trovejar;
    verbo estiar;
    verbo orvalhar; 
    verbo saraivar;
    verbo garoar;
    verbo gear;

     

    Chega de, basta de , passa de também são impessoais.

    Verbos bastar e chegar

    O verbo bastar e o verbo chegar são impessoais quando seguidos da preposição de, indicando que algo é suficiente:

    Basta de confusões!

    Chega de mentiras!

  • GABARITO: LETRA  A

    Os verbos impessoais haver e fazer

    Os verbos impessoais são aqueles que não admitem sujeito e, portanto, são flexionados na 3ª pessoa do singular.

    No sentido de existir ou na idéia de tempo decorrido, o verbo haver é impessoal. Logo, o verbo ficará no singular.

    Exemplo: Há uma cadeira vaga no refeitório. (sentido de existir)
    Há dez dias não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
    Da mesma forma, o verbo fazer no sentido temporal, de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos é impessoal.

    Exemplo: Faz dez dias que não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
    Nesta época do ano, faz muito frio.

    Quando da locução verbal, tanto o verbo haver quanto o verbo fazer exigem que o auxiliar fique na terceira pessoa do singular.

    Exemplos: Deve haver uma forma de amenizarmos esse problema.
    Vai fazer dez dias que não faço exercícios físicos.

    FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/concordancia-verbalcasos-especiais-alguns-verbos.


ID
2019562
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Bela Vista de Minas - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em relação à flexão e ao emprego dos verbos, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • futuro do subjuntivo   quando ele vir

  • Interviesse 

    Mantiver 

    previra 

    Se tiver alguma coisa errada , me corrijam por favor , obrigada.

     

  • Infinitivo pessoal

    Presente

    eu vir
    tu vires
    ele vir
    nós virmos
    vós virdes
    eles virem

  •  c)Quando ele vir o documento, vai acreditar em você. 

     

    *Para meus amiguinhos que não são assinantes!

  • O verbo ver é precedido da partícula "se" ou "quando" e tem terminação em "ir" na primeira pessoa.

    Ex: quando eu vir, quando tu vires, quando ele/ela vir, quando nós virmos, quando vós virdes, quando eles/elas virem.

    O verbo vir, também precedido por "se" ou "quando", é caracterizado pelo acréscimo da vogal "e". 

    Ex: quando eu vier, quando tu vieres, quando ele/ela vier, quando nós viermos, quando vós vierdes, quando eles/elas vierem.

    .

    Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/ver-ou-vir.htm


ID
2069191
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Restos do carnaval

      Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate.Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.

      No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.

      E as máscaras? Eu tinha medo mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.

      Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma das minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça – eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável – e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.

      Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com as quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.

      Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga – talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel – resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.

      Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas – à ideia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha – mas ah! Deus nos ajudaria! Não choveria! Quanto ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.

      Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.

      Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge – minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa – mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil – fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.

      Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.

      Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.

(Lispector, Clarice. Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998)

Na construção de uma das alternativas a seguir foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo “haver” em “Mas houve um carnaval diferente dos outros.” (5º§) Indique-a.

Alternativas
Comentários
  • Gostaria de solicitar que o Qconcursos atualizasse o banco de questões do concurso "Estágio de Adaptação de Oficiais de Apoio da Aeronáutica (EAOAP)", da Aeronáutica. A banca é CIAAR. As questões mais recentes são de 2013.


ID
2081158
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta um verbo irregular.

Alternativas
Comentários
  • Devido às alterações que apresenta no radical e nas terminações quando conjugado, o verbo fazer é um verbo extremamente irregular. Em alguns tempos verbais, o radical faz- transforma-se em fiz-, em faç- ou em far-: eles fizeram, que ele faça, eu farei,...

    Resposta correta: alternativa (e).

  • não entendi.

  • Por quê nao poderia se o item D?

  • O VERBO É IRREGULAR QUANDO OCORRE MUDANÇA DE RADICAL NA SUA CONJUGAÇÃO.

    EX :    EU FAÇO

              TU FAZ

  • @Daniela Cunha acho q o verbo Aguçar entra naquele dilema de falso irregular, pq só altera de c pra ç

  • Na alternativa "B" tem dois verbos, não é? E o verbo sorrir é irregular também, certo?

  • Para descobrir se um verbo é irregular basta conjugar no presente e no pretérito perfeito.

    ( Tia Wanda me ensinou no ensino fundamental nunca esqueci.)

    Verbo fazer

    eu- FAÇO

    eu- FIZ

    PRONTOOOO... IRREGULARZÃO

  • Gabarito(E)

    O verbo será IRREGULAR quando sofrer alteração no RADICAL.

    a)Tipo do Verbo: regular Infinitivo estimular Gerúndio estimulando Particípio Passadoestimulado

    b)Tipo do Verbo: regular Infinitivo: agradecer Gerúndioagradecendo Particípio Passadoagradecido

    c)Tipo do Verbo: regular Infinitivo: abraçar Gerúndioabraçando Particípio Passadoabraçado

    d)Tipo do Verbo: regular Infinitivo: aguçar Gerúndioaguçando Particípio Passadoaguçado

    e)Tipo do Verbo: irregular Infinitivo: fazer Gerúndiofazendo Particípio Passadofeito

  • PRESENTE DO INDICATIVO

    eu faço

    tu fazes

    ele faz

    nós fazemos

    vós fazeis

    eles fazem

  • Fui na emoção... Errei a questão...


ID
2097457
Banca
MPE-GO
Órgão
MPE-GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Das vantagens de ser bobo

— O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.

— O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

— Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.

— O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.

— Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.

— O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver

— O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoiévisk .

— Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.

— Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.

— O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.

— Aviso: não confundir bobos com burros.

— Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. E uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: “Até tu, Brutus?"

— Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

— Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.

_ Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

— O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos

— Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é dificilão, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.

— Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida.

— Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

— Piá lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

— Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.

— E quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. E que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo. (Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.) 

“O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.” A assertiva que apresenta análise correta em relação ao parágrafo transcrito é:

Alternativas
Comentários
  • Verbo haver no sentido de existir ou ocorrer será sempre impessoal e por este motivo não concordará com o seu sujeito.

    Bons estudos!

  • GABARITO LETRA C

     

    a) Errada. Há apenas um adjetivo em função de predicativo do sujeito, que é o termo "simpático". Repare que está qualificando o sujeiro "Bobo" e se relacionam através de um verbo de ligação. 

    "O bobo (sujeito) é ( verbo de ligação ) sempre tão simpático (predicativo do sujeito)

     

    b) Errada. O verbo não foi usado de forma impessoal pois é possível achar seu agente. Quem se faz passar por bobos? Os espertos. 

     

    c) Gabarito. Sem comentários. Perfeita. Está no presente do indicativo na terceira pessoa do singular.

     

    d) Errada. A forma verbal "fazem" concorda com "espertos".

     

    e) Errada. A frase está perfeita, em ordem direta e não caberia vírgula nesse trecho. 

  • Uma dúvida na D, o pronome relativo "que" retoma o nome "espertos" certo? Portanto, o verbo não concordaria com o pronome, que retoma o nome?
  • Olá Vinícius, nesses casos de pronomes relátivos o verbo concorda com o antecedente do pronome, e não com o pronome em si, conforme explicação do DIMAS PEREIRA.

     

  • Gabarito: C

    A - Errado - O predicativo é apenas o adjetivo simpáticos.

    B - Errado - Fazer é impessoal quando indica tempo decorrido ou fenômeno da natureza. 

    C - Correto - Haver como sinônimo de Ocorrer, Fazer, Existir, Realizar e Acontecer, fica impessoal.

    D - Errado - Verbos concordam com o seu sujeito. O verbo fazem concorda com o núcleo do sujeito "espertos". 

    E - Errado - Não pode separar, por virgulas, o sujeito do verbo. 

  • A letra C já da a resposta,não precisa ler as outras opções.

  • VERBO HAVER COM SENTIDO DE EXSITIR É IMPESSOAL ( so substituir que dá pra ver) SEMPRE FICA NO SINGULAR 3 PESSOA.

    Há coisas sexy na parada.

    Existem coisas sexy na parada.

     

    GABARITO ''C''

  • Tenho a mesma dúvida do Vinicius Catulino.

  • Ok!  A forma verbal "fazem" concorda com "espertos".

     

    MAS antes disso,  o "fazem" não concorda com o pron. relativo "que" , o qual por sua vez retoma o "espertos" ???

  • Essa letra D dependendoo da banca poderia estar certa

  • Verdade !!! Pra alguns bancas a letra ''D'' poderia ser considerada CERTA também...

  • Gente, se ''fazem'' concordasse com o pronome ''que'' ficaria: há espertos que se faz!

  • "QUE " pronome relativo pode retomar o substantivo ou a expressão toda, que eu acho que aconteceu.

    ou poderia ate concordar com o QUE se tivesse uma virgula.

    se eu estiver errada me avisem, por favor.

  • Gabarito(B)

    Verbo haver no sentido de (existência/ocorrência/temporalidade) sempre será impessoal.


ID
2122213
Banca
Exército
Órgão
EsSA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“São exemplos de verbos impessoais:

Alternativas
Comentários
  • alvorecer, chover, anoitecer e trovejar. 


  • Gab: A

    Verbos impessoais, ou seja, surgem em orações sem sujeito. 

    Há alguns muito usados, como o verbo “haver” no sentido de “existir”, como o próprio “há” no início dessa oração. 

    Podemos citar ainda: os que exprimem os fenômenos da natureza: chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar, estar e fazer (meteorologia). 

    E os que indicam tempo: ser (indicando data, hora, distância) e fazer (tempo). 
    Os verbos impessoais ficam sempre na 3ª pessoa do SINGULAR. 

    Fonte:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/verbos-impessoais.htm

  • Verbos que indicam fenômenos da natureza.

  • belo comentario brenda fleury!

  • Essa foi fácil!

  • Parece fácil, mas alternativas derrubam os iniciantes. 

  • questao para pegar iniciantes, dando a intenção de marcar a "C" por fazer apologia ao verbo haver no sentido de existir.

  • FENOMENO DA NATUREZA E IMPESSOAL

  • Verbos impessoais são verbos que, não apresentando sujeito, são conjugados apenas na 3.ª pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são:

    Haver (apenas com sentido de existir),

    Fazer (quando indica tempo decorrido) e;

    Verbos que indicam Fenômenos da natureza e Atmosféricos.

    Maiores informações, segue o link:

    Créditos: https://www.conjugacao.com.br/verbos-impessoais/

  • meus pêsames aos iniciantes

  • Verbos impessoais são verbos que, não apresentando sujeito, são conjugados apenas na 3. ª pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são o verbo haver (apenas com sentido de existir), o verbo fazer (quando indica tempo decorrido) e verbos que indicam fenômenos da natureza e atmosféricos.

  • São alguns exemplos de verbos impessoais, dentre outros, verbos que indicam fenômenos da natureza:

    Ex: nevar, alvorecer, trovejar, chover, etc...

    GABARITO: A

  • errei por bobeira, vi que tinha haver em uma única e fui seco kkkk, o gabarito é a A fenômeos da natureza não tem suj.

  • errei por bobeira, vi que tinha haver em uma única e fui seco kkkk, o gabarito é a A fenômeos da natureza não tem suj.

  • Os VERBOS IMPESSOAIS são os que não tem sujeito e conjugados na 3 pessoa do singular. Eles são verbos que geralmente expressam fenômenos da natureza.

    EXEMPLO: CHOVER ; TROVEJAR; VENTAR

    Mas nem todos são fenômenos, como os verbos HAVER (sentido de existir) e FAZER (tempo decorrido), que são impessoais também.

    A letra correta é a letra "A", que exprime apenas fenômenos da natureza.

  • Verbos impessoais, ou seja, surgem em orações sem sujeito. 


ID
2151847
Banca
Serctam
Órgão
Prefeitura de Quixadá - CE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       LIBERDADE

      Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se têm escrito poemas e hinos, a ela se têm levantado estátuas e monumentos, por ela se tem até morrido com alegria e felicidade.

      Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão; nossos bisavós gritavam "Liberdade, Igualdade e Fraternidade! "; nossos avós cantaram: "Ou ficar a Pátria livre/ ou morrer pelo Brasil!"; nossos pais pediam: "Liberdade! Liberdade/ abre as asas sobre nós", e nós recordamos todos os dias que "o sol da liberdade em raios fúlgidos/ brilhou no céu da Pátria..." em certo instante.

      Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá- la, combater e certamente morrer por ela.

      Ser livre como diria o famoso conselheiro, é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho... Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado, é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso.) Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.

Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...)

      Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!...) não acreditavam que se pudesse chegar tão simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!

      Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida.

      E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da liberdade nas mãos! São essas coisas tristes que contornam sombriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcançá-la estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato.

      Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos, que falam de asas, de raios fúlgidos linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel...

                                            (MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho: Crônicas)

As formas verbais “abre – 2º parágrafo e chegarem”, no 7º parágrafo são:

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

     

    "Liberdade! Liberdade/ abre as asas sobre nós" - É regular, pois não muda o seu radical (eu abro, tu abres, ele abre... - radical "abr" se mantém). É Imperativo Afirmativo da 2ª pessoa do singular (1ª pes. sing. não existe; 2ª pes. sing. - abre tu; 3ª pes. sing. - abra você...).

     

    "E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade..." - Também é regular e é do Futuro do Subjuntivo da 3ª pessoa do plural (1ª pes. plu. - quando nós chegarmos; 2ª pes. plu. - quando vós chegares; 3ª pes. plu. - quando eles chegarem).

  • E a forma "aberto", não seria uma situação de verbo irregular?

  • André nascimento, Aberto é adjetivo kkkkkk!

  • Igor Machado, qual é o particípio do verbo abrir?

