ÓTIMO ARTIGO SEGUE ABAIXO O TRECHO: "O Prof. Edson Néry da Fonseca faz parte dessa formação erudita na biblioteconomia, NUNCA TINHA PENSADO ASSIM TÃO CLARO QUE SOBRE O CURRÍCULO"
"Analisando-se a profissão de Biblioteconomia no Brasil, no transcorrer do último século, observamos que ela passou por distintos e marcantes períodos históricos, como apontam Mueller(1985); Guimarães(1994); Guimarães e Guarezzi (1994). De início, encontramos a visão do bibliotecário erudito, de formação eminentemente humanista, ligado à cultura e às artes, recebendo forte influência francesa da École de Chartres. Tal influência norteou a criação do primeiro curso de Biblioteconomia do país: o da Biblioteca Nacional (1911-1930). Em seguida, emerge a perspectiva de bibliotecário com formação técnica, sob nítida influência norte-americana, voltada para o tratamento e a organização de documentos (1930-1960 ). Esta influência se expressa nos primeiros cursos de Biblioteconomia, localizados em São Paulo. Na década de 1960, ocorre o reconhecimento o ficial da profissão em nível superior, com o estabelecimento de uma legislação profissional e a criação de órgãos de classe. A partir daí, surgem os primeiros cursos de pós-graduação, inicia-se o desenvolvimento da pesquisa e são publicados os primeiros periódicos científicos na área (década de 1970). Nos anos oitenta, surgem as reformas curriculares dos cursos de graduação em Biblioteconomia, incorporando uma visão de bibliotecário como agente cultural de informação. E, a partir dos anos noventa, a formação passa a ser visualizada na perspectiva de MIP, consolidada com a expansão de tecnologias que vão permitir a criação de bibliotecas digitais, também conhecidas como ‘bibliotecas sem parede’, capazes de disponibilizar informações sem a necessidade de uma instalação física onde estejam armazenados livros, periódicos e/ou qualquer outro tipo de suporte de informação."
A formação do bibliotecário para atuar em bibliotecas digitais: uma questão a aprofundar. Helania Oliveira Madureira; Lúcia Regina Goulart Vilarinho.Perspectivas em Ciência da Informação, v.15, n.3, p. 87-106, set./dez. 2010