Gabarito oficial: C. Porém, questionável, uma vez que a implementação de projetos oficiais de colonização é anterior a década de 1970.
Fonte: NOTAS SOBRE A COLONIZAÇÃO EM MATO GROSSO de 1940 a 1980 Msc. Josiani Aparecida da Cunha Galvão
Aspectos gerais...
Política de colonização no Brasil: baseada em uma ideologia de ocupação dos vazios demográficos.O governo utilizou a colonização no Brasil como estratégia para o povoamento e a exploração econômica de “novas terras”, sob responsabilidade oficial ou privada, com a finalidade de ocupar espaços que tinham pouca ou quase nenhuma densidade populacional no interior do país.
Desconsiderava-se, porém, nos programas de colonização, que nesses espaços vazios morava uma população indígena, como também “garimpeiros, posseiros, além de povos e comunidades tradicionais representados por extrativistas, pescadores, quilombolas e ribeirinhos.” (Mendes, 2012:201).
POLÍTICA DE COLONIZAÇÃO EM MATO GROSSO:
1) “Marcha para o Oeste” (a partir de 1930)
Governo de Getúlio Vargas
Lançado no período da ditadura do Estado Novo (1937-1945)
Criação das “colônias nacionais”
Expedição Roncador-Xingu, cujo propósito era o de atingir Manaus pelo território mato-grossense abrindo caminho para posterior ocupação.
2) Superintendência do Plano de Valorização da Amazônia (SPVEA)- 1953
Governo do Presidente Juscelino Kubitschek; Plano de Metas
Contribuir com o aumento do interesse pelas terras mato-grossenses, objetivando a apropriação dos recursos naturais da chamada Amazônia Legal, tanto no que dizia respeito às riquezas minerais como às vegetais. A venda das terras mato-grossenses e amazônicas se intensificou. (Siqueira, 2002)
3) Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso (CODEMAT) e o Instituto de Terras de Mato Grosso (INTERMAT)- 1960 e 1970
Período da ditadura militar
Executaram projetos de colonização e assentamentos situados no Vale do Guaporé, Jaurú e na Baixada Cuiabana, restringindo-se à distribuição de lotes. Com o tempo os assentados abandonaram os lotes devido ausência de infraestrutura adequada e de uma política de crédito e de assistência técnica. (Barrozo, 2008)
A partir da década de 1970 ocorreram dois tipos de colonização em Mato Grosso: a colonização oficial ou dirigida e a particular, sendo que esta última predominou no território mato-grossense, opção esta feita pelos órgãos governamentais estatais, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e CODEMAT, incumbidos de promover e organizar a ocupação das terras devolutas estaduais e em repassar a colonização da Amazônia Mato-grossense às companhias colonizadoras. As empresas e cooperativas que adquirissem áreas para implantar projetos de colonização “recebiam do Estado a concessão para a venda dos lotes, ficando obrigadas a montar a infraestrutura básica para o assentamento dos colonos, sendo para isso favorecidas por fundos públicos.” (Mendes, 2012:206).