  • Gerúndio: abrindo

    Particípio passado: aberto

     

    INDICATIVO

            Presente      Pretérito perfeito       Pretérito imperfeito

    eu     abro            eu abri certamente    eu abria constantemente

    tu    abres           tu   abriste                    tu   abrias

    ele/ela  abre       ele/ela abriu           ele/ela abria

     

     

    Pret. mais-que-perfeito     Futuro do presente     Futuro do pretérito

    eu abrira    eu                    abrirei                        eu          abriria se....

    tu abriras                        tu abrirás                          tu         abririas

    ele abrira                     abrirá                                ele/ela     abriria

     

     

    SUBJUNTIVO

    Presente             Pretérito imperfeito                Futuro

    talves eu abra        se eu abrisse                 quando eu   abrir

    talvez tu abras   se  tu abrisses            quando tu  abrires

    que ele abra           se ele abrisse          quando ele/ela    abrir

     

     

    IMPERATIVO

    afirmativo              negativo                  INFINITIVO PESSOAL

                                                                         ––para abrir eu

    abre tu                 não abras tu                    para abrires tu

    abra ele/ela            não abra ele/ela           para abrir ele/ela

    abramos nós           não abramos nós         para abrirmos nós

     

  • Verbo Abrir

    Gerúndio: abrindo 
    Particípio passadoaberto 
    Infinitivo: abrir

    Tipo de verbo: irregular
    Transitividade: intransitivo, transitivo e pronominal
    Separação silábica: a-brir

    Disponível em: https://www.conjugacao.com.br/verbo-abrir/

  • Essa questão deveria ser anulada, pois chegarem no texto não é futuro do subjuntivo; mas, sim, infinitivo.


ID
2181439
Banca
CRF-TO
Órgão
CRF-TO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa onde estão corretos os verbos irregulares:

Alternativas
Comentários
  • Requer atenção. Boa.

  • Peço desculpas, mas ainda não entendi o que a questão queria que fosse respondida.

  • O enunciado está impreciso. Deveria dizer: Marque a alternativa em que os verbos são conjugados na mesma pessoa.

  • O verbo estar é regular. Erro na elaboracao da questao.

  • o verbo "estar" é irregular, pois sofre alteração no radical( Eu: estou/ estive/ estivera).

  • 10 minutos para entender a questão kkkkkkkkkkkkkkkk mas deu certo \õ

     b) Sentir, Estar, Trazer.

  • O enunciado deveria ser: Marque a alternativa em que os verbos estão no infinitivo, daí a certa seria a b)

    Nem acredito que é uma questão para o cargo de serviços gerais. Como é que esse candidato entende uma questão dessa?

  • esse enunciado não está bom.

  • na onde estar sofre alteração, para ser caracterizado como verbo irregular (radical) est

  • futuro do subjuntivo

  • Aí o colega vai comentar uma questão de Português e taca "NA ONDE"! >.<


ID
2266303
Banca
Alternative Concursos
Órgão
Câmara de Bandeirantes - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Verbos abundantes são aqueles que apresentam mais de uma forma de conjugação. São classificados como verbos abundantes:

Alternativas
Comentários
  • Alternariva: A

    a)São abundantes: ACEITAR( aceitado ou aceito) / PRENDER( prendido ou preso)

    Particípio regular: aceitado e prendido   Particípio irregular: aceito e preso

    b) Falir e abolir sãoDefectivos: não possuem conjugação completa, ou seja, em certos tempos e modos não conseguimos conjugar

    c) Ser e ir são Irregulares; sofrem alteração no radical quando são conjugados

    d) Cantar e amar são regulares ambos da 1º conjugação

    e) Pedir e Poder são Irregulares. O verbo poder chega a não existir no imperativo

  • Orra!

    Essa questão é pura maldade.

    Parabéns a quem acertou, conscientemente, essa danada.  

  • Olá

     

    Vamos ai que segue:

     

    DEFINIÇÃO:

     

    VERBOS ABUNDANTES são aqueles verbos irregulares que apresentam mais de uma forma de conjugação, ou seja, apresentam duas ou mais formas equivalentes para o mesmo tempo e pessoa.

     

    A incidência de verbos abundantes se dá especialmente na forma do particípio do verbo, pois temos dois tipos de particípio, um com a forma regular, ou seja, com as terminações ADO, IDO, ADA e IDA, e um com a forma irregular, ou seja, com terminações diferentes destas previstas.

     

    Vejamos alguns exemplos de verbos que possuem duas formas no particípio, ou seja, VERBOS ABUNDANTES:

     

    ENCHER - enchido, cheio
    FIXAR - fixado, fixo
    CORRIGIR - corrigido, correto
    ACENDER - acendido, aceso
    ACEITAR - aceitado, aceito

    PRENDER( prendido ou preso)
    ELEGER - elegido, eleito
    ENTREGAR - entregado, entregue
    EXTINGUIR - extinguido, extinto
    FRITAR - fritado, frito
    EXPELIR - expelido, expulso
    LIMPAR - limpado, limpo
    MATAR - matado, morto

     

    http://www.infoescola.com/portugues/verbos-abundantes/

     

    Espero ter ajudado...

     

    abraço

  • oS PARTICIPIOS REGULARES SÃO ACOMPANHADOS PELOS VERBOS TER E HAVER.
    OS IRREGULARES SÃO ACOMPANHADOS PELOS VERBOS SER E ESTAR
    fICARIA ASSIM :
                               TERIA ACEITADO A PROPOSTA.
                                TERIA PRENDIDO SE FOSSE POLICIAL    
     

    aCEITADO E PRENDIDO PARTICIPIOS REGULARES

    PARTICIPIO IREEGULARES

                                      SOU ACEITO NA ESCOLA   
                                       ESTOU PRESO AO MEU  PASSADO

    PORTANTO GABARITO A

                               

  • verbos IRREGULARES sao os que nao seguem o padrao de conjugaçao.  ser, ter

    verbos ABUNDANTES possuem mais de uma forma para um mesmo tempo verbal : uma forma irregular e uma regular.. prendido/ preso, matado /morto

    verbos DEFECTIVOS nao possuem certas conjugaçoes .  extorquir (nao existe eu extorco), explodir (nao existe eu explodo), colorir (eu coloro esta errado)

  • Pessoal tomem cuidado, pois os verbos "ser" e "ir" são verbos anômalos e não irregulares. A gente pode entender os verbos anômalos como verbos anormais que variam completamente em certos modos e tempos. veja:

     

     

    Verbo Ser

     

     

    eu sou (presente do indicativo)

     

    tu és    (presente do indicativo)

     

    eu fora (pretérito mais que perfeito do indicativo)

     

     

     

    Verbo Ir

     

     

    eu vou  (presente do indicativo)

     

    eu ia    (pretérito imperfeito do indicativo)

     

    eu fui   (pretérito perfeito do indicativo)

     

     

     

    Os verbos irregulares são aqueles que sofrem variação no radical mas é uma variação pequena. Não muda completamente como os verbos anômalos.

     

  • Aceitado/Aceito.

    Prendido/Preso.

  • Autor: Arenildo Santos

    Síntese Teórica– Classificação do verbo

     

    O verbo em si pode ser assim classificado:

    1) Regular: é o verbo que segue o paradigma de sua conjugação.  Cantar, vender e partir são, respectivamente, exemplos de verbos regulares das 1ª, 2ª e 3ª conjugações.

    2) Irregular:  muitos verbos apresentam irregularidade já no RD. Em geral, isso se revela já no presente do indicativo.  Veja e compare:

     

    VERBO REGULAR

    Cantar – Infinitivo.  RD: cant-

    eu canto, tu cantas, ele canta,

    nós cantamos, vós cantais, eles cantam.

     

    VERBO IRREGULAR

    Sentir  - Infinitivo.  RD: sent-

    eu  sinto, tu sentes, ele sente,

    nós sentimos, vós sentis, eles sentem.

     

    Observe que, na primeira pessoa do singular, o RD sofreu variação (de sent- para sint-), o que é caracerística do VERBO IRREGULAR.

    RD: sint-    Verbo Irregular

    3. Anômalo: apresenta profundas irregularidades. São classificados como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser e ir.

    4. Defectivo: não apresenta todas as formas. Verbos como falir, colorir, banir, precaver, são defectivos.

    5. Abundante: apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. É o caso, por exemplo, do verbo pagar, que admite dois particípios: pago e pagado.

  • IMPRESSO/IMPRIMIDO.

    VERBOS COMO TRAZER/CHEGAR/ABRIR/COBRIR/ESCREVER NÃO SÃO ABUNDANTES.

    NÃO EXISTE --> O ENVELOPE FOI TRAGO

    EXISTE----> O ENVELOPE FOI TRAZIDO.


ID
2287552
Banca
UFTM
Órgão
UFTM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Ao assistir as agressões verbais sofridas por Eduardo Cunha por manifestantes na sede da Polícia Federal em Curitiba, lembrei-me de Etorre Perrone, militar e político que empresta seu nome a uma via em Turim. Uma rua classicamente italiana como tantas outras, com construções centenárias cinza-amareladas, varandas e floreiras, não fosse uma pequena placa ao lado da porta de entrada do prédio de número 5, com o nome de Fulvio Croce.

    Corria, em 1977, com grande repercussão pública, o processo criminal contra os líderes das brigadas vermelhas, que adotaram uma estratégia para deslegitimar o sistema judicial, considerado, por eles, aliado ao regime e por isso despido da imparcialidade necessária: não constituíam advogados. Mais do que isso. Proibiam com ameaças de morte os defensores nomeados pela justiça de os defenderem em juízo.

    Para superar esse impasse, um grupo de advogados decidiu aceitar a convocação da Justiça, com a condição de simplesmente zelar pela observância do devido processo legal, sem apresentação de teses de mérito, para não criar um conflito com a postura dos representados. O principal símbolo desses defensores era o então presidente da “Ordem dos advogados” de Turim.

    Croce atuava contra a sua vontade, mas realizava um sacrifício profissional de alto relevo em nome de um dos valores mais caros ao sistema jurídico: a imprescindibilidade do advogado, especialmente no âmbito de um processo criminal, que não concebe a realização da justiça, sem o direito de defesa. E possivelmente também imaginasse o risco que representava aquela decisão, que tragicamente acabou se concretizando. Em 28 de abril, o presidente da Ordine de Torino foi vítima de um atentado das “Brigatti Rossi”, tombando em frente ao número 5 da via Ettore Perrone, após ser atingido por disparos de uma pistola 7.62.

    Esse episódio demonstra bem que o direito de defesa serve a propósitos muito superiores ao auxílio jurídico de um cidadão, encargo que por certo já se reveste de alta significação pública, um direito constitucionalmente assegurado como fundamental. O direito de defesa é garantia que transcende o interesse individual de quem ele circunstancialmente protege.

    O direito de defesa interessa ao juiz indevidamente acusado de absolver ou condenar alguém por motivação pessoal ou política; tutela quem acusa para se defender de uma imputação de denunciação caluniosa improcedente, e para que os seus erros e excessos, que não raramente ocorrem, possam ser evitados; resguarda o jornalista, injustamente perseguido com violação ao sigilo da fonte; abriga o manifestante, que não pode ter seu legítimo direito de expressão criminalizado.

    O direito de defesa é irrenunciável. Não por outro motivo, o Estado tem o dever de oferecer assistência jurídica a quem não possui condições financeiras. E, claro, interessa aos culpados, para que suas responsabilidades e punições sejam corretamente decididas pelo Poder Judiciário, pois essa é uma exigência indeclinável do Estado de Direito. É, portanto, um pressuposto de integridade do sistema judicial.

    Deve-se, por isso, rechaçar qualquer forma de estigmatização da atuação legítima dos advogados criminais, pois o leigo em direito deve ter a perfeita compreensão de que a absolvição de uma pessoa culpada ou a prescrição de um crime não são produtos do direito de defesa, mas certamente da atuação precária das agências de investigação ou da negligência do sistema judicial.

    O trabalho de todo advogado de defesa serve fundamentalmente para que o Estado, ao processar e punir quem comete um crime, exerça esse poder sem se desviar da legalidade, equiparando-se ao criminoso. Como diz o grande português Rui Cunha Martins, é falsa a ideia de que o Estado de direito seja salvo cada vez que o sistema penal pune um poderoso ou um convicto corrupto; por mais que custe à chamada “opinião”, o Estado de direito só é salvo se um poderoso ou um convicto corrupto são punidos no decurso de um devido processo legal; o contrário disso é populismo puro.

    E não há devido processo legal sem respeito efetivo à plenitude do direito de defesa. O contrário disso é, sempre, injustiça.

(BREDA, J. Direito de defesa, como o de cunha, transcende interesse pessoal. Opinião. Folha de São Paulo, 01/11/2016)

Observe as afirmações a respeito dos elementos linguísticos empregados no texto e julgue se estão certas ou erradas, de acordo com a norma culta:
I – No trecho “... para deslegitimar o sistema judicial, considerado, por eles, aliado ao regime e por isso despido da imparcialidade necessária...”, a palavra destacada está empregada conotativamente.
II – No fragmento “essa é uma exigência indeclinável do Estado de Direito. É, portanto, um pressuposto de integridade do sistema judicial.”, a conjunção sublinhada tem valor semântico de explicação.
III – A concordância do verbo haver, em “E não devido processo legal sem respeito efetivo à plenitude do direito de defesa.” se justifica pelo mesmo motivo que em “Houve momentos de pânico durante a apresentação”.
IV- A regência do verbo “oferecer” em “O direito de defesa é irrenunciável. Não por outro motivo, o Estado tem o dever de oferecer assistência jurídica a quem não possui condições financeiras.”, é a mesma do verbo “ensinar” em “Se lhe ensinassem um ofício, o rapaz poderia trabalhar e ajudar no sustento da família”.
V – A colocação pronominal em próclise, no trecho “Esse episódio demonstra bem que o direito de defesa serve a propósitos muito superiores ao auxílio jurídico de um cidadão, encargo que por certo já se reveste de alta significação pública...” é facultativa, pois o pronome poderia também ser colocado depois do verbo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que seja a B. Mas o sistema não está deixando responder.


ID
2394940
Banca
Marinha
Órgão
Comando do 7º Distrito Naval
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com a norma padrão, marque a opção em que a forma verbal destacada está correta.

Alternativas

ID
2402497
Banca
COSEAC
Órgão
UFF
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                                           AQUI SOZINHO

      Aqui sozinho, nesta calma, toda a história da humanidade e da vida rolam diante de mim. Respiro o ar inaugural do mundo, o perfume das rosas do Éden ainda recendentes de originalidade. A primeira mulher colhe o primeiro botão. Vejo as pirâmides subindo; o rosto da esfinge pela primeira vez iluminado pela lua cheia que sobe no oriente; ouço os gritos dos conquistadores avançando. Observo o matemático inca no orgasmo de criar a mais simples e fantástica invenção humana – o zero. Entro na banheira em Siracusa e percebo, emocionado, meu corpo sofrendo um impulso de baixo para cima igual ao peso do líquido por ele deslocado. Reabro feridas de traições, horrores do poder, rios de sangue correm pela história, justos são condenados, injustos devidamente glorificados. Sinto as frustrações neuróticas de tantos seres ansiosos, e a tentativa de superá-las com o exercício de supostas santidades. Com a emoção a que nenhum sexo se compara, começo, pouco a pouco, a decifrar, numa pedra com uma tríplice inscrição, o que pensaram seres como eu em dias assustadoramente remotos. Acompanho um homem – num desses raros instantes de competência que embelezam e justificam a humanidade – pintando e repintando o teto de uma capela; ouço o som divino que outro tira de um instrumento que ele próprio é incapaz de ouvir. Componho em minha imaginação o retrato de maravilhosas sedutoras, espiãs, cortesãs e barregãs, que possivelmente nem foram tão belas, nem seduziram tanto. Sento e sinto e vejo, numa criação única, pessoal e intensa, porque ninguém materializou nada num teatro, numa televisão, num filme. Estou só com a minha imaginação. E um livro.

                                                                                                               (Fernandes, M. JB – 01.02.92) 

Verbos regulares são aqueles cujos radicais se mantêm inalterados em todas as suas flexões e cujas desinências seguem estritamente os paradigmas de cada conjugação. Desse modo, afirma-se que são regulares todas as formas verbais da seguinte opção:

Alternativas
Comentários
  • Quanto à flexão ou à conjugação, os verbos podem ser REGULARES , IRREGULARES, ABUNDANTES, E PRONOMINAIS.

    REGULAR: é aquele cujo tema permanece invariável e a terminação se flexiona de acordo com um tipo geral ou modelo da conjugação, chamado de "paradigma da conjugação". Ex: andar, falar, beber, comer, partir, dividir.

    IRREGULAR: é aquele que não segue o paradigma regular de sua conjugação. O verbo irregular se caracteriiza por sofrer alterações em seu tema na sua conjugação. Ex: poder, dormir, ter, trazer.

    Fonte; Nova Gramática da Lingua Portuguesa para concursos. Rodrigo Bezerra

  • O verbo estar é um verbo irregular. É verdade que o radical se mantém em todos os modos, tempos, pessoas e números, mas também é verdade que as suas desinências (as suas terminações) não são iguais às de um verbo regular como amar, comer ou sair. 

  • Alternativa E é a correta!

  • Gabarito E

    Verbos regulares são todos os verbos que ao serem conjugados, não sofrem alterações em seu radical.

    Ex: sentar, perceber, comprar, andar, falar...

  • Para quem ficou na duvida do verbo JUSTIFICAR (assim como eu), segue a conjugação do verbo no modo subjuntivo - presente:

    que eu justifique

    que tu justifiques

    que ele justifique

    que nós justifiquemos

    que vós justifiqueis

    que eles justifiquem

  • O verbo justificar parece estar certo, porém no presente do subjuntivo o radical muda, para "justifique".

    Para eu responder essa questão, tive que conjugar-la em todos os tempos.

  • Subir e estar não são regulares (se diz "ele sobe", e nao "ele sube"). Isso elimina opções a,b,c,d

  • Todos nós voltamos no tempo (fundamental) com essa questão.

  • Até acertei a questão, mas confesso que o verbo ESTAR foi uma pedra no sapato.

    Gostaria de uma ajuda. Desde já OBRIGADO.

    Bons estudos.

  • "Verbo irregular é o verbo cujo radical sofre modificação no decurso da conjugação, ou cujas desinências se afastam das desinências do paradigma, ou ainda, o que sofre modificação tanto no radical quanto nas desinências. No caso do verbo "estar" muda a desinência. Para efeito de comparação vamos usar o verbo regular "louvar" no presente do indicativo, que se conjuga louvo, louvas, louva, louvamos, louvais, louvam; agora compare com o verbo "estar" que se conjuga :estou, estás, está, estamos, estais, estão. Há mundança na desinência, caracterizando-o como irregular."

     

    Na Luta!!!  ;-)

  • "justificam " mata a questão

     

  • Gabarito: Letra E.

    Verbos "subir" e "estar" são irregulares.

  • Segue o link para quem quiser conferir uma a uma. Bons estudos!!!

    https://www.conjugacao.com.br/

  • Por que não a letra c? Fiquei na dúvida.
  • Há casos em que a irregularidade do verbo se apresenta não no radical, mas nas desinências.

    https://www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/classificacao-dos-verbos

  • Assim como o comentário de outros colegas, também fiquei com dúvida na letra C, mas ESTAR é verbo irregular.

    Explicação: O verbo estar é um verbo irregular. Na sua conjugação, há alterações no radical e nas terminações, como: eles estão, que ele esteja, se eu estivesse. (Fonte: conjugação.com.br)

  • IRREGULARES: São verbos que apresentam alteração no radical ou não aceitam alguma das terminações do seu paradigma correspondente. assim observando as formas MEÇO, FAÇO, e FEZ, podemos afirma que esses verbos são irregulares porque apresentam as seguintes variações: o radical MED- , do verbo MEDIR, altera-se para MEÇ- o radical FAZ altera-se para FAÇ-, na forma FEZ altera-se o radical e falta-lhe a terminação regular -e

  • Gab E

    Subjuntivo justificar na letra ''c'' é irregular o radical, muda nos demais e permanece com ''c'' justific

    que eu justifique

    que tu justifiques

    que ele justifique

    que nós justifiquemos

    que vós justifiqueis

    que eles justifiquem

    Casos de subjuntivo podem mudar.

  • Tipo de questão que consone tempo. A banca faz de propósito. Deixe-a para o final da prova caso haja tempo sobrando.


ID
2405230
Banca
COMVEST UFAM
Órgão
UFAM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir:

Entre 13 de junho, dia de Santo Antônio, e 27 de dezembro, quando se encerram oficialmente as comemorações da festa de São Benedito, realizam-se, em pequenas cidades do interior do Amazonas, mais de quatorze festas religiosas. Dessas, apenas três são comemoradas nas sedes dos municípios; as demais acontecem nos distritos rurais. Por mais que sejam todas em honra a algum santo, a Igreja reconhece apenas duas: a de São João e a de São Benedito. As outras festas são consideradas profanas pelos padres que visitam os núcleos urbanos. Sendo assim, tornaram-se parte da cultura popular, do imaginário de nosso povo e, diante desse fato, temos de admitir: como é rico o nosso folclore!


Sobre o texto, fazem-se as seguintes afirmativas:

I. A palavra “como” (em “como é rico o nosso folclore!”) exerce a função sintática de adjunto adverbial de intensidade.

II. O sujeito simples da oração principal, no primeiro período do texto, é “mais de quatorze festas religiosas”.

III. Ainda no período que dá início ao texto, o primeiro “se” é parte integrante do verbo “encerrar”, que, no sentido de “ter fim”, é pronominal.

IV. No trecho “As outras festas são consideradas profanas pelos padres que visitam os núcleos urbanos”, temos duas orações e uma frase.

V. O “que” (em “As outras festas são consideradas profanas pelos padres que visitam os núcleos urbanos”) é um pronome relativo com função de sujeito.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
2417536
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Rio Branco - AC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma estranha descoberta

Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava. 

“Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos.

O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava.

– Ora essa! Parecem ramos de árvores!

Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar. Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia divisar a luz do dia.

- Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar. 

E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante. 

Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito estranho. 

Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve.

Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas compras de Natal.

Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos.

– Ora bolas! - exclamou o fauno.

[...] 

LEWIS, C.S.Uma estranha descoberta.In: As Crônicas de Nárnia.Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.105-6. Volume único.



“Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar.” A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.

I. A expressão UM MINUTO DEPOIS possui valor temporal.

II. A forma verbal HAVIA é impessoal.

III. DO AR é uma locução adjetiva. 

Está correto apenas o que se afirma em: 

Alternativas
Comentários
  • I. A expressão UM MINUTO DEPOIS possui valor temporal. CORRETA, POIS O "DEPOIS" INDICA RELAÇÃO DE TEMPO

    II. A forma verbal HAVIA é impessoal. CORRETA, VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR É IMPESSOAL (NÃO VARIA)

    III. DO AR é uma locução adjetiva. ERRADA, É LOCUÇÃO ADVÉRBIAL, INDICA A FORMA COMO ELES TOMBAVAM.

  • Alternativa correta: C. 

     

    Complementando o comentário do colega: para facilitar a visualização do item I, substitua "um minuto depois" por "posteriormente" e temos um advérbio de tempo. 

  • GABARITO: C

     

    II - 

    HAVER/EXISTIR -

    Quando na frase tiver o verbo HAVER (no sentido de existir) Ex.: Há discussões mais flexíveis e pluralistas... O sujeito é inexistente (impessoal) e discussões mais flexíveis e pluralistas OD (objetivo direto).

    Quando na frase tiver o verbo EXISTIR Ex.: existem discussões mais flexíveis e pluralistas... o verbo é VI (verbo intransitivo) e discussões mais flexíveis e pluralistas (vai ser o sujeito).

     

    Fonte: explicação de um colega do QC.

     

    BONS ESTUDOS!

  • GABARITO: letra C

     

    Só uma pequena correção do comentário da Rafaela: “do ar” não indica a forma como os flocos tombavam e sim o lugar de onde eles tombavam. O termo, portanto, é um adjunto adverbial de lugar.

  • LOC ADJETIVA FUNCIONA COMO ADJETIVO .

    ADJETIVO FAZ REFERÊNCIA A UM SUBSTANTIVO E NAO A VERBO.

    ADVÉRBIO FAZ REFERÊNCIA --> VERBO/ADJETIVO/ADVÉRBIO.

  • Do ar esta mudando o valor do verbo tombar por isso é adverbio

  • de onde?

    do ar = adj. adv.


ID
2441941
Banca
INAZ do Pará
Órgão
DPE-PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       A crueldade dos jovens

      Conheci uma mulher cujo filho de 14 anos queria um par de tênis de marca. Separada, ganhava pouquíssimo como vendedora. Dia e noite o garoto a atormentava com a exigência. Acrescentou mais horas à sua carga horária para comprar os tênis. Exausta, ela presenteou o filho. Ganhou um beijo e outro pedido: agora ele queria uma camiseta “da hora”. E dali a alguns dias a mãe estava abrindo um crediário! Já conheci um número incrível de adolescentes que estabelecem um verdadeiro cerco em torno dos pais para conquistar algum objeto de consumo. Uma garota quase enlouqueceu a mãe por causa de um celular cor-de-rosa. Um rapaz queria um MP3. Novidades são lançadas a cada dia e os pedidos renascem com a mesma velocidade. Pais e mães com frequência não conseguem resistir. Em parte, por desejarem contemplar o sorriso no rosto dos filhos.

      Uma Senhora sempre diz:

   – Quero que minha menina tenha o que eu não tive. Pode ser. Mas isso não significa satisfazer todas as vontades! Muita gente é praticamente chantageada pelos filhos. A crueldade de um adolescente pode ser tremenda quando se trata de conseguir alguma coisa. Uma vez ouvi uma jovem gritar para o pai:

   – Você é um fracassado!

      Já conheci uma garota cujo pai se endividou porque ela insistiu em ir à Disney. Os juros rolaram e, dois anos depois, ele vendeu a casa para comprar outra menor e quitar o empréstimo. Outro economizou centavos porque a menina quis fazer plástica. Conselhos não adiantaram:

    – Você é muito nova para colocar implante de silicone.

Ficava uma fúria. Queria ser atriz e, segundo afirmava, não teria chance alguma sem a intervenção. (Não conseguiu. Hoje trabalha como vendedora em uma loja.)

      Procedimentos estéticos, como clareamento de dentes, spas e, claro, plásticas, são muito pedidos, ao lado de roupas de grife, excursões, joias, celulares e todo tipo de eletrônico. É óbvio que o jovem tem o direito de pedir. O que me assusta é a absoluta falta de freio, a insistência e a total incompreensão diante das dificuldades financeiras da família. Recentemente, assisti a uma situação muito difícil. Mãe solteira, uma doméstica conseguiu juntar, ao longo dos anos, o suficiente para comprar uma quitinete no centro de São Paulo.

   – Vou sair do aluguel! – Comemorou.

A filha, 16 anos, no 2º grau, recusou-se:

- Quero um quarto só para mim!

Não houve quem a convencesse. A mãe não conseguiu enfrentar a situação. Continuam no aluguel. O valor dos apartamentos subiu e agora o que ela tem não é o suficiente para comprar mais nada. Muitas vezes, os filhos da classe média estudam em colégio particular ao lado de herdeiros de grandes fortunas. Passam a desejar os relógios, as roupas, o modo de vida dos amigos milionários.

- De repente a minha filha quer tudo o que os coleguinhas têm! Até bolsa de grife.

Uma coisa é certa: algumas equiparações são impossíveis. A única solução é a sinceridade. E deixar claro que ninguém é melhor por ter mais grana, o celular de último tipo, o último lançamento no mundo da informática. Pode ser doloroso no início. Também é importante não criar uma pessoa invejosa, que sofre por não ter o que os outros têm. Mas uma família pode se desestabilizar quando os pais se tornam reféns do pequeno tirano. A única saída para certas situações é o afeto. E, quando o adolescente está se transformando em uma fera, talvez seja a hora de mostrar que nenhum objeto de consumo substitui uma conversa olho no olho e um abraço amoroso.

(Walcyr Carrasco. Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/material/a-crueldade-dos-jovens. Acesso em: 08/04/2017.)

Assinale a alternativa cuja estrutura da frase apresente um verbo de ligação:

Alternativas
Comentários
  • Verbo de ligação. Os verbos de ligação ou verbos copulativos não indicam ação, e sim o estado do sujeito. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características. Existem vários tipos de ligação: ser, estar, continuar, parecer, permanecer, tornar-se, virar, andar, ficar, encontrar-se, etc.

    “Você (sujito) é (VL) um fracassado (caracterisitica inerente do sujeito)!”

     

     

  • Minemônico para ajudar a matar questões sobre verbo de ligação: 

    O verbo relacional (ou de ligação) exprime a ideia de estado ou de mudança de estado. São eles: SECAPPFT

    Ser

    Estar

    Continuar

    Andar

    Parecer

    Permanecer

    Ficar

    Tornar-se

  • Você (sujeito da oração)

    é (verbo de ligação)

    um fracassado (predicativo do sujeito)

  • b-

    Os verbos de ligação são auxiliares. Eles sao ser, estar, permanecer, andar, continuar, ficar e se tornar. Basicamente qualquer verbo que auxilia um verbo principal ou liga um sujeito ao seu predicativo

  • b) “Você é um fracassado!”

  • B) verbo de ligação 

     

  • Musiquinha para nunca mais esquecer essa merda, vamos lá pense no ritimo da música FESTA NO APÊ do MITO Latino

    bora lá....

     

    Ser, estar, ficar e permancer, torna-se, continuar, andar e parecer 2x

    Se o verbo for de ligação, predicativo vai ter então, o predicado é nominal e a minha franja sensacional

    Ser, estar, ficar e permancer, torna-se, continuar, andar e parecer 2x

     

    vale tudo nessa luta meus amigos hahahahaha depois que ouvi essa musica já era posso viver 1000 anos que vou lembrar

     

    Bons estudos

  • Gabarito: B

     

    Música para decorar os verbos de ligação: https://www.youtube.com/watch?v=DmLpx22JPkM

  • Legal a musiquinha, ajuda!

    Mas devemos tomar cuidado com a regra:  Para funcionar como Verbo de Ligação (VL), ele deverá ser PONTE entre a qualidade/estado/atributo/carateristicas (predicativo) e o  sujeito. Caso NÃO HAJA predicativo, serão Verbos de Ação (VA).

    Ex: 

    Eles viraram vegetarianos:   verbo conferiu atributos ao sujeito => então,  V.L.

    Eles viraram na esquina:      não há predicativo para o sujeito => então, V.A.

  • Excelente o comentário do colega Afonso!  

  • PEPAFCST- PERMANECER, ESTAR, PARECER, ANDAR, FICAR, CONTINUAR, SER E TORNAR-SE.

    Ligando o sujeito a uma qualidade/estado do sujeito.

  • Parece maldade psicológica.

  • CAFES P2

  • Verbos de ligação não indicam uma ação. Indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito. ...

    Estado permanente: Esta criança é obediente. Estado transitório: Esta criança anda obediente. ...

    Frase com verbo de ligação: Carlos anda triste.

    Análise da frase: Carlos: sujeito.

    https://www.conjugacao.com.br/verbos-de-ligacao/

  • Autor: Arenildo Santos

    Síntese Teórica– Classificação do verbo

     

    O verbo em si pode ser assim classificado:

    1) Regular: é o verbo que segue o paradigma de sua conjugação.  Cantar, vender e partir são, respectivamente, exemplos de verbos regulares das 1ª, 2ª e 3ª conjugações.

    2) Irregular:  muitos verbos apresentam irregularidade já no RD. Em geral, isso se revela já no presente do indicativo.  Veja e compare:

     

    VERBO REGULAR

    Cantar – Infinitivo.  RD: cant-

    eu canto, tu cantas, ele canta,

    nós cantamos, vós cantais, eles cantam.

     

    VERBO IRREGULAR

    Sentir  - Infinitivo.  RD: sent-

    eu  sinto, tu sentes, ele sente,

    nós sentimos, vós sentis, eles sentem.

     

    Observe que, na primeira pessoa do singular, o RD sofreu variação (de sent- para sint-), o que é caracerística do VERBO IRREGULAR.

    RD: sint-    Verbo Irregular

    3. Anômalo: apresenta profundas irregularidades. São classificados como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser e ir.

    4. Defectivo: não apresenta todas as formas. Verbos como falir, colorir, banir, precaver, são defectivos.

    5. Abundante: apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. É o caso, por exemplo, do verbo pagar, que admite dois particípios: pago e pagado.

  • PEPAFiCoST -" PERMANECER, ESTAR, PARECER, ANDAR, FICAR, CONTINUAR, SER E TORNAR-SE."


    Liga o sujeito a uma característica dele próprio.


    Dando um upgrade no comentário da amiga "Alda", assim soa melhor a palavra.

  • Afonso...

    Eles viraram na esquina

    seria no caso um verbo transitivo direto? Alguém saberia me dizer

  • Afonso...

    Eles viraram na esquina

    seria no caso um verbo transitivo direto? Alguém saberia me dizer

  • Percebo que muitas aulas ficam faltando detalhes, informações que são complementadas aqui !! Muito bom isso!

  • SECAPPFT

    Ser

    Estar

    Continuar

    Andar

    Permanecer

    Parecer

    Ficar

    Torna-se

  • caso esteja na dúvida, basta ver se após o emprego do verbo o complemento é uma caracterisca/estado (verbo com função de ligação) ou se é uma ação (verbo significativo).

ID
2445643
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As alternativas contêm uma sequência de períodos de um dos capítulos do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos. Assinale a que apresenta em destaque um verbo irregular.

Alternativas
Comentários
  • Verbo irregular é aquele cujo radical ou terminações se alteram ao longo das conjugações. O verbo ''dar'' é irregular, pois temos, por exemplo, ''deu'', ''deram'', ''destes'', ''deem", ''deis", etc. Como se pode observar, há variação.

     

    Gabarito C

  • To fora, conjugo o verbo Dar não.

  • Isso é questão para o aluno não zerar a prova kkk

  • Eu conheço / Tu conheces

    Eu revelo / Tu revelas

    Eu dou/ Tu dás

    Eu falo / Tu falas

    Mudança do radical no verbo dar

  • eu não dou você das


ID
2445661
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que contém oração sem sujeito.

Alternativas
Comentários
  • Havia cinco anos que D. Felicidade o amava.

  • Sujeito Inexistente

    É a oração sem sujeito. A inexistência deste sujeito ocorre devido a alguns verbos que não admitem um termo conjugando-o, sendo denominados impessoais. São eles: verbo haver, verbo fazer e verbo ser. Verbos que indicam fenômenos da natureza também trazem oração com sujeito inexistente.

  • B- Havia cinco anos que D. Felicidade o amava. (Eça de Queirós)

  • Gabarito: B

    Oração sem sujeito ou sujeito inexistente ocorre nos seguintes casos:

    1) Haver = existir

    2) Fazer| Haver = tempo decorrido

    3) Fenômenos da natureza (em sentido denotativo)

    4) Ser = horas, dias, distância

    5) As expressões: chega de..., basta de..., passa de...

  • A) Ainda-se ; Partícula apassivadora "se" sujeito oculto

    B) O amava; oração sem sujeito

    C) Meu Professor ; sujeito Professor

    D) Tinha-se ; (mesmo caso da letra A)

  • A - Nós temos um PIS (partícula integrante do sujeito), ou seja, sujeito indeterminado. Obs: repare que o verbo é intransitivo, por isso não pode ser Particula apassivadora o "se"

    Gabarito: B - haver no sentido de tempo decorrido, o verbo é impessoal, ou seja, sujeito inexistente.

    C - Sujeito simples. Professor é o núcleo do sujeito

    D) Sujeito oculto. A partícula "se" é piv (partícula integrante do verbo)

  • Guarde essa frase: "O verbo HAVER, com o sentido de EXISTIR, é Impessoal, fica na 3º pessoa do singular e NÃO POSSUI SUJEITO!"


ID
2458432
Banca
IESES
Órgão
GasBrasiliano
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sabendo da existência de verbos irregulares, analise as proposições a seguir. Depois faça o que se pede:

I. Se o governo manter essa postura, a situação melhorará.

II. Ouçamos com atenção para que não nos vejamos em confusão.

III. Quando você pôr os documentos no correio, por favor, advirta-me.

IV. Se eu a ver, aviso-a da alteração no contrato.

Assinale a alternativa que contenha a análise correta sobre as proposições acima:

Alternativas
Comentários
  • I. Se o governo mantiver essa postura, a situação melhorará.

     

    III. Quando você puser os documentos no correio, por favor, advirta-me.

     

    IV. Se eu a vir, aviso-a da alteração no contrato.

     

    Gab. B

  • Pensando!

    I. Se o governo manter essa postura, a situação melhorará. (Mandiver) Futuro dosubjuntivo

    II. Ouçamos com atenção para que não nos vejamos em confusão. (vejamos) Presente do indicativo

    III. Quando você pôr os documentos no correio, por favor, advirta-me. (puser) Futuro do subjuntivo

    IV. Se eu a ver, aviso-a da alteração no contrato. (vir) Futuro do subjuntivo


ID
2467669
Banca
UERR
Órgão
SEJUC - RR
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Após a leitura, marque a alternativa incorreta.

Racismo

“Tenho certeza de que, contra algumas atitudes em relação a racismo contra os negros, bem como em relação à perseguição a homossexuais e outras pessoas, deveriam haver, sim, penas, mas penas diferentes. Por exemplo: fica o racista obrigado a ler mais, a ter aulas de biologia, a aprender geografia, a aprender sobre outros povos e costumes, a aprender sobre religiões (todas). O criminoso só será colocado em liberdade novamente se der palestras públicas e obter oito como média 8. Aí, então, o cidadão, ex-racista, estará apto a voltar à sociedade, pois o racismo, seja de quem for e contra quem for, só tem, a meu ver, um motivo: falta total de informação.”

Roberto Moreira da Silva, Painel do Leitor. Folha de S. Paulo, São Paulo, 7 jul. 2001

Alternativas
Comentários
  • Banca Imunda. 

     

  • Há uma inadequação na utilização do hífen em “ex-racista”, levando-se em consideração a Nova Reforma Ortográfica.


ID
2525626
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TJ-MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II 


Mulheres e poder contra o culto da ignorância machista  


      A representação das mulheres no parlamento brasileiro é uma questão fundamental em nossa cultura política. A desproporção é espantosa tendo cerca de 90% dos cargos ocupados por homens e apenas cerca de 10% por mulheres.

      Muitas pessoas se perguntam por que há tão poucas mulheres ocupando cargos nos espaços de poder em geral. No mundo da iniciativa privada os números não são diferentes. Mulheres trabalham demais, são maioria em algumas profissões, mas ocupam pouquíssimos cargos de poder. Como se fosse um direito natural, o poder é reservado aos homens em todos os níveis enquanto as mulheres sofrem sob estereótipos e idealizações também naturalizados.

      O ato de naturalizar corresponde a um procedimento moral e cognitivo que se torna hábito. Por meio dele, passamos a acreditar que as coisas são como são e não poderiam ser de outro modo. Nem poderiam ser questionadas.

      Mesmo assim, há questões básicas relativas ao que chamamos de sociedade patriarcal às quais ninguém pode se furtar. Nessa mesma sociedade em que o poder concerne aos homens, não podemos dizer que às mulheres foi reservada a violência? Alguém terá coragem de dizer que isso é natural sem ferir princípios morais que sustentam a sociedade como um todo? Sabemos que a violência contra as mulheres é uma constante cultural. Ela é física e simbólica, psíquica e econômica e se aproveita da naturalização da suposta fragilidade das mulheres construída por séculos de discursos e práticas misóginas. Misoginia é o ódio contra as mulheres apenas porque são mulheres. [...]

      Na ausência de questionamento, o machismo aparece como culto da ignorância útil na manutenção da dominação que depende do confinamento das mulheres na esfera da vida doméstica para que se mantenham longe do poder. O machismo se mostra como o que há de mais arcaico em termos de ética e política. O machismo é uma forma de autoritarismo que volta à cena em nossa época. Enquanto isso, a violência doméstica simplesmente cresce e as mulheres continuam afastadas do poder. Mas por quanto tempo?

      Ao longo da história, a consciência da condição das mulheres entre a violência e o poder teve um de seus momentos mais importantes na conquista do voto pelas sufragistas. Hoje, o direito à candidatura e à eleição, o direito a ser votada, nos mostra um outro mundo possível. [...]

Marcia Tiburi, 5 de abril de 2017 Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/home/mulheres-e-poder-contra-o-culto-da-ignorancia-machista>  (adaptado) 

No segmento destacado, o verbo haver é um exemplo de emprego de verbo impessoal: “Muitas pessoas se perguntam por que há tão poucas mulheres ocupando cargos nos espaços de poder em geral. ” (2º§). Dentre as alternativas a seguir, identifique a frase em que o mesmo NÃO acontece:

Alternativas
Comentários
  • Resposta oficial é letra B.... Mas eu não entendi o motivo de ser a letra B pois "Houve" neste casso se referre a Existiram...

  • RICARDO , EU NÃO ENTENDI NADA , MARQUEI A LETRA C .

  • O verbo HAVER fica com o sentido impessoal quando tem valor de TEMPO TRANSCORRIDO(letra c) ou de algo que EXISTE/OCORREU(letras d e a), então por eliminação, chega-se a alternativa B.

  • Sabemos que o verbo haver é impessoal e não se flexiona quando:

    Tem sentido de existir/ocorrer

    Ex: Houve/Ocorreram alguns imprevistos

    Tem sentido de tempo decorrido

    Ex: Há 2 anos não fumo.

     

    a) …houve/ocorreram duas guerras… O verbo não se flexiona. Correto.

    b) …(Ele) houve de tudo e hoje nada possui. O verbo haver é pessoal, pois tem sentido de “ter, possuir”.

    c) Deixou de fumar há anos… Sentido de tempo decorrido, sem flexão. Correto.

    d) …há alguém à porta… Sentido de “existir”, sem flexão. Correto.

    Gabarito letra B.

     

    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/prova-comentada-tj-mg-consulplan-portugues/

  • Um erro muito comum, observado principalmente na comunicação oral, é a flexão do verbo “haver”. Esse verbo, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural. É provável que a origem do erro seja a associação da conjugação do verbo “haver” com os verbos “existir” e “ocorrer”. Estes têm sujeito e, portanto, flexionam-se de acordo com o número e a pessoa.

    Exs.:

    Ocorrerão mudanças.

    Existirão mudanças.

    Com o verbo “haver”, a regra é diferente – permanece no singular:

    Ex.:

    Haverá mudanças.

    Como sinônimo dos verbos “ocorrer” e “existir”, portanto, o verbo “haver” permanece invariável.

     

     

    Não se pode, no entanto, afirmar que o verbo “haver” nunca vai para o plural. Ele pode, por exemplo, desempenhar a função de verbo auxiliar (que indica pessoa, tempo e modo verbal; sinônimo de “ter” nos tempos compostos). Nesse caso, o verbo é conjugado no plural.

    Exs.:

    Eles haviam chegado cedo.

    Eles tinham chegado cedo.

    Além disso, como verbo pessoal (com sujeito), pode assumir o sentido de “obter”, “considerar”, “lidar”, ainda que esses usos sejam menos recorrentes:

    Houveram (= “obter”)  do juiz a comutação da pena (sujeito: “comutação da pena”).

    Nós havemos (= “considerar”) por honesto. (sujeito: “nós”)

    Os alunos houveram-se (= “lidar”) muito bem nos exames. (sujeito: “os alunos”)

    O verbo “haver”, portanto, precisa ser usado com atenção (especialmente, quando ele é impessoal), para evitar erros gramaticais

    voltar

     

    Fonte: http://escreverbem.com.br/como-flexionar-o-verbo-haver-2/

  • Fato que essa questão não tem Gabarito . É só olhar o sentido da alernativa B e verás que ele tbm é impessoal , MAS DUVIDO QUE A CONSULPLAN vai anular 

  •   houve de tudo e hoje nada possui.  

     

    Acho q a frase ficaria sem sentido se fosse:Existiu de tudo e nada possui.Agora:Tinha/Teve de tudo e nada possui teria mais sentido

  • Depois de começar a fazer questões da Consulplan, nunca mais xingo a CESPE e a FCC!

  • A dificuldade está em perceber a presença do sujeito oculto em

    "Tal arrogância advém do fato de que,  no passado, [ele] houve [teve] de tudo e hoje [ele] nada possui."

     

  • "..Ele teve de tudo..."

  • Os principais verbos impessoais são: a) verbos que indicam fenômenos da natureza; b) verbo "fazer", quando indicar tempo decorrido; c) verbo "haver", APENAS no sentido de existir. Na construção trazida pelo enunciado da questão, o verbo "haver" não tem sentido de existir, outrossim, sentido de "ter", de modo a indicar posse/domínio a partir do sujeito oculto "ele", senão vejamos: "Tal arrogância advém do fato de que no passado [ele] houve [teve] de tudo e hoje nada possui".  

    ==> Sujeito oculto;

    ==> Sentido do verbo "haver".    

     

  • quem foi aluno da Flávia Rita não caiu nessa questão.... mesmo os piratas devem ter visto isso nas aulas de verbo.

  • Indiquei essa questão para comentário.

     

  • Acertei a questão e pensei da seguinte forma:

    O verbo "haver" tem sentido de posse na letra B.

     

     

  • Basta lermos o comentário da Mariana Lira. Esclareceu-me!!

  • Gabarito: Letra B

     

    Situações onde o verbo haver é impessoal:

     

    * Existência

    * Ocorrência

    * Decurso de tempo

  • Gab. B

     

    Um erro muito comum, observado principalmente na comunicação oral, é a flexão do verbo “haver”. Esse verbo, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural. É provável que a origem do erro seja a associação da conjugação do verbo “haver” com os verbos “existir” e “ocorrer”. Estes têm sujeito e, portanto, flexionam-se de acordo com o número e a pessoa.

    Exs.:

    Ocorrerão mudanças.

    Existirão mudanças.

    Com o verbo “haver”, a regra é diferente – permanece no singular:

    Ex.:

    Haverá mudanças.

    Como sinônimo dos verbos “ocorrer” e “existir”, portanto, o verbo “haver” permanece invariável.

     

    Fonte: http://escreverbem.com.br/como-flexionar-o-verbo-haver-2/

  • essa questao é estranha, ela dá a entender q é pra marcar a frase que o verbo HÁ tem sentido de fazer, e não de existir...

    vi nas estatisticas e muita gente errou tbm...

  • Haver Impessoal:

    Quando indicar:

    *Existência

    *Decurso Temporal

    *Ocorrência

     

  • Questão tinha que ser ANULADA!!

  • FATO PASSADO É IMPESSOAL TAMBÉM na minha opinião essa questão deveria ter sido anulada.

  •  identifique a frase em que o mesmo NÃO acontece

    a alternativa C não acontece, assim como a B.

    questão da desgraça.

  • Gabarito(B)

    a) De acordo com a História, houve duas guerras mundiais. (Existir/Ocorrer/Tempo)

    b) Tal arrogância advém do fato de que no passado houve de tudo e hoje nada possui.(TER/FAZER)

    c) O seu testemunho é de que deixou de fumar há anos, por isso pode incentivar outros ao mesmo. (Existir/Ocorrer/Tempo)

    d) Tenho certeza de que há alguém à porta, disse a jovem extremamente atordoada com a situação. (Existir/Ocorrer/Tempo)

  • Tal arrogância advém do fato de que no passado houve de tudo e hoje nada possui.

    Tal arrogância advém do fato de que no passado teve de tudo e hoje nada possui.

    Talvez ajude.

    Haver Impessoal: é o que a questão pede.

    Quando indicar:

    *Existência

    *Decurso Temporal

    *Ocorrência

  • Sempre digo que devemos ler a questão por completo rs!

    Está uma prova! A questão é simples, e tornou-se super complicada.

    Para responder bastava saber que o verbo haver é impessoal quando indicar: existência; tempo decorrido e decurso de tempo.

    Percebam que na alternativa "b" o verbos está indicando "ter", mas para perceber isso teria que ler a frase por completo... No meu caso eu apenas substitui sem ler a frase completa, resultado, errei rs!

    === > b) Tal arrogância advém do fato de que no passado houve de tudo e hoje nada possui.(TER/FAZER)


ID
2589067
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Marília - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            A língua maltratada


      É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que as pessoas acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente, numa roda de amigos, acaba ouvindo:

      – Hoje você está gastando, hein?

      Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos programas humorísticos.

      Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme, ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí profissionais de nível universitário.

      Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca o H. Mesmo em jornais, costumo ler: “Não se sabe a quanto tempo…”.

      Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge a legenda: “Vou previni-lo”. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também não falta uma preciosidade. Diz-se que um personagem é “mal”. O certo é “mau”.

      Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o responsável pelas frases tortas é bem capaz de dizer:

       – Deu para entender, não deu?

      Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.

      Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar uma linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que interpretam. Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua.

      Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa parte acha normal atropelar o português.

Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa mentalidade vai mudar?

                                     (Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)

*coloquial: informal 

No quinto parágrafo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase citada pelo autor deveria ser: “Não se sabe há quanto tempo…”.


Tendo isso em vista, assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado com o mesmo sentido dessa frase.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B. O verbo haver foi empregado no sentido de tempo decorrido.
  •  DICA

    Troca o " HÁ' pelo FAZ.

    SE NÃO MUDAR O SENTIDO ESTÁ ESCRITO DE FORMA CORRETA .

    EXEMPLOS:

    ►Eles vêm se preparando há meses para a viagem. 

    Eles vêm se preparabdo FAZ  meses.... ( UHU)

    ►Há cinco pessoas à espera de atendimento médico.

    FAZ cinco pessoas à espera de atendimento médico. ( sem sentido)

  • Parabéns pela Dica Raiane Bernardo!

  •  a)Não existem argumentos plausíveis em seu depoimento.

     b)Eles vêm se preparando meses para a viagem. (somente nessa o verbo haver estar sendo utilizado como tempo decorrido)

     c)Existem cinco pessoas à espera de atendimento médico.

     d)Para a festa, tem que decorar adequadamente o clube.

     e)Este contratempo não tem de comprometer os resultados.

  • Há com sentido de tempo decorrido!

    GABARITO -> [B]

  • vacilei o enunciado quis dizer qual enunciado esta igual em se tratanto do verbo HAVER temporal assim como a frase...

  • temporal

  • Haver no sentido de tempo...

    HÁ ANOS, HÁ MESES, HÁ DIAS, HÁ HORAS...

     

    ALTERNATIVA B

  • A diferença entre HÁ com agá e A sem agá.

     

    A dica mais importante para entender a diferença entre eles é lembrar que HÁ com agá é verbo (forma do verbo HAVER) e por isso pode ser substituído por outro verbo.

    Assim, devemos escrever com agá: “ dúvidas na prova”. Nesse caso, podemos substituir o HÁ pelo verbo existir: “Existem dúvidas na prova”.

    Na frase “ muito tempo não o vejo”, também é com agá, pois podemos dizer: “Faz tempo que não o vejo”.

     

     

    Já na frase “Estamos a dois minutos de casa”, o A deve ser escrito sem agá, pois não pode ser substituído por um verbo. Não tem sentido dizer: "Estamos faz dois minutos de casa" ou "Estamos existem dois minutos de casa".

    Trata-se da preposição “A”. Podemos usar quando nos referimos à distância ou a tempo futuro:

    - Estamos a vinte quilômetros do aeroporto.

    - Ele chegará ao trabalho daqui a dez minutos.

     

    http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/quando-usar-ha-ou.html

  • Eles vêm se preparando faz meses para a viagem.

    "Não se sabe quanto tempo faz..."

     

  • Quando usar "Há" ou "a" ( com ou sem H) quando se referir a tempo:

     

    Quando se referir:

    1. A tempo passado: Há (com H)

    2. A tempo futuro: a (sem H)

     

    Exemplos:

    Vamos correr daqui a uma hora (Futuro)

    Vamos lembrar daquilo que aconteceu um ano atrás (Passado)

     


  • há quanto tempo..... HÁ no sentido de tempo quer dizer tempo decorrido. - NUNCA FLEXIONA

  • O verbo é impessoal,não se flexiona como os demais.é expresso na terceira pessoa.

  • Troque o "há" por "por"

    “Não se sabe POR quanto tempo…”.

    Eles vêm se preparando POR meses para a viagem.

    Português também é 'macete'

    #VemTJSP

  • Haver trazendo sentido de tempo, resolvi assim.

    Única que temos esse sentido é a B

    GAB B

    APMBB


ID
2706178
Banca
UERR
Órgão
SETRABES
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar.

Danos ao cérebro seriam similares aos de drogas como a cocaína.

por Sérgio Matsuura
09/06/2013 22:00

RIO — A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
— A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas — explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
— Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
— Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso — conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. — É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
— Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência — afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
— O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer — diz.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cuid ado-uso-excessivo-de-internet-celular-pode-viciar8636717

Assinale o item em que as classificações sintáticas dos verbos sublinhados nas frases I e II têm correspondência.

Alternativas
Comentários
  • Errei essa questão, mas fui buscar respostas.

    A questão pede classificação sintática dos verbos, portanto se são Regulares, Irregulares, Pronominais, Defectivos, Abundante ou Unipessoal. E em qual alternativa os verbos tem a mesma classificação.

    Notem abaixo a classificação dos verbos utilizados nessa questão:


    SER:

    Tipo de verbo: irregular, anômalo, de ligação, auxiliar

    Transitividade: transitivo indireto e intransitivo 


    DIZER:

    Tipo de verbo: irregular

    Transitividade: transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo e pronominal


    AFIRMAR:

    Tipo de verbo: regular

    Transitividade: transitivo e pronominal


    DESCREVER:

    Tipo de verbo: regular

    Transitividade: transitivo e pronominal


    IR

    Tipo de verbo: irregular; anômalo; de ligação; auxiliar

    Transitividade: transitivo indireto, intransitivo e pronominal 


    SABER

    Tipo de verbo: irregular

    Transitividade: transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo


    PEDIR

    Tipo de verbo: irregular

    Transitividade: transitivo e intransitivo


    ESTAR

    Tipo de verbo: irregular, de ligação, auxiliar

    Transitividade: transitivo indireto


    VER

    Tipo de verbo: irregular

    Transitividade: transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo e pronominal


    A unica alternativa que consta os verbos com a mesma classificação é a B.


  • A) (Frase I) [...] as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são (VERBO DE LIGAÇÃO) similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína./ (Frase II) O problema, dizem (VERBO TRANSITIVO DIRETO) os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal.


    B) (Frase I) [...] o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma (VERBO TRANSITIVO DIRETO) a psicóloga Anna Lucia Spear King[...]/ (Frase II) A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever (VERBO TRANSITIVO DIRETO) o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).


    C) (Frase I) Quando vou (VERBO TRANSITIVO INDIRETO) a um restaurante[...]/ (Frase II) Sei ((VERBO TRANSITIVO DIRETO) que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso[...].


    D) (Frase I) Pior, no shopping a criança pedia (VERBO TRANSITIVO DIRETO) colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado./ (Frase II) Segundo o psicólogo, a tecnologia está (VERBO DE LIGAÇÃO)se tornando uma espécie de babá eletrônica[...]


    E) (Frase I) É comum ver, (VERBO TRANSITIVO INDIRETO) em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas./ (Frase II) [...] os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam (VERBO DE LIGAÇÃO) essenciais para determinadas atividades. 


    GABARITO: B

  • É IMPORTANTE SABER A REGRA QUE A MONIQUE PIRES APRESENTOU? É!

    MAS, EU RESPONDI SÓ SUBSTITUINDO AS PALAVRAS DESCREVER E AFIRMAR UMA PELA OUTRA.


ID
2828299
Banca
IBFC
Órgão
Câmara Municipal de Araraquara - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I


O açúcar


O branco açúcar que adoçará meu café

nesta manhã de Ipanema

não foi produzido por mim

nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.


Vejo-o puro

e afável ao paladar

como beijo de moça, água

na pele, flor

que se dissolve na boca. Mas este açúcar

não foi feito por mim.


Este açúcar veio

da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,

dono da mercearia.

Este açúcar veio

De uma usina de açúcar em Pernambuco

ou no Estado do Rio

e tampouco o fez o dono da usina.


Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos

que não nascem por acaso

no regaço do vale.


Em lugares distantes, onde não há hospital

nem escola,

homens que não sabem ler e morrem de fome

aos 27 anos

plantaram e colheram a cana

que viraria açúcar.


Em usinas escuras,

homens de vida amarga

e dura

produziram este açúcar

branco e puro

com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1950-1980). São Paulo: Círculo do Livro, 1983, p.227-228.

Considere o emprego dos particípios nos fragmentos abaixo:


I. “não foi produzido por mim” (v.3)

II. “não foi feito por mim” (v.10)


O primeiro apresenta a forma regular e o segundo, a irregular. Assinale a opção em que se indica um par de verbos que, de acordo com a norma culta, têm apenas particípios irregulares.

Alternativas
Comentários
  • questão anulada pois tem 2 alternativas corretas;

    Letra A e B

    ambas só tem opção de particípios irregulares: dito, aberto

     

    Particípios regulares - terminação ADO- IDO (Comprado, imprimido...)

    Particípios irregulares - pago, escrito

     

    * Alguns particípios são abundantes e admitem as duas formas:   Ex: pagado e pago;

     


ID
2918980
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Inhumas - GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Óbito do autor
 
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adoptar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escripto ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia -- peneirava -- uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéa no discurso que proferiu à beira de minha cova: -- «Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.

Assis, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Abril Cultural, 1978. p. 15.

Assinale a alternativa em que os verbos erigir – reaver – ir – ser – cerzir – cantar, respectivamente, estão corretamente classificados quanto a flexão que apresentam quando são conjugados.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Verbos abundantes são verbos que apresentam particípio duplo, ou seja, duas formas equivalentes no particípio, uma regular e uma irregular.

    Verbos defectivos são aqueles que possuem conjugação incompleta, ou seja, não se conjugam em todos os modos, tempos e pessoas --- Reaver --- Presente do indicativo ---- não há conjugação em algumas "pessoas", logo não há, também, no imperativo.

    Os verbos anômalos são aqueles que, em sua conjugação, apresentam no radical alterações mais profundas do que os verbos irregulares ---- IR e SER ---- Eu vou, veja, o radical muda completamente. Quando eles forem felizes, veja, verbo "ser" mudou completamente.

    Verbos regulares são aqueles que quando são conjugados não sofrem alteração no radical. Cantar, não sofre alteração.

    Força, guerreiros(as)!!

  • erigir - verbo abundante --> São os que têm mais de uma forma no particípio: o REGULAR (com desinências -ADO e -IDO) e o IRREGULAR.

    Erigido (particípio regular)

    Ereto (particípio irregular)

    reaver - verbo defectivo --> são verbos que não apresentam conjugações completas, ou seja, que não possuem todas as formas verbais, não sendo conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos.

    O verbo reaver no presente do indicativo é conjugado apenas no nós e no vós. No imperativo afirmativo é conjugado apenas no vós. Não é conjugado nem no presente do subjuntivo nem no imperativo negativo.

    ir - verbo anômalo

    ser - verbo anômalo

    Verbos anômalos são aqueles que, em sua conjugação, apresentam no radical alterações mais profundas do que os verbos irregulares.

    IR: vou, fui, irei

    SER: seja, era.

    cerzir - verbo irregular --> são aqueles que sofrem alterações no radical e/ou nas terminações, afastando-se do paradigma. 

    Cerzir: cirzo, cerzi, cerzia.

    cantar - verbo regular --> são verbos que não apresentam alterações no radical em sua conjugação.

    Cantar: canto, cantei, cantava

    Fonte:

    https://www.estudofacil.com.br/verbos-anomalos-quais-sao-e-tabela-de-conjugacao/

    http://www.portuguesconcurso.com/2009/08/verbos-abundantes-concurso.html

    https://www.infoescola.com/portugues/verbos-regulares-e-irregulares/


ID
2938939
Banca
UNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale qual das alternativas abaixo está correta:

Alternativas
Comentários
  • a) Faz cinco anos que ela partiu.

    b) Sempre haverá descontentes.

    c) Neta obra, precisa-se de operários.

    d) gabarito.

    c) Sessenta por cento dos espectadores vaiaram o espetáculo.

  • Resposta: alternativa d

     

    Explicando:

    Alternativa a) Faz, quando indica tempo, transcorrido ou a transcorrer, é impessoal, não tem sujeito e fica na 3° do singular. Fazem -> Faz

    Alternativa b) O verbo haver, quando puder ser substituído por existir, não tem sujeito e fica na 3° do singular. Haverão -> haverá

    Alternativa c) Precisar é verbo transitivo indireto, logo o "se" é índice de indeterminação do sujeito, logo o verbo fica na terceira do singular.

    precisam -> precisa

    Alternativa d) Resposta. Ver explicação abaixo.

    Alternativa e) Em expressões que indicam porcentagem + palavra no plural, o verbo fica no plural. vaiou -> vaiaram

  • "Dois terços dos alunos compareceram à aula."

    1: quando o núcleo do sujeito por formado por uma fração, o verbo deve concordar com o numerador;

    2: é aceitável a concordância atrativa com o termo especificador;

    Em ambos os casos, o verbo deverá ser flexionado no plural;

     

    a) "Faz cinco anos que ela partiu."

    o verbo "fazer" com sentido de "tempo transcorrido" é impessoal e, assim, fica na 3ª pessoa do singular;

     

    b) "Sempre haverá descontentes."

    o verbo "haver" com sentido de "existir" é impessoal e, assim, fica na 3ª pessoa do singular;

     

    c) "Nesta obra, precisa-se de operários."

    o "se" é PIS "indeterminação do sujeito", pois precisar é VTI. Logo, fica na 3ª pessoa do singular);

     

    e) "Sessenta por cento dos espectadores vaiaram o espetáculo."

    1: Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo concorda com o substantivo;

    2: Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo concorda com o número;

    Em ambos os casos, o verbo deverá ser flexionado no plural;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: D

  • Letra A: Verbo FAZER quando impessoal no sentido de de tempo decorrido ou fenômeno natural, DEVE permanecer na 3ª pessoa do singular.

    Letra B: Verbo HAVER, quando impessoal no sentido de existir, ocorrer ou tempo decorrido, DEVE permanecer na 3ª pessoa do singular.

    Letra C: O "se", nesse caso, é ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO, pois está ligado a um VERBO TRANSITIVO INDIRETO e esse deve permanecer no singular.

    Letra D (GABARITO): Sujeito indicando porcentagem ou fração, o verbo deve concordar com o numeral ou a especificação (ALUNOS), nesse caso, indo para o plural.

    Letra E: Mesma explicação da letra D.

    Espero ter ajudado.

    Sigamos firme na luta!

  • Haverá no sentido de existir não se flexiona!!

  • GABARITO D

    Concordância com porcentagem:

    Inferior a 2% = SINGULAR (1,1% / 1,3% / 1,5% / 1,6% ...)

    Superior a 2% = PLURAL

    bons estudos

  • a) Faz cinco anos que ela partiu.

    b) Sempre haverá descontentes.

    c) Neta obra, precisa-se de operários.

    d) gabarito.

    c) Sessenta por cento dos espectadores vaiaram o espetáculo.

    GABARITO: D.

  • Precisa-se de operários nesta obra.

  • GAB DDDDDDDD

    A) Fazem / Faz cinco anos que ela partiu.

    B) Sempre haverão / haverá descontentes.

    C) Nesta obra, precisam-se / precisa-se de operários.

    D) Dois terços dos alunos compareceram à aula.

    E) Sessenta por cento dos espectadores vaiou / vaiaram o espetáculo.

  • Precisam-se de operários? Não, a partícula -SE é um IIS (Indice indeterminante de sujeito), logo o verbo fica no singular.

    Precisa-se de operários.

    Se houvesse sujeito, aceitaria a transposição para a voz passiva, mas nesse caso não tem como, olhe como ficaria sem sentido: De operários são precisados...

  • fiquei em dúvida entre a D e a E, percebam que na E 60 % está no plural, pois a percentagem acima de 2% é considerada plural. Como Telespectadores está no plural, o termo vaiou está errado. É vaiaram.

  • (A) Fazem cinco anos que ela partiu, (Verbo fazer indicando impessoalidade, no sentido de tempo decorrido ou fenômeno natural, permanecer na 3ª pessoa do singular).

    (B) Sempre haverão descontentes. (haver no sentido de existir não se flexona).

    (C) Nesta obra, precisam-se de operários. (índice de indeterminação do sujeito).

    (D) Dois terços dos alunos compareceram à aula.

    (E) Sessenta por cento dos espectadores vaiou(Plural) o espetáculo.

  • Justificativas:

    A) Incorreta. Fazer no sentido de tempo transcorrido é impessoal

    B) Incorreta. Haver no sentido de existir é impessoal

    C) Incorreta. Esse é um caso de índice de indeterminação do sujeito, com a construção de VTI+SE (quem precisa, precisa DE alguma coisa). Outras construções são com o uso de verbos de ligação ou verbo intransitivo +SE

    D) Correta.

    E). Incorreta. Na concordância com numerais determinados, pode haver concordância ou com o numeral ou com o determinante. Como tanto o numeral quanto o determinante estão no plural, o verbo também deveria estar no plural.

  • De novo eu esqueço de marcar a incorreta!!! AAAAAA


ID
2943574
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Sertãozinho - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas capacidades digitais

  Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de trabalho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mondays. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e 87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.
  Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. Esse cenário descrito pela pesquisa é um retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas não viram isso acontecer”, diz Leandro Herrera, fundador da Tera.
(Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018. https://epocanegocios.globo.com. Adaptado)

A frase em que a forma verbal está empregada com sentido idêntico ao do verbo haver em – A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. (2º parágrafo) – é:

Alternativas
Comentários
  • A lista traz funções não exigidas nas empresas cinco anos.   Tempo decorrido

     

    b)  cerca de um mês, o documento foi encaminhado ao departamento responsável. Tempo decorrido

     

  • Há: Passado

  • Gabarito B

    É um substantivo deverbal

    1. Ação de haver, de ter existência real ou imaginária:

    há muitas cadeiras na sala;

    há sentimentos em seu olhar?

    2. Ação de decorrer, de passar no tempo:

    Estou há 35 dias sem treinar.

    3. Ato de acontecer, de ocorrer; acontece:

    há protestos nas ruas.

    4. Ação de estar num determinado lugar: há alguém em casa?

    A questões pede onde sobre o caso de tempo decorrido

    A) Há (EXISTE) de tudo um pouco naquela feira de tecnologia que visitamos com o pessoal da empresa.

    B) Há (TEMPO DECORRIDO) cerca de um mês, o documento foi encaminhado ao departamento responsável.

    C) Há (ACONTECER) que se realizar uma série de ajustes para que as reformas sejam implementadas.

    D) Há (EXISTE) 50% dos trabalhadores que já fizeram cursos para ampliar suas capacidades digitais.

    E)Há (EXISTE) um prazo de dois meses para a construtora terminar a obra sem que seja multada.

  • Gab - B

    Apenas troquei o verbo haver pelo verbo fazer.

    O item B é o único que comporta esse troca, todas as demais alternativas o verbo haver está no sentido de existir.

  • Há com sentido de tempo transcorrido.

  • O Há, na questão, tem sentido de tempo.

  • Vc sai de algumas questões da FCC e cai direto nas da Vunesp, chego até chorar de emoção! kk=;/

  • BIzu:

    Há = Faz

    Há (faz) cinco anos...

    --> Gab. (B) Há (faz) cerca de um mês...

    Dias melhores virão.

  • no sentido de tempo logo só procurar uma alternativa que esteja relacionada a tempo

  •  Mar calmo nunca fez bom marinheiro, B

  • Jonas Santos, perfeito a sua percepção, mas não bastaria para responder essa questão, pois a letra E também dá ideia de tempo.

     

  • Troque o verbos iniciais pelo verbo FAZ. Quem dê ideia de tempo decorrido, será a alternativa correta.

     a)

    FAZ de tudo um pouco naquela feira de tecnologia que visitamos com o pessoal da empresa.

     b)

    FAZ cerca de um mês, o documento foi encaminhado (tempo passado) ao departamento responsável. (TEMPO DECORRIDO)

     c)

    FAZ que se realizar uma série de ajustes para que as reformas sejam implementadas.

     d)

    FAZ 50% dos trabalhadores que já fizeram cursos para ampliar suas capacidades digitais. 

     e)

    FAZ um prazo de dois meses para a construtora terminar a obra sem que seja multada.

     

  • GALERA, BIZÚ!

    A letra E também dá uma idéia de tempo.

    Porém, não basta.

    O sentido tem que ser idéia de tempo decorrido.

  • A frase "A lista traz funções não exigidas nas empresas cinco anos" dá ideia de tempo transcorrido. Basta procurar entre as alternativas aquela que tem o verbo "haver" com a mesma semântica.

    Espero ter ajudado XD


ID
2948926
Banca
FGR
Órgão
Câmara de Carmo de Minas - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Selfie vira senha para cartão de crédito com o uso de biometria


Com o aumento do risco de roubo de dados, surgem também novas formas de proteção, que vão além das senhas e de outros métodos tradicionais de autenticação. Desponta entre elas a identificação biométrica, que utiliza as características físicas de cada pessoa.

A impressão digital é a mais conhecida mas está longe de ser a única. Atualmente, computadores já conseguem reconhecer a face, a íris, as veias dos olhos, o formato das orelhas, a geometria das mãos e a voz.

"Há movimentação intensa de empresas privadas na direção do uso de biometrias para dar segurança aos seus processos de negócios, notadamente nas áreas bancária, de saúde privada e de varejo", diz Célio Ribeiro, presidente-executivo da Abrid (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital).

Nos EUA, a MasterCard iniciou um programa de testes com o qual uma selfie é usada para efetuar pagamentos. Na hora de pagar, o cliente não terá de digitar senhas; bastará tirar uma foto da própria face com o celular e um app da operadora fará o trabalho de identificação.
 
No Brasil, já há 90 mil caixas eletrônicos equipados com os sensores, de acordo com a HDI Biometrics, empresa especializada em produtos biométricos. E outros 70 mil ainda passarão pela transformação.
 
No varejo, as soluções poderiam ser usadas na hora de abertura de crediários, alvo comum de fraudes por meio de documentos falsos. A Certibio, por exemplo, pretende oferecer um sistema que utiliza o banco de dados de órgãos oficiais de identificação para a validação da identidade.
 
Apesar da expansão do uso da tecnologia, a autenticação biométrica ainda gera desconfiança nos usuários domésticos, que têm dúvidas sobre a segurança dos dados.
 
Disponível em: <http://temas.folha.uol.com.br/futuro-digital/seguranca-e-o-mundo-digital/selfie-vira-senhapara-cartao-de-credito-com-uso-de-biometria.shtml> Acesso em: 12/11/2015

Leia:

(...) movimentação intensa de empresas privadas na direção do uso de biometrias (...)

A palavra sublinhada na sentença é um verbo:

Alternativas
Comentários
  • verbo haver, quando utilizado como sinônimo de existir, é um verbo impessoal, devendo ser conjugado apenas na 3.ª pessoa do singular: há, houve, havia, haverá, haveria,...

  • Gabarito: Letra D

     movimentação intensa de empresas privadas na direção do uso de biometrias

    Há ---- verbo haver com o sentido de existir, no caso da questão, é um verbo impessoal e não é flexionado, mesmo que outros elementos sejam flexionados. --- Há movimentações (objeto direto).

    Força, guerreiros (as)!!

  • Verbo haver no sentido de existir é impessoal.

  • O Verbo Haver (no sentido de existir, de acontecer ou ocorrer, bem como nas indicações de tempoé impessoal. Assim, como não tem sujeito, é conjugado apenas na 3.ª pessoa do singular.

  • VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR É UM VERBO IMPESSOAL.

    Enfrentando Língua Portuguesa e vem ficando mais fácil, PERSISTIR.

    Bons estudos!

  • QUANDO O VERBO É IMPESSOAL?

    Quando o sujeito é inexistente.


ID
2949127
Banca
FGR
Órgão
Prefeitura de Conceição do Mato Dentro - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            Estatuto da Criança e do Adolescente não é cumprido, avaliam especialistas

Em evento da série Diálogos Capitais, o defensor público Giancarlo Vay e o promotor Tiago de Toledo Rodrigues criticam a redução da maioridade penal


  Alvo de críticas por parte dos setores que defendem a redução da maioridade penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não foi mal elaborado, mas é executado de forma defeituosa. O diagnóstico é do defensor público Giancarlo Vay e do promotor Tiago de Toledo Rodrigues, promotor da Vara de Infância e Juventude. (...)

  Para Tiago Rodrigues, o ECA é um projeto feito por pessoas de extrema competência, pesquisado por juristas do mundo inteiro, mas aplicado de maneira parcial e equivocada pelo poder público. “Como posso dizer que o projeto é ruim se ele não foi cumprido?", questionou o promotor. "Quem pode concluir pela falência de uma lei que não foi respeitada? Isso seria no mínimo um preconceito legislativo", disse.

   Em fevereiro, Rodrigues assinou com outros colegas o texto "A falência da Fundação Casa", no qual fez inúmeras críticas à instituição responsável pelos menores infratores de São Paulo, onde há elevados índices de reincidência, superlotação de unidades, frequentes rebeliões, notícias regulares de torturas, e insalubridade das condições de moradia, entre outros problemas.

  Vay também destacou a existência de uma série de violações dentro do processo de socialização do adolescente e lembrou que apenas este é responsabilizado. Com os governantes, que deveriam garantir condições para o desenvolvimento dos adolescentes, nada ocorre. “Infelizmente, [o sistema socioeducativo] serve para docilizar os corpos revoltados que não se adequam às normas sociais impostas", afirmou.

  Para Vay, a Proposta de Emenda à Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crimes hediondos e foi aprovada em primeiro turno pela Câmara "está sendo vendida como uma panaceia para todos os problemas”. Rodrigues lembrou que há um sentimento de insegurança na sociedade e Vay atribuiu parte desse fenômeno a determinados veículos de imprensa.

  Segundo o defensor público, há uma “mídia marrom” que veicula cada dia mais reportagens sobre a violência, passando uma impressão de que a criminalidade é ainda maior.

  Um argumento muito utilizado pelos setores favoráveis à redução da maioridade penal é de que um jovem de 16 anos possui plena responsabilidade e consciência ao pegar uma arma e praticar um crime. Segundo Tiago Rodrigues, esse questionamento é simplista e trata de forma equivocada sobre o conceito de imputabilidade penal.

  “Imputabilidade penal é a capacidade de entender a si mesmo, o mundo que o cerca e ter maturidade para se comportar de acordo com esse entendimento, para refrear seus instintos", diz. "Reduzir a maioridade penal não pode ser admitido, porque entre os 16 e 18 anos não há suficiente maturidade para que o sujeito tenha uma responsabilização na condição de adulto", afirmou."E ele vai sofrer uma sanção, que pode ser, inclusive, de internação."

  Vay destacou o fato de que não há relação alguma entre o conceito de imputabilidade penal e a questão da consciência anteriormente indagada. “A proposta da Câmara que propõe reduzir a imputabilidade para somente alguns crimes é meio que esquisita, porque você tem a consciência de compreender a licitude de alguns atos, mas não teria a consciência para compreender de outros atos", diz. "É exatamente por essa razão que eu friso que a questão da imputabilidade penal nada tem a ver com a questão da consciência.”

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br/dialogos-capitais/em-sao-paulo-carta-capital-debate-a-reducao-da-maioridadepenal-1006.html> Acesso em: 18/11/2015 Acesso em: 18/11/2015

Leia:

“(...) o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não foi mal elaborado, mas é executado de forma defeituosa. (...)”

Sobre os vocábulos sublinhados pode-se afirmar que são:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não foi (3ª pessoa do singular ---pretérito perfeito do indicativo) mal elaborado, mas é (3ª pessoa do singular --- presente do indicativo) executado de forma defeituosa. 

    Força, guerreiros(as)!!

  • Conjugação do verbo SER

    Pretérito Perfeito do Indicativo

    eu fui

    tu foste

    ele foi (3ª pessoa do singular)

    nós fomos

    vós fostes

    eles foram

    Presente do Indicativo

    eu sou

    tu és

    ele é (3ª pessoa do singular)

    nós somos

    vós sois

    eles são

    Resposta: Letra C

  • SER E IR SÃO VERBOS CLÁSSICOS ANÔMALOS.

  • Os verbos SER e IR são idênticos nos tempos:

    .: Pretérito perfeito do indicativo;

    .: Pretérito mais que perfeito do indicativo;

    .: Pretérito imperfeito do subjuntivo;

    .: Futuro do subjuntivo.

    .: A diferenciação se dará pelo contexto.

    Ex:.

    O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não foi mal elaborado (...) Pretérito perfeito do indicativo. (SER)

    O adolescente foi à aula. Pretérito perfeito do indicativo. (IR)

    .

    At.te

    Foco na missão


ID
2958799
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os versos abaixo são composições de Rita Lee. Assinale a alternativa em que todos os verbos em destaque são regulares. 

Alternativas
Comentários
  • GAB:(A)

    B) V. vestir- irregular// eu visto // tu veste...

    C) V. sentir-irregular// eu sinto // tu sente...

    D) V. ter-irregular// eu tenho // tu tem...

  • E só conjugar no presente do indicativo !!

  • A questão deveria ser anulada, uma vez que o verbo "DAR" é irregular.

  • Paulo Silva o verbo "DAR" nao esta na alternativa A

  • Verbos regulares são todos os verbos que ao serem conjugados, não sofrem alterações em seu radical. 

    Exemplo: O verbo falar (radical: fal-) pode ser conjugado em qualquer tempo e pessoa, sem que seu radical se modifique: falei, falassem, falariam.

  • Para sabermos se o verbo é irregular ou não, basta conjugarmos estes na 1° pessoa do indicativo e, caso mesmo venha a ser regular, na 2° pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo e verificar se tanto o radical quanto suas desinências estão adequadas referentes às formas de conjugação dos verbos Amar, Beber e Partir de acordo com a respectiva necessidade.

  • Só errei pq n vi as aspas...snif...

  • verbo "fazer" também é irregular. essa questão deveria ser anulada
  • Wallace Ramalho, o enunciado diz: os verbos em destaque.

  • KKKK errei por achar que o verbo "dá" fazia parte da letra A

  • Verbo "dar" pertence à alternativa b

  • Gabarito: A

  • complicado quando a questão diz p analisar as em negrito e n tem nada em negrito
  • Os verbos regulares possuem o mesmo radical nas conjugações.

    Gabarito: A

  • O verbo dar é irregular e VTDI (junto com doar e oferecer)

    Sentir é irregular

    Ter é irregular

  • Kezia, aqui está em negrito.Não sei se vc usa a versão antiga do qconcursos e se seria esse o motivo de não estar marcado para vc.

  • BIZU para saber se os verbos são IRREGULARES ou REGULARES, devemos identificar através de conjugação:

    PRESENTE DO INDICATIVO

    PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

    (conjugue sempre o verbo, nesses dois tempos verbais para identificar)

    Para se tornar mais simples, faça perguntas para conjugar, assim, simplifica a forma de resolver as conjugações:

    PRESENTE DO INDICATIVO

    HOJE EU... (USE O VERBO)

    Ex:

    HOJE EU COMI

    HOJE TU COMES

    HOJE ELE COME

    ...

    PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

    ONTEM EU ... (USE O VERBO)

    Ex:

    ONTEM EU COMI

    ONTEM TU COMESTE

    ONTEM ELE COMEU

    ...

    Se for REGULAR o radical mantêm

    EX: LEVANTAR

    EU LEVANTO

    TU LEVANTA

    ...

    Se for IRREGULAR não tem regularidade

    EX: VERBO CABER

    EU CAIBO

    TU CABE

    ...

  • verbos regulares mantêm o radical . verbos irregulares sofre modificação no radical . Gab : A Bizu : conjungar no present do indicativo .
  • Bizu: Usar "Quando eu ...." pra ver se o verbo é regular ou irregular, se ele mudar é irregular na certa, se não, TALVEZ seja regular. Pra conferir conjugue na primeira pessoa do singular no presente do indicativo pra ver se muda o radical, caso mude, é irregular; Exemplo desse tipo de verbo: sentir, mentir, pressentir, vestir

    OBS: Verbos terminados em "ear" e "or" são irregulares nato, logo, não utilizar essa regrinha pra eles. Assim como vender, partir e amar são regulares natos.

    A) Quando eu MUDAR (regular)

    Quando eu LIBERTAR (regular)

    Quando eu LEVAR (regular)

    B) Quando eu DER (irregular, mudou de dar pra der)

    Quando eu VESTIR (irregular, pois na 1ª pessoa do singular é: eu VISTO)

    Quando eu TIRAR (regular)

    C) Quando eu ANDAR (regular)

    Quando eu SENTIR (irregular - mesmo caso de vestir)

    Quando eu OLHAR (regular)

    D) Quando eu CANSAR (regular)

    Quando eu ESCUTAR (regular)

    Quando eu TIVER (irregular)

    GAB: Letra A


ID
3015700
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Quixeré - CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a opção em que o verbo foi classificado CORRETAMENTE.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → verbo "valer" é um verbo irregular (sofre alterações em suas desinências) → em algumas conjugações há presença do dígrafo "lh", marcando uma irregularidade → eu VALHO... que eu VALHA... vós não VALHAIS.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Defectivos- verbos que nao apresentam conjugaçao completa, ou seja, que nao apresentam todas as formas verbais!

    Anômalos- verbos que ao serem conjugados apresentam modificaçoes, até mesmo, no seu radicial ( uma completa mudança de palavras )

    regulares - todos os verbos que nao sofrem modificaçoes no seu radicai ao serem conjugados

    irregulares - verbos que sofrem modificaçoes no seu radical ( mudanças no radical )

  • ☠️ Arthur R. Carvalho ☠️

    "Obrigado pelas dicas, manja demais e ajuda todo mundo".

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Gabarito B.

    Eu valho, tu vales... Já matou a questão.

  • Corrigindo as alternativas:

    a) ser - anômalo

    b) gabarito

    c) prender - regular

    d) crer - irregular

    e) colorir - defectivo

    Bons estudos!

  • Verbos defectivos que não possuem a 1ª pessoa do singular no presente do indicativo:

    -colorir, banir, abolir, demolir, emergir, extorquir, explodir, imergir.

  • discordo

  • Uma dúvida

    Os verbos regulares são aqueles onde ñ ocorre mudança no radical quando eles estão sendo conjugados,certo?

    O verbo "CRER" ñ sera considerado regular pq?

    Devido ao acento que surge na 2° e 3° pessoa do sing. no presente do indicativo?

  • Ser – defectivo.

    Valer – é irregular porque sua conjugação não segue a que é considerada padrão

    Prender – anômalo.

    Crer – regular.

    Colorir – abundante

    dentre as opções a única que está correta é a de letra "B"

    espero ter ajudado.

  • Irregulares

    Não segue um paradigma regular. Percebe-se a irregularidade normalmente na primeira pessoa do singular do pres. indicativo, pois o radical ou as desinências são alterados.

    ex: Eu caibo / Eu estou / Eu quis

    Anômalos

    Apresenta mais de um radical diferente. Existem dois apenas: ser e ir. O verbo ser tem origem nos verbos latinos esse e sedere, e, por isso, apresenta radicais diferentes. Já o verbo ir provém de outros verbos latinos, como ire e vadere. Os iniciados com f- sofreram alomorfia.

    ex: Eu sou, tu és...eu fui....eu era....

    Defectivos

    Não apresentam conjugação completa. Tal "defeito" ocorre no presente do indicativo e do subjuntivo e no imperativo. Por isso, mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais.

    ex: abolir, aturdir, soer, viger, colorir , falir,


ID
3045229
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Pescando na margem do rio


      Era um homem muito velho, que cada manhã acordava certo de que aquela seria a última. E porque seria a última, pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. As poucas pessoas que ainda se ocupavam dele reclamaram, a princípio. Que aquilo era perigoso, que ficava muito só, que poderia ter um mal súbito. Depois, considerando que um mal súbito seria solução para vários problemas, deixaram que fosse, e logo deixaram de reparar quando ia. O velho entrou, assim, na categoria dos ausentes.

      Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.

      Ia ao rio com a alma fresca como a manhã. Demorava um pouco para chegar porque seus passos eram lentos, mas, não tendo pressa alguma, o caminho lhe era só prazer. Não havia nada ali que não conhecesse, as pedras, as poças, as árvores, e até o sapo que saltava na poça e as aves que cantavam nos galhos, tudo lhe era familiar. E, embora a natureza não se curvasse para cumprimentá-lo, sabia-se bem-vindo.

      O dia escorria mais lento que a água. Quando algum peixe tinha a delicadeza de morder o seu anzol, ele o limpava ali mesmo, cuidadoso, e o assava sobre um fogo de gravetos. Quando nenhuma presença esticava a linha do caniço, comia o pão que havia trazido, molhado no rio para não ferir as gengivas desguarnecidas.

      À noite, em casa, ninguém lhe perguntava como havia sido o seu dia.

      Fazia-se mais fraco, porém.

      E chegou a manhã em que, debruçando-se sobre a água antes mesmo de prender a isca na barbela afiada, viu faiscar um brilho novo. Apertou as pálpebras para ver melhor, não era um peixe. Movido pela correnteza, um anzol bem maior do que o seu agitava-se, sem isca. Por mais que se esforçasse, não conseguiu ver a linha, enxergava cada vez menos. Nem havia qualquer pescador por perto.

      O velho não descalçou as sandálias, as pedras da margem eram ásperas.

      Entrou na água devagar, evitando escorregar. Não chegou a perceber o frio, o tempo das percepções havia acabado. Alongou-se na água, mordeu o anzol que havia vindo por ele, e deixou-se levar.

Marina Colasanti. In: Hora de Alimentar Serpentes. São Paulo: Global, 2013. Páginas 363 – 364.

“Não havia nada ali que não conhecesse.” O verbo em destaque, nesse contexto, é impessoal. Também é impessoal o verbo da frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → queremos um sujeito inexistente:

    a) Subitamente a tarde escurece no inverno. → sujeito simples: o quê escurece? A TARDE.

    b) Naquele lugar existia uma ventania contínua. → verbo "existir" não é impessoal, perguntando ao verbo: o quê existia? UMA VENTANIA (sujeito simples).

    c) De manhã cedo está fazendo muito frio. → temos um fenômeno da natureza, não há sujeito, fazendo a locução verbal "está fazendo" ser impessoal.

    d) Vinha amanhecendo o dia com a cantoria dos pássaros. → o quê vinha amanhecendo? O DIA → sujeito simples.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Letra C

    Mas o verbo amanhecer muitas vezes também é impessoal por indicar fenômeno da natureza, assim como: chover, nevar, anoitecer, escurecer, alvorecer, ventar, relampejar, trovejar.

  • Apenas reforçando, os verbos impessoais são:

    . Haver;

    . Fazer;

    . Fenômeno da Natureza ou atmosférico.

    Conjugação:

    . 3ª pessoa do singular


ID
3045826
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de Ourém - PA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            A Trump o que é de César.


      Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho, milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror politico. Nada mau, repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão é uma montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de sangue é visão que não poderia passar incólume em um país que já teve quatro presidentes assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fãs do presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra "Shakespeare” no nome.

      Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.

      O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.

      Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual - mas se o figurino cai bem, por que não vesti-lo?

     (Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)

Alguns verbos rigorosamente impessoais quando usados no sentido figurado sofrem variações. Isso ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    Verbos que indicam fenômenos da natureza e atmosféricos são impessoais,todavia quando são usados no sentido figurado sofrem variações.

    c) e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais (conotativo)

    Sabemos que e-mails não chovem de verdade.

    Chove água.Ai estamos falando no sentido real.

  • GABARITO: LETRA C

    → “(...) e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais (...)”

    → regularmente, o verbo "chover" expressa fenômeno da natureza: Choveu muito, Choveu a noite toda...

    → no caso foi usado com o sentido figurado, conotativo (conto de fadas), expressando que houve MUITOS e-mails, o verbo, nesse caso, é pessoal e seu sujeito é E-MAILS (eles choveram).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Gab: C

    > "Chover" é, em geral, um verbo estritamente impessoal, não temos como perguntar ao verbo "quem chove?";

    > Quando utilizado no sentido figurado e não para indicar um fenômeno da natureza, ele sofre variação. Ex: choveram calúnias; choveram aplausos; choveram reclamações.

  • Gabarito C

    verbos que indicam fenômenos da natureza não variam, exceto se ele tiver em sentido figurado

    choveram cartas para sophia


ID
3047818
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Ética de princípios.

                                                                                                                 Rubem Alves

      AS DUAS ÉTICAS: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos - a que os filósofos dão o nome de ética contextual.

      Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre os estrelas que alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe ... Os jardineiros só acreditam no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram...

      Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. O médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta: “Doutor, será que eu escapo desta?”

      Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer? Se o médico for um adepto da ética estrelar de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou escolher. O princípio é claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá de ser a verdade. E ele, então, responderá: “Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai morrer ...”. Respondeu segundo um princípio invariável para todas as situações.

      A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o potencial destruidor da verdade. Mas, se for um jardineiro, ele não se lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher. Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: “Que palavra eu posso dizer que, não sendo um engano - 'A senhora breve estará curada ...' -, cuidará da mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma criança?” E ele dirá: “Você me faz essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer ...”. Aí, então, os dois conversarão longamente - como se estivessem de mãos dadas ... - sobre a morte que os dois haverão de enfrentar.

      Com o sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade. Pela ética de princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro, o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os princípios universais os proíbem. Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou o mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids? As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de doenças? O aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher? O divórcio contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas? A eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará?

      Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: “Qual delas está mais a serviço do amor?” 

Em: “(...) são questões resolvidas que não requerem decisões:

(...)”, sobre a forma “requerem” é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → o verbo "requerer" é um verbo IRREGULAR (AS TERMINAÇÕES VARIAM DE ACORDO COM A CONJUGAÇÃO) na primeira pessoa do presente do indicativo: eu REQUEIRO.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Essa a CETAP arrebentou no meio kkkkkkkkkkkkk

  • pensei que era ''requiro'' mas acertei, o importante é passar kkkk

  • Verbos regulares são os que seguem um paradigma ou modelo comum de conjugação, mantendo o radical invariável.

    Exemplos: cantar, bater, partir, etc.

    Verbos irregulares são aqueles que sofrem alterações no radical e/ou nas terminações, afastando-se do paradigma.

    Exemplos: trazer, dizer, ir, ouvir, etc.

    Na questão:

    requerer - eu requeiro

    Foi alterado o radical, assim IRREGULAR.

    Letra D.

  • VERBO IRREGULAR- O RADICAL É ALTERADO AO SER CONJUGADO

    VERBO REGULAR- O RADICAL É MANTIDO AO SER CONJUGADO.

    VERBO REQUERER- O RADICAL ESTÁ EM NEGRITO.

    EU REQUEIRO- NÃO UTILIZOU TODO O RADICAL DO VERBO AO SER CONJUGADO. JÁ NA SEGUNDA PESSOA SE UTILIZA TODO O RADICAL, PASSANDO SER UM VERBO REGULAR, VEJA:

    TU REQUERES.

  • O verbo requerer é um dos "falsos amigos conjugados", assim como o verbo prover. Requerer não se conjuga como o verbo querer, assim como prover não se conjuga como o verbo ver.

    Os verbos anômalos são verbos irregulares que possuem vários radicais. Os principais são os verbos ser e ir.

  • eu requeiro

    tu requeres

    ele requer

    nós requeremos

    vós requereis

    eles requerem


ID
3055888
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Infância

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.

Minha mãe ficava sentada cosendo.

Meu irmão pequeno dormia.

Eu sozinho menino entre mangueiras

lia a história de Robinson Crusoé,

comprida história que não acaba mais.


No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu

a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava

para o café.

Café preto que nem a preta velha

café gostoso

café bom.


Minha mãe ficava sentada cosendo

olhando para mim: -

Psiu... Não acorde o menino.

Para o berço onde pousou um mosquito.

E dava um suspiro... que fundo!


Lá longe meu pai campeava

no mato sem fim da fazenda.


E eu não sabia que minha história

era mais bonita que a de Robinson Crusoé.


Alguma Poesia

Carlos Drummond de Andrade 

Há no texto

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → temos mais verbos regulares (não apresentam alteração no seu radical ao serem conjugados), no texto a maioria são verbos dessa forma, localizei somente o verbo "ser" como um verbo irregular (alteração em seu radical ao ser conjugado: era mais bonita que a de Robinson Crusoé).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Complementando a resposta do Arthur, o verbo ser também é considerado um verbo anômalo.

  • O verbo Ir, na segunda oração, também é irregular

  • Verbos Regulares: são aqueles em que o radical permanece o mesmo em toda a conjugação.

    Exemplo: verbo cantar.

    Verbos Irregulares: são os verbos cujos radicais se alteram ou cujas terminações não seguem o modelo da conjugação a que pertencem.

    Exemplo: verbo ouvir.

    Verbos Anômalos: verbos que apresentam mais de um radical ao serem conjugados.

    Exemplo: verbo ser e ir.

    No verbo ser ocorrem radicais diferentes, note pela diferença entre: seja, era.

    No verbo ir, da mesma forma: vou, fui, irei.

    Verbos Defectivos: não se apresentam em todas as flexões.

    Exemplos: verbo abolir e verbo reaver.

    Fonte: Marina Cabral

    Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

  • Podemos dizer que os verbos irregulares e anômalos são a mesma coisa, porém com diferença no grau de modificação no radical ? Ou seja, ambos sofrem alteração no radical, só que o anômalo sofre uma alteração fodástica, muito mais grave.

  • Na sua conjugação, os verbos anômalos apresentam no radical algumas alterações mais profundas do que os verbos irregulares. ... “Ser” e “ir” são exemplos de verbos anômalos, pois apresentam variações profundas no radical. Alguns gramáticos também consideram que os verbos “ter” e “pôr” são anômalos.

    Verbo Ser. O verbo ser é um verbo extremamente irregular que, quando conjugado, apresenta alterações tanto no seu radical como nas suas terminações. Apresenta diversos radicais distintos: eu era, eu fui, eu serei.

  • Esse tipo de questão consome um tempo...

  • Só digo uma coisa: esse texto cai em 70% das provas rsrs. Eu mesma já fiz umas três que continha ele.

  • "ir" e "ser" são anômalos.